sábado, 16 de abril de 2016

Quinta de Cliff Richard no Algarve colocada à venda por 9 milhões


ANDRÉ VINAGRE | andrevinagre@negocios.pt | 14 Abril 2016, 17:30
Quinta de Cliff Richard no Algarve colocada à venda por 9 milhões

O cantor Cliff Richard vai pôr à venda a sua quinta no Algarve onde produzia vinho por 7,5 milhões de libras (9,4 milhões de euros). Há já 15 anos que o britânico produzia vinho em Albufeira.
A Quinta do Miradouro e a Adega do Cantor, em Albufeira, vão ser postas à venda pelo cantor britânico Cliff Richard. A quinta, à venda por 7,5 milhões de libras (9,4 milhões de euros), era onde o cantor produzia as suas marcas de vinho, Vida Nova e Onda Nova, escreve esta quinta-feira, 14 de Abril, o Daily Mail.
 
A quinta de Cliff Richard, com 60.000 metros quadrados de vinhas, uma moradia com quatro quartos, um campo de ténis e piscina, era actualmente gerida por Nigel Birch e Lesley Birch, que vivem no Algarve há 30 anos.
 
Era na Quinta do Miradouro e na Adega do Cantor que Cliff Richard e a sua equipa produziam os vinhos "Vida Nova" e "Onda Nova" há mais de 15 anos. Além do vinho, também era lá que se fabricavam as garrafas da marca.
 
Sir Cliff Richard, de 75 anos, costumava ele próprio fazer a vindima. O Daily Mail conta que o cantor tinha o hábito "de sujar as mãos na vinha" para apanhar uvas quando estava em Portugal.
 
Num comunicado citado pelo jornal britânico, Richard diz que "criar e estabelecer uma vinha foi uma experiência verdadeiramente emocionante e gratificante. Foi trabalho duro, mas estamos imensamente orgulhosos do que conseguimos aqui".
 
"Embora estejamos relutantes, o meu sócio e eu acreditamos que é altura de abrandar e entregar o 'sonho' a alguém que possa dedicar mais tempo que nós a este projecto maravilhoso", cita o Daily Mail.
 
A Quinta do Miradouro tem mais de 250 anos e foi comprada por Cliff Richard no início de 2001 para produzir uvas tintas originárias do sul de França.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Existe uma ruptura na cadeia alimentar

Abril 06
11:49
2016

O Comissário Phil Hogan considerou, na sua intervenção num fórum político, realizado em Vilnius, que a cadeia alimentar ao nível europeu apresentava grandes deficiências e que eram precisas medidas para defender o rendimento dos produtores.

Para o Comissário os preços são muito baixos há algum tempo, o que está a causar graves problemas aos agricultores e pode pôr em causa o ritmo de produção europeia.

Para ser exacto, existem vários elos da cadeia alimentar que estão partidos. Também referiu que a globalização tem alguns aspectos positivos, mas tem levado a uma grande concentração de poder na grande distribuição.

Defendeu que todos temos de fazer um grande esforço para conseguir o equilíbrio da cadeia alimentar e, assim, restabelecer um funcionamento justo que permita o correcto rendimento de todos os elos da cadeia. Os produtores têm de deixar de ser o elo mais fraco da cadeia.

O Comissário também se referiu ao problema dos custos de produção, sobretudo, no que diz respeito aos adubos, cujos preços devem estar ligados aos da energia e, portanto, ser corrigidos com a actual situação do mercado dos combustíveis.

Impossível medir o efeito dos subsídios na agricultura europeia

Abril 08
11:09
2016

O Tribunal de Contas Europeu veio dizer que os dados disponíveis são insuficientes para poder aferir do impacto que os subsídios têm na agricultura europeia.

A Política Agrícola Comum (PAC) absorve 1/3 do orçamento comunitário e os seus 270 mil milhões de euros devem servir para proteger o rendimento dos agricultores.

Os auditores do Tribunal de Contas vêm dizer que o sistema da Comissão para medir os efeitos está mal desenhado, é bastante limitado e não consegue provar que os milhões gastos contribuem para os objectivos da PAC.

Os indicadores usados pela Comissão são assim considerados altamente insuficientes.

Os auditores visitaram os países que mais beneficiaram dos apoios comunitários, ou seja, a Alemanha, a França, a Espanha, a Holanda, a Polónia e a Roménia e não viram os efeitos práticos que os apoios tiveram na implementação da PAC.

Os auditores sugerem à Comissão que ponha em prática um programa que possa medir, efectivamente, a relação entre a evolução dos rendimentos dos agricultores e os subsídios que recebem.

Cresce o lobby europeu para a manutenção da autorização do glifosato

Abril 08
11:14
2016

Com a data de 30 de Junho a aproximar-se, o que significa que, se nenhuma decisão for entretanto tomada, o glifosato passará a ser proibido na Europa, cresce o lobby dos agricultores para que se possa continuar a usar este herbicida.

Neste momento, a confederação da agricultura inglesa está a tentar pressionar o mais possível os eurodeputados, para que revejam as suas posições e, na próxima votação no Parlamento Europeu (PE)  apoiem a Comissão, no sentido de revalidar a autorização.

Numa carta enviada ao PE, defendem que o glifosato acaba por ser um produto muito amigo do ambiente, pois não deixa resíduos no solo.

O COPA-COGECA também reagiu e pela voz do seu Secretário-geral, Pekka Pesonen, veio dizer que, depois do parecer científico da EFSA (European Food Safety Authority), em que não viu quaisquer indícios que o produto fosse potencialmente cancerígeno, a Comissão deveria renovar a autorização do uso do herbicida em Junho.

O glifosato é de longe o herbicida mais utilizado no mundo e na Europa, uma vez que é o que tem melhor relação qualidade/preço para os agricultores. A eventual proibição do glifosato trará prejuízos aos agricultores, que passarão a ter custos de produção mais altos.

Controlo da política comercial da grande distribuição

Abril 11
13:33
2016

O Comissário Phil Hogan voltou a prometer que, se não existir uma mudança de atitude que provoque um equilíbrio na cadeia alimentar, a Comissão, antes do final do seu mandato, vai sair com legislação para impedir as práticas comerciais abusivas e desleais.

Segundo o Comissário, que falava num fórum, em Vilnius, sobre o tema "Repensar a cadeia de aprovisionamento alimentar", neste momento temos que esperar para avaliar os resultados das medidas postas em prática pelos Estados Membros nesta matéria, para depois tomar decisões.

Segundo um relatório, publicado em 29 de Janeiro, pela Direcção-geral do Mercado Interior da Indústria e das PME, não existe grandes vantagens, neste momento, em fazer uma legislação europeia para lutar contra as práticas comerciais desleais que os agricultores são normalmente vítimas.

Phil Hogan recordou o trabalho que a Task Force, criada no âmbito do programa de resolução da crise de Setembro de 2015, que tem por missão encontrar soluções que reforcem a posição do agricultor na cadeia alimentar.

Também abordou a problemática do preço dos adubos, assegurando que a Comissão está a monitorizar a evolução dos preços e, caso se justifique, está pronta a avançar com medidas de controlo.

Capoulas Santos pede a Bruxelas «rápida implementação» de ajudas a setores do leite e suinicultura

07-04-2016 às 19:52   actualizada às 20:53

O ministro da Agricultura escreveu uma carta ao comissário europeu responsável pela pasta e apelou à «rápida implementação das medidas comunitárias de apoio aos setores do leite e da suinicultura», anunciadas em março.

Em comunicado hoje emitido, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural refere que em causa estão «os mecanismos de intervenção no mercado (compra de leite e de manteiga e apoio à armazenagem privada de carne de porco)».
Além disso, é também necessária «a autorização para duplicação do valor das ajudas de Estado aos produtores (de 15.000 para 30.000 euros por triénio) que enfrentam sérias dificuldades, dificilmente compatíveis com a demora da tramitação destes processos».
O ministério de Capoulas Santos sublinha que, sem a regulamentação comunitária desta medida, "alguns suinicultores e produtores de leite portugueses ficarão impossibilitados de aceder às linhas de crédito que o Governo português vai pôr à disposição dos setores do leite e da carne de suíno".
Na carta dirigida ao comissário europeu Phil Hogan, o governante português reiterou "a urgência na implementação destes apoios", considerando que sem eles Portugal seria obrigado a "atrasar a entrada em vigor de apoios nacionais devida à lentidão da burocracia comunitária".
A 14 de março, a Comissão Europeia disse estar disponível para autorizar a redução temporária da produção de leite sob uma base voluntária e um aumento dos apoios ao armazenamento, segundo disse na altura o comissário europeu para a Agricultura, Phil Hogan.
No final do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia desse dia, Hogan adiantou estar preparado para autorizar, "numa base temporária", acordos voluntários no setor dos laticínios para reduzir a produção, perante "uma situação de um desequilíbrio grave no mercado".
O comissário salientou que os detalhes têm ainda que ser finalizados, esperando poder apresentar uma proposta aos Estados-membros "muito em breve".
Ainda para o setor do leite, Bruxelas propõe-se duplicar os limites para a ajuda à armazenagem de leite em pó magro e de manteiga para as 218 mil e as 100 mil toneladas, respetivamente.
Em relação à crise na suinicultura, o comissário disse estar disposto a criar um novo regime de ajuda para o armazenamento privado de carne de porco, cujos detalhes serão definidos mais tarde.
Também deverá ser criado um Observatório do Mercado da Carne para acompanhar as evoluções do preço da carne bovina e suína, à semelhança do que foi criado para o leite, quando terminou o regime de quotas de produção, a 31 de março de 2015.
Hogan salientou ainda o esforço que tem feito na procura de novos mercados para os produtores europeus e comprometeu-se a dar prioridade a negociações com o Banco Europeu de Investimento de modo a serem criados "instrumentos financeiros apropriados para apoiar o investimento de agricultores e transformadores nas suas empresas, de modo a melhorar a sua competitividade".
Dinheiro Digital com Lusa

Bruxelas não está a fazer o suficiente para resolver problemas do leite e da carne de porco, diz CAP


O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, alertou hoje para os riscos da destruição dos setores da carne de porco e do leite em Portugal e acusou Bruxelas de não estar a fazer o suficiente.


"Temos de proteger a produção nacional. Portugal é deficitário na produção de carne de suínos, mas é autossuficiente na produção e leite. Corremos o risco de estarmos a caminhar para a destruição das empresas destes setores", disse João Machado, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.
A CAP transmitiu ao chefe do Estado a sua preocupação com um problema que já não é só nacional, mas europeu, e que carece de medidas urgentes por parte das instâncias europeias.
"Bruxelas não está a fazer o suficiente e, quando acordar, já temos metade da produção falida. Há países com custos de produção mais baratos e estão a equilibrar-se", ao contrário de Portugal, onde a eletricidade e a água são mais caras, considerou João Machado.
Para o presidente da CAP, se o problema dos suínos é a nível europeu, já o problema do leite é mundial, e "foram fortemente penalizados pelo fim das quotas e pelo embargo à Rússia".
João Machado reconheceu, contudo, que "houve uma pressão verdadeira do ministro da Agricultura em Bruxelas" para procurar uma solução para estes setores, que "tem de ser europeia, agressiva e rápida".
Há precisamente uma semana, os suinicultores pediram a "solidariedade" dos representantes da Comissão Europeia em Portugal para que negoceiem com a Rússia e acabem com o embargo à carne de porco.
Dinheiro Digital com Lusa

Ministro da Agricultura avalia apoios para prejuízos provocados por mau tempo



O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, lamentou hoje os prejuízos provocados pelo mau tempo em três vacarias localizadas em Vila Chã, no concelho de Vila do Conde, e vai avaliar quais os apoios disponíveis para ajudar os agricultores.

Segundo uma nota do ministério, Capoulas Santos "está a analisar a possibilidade de enquadrar esta situação nas medidas de reposição do potencial produtivo, o mecanismo através do qual vão ser apoiados os agricultores afetados pelo mau tempo nas regiões do Douro e Baixo Mondego".
As três explorações agrícolas foram atingidas esta manhã por um fenómeno descrito como "minitornado" pelos proprietários afetados, que provocou vários estragos.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse hoje que os relatos e as imagens dos estragos causados pelo vento forte em Vila do Conde, no distrito do Porto, são compatíveis com um tornado, mas ressalva que apenas uma análise mais aprofundada permitirá efetuar uma classificação mais detalhada do fenómeno.
O ministro da Agricultura lamentou os prejuízos provocados pelo mau tempo nestas explorações ligadas ao setor leiteiro, com o qual reafirmou a sua solidariedade face à "violenta crise que o afeta".
Capoulas Santos participa, na segunda-feira, na reunião do Conselho de Agricultura que terá lugar no Luxemburgo, na qual deverão voltar a ser analisadas e discutidas as medidas comunitárias anunciadas pela Comissão Europeia a 14 de março para enfrentar a crise que afeta os setores do leite e da suinicultura.
Dinheiro Digital com Lusa

Fundão: inscrições para os Mercados da Cereja a partir de 15 de abril

 10 Abril 2016, domingo  Hortofruticultura & Floricultura


O município do Fundão informa que irão abrir, no dia 15 de abril de 2016, as inscrições para os Mercados da Cereja que anualmente são criados para comercializar a Cereja do Fundão nas entradas norte e sul da cidade. 
Os interessados deverão deslocar-se ao Balcão Único Municipal, no edifício da Câmara Municipal do Fundão, para consultar o regulamento e proceder à sua inscrição.

Banco de Terras poderá ser aberto aos refugiados

 08 Abril 2016, sexta-feira  AgroflorestalAgricultura

O Banco de Terras, o mecanismo onde o ministério da Agricultura vai colocar o património fundiário do Estado poderá estar disponível para refugiados, admitiu em entrevista ao Económico TV, o ministro Capoulas Santos.

Banco de Terras 
O Banco de Terras que o Executivo vai criar com os milhares de hectares que o Estado detém, vai arrendar estas terras através de concursos.
No momento de avaliar as candidaturas, a preferência será dada «aos jovens agricultores com formação adequadas e depois aos novos agricultores», disse Capoulas Santos.
«E admitimos até, uma parcela para refugiados se a questão se vier a colocar«, acrescentou.
O objetivo do Banco de Terras é fazer um contrato de arrendamento com o Estado e, após um período de comprovada boa gestão, de sete a dez anos no mínimo, essas terras poderem ser vendidas aos respetivos agricultores.
«Com o dinheiro proveniente do arrendamento e da venda vamos criar um fundo de mobilização de terras para comprar novas terras para colocar no banco de terras para voltar a arrendar. É criar um mecanismo de continuidade permanente», precisou o responsável pela pasta da Agricultura.
A legislação está em fase de ultimação e paralelamente está ser feito o levantamento do património do Estado que vai ser afecto a este banco, o que implica «uma negociação interministerial», explicou Capoulas Santos.
O ministro acredita que «até ao final do primeiro semestre a legislação esteja cá fora».
Quanto à Bolsa de Terras criada pelo anterior Executivo, Capoulas Santos considera que é uma boa ideia que «vai continuar, embora com algumas alterações», com por exemplo a retira dos terrenos públicos que passarão para o Banco de Terras.
O ministro explicou que as duas iniciativas não devem ser confundidas já que a bolsa de terras é uma plataforma informática que permite pôr em contacto que ver quer vender e alugar e quem as procura.
Fonte: Económico

Consumo de azeitonas de mesa aumenta em todo o mundo



 09 Abril 2016, sábado  AgroflorestalIndústria alimentar

O consumo mundial de azeitona de mesa durante os últimos 25 anos multiplicou-se por 2,8, com um aumento de 173% no período 1990/1991 – 2015/2016, segundo a última informação do Conselho Oleícola Internacional (COI). 
azeitona
O maior crescimento de consumo constata-se nos países membros do COI, que são os principais produtores, em alguns dos quais aumentaram significativamente as suas produções e consequentemente o consumo, entre os quais, o Egito, que passa de 11 mil toneladas em 1990/1991 para 360 mil em 2015/2016. 
A Turquia de 110 mil a 327.500 toneladas e a Argélia de 14 mil a 231.500 toneladas, com os restantes países a registarem aumentos mais em menores proporções. 
NA última campanha 2015/2016 os dez principais países consumidores de azeitonas de mesa são o Egito, seguido pela Turquia, Argélia, Estados Unidos, Espanha, Síria, Itália, Brasil, Irão, França e a Rússia. 
De acordo com os dados de consumo anual de azeitonas de mesa por habitante nos países membros do COI durante a campanha 2013/2014, a Albânia está em primeiro com um consumo de 10 quilos por habitantes ao ano, assinalando que este país apresenta um consumo total de 29 mil toneladas e uma população que não ultrapassa os 2.895.000 habitantes, seguido pela Argélia, com muita distância, a qual supera os cinco quilos por habitantes, a Turquia, Síria e o Líbano movem-se entre os 47 e os 4,4 quilos, o Egito, com 3,8 quilos, a Jordânia, Israel e Líbia estão entre os 2,6 e 2,2 quilos por habitante e a Tunísia, Uruguai e Marrocos partilham um consumo entre 1,9 e 1,0 quilos. 
Nos restantes países o consumo é inferior a um quilo de azeitonas de meda por ao, em ordem crescente: Argélia, Irão e Iraque. 
O consumo nos países da União Europeia (UE) aumenta neste período em 70,6%, passando de 346.400 toneladas em 1990/1991 para 591 mil toneladas em 2015/2016. 
O principal produtor, Espanha, é o primeiro consumidor com 2,5 quilos, seguido pelo Chipre, com 3,1; Malta, 3,0; Itália, com 2,0; entre 1,6 e 1,0 quilos estão, em ordem decrescente, a Bulgária, Luxemburgo, Grécia e Roménia. 
Outro grupo de países que consomem entre 0,9 e 0,5 quilos são Portugal, França, Suécia, Bélgica, Reino Unidos, Áustria, Croácia, Dinamarca e a Alemanha, sendo que países da UE cujo consumo não supera os 0,4 quilos são a Lituânia, Finlândia, Eslovénia, Irlanda, Eslováquia, Letónia, Polónia, Estónia, República Checa, Hungria e Países Baixos. 
O consumo de azeitonas de mesa por habitante e ano do grupo de países não membros do COI, os cinco primeiros países consumidores são produtores e movem-se entre 2,9 e 0,9 quilos, como o Palestina, Chile, Arábia Saudita, Peru e a Austrália, seguidos pela Canadá e a Suíça, com 0,8 quilos, respetivamente, Brasil e Rússia entre 0,6 e 0,5 quilos e o México e Estados Unidos com um consumo de 0,1 quilos. 
Fonte: Agrodigital

Concurso Nacional de Jovens Agricultores 2016: inscrições até 29 de maio



 30 Março 2016, quarta-feira  Política AgrícolaAgricultura

As inscrições para a quarta edição do Concurso Nacional de Jovens Agricultores 2016 decorrem até 29 de maio.

A iniciativa é organizada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e conta com o apoio do eurodeputado Nuno Melo.
O vencedor do concurso representará Portugal no Congresso Europeu de Jovens Agricultores de 2017.
Promover o trabalho dos jovens agricultores nas zonas rurais e dar a conhecer os projetos inovadores desenvolvidos em Portugal são alguns dos principais objetivos do Concurso.
No regulamento do concurso, pode ler-se que «o papel dos jovens agricultores é fundamental para evitar o abandono e desenvolver as zonas rurais».
De acordo com as estatísticas europeias, os jovens agricultores representam apenas 10% dos agricultores na Europa, no caso específico de Portugal, eles representam apenas 3% do total dos agricultores.
Recorde-se que Henrique Ferreira foi o vencedor da última edição, representando a empresa agrícola Vale da Rosa.

Mais informações aqui: premiosjovemagricultor2016@cap.pt


Grow Green: uma semana a alertar para o consumo sustentável e agricultura biológica



 11 Abril 2016, segunda-feira  Agricultura Biológica

Quase 30 localidades começam esta segunda-feira, 11 de abril, a apresentar diversas atividades, de jogos a visitas a campos agrícolas, de degustações a ações de informação, para divulgar o consumo sustentável na alimentação, mas também nas roupas ou na cosmética.
biologico
A primeira edição da campanha 'Grow Green', Semana "Pergunte pelo Bio", que decorre até sábado (16 de abril), é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) e junta 14 municípios e 40 parceiros.
O objetivo é a sensibilização para a importância de optar por produtos mais saudáveis e amigos do ambiente de modo a, além de informar, generalizar esta alternativa, aumentar a produção e conseguir preços mais baixos.
Almada, Aveiro, Amadora, Bragança, Coimbra, Guimarães, Leiria, Portalegre, Tavira ou Lagos são algumas das 28 cidades da lista, com propostas para os consumidores, adultos e crianças, e para os comerciantes.
Podem, assim, aprender as características do modo de produção biológico, um método regulamentado, que «se alinha inteiramente com os objetivos» da conferência para o clima, das Nações Unidas, nas medidas para a redução das emissões dos gases com efeito de estufa e do aquecimento global, como refere a Quercus, um dos parceiros.
Oficinas em que as crianças podem plantar ervas aromáticas ou alfaces, e palestras e debates sobre agricultura biológica e a importância do consumo sustentável e biológico, para os adultos, fazem parte do programa.
Em março, a organizadora da Semana, Andrea Pereira, da Agrobio, dizia à Lusa que a iniciativa «surgiu da necessidade de divulgar o consumo de alimentos biológicos, ligado ao consumo justo e sustentável, de uma forma geral, e não apenas para grupos específicos».
A ideia é, «através da consciencialização, aumentar a produção e o consumo» já que, «se as pessoas consumirem mais, haverá mais produção, e se há mais produção, os preços baixam», resumiu, perante a questão colocada pelos consumidores relacionada com o valor mais elevado a pagar por este tipo de produtos.
Ao contrário do que acontece em alguns países, principalmente do norte da Europa, em que a agricultura biológica «é a regra», em Portugal «ainda é a exceção» e, em 2014, abrangia 220 mil hectares, referiu Andrea Pereira.
No ano passado, este mercado representava cerca de 20 milhões de euros, valores que terão, segundo a técnica da Agrobio, subido este ano, atendendo ao aumento de 15% do número de candidaturas às medidas agroambientais.
Entre os parceiros envolvidos na Semana "Pergunte pelo Bio", estão produtores, distribuidores e organizações não governamentais.
Fonte: Lusa

Exportações de vinho para Angola caem 24% em valor em 2015


Abril 11
13:34
2016

As exportações de vinho português para Angola atingiram os 72,5 milhões de euros em 2015, um decréscimo de 24% em valor face ao ano anterior, segundo dados da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE).

Em termos de volume, as vendas para Angola caíram 17%, enquanto o preço médio registou uma diminuição de 9,0%.

Todos os segmentos tiveram um decréscimo nas vendas, com destaque para o vinho a granel, que representa 21% do total e caiu 24% em volume e em valor.

Em termos de preço médio, o espumante (que corresponde a 4% das exportações) teve um recuo de 12%, passando de 11,86 euros em 2014 para 10,43 euros em 2015, enquanto o vinho engarrafado, que representa cerca de três quartos do total, se manteve inalterado nos 2,04 euros por litro.

O preço do vinho a granel desceu 5,0% (de 0,62 para 0,58 euros por litro), enquanto o do vinho do Porto (1,4% das exportações) permaneceu estável, fixando-se em 6,09 euros (6,11 euros em 2014).

Segundo o Presidente da ANCEVE, Paulo Amorim, os números do primeiro trimestre de 2016 ainda não estão fechados, mas apontam para uma queda muito acentuada.

O FMI anunciou, na quarta-feira, que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de Primavera, em Washington, e numa visita ao país.

O Ministério das Finanças de Angola justificou o pedido com a necessidade de aplicar políticas macroeconómicas e reformas estruturais que diversifiquem a economia e respondam às necessidades financeiras do país, tendo negado, numa nota de esclarecimento, enviada à Lusa, que se trate de um resgate económico.

LUSA

Ataques de lobos ibéricos a gado bovino aumentam a norte do rio Douro


Abril 11
13:36
2016

Os ataques dos lobos ibéricos ao gado bovino e ovino aumentaram entre 2010 e 2015, no Parque Nacional de Peneda-Gerês, zona com as maiores alcateias de Portugal, indicam dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Segundo dados deste instituto, em 2010, houve 539 bovinos atacados e em 2015 o número aumentou para 671 (mais 132), tendo em Janeiro deste ano havido o registo de 59 novos ataques de lobos ibéricos, animal protegido por lei.

O aumento dos ataques dos lobos ibéricos a Norte do rio Douro, explica-se porque actualmente há mais gado bovino e também porque esse gado pasta num sistema de produção extensiva, ou seja, pastoreia livremente.

Outras razões para o aumento dos ataques dos lobos aos bovinos prende-se com a regressão de pequenos ruminantes nas serras e porque os lobos ibéricos são uma espécie protegida por lei, que obriga inclusivamente à indemnização dos lesados.

Uma das ideias para combater os ataques aos bovinos, passa por um repovoamento nas serras do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com veados, coelhos e corsas, animais ruminantes que servem de alimentação para os lobos ibéricos, um mamífero que não ataca o homem, a não ser que se sinta ameaçado.

O ICNF refere que o gado ovino também sofreu um aumento de mais 14 ataques, se compararmos 2010 com 2015. Em 2010 há registos de 226 ataques de lobos ibéricos a ovelhas e em 2015 o número de ataques aumentou para 240.

Em 2010, 2012, 2015 e no mês de Janeiro de 2016, inclusivamente, o ICNF confirmou prejuízos em 5.100 animais, o que corresponde a um total de 1 milhão e 78 mil euros de indemnização.

LUSA

Eles querem saber como, quando e onde ataca o “sugador de pinhas” em Portugal


ANDREA CUNHA FREITAS 06/04/2016 - 08:35

Um grupo de investigadores portugueses anda pelos pinhais deste país a perseguir o insecto Leptoglossus occidentalis , também conhecido por "sugador de pinhas". Querem saber como este percevejo de cerca de 20 milímetros, que chegou a Portugal em 2010, está danificar o valioso pinhão.

 Níveis de produção elevados seguidos de explosão de pragas arrasam a cultura de pinhão
 Alcácer acolhe centro para desenvolver a fileira do pinhão
A praga terá vindo da zona Oeste dos Estados Unidos entrando na Europa em 1999, pela Itália, e os registos dizem que chegou a Portugal em 2010. Mas pouco se sabe sobre o modus operandis do percevejo Leptoglossus occidentalis que será responsável por uma praga que ataca o pinheiro-manso. Conhecido como "sugador de pinhas", o insecto danifica irremediavelmente o valioso pinhão e preocupa os produtores há já alguns anos. Um grupo de investigadores coordenado pelo Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia (CEF/ISA), da Universidade de Lisboa, iniciou no ano passado um projecto que vai durar até 2017 para caracterizar este "bicho" e quantificar o seu impacto nesta importante cultura.

"Já sabemos, por exemplo, que não é muito esquisito", refere Ana Farinha, investigadora do CEF/ISA, adiantando que este percevejo "gosta" de pinhas e flores de diversas espécies pertencentes aos géneros Pinus, Picea, Abies, Cedrus, Pseudotsuga, Tsuga, Juniperus e Pistacia. Apesar da alimentação diversificada, o insecto castanho que tem entre 18 a 22 milímetros de comprimento e linhas brancas em ziguezague nas asas, parece preferir o pinheiro-manso e o pinheiro bravo.

É no pinheiro-manso (mais precisamente dentro das suas pinhas) que está o negócio e, por isso, é esta "opção alimentar" do percevejo que preocupa produtores e indústrias e que desperta o interesse dos investigadores. A produção de miolo do pinhão que chegou a render mais de 100 milhões de euros por ano tem caído, apesar do aumento da área ocupada pelos pinhais. Na última década, a área de povoamento do pinheiro-manso em Portugal aumentou 54%, ocupando actualmente 174 mil hectares. Quanto ao pinhão, ao qual alguns chamam "ouro banco", este valioso produto pode custar ao consumidor cerca de 100 euros por quilo. Hoje para conseguir pouco mais que um quilo do precioso fruto são necessários os mesmos 100 quilos de pinhas que há alguns anos davam para tirar quatro quilos. Dentro das pinhas, há cada vez mais pinhões que aparecem secos, deformados… sugados.

O trabalho dos investigadores começou em 2014 e em 2015 iniciou-se o trabalho de campo, que tem duas abordagens: a recolha de pinhas por todo o país (o insecto está espalhado do Minho ao Alentejo) e a experiência que se realiza na herdade da Machoqueira do Grou (em Coruche), onde alguns ramos de pinheiro-manso foram vestidos com mangas de poliéster com o "sugador de pinhas" no seu interior. Além disso, há a observação directa em laboratório com recurso ainda a raios X e microtomografia para a caracterização dos danos causados. O trabalho conta com a participação de investigadores do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e do Instituto Nacional de Investigação Agronómica de França (INRA, na sigla em francês), integrando ainda um projecto mais amplo chamado Pinea.

As pinhas recolhidas têm cerca de três anos (o tempo que a pinha demora a maturar), mas Ana Farinha já percebeu que os insectos podem atacar antes disso. "Já os vimos em pinhas com menos tempo e até em flores", refere. Aliás, apesar de ainda ser cedo para certezas, a investigadora, que está a fazer a sua tese de doutoramento com este trabalho, já detectou outras características do "sugador de pinhas". Aparentemente, os insectos "escolhem" uma vítima para atacar, sendo possível num grande pinhal encontrá-los apenas num único pinheiro-manso. Tal como já se disse, não escolhem a idade das pinhas e, do fruto, consomem apenas o endoesperma, deixando o embrião intacto. Como se comessem só a clara e deixassem a gema de um ovo. Esta preferência levanta outro problema, uma vez que é o endoesperma que constitui a reserva da semente e que permite que esta germine na terra.

Por outro lado, o Leptoglossus occidentalis não deixa marcas visíveis. "Nas amostras que recolhi, a pinha fica um pouco torcida mas não é fácil de detectar", refere Ana Farinha, adiantando que este é um dos aspectos a esclarecer no seu projecto que só termina em 2017. Dentro de uma mesma pinha, os produtores encontram pinhões vazios, cheios e meio-cheios. "Queixam-se de que há cada vez mais vazios na mesma pinha." O pinhão aparece enrugado e seco. "No trabalho em laboratório colocámos os pinhões com casca numas caixas com o insecto lá dentro e fomos radiografando de dois em dois dias. E de facto ele não deixa marcas, a casca fica inalterada", conta Ana Farinha. Com uma fina "agulha" que tem na boca, o insecto faz um invisível furo nas "escamas" da pinha e alimenta-se do miolo do pinhão mesmo com a casca já formada.

O ano de 2010 foi marcante para este negócio. Foi, lembra Alexandra Correia, também investigadora do CEF/ISA, um ano de "uma safra excepcional com valores quatro vezes acima da média". Depois disso, a produção caiu. O início da queda do negócio do pinhão coincide com o registo da entrada do Leptoglossus occidentalis em Portugal. Mas o insecto pode não ser o único culpado pela desgraça do pinhão. O clima, outras pragas ou mesmo uma questão genética devido a um excessivo recurso a enxertos para aumentar o cultivo do pinheiro-manso e que faz com que os vários exemplares sejam todos da mesma família, "irmãos de irmãos", e, por isso, com características semelhantes, são outras das possíveis explicações dos investigadores para os problemas dentros das pinhas. Além disso, Alexandra Correia, que estuda estes ciclos de safra e contra-safra (boas e más colheitas), lembra que depois de "um ano de safra excepcional é natural que se registe uma quebra". Ainda assim, nota a investigadora, Portugal continua a ser o país que tem a maior produção de pinha por área.

"O insecto pode ser um factor importante mas não o único. Também pode estar a servir um pouco de bode expiatório", diz a Ana Farinha. Aliás, segundo esta investigadora, mesmo a coincidência encontrada em 2010 pode estar errada. Num artigo científico em colaboração com INRA, Ana Farinha traça a rota da invasão do insecto na Península ibérica. "Recolhemos exemplares vivos em toda a península e fizemos uma análise molecular, com marcadores mitocondriais e microssatélites que analisam as variações em escalas mais pequenas", explica, adiantando que Barcelona terá sido a "porta de entrada" do insecto em Espanha, não existindo nenhum local específico que determine a entrada em território português. E uma vez que a entrada em Espanha data de 2003, Ana Farinha acredita que o insecto "tenha sido detectado tardiamente" em Portugal, que só o registou sete anos depois. "Percebendo como voa e se desloca, não me parece que tenha demorado tanto tempo para chegar a Portugal", arrisca.

E não é possível exterminá-lo?
Nada como conhecer bem o inimigo para o conseguir derrubar. É também esse o caso. Ana Farinha explica que em vários países há várias experiências para encontrar a forma mais eficaz para exterminar o "sugador de pinhas". Na Turquia, por exemplo, estão a testar o caminho dos pesticidas. Em Itália, conta a investigadora, a estratégia está mais virada para a introdução de um parasitóide da Califórnia (local de origem do Leptoglossus occidentalis) que, neste caso, é uma pequena vespa que se alimenta dos ovos deste insecto. E isso não poderá trazer outros problemas? "Pois, não sabemos", responde Ana Farinha. Há também quem opte por "armadilhas com feromonas", ou seja, cheiros capazes de repelir ou atrair para um outro local estes percevejos. Ana Farinha aposta na exploração da ecologia do insecto. "Sabemos que ele hiberna durante o Inverno, temos de saber mais sobre as suas preferências de abrigo e ver se o capturamos nessa altura", propõe. Pois é. O "sugador de pinhas" hiberna durante todo o Inverno e aparecerá nos campos dentro de alguns dias, entre o final de Abril e início de Maio.

Ana Farinha não sabe ainda se vai encontrar muitos ou poucos "sugadores de pinhas" nos pinhais este Verão. "Eles têm uma dinâmica populacional confusa. No ano passado quase não o vi. Mas não sabemos porquê. Se for uma questão de alternância, vamos ver muitos este ano". Os investigadores não sabem se vão encontrar muitos insectos nos pinhais e os produtores também ainda não sabem os pinhões que vão encontrar. Apesar de parecer que este ano há uma boa quantidade de pinhas, só depois de abertas é que se vê se o negócio vai correr bem. As investigações são muitas vezes como um bom romance policial durante o qual se seguem pistas, procura-se um culpado e que também podem ter momentos de suspense.

GNR apreende gado furtado no Alentejo e identifica três suspeitos


A GNR anunciou hoje ter recuperado 22 borregos que tinham sido furtados na zona de Vila Viçosa, no distrito de Évora, durante uma investigação relativa a furto de gado em que identificou três suspeitos.
Em comunicado, a GNR adianta que os animais foram recuperados junto à localidade de Motrinos, no concelho de Reguengos de Monsaraz, Évora, depois de os militares terem detetado uma viatura ligeira de mercadorias a efetuar movimentações suspeitas junto de locais de aparcamento de gado.
Além da apreensão da viatura e dos borregos, já entregues ao legítimo proprietário, a GNR identificou três suspeitos da autoria do furto.
Dos três suspeitos, com idades entre os 15 e os 38 anos, dois foram constituídos arguidos e prestaram termo de identidade e residência, sendo o mais novo identificado, indicou o Comando Territorial de Évora da GNR.
A ação, realizada na segunda-feira, contou com a intervenção de uma equipa especial de investigação criminal do Comando Territorial de Évora, "criada exclusivamente para se dedicar à questão do furto de gado que tem afetado a região", refere a GNR.
Diário Digital com Lusa

DGADR: MPB - Guia para o Preparador e Distribuidor


A DGADR disponibiliza Guia para o Preparador e Distribuidor de Géneros alimentícios biológicos com vista a esclarecer as dúvidas do operador biológico quanto à preparação e distribuição de géneros alimentícios transformados ou preparados com incorporação de produtos produzidos segundo este modo de produção, produzidos segundo os princípios do Modo de Produção Biológico (MPB), facilitando a aplicação das disposições dos Regulamentos (CE) n.º 834/2007 e n.º 889/2008.

Ministério da Agricultura está a acompanhar a situação das 3 explorações agrícolas afetadas esta manhã pela passagem de uma frente fria

MAFDR Nota de Imprensa

O Ministério da Agricultura está a acompanhar a situação das 3 explorações agrícolas afetadas esta manhã pela passagem de uma frente fria, em Vila Chã, concelho de Vila do Conde.

O Ministro da Agricultura está a analisar a possibilidade de enquadrar esta situação nas medidas de reposição do potencial produtivo, o mecanismo através do qual vão ser apoiados os agricultores afetados pelo mau tempo nas regiões do Douro e Baixo Mondego.

Capoulas Santos lamenta "os prejuízos provocados pelo mau tempo nestas explorações agrícolas, todas elas do setor leiteiro, um setores com o qual estou solidário e com o qual estou muito preocupado, tendo em conta a violenta crise que o afeta, a exemplo do que acontece com o setor da suinicultura".

Amanhã o Ministro da Agricultura participa na reunião do Conselho da Agricultura, que terá lugar no Luxemburgo. A crise que afeta os setores do leite e da suinicultura, bem como as medidas comunitárias anunciadas pela Comissão Europeia a 14 de março, vão voltar a ser analisadas e discutidas.

Esposende paga 60 euros por destruição de cada ninho de vespa asiática

A Câmara de Esposende delegou na Cooperativa Agrícola do concelho a responsabilidade pelo combate à vespa asiática, pagando-lhe 60 euros por cada ninho que destruir, até ao montante máximo anual de 3 mil euros, informou hoje o município.
Em comunicado, o município acrescenta que vai transferir para aquela cooperativa 20 mil euros, para a aquisição de seguros e equipamentos de proteção individual e operacional.
Os montantes constam do protocolo de colaboração assinado entre o município e a Cooperativa Agrícola de Esposende, que vigorará durante três anos e que visa operacionalizar o Plano Municipal de Combate à Vespa Velutina.
Com esta parceria, a destruição dos ninhos de vespa asiática, que antes era executada pelo Serviço Municipal de Segurança e Proteção Civil, passa a ser assegurado pela Cooperativa Agrícola.
O objetivo é promover a erradicação daquele invasor, assim como prevenir a disseminação da espécie a outras áreas, de modo a salvaguardar o setor apícola e agrícola e a segurança dos munícipes e a minimizar os impactos no ecossistema.
Segundo o comunicado, o município já procedeu à destruição de 486 ninhos, desde que aquela espécie foi detetada no concelho.
"Em 2015, foram picadas 12 pessoas por aquela espécie no concelho de Esposende, tendo a sua maioria recebido assistência hospitalar", remata o comunicado.
Diário Digital com Lusa

"Como pode haver em Portugal vinho tão bom e tão barato?"

08 DE ABRIL DE 2016 - 21:23

A pergunta é feita nos EUA, na sequência de uma prova de vinhos que serviu para escolher os melhores 50 abaixo de 15 dólares.

A Village Voice acompanhou a sessão com os especialistas (alguns premiados escanções) e não poupa nos elogios aos vinhos portugueses.

Ano após ano Portugal continua a apresentar excelentes vinhos, que conjugam também preços considerados justos.

Daí a perplexidade:

"Como pode Portugal ter vinhos tão bons por tão pouco [dinheiro]? ("So how can Portugal sell such great wine for so little?").

A explicação vem no próprio artigo: o custo da mão-de-obra é baixo e as propriedades que os produzem não têm sido alvo de especulação imobiliária, o que não tem aumentado os custos de produção significativamente.

A lista que elaboraram tem em conta apenas os vinhos que são importados para o mercado dos EUA. E a revista destaca estes cinco:

Lavradores de Feitoria, Douro, 2014;

Casal de Ventozela Loureiro, Vinho Verde, 2014;

Dona Ermelinda Reserva, Península de Setúbal, 2013;

Barão De Vilar, Dão, 2013;

Vale do Bomfim, Douro, 2013;

Panificação: Fiscalização suspende 15 operadores e instaura 3 processos crime



Quinze operadores na área da panificação foram suspensos no âmbito de uma operação, desenvolvida por três entidades fiscalizadoras, no Continente e Regiões Autónomas, durante a qual foram também instaurados 75 processos de contraordenação e três processos-crime.

A ação coordenada entre a Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e as inspeções regionais das atividades económicas das regiões autónomas - IRAE-Açores e a IRAE-Madeira - decorreu durante a última semana com o objetivo de fiscalizar a atividade de panificação e venda ambulante de pão para verificar o cumprimento das regras de higiene e segurança daquele alimento, assim como os requisitos de rotulagem e condições de transporte.
As três entidades fiscalizadoras da ação económica suspenderam 15 operadores e instauraram 75 processos de contraordenação e três processos-crime, principalmente devido à existência de alimentos estragados e de jogo ilícito, resultado de uma operação no setor da panificação.
Foram ainda apreendidos cerca de 455 quilogramas de géneros alimentícios e vários equipamentos, como uma máquina de jogo, no valor de cerca de 5.300 euros, avança um comunicado hoje divulgado pelas entidades.

"Como resultado das ações foram inspecionados 287 operadores económicos, tendo sido instaurados 75 processos de contraordenação e 3 processos-crime" e foi suspensa a atividade em 15 operadores económicos, resume o comunicado.

Na lista das principais infrações de natureza contraordenacional detetadas pela operação chamada de Pão Seguro estão "o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de mera comunicação prévia e a falta de afixação de preços e como infrações de natureza criminal a existência de géneros alimentícios avariados e jogo ilícito", acrescenta a informação.

A operação ocorreu no âmbito da cooperação estabelecida entre a ASAE, a IRAE-Açores e a IRAE-Madeira que, segundo a informação, tem sido reforçada nos últimos anos no sentido de juntar sinergias e dar uma resposta mais eficaz na defesa do consumidor.
Dinheiro Digital com Lusa

O que está a mudar na alimentação dos portugueses?

BOLSA DE ESPECIALISTAS 10.04.2016 às 9h38 Pedro Graça



Confirma-se que a alimentação inadequada é já a principal responsável pelos anos de vida saudável perdidos pelos portugueses

Todos os anos, a Direção-Geral da Saúde publica um relatório onde reúne a informação mais relevante sobre o estado da alimentação dos portugueses. O relatório deste ano acaba de ser publicado*. Confirma-se que a alimentação inadequada é já a principal responsável pelos anos de vida saudável perdidos pelos portugueses. Nos Estados Unidos da América estima-se que a obesidade possa contribuir para que pela primeira vez na história deste país, a longevidade regrida. E entre nós? Vale a pena refletir sobre a informação agora publicada e que considero mais marcante. Aqui vai mesmo que de forma telegráfica.

A crise económica que atravessa a nossa sociedade e as famílias portugueses continua a influenciar os consumos. De um modo geral, o consumo de carne e pescado baixou. Compra-se mais frango e outras aves em detrimento da vaca e porco. A crise poderia ser uma oportunidade para comer mais saudável, com menos gordura animal. Infelizmente, o consumo de leite, fruta e hortícolas também baixou.

O consumo de leguminosas (feijão, grão, lentilhas… mas também fava e ervilhas) não recupera e mantém-se baixíssimo. Não se percebe por que razão estes alimentos com elevado valor nutricional, protetores face à doença cardiovascular e cancro, reguladores da glicemia e também protetores face à diabetes, não reocupem o lugar central que deveriam ter na nossa mesa. Baratos ainda por cima.

Sabemos agora que o consumo elevado de sal não afeta apenas os adultos. Afeta também as crianças portuguesas. Mais de 70 % das crianças nacionais observadas entre os 8 e 9 anos já consomem sal acima das recomendações internacionais nestas idades. Uma tragédia que condicionará a vida futura destes cidadãos e onde a família, mais do que a escola, deve ser responsabilizada.

Encontrámos pastelaria produzida com quantidades acima do recomendado de ácidos gordos trans (valores superiores a 2% do total de gorduras). O consumo deste tipo de gorduras que estão muitas vezes rotuladas na lista de ingredientes com as denominações de "gordura totalmente ou parcialmente hidrogenada" ou "óleos totalmente ou parcialmente hidrogenados" pode aumentar significativamente o risco de doença cardiovascular. Isto a par de quantidades elevadas de açúcar e sal neste tipo de alimentação. Um sinal vermelho, em particular para quem se habituou a substituir refeições completas fora de casa por um bolo ou paste e um café.

A apetência de crianças e adolescentes por fruta e hortícolas continua a baixar todos os anos. Em 2002, 5,7 % dos adolescentes inquiridos dizia "nunca ou raramente" consumir fruta. Em 2014, são já 9% dos jovens inquiridos a referir que nunca ou raramente a consomem. O mesmo se passa com os hortícolas. Num país com condições excecionais para a produção de fruta e hortícolas necessitamos ainda de motivar os jovens para estes sabores que necessitam de aprendizagem.

Contudo, nem tudo são más notícias. A prevalência da obesidade parece estabilizar depois de anos consecutivamente a subir em todos os escalões etários. Também os profissionais de saúde parecem terem despertado para esta realidade e são cada mais os obesos a ser detetados e seguidos. Entre 2010 e 2014, o número de utentes com registo de obesidade nos cuidados de saúde primários subiu de 214 211 para 620 769 obesos sinalizados. Um progresso marcante do nosso Sistema Nacional de Saúde. Mas um desafio tremendo para quem trata esta massa brutal de doentes.

A própria população parece estar cada vez mais consciente da importância da alimentação saudável dada a procura de informação sobre este tema. Também nunca se investigou tanto sobre os nossos hábitos alimentares por parte dos investigadores nacionais (dado o financiamento). Mas ainda iremos a tempo num país em que metade da população tem excesso de peso e um milhão de obesos?

Este desafio obrigará os profissionais de saúde e toda a sociedade a uma nova forma de pensar e de comprar. Teremos a coragem de agir, através das nossas compras alimentares e dos nossos votos, em melhores produtos e políticas alimentares?

*A versão integral do relatório pode ser descarregada na íntegra e gratuitamente no sítio da DGS em www.nutrimento.pt

Temperatura mínima em março foi a mais baixa dos útimos 32 anos, revela IPMA

O mês de março foi «muito frio» em Portugal continental com o valor da temperatura mínima mais baixo dos últimos 32 anos, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com o boletim climatológico do IPMA, publicado na sua página da Internet, os valores médios da temperatura máxima (15,69 graus Celsius) e da mínima (5,26 graus), foram inferiores ao normal.
«O valor da temperatura mínima do ar foi o mais baixo dos últimos 32 anos e o 6.º mais baixo desde 1931», adiantou o instituto.

"O número de dias com temperatura do ar inferior ou igual a zero graus foi superior ao normal nas regiões do interior norte e centro, sendo que nestas zonas ocorreram noites frias, nomeadamente no período de 11 a 17 de março", realçou o instituto.
O menor valor da temperatura mínima foi registado no dia 01 de março em Miranda do Douro (distrito de Bragança), com -3,2 graus Celsius, e o maior valor da máxima ocorreu no dia 30 em Alcoutim (Faro) e Castro Verde (Beja), com 23,4 graus.
O IPMA classifica o mês de março como "muito frio", destacando que o valor médio da temperatura média do ar em Portugal continental (10,48 graus) foi inferior ao valor normal, sendo o mais baixo dos últimos 31 anos e o 13º mais baixo desde 1931.
No que diz respeito à precipitação, foram registados 67,0 milímetros, sendo próximo do valor médio normal (61,2 milímetros).
O boletim climatológico indica ainda que no final de março mantinha-se a situação de seca na região sul, sendo de destacar o interior do Baixo Alentejo e o Sotavento Algarvio em situação de seca moderada a severa.
De acordo com o índice meteorológico de seca do IPMA, no final de março 24,8% do território estava em situação de seca fraca e 11,3% em seca moderada a severa.
Diário Digital / Lusa