sábado, 31 de janeiro de 2015

Ex-bombeiro acusado de incêndio florestal em Ourém diz não se lembrar

"Nesse dia fui para um café, pelas 17:00, ingeri bastantes bebidas alcoólicas. Não faço ideia a que horas saí, nem sei por onde passei. Se fiz alguma coisa, não me lembro"
Um ex-bombeiro acusado da prática de um crime de incêndio florestal, alegadamente cometido a 18 de setembro de 2013 no concelho de Ourém, disse hoje em tribunal não se recordar e admitiu ter ingerido bebidas alcoólicas nesse dia.

"Nesse dia fui para um café, pelas 17:00, ingeri bastantes bebidas alcoólicas. Não faço ideia a que horas saí, nem sei por onde passei. Se fiz alguma coisa, não me lembro", afirmou no Tribunal Judicial de Ourém o arguido, de 29 anos.

À pergunta se admite que possa ter ateado os focos de incêndio, o jovem, actualmente chefe de equipa numa empresa, declarou desconhecer se alguém o viu.

"Se o fiz, estou arrependido", garantiu, reconhecendo que "aconteceu várias vezes" consumir bebidas alcoólicas em quantidade, mas que não o faz desde que esta situação ocorreu, informando ainda que não é bombeiro desde finais de 2008.

Ao tribunal singular, o arguido, residente em Formigais, explicou que na presença da Polícia Judiciária (PJ) apontou um local.

"Se foi, foi aqui (...) porque tinha visto que tinha havido lá um incêndio", esclareceu.

No despacho de acusação, o Ministério Público (MP) sustenta que no dia dos incêndios, pelas 22:05, o arguido, após ter saído de um café e no percurso para casa, "parou junto de uma propriedade" na freguesia da Freixianda e "ateou, com recurso à chama de um isqueiro, em dois locais distintos, fogo à vegetação aí existente, composta por mato, pinheiros e eucaliptos".

Depois de sair deste local, o suspeito, no mesmo percurso, "em quatro locais distintos, com uma distância entre eles entre 100 a 600 metros no total, com recurso ao referido isqueiro, ateou novos focos de incêndio", o último já na freguesia de Formigais.

"Os referidos focos de incêndio rapidamente se alastraram em redor, atenta a abundância de matéria combustível vegetal seca, as altas temperaturas que ainda se faziam sentir, a existência de vento, o que o arguido previu e quis, tendo ardido uma área total de cerca de 4.175 metros quadrados", lê-se no documento, notando que o arguido causou um prejuízo "nunca inferior a 500 euros".

No julgamento, um inspector da PJ adiantou que foi o arguido que "indicou o local" de um dos focos de incêndio.

Melgaço pede explicações ao Governo sobre alargamento da produção de Alvarinho


29-01-2015 18:03 | Norte
Fonte: Agência Lusa 
Melgaço, Viana do Castelo, 29 jan (Lusa) - A Câmara de Melgaço anunciou hoje ter enviado uma carta à ministra da Agricultura e do Mar a questionar os motivos e a pedir as fundamentações técnicas que estão na base do alargamento da produção de vinho Alvarinho.

NO comunicado a dar conta do envio da missiva a Assunção Cristas, a autarquia liderada pelo socialista Manoel Batista afirmou que o Grupo de Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo Governo para negociar a denominação daquele vinho na região, "não apresentou qualquer fundamentação técnica que justificasse o fim do regime de singularidade da Sub-região", constituída pelos municípios de Melgaço e Monção.

Manoel Batista denunciou ainda "a estratégia dos interessados na alteração das regras de produção e rotulagem, que ofuscaram a opinião pública afirmando que teria sido a Comissão Europeia a determinar o fim da exclusividade da Sub-Região".

"Até hoje, e apesar dos sucessivos pedidos, nenhuma das entidades competentes facultou à Sub-Região de Monção e Melgaço qualquer tipo de acesso ou informação sobre o teor dos esclarecimentos efetivamente pedidos pela Comissão Europeia", lê-se no documento hoje enviado à imprensa.

Em causa está o acordo alcançado no passado dia 13 pelo GTA, liderado pela Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes (CVRVV), defensora do alargamento da produção aos 47 municípios, que prevê, entre outras medidas, a utilização pelos produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço de "um selo de garantia".

Os produtores dos dois municípios, que juntos continuem a Sub-Região que até agora detinha a exclusividade de produção de Alvarinho, vão ainda dispor, segundo aquele acordo, de três milhões de euros para investir em promoção, nos próximos seis anos.

Na missiva enviada a Assunção Cristas, o autarca socialista de Melgaço acrescentou que "a massificação da produção de Alvarinho apenas conduzirá ao seu desprestígio e à sua transformação em apenas mais um vinho branco produzido em Portugal".

O município adiantou que, juntamente com a carta dirigida à ministra da Agricultura e do Mar seguiu uma cópia de um abaixo-assinado de contestação ao alargamento que ainda está a decorrer na sub-região.

O documento que, segundo a autarquia, já reúne mais de três mil assinaturas foi também remetido ao secretário de Estado da Agricultura e ao Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IPVV).

ABYC // MSP

Lusa/Fim

Sabia que o Estado tem uma empresa do sector agrícola que dá lucro há 28 anos consecutivos?

31 Janeiro 2015, 00:01 por Filipa Lino | flino@negocios.pt

Chama-se Companhia das Lezírias, fica no Ribatejo e é a maior herdade do país, com 18 mil hectares. O Negócios foi conhecê-la.

Em 2013 a Companhia as Lezírias entregou aos cofres do Estado 122 mil euros em dividendos. É das poucas empresas públicas que se podem orgulhar de o fazer. Talvez por isso o Governo não abra mão dela. Recentemente a ministra da Agricultura reafirmou que a empresa agrícola não será privatizada. 
 
A criação de cavalos Puro Sangue Lusitano é a imagem de marca da empresa. Mas nos 18 mil hectares da herdade acontece muito mais do que isso. O arroz é primeiro produto da Companhia em volume de vendas. Mas poderá ser destronado em breve pelo vinho, um negócio que foi recentemente reestruturado e que começa a ganhar mercado. A venda de bovinos, de milho, de produtos florestais (como a cortiça, a madeira de pinheiro e o pinhão) e o olival também ajudam a puxar pelas receitas.
 
O Negócios quis conhecer de perto a actividade desta Companhia fundada em 1836, no reinado de D.Maria II. Venha connosco

Produtores receiam perder margem negocial com entrada da JM no sector do leite

Ana Rute Silva 30/01/2015 - 19:41 

Dona do Pingo Doce vai comprar, por trespasse, a fábrica da Serraleite, em Portalegre, antes de avançar para a construção de uma unidade de raiz. Negócio aguarda luz verde da concorrência.
 
Serraleite recolhe anualmente 20 milhões de litros na região do Alentejo Helena Colaço Salazar/Arquivo 


A Jerónimo Martins vai comprar a fábrica de transformação de leite e de produção de derivados da Serraleite, em Portalegre, num negócio que passa, para já, pelo trespasse destes activos. Mas para a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac) a entrada do grupo, dono do Pingo Doce, no sector vai aumentar o seu poder negocial na fileira, já que, além da prateleira, passa também a controlar a produção.

 Fernando Cardoso, secretário-geral da Fenalac, acredita que um dos riscos do negócio (a aguardar luz verde da Autoridade da Concorrência) é o aumento da concentração no mercado, já de si disputado por escassas empresas. "É de todos conhecida a posição que a distribuição tem entre todos os fornecedores. É um poder demasiado e não é benéfico para as relações económicas", disse ao PÚBLICO.

Fernando Cardoso acrescenta que com a compra dos activos da Serraleite – com quem o Pingo Doce tem há muito uma relação comercial – "fecha-se o ciclo e entra-se numa área que, até agora, era da produção". "Neste caso concreto, qual será o desfecho no dia em que a Jerónimo Martins já não quiser este negócio? Qual será o destino dos produtores? Para a empresa o impacto será diminuto, para os produtores uma catástrofe", analisa.

Os principais operadores da grande distribuição têm investido cada vez mais na área da produção, seja através de clubes, organizando fornecedores que têm de cumprir regras específicas, seja em plataformas de transformação (de carne ou peixe), por exemplo.

A Jerónimo Martins há muito que tem planos para investir directamente na agricultura e, em 2009, fez um acordo com a Serraleite para reforçar a produção. Na altura, Pedro Soares do Santos, presidente executivo, admitiu que a sua visão para o projecto conjunto era criar uma "Lactogal II", que detém a marca Mimosa e domina o mercado do leite. Mais tarde, em 2012, o grupo justificou a entrada neste sector "com a necessidade de proteger as fontes de abastecimento".

O argumento não convence a Fenalac, que tem entre os seus associados a própria Serraleite. "É um operador como qualquer outro, tem legitimidade para se envolver nos negócios, mas, ao contrário do que diz, há garantia de abastecimento. Estamos a falar de um produto no qual não somos deficitários", diz Fernando Cardoso.

Fonte da Jerónimo Martins recorda que a compra por trespasse da fábrica da Serraleite inclui os seus trabalhadores e não é uma novidade. "Destina-se apenas a gerir a continuidade da operação no período de transição, até a nova fábrica estar pronta para operar", disse, referindo-se ao investimento de 40 milhões de euros que será inaugurado no primeiro trimestre de 2017.

"Considerando o aumento da capacidade produtiva, o escoamento da produção leiteira dos actuais associados da cooperativa estará assegurado e haverá, certamente, espaço para outros produtores se associarem à Cooperativa. Para além disto, a Serraleite terá uma participação no capital da Jerónimo Martins Lacticínios", a empresa através da qual foi feita a aquisição por trespasse.

A nova fábrica vai transformar o leite dos associados da cooperativa de Portalegre, que mantém na sua posse a marca Serraleite e é responsável pela sua comercialização. Além de leite UHT, será produzida manteiga e natas.

A Serraleite recolhe anualmente 20 milhões de litros na região do Alentejo, o que equivale a 1% do total da recolha nacional.

Criação de quatro centros científicos em Portugal apoiada por programa europeu

Nicolau Ferreira 30/01/2015 - 13:35 

Mais de 14 milhões de euros vão ser distribuídos por 31 projectos de 14 países considerados com baixo desempenho na ciência. Nos projectos participam sempre centros de excelência de outros países.
 
Sandra Ribeiro (arquivo) 

Um novo programa europeu – destinado a melhorar o desempenho científico de países avaliados como estando atrasados na investigação – vai financiar 31 projectos para a criação de centros de investigação conceituados, atribuindo numa primeira fase um total de 14,5 milhões de euros. Entre estes projectos, quatro são portugueses, anuncia esta sexta-feira a Comissão Europeia em comunicado.

 O programa chama-se Teaming e, segundo as suas regras, destina-se a unir um "instituto de investigação de excelência" a um projecto para criar um centro de investigação em países em que o desempenho científico está abaixo da média europeia. A ideia é que o centro de excelência ajude ao desenvolvimento do novo centro, mas a coordenação do projecto cabe ao país considerado com baixo desempenho científico.

Entre os países que podiam candidatar-se ao programa, lançado no final de 2013, estavam a Bulgária, o Chipre, a Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, o Luxemburgo, Malta, Polónia, Portugal, a República da Sérvia, a República Checa e a Roménia.

Em Novembro último, o então recém-comissário da Ciência, o português Carlos Moedas, referiu que uma parte do dinheiro do grande programa europeu de financiamento da ciência, o Horizonte 2020, será aplicado para fazer "a passagem entre os países que têm mais dificuldades com os países que estão na linha de excelência". "É o que chamo a escada para a excelência. A ciência tem de ser baseada na excelência, mas temos de ajudar países que ainda estão no caminho para a excelência a lá chegar", disse na altura o comissário, em Lisboa.

No primeiro concurso do Teaming, aberto entre Dezembro de 2013 e Setembro de 2014, houve 167 candidaturas válidas. Entre os 31 projectos de 14 países contemplados, Portugal e a Eslováquia conseguiram obter o financiamento de mais projectos – quatro cada um. Cada projecto vai receber em média, nesta primeira fase, cerca de 467.000 euros.

Quais são os quatro projectos portugueses? Três são na área da medicina e o quarto é na área da alimentação:

O SmartAgriFor, coordenado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tem a participação de dez universidades portuguesas e um instituto de investigação também português, com apoio da Universidade de Wageningen, na Holanda. O objectivo é desenvolver um centro de agricultura e floresta "inteligentes", ou de precisão, refere o resumo do projecto a que o PÚBLICO teve acesso;
 
O projecto The Discoveries Centre for Regenerative and Precision Medicine, coordenado pela Universidade do Minho e envolvendo mais cinco universidades portugueses, além do College University de Londres, quer fazer investigação biomédica para "aumentar a qualidade de vida de uma população europeia envelhecida afectada por doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e músculo-esqueléticas";
 
Já o projecto Nortexcel 2020, também na área da medicina, vai dedicar-se à investigação aplicada na área dos dispositivos médicos, tecnologias de apoio e soluções para o bem-estar. Como o nome diz, o centro estará na região Norte e é uma associação entre o Instituto Politécnico do Porto, o Inovamais – Serviços de Consultadoria em Inovação Tecnológica, e o Instituto de Investigação Joanneum da Áustria;
 
O último vencedor é o projecto para o Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento de Coimbra, uma parceria entre a Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes e a Universidade de Newcastle, no Reino Unido, para criar um centro de investigação destinado a "melhorar a saúde e o bem-estar de uma população envelhecida".


O financiamento do programa Teaming será usado para um ano. Findo esse período, os 31 projectos serão avaliados e alguns deles – até dez – poderão passar à segunda fase deste primeiro concurso, na qual será então distribuído um bolo de 87 milhões de euros entre os vencedores para continuarem a desenvolver os seus projectos nos próximos cinco a sete anos.

Segundo a Comissão Europeia, haverá novos concursos do Teaming, apesar de as datas da sua abertura não estarem por agora estabelecidas.

Ministra do Comércio Angola prevê reduzir "ainda mais" importação de bebidas

A ministra do Comércio de Angola, Rosa Pacavira, disse hoje que há margem para reduzir "ainda mais" as importações de bebidas, setor alvo de quotas já a partir de março, afetando as exportações portuguesas.

ECONOMIA Angola prevê reduzir ainda mais importação de bebidas Lusa
18:10 - 30 de Janeiro de 2015 | Por Lusa

A governante falava aos jornalistas depois de se reunir em Luanda com importadores nacionais e bancos comerciais, precisamente na semana em que foi divulgada a imposição de quotas à importação nomeadamente de cervejas, sumos e águas.

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A medida, explicou Rosa Pacavira, é para "entrar em marcha a partir de março" e vai reduzir as importações - entre outros produtos - de bebidas para uma quota de 950 mil hectolitros, face à capacidade instalada no país - suficiente para absorver todo o consumo nacional - e que não está a ser utilizada.

Esta importação cifrava-se anualmente em cerca de 400 milhões de dólares (353 milhões de euros), mais de metade proveniente de exportações de empresas portuguesas, nomeadamente cerveja.

"Em princípio estamos preparados. É um desafio muito grande, até agora a nossa produção nacional não deu aquela virada que devia ter dado já há muitos anos, por causa das importações. Os produtos de importação chegam ao país muito mais baratos, então é aliciante que muitos operadores económicos importem em vez de produzir em angola", reconheceu a governante.

Em termos de refrigerantes e bebidas, tal como a Lusa noticiou na terça-feira, o Governo angolano fixou uma quota geral de importação para este ano em termos de águas (150.000 hectolitros), refrigerantes (200.000), cervejas (400.000) e sumos (200.000).

A situação preocupa as empresas de cerveja portuguesas, tendo a ministra Rosa Pacavira anunciado que se reuniu, hoje, com o embaixador de Portugal em Luanda, João da Câmara, para analisar a situação.

"É uma questão que ficará ultrapassada porque a maior parte deles [empresas portuguesas] vai investir em fábricas em Angola e então poderemos reduzir ainda mais as importações de bebidas", apontou.

De acordo com a ministra, atualmente já existe um "aumento significativo" da produção nacional, até mesmo com "excedentes", neste caso além das bebidas também nas hortofrutícolas, que também são alvo de quotas à importação.

O objetivo do Governo passa por acelerar a diversificação da economia angolana, dependente das exportações de petróleo e agora a enfrentar uma crise financeira face à quebra na cotação internacional do barril de crude.

"Até agora Angola viveu praticamente com os rendimentos do petróleo, mas pensamos que a partir de 2016 nós vamos dar a virada e vamos então viver com aquelas fileiras não petrolíferas. A agricultura e a indústria são o passo fundamental", rematou Rosa Pacavira, prevendo o aumento das exportações nacionais com estas medidas.

A introdução de quotas à importação de produtos com oferta nacional que "assegure mais de 60% do consumo nacional", está regulamentada pelo decreto-executivo conjunto de 23 de janeiro assinado pelos ministros das Finanças, da Agricultura, das Pescas, da Indústria, do Comércio e dos Transportes, juntamente com o Banco Nacional de Angola.

O documento fixa para todo o ano de 2015 uma quota geral de importação de 2.045.440 toneladas de produtos da cesta básica, distribuídos por óleo alimentar (334.001 toneladas), farinha de milho (99.001), farinha de trigo (688.000), sal (100.000), arroz (457.000) e açúcar (367.438).

Além dos refrigerantes e bebidas, limitados a 950 mil hectolitros, é igualmente fixada uma limitação à importação de ovos, de 156 milhões de unidades em 2015.

Nas hortofrutícolas, a quota de importação fica estabelecida em 184.500 toneladas, distribuídas por batata rena (70.000 toneladas), alho (14.500) e cebola (100.000).

Conferência "Regime Forfetário do IVA para pequenos agricultores"


Irá realizar-se, no próximo dia 9 de fevereiro de 2015, uma Conferência sobre o novo "Regime Forfetário do IVA para Pequenos Agricultores", no CNEMA, em Santarém, que contará com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

Esta iniciativa é dirigida a todos os agricultores com vendas anuais até 10.000 EUR, bem como a todas as entidades adquirentes de produtos agrícolas, sendo a sua participação gratuita mediante inscrição prévia.https://www.eventbrite.pt/register?orderid=394641420111&client_token=ebe9418f88b24be3b75e0d32ecd34210&eid=15375332032

Para mais informações consulte o programa do evento.

Argentinos lançam plataforma online para promover o limão


por Ana Rita Costa
30 de Janeiro - 2015

O All Lemon, selo de qualidade dos limões exportados da Argentina, lançou uma plataforma online, a Think Lemon, que tem como objetivo promover e dar a conhecer as qualidades e utilizações deste fruto.

 
"A Think Lemon surge como uma iniciativa do All Lemon, que ao longo de vários anos têm controlado a qualidade e tem analisado o comportamento e consumo do limão argentino no mercado mundial. Nestes anos de análise percebemos que havia a necessidade de promover as qualidades e utilizações que têm os limões", refere Romain Corneille, presidente do All Lemon.

A informação disponibilizada no portal está organizada em diferentes secções que partilham informações como a história do limão, o seu ciclo de vida e as variedades que existem, receitas com limão, conselhos de saúde e de beleza e até dicas de decoração.

"O portal Think Lemon permite-nos falar do nosso produto e dá-lo a conhecer como nunca antes havia acontecido", conclui Corneille. Viste o site em http://thinklemon.net/

CNA alarmada com quotas angolanas para produtos importados


por Ana Rita Costa
30 de Janeiro - 2015

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) emitiu um comunicado em que se diz alarmada com a redução das exportações em alguns produtos agroalimentares para Angola. Esta preocupação surge depois do Governo angolano ter anunciado que irá impôr quotas para a importação de alguns produtos agroalimentares.

 
"Estamos na iminência de Angola cortar em várias exportações nacionais em bens agroalimentares – óleo, farinhas, arroz, açúcar, sumos, água, cerveja (para já). "Cortes" de cerca de um terço do total das nossas exportações para Angola, já calculados em mais de 200 milhões de euros", refere a CNA em comunicado.

"É sabido que a grande estratégia do governo português é promover as exportações de bens agroalimentares e o essencial do esforço oficial está para aí virado. Não importa o que se produz ou como é produzido. É preciso é exportar", continua a organização.

Para a CNA, "a consumarem-se os "cortes" nas exportações para a Angola, os prejuízos podem ser insuportáveis para várias dessas empresas exportadoras, para a produção e produtores nacionais com que operam. "

INIAV promove sessão sobre poda de pereiras regionais


por Ana Rita Costa
30 de Janeiro - 2015

O INIAV vai promover no próximo dia 24 de fevereiro, no Auditório do Pólo de Atividades do INIAV, em Alcobaça, uma sessão de esclarecimento subordinado ao tema "Manutenção de coleções – Poda de pereiras regionais".

 
Em debate estarão questões como "Alguns conceitos sobre a poda de pereiras regionais", "Distinção dos órgãos de frutificação e de vegetação" e "Exemplificação e prática de poda".

A inscrição é gratuita, mas deve realizar-se até ao dia 23 de fevereiro para o email polo.alcobaca@iniav.pt ou junto de Nazaré Pereira e Rui de Sousa através do telefone 262 590 680.

Medidas agro silvo ambientais do Proder para o PDR 2020


redação
30 de Janeiro - 2015
No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do novo quadro de apoio - PDR 2020, foi definido o conjunto de novas medidas agro-ambientais e silvo-ambientais que irá vigorar durante os anos 2015 a 2020. O programa foi avaliado pela Comissão Europeia, tendo sido aprovado no decurso do mês de dezembro de 2014.

 No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do novo quadro de apoio - PDR 2020, foi definido o conjunto de novas medidas agro-ambientais e silvo-ambientais que irá vigorar durante os anos 2015 a 2020. O programa foi avaliado pela Comissão Europeia, tendo sido aprovado no decurso do mês de dezembro de 2014.

Tendo em conta que existem compromissos agro-silvo-ambientais iniciados no quadro comunitário anterior, ao abrigo do PRODER, cujo ciclo de cinco (5) anos obrigatórios terminarão entre 2015 e 2017, importa informar que, ao abrigo do Reg.(CE) n.º 1974/2006, nomeadamente do seu art.º 46.º, os beneficiários que se encontrem nesta situação, poderão adotar umas das seguintes três opções:

1. Cessar os compromissos assumidos no âmbito do PRODER, não se exigindo por esse motivo o reembolso das ajudas pagas;

2. Cessar os compromissos assumidos no âmbito do PRODER, não se exigindo por esse motivo o reembolso das ajudas pagas e iniciar novo ciclo de cinco (5) anos de compromisso no âmbito das medidas do PDR 2020;

3. Concluir o ciclo de cinco (5) anos iniciado no âmbito do PRODER nas medidas equivalentes do PDR 2020.

Relembra-se ainda que, nas medidas ao abrigo do PDR 2020, os compromissos iniciam-se a 1 de janeiro do ano da candidatura.

Assim, todos os beneficiários que pretendam candidatar-se às medidas do PDR 2020 no Pedido Único de 2015 (por via da criação de novo compromisso ou por transição de um compromisso assumido no PRODER) deve assegurar o cumprimento dos critérios de elegibilidade e dos compromissos a partir do dia 1 de janeiro de 2015.

Modelo Cooperativo: Chave para o progresso na agenda de desenvolvimento da UE

30-01-2015 
  
A Cooperatives Europe e a Euro Coop, realizou, no dia 28 de Janeiro, o seminário "Oportunidades de Desenvolvimento: Perspectivas da Cooperative World", no Parlamento Europeu.

O evento, organizado por Linda McAvan, Presidente da Comissão DEVE na União Europeia (UE), apresentou o projecto da nova base de dados on-line "Cooperativas em Desenvolvimento" e abriu um diálogo entre as partes interessadas sobre o valor acrescentado das cooperativas no desenvolvimento. O encontro foi organizado no âmbito do Ano Europeu para o Desenvolvimento de 2015.

Durante o seminário, foi apresentado oficialmente o novo site "Cooperativas no Desenvolvimento", que engloba 295 projectos cooperativos internacionais realizados pelas "Cooperatives Europe Development Platform", uma rede europeia de organizações cooperativas de desenvolvimento internacional e liderados por "Cooperatives Europe". O site foi concebido com o objectivo de ligar projectos em cooperação internacional.

Linda McAvan, afirmou que «as próximas reuniões internacionais no âmbito do Ano Europeu para o Desenvolvimento serão fundamentais para definir a agenda de desenvolvimento para os próximos dez anos. Nesse cenário, o sector privado é a chave para o desenvolvimento».

As Cooperativas Europeias reconhecem a o maior interesse e atenção das instituições Europeias relativamente ao importante contributo das empresas cooperativas para desenvolvimento. Como as empresas centradas nas pessoas, as cooperativas dão um forte contributo para a criação de emprego, e capacitam as comunidades locais para a realização das suas necessidades humanas, sociais e económicas.

Klaus Niederländer, director da "Cooperatives Europe", declarou que construíram a plataforma on-line para aumentar a eficácia das acções, «mas também para dar visibilidade ao que as cooperativas já fazem nas áreas da cooperação para o desenvolvimento e também com o objectivo de realçar o seu potencial. As especificidades das cooperativas, construídas de forma democrática, quer ao nível da "propriedade", quer da tomada de decisão, são cruciais para permitir um processo de desenvolvimento inclusivo. Portanto, deve haver um reconhecimento mais claro, por parte das instituições da UE, do papel das cooperativas como importantes agentes de desenvolvimento e, como tal, deverá ser incluído nas diversas iniciativas e programas de desenvolvimento da UE um maior apoio às cooperativas».

Todor Ivanov, Secretário-Geral da "Euro Coop", disse acreditar «que as cooperativas têm mostrado consistentemente a forma como o desenvolvimento sustentável pode ser realmente alcançado. Através do seu modelo empresarial inclusivo, as empresas cooperativas moldaram uma maneira diferente de fazer negócios, em particular nos países em desenvolvimento, com base na capacitação e criação de valor duradouro. É por isso que apelamos às instituições europeias, bem como os outros parceiros no domínio do desenvolvimento internacional, para reconhecer e apoiar a diferença cooperativa».

Fonte: Cooperatives Europe

Utilização de carne picada não vai ser proibida

30-01-2015 
 
 
O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito, já afastou a hipótese de proibir a utilização de carne picada no país.

 «A carne picada pode e deve ser consumida no momento em que ela é picada», explicou Nuno Vieira e Brito, no final de uma reunião da Comissão de Segurança Alimentar que decorreu no Ministério da Agricultura para analisar o estudo da DECO sobre a venda de carne picada em 26 talhos.

O estudo revelado pela revista Proteste, de Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), analisou amostras de carne de vaca picada vendida em 26 talhos, detectando irregularidades em 23 dos estabelecimentos.

A lei prevê que a carne seja conservada a uma temperatura máxima de 2ºC, no entanto, alguma da carne analisada estava conservada a 9ºC. Além disso, a higiene e a conservação falharam em todos os 26 locais visitados.

A DECO explica que os sulfitos são autorizados em apenas alguns preparados de carne, como nas salsichas frescas, com um limite de 0,45 g/kg, mas são proibidos na carne picada.

O secretário de Estado sublinhou, no entanto, que depois de uma análise da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) foi possível concluir que «não está colocada em causa o problema de proibição da utilização de carne picada» pelo consumidor.

Fonte: Vida Rural

Incentivos do Portugal 2020 poderão atingir 75 por cento do investimento empresarial

30-01-2015 
 
Os incentivos a conceder às empresas ao abrigo dos fundos comunitários do Portugal 2020 poderão chegar até 75 por cento do investimento elegível, segundo a proposta técnica submetida à apreciação dos parceiros sociais a que a agência Lusa teve acesso.

Nos termos da proposta apresentada pelo grupo de trabalho que está a preparar o Regulamento Específico do Sistema de Incentivos dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, e que poderá ainda vir a sofrer alterações resultantes das discussões,  os incentivos reembolsáveis serão concedidos a uma taxa base máxima de 35 por cento, mas que poderá ser acrescida de majorações até um limite de 75 por cento.

O objectivo é potenciar o «reforço da inovação, da competitividade das empresas, da sustentabilidade e da qualidade do emprego», através do reconhecimento do investimento empresarial «inovador e qualificado».

Fonte: Dinheirodigital

Portugal quer duplicar exportações de frutas e hortícolas nos próximos cinco anos

30-01-2015 
 

 
O sector das frutas e legumes quer duplicar até 2020 o valor das exportações alcançadas no último ano, apontou o presidente da Portugal Fresh, tendo em conta o aumento do consumo destes produtos e das suas exportações.

Para a divulgação internacional dos seus produtos e para aumentar as suas exportações, mais de 40 produtores nacionais vão, a partir de quarta-feira, mostrar a sua oferta na Alemanha, em Berlim, na Fruit Logistica, considerada a maior feira mundial de promoção do sector.

«Esta feira é muito importante porque temos uma meta para o sector, que é chegarmos aos dois mil milhões de euros de frutas e legumes exportados em 2020 e esta é uma oportunidade de negócio, estar nessa feira para construir esse negócio até 2020», disse o presidente da Portugal Fresh (Associação para a promoção das Frutas, Legumes e Flores).

Manuel Évora falava na apresentação do certame, que ocorreu numa cooperativa de produtores de pera rocha, no Cadaval. Representando cerca de 200 mil hectares de área de cultivo, as frutas e legumes portugueses contribuem por ano com 2.500 milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB), sendo 40 por cento exportados.

Apesar da crise e das pressões dos mercados nos preços, é nas exportações que Portugal tem tirado maiores dividendos, diferenciando os seus produtos. A Portugal Fresh, baseando-se em dados ainda provisórios, estima que o sector encerrou o ano de 2014 com 1.100 milhões de euros facturados nas exportações, o que corresponde a um aumento de 10 por cento face a 2013, com 998 milhões de euros e cerca de 45 por cento face a 2010, com 780 milhões de euros.

Também presente na apresentação, a ministra da Agricultura sublinhou que as exportações do sector agro-alimentar «têm crescido 10 por cento ao ano» e a pêra rocha é um exemplo, com «um saldo positivo de 50 milhões de euros».

O défice no sector agro-alimentar «diminuiu 1.200 milhões de euros entre 2012 e 2014, situando-se agora nos 2,6 mil milhões», realçou Assunção Cristas, para quem as metas para 2020 vão ser superadas, se o sector continuar dinâmico como até agora.

Para os números, contribui o aumento do consumo de hortícolas, 58 por cento de 2008 para 2012, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), apesar de se registarem decréscimos nas frutas, de 10,6 por cento e noutros produtos, como carne, peixe, vinhos e leite.

As preferências dos consumidores estrangeiros estão na pera e laranja portuguesas, com 100 mil toneladas exportadas, seguindo-se a maçã, com 20 a 25 mil toneladas. Nos hortícolas, o maior volume de exportações é de tomate, com 100 mil toneladas, batata, 60 mil e cenoura, 25 mil.

Os principais mercados dos legumes e frutas portugueses são Espanha, com 28 por cento, França, com 14 por cento, Reino Unido, com 10 por cento, Países Baixos, com nove por cento e  e Angola, cinco por cento.

A estratégia de internacionalização dos produtos tem permitido chegar a mercados emergentes, não só em países da América Latina, como o Brasil, ou de África, como Marrocos e Angola, mas também do Oriente, como é o caso do Dubai.

Ao contrário das exportações, as importações nacionais de legumes e frutas têm vindo a diminuir, contribuindo para vir a ter uma balança comercial positiva. A associação estima que, em 2014, Portugal tenha gasto 1.150 milhões de euros em importações, abaixo de 2013, com 1.235 milhões e semelhante aos cinco anos anteriores.

Os países que mais exportam para Portugal neste sector são a Espanha, com 52,4 por cento; França, 9,1 pontos percentuais; Países Baixos, com 7,4 pontos; Bélgica, 3,7 por cento e África do Sul, com três por cento. Entre as preferências dos portugueses continua a estar a banana, mas são os produtos tropicais, como a banana, abacaxi, manga, papaia, mamão e lima, que são mais importados.

Fonte: Lusa

Modelo Cooperativo: Chave para o progresso na agenda de desenvolvimento da UE

30-01-2015 
 

 
A Cooperatives Europe e a Euro Coop, realizou, no dia 28 de Janeiro, o seminário "Oportunidades de Desenvolvimento: Perspectivas da Cooperative World", no Parlamento Europeu.

O evento, organizado por Linda McAvan, Presidente da Comissão DEVE na União Europeia (UE), apresentou o projecto da nova base de dados on-line "Cooperativas em Desenvolvimento" e abriu um diálogo entre as partes interessadas sobre o valor acrescentado das cooperativas no desenvolvimento. O encontro foi organizado no âmbito do Ano Europeu para o Desenvolvimento de 2015.

Durante o seminário, foi apresentado oficialmente o novo site "Cooperativas no Desenvolvimento", que engloba 295 projectos cooperativos internacionais realizados pelas "Cooperatives Europe Development Platform", uma rede europeia de organizações cooperativas de desenvolvimento internacional e liderados por "Cooperatives Europe". O site foi concebido com o objectivo de ligar projectos em cooperação internacional.

Linda McAvan, afirmou que «as próximas reuniões internacionais no âmbito do Ano Europeu para o Desenvolvimento serão fundamentais para definir a agenda de desenvolvimento para os próximos dez anos. Nesse cenário, o sector privado é a chave para o desenvolvimento».

As Cooperativas Europeias reconhecem a o maior interesse e atenção das instituições Europeias relativamente ao importante contributo das empresas cooperativas para desenvolvimento. Como as empresas centradas nas pessoas, as cooperativas dão um forte contributo para a criação de emprego, e capacitam as comunidades locais para a realização das suas necessidades humanas, sociais e económicas.

Klaus Niederländer, director da "Cooperatives Europe", declarou que construíram a plataforma on-line para aumentar a eficácia das acções, «mas também para dar visibilidade ao que as cooperativas já fazem nas áreas da cooperação para o desenvolvimento e também com o objectivo de realçar o seu potencial. As especificidades das cooperativas, construídas de forma democrática, quer ao nível da "propriedade", quer da tomada de decisão, são cruciais para permitir um processo de desenvolvimento inclusivo. Portanto, deve haver um reconhecimento mais claro, por parte das instituições da UE, do papel das cooperativas como importantes agentes de desenvolvimento e, como tal, deverá ser incluído nas diversas iniciativas e programas de desenvolvimento da UE um maior apoio às cooperativas».

Todor Ivanov, Secretário-Geral da "Euro Coop", disse acreditar «que as cooperativas têm mostrado consistentemente a forma como o desenvolvimento sustentável pode ser realmente alcançado. Através do seu modelo empresarial inclusivo, as empresas cooperativas moldaram uma maneira diferente de fazer negócios, em particular nos países em desenvolvimento, com base na capacitação e criação de valor duradouro. É por isso que apelamos às instituições europeias, bem como os outros parceiros no domínio do desenvolvimento internacional, para reconhecer e apoiar a diferença cooperativa».

Fonte: Cooperatives Europe

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

200 milhões para jovens agricultores Candidaturas aos fundos europeus.



Por Raquel Oliveira 

As candidaturas aos fundos europeus destinados aos jovens agricultores abrem já no próximo mês, de acordo com o calendário divulgado pelo Portugal 2020, contando com cerca de 200 milhões de euros. Agricultores e empresários agropecuários e florestais vão contar com mais de quatro mil milhões de euros até 2020, no âmbito do novo quadro comunitário de apoios. O Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 visa dar competitividade ao setor agrícola e florestal, a organização da cadeia alimentar e melhorar os ecossistemas circundantes. Os interessados nas candidaturas já têm disponível o calendário para o ano de 2015. O objetivo do financiamento europeu é o de constituir um "complemento ao apoio à instalação de jovens agricultores, aumentando o nível de rendimento garantido e reforçando assim a sua capacidade de fazer face aos primeiros anos de atividade". Mais de 35 mil projetos De acordo com as regras, os apoios são concedidos à instalação de explorações agrícolas a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e não mais de 40 anos. O programa nacional para o setor é um dos dez maiores programas de desenvolvimento rural da União Europeia, de acordo com a própria ministra da agricultura, Assunção Cristas. Recorde-se que apesar de se tratar de candidaturas no âmbito do Portugal 2020, foram abertas medidas, em novembro do ano passado, de investimento agrícola e a pequenos investidores na exploração agrícola. Um em cada quatro projetos financiados pelo anterior programa para apoio ao desenvolvimento rural pertence a um jovem agricultor, tendo sido financiados 37 500 projetos, dos quais nove mil de jovens agricultores até aos 39 anos.

Ajudas directas aos agricultores começam a ser criticadas


Janeiro 29
09:09
2015

As ajudas directas pagas aos produtores e, dentro delas, as que são desligadas da produção, começam a ser criticadas, com o argumento de poderem servir para negócio dos agricultores.

Desde 2006 que as ajudas são cada vez mais desligadas da produção e passaram a ser uma valorização do terreno, sendo que os novos direitos para o regime de pagamentos directos começam a apresentar algumas incoerências.

Segundo alguns analistas, o problema coloca-se a vários níveis, como o da produção, uma vez que se o agricultor recebe sem ter necessidade de produzir, opta muitas vezes por essa situação, o que tem resultado negativo ao nível das produções agrícolas dos países.

Por outro lado, trata-se de dinheiro público, que vem potenciar e aumentar o valor de venda dos terrenos, uma vez que o comprador do terreno, se já tiver outros terrenos, fica com os direitos e, portanto, compra uma terra já com um rendimento fixo, sem ter que fazer nada.

Acontece que, por exemplo, em França, o nível médio de ajudas desligadas por hectare, situa-se entre os 200 e 600 euros, pelo que muitos proprietários, na altura da venda, além do preço do terreno, exigem o pagamento de vários anos de subsídios.

O Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, já veio publicamente defender a redução deste tipo de ajudas.

Seis camiões de pera rocha portuguesa seguem para a Alemanha todas as semanas

Em apenas quatro meses, os alemães compraram 12 milhões de euros de pera rocha a Portugal. Através da marca Lidl, aquela fruta da zona Oeste está a chegar a milhões de consumidores germânicos todas as semanas.

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Vítor Andrade |
15:00 Quinta feira, 29 de janeiro de 2015

Seis camiões de pera rocha portuguesa seguem para a Alemanha todas as semanas
Desde setembro que partem todas as semanas seis camiões carregados de pera rocha para a Alemanha.

Através da marca Lidl, Portugal vendeu 12 milhões de euros de pera àquele país em apenas quatro meses. A fruta é distribuída pela sua rede de supermercados chegando a milhões de consumidores alemães.

Esta mega-encomenda resulta de um acordo entre a Lidl e a Portugal Fresh (marca chapéu do sector das frutas, legumes e flores), o qual já resultou, em 2014, na venda de 1.465 toneladas de pera rocha, só para a Alemanha e 1.159 toneladas de melancia para aquele país e também para França.

Para os produtores portugueses, o mercado alemão é considerado estratégico para a fruta nacional. Garantem que, este ano, só a exportação de pera rocha para a Alemanha representou o mesmo valor da exportação total verificada o ano passado em cinco países.

Porta de entrada em 27 mercados
Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, explica que "a Lidl Portugal é uma porta de entrada para os produtos portugueses em 27 mercados. Esta parceria será uma excelente alavanca para alcançar o objetivo de 2 mil milhões de euros em 2020".

O mesmo responsável acrescenta ainda que "devido ao facto de Portugal ser o país parceiro, em 2015, da maior feira de frutas e legumes do mundo (a Fruitlogistica, em Berlim), irá contribuir para que a notoriedade dos hortofrutícolas portugueses atinjam um patamar inimaginável no mercado internacional e impensável nos últimos anos".

Pedro Monteiro, diretor geral de vendas da Lidl portugal nota que a sua empresa "tem um papel relevante no acesso dos produtores nacionais a mercados externos possível através do nosso universo de lojas". Aliás, e ainda segundo o mesmo responsável, a Lidl tem feito "exportação regular de produtos alimentares portugueses, como as frutas e legumes. A pera rocha, por exemplo, já é exportada há vários anos para Inglaterra e Irlanda e, desde este ano, também para a Alemanha, com excelentes resultados".


Crianças portuguesas comem mais fruta que as de outros 6 países europeus



Reuters
As crianças portuguesas comem, em média, mais fruta por dia do que as de seis outros países europeus, mas as pertencentes a famílias de um nível socioeconómico mais baixo comem menos, de acordo com dados divulgados hoje.
 
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As conclusões são as primeiras a surgir do estudo do projeto europeu EPHE, financiado pela Comissão Europeia e apoiado pela Organização Mundial de Saúde, que tem como "principal objetivo avaliar o impacto de intervenções de promoção de hábitos alimentares saudáveis e de atividade física na redução das desigualdades sociais na saúde, em crianças em idade escolar dos seis aos nove anos", coordenado em Portugal pela Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto (FCNAUP) com a Direção-Geral de Saúde e desenvolvido na Maia.

"As crianças portuguesas foram as que apresentaram consumos mais elevados de fruta, comparativamente às restantes crianças europeias que integram este projeto. Em média, as crianças portuguesas consomem fruta diariamente, pelo menos uma vez por dia. No entanto, verificaram-se diferenças significativas no consumo de fruta em função do estatuto socioeconómico dos pais", pode ler-se no comunicado do projeto EPHE, que abrange Bélgica, Bulgária, França, Grécia, Holanda, Portugal e Roménia.

Ainda que o resultado do consumo seja de "destacar pela positiva", como disse à Lusa a investigadora da FCNAUP Maria João Gregório, isto significa que uma criança que pertença a um nível socioeconómico mais baixo come menos fruta do que uma criança de famílias de um nível socioeconómico superior.

Maria João Gregório acrescentou que se verificou ainda que "as crianças portuguesas, que pertencem a famílias com nível socioeconómico mais baixo, têm uma frequência de consumo de refrigerantes e de sumos de fruta maior do que as de famílias de nível socioeconómico mais elevado".

O projeto, na Maia, decorre no âmbito da iniciativa "Maia Menu Saudável" e englobou 240 crianças e respetivas famílias.

Através de questionários, em três anos consecutivos, o objetivo é compreender se o desenvolvimento do projeto foi bem-sucedido na alteração de consumos, para reduzir as desigualdades sociais na saúde.

"O que nós sabemos é que as estratégias de promoção da saúde têm mais impacto nos indivíduos que têm um nível socioeconómico mais elevado", realçou Maria João Gregório.

O comunicado acerca do projeto refere ainda que, "no que diz respeito ao consumo de hortícolas, independentemente do estatuto socioeconómico da família, as crianças incluídas neste estudo apresentam uma frequência de consumo de hortícolas de, em média, duas a quatro vezes por semana", embora "quase 30% das famílias com nível educacional mais baixo referiram que as crianças consomem salada menos do que uma vez por semana".

Sobre a definição de "estatuto socioeconómico", o estudo explica que este foi definido "pelo nível educacional de ambos os pais, pela situação profissional e pela posição face ao rendimento", tendo sido "o nível educacional da mãe selecionado como a variável socioeconómica que melhor previa o estatuto socioeconómico parental em toda a amostra".

O projecto europeu EPHE, para a prevenção da obesidade infantil e a promoção do acesso à saúde, toma a sigla da designação original, Ensemble Prévenons l'Obésité des Enfants for the Promotion for the Health Equity.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Portugal promove frutas e legumes nas ruas de Berlim

Desde esta quarta-feira e até 7 de fevereiro, Portugal está nas ruas da capital alemã a promover a excelência das suas frutas e legumes. Objetivo: dobrar as exportações dos atuais 1000 milhões de euros/ano.

Vítor Andrade |

9:00 Quinta feira, 29 de janeiro de 2015
Portugal promove frutas e legumes nas ruas de Berlim

Todos os anos, no início do mês de fevereiro, o mundo vai abastacer-se de frutas e legumes a Berlim, na Alemanha, pois é ali que tem lugar a maior feira global do sector: a Fruitlogistica.

Em pouco mais de dois dias, realizam-se ou são alavancados na capital alemã negócios de biliões de euros entre produtores de mais de 130 países e as maiores marcas de distribuição alimentar a nível mundial.

Juntam-se propositadamente em Berlim para comprarem e venderem bens alimentares básicos, um sector em que Portugal já exporta 1000 milhões de euros todos os anos.

Objetivo: 2000 milhões de euros em exportações
No entanto, a Portugal Fresh, marca-chapéu que reúne os principais produtores nacionais das frutas, legumes e flores, quer ir mais longe e atingir os 2000 milhões até 2020.

Esse é, pelo menos, o objetivo traçado por Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, entidade que este ano conseguiu que os alemães aceitassem Portugal como país parceiro do megaevento Fruitlogistica, que para a semana decorre em Berlim.

Portugal já está nas ruas da capital da Alemanha, e irá estar durante mais 11 dias com uma campanha de marketing focalizada na promoção da excelência das frutas e legumes.

Uma oportunidade única, segundo os responsáveis da Portugal Fresh, por duas razões: para dizer ao motor da Europa que, apesar da crise e da austeridade, Portugal está cada vez mais produtivo e mais profissional naquele sector do agroalimentar; e, por outro lado, para aproveitar as portas que se abrem durante a realização da Fruitlogistica e aumentar, dessa forma, as vendas para outros países.

A força do marketing e do lóbi político
Há cinco anos, Portugal participava timidamente pela primeira vez na Fruitlogistica, com pouco mais de meia dúzia de produtores que começavam então a falar da necessidade de se juntarem para ganharem dimensão. 

Agruparam-se, criaram uma marca própria (a Portugal fresh), investiram em marketing e publicidade e reforçaram a sua presença de ano para a ano no evento anual de Berlim. 

Em 2015, Portugal disputou a categoria de país parceiro do evento com vários outros países, alguns dos quais líderes mundiais na produção de frutas e legumes. A decisão contou com o lóbi exercido quer pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, quer pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que fez questão de se associar ao evento. 



Symington compra quinta da Gafaria e alarga poder no Douro

A família Symington comprou mais uma propriedade no Douro. São 27 quintas e mil hectares de vinha

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Abílio Ferreira |
10:01 Quinta feira, 29 de janeiro de 2015
O universo da família Symington conta agora com 27 quintas, perfazendo uma área de dois mil hectares - metade é área de vinha. São os maiores proprietários do Douro


A família Symington comprou, antes da última vindima, mais uma quinta no Douro Superior. O universo da família conta agora com 27 quintas, perfazendo uma área de dois mil hectares - metade é área de vinha. São os maiores proprietários do Douro.

O último negócio envolveu a quinta da Gafaria, que resultara do desmembramento da quinta do Comparado, em Carrazeda de Ansiães, com 83 hectares - um terço conta com vinha de categoria A.

O comprador foi John Symington, um dos cinco membros da família e dono de uma propriedade (Cachão de Arnozelo) que confinava com a Gafaria. Nestes casos, os Symington limitam-se a rever a área da quinta já existente, sem acrescentar uma nova designação ao portefólio, como é este o caso. Ou seja, as 27 quintas correspondem a um número bem maior de propriedades.

Os donos da Gafaria, que vendiam uvas às principais casas de Porto, encontravam-se num dilema empresarial e precisavam de investir para impulsionar o negócio.

Quintas emblemáticas
Em frente à Gafaria, na margem esquerda do Douro, fica o Vesúvio, uma das mais emblemáticas quintas dos Symington. Malvedos, Bonfim, Cavadinha, Senhora da Ribeira, Retiro e Roriz (esta com os Prats de Bordéus) são outras joias no Douro dos Symington.

No domínio das quintas, a Symington Family Estates regista uma especificidade distintiva. Além das propriedades que explora, o universo vinícola conta com os investimentos pessoais  dos seus cinco sócios que aplicam no Douro os dividendos acumulados.

As aquisições mais recentes dos Symington, antes da Gafaria, foram as quintas da Sabordela (30 hectares de vinha) adjacente à do Bonfim e do Síbio (19 hectares de vinha), vizinha dos Malvedos.

Os Symington são produtores de vinho do Porto há cinco gerações, operando através de quatro marcas históricas: Graham's, a Cockburn's, a Dow's e a Warre's.


Estados membros penalizados pela Comissão

Janeiro 29
09:08
2015

Catorze estados membros vão ter que reembolsar Bruxelas, de verbas que receberam no âmbito dos apoios à agricultura e que tiveram uma aplicação irregular, segundo análise da Comissão Europeia.

Os países que são abrangidos por esta decisão são a Bélgica, a Bulgária, a República Checa, a Alemanha, a Estónia, a Espanha, a França, a Itália, a Lituânia, a Hungria, a Holanda, a Áustria, a Roménia e o Reino Unido.

O país mais fortemente penalizado é a França, com 984,274 milhões de euros, devido a deficiências no sistema de identificação das parcelas e o sistema de localização dos mesmos, que serve de suporte à atribuição de ajudas directas.

A penalização à França é dividida da seguinte maneira: deficiência dos sistemas de controlo, uma multa que foi estimada em 335,29 milhões de euros, isto para os anos de 2008 a 2010 e 380,85 milhões de euros para 2011 e 2012.

A este montante acresce 140,9 milhões de euros, devido à incorrecção na atribuição de direitos, 123,32 milhões de euros de pagamentos ao sector animal, 78,96 milhões de euros da reestruturação do sector do açúcar e 35,29 milhões de euros no programa de desenvolvimento rural.

Como podemos constatar, não foram detectadas irregularidades em Portugal.

Fruta portuguesa chega aos supermercados Lidl na Alemanha

ANA RUTE SILVA 29/01/2015 - 16:10
Associação Portugal Fresh negociou com a cadeia de retalho alemã e já vendeu mais de três mil toneladas de fruta. O objectivo é aumentar as exportações para aquele país, numa altura em que o embargo russo aumentou a oferta de fruta na Europa.

 
Portugal Fresh quer vender 2000 toneladas de pêra rocha nas lojas alemãs da Lidl JOHN MACDOUGALL/AFP
 
Primeiro foi melancia, depois pêra rocha e framboesas. A Portugal Fresh, associação que reúne os principais produtores nacionais de frutas, legumes e flores, negociou com a Lidl a venda produtos portugueses nas lojas da cadeia de supermercados na Alemanha e, até agora, já colocou nas prateleiras 3250 toneladas de fruta.

Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, diz que esta é uma forma de abrir as portas de um mercado difícil, que recebe apenas 3% das frutas e legumes portugueses exportados anualmente. Tem ainda mais importância numa altura em que o embargo da Rússia fez aumentar a quantidade de fruta disponível no mercado europeu, aumentando a concorrência entre países e baixando os preços.

"A Portugal Fresh é uma associação empresarial que tem metas de crescimento e de exportações definidas e um das formas de tentarmos atingir essas metas é fazer acordos com grupos de supermercados com posições externas, como é o caso da Lidl", disse. A exportação, sobretudo, de pêra rocha para supermercados na Alemanha ajuda a "colmatar" os efeitos do embargo russo, que afectou no geral 5000 toneladas de fruta nacional.

"Isto abre portas num ano extremamente difícil, porque a pressão na Europa é imensa. A Rússia comprava 300 mil toneladas e isso está a fazer baixar preços e a dificultar o desempenho da pêra rocha", continua. Para já, foram enviados 12 milhões de pêra que parecem estar a agradar ao consumidor alemão pelas características de conservação (mais duradoura) e de sabor. A intenção é atingir rapidamente as duas mil toneladas de pêra nacional naquela que é a maior empresa de distribuição da europa e a sexta maior do mundo.

Portugal em destaque na maior feira do mundo
Na próxima semana, a fruta portuguesa vai estar em destaque em Berlim na maior feira empresarial do sector, a Fruit Logistica Berlin 2015. Como país parceiro da organização, Portugal terá 44 empresas representadas, mais do dobro do ano passado e a maior comitiva de sempre. Manuel Évora diz que o objectivo do sector é exportar dois mil milhões de euros de frutas e legumes em 2020. E a presença na Fruit Logistica é um passo importante para assegurar um bom lugar "na final do campeonato". "A esperança é que no final consigamos ganhar e ganhar significa fazer bons negócios para as empresas e para os produtores", sublinha.

A exportação de frutas e legumes cresceu 11,2% entre Janeiro e Novembro de 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior. No total, as empresas venderam ao estrangeiro 996 milhões de euros. Portugal continua, contudo, dependente do exterior para se abastecer e comprou mais de mil milhões de hortofrutícolas nos onze meses do ano passado. Face a 2013, houve uma redução de 3,7%. As frutas e os legumes valem 20% das exportações totais de bens alimentares e agrícolas, mas apenas 2,2% no total do comércio internacional do país.

Exportadores de vinho já sofrem com crise angolana


29 Jan 2015 < Início < Notícias

Há pagamentos bloqueados e as encomendas são reduzidas. Alentejo e Douro são as regiões mais expostas a Angola. Tudo por causa da perda de receitas provenientes do petróleo.
Os exportadores de vinho para Angola já registam os efeitos da crise no país, sofrendo com "bloqueios nos pagamentos" e pressão "para vender categorias inferiores e a preços mais baixos", regista Paulo Amorim, presidente da ANCEVE- Associação Nacional dos Comerciantes Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas e administrador da Dão Sul.
Paulo Amorim admite que no cenário mais adverso as exportações "podem em 2105 cair para metade".
Em 2014, Portugal vendeu 100 milhões de vinho para Angola sendo o principal fornecedor de vinho engarrafado. A venda a granel representa um quinto do negócio.
A ameaça da África do Sul 
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal confirma que as exportadoras mais expostas a Angola "manifestam grande preocupação". Além dos efeitos da receita do petróleo na economia do país, no caso do vinho os produtores identificam "o risco que decorre da adesão de Angola ao acordo comercial com dos países da África Austral (SADC)".
É uma ameaça suplementar por facilitar o reforço de exportações de concorrentes como a África de Sul, que já lidera no vinho a granel.
Angola representa 20% das exportações de vinho de mesa português. O presidente da ANCEVE lembra que em mercados, como Angola ou Brasil, de cariz protecionista e desempenhos cíclicos, "nunca se deve embandeirar em arco com evoluções favoráveis" e ter a consciência de que "as encomendas podem registar quedas abruptas e severas".
Quotas por definir
Perante o novo quadro angolano, os exportadores aguardam que a situação se clarifique e se haverá uma limitação administrativa às importações, depois de terem sido anunciadas quotas para os produtos alimentares básicos.
Mas sem a transferência de divisas o negócio terá de se ressentir. Os primeiros sinais fornecidos pelos importadores angolanos "é de pressionar os preços e reduzir volumes encomendados", nota Paulo Amorim.
O presidente da ANCEVE diz que a normalização do país e a confiança estabelecida com os importadores levou as empresas portuguesas a abdicar da proteção de cartas ou seguro de crédito.
Em causa, não está "o risco país". Com os pagamentos ao exterior condicionados pela política restritiva do Banco de Angola. Alentejo e Douro são as regiões mais expostas a Angola, mas Tejo, Lisboa ou Setúbal são as que mais têm progredido neste mercado.
Na Bacalhôa, os alarmes ainda não soaram "porque nesta fase do ano as informações são ainda inseguras", mas a empresa está em estado de alerta.
"É fatal que as exportações sejam afetadas", reconhece o administrador, Eduardo Medeiro. A Bacalhôa faz em Angola  8 milhões de vendas, um quarto da sua faturação. Ainda assim,  Eduardo Medeiro acredita que o vinho poderá escapar com menos escoriações do que bebidas como a cervejas, "por não existir produção local". 
 
 
Fonte: Expresso / Abílio Ferreira

Ucrânia: Acordo entre governo e exportadores para limitar saídas de trigo

29-01-2015 
  
O governo e os exportadores de cereais da Ucrânia chegaram a um acordo para limitar as exportações de trigo. Este acordo estabelece que durante o primeiro semestre de 2015 não se exporta mais de 1,2 milhões de toneladas de trigo.

Desta quantidade, no primeiro trimestre as exportações ficariam limitadas até 900 mil toneladas e no segundo para as 300 mil. Contudo, segundo a evolução das culturas, estas quantidades podem variar.

O governo ucraniano tomou esta decisão apesar da campanha passada ter alcançado um valor recorde e 24 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno é apenas metade deste resultado. Esta é uma medida preventiva frente à possibilidade de um aumento das exportações ucranianas, como consequência da entrada em vigor, já no próximo dia 01 de Fevereiro, de uma taxa à exportação de 35 euros a toneladas, ou seja, 15 por cento do valor total da exportação. Esta, que está prevista ser aplicada até 30 de Junho, pode vir a reduzir as exportações russas até cerca de sete por cento.

O objectivo da administração ucraniana é que as exportações de trigo na campanha de comercialização 2014-2015 não ultrapassem 12,8 milhões de toneladas. Desde 01 de Julho de 2014 até 26 de Janeiro de 2015 foram exportadas 8,6 milhões de toneladas, de trigo, para farinha e alimentação animal, de acordo com os valores oficiais.

Actualmente, até finais de Junho, espera-se que as exportações de trigo destinado à alimentação animal cheguem a três milhões de toneladas, pelo que o resultante para não baixar o valor de 12,8 milhões de toneladas são os 1,2 milhões colectados no acordo.

Fonte:Agrodigital

Socialistas querem ouvir ASAE e DECO sobre qualidade da carne picada


O grupo parlamentar do PS requereu hoje, com caráter de urgência, a audição da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), depois ser divulgado um estudo que punha em causa a carne picada vendida em talhos e hipermercados.
«Os resultados dos mais recentes testes que a DECO - Associação da Defesa do Consumidor fez à carne picada que é vendida em estabelecimentos de venda ao público, não podem deixar a população tranquila», referem os deputados no requerimento hoje apresentado na Comissão de Agricultura e Mar e que foi aprovado por unanimidade.
Os socialistas lembram que, «no passado recente (2013), a intranquilidade na segurança alimentar foi levantada a propósito do caso da fraude em produtos alimentares processados», evidenciando a necessidade de uma maior fiscalização e maior controle das entidades com a responsabilidade do controlo e segurança alimentar.
Diário Digital / Lusa

Portugal já tem plataforma de apoio a investidores do setor agroalimentar


por Ana Rita Costa
29 de Janeiro - 2015

Portugal conta agora com uma plataforma de apoio a investidores no setor agroalimentar nacional, a 'Invest in Portugal'. 

 
Resultado de uma parceria entre a Portugal Fresh, o Ministério da Agricultura (GPP – Globalagrimar), a AICEP, o Crédito Agrícola, a EDIA / Alqueva e a Consulai, esta iniciativa tem como objetivo encontrar potenciais investidores internacionais para Portugal.

"É fundamental aumentar a produção e deixar uma fatia cada vez maior do valor acrescentado em território nacional, reforçando parcerias que potenciem a comercialização dos produtos portugueses a nível global", explicam os responsáveis pela plataforma online.

Para além de dar uma visão global do setor agroalimentar português, a plataforma sugere quais os melhores hortofrutícolas produzidos no país para investir. Saiba mais em http://www.invest-in-portugal.info/

Nova lei angolana vai provocar quebra de 60% nas exportações da Unicer


por Ana Rita Costa
29 de Janeiro - 2015

A Unicer vai exportar menos 60 milhões de litros de cerveja para Angola devido à nova lei angolana que estabelece quotas máximas para produtos importados para o país, uma quebra de 60% nas exportações atuais da empresa para o país.

 
De acordo com o Expresso, "a cervejeira Unicer é das principais prejudicadas pela imposição de quotas de importação por parte do Governo angolano". A Unicer fatura atualmente 120 milhões de euros em Angola e exporta cerca de 100 milhões de litros de cerveja, valor que será agora afetado pela imposição de um limite máximo de 40 milhões de litros de cerveja importados para o país.

Em comunicado, a Unicer refere que estas "medidas agora apresentadas e, em particular, o limite à importação de cerveja nos 400 mil hectolitros, teria consequências muito gravosas para a economia angolana. Haveria uma redução bastante significativa das receitas fiscais - cada cerveja importada gera uma receita 3,5 vezes superior à gerada pelas cervejas locais."

Qualidade de carne picada em debate na Comissão de Segurança Alimentar

 29-01-2015 
 

 
A qualidade da carne picada à venda em Portugal, posta em dúvida num estudo divulgado esta semana, vai ser esta quinta-feira o tema de uma reunião da Comissão da Segurança Alimentar, composta por 12 membros e criada em 2014.

A Comissão vai analisar um estudo da Deco (Defesa do Consumidor) que colocou em causa a qualidade da carne picada em 26 talhos, devido a problemas de conservação, higiene e temperatura de venda. Na maior parte dos talhos foram encontrados sulfitos, que dão aparência de frescura, proibidos.

O estudo foi divulgado na terça-feira e nesse mesmo dia a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) esclareceu que os sulfitos detectados podem ser utilizados por serem aditivos alimentares aprovados como conservantes.

Na quarta-feira a Deco voltou a garantir que a utilização de sulfitos na carne picada é proibida por lei e disse que a ASAE «lançou uma injustificável confusão» sobre o objecto do estudo, que foi a carne picada à venda em alguns talhos.

A ASAE e a Deco são duas das entidades representadas na Comissão que hoje se vai reunir e na qual participam também o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira de Brito, e o secretário de Estado adjunto e da Economia, Leonardo Mathias.

A Comissão, criada em Maio de 2014, tem por missão propor medidas que garantam não existirem alimentos à venda que não sejam seguros, e de informar as pessoas sobre suspeitas legítimas de riscos para a saúde.

Fonte: Lusa

Valpaços acolhe a mais «antiga feira» do fumeiro do país

29-01-2015 
  
A aldeia de São João da Corveira, Valpaços, acolhe no domingo a «mais antiga» feira do fumeiro do país e onde a população local aproveita para escoar os produtos «caseiros e genuínos» que contribuem para o rendimento familiar.

O presidente da Junta de São João da Corveira, Hernâni Sousa, afirmou à agência Lusa que a feira de São Brás se realiza «há cerca de 200 anos» nesta freguesia do concelho de Valpaços, distrito de Vila Real. Por isso mesmo, o autarca garante que se trata da «feira do fumeiro» mais antiga do país.

Não tem a dimensão de outros certames do género que se realizam, por exemplo, em Montalegre, Boticas, Chaves ou Vinhais, mas serve, segundo frisou, para ajudar no orçamento familiar dos pequenos produtores locais.

Trata-se de um rendimento extra para quem vive essencialmente da agricultura e num território onde a principal fonte de receita é a produção de castanha. Na edição do ano passado, segundo o autarca, venderam-se «à volta de 250 mil euros de fumeiro e de presunto» neste certame.

Hernâni Sousa referiu que, no domingo, estarão instalados cerca de 30 stands no centro da aldeia, aos quais depois se juntam outros produtores que levam para venda pequenas quantias de produtos.

A prioridade é escoar os produtos locais, aqueles que «ainda se fazem à moda antiga, preservando os sabores genuínos», como o presunto, pés de porco, orelheira, carne gorda, salpicão, alheira e linguiça, e também o vinho, pão centeio ou o folar. «Aqui industrialmente ninguém produz. O que acontece é que há pessoas que em vez de criarem um porco, criam dois, e um fica para vender na feira. É tudo artesanal», salientou.

Na origem da feira de São Brás estão, de acordo com a história local, as ofertas que eram feitas à igreja. «Antigamente havia a doença dos porcos, a esgana, e muitos morriam disso. São Brás é o protector das doenças da garganta e então, por crença, as pessoas ofereciam os produtos ao santo», contou Hernâni Sousa. Esses produtos começaram a ser vendidos em leilões e, mais tarde, outras pessoas começaram a juntar-se e a aproveitar também para vender os seus produtos.

A Feira de Fumeiro de São Braz é organizada pela Junta de Freguesia de São João da Corveira, com o apoio da Câmara de Valpaços e da empresa Empreendimentos Hidroelétricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB)

O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, afirmou que «a promoção e a defesa dos produtos locais é uma das prioridades» do seu executivo.

Fonte: Lusa

Embargo russo, agricultura biológica e simplificação da PAC são prioridades da presidência da Letónia

29-01-2015 
  
A presidência da Letónia apresentou na reunião do Conselho de Ministros da agricultura, esta semana, as suas prioridades para o primeiro semestre.

A Letónia tem como uma das suas prioridades trabalhar o desenvolvimento de mercados e em especial, recuperar o mercado russo. Para além disso, incidirá sobre a simplificação da política agrícola comum (PAC), forma a implementar normas únicas e em prosseguir os trabalhos na proposta de agricultura biológica para estabelecer um acordo em Conselho e iniciar as negociações com o Parlamento Europeu.

Em relação às questões veterinárias, o Conselho quer continuar a trabalhar para chegar a um acordo sobre sanidade animal, quer avançar no que diz respeito a uma aproximação para uma abordagem horizontal integrada sobre controlos oficiais, de forma a alcançar um compromisso entre os Estados-membros.

Entre as prioridades da nova presidência estão também temas como a apresentação de uma nova proposta sobre fertilizares, terminar os trabalhos sobre novos alimentos e continuar o debate acerca das medidas de sanidade animal.

Fonte: Agrodigital

Lusoflora - Salão Profissional


 
  Mostra Profissional

27 e 28 de Fevereiro de 2015

CNEMA

Santarém 

A Lusoflora - Salão Profissional,  promove a excelência dos produtores nacionais de Plantas Ornamentais, Flor de Corte, Relvas, Árvores e Arbustos, Fruteiras e Florestais, assim como todos os operadores económicos envolvidos nesta atividade.

O evento promoverá a mostra da produção nacional, assim como empresas fornecedoras de bens e serviços ligadas à Horticultura Ornamental, permitindo a todos os profissionais do sector, um amplo debate sobre a produção e soluções hoje disponíveis para esta área da atividade agrícola e o estabelecimento de contactos entre expositores e visitantes profissionais.

Num auditório, montado no espaço da exposição,  um Colóquio subordinado ao tema  "Horticultura Ornamental em Portugal - Situação Atual e Perspetivas Futuras", criará um ambiente de debate para temas atuais como a sustentabilidade (ambiental e económica), a otimização do uso de recursos naturais, as novidades políticas e legislativas, assim como as mais recentes inovações  para o setor.

Show Cooking com o Chef Rui Reigota, um espaço que se quer interativo entre o Chef e os visitantes, havendo lugar à troca de opiniões e naturalmente à degustação dos pratos confecionados com algumas das plantas em exposição .


Nova proposta de legislação sobre as sementeiras OGM’s parece não agradar a ninguém

Janeiro 28
09:13
2015

Os grupos ambientalistas contra os OGM's e as empresas de biotecnologia parecem entrar num novo capítulo de fortes divergências, depois do voto do Parlamento Europeu sobre a futura legislação europeia sobre o cultivo dos OGM's, que permite aos estados membros proibir unilateralmente a sua sementeira.

Esta decisão parece não agradar a qualquer das partes, com os ambientalistas a defenderem a proibição total das sementeiras OGM's, considerando que as sementes ainda não estão suficientemente testadas, no que diz respeito aos efeitos na saúde pública.

Por outro lado, as empresas de biotecnologia, que consideram os OGM's perfeitamente seguros e fundamentais para a alimentação do planeta, defendem que os agricultores deviam ter a liberdade de decidir o que querem semear.

Segundo a Monsanto, o países que proibirem os OGM's vão prejudicar bastante os agricultores, pois estes vão ter menores produtividades, enquanto os seus colegas americanos vão aumentando as suas produções  cada vez mais.

Por outro lado, um porta-voz da Greenpeace argumenta que esta lei pode colocar problemas aos estados membros, na procura dos motivos ambientais, que são necessários invocar para proibir o cultivo.

Existe uma grande divisão de opinião no seio dos estados membros e enquanto que a França e a Alemanha se opõem ao seu cultivo, o Reino Unido é completamente a favor.

Os países que mais cultivam OGM's são Portugal e Espanha, sendo que também são cultivados na Eslováquia, na Roménia e na República Checa.

Em 2013, cerca de 150.000 hectares foram cultivados com sementes OGM's, a maior parte em Espanha, no entanto, para consumo animal, só em 2012, a União Europeia importou 30 milhões de toneladas de grãos OGM's.


Central de Cervejas apreensiva com quotas de exportação para Angola


LUSA e PÚBLICO 28/01/2015 - 15:08
Restrições representam, à partida, uma quebra para um quarto, face às vendas de 2014.

 
Cerveja é um dos produtos afectado pelas quotas impostas por Angola. JORGE MIGUEL GONÇALVES
 
 Quotas impostas por Angola prejudicam exportações portuguesas de 207 milhões
O grupo Central de Cervejas está a analisar as consequências da nova quota estabelecida pelo Governo angolano, limitando as importações de cerveja a 400.000 hectolitros em 2015. "Estamos a tentar perceber o impacto desta medida. Vamos analisar nos próximos dias, mas estamos apreensivos", disse à Lusa, em Luanda, Paulo Gomes, director para Angola do grupo.

No caso deste grupo, que exporta para Angola, entre outras, a marca Sagres, as restrições agora conhecidas representam, à partida, uma quebra para um quarto, face às vendas de 2014, que não foram reveladas.

Números não oficiais mostram que as exportações portuguesas de cervejas para Angola valem cerca de 150 milhões de euros.

O Governo angolano decretou uma quota máxima de importação de vários produtos para 2015, alegando a necessidade de "reduzir paulatinamente" estas compras, conforme a Lusa noticiou na terça-feira.

A informação consta de um decreto-executivo conjunto de 23 de Janeiro, ao qual a Lusa teve acesso, assinado pelos ministros das Finanças, da Agricultura, das Pescas, da Indústria, do Comércio e dos Transportes, juntamente com o Banco Nacional de Angola.

O documento fixa para todo o ano de 2015 uma quota geral de importação de refrigerantes e bebidas de 950.000 hectolitros, distribuídos por águas (150.000 hectolitros), refrigerantes (200.000), cervejas (400.000) e sumos (200.000).

O mesmo decreto estabelece uma quota geral de importação de 2.045.440 toneladas de produtos da cesta básica, distribuídos por óleo alimentar (334.001 toneladas), farinha de milho (99.001), farinha de trigo (688.000), sal (100.000), arroz (457.000) e açúcar (367.438).

É igualmente fixada uma limitação à importação de ovos, de 156 milhões de unidades em 2015.

Por último, nas hortofrutícolas, a quota de importação fica estabelecida em 184.500 toneladas, distribuídas por batata rena (70.000 toneladas), alho (14.500) e cebola (100.000).

Para o Governo angolano é "imperioso assegurar" a Reserva Estratégica Alimentar para garantir a segurança alimentar e nutricional das populações, tornando-se "imprescindível a tomada de medidas regulatórias do mercado importador e da rede de distribuição e comercialização de produtos alimentares e não alimentares, onde a oferta doméstica assegure mais de 60% do consumo nacional".

O decreto-executivo conjunto enfatiza que esta medida surge na "prossecução dos esforços que vem envidando, com o incremento da população nacional, visando o aumento da oferta de produtos em quantidade e qualidade suficiente".

Também porque há "necessidade de se reduzir paulatinamente a importação de bens alimentares e não alimentares, com enfoque para os que compõem a cesta básica, com a quantidade requerida e a preços competitivos, até à normalização da sua oferta de forma regular e sustentável".

Tal como o PÚBLICO noticiou, a imposição de quotas poderá afectar as exportações de nove produtos alimentares que, nos primeiros meses de 2014, representaram 207 milhões de euros, o equivalente a 29,2 do total do comércio internacional de bens agrícolas e alimentares para Angola.

Academia do Centro de Frutologia abre candidaturas para a 3ª edição


por Ana Rita Costa
28 de Janeiro - 2015

A Academia do Centro de Frutologia Compal já abriu as candidaturas para a sua terceira edição, que vão decorrer até ao próximo dia 10 de março. O objetivo da iniciativa é estimular a inovação na fruticultura nacional, levando os empreendedores do sector a ver o pomar e o negócio com outros olhos e os três melhores projetos finais recebem uma bolsa de instalação de 20 000 euros.
 
"Esta iniciativa é uma oportunidade para os empreendedores agrícolas se aproximarem das diversas realidades do setor em que atuam, dando-lhes uma perspetiva mais abrangente e integrada, aprofundando os seus conhecimentos sobre fruta e fruticultura, reforçando as suas competências de negócio e também a sua rede de relações", explica José Jordão, Presidente do Centro de Frutologia Compal.

Do total de candidaturas submetidas, 12 empreendedores serão escolhidos para participar na Academia. Entre módulos teóricos e sessões práticas no terreno, este ano traz algumas novidades ao programa da formação, que pretende responder às necessidades dos participantes, como a gestão agrícola, o associativismo, a tecnologia e a sustentabilidade. Numa edição que percorre o país de Norte a Sul, estão incluídas as seguintes frutas/regiões: Alperce, Ameixa, Ameixa Rainha-Cláudia, Cereja, Clementina, Diospiro, Laranja, Figo, Maçã, Melancia, Melão, Meloa, Marmelo, Pêssego e/ou Pera Rocha; nas regiões - Algarve, Alentejo, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Douro, Oeste e Ribatejo).

O júri da Academia é composto pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.

IVV: Certificado de Origem

IVV
No seguimento da Nota Informativa IVV nº 1/2015 a partir de 29 de janeiro a emissão de Certificados de Origem (CO) para produtos de origem vitivinícola são exclusivamente da competência do IVV e das entidades certificadoras do sector, nos moldes definidos no DL nº 190/2014.
As regras para os pedidos  e emissão podem ser consultadas em Manual de Procedimentos  - Emissão de Certificados de Origem
Alerta-se para a necessidade dos Pedidos serem submetidos com antecedência, para possibilitar eventuais controlos da mercadoria antes da expedição.
A submissão dos Pedidos é efetuada:
junto das entidades certificadoras (para as EC com aplicações próprias para a emissão de CO);
no SIvv (área Declarações): nos restantes casos.
De salientar que a submissão de Pedidos de Certificados de Origem de produtos engarrafados/embalados pressupõem validação prévia dos rótulos:
Para produtos com DO e IG: pelas respetivas entidades certificadoras
Para produtos sem DO e IG: pelo IVV.

Encerramento do Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014 em Portugal


DGADR

No dia 9 de janeiro de 2015, no Salão do Marquês do Ministério da Agricultura e do Mar, na Praça do Comércio, em Lisboa realizou-se a Sessão Oficial de Encerramento das Comemorações do AIAF 2014 em Portugal, presidida pela Srª. Ministra da Agricultura e do Mar, Professora Doutora Assunção Cristas.

A sessão foi presidida pela Srª. Ministra da Agricultura e do Mar, Professora Doutora Assunção Cristas, que na sua comunicação de abertura da sessão salientou a importância da agricultura familiar, que no nosso país é o modelo prevalecente, existindo "exemplos extraordinários de modernidade, de inovação, de sofisticação, de capacidade exportadora precisamente na agricultura familiar", devendo ser encarada como "motor de valorização do território" e "aprofundamento da riqueza e diversidade do país".

Na sua intervenção a Srª. Ministra adiantou ainda que o governo tem em preparação legislação para apoiar a constituição de mercados de proximidade, onde se poderá realizar a venda direta do produtor ao consumidor e que poderão constituir uma importante resposta à comercialização dos produtos da agricultura familiar.
Seguiu-se a intervenção do Diretor-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Eng.º Pedro Teixeira, em representação do Presidente da Comissão Executiva do AIAF 2014, que apresentou o balanço institucional das comemorações em Portugal.

Durante a sessão foram apresentadas as iniciativas consideradas mais significativas realizadas em Portugal. Assim:

Concurso para as Escolas Associadas da UNESCO, promovido pela Comissão Nacional da UNESCO Portugal em parceria com a DGADR, foi apresentado pela Dr.ª Rita Brasil de Brito, Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO;
Ciclo de Seminários Regionais promovidos pela Associação Portuguesa de Economia Agrária (APDEA) em parceria com um conjunto alargado de outras entidades, foi apresentado pela  Professora Doutora Leonor Silva Carvalho, presidente da APDEA;
Projeto de Apoio ao Programa de Desenvolvimento Agrícola e Rural em Angola (PAPDAR), desenvolvido por uma parceria entre o Instituto Superior de Agronomia/Centro de Estudos Tropicais para o Desenvolvimento e o Ministério da Agricultura de Angola, pelo Professor Doutor Raul Jorge, coordenador do PAPDAR;
Concurso de Escrita Criativa nos Estabelecimentos Prisionais de Portugal com o tema "Semear a Terra, cultivar a Cidadania", promovido pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, e apresentado pelo Dr. Rui Sá Gomes, Diretor-Geral;
Programa Anual de Atividades dedicado à promoção da Agricultura Familiar, promovido pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, pelo Dr. José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo;
Programa de Atividades dedicado à promoção da Agricultura Familiar na Região Autónoma dos Açores, apresentado pela Eng.ª Fátima Amorim Diretora Regional do Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores;
Atividades de Criação e Desenvolvimento dos Circuitos Curtos Agroalimentares promovidos pela ADREPES, apresentado pela Drª. Manuela Sampaio, coordenadora da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal.

Foram ainda entregues pela Srª. Ministra da Agricultura e do Mar, pelo Sr. Presidente da Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República, Dr. Vasco Cunha e pelo representante da FAO em Portugal, Dr. Hélder Muteia, os prémios do Concurso de Cartazes alusivos à Agricultura Familiar e promovido pela DGADR:

1º Prémio – Câmara Municipal de Viana do Castelo
Menção Honrosa – AGROBIO
Menção Honrosa – Câmara Municipal de Viseu.
A sessão foi encerrada pelo Dr. Hélder Muteia, representante da FAO em Portugal, que realçou o balanço muito positivo das comemorações em Portugal, por se terem integrado nos objetivos definidos pela FAO para as comemorações do AIAF e pela ampla e diversificada participação e envolvimento das entidades públicas e da sociedade civil.

Acordo entre UE e Coreia do Sul sobre certificação biológica

28-01-2015 
 

 
A Comissão Europeia e a República da Coreia anunciaram que, a partir de 01 de Fevereiro de 2015, os produtos biológicos processados e certificados na Europa ou na Coreia do Sul podem ser vendidos como biológicos nas duas zonas.

Antes deste acordo, era necessário um procedimento de certificação independente. Para o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, este acordo vai reduzir a burocracia, sobretudo para as pequenas e médias empresas e, por conseguinte, facilita a exportação para os produtores europeus.

Ao Eliminar o requisito de certificados distintos, diminuíram as taxas, as inspecções e outras formalidades. Na União Europeia existem 200 mil agricultores biológicos e dezenas de milhares de empresas deste sector, que geram um valor de 23 mil milhões de euros.

Fonte: Agrodigital

Conselho de Segurança Alimentar reunido após estudo sobre carne de vaca picada

 28-01-2015 
 

 
O Conselho de Segurança Alimentar vai reunir-se na próxima quinta-feira para analisar com as entidades competentes as conclusões do estudo da DecoProteste que apontou para a venda de carne de vaca picada em 26 talhos sem as devidas condições de higiene e de conservação e com a presença de aditivos perigosos, bem como de salmonela e listeria.

O Ministério da Agricultura confirmou ao Público que o conselho, criado após os casos de carne de cavalo encontrada em alguns produtos à venda em Portugal, em 2013, vai reunir-se no seguimento de um pedido apresentado pela Deco junto da Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar.

No encontro estará representada a associação de defesa do consumidor, bem como a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e as entidades ligadas à produção, distribuição, comercialização e fiscalização deste tipo de produtos alimentares. Para já, a tutela não avança com medidas possíveis para este caso ou comenta a posição da Deco, que defende a proibição da venda de carne já picada.

Esta terça-feira, a associação revelou que uma análise a amostras de carne de vaca picada vendida em 26 talhos da Grande Lisboa, de Setúbal e do Grande Porto concluiu que todos os estabelecimentos mantinham o produto sob temperaturas acima do previsto por lei e sem as devidas condições de higiene e de conservação.

Dos estabelecimentos, 23 adicionaram sulfitos à carne e 12, que já tinham sido alvo de uma investigação pela Deco em 2013, voltaram a revelar «más práticas» de conservação e comercialização de carne de vaca picada, principalmente a adição de sulfitos. A associação considera que a existência de repetentes em práticas negligentes revela que a fiscalização a estes estabelecimentos por parte das autoridades competentes, neste caso a ASAE, «falha».

Numa nota enviada ao Público, a ASAE questiona a clareza e cientificidade da metodologia usada pela Deco para a realização do estudo, considerando ainda que a amostra reunida, carne de vaca picada de 26 talhos, foi «claramente insuficiente tendo em conta o universo em causa, condicionando as conclusões divulgadas».

Na questão dos sulfitos, substâncias que evitam o desenvolvimento de microrganismos e ajudam a manter a cor original dos alimentos, a autoridade explica que se trata de «aditivos alimentares aprovados como conservantes que podem ser utilizados em variadíssimos géneros alimentícios». Neste caso particular, a ASAE sublinha a necessidade de confirmar se amostras recolhidas pela Deco foram «efectivamente amostras de carne picada» ou se foram colhidas amostras de preparados de carne mas que estariam a ser vendidos como carne picada.

Se a Deco concluiu que 23 dos 26 talhos usavam sulfitos na carne de vaca picada, dez deles localizados na região da Grande Lisboa e Setúbal, a ASAE indica que, em 2014, na região da Grande Lisboa recolheu 42 amostras de carne, «não tendo sido detectado qualquer resultado não conforme».

A autoridade refere ainda que no ano passado realizou acções de fiscalização a 676 estabelecimentos de comércio a retalho de carne e produtos à base de carne e que instaurou 21 processos-crime e 152 processos de contra-ordenação. As principais infracções encontradas foram ao nível de higiene e de rotulagem dos produtos. Dos cerca de 660 mil euros apreendidos em carne, a ASAE indica que apenas 325 euros se referiam a carne picada, perto de 70 quilos.

A Deco avança que nas amostras recolhidas foram encontrados «muitos problemas microbiológicos». No total, quase metade das amostras continha listeria monocytogenes e, no Grande Porto, 30 por cento salmonela, ambas «bactérias potencialmente patogénicas», como sublinha a associação.

Mário Durval, presidente da assembleia geral da Associação de Médicos de Saúde Pública, admite a perigosidade destas bactérias nos alimentos e condena a desnecessária adição de sulfitos mas alerta contra alarmismos. O médico afirma ao Público que qualquer microorganismo deste género é «indesejável seja qual fora a sua quantidade» mas que é necessário «analisar a quantidade em função de quem a ingere, se tem mais ou menos resistência, se é alérgico, se tem mais anticorpos para alguns desses microorganismos». 

Mário Durval realça que pode haver negligência por parte de quem produz, distribui e comercializa um produto alimentar mas que cabe também a quem o consome tomar medidas para reduzir ao máximo a possibilidade da existência de microorganismos nocivos. E isso passa por cozinhar bem os alimentos.

Fonte: Público