domingo, 17 de junho de 2012

Quinta ‘invade’ a cidade e atrai 500 mil pessoas

A 4ª edição do Mega Pic-nic Continente trouxe o campo e o mar à cidade
e surpreendeu mais de meio milhão de pessoas, a maioria famílias, que
por lá passaram.

Bovinos (carne e leite), caprinos, galináceos, anatídeos, suínos
(alentejanos e bísaros), ovinos, leitões e coelhos são as dez espécies
de animais que estiveram em exposição numa área de 2700 metros
quadrados (de uma área total de 5500 metros quadrados).

O evento, que pretendeu celebrar a produção nacional, mostrou ainda 33
culturas, desde abóboras e bróculos a morangos e melões, alocadas numa
área de 1500 metros quadrados. Houve ainda uma área de pomares com
1350 metros quadrados. Ao todo foram instalados 1530 canteiros e 85
mil plantas.


"É a primeira vez que venho a uma iniciativa destas e estou a achar
muito giro. Acabei de ver uma curgete na planta, algo que nunca tinha
visto. Até tirei uma fotografia", revelou Florisbela Tavares,
vendedora, de 32 anos.

De acordo com Eunice Silva, presidente do Clube de Produtores
Continente, este evento surge da necessidade de "mostrar a produção
nacional". "As nossas compras à produção nacional em 2011 rondaram 176
milhões de euros, cerca de 128 mil toneladas, a 244 membros do Clube",
acrescentou.

Carlos Ferreira, 47 anos, produtor hortofrutícola de Santarém, foi um
dos 40 produtores presentes na iniciativa, que para a apanha do melão,
no Verão, emprega 210 funcionários. "A crise afectou-nos a todos. Em
2011 sentimos bem o efeito nos preços. Este ano vamos com calma e
estamos a produzir menos para os preços não caírem tanto. Esperemos
que venha aí um Verão quente, pois a produção depende dele", concluiu.

A organização do evento esteve a cargo do Continente em conjunto com a
Câmara Municipal de Lisboa, a CAP – Confederação dos Agricultores de
Portugal, o Clube de Produtores Sonae, e a RTP como media partner.

Depois da Avenida da Liberdade, do Parque Eduardo VII e do Parque da
Bela Vista, veio para o Terreiro do Paço.

O espaço recebeu vários famosos, entre os quais a Ministra Assunção
Cristas, que se fez acompanhar do marido e dos dois filhos.O ponto
alto foi o concerto de Tony Carreira.

Fonte: CM e outros

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/06/17.htm

2 comentários:

Anónimo disse...

PRIMEIRA PARTE DE DUAS
O fenómeno das grandes superfícies, está patente na reportagem acima onde a Sonae com sua rede e o Pingo doce com outra, demonstram o real poder que conseguiram em Portugal, na Europa e em África, sem falar de outros continentes.
É bom, é mau?
Ruim seria se não tivéssemos comida como aconteceu nos pós II Guerra Mundial, antes do plano Marshal. Nessas alturas da nossa história alimentar dividia-se uma sardinha ao meio , cabeça para um, rabo para o outro, nem as espinhas sobravam para a cachorrada.
Hoje , de barriga cheia, insurgem-se muitos contra a qualidade comercial de que esses Gigantes Comerciais fazem uso, e reclamam , reclamam, como se isso fosse solução para qualquer distorção que afeta o bolso das economias pessoais.
Temos razão sim, quando nos insurgimos contra o uso e abuso, mas as soluções virão de esforço aturado. Reclamar, sim, é um direito de espernear, mas alto lá, o panelaço deve ser na cozinha e as soluções, como disse, na administração dos esforços conjuntos, nas empresas, nos gabinetes, nos campos, enfim nas áreas de reforma de métodos de trabalho mais modernos , mais criativos e mais productivos.
Embora não tenha sido incumbido para defender ninguém, diria que as grandes superfícies, demonstram em Portugal, e ainda bem, como se faz bem feito e como se ganha muito com as verduras dos portugueses.
Prefeririam que fossem os Espanhóis ou Franceses ou Alemães a fazê-lo?

Não sou eu apenas, quem faz comparações dos preços pagos aos agricultores, dos preços de venda do MARL e outros mercados distribuidores e dos preços anotados nas grandes superfícies ao consumidor.
São imensas as fortunas que rolam por esses meandros, dando justificativa a indignações oriundas de quem se julga lesado pelo facto de receber menos do que pretendia. E também as indignações de que trás para casa menos comida do que previra antes de entrar nas grandes superfícies.
Todos têm suas razões, muito válidas ao confrontar esses desajustes ou esses menos justos preços, tanto na ponta inicial, produtores, e na ponta final, consumidores.
No meio ficam os sacos de pancada que diariamente exibem os diferenciais, apodados de imorais lucros, quando os mesmos se refugiam numa legalidade, amoral embora, mas que lhes é de direito, até prova em contrário a penalizar pelos tribunais competentes. Coisas de moer os fígados depois de uma frugal refeição, por obra e graça das mordidas dos intermediários.
Aparentemente o campo de batalha é definido por alguns espertos e altamente qualificados comerciantes, as grandes superfícies, que transladam para dentro de Portugal todas as técnicas mercantis da Europa, da América, da China, etc. para melhor explorarem os oponentes, intermediários menores e o resto dos inocentes consumidores sem dinheiro e sem força para mudar o jogo de forças.
O resultado costuma ser panelaço nas ruas e as intervenções paternalistas de quem tem interesses em votos nas diversas eleições que vão ocorrendo, para gastar com medidas provisórias o OE que deveria ser melhor empregue na socialização dos benefícios da Cidadania Portuguesa.
Sendo aprovadas as medidas, acima dos intermediários, são de imediato pleiteadas medidas, abaixo dos mesmos intermediários, compensadoras dos erros que virão de seguida a atingir os produtores.
CONTINUA jorge@nortecnet.com.br

Anónimo disse...

SEGUNDA PARTE DE DUAS
As consequências gerais têm sido a abertura a importações de comida barata, sem qualidade, com exportação desses valores, em parte lucros de países, que não incluem os benefícios de suas Cidadanias. Assim vamos dando suporte a esses fornecedores de comida barata, Governos Corruptos, Ditaduras e outras formas inaceitáveis no nosso Portugal, mas esquecidas pelas gestões que dentro do nosso Mundo Português deveriam ser solidárias com outras nações, que sofrem de subdesenvolvimento e acabam também por absorver parte de nossas economias nas campanhas de apoio ás tragédias da fome que nos chegam por denúncias sonoras, ás quais humanamente vamos atendendo, em vez de exigirmos a atribuição de direitos aos que vamos explorando indiretamente, aceitando a comida barata que arruína os nossos agricultores com o conluio dos litigantes intermediários.
Problemas que parecem intrincados, mas que se resolvem de forma simples com a qualidade que falta na organização da produção nacional, primeiramente com o planeamento para a produção á escala nacional e com o planeamento de objetivos de mercados de exportação, primeiramente para a EU e seguidamente para os mercados a desenvolver nos países onde grassa a fome e a mortandade de seres humanos.
Soluções imediatas devem ser implantadas, não com a destruição das grandes superfícies que exibem modelos de marketing espelhados internacionalmente no que de melhor existe no mundo, mas com a criação de mais e mais concorrentes a esse mercado de Consumidores Portugueses, onde pela lei da Oferta/Procura se encontre o preço justo para quem produz, quem distribui e quem compra.
A lógica é de que com a organização de pequenos agricultores, tal como a Sonae faz, ganhando muito com 244 produtores de seu Clube , se ganhe poder competitivo , qualitativo e de assiduidade, que estremeça o abuso que hoje é legalizado , autorizado e incombatível.
Para tanto não basta eleger jovens agricultores em planos emergenciais de pouca expressão;
Não basta concluir que falta organização, que os nossos agricultores são bons produtores mas que não têm dimensão de escala productiva para a exportação continuada;
É necessário um plano, estipular limites, mínimos e máximos, sim porque os excessos invendáveis são prejuízo puro.
Que ninguém se engane, como o sabem muito bem todos os Agricultores de Portugal:
Temos capacidade enorme de produção de alimentos até ao excesso, limite que não deve ser ultrapassado sob pena de arruinarmos muitas fazendas.
Definamos um Plano Nacional;
Aprendamos com os nossos Pioneiros em Marketing;
Façamos mais e melhor do que eles;
Prestemos um Bom Serviço aos Portugueses Consumidores;
Colaboremos com a EU sem subserviência;
Releguemos a submissão aos subsídios;
Sejamos inteligentes na Organização e Produção de Alimentos em Portugal.
Jorge@nortecnet.com.br

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