Distribuição
Dírcia Lopes
19/06/12 00:05
Taxa varia entre cinco e oito euros e recai sobre as lojas com mais de
dois mil metros quadrados.
A entrada em vigor, no último sábado, da nova Taxa de Saúde e
Segurança Alimentar, que será paga pelas cadeias de distribuição com
mais de dois mil metros quadrados, poderá ter como principal efeito o
aumento do preço dos alimentos. É esta a convicção da directora-geral
da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Isabel
Trigo de Morais, que defende que a medida "recai não só sobre os
associados da APED, mas também sobre todos os consumidores e no preço
final dos alimentos".
O eventual aumento do preço dos alimentos poderá juntar-se ao
agravamento que os consumidores já estão a sentir, desde o início do
ano, com a alteração da taxa de IVA em alguns bens. Um estudo da
Kantar Worldpanel, avançado pelo jornal "Público", conclui que, no
primeiro trimestre, a factura do supermercado cresceu em valor face ao
mesmo período do ano passado, com o preço médio a subir 5,8%, enquanto
o volume de compras caiu 0,4%.
Para a responsável da associação que reúne marcas como Continente e
Pingo Doce, o País já está a enfrentar um contexto económico de
"grandes dificuldades, com fortes penalizações sobre o rendimento e
restrição do consumo das famílias", e a taxa será mais um
constrangimento para o sector. Isabel Trigo de Morais não tem dúvidas
que "uma nova taxa de saúde e segurança alimentar é uma medida que
terá impactos muito negativos na competitividade e dinamização da
economia nacional, prejudicando sobretudo os consumidores mas também
todo o sector do retalho".
http://economico.sapo.pt/noticias/retalhistas-antecipam-mais-subidas-de-precos-com-nova-taxa-alimentar_146746.html
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