FEDERAÇÃO DE ÉVORA DO PS
por LusaHoje
O presidente da Federação de Évora do PS, Capoulas Santos, revelou
hoje à Agência Lusa que não vai recandidatar-se ao cargo nas eleições
marcadas para meados de junho, devido às "elevadas responsabilidades"
que tem como eurodeputado.
.
Apesar de se afastar da liderança da federação distrital socialista, o
antigo ministro da Agricultura e deputado ao Parlamento Europeu (PE)
desde 2004 afirmou que vai manter a presidência da Assembleia
Municipal de Évora e manifestou disponibilidade para colaborar com a
nova direção.
Capoulas Santos enviou hoje uma carta a todos os militantes do PS do
distrito de Évora, em que explica os motivos de não se recandidatar à
presidência da federação.
"A razão de tal decisão tem a ver com o facto de, para além de ser o
Coordenador e Porta-Voz Agrícola do Grupo dos Socialistas e Democratas
no Parlamento Europeu (PE), ter sido unanimemente eleito pelos meus
colegas, de todos os grupos políticos, relator para a posição do
Parlamento Europeu sobre os mais importantes regulamentos da reforma
da Política Agrícola Comum (PAC)", escreve o eurodeputado.
Na carta, a que a Agência
Lusa teve acesso, Capoulas Santos salienta que "a agricultura
representará ainda, no próximo período de programação, quase 40 por
cento do orçamento total da União Europeia (UE)".
Com o PE investido, pelo Tratado de Lisboa, com poderes de codecisão
em matéria agrícola, justifica, "as elevadas responsabilidades" que
terá "exigirão, até meados de 2013, uma grande dedicação a esta
tarefa", prevendo que terá "muito pouco tempo disponível e ausências
de Portugal ainda mais prolongadas".
Nestes termos, Capoulas Santos considera "não ter condições para
garantir a liderança do PS de Évora nas atuais e muito exigentes
circunstâncias, sobretudo quando se inicia a organização do processo
autárquico para as eleições do próximo ano".
No Parlamento Europeu, Capoulas Santos integra a Comissão de
Agricultura e, em Portugal, é membro da Comissão Política Nacional do
PS e do secretariado da Federação de Évora.
Em 1991, foi eleito deputado à Assembleia da República pelo círculo de
Évora e voltou a ser reeleito em 1995, 1999 e 2002, tendo ainda
integrado os executivos de António Guterres, entre 1995 e 2002,
inclusive como ministro da Agricultura.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2437424
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