Publicado em 2012-06-13
5 0 0
Os ministros das Pescas dos países membros da União Europeia
alcançaram esta madrugada um acordo político sobre a reforma da
Política Comum de Pescas, depois de 18 horas de negociações.
Ao acordo opuseram-se Portugal, França, Malta, Eslovénia e a Holanda,
segundo fontes comunitárias citadas pela agência noticiosa Efe.
A reforma da Polícia Comum de Pescas terá ainda de ser aprovada
conjuntamente pelo Conselho e Parlamento Europeu.
Os rendimentos máximos sustentáveis dos 'stocks' de peixe, a criação
de um mercado de quotas pesqueiras transferíveis e a eliminação das
capturas acidentais de peixe que é depois devolvido ao mar pelo seu
baixo valor comercial centraram a maior parte das discussões.
"Os Estados membros deram um passo em frente para uma Política Comum
de Pescas radicalmente nova", afirmou a ministra das Pescas da
Dinamarca, Mette Gjerskov, em conferência de imprensa no final da
reunião, salientando "não ter sido fácil" alcançar um acordo.
A comissária europeia das Pescas, Maria Damanaki, reconheceu que a
proposta da Comissão Europeia era mais ambiciosa do que o acordo
alcançado.
Bruxelas tinha proposto a fixação de rendimentos máximos sustentáveis
de 'stocks' no mar em 2015 e a eliminação total das capturas
acidentais de peixe.
Os ministros apoiaram o objetivo dos rendimentos máximos sustentáveis
dos 'stocks' pesqueiros, mas deixaram claro que 2015 só deverá ser o
ano desejável de aplicação desta medida e 2020 deverá então ser o ano
do cumprimento obrigatório da mesma.
Sobre as capturas acidentais que são devolvidas ao mar pelo seu baixo
valor comercial, tema que gerou mais controvérsia e ocupou a maior
parte das 18 horas de negociações, os países da UE decidiram por fim à
prática "da pesca pela pesca e com uma abordagem temporal clara",
disse a ministra dinamarquesa.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2606374&page=-1
Sem comentários:
Enviar um comentário