quarta-feira, 20 de junho de 2012

Capoulas Santos sai "razoavelmente otimista" da discussão sobre PAC no Parlamento Europeu

Lusa
19 Jun, 2012, 14:10

O eurodeputado socialista Capoulas Santos, declarou-se hoje
"razoavelmente optimista" com a reação dos parlamentares europeus às
propostas que apresentou no âmbito da reforma da Política Agrícola
Comum, que poderiam garantir mais 530 milhões de euros para os
agricultores portugueses.
"Mas não tenho ilusões que a minha proposta venha a ser aceite tal
como está. É um ponto de partida, não de chegada e vai depender muito
da minha capacidade de persuasão", mas também da da ministra da
Agricultura, Assunção Cristas, junto dos seus congéneres.



Capoulas Santos está consciente de que as suas propostas, que envolvem
"uma ruptura com o passado" que implica uma redistribuição de dinheiro
entre os Estados-membros, -retirando aos maires beneficiários para dar
aos que menos recebem - dificilmente será aceite por países como a
França e a Alemanha, mas mostrou-se "agradavelmente surpreendido".

"Esperava ouvir por parte dos pagadores uma grande reação, que não
chegou a acontecer, declarou.

Trata-se agora de conseguir convencer os seus 45 colegas da Comissão
de Agricultura a aceitar as suas propostas no âmbito dos pagamentos
diretos e do desenvolvimento rural, que representam cerca de 90 por
cento do total do orçamento agrícola, num contexto ainda mais difícil
do que o anterior.

Segundo a proposta da Comissão Europeia - que serve de base de
trabalho à proposta do Parlamento Europeu - o envelope financeiro da
nova PAC, que deve entrar em vigor a 01 de janeiro de 2014, será
reduzido em 10 por cento e vai ser dividido por mais países.

Ainda por cima, os desacordos sobre as perpetivas financeiras ameaçam
empatar o processo negocial.

"Há muitos rumores que levam a temer que a entrada em vigor não
aconteça no prazo previsto", reconheceu Capoulas Santos, acrescentando
que os efeitos para Portugal seriam muito negativos.

No caso de um bloqueio das perspetivas financeiras, "durante um ano
não haveria projetos aprovados, pois não haveria dinheiro" para
entregar aos agricultores portugueses atravás do segundo pilar da PAC,
o do desenvolvimento rural, precisamente aquele que mais beneficia
Portugal.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=563572&tm=6&layout=121&visual=49

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