sábado, 20 de fevereiro de 2016

Agroalimentar: AEP continua ativa na internacionalização



 20 Fevereiro 2016, sábado  IndústriaIndústria alimentar

Missões e feiras até ao fim do mês, a associação está com 68 empresas em quatro países: Irão, Dubai, Timor-Leste e Cuba.
agroalimentar
Até ao fim do mês a Associação Empresarial de Portugal (AEP) estará com 68 empresas portuguesas em quatro ações de promoção da oferta nacional além-fronteiras. E em países tão diferentes como o Irão, Dubai, Timor Leste e Cuba.
«O dinamismo da atividade associativa na área da internacionalização reflete a aposta estratégica que vem sendo feita, nos últimos anos, na proximidade aos associados e no serviço às empresas, tenham elas vínculo associativo ou não.
Só no ano passado, a AEP concretizou 38 ações de promoção das empresas, produtos e marcas portuguesas tendo em vista o incremento das exportações e o apoio às PME em processo de internacionalização», diz a AEP.
Feito o balanço anual, «realizaram-se 13 missões multissetoriais, registou-se a participação em 20 feiras de negócios no estrangeiro, entre elas, o agroalimentar, e organizaram-se quatro missões inversas e uma "market week", formato que combina uma mostra com momentos de degustação de produtos gourmet portugueses, reuniões B2B e contactos com líderes de opinião».
No final, o trabalho desenvolvido pela equipa da AEP Internacionalização «aproveitou a 263 empresas, responsáveis por 316 participações nos eventos realizados»
Para este ano, o programa "Business on the way" terá seguimento e deverá chegar às quatro dezenas de ações, abrangendo 27 mercados.
«Arrancou com a participação de nove empresas na segunda maior feira médico-hospitalar do mundo, a Arab Health, no final de Janeiro, e prosseguiu, já neste mês, com uma missão empresarial a Moçambique, com sete empresas, ligadas a setores tão distintos como materiais de construção, máquinas e equipamentos para a indústria, tecnologias de informação e comunicação e transformação de papel e cartão.
Destaque, no Agroalimentar, para a edição deste ano da Gulfood, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, em que a AEP «serve de veículo à participação colectiva de 22 empresas, dos setores de alimentação e bebidas e de equipamento para hotelaria e restauração. Trata-se da nona participação consecutiva da AEP no certame, um dos mais importantes a nível mundial para a indústria agroalimentar e o canal Horeca, que decorrerá até à próxima semana».
Fonte: Económico 

A marca "Tapetes de Arraiolos" já está registada. Em Vila Nova de Gaia


CARLOS DIAS 20/02/2016 - 07:52
Município alentejano, que apresentou em 2011 o pedido de registo para obter a concessão da marca nacional do emblemático produto artesanal, continua a aguardar despacho.


 Um história de tapetes com raízes nos mouros de Lisboa
Olhando para o mapa, não há que enganar: Arraiolos fica mesmo no coração do Alentejo, com Évora a Sul e Sousel a Norte. É lá que, há séculos, se bordam tapetes com remotas origens. Mas o nome de baptismo, sabe-se agora, fugiu para norte e pertence a uma empresa de Gaia. Enquanto isso, a autarquia alentejana espera e desespera pelo registo da arte que ali nasceu.

Foi em 2013 que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu a "Denominação de Origem – Tapetes de Arraiolos de Portugal" a uma designada Associação Nacional de Produtores de Tapetes de Arraiolos (Anprota), com sede em São Félix da Marinha no concelho de Vila Nova de Gaia. Mas se a localização já é estranha, mais estranha se torna quando se verifica ser impossível contactar tal entidade.

Os contactos telefónicos que o PÚBLICO efectuou para Lisboa, Queluz, Arraiolos e Vila Nova de Gaia, locais indicados como contactos da associação, redundaram em fracasso, nada correspondia às indicações. Em vez da Anprota, respondia outra entidade ou uma gravação indicando que o número não se encontrava disponível ou não estava atribuído.

Foi Pedro Bacelar, especialista em direito de propriedade industrial, que depois de ler o trabalho do PÚBLICO "Em Arraiolos ainda há tapeteiras a bordar contra a crise", publicado a 23 de Abril de 2015, deu pelo problema. Curioso, decidiu consultar a página do Instituto Nacional da Propriedade Industrial para ver o que se passava com a certificação do nome dos famosos tapetes. "Verifiquei com surpresa que a Denominação de Origem 'Tapetes de Arraiolos de Portugal' afinal já existia". O registo da certificação fora efectuado em Julho de 2013 a favor da Associação Nacional de Produtores de Tapete de Arraiolos para o Desenvolvimento, Promoção e Valorização.

Porém, o seu paradeiro é um mistério pois nem a linha 1820 conseguiu dar com o contacto da Anprota na freguesia de São Félix da Marinha. Também a Junta de Freguesia ficou surpreendida. "Tapetes de Arraiolos aqui? Nunca ouvimos falar!"

A associação, que se apresenta sem fins lucrativos e que conseguiu registar a Denominação de Origem de um dos produtos artesanais mais conhecidos em Portugal, foi constituída em 2013 por nove pessoas. "Nenhuma reside em Arraiolos, em Évora ou no Alentejo. São todas oriundas do Norte do país", salienta Pedro Bacelar, que deixa um alerta: "Com base na 'sua' Denominação de Origem, a Anprota pode impedir o registo de qualquer outro sinal distintivo igual ou confundível (marca; marca colectiva de certificação; logótipo; Denominação de Origem ou Indicação Geográfica) que tenha a ver com os tapetes de Arraiolos."  

A revelação deste facto chegou ao conhecimento de Sílvia Pinto, presidente da Câmara de Arraiolos, recentemente. "Acho curioso que nenhum dos membros da associação seja do nosso concelho", comentou a autarca, admitindo que a iniciativa dos nortenhos tem "apenas um objectivo económico e não de preservação da história do tapete e de passagem de conhecimento de mães para filhas, ao longo de gerações," frisou.

O certo é que a autarquia tem tentado, desde Setembro de 2011, regista a marca nacional, mas o processo continua "em fase de estudo", está escrito na síntese do processo, consultada pelo PÚBLICO na página online do INPI.

"Esta lei tem andado de gaveta em gaveta nos ministérios, inicialmente da Cultura, depois da Economia e agora está nas mãos das Finanças. O processo vai circulando de ministério em ministério e não há desenvolvimentos, o que é estranho", observa Sílvia Pinto, recordando que a Assembleia da República aprovou, em 2002, a criação de um Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos que "seria a entidade certificadora e legítima titular da Denominação de Origem". Decorridos 13 anos, a autarquia reclama pela aplicação da lei que foi aprovada no parlamento, por unanimidade, e que visava a certificação do tapete. Só que, "por falta de regulamentação, continua na gaveta", lamenta Sílvia Pinto.

O processo encontrou a oposição do titular da empresa Secularte, Decorações, Lda, com sede na Rua de Santa Catarina, no Porto, que adquiriu a marca fabricada pela empresa Kalifa, a mais antiga de Arraiolos "e que entrou em insolvência", adiantou a autarca. Apesar dos contactos efectuados para a empresa, recebidos com um "Bom dia! Tapetes de Arraiolos!" dito com a pronúncia do Norte, não foi possível ouvir as explicações do proprietário da Secularte.

Cortiça portuguesa vai desfilar na Semana da Moda de Londres

A casca de sobreiro foi o material escolhido por Portugal para simbolizar a utopia da sustentabilidade ecológica no International Fashion Showcase
Texto de Lusa • 17/02/2016 - 17:56

A cortiça portuguesa vai estar em destaque na Semana da Moda de Londres, que decorre entre esta quinta-feira, dia 18, e 23 de Fevereiro e durante a qual os portugueses Marques'Almeida vão apresentar em desfile a sua colecção para o próximo Outono/Inverno.
 
A casca de sobreiro foi o material escolhido por Portugal para simbolizar a utopia da sustentabilidade ecológica no International Fashion Showcase (IFS), uma iniciativa do British Council e do British Fashion Council em que participam 24 países convidados.
 
O evento, que faz parte do calendário oficial da Semana da Moda e serve de plataforma para estilistas emergentes, tem por tema este ano "Utopias da Moda", evocando o livro "Utopia", de Thomas More, publicado há 500 anos, refere a informação disponibilizada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
 
Desafiados a partilhar a sua interpretação de utopia, os responsáveis pela presença portuguesa, co-planeada pela Aicep Portugal Global e pelo Portugal Fashion — Associação Nacional de Jovens Empresários, escolheram a cortiça para "dar a conhecer o potencial enquanto matéria-prima de eleição".
 
Uma tonelada de cortiça, doada pela Corticeira Amorim, foi usada para cobrir o chão e uma estrutura que domina a sala, onde estarão expostas criações de Estelita Mendonça, HIBU, KLAR, Pedro Neto e UNT.
 
No espaço oficial da Semana da Moda, no edifício Brewer Street Car Park, a moda portuguesa estará representada por Alexandra Moura, Carla Pontes, Daniela Barros e Susana Bettencourt, num "showroom" (espaço expositivo) de vendas.
 
A presença portuguesa culmina com o desfile na terça-feira da coleção Outono/Inverno da Marques'Almeida, fundada pela dupla Marta Marques e Paulo Almeida. Esta é a décima colecção que a marca apresenta no calendário oficial da Semana da Moda de Londres, onde este ano vão revelar as suas criações 83 estilistas internacionais.

Orçamento de Estado – 2016 sector agrícola pode ser afectado pela falta de verba…



Tendo em conta o Sector Agrícola e numa primeira avaliação à proposta de OE para este ano de 2016, a CNA afirma que ainda há perguntas muito "práticas" a fazer ao Governo com o objectivo de dele se obter respostas esclarecedoras. 

De facto, na fase actual, o documento com a proposta de OE para 2016 mantém muitas rúbricas "em bruto" que, por isso, carecem de ser desdobradas/explicadas com mais detalhe.
Todavia, há elementos que nos trazem preocupações e nomeadamente:
a) – Em 2016 ( e seguintes), a execução do PDR 2020 está muito dependente da capacidade do Estado – do Ministério da Agricultura e do Governo - para analisarem, aprovarem e pagarem os projectos dos Agricultores e, principalmente, depende da dotação orçamental alocada à comparticipação nacional (global e por Medida) deste PDR 2020.  
De facto, há milhares de candidaturas por analisar e Medidas ainda por abrir.  Com os dados que nos são fornecidos no "relatório" que acompanha o Orçamento de Estado 2016, não está claro que esta situação seja resolvida e que o PDR venha a ser bem executado.

 b) - Não se sabe ao certo qual será o valor da comparticipação nacional do PDR 2020 mas é certo que para poder pagar (anualmente) as Medidas Agro-Ambientais (MAA) na sua totalidade, o Ministério da Agricultura terá que "cortar" na execução de outras Medidas, já que não existe um efectivo reforço orçamental que cubra o aumento dos compromissos assumidos "só" com as MAA, na ordem de 40 milhões de Euros (por ano).
b) – Tal como a CNA tem reclamado, é possível, caso haja vontade política por parte do Ministério da Agricultura e do Governo, a criação de um sub-programa, integrado no PDR 2020, específico para a pequena Agricultura (Agricultura Familiar) a custear com verbas nacionais e europeias.
Cabe entretanto perguntar quando começam a funcionar as (poucas) medidas anunciadas de apoio à pequena Agricultura como a Ajuda "forfetária" dos 600 Euros por ano e o reforço financeiro aos projectos de investimento de menor dimensão ? 
  c) - Ainda no âmbito da comparticipação nacional no PDR 2020, urge clarificar se as prioridades específicas (investimento na Floresta) do Fundo Florestal Permanente vão deixar de ser executadas, já que se permite que a quase totalidade da receita deste Fundo seja alocada ao PDR 2020, assim estilo "cheque em branco".

d) - Na questão da operacionalização, é essencial o reforço das estruturas do Ministério da Agricultura com recursos humanos e financeiros que permitam analisar e aprovar os milhares de candidaturas que estão em lista de espera, situação não comtemplada neste Orçamento de Estado. 
E também não se vê como financiar a melhoria do funcionamento de Estações de Preservação de Germoplasma (ADN); de Estações de Experimentação; de Laboratórios Públicos; ligados ao Sector e que nos últimos anos têm sido desmantelados pela continuada política de desinvestimento governamental.
e) - Importa ainda garantir que os projectos de Regadios Públicos, não só o Alqueva, mas também os projectos hidro-agrícolas do Baixo Mondego e o do Baixo Vouga, tenham a dotação necessária para a sua execução.

f) - É positivo o facto de aumentar em 3 Cêntimos o litro, o "benefício fiscal" (desconto) do Gasóleo Verde uma vez que vai aumentar a carga fiscal sobre os Combustíveis
Entretanto, o Governo também deve encarar a hipótese da retoma do apoio (temporário) à Electricidade Verde, pelo menos para os subsectores que atravessam uma crise aguda como acontece com a  Pecuária.
e) – Também falta clarificar qual vai ser o impacto das alterações ao IMI.




ÀS  IMPOSIÇÕES  DESTA   P A C  

JUNTAM-SE  AGORA  AS  IMPOSIÇÕES  ORÇAMENTAIS DESTA  U E


Já conhecemos, de sobremaneira, muitas das contínuas imposições da PAC que tanto têm contribuído para a baixa de rendimentos dos nossos Agricultores, para o aumento do défice agro-alimentar e da balança de pagamentos do nosso País com o exterior, para a ruína da Agricultura e do Mundo Rural Português.

Pois é agora mais do evidente a imposição de restrições e outros constrangimentos orçamentais por parte desta UE e em particular do sistema do Euro.  

Trata-se mesmo de uma ingerência inadmissível desta UE - e do sistema financeiro dominante - em matérias no âmbito da Soberania e da Independência nacionais, ingerência perante a qual se reclama das Entidades Nacionais uma atitude de firme rejeição !

A CNA reitera a sua preocupação em que, e tendo em conta os elementos disponíveis na proposta de OE 2016, se corra o risco de voltarmos a ver o Sector Agrícola a ser penalizado com  "falta de verba", o que importa evitar !


Coimbra, 19 de Fevereiro de 2016



A Direcção da CNA

Governo garante apoios para reposição da capacidade produtiva no Mondego


O ministro da Agricultura garantiu que o Governo, através do Programa de Desenvolvimento Rural, possui verbas disponíveis para repor a capacidade produtiva afetada nas cheias do vale do Mondego.
 
1/2|19.02.2016  FOTO: PAULO NOVAIS/LUSA
Ministro visitou zonas inundadas

"Temos no Ministério da Agricultura instrumentos que permitem dar resposta imediata à reposição da capacidade produtiva", disse Capoulas Santos aos jornalistas no final de uma visita aos concelhos de Montemor-o-Velho e Soure, região afetada no fim de semana pelas cheias, assim como Coimbra, na zona Centro.

Os apoios variam entre 50% a 80% dos prejuízos verificados em infraestruturas necessárias à produção, como vedações das explorações, equipamento, maquinaria e poderão ainda abranger caminhos agrícolas danificados pela subida das águas.

Na reunião que manteve com autarcas, agricultores e representantes de associações agrícolas e de regadio daquela região, Capoulas Santos explicou que a medida de reposição do potencial produtivo que integra o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 "permite atuar de imediato".

"Antes disso, era preciso pedir autorização a Bruxelas e era preciso ter dinheiro no Orçamento do Estado. Temos o dinheiro já disponível no PDR, o que permite acelerar os procedimentos", explicou.

O ministro apelou a que o levantamento dos prejuízos seja feito "o mais rápido possível", até final de março, pedindo a colaboração dos autarcas e agricultores para que trabalhem em conjunto com os serviços do ministério da Agricultura, para que assim que esteja concluído os agricultores possam ser ressarcidos dos prejuízos.

"Estamos fartos de ver na comunicação social que as pessoas aparecem e depois, os jornalistas vêm um ano depois, e não se fez nada, não se avançou nada", disse.

O ministro da Agricultura apelou ainda a um levantamento rigoroso da situação, alertando contra "aproveitamentos indevidos" das ajudas por quem não teve prejuízos, aproveitamentos esses "que sucederam no passado" e que não quer ver repetidos. "Queremos ajudar quem precisa de ser ajudado", enfatizou.

Já relativamente à produção destruída pelas águas, nomeadamente de culturas hortícolas, Capoulas Santos frisou que é uma questão "mais complicada", nomeadamente em culturas não cobertas ou não abrangidas por seguros.

"Existe um sistema de seguros agrícolas que custou o ano passado ao ministério da Agricultura oito milhões de euros, que bonifica os prémios dos seguros" e que pode ir até 70 por cento de comparticipação, lembrou o governante, alegando que os agricultores que possuem seguro "serão ressarcidos pelo seguro".

Avisou, no entanto, que o Estado está impossibilitado de apoiar os agricultores que não têm seguro: "Se o fizesse, isso seria dar um sinal a todos aqueles que fizerem [o seguro] para nunca mais fazerem na vida", justificou.

Já as culturas que não estejam abrangidas pelo seguro, o Governo vai "ponderar" quais os instrumentos de ajuda, adiantou.

Sobre a obra hidroagrícola do Mondego, Capoulas Santos disse que encontrou o Vale do Mondego "com pouco mais área beneficiada" do que aquela que estava concluída há 13 anos, quando deixou as funções de ministro da Agricultura de António Guterres.

"Se as obras do vale do Mondego tivessem continuado ao ritmo que eu imprimi, há muito que estariam concluídas", argumentou o ministro, que não se comprometeu, no entanto, com a conclusão da intervenção na atual legislatura.

Questionado pela agência Lusa se a intervenção no aproveitamento hidroagrícola vai finalmente incidir sobre os três vales da margem esquerda do Mondego, (que não possuem obra de regadio, ao contrário da margem direita, que está concluída), Capoulas Santos disse que "esta parece ser a hora da esquerda".

"Vamos ver se foi coincidência ou não a direita ter sido privilegiada até aqui, iremos ver o que podemos fazer para compensar a esquerda dessa injustiça", ironizou.


Ex-administrador do grupo Martifer lança "faça você mesmo" agrícola


RUI NEVES | ruineves@negocios.pt | 16 Fevereiro 2016, 00:01

Ex-administrador do grupo Martifer lança "faça você mesmo" agrícola

Ricardo Henriques torna-se empresário com a oferta de soluções integradas de produtos para a agricultura num conceito de "faça você mesmo". É a "Agrikolage".

Combinar agricultura com bricolage deu nisto: "Agrikolage." É com esta marca que Ricardo Henriques se torna agora empresário, adoptando um conceito que "é completamente disruptivo no sector". 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Capoulas Santos garante que IVA na agricultura se vai manter a 6%

19/2/2016, 15:45
O ministro da Agricultura Capoulas Santos garantiu que o IVA na agricultura se vai manter na taxa de 6%, lembrando que não há alteração na proposta do OE 2016.

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PAULO NOVAIS/LUSA

O ministro da Agricultura Capoulas Santos garantiu que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na agricultura se vai manter na taxa de 6%, lembrando que não há alteração na proposta do Orçamento do Estado (OE 2016).

Intervindo hoje em Montemor-o-Velho, perante uma plateia composta por autarcas, agricultores e associações ligadas à agricultura e regadio do Baixo Mondego, Capoulas Santos disse que há uns dias "foi lançada uma campanha", cuja origem afirmou desconhecer, segundo a qual o OE 2016 "ia provocar aumentos no IVA das máquinas agrícolas e na prestação de serviços aos agricultores".

"Isso é absolutamente falso. Não haverá no que diz respeito à agricultura nenhuma alteração no IVA e tudo aquilo que está a 6% se manterá", frisou o ministro.

"Isso é facilmente verificável na proposta de lei (do OE 2016) que está na Assembleia da República e que espero que seja aprovada a curto prazo", sustentou Capoulas Santos.

Exportações agro-alimentares aumentam nove por cento em Dezembro

18-02-2016 

 
As exportações agro-alimentares da União Europeia continuam no bom caminho. Em Dezembro de 2015 alcançaram um valor de 11,2 mil milhões de euros, superando em quase um milhão o valor de anos anteriores para o mesmo mês.
 
Este trata-se de um aumento superior a nove por cento em comparação com os valores de exportação habituais em Dezembro. Por destinos, os maiores aumentos registaram-se para os Estados Unidos, China e Japão, assim como para alguns países do Médio Oriente, em particular Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Por produtos, exportou-se mais trigo, produtos hortícolas e carne de porco. Pelo contrário, diminuíram as saídas de leite em pó, couros e peles.
 
Por outro lado, as importações agro-alimentares da União Europeia também aumentaram em Dezembro em comparação com um ano antes. O maior crescimento mensal verificou-se na Ucrânia, seguida pelos Estados Unidos e Austrália. Por produtos, aumentaram as de café não torrado, chá, trigo, oleaginosas, frutos tropicais, especiarias e frutos secos, enquanto reduziram as de beterraba, cana-de açúcar, soja e óleo de palma.
 
Fonte: Agrodigital


Lucros líquidos da Nestlé diminuíram 39% em 2015



 18 Fevereiro 2016, quinta-feira 

A multinacional do setor alimentar Nestlé anunciou esta semana que os seus lucros líquidos diminuíram 39% em 2015, mais do que o esperado, devido à apreciação do franco suíço.
Os lucros líquidos foram da Nestlé ascenderam a 9,1 mil milhões de francos suíços (8,2 mil milhões de euros).
Este valor ficou abaixo das previsões dos analistas que apontavam para 9,8 mil milhões de francos suíços (8,8 mil milhões de euros).

Governo da Madeira vai transformar parques empresariais em estufas



 18 Fevereiro 2016, quinta-feira 

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou esta semana que o Executivo vai transformar quatro parques industriais atualmente desaproveitados em estufas para produção agrícola.
estufas
«Vamos aproveitar os parques empresariais, sobretudo os três no norte (Porto Moniz, São Vicente e Santana) e o da Calheta, para, mediante uma renda barata, esses espaços que não são utilizados ou estão sob forma de subutilização poderem comportar estufas para produção agrícola», disse o governante madeirense aos jornalistas, depois de visitar uma exploração na freguesia dos Canhas, no município da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha da Madeira.
Miguel Albuquerque salientou que a decisão será «tomada nos próximos dias», na altura em que está a ser debatida, no parlamento do arquipélago, legislação que visa criar uma bolsa de terrenos para serem concessionados a empresários do setor.
«Penso que é uma forma de rentabilizarmos o rendimento feito e garantir aos empresários agrícolas terem espaço devidamente infraestruturado para implantarem estufas modernas e adequadas à produção regional», sustentou.
Miguel Albuquerque referiu que a exploração visitada produz cerca de 20 toneladas de nabos em estufas, o que, no seu entender, é «mais uma demonstração de que a agricultura não está sujeita ao fracasso» na região.
No concelho da Ponta do Sol, o presidente do Governo Regional participa hoje em mais uma sessão de apresentação do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PRODERAM) aos produtores do arquipélago.
Fonte: Lusa

Há um novo selo que promove o Café Expresso Português



 17 Fevereiro 2016, quarta-feira  CerealiculturaIndústria alimentar
A Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) apresentou esta quarta-feira, 17 de fevereiro, o primeiro selo de denominação do Café Expresso Português, uma nova marca que pretende diferenciar este produto e as suas características únicas, e que facilitará às marcas de café nacionais um melhor acesso aos mercados internacionais.
cafe
"Portuguese Coffee – blends of stories" é o novo selo que a partir de agora todas as marcas portuguesas de café (empresas de torrefação que operem em Portugal) podem incluir nas suas embalagens, numa ação pioneira promovida pela AICC.
«O lançamento deste selo surge da necessidade de existir uma marca ou elemento aglutinador da indústria que permitisse a diferenciação do Café Expresso Português em detrimento a bebidas expresso de outras origens (países)», avançam os promotores da iniciativa.
Face às características únicas e diferenciadoras do Café Expresso Português, quer em termos sensoriais, quer em termos sociais, a AICC decidiu «investir no processo de preservação deste património nacional através da criação do selo de denominação do Café Expresso Português e que o torne como elemento distintivo».
«A inclusão desde selo permite ao consumidor, sobretudo nos mercados internacionais, reconhecer facilmente as características específicas do café português e ao mesmo tempo divulgar a sua especificidade e identidade histórica. Para as empresas exportadoras, o selo permite evidenciar uma garantia deste café, asseguradas por entidade independente, contribuindo assim para a aceleração da competitividade das empresas nacionais no exterior», esclarece a AICC.
«Com esta iniciativa inédita estamos a possibilitar ao consumidor a facilidade de reconhecimento deste tipo de café. Por outro lado, nos mercados externos, será sempre uma forma de conhecerem também a tradição portuguesa e desta forma poderem depois pedir o nosso café nos seus países de origem, facilitando a decisão de compra», sublinhou Rui Miguel Nabeiro, presidente da AICC.
O selo "Portuguese Coffee – blends of stories" foi apresentado no âmbito do 10.º Congresso do setor, que contou com a presença do ministro da Agricultura, Luís Capoulas dos Santos, e de mais de 15 empresas nacionais do setor. 

AMPV reforça consolidação da Rede Portuguesa dos Museus do Vinho



 19 Fevereiro 2016, sexta-feira  Viticultura
O Museu do Vinho de Alcobaça (MVA) recebeu esta semana cerca de 20 membros da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) com objetivo de consolidar a Rede Portuguesa dos Museus do Vinho (RPMV), estrutura criada pela associação para apoiar os municípios que têm ou planeiam ter Museus do Vinho.
vinhos
Dos trabalhos realizados durante a reunião que decorreu na Taverna do Museu do Vinho, resultaram a constituição de um grupo de trabalho para realização de etapas importantes na consolidação da rede.
Falou-se do panorama geral dos Museus do Vinho em Portugal, a criação de projetos em rede, nomeadamente, a elaboração de rotas enoturísticas complementadas com a criação de uma página de internet que centralize toda a informação relativa à RMPV, a eventualidade da constituição de uma Associação Ibérica dos Museus do Vinho e a organização do II Congresso Ibérico dos Museus do Vinho, a ter lugar no Museu do Douro (Peso da Régua) no final 2016.
Ficou decidido que o Museu do Vinho de Alcobaça assumirá a coordenação da RMPV cujo grupo de trabalho executivo será constituído, além de Alcobaça, pela própria AMVP, Museu do Douro, Museu do Vinho da Bairrada, Museu do Vinho de Bucelas, Museu do Vinho Verde Alvarinho de Monção, Museu do Vinho de Alenquer, Quinta/Museu do Sanguinal e Centro Interpretativo do Vinho Verde de Ponte Lima.
Presente na sessão de encerramento da reunião, o Presidente da Câmara de Alcobaça Paulo Inácio saudou o papel central do MVA na consolidação da RPMV: «o nosso Museu, assim como todas as outras estruturas homólogas aqui representadas, beneficiarão certamente deste trabalho em rede na perspetiva de ganharmos escala e sinergia turística e não só».
A próxima reunião da RPMV decorrerá no próximo dia 11 de abril de 2016 em Bucelas. 

Corticeira Amorim encerra 2015 com vendas de 600 M€


por Ana Rita Costa- 18 Fevereiro, 2016

A Corticeira Amorim terminou o ano de 2015 com as vendas a registarem um crescimento de 7,9% face a 2014, para um total de 604,8 milhões de euros. Numa nota enviada às redações, a empresa revela que os lucros cresceram 53,9% face a 2014, ultrapassando pela primeira vez os 50 milhões de euros, ascendendo a 55,012 milhões de euros no final de dezembro.

Por outro lado, o EBITDA ascendeu a 100,7 milhões de euros, uma subida de 16,1% face ao exercício de 2014 e que eleva o indicador para o valor "mais alto de sempre". "Para o bom comportamento destes indicadores contribuiu a valorização do USD que, em conjunto com a dinâmica do mercado norte-americano, se revelou de grande importância para o exercício da Corticeira Amorim, que vê os Estados Unidos da América consolidarem a sua posição de principal mercado", explica a companhia.

Rolhas e Aglomerados Compósitos lideram crescimento de vendas

A unidade de negócio Matérias-Primas registou uma subida de cerca de 3% nas vendas para 135,37 milhões de euros e a unidade de negócio Rolhas atingiu vendas de 393 milhões de euros, um acréscimo de 10% face ao ano anterior. Em termos de quantidades, o crescimento da unidade de Rolhas foi de 4,6% e totalizou 4,2 mil milhões de unidades vendidas, um "número recorde" de acordo com a Corticeira Amorim, com a unidade a manter o mix de vendas e a reforçar posições em todos os segmentos do produto.

A unidade Revestimentos, por sua vez, foi em 2015 a única unidade de negócio com uma quebra nas vendas, que ascenderam a 109,84 milhões de euros, ou seja, uma redução de 5,6% face ao ano anterior. De acordo com a empresa, este decréscimo é fruto da "redução de vendas de produtos fabricados para os mercados de Leste, em particular para a Rússia, a que se junta o impacto, nesta Unidade de Negócio desfavorável, do efeito cambial do EUR/USD na ordem dos 1,5M€."

Na unidade Isolamentos, o exercício de 2015 encerrou com um ligeiro crescimento das vendas, que atingiram os 10 milhões de euros.

APROLEP desafia distribuição e indústria “a darem as mãos para salvar a produção nacional”

por Ana Rita Costa- 17 Fevereiro, 2016

A crise vivida no setor da produção de leite em Portugal está a levar os produtores a acumularem perdas de dia para dia: o preço médio pago ao produtor ronda agora os 28 cêntimos por litro, quando o custo estimado é de 34 cêntimos. Para fazer face a esta crise, a APROLEP – Associação dos Produtores de Leite de Portugal emitiu esta semana um comunicado em que desafia a distribuição e a indústria "a darem as mãos para salvar a produção nacional e em particular os produtores que se encontram em situação de desespero" através do escoamento da produção a um "preço justo".

"Essa atuação poderia ter a chancela do Estado Português, com a atribuição do rótulo de 'Produto lácteo sustentável', que garanta ao consumidor não apenas a qualidade e a origem nacional do produto, mas também um preço ao produtor que permita a sua permanência na atividade, remunerando o seu trabalho e os custos de produção", refere a associação.

Na nota enviada às redações, a APROLEP desafia também o Governo "a defender a produção nacional da mesma forma que o fazem os governos nacionais e regionais de países vizinhos, no apoio aos produtores, na fiscalização intensiva dos produtos importados e na identificação da origem dos produtos. Os consumidores que estão solidários com a produção nacional têm o direito de encontrar a origem dos produtos devidamente identificada nos pontos de venda."

A associação está preocupada com a situação dos produtores que recebem abaixo da média e diz que existem alguns em "situação desesperante" que recebem "menos de 20 cêntimos por litro produzido".

A isso acresce o facto de o fim das quotas leiteiras ter obrigado os produtores nacionais a "limitar a quantidade [de leite] que podiam entregar à indústria transformadora". "A dificuldade de escoar o leite produzido e o baixo preço praticado, sistematicamente abaixo da média comunitária, é inaceitável num país que importa quase 500 milhões de euros em produtos lácteos, dos quais 300 milhões em queijos e iogurtes. As exportações que também ocorrem, em produtos com menor valor acrescentado, não evitam um défice anual de 200 milhões de euros em leite e produtos lácteos. É evidente que a solução mais lógica, do ponto de vista económico, social e ambiental, é a substituição das importações de sobras de leite da Europa por leite e produtos lácteos nacionais, mais frescos, mais próximos do produtor ao consumidor, de qualidade comprovada e com mais-valias para a economia nacional."

Maior "Óscar" do vinho em 2015 entregue ao "Mister Baga"


13 DE FEVEREIRO DE 2016
É da Bairrada o "Senhor Vinho", o maior prémio atribuído pela Revista de Vinhos aos melhores de Portugal no setor vitivinícola. A gala conhecida como os "Óscares dos Vinhos", decorreu ontem à noite, sexta-feira, no Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, precisamente na Bairrada.

Miguel Midões/TSF

Perante uma plateia de mais de mil pessoas ligadas ao vinho e à vinha foram premiadas as melhores adegas cooperativas do ano, os melhores enólogos e os melhores produtores, entre muitas outras categorias.

O vencedor do "Senhor Vinho" de 2015 não hesitou em defender as castas nacionais.

Luís Pato ganhou o prémio maior da noite, foi o "Senhor do Vinho" em 2015 para a Revista de Vinhos. Assumiu-se como um produtor "rebelde" e pela primeira vez sentiu que lhe passaram um atestado de velhice ao ganhar este prémio.

O "Senhor do Vinho" explica que se assume um defensor da região da Bairrada "porque a casta rainha da região chama-se Baga e lá fora sou conhecido como Mister Baga"

E a Baga, enquanto casta, está a colocar a Bairrada no mapa internacional. "Há 12 anos inaugurei a adega com o ministro Armando Sevinate Pinto e disse-lhe que o meu sonho era o de tornar a baga numa casta conhecida mundialmente. Temos agora um grupo chamado de Baga Friends que tem tornado a Baga conhecida lá fora e isso tem feito com que seja reconhecida cá dentro".

E Luís Pato que agora é o "Senhor Vinho" não resistiu a deixar recados para os restantes produtores nacionais. "Como o país mais antigo da Europa temos uma enorme quantidade de uvas e o que as pessoas fazem é renegá-las trazendo as francesas. Mas, não! As nossas estão lá há imensos anos, resistiram às pragas e até às pessoas, conferem-nos identidade", defende.

Diz que aproveitar este potencial é o que os franceses fazem de melhor e por isso critica quem desinveste nas castas portuguesas para investir noutras como a "Sauvignon", que nada têm a ver com Portugal.

A lição estendeu-se ainda às exportações. Luís Pato brindou ao vinho nacional, mas apontou o dedo aos produtores que rebaixam a imagem do vinho português no estrangeiro vendendo-o a preços que não lhe conferem dignidade. E deu como exemplo, um excerto que está nas paredes daquela que considera a maior garrafeira da Bairrada e que está no Palácio Hotel do Buçaco, onde pode ler-se, datado de 1866, que: "o viajante que subir a serra e parar na Cruz Alta (...) se lançar a vista pelo vasto horizonte contempla um dos mais belos panoramas de Portugal (...) e encontra a seus pés, vastíssimos vinhagos (...) o inimigo de hoje é ainda o inimigo de outrora, é a mesma França (...) o campo de batalha está no Brasil e na Grã-Bretanha, são os campos de batalha desta nova guerra...". E são estes, para Luís Pato, os mercados que continuam a fazer frente aos vinhos portugueses.

A Revista de Vinhos atribuiu ainda um Prémio de Excelência aos 30 melhores vinhos de 2015.

FPAS apresenta soluções para o sector em Bruxelas

18-02-2016 

 
Na sequência do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, no passado dia 15 de Fevereiro, ficou estabelecido que os Estados-membros têm até ao próximo dia 25 de Fevereiro para apresentar propostas que visem apoiar os sectores da suinicultura e leite.

Neste sentido, e tendo em conta que é impreterível sensibilizar a Comissão Europeia e os ministros da Agricultura europeus da especificidade e gravidade da crise que o sector da suinicultura atravessa em Portugal, com a ameaça do iminente colapso total do sector, a FPAS fará chegar as suas propostas às autoridades nacionais na matéria.

Assim, a FPAS reunirá com o Gabinete de Planeamento e Políticas duranta a próxima semana para entregar e discutir as propostas portuguesas de apoio ao sector suinícola por parte da União Europeia.

O documento estará ultimado a 23 de Fevereiro e pretende ser o mais abrangente possível da posição da produção suinícola nacional. Por isso, é um documento aberto a todos os suinicultores, empresários e técnicos que desejem contribuir para o mesmo. Os contributos podem ser enviados para geral@suinicultura.com , até ao dia 22 de Fevereiro.

Fonte: FPAS

Margens da carne de frango melhoram a nível mundial no primeiro trimestre do ano

18-02-2016 
 

 
Depois de um difícil quarto trimestre de 2015, como consequência de uma abundante oferta de carne de frango, a situação parece que está a melhorar em 2016.
 
Prevê-se um aumento das margens da carne de frango a nível mundial no primeiro trimestre de 2016, graças ao aumento da procura, o menor ritmo de crescimento de produtores-chave, como os Estados Unidos, a China, Tailândia e Europa e a recuperação dos preços da carne vermelha.
 
Um dos factores mais importantes é a menor oferta na àsia devido à redução do censo de reprodutoras. Espera-se menos produção na China, Tailândia e Coreia no último semestre de 2016. Por outro lado, o comércio de aves continuará a ser afectado pela gripe das aves e a taxa de câmbio. Também é provável uma queda nos preços, que poderá ser de 20 por cento para o peito de frango e carcaças inteiras.
 
No mercado mundial de alimentação animal, os preços da soja e do milho mantêm-se em níveis semelhantes ao ano anterior, apesar de haver grandes diferenças por países, de acordo com os efeitos da meteorologia e taxas de câmbio, como é o caso da Índia e África do Sul, atingidos pela seca, e o Brasil e Rússia, pela taxa de câmbio. Em concreto, no Brasil, os preços da alimentação são 30 por cento superiores ao ano passado.
Os grandes beneficiados a curto prazo são a Tailândia e o Brasil, mas com as próximas mudanças com a concorrência da Malásia, Rússia e Ucrânia, que já receberam autorização para exportarem para mercado chave.
 
Fonte: Agrodigital

COGECA debate vendas conjuntas de produtos agrícolas

18-02-2016 
 

 
O Chefe da Task Force Mercados agrícolas, da Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia, Philippe Chauv, reuniu com o Praesidium da COGECA para debater a aplicação das novas directrizes da Comissão Europeia relativas à venda conjunta de alguns produtos agrícolas, como o azeite, carne bovino e cereais.

 
O regulamento da Organização Comum de Mercado (OCM) permite às Organizações de Produtores (OP) e às Associações de OP efectuar vendas conjuntas e fixar conjuntamente os preços, os volumes e outras condições de venda para estes produtos, tendo em conta que os mesmos geram graus de eficiência suficiente, graças a outras actividades, como por exemplo, a distribuição ou a armazenagem.
 
 
De acordo com a Comissão europeia as quantidades comercializadas conjuntamente pela Organização não podem ultrapassar 15 por cento do mercado Nacional da carne de bovino e de cereais, no que diz respeito a grandes culturas, ou 20 por cento para o azeite, além de outros requisitos. Para fornecer informação e acompanhar o funcionamento dos mercados agrícolas foi criada a Task Force dos mercados agrícolas.
 
Na reunião, que decorreu esta quinta-feira, participaram a Vice-presidente da COGECA, engenheira Maria Antónia Figueiredo, Secretário-geral da CONFAGRI, engenheiro Francisco Silva e a engenheira Isabel basto, representante da CONFAGRI em Bruxelas.
 
Fonte: CONFAGRI

Exportações agro-alimentares aumentam nove por cento em Dezembro

18-02-2016 

 
As exportações agro-alimentares da União Europeia continuam no bom caminho. Em Dezembro de 2015 alcançaram um valor de 11,2 mil milhões de euros, superando em quase um milhão o valor de anos anteriores para o mesmo mês.
 
Este trata-se de um aumento superior a nove por cento em comparação com os valores de exportação habituais em Dezembro. Por destinos, os maiores aumentos registaram-se para os Estados Unidos, China e Japão, assim como para alguns países do Médio Oriente, em particular Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Por produtos, exportou-se mais trigo, produtos hortícolas e carne de porco. Pelo contrário, diminuíram as saídas de leite em pó, couros e peles.
 
Por outro lado, as importações agro-alimentares da União Europeia também aumentaram em Dezembro em comparação com um ano antes. O maior crescimento mensal verificou-se na Ucrânia, seguida pelos Estados Unidos e Austrália. Por produtos, aumentaram as de café não torrado, chá, trigo, oleaginosas, frutos tropicais, especiarias e frutos secos, enquanto reduziram as de beterraba, cana-de açúcar, soja e óleo de palma.
 
Fonte: Agrodigital

OMC espera levantamento do embargo russo em Abril

18-02-2016 
 

 
A Organização Mundial do Comércio considera que estão reunidas as condições para a Rússia levantar o embargo à carne de porco europeia em Abril.
 
Para já, a Organização Mundial do Comércio (OMC) não avançou datas concretas, mas a indústria suinícola vê esta indicação como um a boa notícias, numa altura em que toda a Europa continua a atravessar uma situação de preços pagos ao produtor demasiado baixos.
 
O embargo político tem sido um assunto em agenda há vários meses nas reuniões entre a indústria cárnica europeia e a Comissão Europeia. Em 2013, o volume das exportações da carne de porco da Europa para a Rússia atingiram o valor de 1,4 milhões e euros.
 
Os responsáveis do Copa-Cogeca têm liderado as tentativas de encorajamento ao diálogo entre a Comissão Europeia e a Rússia novamente. Numa carta enviada ao presidente Juncker a 20 de Janeiro de 2016, o presidente da COGECA e o presidente do COPA apelaram a que se «restabelecessem as transacções comerciais da carne de porco e subprodutos o mais breve possível», considerando que «este assunto é de vital importância porque escoará produtos como gordura e banha. Produtos que a União Europeia não encontrou mercado alternativos equivalentes».
 
Crê-se que a carta motivou a reabertura do diálogo entre as autoridades europeias e russas que se preparam para chegar a acordo, previsto para o próximo mês de Abril.
 
Fonte: FPAS

Quase 6 mil agricultores aderiram ao regime forfetário de IVA



 18 Fevereiro 2016, quinta-feira  AgroflorestalAgricultura

Quase 6 mil pequenos produtores agrícolas, que faturam até 10 mil euros por ano e estão isentos de Imposto sobre o Valor Acrescentando (IVA), aderiram ao regime forfetário, indicou o Ministério das Finanças.
agricultura
Os 5.825 agricultores que se inscreveram neste regime terão de entregar o pedido de compensação forfetária, que lhes permite serem reembolsados do IVA relativo aos bens e serviços vendidos no segundo semestre de 2015, até ao final de fevereiro.
Esta compensação destina-se a atenuar o impacto do Imposto sobre o IVA suportado nas aquisições de bens e serviços necessários à atividade do produtor agrícola que se encontre isento do imposto, as quais não conferem o direito à dedução.
O pedido deve ser feito por via eletrónica ou presencialmente junto de um serviço de Finanças, indicando o valor das transmissões de bens e prestações de serviços e os números de identificação fiscal dos respetivos compradores.
A proposta do Orçamento do Estado para 2016 introduz algumas alterações a este regime, estabelecendo um montante mínimo, definido em função dos custos administrativos deste benefício face ao valor concedido.
Os pedidos de compensação forfetária, que eram efetuados semestralmente, vão também passar a ser anuais, devendo ser submetidos até 31 de março.
As alterações ao código do IVA irão igualmente «clarificar que a figura da compensação forfetária não tem a natureza jurídica de restituição de imposto sobre o valor acrescentado», indica a mesma proposta.
Fonte: Lusa

Ministro da Agricultura defende "suspensão temporária" dos embargos europeu e russo


Lusa/AO online / Regional / 18 de Fev de 2016, 17:28
Capoulas Santos
   
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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, defendeu, em Ponta Delgada, ser desejável uma "suspensão temporária" dos embargos da Rússia à Europa e o contrário, assim como a abertura de novos mercados para o escoamento dos produtos agrícolas.
 
 

"Penso que era desejável sem que, naturalmente, a Europa venha a trocar valores por atividade económica [...], estabelecer uma trégua, isto é, uma suspensão temporária do embargo que permitisse à Rússia e à Ucrânia, em clima de maior serenidade, encontrarem soluções constitucionais para os problemas que os afetam", afirmou Capoulas Santos.

O governante falava aos jornalistas após uma reunião com o secretário regional da Agricultura e Ambiente, Luís Neto Viveiros, para analisar o setor agropecuário e agrícola dos Açores.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural reconheceu que o problema que se vive no setor do leite "preocupa seriamente", considerando ser uma "situação insustentável e para a qual tem de ser encontrada uma solução".

"Existe um grande desequilíbrio no mercado entre a oferta e a procura, fruto de um conjunto de circunstâncias, muitas delas são totalmente exteriores ao nosso país e até à União Europeia", assinalou, considerando a necessidade de o país manter intacto o aparelho produtivo do leite.

Os Açores, com 2,5% do território nacional, produzem cerca de 30% do leite do país e 50% do queijo. Metade da economia açoriana assenta na agropecuária e, dentro dela, o leite pesa mais de 70%.

Segundo Capoulas Santos, Portugal, "fruto da modernização nos Açores, sobretudo, mas também no continente, que se operou neste setor", tem pouco mais de cinco mil produtores, "que são empresas bem apetrechadas, para as quais os agricultores investiram muito", pelo que é um aparelho que não se pode "deixar que seja destruído".

"Mas a situação é difícil, porque há um conjunto de fatores externos que a determinam, entre elas o embargo russo", um assunto que está "muito acima dos ministros da Agricultura" da União Europeia, notou.

Capoulas Santos adiantou que esta situação determinou uma sua deslocação a Moscovo há cerca de duas semanas, na qual foi recebido pelo Governo russo, tendo manifestado "a boa vontade de Portugal em contribuir para encontrar uma solução".

"É um outro patamar de decisão política, mas é por aí que passam também os problemas", observou o ministro, defendendo, por outro lado, a necessidade de abrir novos mercados.

Para Capoulas Santos, há que "encontrar fluxos de escoamento dos excedentes europeus", referindo não ser necessário que sejam os Açores a exportar diretamente, mas se "outros países que estão neste momento a inundar o mercado europeu o fizerem, abrirão espaço para que os preços possam subir".

O ministro anunciou ainda ter convidado o secretário regional da Agricultura e Ambiente a estar presente no próximo Conselho Europeu de Ministros da Agricultura, agendado para março, em Bruxelas, onde vai ser debatido o setor do leite.

Mau tempo. Prejuízos na agricultura podem ir até aos 20 milhões de euros


SOFIA MARTINS SANTOS
17/02/2016 20:20


Ministro Capoulas Santos sublinha que o levantamento dos danos ainda não está concluído mas promete que os apoios vão surgir a curto prazo

O mau tempo que se fez sentir durante o fim de semana passado provocou danos que ainda não estão totalmente contabilizados. Um dos setores mais afetados foi, mais uma vez, a agricultura. De acordo com o ministro desta pasta, Capoulas Santos, a região do Douro é a "mais afetada pelas intempéries", mas há também situações reportadas no Baixo Mondego e Viana do Castelo. Os prejuízos podem ir dos "10 aos 20 milhões de euros".

A avaliação ainda está a ser feita e o levantamento, que está a ser realizado pelo ministério, câmaras e organizações, não está ainda concluído.

"Ainda estamos a avaliar todos os prejuízos, mas são imensos. De qualquer forma, há uma frente de trabalho comum para fazer este levantamento, até porque queremos impedir que haja aproveitamentos", explica ao i Capoulas Santos, que visitou ontem as vinhas afetadas pelo mau tempo no concelho de Santa Marta de Penaguião.

Durante a viagem, o ministro não escondeu estar "impressionado" com o cenário de destruição que encontrou e anunciou apoios à reconstrução dos muros que foram destruídos e ainda à replantação das vinhas - apoios que podem ir até "85% de financiamento a fundo perdido".

Para o ministro, é importante que o levantamento "rigoroso" fique concluído dentro de um mês. Depois segue-se a fase da abertura de candidaturas aos fundos comunitários.

Para o responsável pela pasta da Agricultura, o desejável é que dentro de três meses esteja concluída a fase de aprovação de candidaturas já que, depois, ainda é necessário somar o tempo para fazer as obras.

Douro preocupa A região do Douro é uma das zonas mais afetadas, até porque foi das que mais sofreram com uma precipitação "anormalmente elevada", explica o ministro da Agricultura, para quem é "necessário corrigir os erros para evitar situações futuras".

Grande parte dos estragos provocados pelo mau tempo tiveram lugar em vinhas novas que foram recentemente intervencionadas, como explica João Diniz, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Para o representante desta organização, as medidas anunciadas "não chegam": "Devia existir uma medida excecional porque a situação, também ela, é excecional", adverte, acrescentando algumas preocupações como a falta de meios do Ministério da Agricultura, a falta de dinheiro sentida por quem teve de intervencionar recentemente algumas vinhas, a morosidade do processo e ainda a falta de avaliação dos estragos em zonas como o Baixo Mondego.

Portugal em alerta O mau tempo causou vários estragos um pouco por todo o país. Durante o fim de semana, vários distritos estiveram em alerta vermelho. Desde sexta-feira à noite e até às 8h00 de segunda-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil registou 2617 ocorrências em todo o país, devido ao mau tempo que se fez sentir. Estima-se que os distritos mais afetados durante os três dias tenham sido Coimbra, Porto, Aveiro e Braga.

A maioria das ocorrências está relacionada com inundações, deslizamentos de terras e quedas de árvores e de infraestruturas. O mau tempo provocou ainda prejuízos elevados em habitações e culturas agrícolas.

No balanço final, feito pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, regista-se ainda a morte de um ciclista que foi arrastado pela força das águas em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.

Copa-Cogeca: Normas de bem-estar animal devem ser simplificadas e aplicadas em lugar de criar novas

 17-02-2016 
 


 
Em reacção ao debate em Conselho de Ministros de segunda-feira sobre o estabelecimento de uma nova plataforma de bem-estar animal na União Europeia, o Copa e a Cogeca insistiram nas normas tão restritas que já existem na União Europeia e na necessidade de assegurar uma simplificação e uma melhor aplicação das mesmas, em lugar de criar uma nova legislação.

A presente declaração seguiu em resposta à posição apresentada na segunda-feira pela Alemanha, Suécia, Dinamarca e Países Baixos aos ministros durante a sua reunião, na qual discutiram a criação de uma nova plataforma de bem-estar animal na União Europeia (UE).

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen declarou que a «atenção deve centrar-se em assegurar a devida aplicação e harmonização das normas existentes, em lugar de criar uma nova legislação». Para o futuro, o importante no que diz respeito ao bem-estar animal é simplificar a legislação em vigor, dar maior flexibilidade aos operadores e reduzir o elevado custo administrativo que têm pela frente. Também deve ser clarificada a relação entre a plataforma, ou seja, trabalho e coordenação, e os centros de referência.

Apesar da difícil situação do mercado, deve-se ainda insistir que os agricultores, em conjunto com as diversas partes envolvidas, já aplicam as iniciativas voluntárias para melhorar o bem-estar animal durante o transporte e para ajudar os operadores económicos do sector a garantir um nível ainda mais elevado de bem-estar animal.

A opinião do Copa-Cogeca tem sido apoiada pela avaliação da Comissão da Estratégia de bem-estar animal 2012-2015 e pela resolução do Parlamento Europeu votada no final do ano passado, nas quais confirma-se que a legislação em vigor deve ser aplicada correctamente em toda a UE e harmonizada entre todos os Estados-membros, referiu Pesonen.

Em resumo, Pekka Pesonen concluiu que «as declarações de alguns ministros durante a reunião são bem-vindas, indicando que as normas de bem-estar animal fora da União Europeia são menos elevadas e que as importações para o bloco europeu não devem respeitar normas tão exigentes e dispendiosas como as da UE».

Fonte: Agrodigital


Antes de haver Alqueva já existia o Grupo Ilídio Matos. São hectares e hectares de produção a perder de vista


17.02.2016 às 13h310


 
Na extensa área das propriedades do Grupo Ilídio Matos no Baixo Alentejo há olivais, vinhas, cereais, prados e pastagens
D.R.
Mais precisamente 2300 hectares agrícolas de uma história com mais de 30 anos. É a 15.ª empresa que ganhou fundos comunitários e que o Expresso e o BCP Capital divulgam

MIGUEL ÂNGELO PINTO

Ilídio Matos foi um dos pioneiros na introdução do regadio no Alentejo, duas décadas antes do Alqueva. Começou discreto no setor agrícola com a aquisição, em 1984, da Herdade da Corte Ligeira. Mas depois nunca mais parou. Hoje, parte das suas explorações situam-se na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, o que está a possibilitar um crescimento mais acentuado em culturas permanentes de regadio. O que implicou também grandes investimentos na transformação de áreas de sequeiro em regadio. Até final de 2017 serão transformados mais de 800 hectares.

€13 milhões
Nos últimos dois anos os investimentos foram de 8 milhões de euros. Nos próximos anos serão mais 5 milhões
"Sempre tentei diversificar o meu leque de culturas, sendo que na última década a aposta recaiu sobre o olival e, mais recentemente, no conhecimento sobre a produção de amêndoa, cultura que estou a investir ultimamente e que continuarei a investir nos próximos anos, com o apoio da Rural Team" explica Ilídio Matos, um empresário com mais de 30 anos de experiência na gestão de empresas agrícolas.

As diferentes empresas detidas por este grupo familiar - liderado por Ilídio Matos e seu filho João Matos - detêm um conjunto de propriedades, que no seu conjunto perfazem mais de 2300 hectares no Baixo Alentejo. No total, as explorações são ocupadas atualmente com mais de 400 hectares de olival intensivo e superintensivo, 180 hectares de amendoal intensivo, 45 hectares de vinha, 300 hectares de cereais, papoila e cebola, 900 hectares de prados e pastagens e 550 hectares de floresta e gado bovino. Neste momento, tudo o que é produzido é vendido a outros operadores. Por exemplo, a azeitona é entregue a um lagar da região e vendido a granel para grandes operadores.

As diferentes empresas detidas por este grupo familiar detêm um conjunto de propriedades, que no seu conjunto perfazem mais de 2300 hectares no Baixo Alentejo
As diferentes empresas detidas por este grupo familiar detêm um conjunto de propriedades, que no seu conjunto perfazem mais de 2300 hectares no Baixo Alentejo
D.R.
Os investimentos que estão a ser realizados destinam-se sobretudo à componente agrícola, quer na plantação de olivais, de amendoais e de vinhas, quer na modernização do parque de máquinas existente. Outra prioridade é a gestão profissional das explorações, com a aquisição de sistemas de gestão, a aposta em tecnologias de precisão, a aquisição de sistemas de gestão de água mais eficientes ou a aposta em energias renováveis.

"No futuro próximo iremos continuar com o investimento agrícola e com o aumento das áreas dedicadas às culturas permanentes, mas iremos avançar com investimentos de transformação, nomeadamente com a construção de uma adega e de um lagar de azeite", promete Ilídio Matos.

Essa aposta terá de ser acompanhada necessariamente de investimentos em marketing e na internacionalização da empresa que apresentou de investimento, nestes dois últimos anos, 8 milhões de euros, que serão complementados com (pelo menos) mais 5 milhões nos próximos anos, provenientes dos apoios do Programa de Desenvolvimento Rural.

Até 26 de fevereiro, o Expresso e o BCP Capital vão contar histórias de 20 empresas que já ganharam os fundos do Portugal 2020 e têm projetos para inovar e internacionalizar. E cinco guias práticos, às sextas, caso deseje candidatar-se aos fundos.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Investidores que queriam Herdade da Comporta em 2015 voltam a fazer oferta

por Ana Rita Costa- 16 Fevereiro, 2016

Os investidores norte-americanos que se mostraram interessados em comprar a Herdade da Comporta em 2015, voltaram a fazer uma oferta para ficarem com a empresa agrícola seis meses depois de terem desistido devido ao arresto de bens do antigo Grupo Espírito Santo (GES).

Asher Edelman e David Storper estão interessados na empresa que gere a atividade agrícola da propriedade e manifestaram-se disponíveis para adquirirem o fundo que gere o projeto turístico e imobiliário, de acordo com o Jornal de Negócios.

Recentemente, o Ministério Público autorizou o relançamento da venda da Comporta desde que haja um concurso aberto a vários interessados, que a operação seja feita pelo maior valor possível e que a receita da alienação fique sob a tutela do Estado.

Os investidores norte-americanos preveem um investimento global de 70 milhões de euros na Herdade da Comporta, como conta o Jornal de Negócios: 20 milhões para pagar a participação de 60% detida pela Rioforte e os restantes 50 milhões para relançar a atividade da sociedade.

Este processo arrasta-se há mais de um ano e foi travado devido ao arresto de bens do GES. Na proposta inicial, Asher Edelman e David Storper propunham a compra das duas unidades da Herdade da Comporta por 100 milhões de euros e disponibilizavam "200 milhões para assumir a dívida das duas empresas e outros 100 milhões para relançar a atividade da empresa agrícola e do fundo que gere o projeto turístico."

Portugueses interessados em investir no ramo agroindustrial


 16 Fevereiro 2016, terça-feira

Empresários portugueses no ramo agroalimentar que integram uma delegação da Câmara Agrícola Lusófona (CAL) consideram São Tomé e Príncipe um «potencial mercado para investimento».


A delegação da CAL está em São Tome a explorar áreas de investimentos, estreitar relações e procurar parcerias com empresas são-tomenses.
«Apesar de ser um mercado pequeno, é um mercado que hoje, em termos de negócios com Portugal são 57 milhões de euros anual, dos quais 30% é o setor agroalimentar e outros 20% é do setor ligado ao serviço agrícola», disse Jorge Santos, presidente da CAL, à saída de um encontro com o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural são-tomense.
«Estamos a falar de máquinas, sementes, adubos, fertilizantes, enfim estamos a falar que 50% tem a ver com o setor de agronegócio que é manifestamente importante nesta relação comercial com São Tomé e Príncipe», acrescentou.
Nos últimos dois dias a delegação portuguesa visitou várias empresas, empreendimentos e locais turísticos e teve encontros com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Manuel Salvador dos Ramos, com a embaixadora de Portugal em São Tomé, Paula da Silva, e reuniu-se com a Câmara são-tomense do Comercio, Industrias, Agricultura e Serviços (CCIAS).
A intensificação das relações comerciais com as empresas nacionais é outro objetivo da visita deste grupo empresarial português ao arquipélago.
«Nós temos um projeto que é o de criar uma linha de comércio entre os países de língua oficial portuguesa e criarmos uma marca com os produtos não perecíveis, em que se inclui o café, a pimenta o açafrão. É importante desenvolver e intensificar esse comércio», disse.
A pesca é outro setor em que os empresários portugueses ambicionam desenvolver comércio com São Tomé.
«São Tomé tem uma costa formosa e tem um pescado de qualidade, é nossa intenção reforçar o comércio bilateral com São Tomé e que as empresas portuguesas possam intensificar essa presença», disse o responsável.
Neste sentido, em declarações aos jornalistas, Leonel Vasco, da empresa Gelpeixe, manifestou a expetativa de poder vir a realizar negócios em São Tomé, de forma a "satisfazer parte das necessidades" de fornecimento de peixe.
A delegação da CAL termina a visita a São Tomé e Príncipe no próximo dia 20 de fevereiro de 2016.
Fonte: Lusa

CNA defende estatuto específico para a agricultura familiar

Confederação quer ainda discutir a utilização de fundos comunitários. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende a criação de um estatuto específico para a agricultura familiar e vai esta terça-feira apresentar esta reivindicação à Assembleia da República. Pedro Santos, da direção nacional da CNA, disse à Lusa que a confederação está a promover "um périplo junto dos grupos parlamentares e do Governo" para valorizar a agricultura familiar, sendo este um dos objetivos da audiência que vai ter hoje na comissão parlamentar de Agricultura. "Há um fosso cada vez maior entre as explorações de pequena e média dimensão e as que são mais competitivas. A agricultura mais industrial e mais intensiva tem sido privilegiada, relegando para segundo plano a agricultura familiar e há que estancar isto", salientou o dirigente associativo. A CNA pretende, por isso, que seja criado um estatuto específico para a agricultura familiar, com um enquadramento fiscal e contributivo próprio e que discrimine positivamente esta atividade. Fundos comunitários Outro dos assuntos que vai ser focado na reunião com os deputados da comissão de agricultura centra-se nas orientações políticas dos fundos comunitários. Pedro Santos considerou que as ajudas diretas da PAC e os apoios ao investimento devem ser redirecionados para apoiar a agricultura familiar e alertou para os problemas "gravíssimos" do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural). Além de haver "mais de 10 mil candidaturas por analisar", existe um défice de 200 milhões de euros nas medidas agroambientais que vai ter de coberto parcialmente com verbas que estariam destinadas a outras medidas. A direção da CNA vai igualmente apresentar outras preocupações como os entraves burocráticos que estão a dificultar as formações no âmbito da aplicação de produtos fitofarmacêuticos (obrigatória a partir de 31 de maio).

Buraco financeiro da agricultura portuguesa subsidia transgénicos


Esta falta de verbas compromete, obviamente, o fomento de medidas agroambientais de agricultura biológica e produção integrada previstas nas portarias que regulavam estes apoios
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17 Fevereiro 2016 • André Silva

Os dilemas orçamentais e as escolhas políticas que os originam provocam-me inquietações, principalmente quando custam aos contribuintes módicas quantias no valor de 200 M€. Existe um buraco financeiro deste valor, na agricultura portuguesa, que foi criado pelo anterior Executivo ao prometer um reforço não autorizado para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020). Esta falta de verbas compromete, obviamente, o fomento de medidas agroambientais de agricultura biológica e produção integrada previstas nas portarias que regulavam estes apoios.

E aqui começa o cerne deste complexo dilema uma vez que estas decisões acontecem à revelia dos portugueses que desconhecem, grande parte das vezes, o conteúdo e a gravidade das alterações de portarias realizadas à "porta fechada", com uma descrição admirável, e que nos chegam como factos consumados. É que o anterior programa (Portaria n.º 229-B/2008, de 6 de Março) que terminou em 2014 previa que não fossem atribuídos quaisquer apoios a cultivos transgénicos e o actual (Portaria n.º 25/2015 de 9 de fevereiro) é omisso quanto a esta questão, o que permite que os produtores de milho transgénico, o único OGM (Organismo Geneticamente Modificado) permitido em Portugal, se candidatem a estes fundos com plantações de regadio no Ribatejo e Alentejo.

É uma incógnita perceber de que forma o Ministro do Ambiente pretende honrar o compromisso assumido de "não suspender nenhum pagamento e não deixar de pagar nenhuma medida agroambiental" se as verbas que deviam ser comprometidas para um incentivo consistente à agricultura portuguesa estão a ser canalizadas para monstros corporativos especializados nas mais "rebuscadas" ameaças químicas do planeta, na uniformização e controlo da cadeia alimentar e no patenteamento de sementes, como a Monsanto.

Os cidadãos e contribuintes portugueses estão, portanto, a financiar a poderosa e perniciosa indústria mundial dos transgénicos e o mais alarmante é que a utilização de milho transgénico em regadio contraria os objectivos do programa e da actual portaria, nomeadamente os que pretendem "restaurar, preservar e reforçar a biodiversidade; melhorar a gestão da água, dos fertilizantes e dos produtos fitofarmacêuticos; prevenir a erosão dos solos".

Certo será, e espero estar redondamente enganado nestas previsões, que esta falta de coerência que permite financiar abertamente a perda de biodiversidade e disponibilizar verbas tão elevadas para o cultivo de transgénicos, não terá agora verbas para apoiar os pequenos agricultores e os modos de produção em agricultura biológica, que se assumem cada vez mais como uma oportunidade para a agricultura portuguesa.

Para além disto, a possibilidade de admissibilidade e elegibilidade de culturas transgénicas provocou uma enorme afluência de candidaturas às medidas agroambientais, o que fez ultrapassar largamente as dotações, privilegiando uma vez mais os grandes projectos e prejudicando os pequenos agricultores e todos aqueles que pretendem fazer agricultura biológica e se vêm impossibilitados.
 
Faltam verbas este ano para as candidaturas à medida agro-ambiental de agricultura biológica pois foram comprometidas nos grandes projectos de milho transgénico de regadio. E isto em nada tem a ver com o cumprimento da legislação comunitária relativa aos OGM's, conforme referiu o Primeiro-ministro, António Costa, tem sim a ver com a reposição da justiça e a ética no regime de aplicação do programa para que os montantes dos apoios para áreas de produção cultivadas com organismos geneticamente modificados (OGM) voltem a ser de valor nulo o que possibilitaria a sustentabilidade da operacionalização dos fundos do PDR2020.

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Perfil
Nasceu em 2 de Abril de 1976, no dia da publicação da actual Constituição da República Portuguesa, na extinta freguesia de São Cristóvão e São Lourenço. Estudou em Coimbra, onde se formou em Engenharia Civil e ganhou consciência política nos ambientes das tertúlias e de discussão constante, vivendo sempre à margem dos movimentos partidários convencionais. Foi voluntário e vice-presidente da Linha SOS Estudante, um serviço de atendimento telefónico de apoio emocional e de prevenção do suicídio. Já a trabalhar, foi-se especializando em recuperação do património arquitectónico e artístico, tendo publicado alguns artigos científicos e o livro Conservação e Valorização do Património - Os Embrechados do Paço das Alcáçovas, em 2012, pela editora Esfera do Caos.

André Silva, 39 anos, casado, pratica mergulho e biodanza. Vive em Lisboa, numa casa com uma horta de 50 metros quadrados onde pratica técnicas permaculturais e faz compostagem. É vegetariano e tem um companheiro cão chamado Nilo. 

É militante do PAN desde 2012. Depois de ler o manifesto do PAN assumiu o compromisso consigo próprio de contribuir para que o partido fosse o mais longe possível, porque acreditou que o PAN tem um papel a desempenhar no aprofundamento da democracia em Portugal, defendendo activamente as três causas (humana, animal e ecológica) como uma só, pela sua indissociabilidade, e mostrando, pelo exemplo, que uma democracia mais participativa é possível e desejável, e que através da mesma se contribui para uma existência mais harmoniosa, em respeito pelo próximo, humano ou não humano, bem como pela natureza.

GNR identifica 47 suspeitos por irregularidades na produção de azeite


08/02/2016
A GNR registou 67 contraordenações e identificou 47 suspeitos em ações de fiscalização em instalações fabris de produção de azeite.
 

EDUARDO PINTO/GLOBAL IMAGENS

As ações de fiscalização decorreram em instalações fabris de produção de azeite entre 9 de novembro último e 31 de janeiro, informou a GNR esta segunda-feira.

O distrito da Guarda registou o maior número de contraordenações (16) e de suspeitos identificados (12), seguido dos de Viseu (9 contraordenações e 7 suspeitos), Évora (8 contraordenações e 4 uspeitos identificados) e Beja (7 contraordenações e 4 suspeitos).

Portalegre (7 contraordenações/2 suspeitos), Castelo Branco (6/4), Bragança (5/4), Coimbra (4/4) e Leiria (2/3), Santarém (2/2) e Vila Real (1/1) foram outros distritos onde a ação de GNR - denominada Operação "Lagareiro" - permitiu detetar situações de incumprimento no funcionamento, licenciamento, encaminhando e gestão de resíduos na produção de azeite.

Segundo a GNR, as principais infrações verificadas prendem-se com "rejeição de águas degradadas diretamente para o sistema de disposição de águas residuais, para a água ou para o solo, sem mecanismos que assegurem a sua depuração", "falta de comprovativo de cumprimento dos valores limites de emissão" e "falta de controlo metrológico (balanças)".

A GNR indica que foi ainda registado um crime em Leiria, por contaminação de nascente fluvial com águas ruças provenientes de lagar, tendo sido identificado o responsável..

Garrafa de azeite subiu um euro

Quebra faz disparar os preços em 20% para o consumidor. 

Por Pedro H. Gonçalves 

O mau tempo em Espanha e uma praga em Itália atiraram abaixo a produção mundial de azeite. Resultado: os preços dispararam 20 por cento para o consumidor em 2015. Uma garrafa de 75 cl de azeite ficou assim um euro mais cara para os portugueses. Segundo a consultora IRI, a subida de 20% custou aos consumidores mais 231 milhões de euros a nível europeu. Em Portugal, os produtores admitem que "os preços tiveram de subir por força do mercado". Francisco Ataíde Pavão, responsável pelo azeite Casa de Santo Amaro, diz ao CM que a produção no País nem se ressentiu, mas que, tal como no petróleo, "os preços em bolsa pressionaram no sentido da subida". O produtor não antecipa, contudo, que se volte a assistir a uma subida dos preços do azeite este ano. Uma garrafa de azeite de 75 cl custava no início do ano passado, em média, 3,83 euros. Hoje, está nas lojas a 4,79 euros: são mais 96 cêntimos a sair dos bolsos dos portugueses. Mas nem por isso os produtores de azeite estão a lucrar com o mercado. O Brasil, que é para onde o azeite português mais é exportado, viu o real desvalorizar, tornando as exportações menos atrativas.

Produção de azeitona para azeite com valor mais alto dos últimos 50 anos


17/2/2016, 14:32
Produção de azeitona para azeite deverá ter atingido em 2015 o maior registo dos últimos 50 anos e o 3ª maior dos últimos 75 anos. Em 2015 produziu-se mais 75% do que na campanha anterior.

JOSÉ COELHO/LUSA

A produção de azeitona para azeite deverá ter atingido em 2015 o terceiro maior registo dos últimos 75 anos, aproximando-se das 765 mil toneladas, um aumento de 75% face à campanha anterior, indicam as previsões agrícolas do INE. Trata-se do valor mais alto dos últimos 50 anos, sendo que a produção de azeitona para azeite não registava um pico tão alto desde 1964, segundo as mesmas previsões.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta esta quarta-feira que estes resultados foram atingidos graças aos novos olivais intensivos de regadio instalados no sul do país, que permitiram ultrapassar a falta de chuva, prevendo-se a melhor campanha em cinco décadas.

O Alentejo aumentou a área de olival em mais de 13 mil hectares nos últimos dez anos com olivais intensivos, plantados com variedades muito mais produtivas e equipados com sistemas de rega.

As condições climatéricas de janeiro, um mês que se caracterizou por ser extremamente quente e muito chuvoso não tiveram impactos significativos nos trabalhos agrícolas.

"As sementeiras dos cereais de outono/inverno decorreram sem incidentes e estão praticamente concluídas, encontrando-se apenas por semear algumas áreas destinadas à cevada", acrescenta o INE.

Para a aveia prevê-se um aumento da produtividade de 25%, face a 2015. Em geral, as temperaturas amenas deste inverno permitiram boas germinações das searas de cereais de outono/inverno, que apresentam povoamentos homogéneos e bom desenvolvimento vegetativo, indicam as previsões agrícolas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Produtores da Galiza barram entrada de leite portuguêsa

 16 Fevereiro 2016, terça-feira  Agropecuária

Um grupo de 30 produtores espanhóis barrou, na noite de segunda-feira, a entrada de um camião que transportava 30 mil litros de leite proveniente de Portugal e despejou todo o seu conteúdo na estrada.
leite
O protesto, noticiado pela imprensa local, segue-se a extensas ações de fiscalização que, desde o ano passado, têm sito feitas pelo governo galego ao leite português que entra em Espanha. Em 2015 foram feitas 109 inspeções, mas só este ano o número já chega às 95.
Estas ações têm origem em denúncias e, na maioria dos casos, foram detetadas infrações por falta de documentação. O leite português está a ser apelidado de "leite negro", um produto importado que chega ao mercado espanhol com preço abaixo do custo de produção.
Óscar Pose, porta-voz do grupo que se manifestou em Monforte de Lemos, disse à Europa Press que os produtores «não têm nada contra os portugueses». A intenção é boicotar o que consideram ser «práticas irregulares da indústria» na região autónoma galega: as empresas que transformam o leite (em queijo, por exemplo) «fazem questão que sobre leite, deixando de recolhê-lo». Obrigam, assim, a secar o produto (leite em pó) enquanto «trazem grandes quantidades de leite do estrangeiro».
Num contexto em que, por toda a Europa, o preço do leite pago ao produtor atingiu mínimos históricos, a Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (Anil) acusa os espanhóis de «perseguição aos operadores nacionais na região da Galiza, patrocinada pela Junta Autónoma Galega, que tem usado todos os meios ao seu dispor para condicionar grosseiramente a livre circulação de mercadorias, numa pretensa atitude protecionista à produção local».
Paulo Leite, director geral da Anil, fala em «propaganda política» por parte das autoridades galegas que querem fazer passar para a opinião pública a ideia de que o leite e os produtos lácteos provenientes de Portugal «contribuem decisivamente para a crise do setor e têm impacto nos preços locais».
Os industriais argumentam que, com todos os Estados-membros a produzir acima da capacidade de absorção do mercado – e tendo em conta o aproximar o pico de produção em março – «não é de excluir ações retaliatórias por parte da produção nacional, já que, em Portugal, os camiões provenientes de Espanha se passeiam livremente».
De acordo com Paulo Leite, mais de metade (56%) de todas as importações portuguesas de lácteos são provenientes de Espanha e de bases logísticas espanholas.
O assunto já chegou à Assembleia da República, através de uma pergunta formal dirigida ao Ministério da Agricultura elaborada pelo deputado João Ramos, do PCP. «Foi a própria conselheira do meio rural do governo regional galego que apresentou as medidas de controlo dos camiões cisterna que transportam leite com origem em Portugal, como tendo dado frutos positivos», escreve o deputado.
«A Junta da Galiza entende mesmo, segundo o que é reproduzido na comunicação social, que num contexto de excesso de leite e de preços baixos está na sua mão supervisionar a entrada de leite no seu território, nomeadamente garantindo que cumpre preceitos legais», continua.
O PCP defende controlo de entrada de leite em Portugal para proteger a produção nacional, contudo, as regras da União Europeia não o permitem. «Enquanto isso outros países vão utilizando um conjunto de mecanismos e estratégias para protegerem as suas produções», critica João Ramos.
Há mais de um ano que o embargo russo está provocar excedentes de bens agrícolas no mercado europeu, mas o impacto está a ser mais duro na carne de porco e no leite e laticínios.
Com o fim das quotas leiteiras concretizado no dia 1 de abril de 2015 e a recessão na China a deitar por terra as elevadas expectativas de exportação, gerou-se uma "tempestade perfeita" no setor em toda a Europa. Em Portugal, e numa tendência que é mundial, o consumo de leite caiu 7% num ano e o preço cobrado aos consumidores recuou para níveis de há 20 anos.
Em 2015, o Ministério da Agricultura aprovou um plano de ação para ajudar os produtores, que inclui a isenção do pagamento da segurança social durante três meses e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros.
De Bruxelas, saiu também um pacote de 4,8 milhões de euros para apoiar os empresários (incluindo os do setor suíno). Contudo, Espanha – que tem uma produção três vezes superior – conseguiu verbas de 25,5 milhões de euros, cinco vezes superiores.
«A produção em Espanha é três vezes maior que em Portugal, por isso, seria de esperar que obtivesse cerca de 15 milhões de euros. Mas houve outros critérios para definir os envelopes comunitários. Espanha tinha uma quota leiteira três vezes superior a Portugal, mas acabou por conseguir verbas cinco vezes maiores», lamentou na altura Fernando Cardoso da Federação Nacional das Cooperativas de Leite (Fenalac).
Os dois países estão «muito interligados» na produção de leite, sobretudo, a região Norte e a Galiza, onde se concentram a maioria das explorações.
Fonte: Público

Governo anuncia apoios a 85% a fundo perdido para recuperação de vinhas e muros



 16 Fevereiro 2016, terça-feira  Viticultura

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, anunciou esta terça-feira, 16 de fevereiro, no Douro apoios à replantação das vinhas e reconstrução dos muros de suporte destruídos pelo mau tempo que podem ir até aos 85% de financiamento a fundo perdido.

O governante deslocou-se ao concelho de Santa Marta de Penaguião para ver os estragos causados pela chuva intensa dos últimos dias nas vinhas, socalcos, caminhos e estradas da região do Douro, em território Património Mundial da Humanidade.
Capoulas Santos levou uma palavra de solidariedade aos viticultores afetados, muitos dos quais vivem do rendimento do vinho, mas anunciou também que há instrumento financeiros que permitem dar «vários tipos de resposta».
«Em primeiro lugar, quanto às plantações destruídas, é possível apoiar a replantação das vinhas destruídas com um financiamento público que pode ir até 85%», afirmou.
E, continuou, «a destruição mais onerosa é aquela que tem a ver com os muros de suporte, que são infraestruturas caras que vai ser necessário repor mas para as quais temos também instrumentos que nos permitem ajudar o financiamento entre os 50 a 80% a fundo perdido».
O ministro espera que o levantamento «rigoroso» dos estragos esteja concluído em um mês e que, nessa altura, seja possível abrir as candidaturas aos fundos comunitários e às quais vai ser dada «máxima prioridade na aprovação».
O Douro é, segundo o governante, a região mais afetada pelas intempéries, havendo no entanto, situações reportadas também no Baixo Mondego e Viana do Castelo.
«Para este caso em concreto vamos abrir um novo processo de candidaturas ao qual iremos dar a máxima prioridade na aprovação. Temos os fundos comunitários necessários e temos a contrapartida nacional necessária, que estão previstos no Orçamento de Estado que está para aprovação na Assembleia da República», salientou.
Capoulas Santos reuniu-se com agricultores e autarcas das zonas mais afetadas, como Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Peso da Régua e Resende e foi depois ao terreno ver algumas das situações de derrocadas que arrastaram vinhas ou caminhos que aluíram.
Muitos dos estragos provocados pela chuva intensa ocorreram em vinhas novas, que foram recentemente intervencionadas e onde, segundo denúncia do presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, em alguns casos «não foram respeitadas as linhas de água». O autarca falou em «projetos mal elaborados, mal executados e mal fiscalizados».
Questionado sobre esta situação, o ministro disse que é «necessário corrigir os erros para evitar situações futuras», no entanto ressalvou que acredita que a principal causa dos prejuízos «foi a anormal pluviosidade em poucas horas».
No terreno estão técnicos das direções regionais a fazerem o levantamento dos danos, mas para acelerar o processo, o ministro pediu a ajuda das diversas organizações de agricultores, bem como dos próprios municípios.
Capoulas Santos quer uma «avaliação rigorosa» das situações para evitar também «aproveitamentos» desta calamidade, mas espera que se consiga dar uma resposta para o rápido restabelecimento deste potencial produtivo e garantir às pessoas a continuidade dos seus rendimentos. O ministro acredita que os prejuízos, no seu conjunto, ascendem a «algumas dezenas de milhões de euros».
Fonte: Lusa

Braga acolhe workshop sobre Cultura de Espargos

 16 Fevereiro 2016, terça-feira  

A Formtivity promove, no dia 20 de fevereiro de 2016, em Braga, um workshop dedicado à Cultura de Espargos.
espargos
Entre os temas abordados destaque para "os fundamentos a ter em conta para a instalação (escolha do local, exposição solar, preparação do terreno, solo, variedades, sistema de rega,…)", "Plantação e considerações", "Fatores económicos ( área mínima para a instalação, valor médio de investimento, ano cruzeiro, pay-back, etc.)".
Pelas 15h00 decorre a visita a um produtor de espargos.
As inscrições podem ser efetuadas até 18 de fevereiro de 2016 sendo que o limite de participações é de 20 pessoas.
O evento decorre entre as 9h00 e as 17h00 e terá um custo de 20 euros.
Poderá consultar o programa de formação em www.formtivity.pt e fazer a inscrição aqui: http://www.formtivity.pt/index.php?pg=blogver&id=227

Maçã de Alcobaça une-se ao Lidl para lançar gama infantil


por Ana Rita Costa- 12 Fevereiro, 2016

O Lidl e a Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça uniram-se para lançar uma linha infantil de Maçã de Alcobaça. O objetivo, revela a insígnia, é "incentivar o consumo de frutas junto das crianças e jovens".

Com uma embalagem a pensar nos mais novos, a nova gama está à venda em exclusivo nas lojas Lidl e pretende incentivar "os mais novos para o consumo regular de maçã no âmbito de uma alimentação equilibrada e estilos de vida mais saudáveis."

"Conscientes da importância de promover e incentivar hábitos alimentares saudáveis, nomeadamente junto da população mais jovem, esta iniciativa reforça as evidências destacadas pelos profissionais de saúde de que uma maçã por dia pode contribuir para reduzir o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares, diminuir o risco de diabetes, prevenir vários cancros, melhorar a função digestiva e respiratória e reduzir o excesso de peso", acrescenta a insígnia.

Desde 2011, o Lidl tem procurado desenvolver vários projetos de responsabilidade social sobre o tema "estilos de vida saudável" junto de mais de 37 000 alunos do primeiro ciclo. Este ano letivo, em parceria com a Direção- Geral da Saúde e a Direção-Geral de Educação, o Lidl promoveu ações pedagógicas em 60 escolas do 1º Ciclo em todo o país, para incentivar o consumo de frutas e legumes com o "Super Gang dos Frescos".

Área de produção para agricultura biológica cresce 8% num ano


por Ana Rita Costa- 16 Fevereiro, 2016

A área de produção para agricultura biológica cresceu 8% entre 2013 e 2014, para um total de 212 345 hectares. De acordo com dados da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), citados pelo Público, o número de agricultores registados dedicados a este tipo de produção também tem vindo a crescer, aumentando 9% no período em análise.

De acordo com o jornal, a produção biológica está, no entanto, mais desenvolvida na agricultura do que na indústria transformadora. "A DGADR indica que 86% dos operadores certificados são agricultores (3374 em 2014, um aumento de 9% em comparação com o ano anterior). Já na indústria existem 515 entidades, mais 23% do que em 2013", refere a publicação.

Jaime Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), confessa ao Público que, este ano, "a área em agricultura biológica poderá ter aumentado em 35%, correspondendo a 78 mil hectares em conversão e 1300 agricultores."

Agrobio quer um fim para o patenteamento de sementes, plantas e animais de melhoramento convencional


por Ana Rita Costa- 16 Fevereiro, 2016

A Agrobio, associação portuguesa de agricultura biológica, endereçou esta semana ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, uma carta em que apela ao fim do patenteamento de sementes, plantas e animais de melhoramento convencional, ou seja, por cruzamento de espécies, sem modificação genética. Esta carta insere-se numa medida conjunta da Agrobio com a IFOAM EU e a aliança 'No patentes on seeds'.

Numa nota enviada às redações, a Agrobio explica que a razão pela carta foi enviada "é a proximidade temporal de várias reuniões decisivas sobre o patenteamento de sementes."

O assunto estará em discussão no Conselho Administrativo do Instituto Europeu de Patentes (EIP) e, recentemente, a Presidência holandesa anunciou a discussão do tema no Conselho de Agricultura, no Conselho da Competitividade de 29 de fevereiro e num simpósio em maio de 2016.

O objetivo da iniciativa da Agrobio é que Capoulas Santos leve a Comissão Europeia a esclarecer, do ponto de vista jurídico, a Diretiva 98/44/EC sobre a proteção de invenções biotecnológicas, de forma a garantir que é aplicada no sentido pretendido e que todos os processos e materiais de melhoramento, caraterísticas de plantas e animais, sequências genéticas ou componentes de genes, plantas e animais, bem como alimentos derivados destes não possam efetivamente ser patenteados.

A Diretiva 98/44/EC proíbe o patenteamento de "variedades de plantas e raças de animais" bem como de "processos essencialmente biológicos para a produção de plantas ou animais". Contudo, nos últimos anos, o Instituto Europeu de Patentes (IEP) concedeu cerca de 180 patentes relacionadas com o melhoramento convencional de plantas e estão pendentes outras 1400 candidaturas a patentes semelhantes.

"A Agrobio, em conjunto com a IFOAM EU e as organizações representadas na aliança 'No patents on seeds' temem que esta tendência possa prejudicar a inovação e fomentar uma maior concentração de mercado. Tal concentração é especialmente preocupante no que se refere ao mercado da União Europeia de sementes de hortícolas, no qual atualmente cinco empresas controlam já 95 % do mercado. Devido ao amplo alcance dos direitos exclusivos e à incerteza jurídica existente no que diz respeito ao que pode ser cultivado ou criado, essas patentes reduzem, em última análise, a escolha do consumidor e levam a um declínio na diversidade de culturas agrícolas e animais", refere a associação em comunicado.