sábado, 24 de agosto de 2013

Incêndio em Góis queimou mais de 1200 hectares

LUSA

24/08/2013 - 15:21

Chamas causaram prejuízos a 55 das 60 famílias residentes nas zonas
mais afectadas, segundo a autarquia.

Incêndio foi um dos piores dos últimos 25 anos ADRIANO MIRANDA/ARQUIVO


O incêndio que lavrou na terça e na quarta-feira no concelho de Góis
(Coimbra), consumindo uma área superior a 1200 hectares, causou
prejuízos a 55 das 60 famílias residentes nas aldeias mais afectadas,
disse à Lusa a presidente da câmara, Lurdes Castanheira.

Segundo a autarca, foram destruídas 14 instalações agrícolas, dois
automóveis ficaram queimados, arderam 265 colmeias, bem como vários
sistemas de rega e materiais de construção. As chamas destruíram
também quatro casas de habitação secundária, sendo que uma delas se
destinava a turismo rural.

No levantamento efectuado pelos serviços camarários, estão
contabilizados 1108 hectares de mato, pinhal e eucaliptal queimados,
mais 24 hectares de produções agrícolas e 144 hectares de terrenos não
cultivados.

Além disso, acrescentou a autarca, há a contabilizar 20 sinais de
identificação de localidade e de trânsito destruídos, bem como tubagem
da rede pública de abastecimento de água.

O levantamento das perdas causadas pelo fogo começou na quarta-feira
em três das aldeias mais fustigadas - Roda Cimeira, Roda Fundeira e
Relva da Mó - e terminou na sexta-feira ao final da tarde.

"É um mar de cinzas e a população idosa está com vontade de não ficar
nas aldeias, pelo que a autarquia vai ter de intervir de forma
diferente para conseguir convencer e criar melhores condições para que
as pessoas não saiam", salientou Lurdes Castanheira.

A presidente do município de Góis não excluiu a hipótese de a câmara
criar uma equipa de apoio para os mais idosos e avançar com uma nova
área de cultivo agrícola.

De acordo com a autarca, este é um dos maiores incêndios que
fustigaram o concelho nos últimos 25 anos, só comparado com o de 1995,
no qual se registaram casas de habitação destruídas, tendo sido
necessário realojar pessoas.

No município ainda estão 29 soldados do Exército em missões de
patrulhamento, embora 22 elementos do contingente só permaneçam até ao
final deste fim-de-semana, enquanto os restantes sete vão manter-se
até ao dia 30.

http://www.publico.pt/local/noticia/incendio-em-gois-queimou-mais-de-1200-hectares-1603887

Em 24 horas chamas já consumiram mais hectares do que em 2012

O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, disse à agência Lusa
que, nestas pouco mais de 24 horas, já arderam mais hectares do que em
todo o ano passado

Quatro meios aéreos e 143 bombeiros combatem hoje dois incêndios no
concelho de Chaves onde, desde sexta-feira, já arderam mais hectares
do que em todo o ano passado, disse fonte da autarquia.

No concelho do Alto Tâmega estão ativos dois fogos, Santo António de
Monforte e Calvão, os quais deflagraram respetivamente às 20:58 e às
22:25 de sexta-feira.

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC), para o combate às chamas estão mobilizados dois aviões e
dois helicópteros, 143 efetivos e 41 viaturas.

No entanto, durante o dia de sexta-feira, outros fogos atingiram este concelho.

O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, disse à agência Lusa
que, nestas pouco mais de 24 horas, já arderam mais hectares do que em
todo o ano passado.

"Já ardeu uma grande extensão. Só a área ardida nestes incêndios é
maior do que a que ardeu no ano passado, durante todo o ano", frisou.

João Batista disse ainda que considera que terá de ser investigado o
"número de ocorrências que deflagraram quase ao mesmo tempo, a hora e
o espaço temporal em que ocorreram".

No início dos fogos havia, segundo o presidente, poucos meios
disponíveis, devido ao elevado número de incêndios que se registaram
um pouco por todo o distrito de Vila Real.

O autarca referiu que os esforços foram concentrados junto às aldeias
de Soutelo, Sanjurge, Valdanta e Aboboleira, onde as chamas "colocaram
bastantes habitações em perigo".

"Quem evitou que houvesse qualquer tipo de prejuízo nas habitações foi
claramente a população, que se mobilizou e esteve a pé a noite toda",
salientou.

O vento foi "claramente", segundo o autarca, a maior dificuldade que
se teve de enfrentar no combate às chamas.

Os fogos queimaram alguns quintais e jardins, anexos e uma casa
florestal que estava inativa.

A Autoestrada 24 (A24) chegou a estar cortada durante algumas horas e,
num outro incêndio, em Casas Novas, foram os militares da GNR que
pegaram em giestas e travaram a progressão das chamas na Estrada
Nacional 103 (EN103).

Os meios no terreno foram reforçados durante a madrugada. João Batista
disse que a Proteção Civil Municipal enviou também esta manhã para o
terreno máquinas pesadas, para ajudar a travar as chamas.

O autarca espera que, com os meios agora presentes no terreno, seja
"possível controlar o fogo".

Depois, quando a situação acalmar, a Proteção Civil fará o
levantamento dos prejuízos.

No distrito de Vila Real, segundo a ANPC, há ainda um outro incêndio
ativo desde as 16:00 de sexta-feira, em Torneiros/Beça, concelho de
Boticas, que mobiliza 100 efetivos, 30 veículos e dois meios aéreos.

O grande incêndio que afetou o distrito na sexta-feira, o de
Soutelinho do Mezio que começou em Vila Pouca de Aguiar e se alastrou
ao concelho de Vila Real, queimando alguns anexos, palheiros e até
animais, foi dominado cerca das 04:00.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/24-horas-chamas-ja-consumiram-mais-hectares-2012

Homem morre na Covilhã em despiste de máquina agrícolaa

Publicado às 11.58


Um homem morreu na manhã deste sábado na Covilhã vítima de um despiste
com uma máquina agrícola, informou fonte do Comando Distrital de
Operações de Socorro de Castelo Branco.

O acidente ocorreu cerca das 9.30 horas, tendo o óbito sido declarado
no local por uma equipa do INEM, adiantou a mesma fonte.

No local estiveram ainda os Bombeiros Voluntários da Covilhã com oito
elementos e duas viaturas.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Castelo%20Branco&Concelho=Covilh%E3&Option=Interior&content_id=3385653

Mais de 700 bombeiros combatem cinco incêndios

Última actualização há 15 mins,

Publicado hoje às 10:03

O incêndio na Serra do Caramulo, que começou na quarta-feira, mantém o
maior número de operacionais. O fogo na Serra da Estrela foi dado como
dominado pelas 15:30.

De acordo com a informação disponibilizada na página da Autoridade
Nacional de Proteção Civil (ANPC), às 16:00 eram cinco os incêndios
mais significativos ativos no território continental, concentrados nos
distritos de Viseu, Vila Real e Viana do Castelo.

Para além destes cinco incêndios, surge a informação relativa a mais
dois que foram dados como dominados pelas 15:30.

Um deles é um incêndio na Serra da Estrela, concelho da Covilhã,
distrito de Castelo Branco. Continuam no terreno 260 operacionais,
apoiados por 69 viaturas, dois helicópteros e três aviões
bombardeiros. O outro incêndio dominado é em Penedos Letras/Oliveira,
no distrito de Braga.

Quanto aos cinco incêndios ainda ativos, o que concentra mais meios é
o fogo que deflagrou na quarta-feira na Serra do Caramulo, em Viseu, e
que provocou a morte de uma bombeira. O incêndio, que na manhã de
sexta-feira chegou a ser dado como dominado, está hoje a ser combatido
por mais de 300 operacionais apoiados por 84 veículos e dois
helicópteros.

Há ainda três incêndios no distrito de Vila Real. Em Torneiros/Beça,
no concelho de Boticas, um incêndio em floresta é combatido por 90
bombeiros apoiados por 28 veículos e dois helicópteros.

No concelho de Chaves, um incêndio lavra em Santo António de Monforte,
desde as 20:58 de sexta-feira. O incêndio tem duas frentes ativas e
está a ser combatido por 55 bombeiros, apoiados por 15 veículos. No
mesmo concelho, um incêndio em mato em Calvão tem no terreno 59
bombeiros, 31 viaturas e dois aviões bombardeiros.

No distrito de Viana do Castelo, em Ponte de Ervideira/Padroso, um
incêndio em floresta que começou esta manhã está a ser combatido por
43 operacionais, apoiados por nove viaruras e um helicóptero.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3385612&page=-1

Estrela e Caramulo a arder

Os incêndios nas serras da Estrela e do Caramulo são neste momento os
mais significativos, mobilizando 520 operacionais.
Liliana Coelho
12:42 Sábado, 24 de agosto de 2013 Última atualização há 2 minutos
Paulo Cunha/Lusa Na Covilhã estão 223 bombeiros no combate às chamas


O fogo na Serra do Caramulo, que foi dado como dominado na manhã de
sexta-feira, está agora descontrolado, concentrando nesta altura mais
meios. No local estão 297 bombeiros, 81 veículos e um helicóptero
bombardeiro.

Outro fogo de grandes proporções situa-se na Covilhã, no distrito de
Castelo Branco, que lavra desde as 4h51 de sexta-feira, mobilizando
223 bombeiros, 64 veículos e oito meios aéreos no combate às chamas.

"Entre as cinco e as sete da manhã o Parque de Campismo e o Hotel
Varanda dos Carquejais tiveram que ser evacuados, devido à proximidade
do fogo", disse ao Expresso fonte da GNR da Covilhã.

A estrada que liga a Covilhã à Serra da Estrela também teve que ser
cortada, segundo a mesma fonte.

Em Vila Real concentram-se também três grandes fogos: em Santo
António/Monforte, Torneiros/Beça e Calvão, onde estão destacados mais
de 190 bombeiros.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), já
deflagraram hoje 93 fogos. Na sexta-feira, registaram-se 244
incêndios, que mobilizaram 5297 bombeiros e 1423 veículos
operacionais.


http://expresso.sapo.pt/estrela-e-caramulo-a-arder=f827248

Dois aviões franceses ajudam a combater o incêndio em Vila Real

23-08-2013 18:47 | País
Fonte: Agência Lusa

Vila Real, 23 ago (Lusa) -- Dois aviões canadair franceses foram
acionados para o combate ao incêndio de Soutelinho do Mezio, que
começou em Vila Pouca de Aguiar e se alastrou a Vila Real, onde
arderam alguns palheiros e ovelhas.

O fogo em Vila Pouca de Aguiar, que deflagrou às 07:39 de
quinta-feira, é o que concentra as maiores atenções no distrito de
Vila Real.

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC), no combate às chamas estão mobilizados 152 operacionais
e 35 viaturas, um helicóptero e, agora, os dois aviões canadair
franceses.

Foi ainda acionado o grupo de reforço para combate a incêndios da Guarda.

Este fogo lavra em três frentes, rondando as aldeias da Samardã,
Vilarinho da Samardã, Gralheira e Águas Santas, localidade onde as
chamas atingiram alguns palheiros e mataram algumas ovelhas.

No distrito de Vila Real há ainda incêndios ativos em Outeiro Seco,
Chaves, onde, segundo o presidente da Câmara, João Batista, as chamas
estiveram muito perto das habitações, tendo, inclusive, chegado a
alguns quintais e jardins.

Para este teatro de operações, foram mobilizados 35 operacionais, a
maior parte dos quais sapadores florestais, que contam com o apoio de
14 viaturas.

Está ainda ativo um fogo em Rio Torto, Valpaços, que lavra em duas
frentes e está a ser combatido por 11 bombeiros e três viaturas.

Em Vale Egua/Jou, concelho de Murça, verificou-se uma reativação do
incêndio que foi dado como dominado às 06:50 desta manhã.

No combate a este incêndio, que deflagrou às 12:11 de quarta-feira,
estão 24 bombeiros, que contam com o apoio de seis viaturas.

Há ainda um outro fogo em Boticas, que arde desde às 16:00, que
mobiliza 18 operacionais, dois veículos e um helicóptero.

PLI // MSP

Lusa/Fim

http://portocanal.sapo.pt/noticia/6158/

Governo regional tem de agir depressa para evitar calamidade na agricultura

23 AGOSTO, 2013

O PSD/Açores solicitou ao governo regional que "regularize o mais
depressa possível todos os apoios que se encontram em atraso ao
agricultores regionais, como o Safiagri e outros prometidos aquando
das calamidades do ano passado" como forma de contribuir "para
minimizar os fortes prejuízos que se estão a verificar no sector
agrícola, em especial devido à situação das fortes chuvadas no
inverno, seguindo-se a seca que se verifica".

(C) Direitos de autor

Em declarações à comunicação social, o deputado social democrata
açoriano Renato Cordeiro lamentou que "o governo regional continue a
fingir que não há apoios em atraso para pagar aos agricultores da
Região e a atuar como se esses atrasos não estivessem a prejudicar
fortemente a atividade agrícola".

Para Renato Cordeiro, "além de ser urgente concretizar esses
pagamentos, é também urgente que se criem condições para ultrapassar
os graves problemas que estão a ser provocados pela seca".

De facto, referiu, "o anúncio de que iriam ser antecipadas algumas
verbas, pode resolver algumas dificuldades, mas não serve na
totalidade , pois também não existe à venda alimento forrageiro
disponível na região".

De acordo com o deputado social democrata, "é de grande importância
que o governo regional atue, por exemplo, apoiando a aquisição de
alimentação para os animais ou até mesmo no transporte deste".

Renato Cordeiro recordou que o PSD/Açores "ainda recentemente alertou
o governo para muitos problemas que já se estavam a verificar.
Infelizmente, o governo ignorou esses alertas. Se tivesse agido na
altura, agora não se estariam a verificar todos estes problemas".

Autor/Fonte:

http://www.radioatlantida.net/governo-regional-tem-de-agir-depressa-para-evitar-calamidade-na-agricultura

1ª Feira da Dieta Mediterrânica marcada para Tavira em setembro

POR SUL INFORMAÇÃO ⋅ 24 DE AGOSTO DE 2013 ⋅ 09:10 ⋅ COMENTAR
TEMAS DIETA MEDITERRÂNICA, GASTRONOMIA, TAVIRA, TURISMO GASTRONÓMICO


Degustações e provas cegas de vinhos, azeites, pão e mel, aulas de
culinária mediterrânica, mercado de produtores, visitas guiadas,
oficinas de empreita, olaria, hortas de interior e plantas aromáticas
e condimentares, passeios pedestres e na Ria Formosa, música.

Estes são alguns dos ingredientes da primeira edição da Feira da Dieta
Mediterrânica, que vai decorrer em Tavira nos dias 6, 7 e 8 de
setembro.

A feira é promovida no âmbito da Candidatura Transnacional da Dieta
Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO,
de que Tavira é a representante portuguesa.

O certame contará com a presença de produtores agrícolas e gentes das
pescas, atividades gastronómicas, provas de produtos, música, desfile
equestre, estilos de vida saudáveis, seminários, exposições, passeios,
entre muitos outros motivos de interesse.

Em termos de música, as escolhas não poderiam ser mais apropriadas:
Celina da Piedade, Custódio Castelo e Marenostrum.

A Associação In Loco estará representada através do projeto Cordão
Verde, em conjunto com a Associação Terras do Baixo Guadiana e o Plano
Lara.

A apresentação do certame está marcada para dia 29 de agosto, às 18
horas, no Castelo de Tavira, e vai contar com os presidentes da Câmara
Municipal de Tavira, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Algarve, da Região de Turismo do Algarve, da Associação In
Loco, bem como com o diretor regional de Agricultura do Algarve e o
diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo
António.

http://www.sulinformacao.pt/2013/08/1%C2%AA-feira-da-dieta-mediterranica-marcada-para-tavira-em-setembro/

Agrival espera 120 mil visitantes e sete milhões de faturação

Publicado em 2013-08-22


A 34ª edição da Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival), em
Penafiel, poderá gerar um volume de negócios de cerca de sete milhões
de euros. A organização espera a visita de cerca de 120 mil pessoas.


foto LISA SOARES / GLOBAL IMAGENS
Adolfo Amílcar


Segundo Adolfo Amílcar, vereador na Câmara de Penafiel, estão reunidas
as condições para que, a partir de sexta-feira, dia de abertura, os
350 expositores do evento possam alcançar aquele resultado de
faturação, beneficiando da visita de cerca de 120 mil pessoas, ao
longo de 10 dias.

Há momentos em que, adiantou, no recinto da Agrival chegam a estar
cerca de 30 mil visitantes.

Para o vereador, é "muito bom" observar que a feira tem funcionado,
nos últimos anos, "em contraciclo" com a evolução da economia.

"Na Agrival não temos notado a crise", acentuou, acrescentando, em
declarações à Lusa:

"A nossa preocupação central é organizar um evento que atraia muita
gente, porque só assim é que os nossos expositores poderão vender os
seus produtos, ficar satisfeitos e voltar".

O autarca adiantou que vai manter-se o modelo habitual da feira, com
"um cartaz de espetáculos atrativo" e com a exposição e venda de
produtos ligados ao setor agrícola, destacando-se a maquinaria, o gado
e "especialidades do mundo rural da região", como o melão casca de
carvalho e a cebola.

"A matriz agrícola deste certame mantém-se como aposta renovada, ano
após ano", salientou Adolfo Amílcar, para quem a presença de muitos
jovens da região, ligados à lavoura, justifica a atenção da
organização.

No entanto, como observou, "a Agrival vai muito para além do setor
agrícola", constituindo um "enorme centro de negócios" da região do
Vale do Sousa e Baixo Tâmega.

"Há expositores que fazem na Agrival contactos suficientes para
trabalharem todo o ano", assinalou.

Nos cerca de 2500 metros de área do parque de exposições de Penafiel,
encontram-se pontos de venda de outros produtos ligados ao comércio, à
indústria, aos serviços e ao artesanato, refletindo o dinamismo do
tecido económico e cultural do território.

O caráter multissetorial que a feira foi assumindo ao longo dos anos é
muito apreciado pelos visitantes, que chegam, segundo Adolfo Amílcar,
de vários pontos do país.

Ao longo das mais de três dezenas de edições, o certame foi ganhando
outros pontos de atração, destacando-se a mostra de gastronomia, que
este ano cumpre a 12ª edição.

Os dez restaurantes presentes (alguns são novidade), representando
várias regiões, de norte a sul do país, costumam faturar cerca de
700.000 euros, servindo dezenas de milhares de refeições.

A zona dos bares, que está aberta até às 3.30 da madrugada, criada há
algumas edições, é outro ponto da Agrival que atrai muita gente,
sobretudo jovens.

Adolfo Amílcar assinala, por outro lado, que nos 10 dias da Agrival, a
cidade de Penafiel "transforma-se, enche-se de animação, os
restaurantes servem mais refeições e a hotelaria do concelho esgota a
sua capacidade" - cerca de 600 camas.

"É toda a economia de Penafiel que beneficia com a dinâmica gerada em
torno da Agrival", salientou.

A 34ª edição da Agrival é inaugurada na sexta-feira pelo ministro da
Economia, António Pires de Lima.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Penafiel&Option=Interior&content_id=3382973&page=-1

Vinho com melhor primeiro semestre

Exportações



As exportações de vinho aumentaram 2,6% em valor nos primeiros seis
meses do ano face ao período homólogo de 2012, tendo alcançado o
melhor primeiro semestre desde 2010, revelou hoje o Instituto da Vinha
e do Vinho.



23 de Agosto, 19h56


Em comunicado, o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) referiu que as
exportações aumentaram 7,7% em preço médio no primeiro semestre de
2013, "apesar de um ligeiro decréscimo em volume", que não é
quantificado pelo documento.

"Os indicadores são positivos, pois o primeiro semestre foi o melhor
desde 2010, e se o segundo semestre tiver o desempenho que temos
observado nos últimos três anos (57% do valor das exportações ocorreu
no segundo semestre), podemos ultrapassar este ano os 720 milhões
euros", disse, no mesmo comunicado, o presidente do IVV, Frederico
Falcão.

O mercado europeu continua a ser o principal destino das exportações
de vinho português, com 57% do total, enquanto Angola, Estados Unidos,
Canadá e Brasil figuram "no grupo dos 10 principais mercados".

Em termos europeus, o IVV realçou o comportamento da Polónia, que foi
o mercado com maior crescimento em volume e valor, e de Espanha,
enquanto o mercado chinês cresceu 40% em termos de preço média de
venda.

As exportações de vinho atingiram 704,8 milhões de euros em 2012, um
acréscimo de 7,1% face aos números de 2011 e a primeira vez que foi
ultrapassado o nível dos 700 milhões.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/vinho-com-melhor-primeiro-semestre

PCP questiona políticas de prevenção de incêndios e pede acesso a investigações

O PCP anunciou hoje que vai enviar um requerimento ao parlamento a
questionar as políticas de prevenção de fogos e a pedir para ter
acesso aos relatórios de investigação, defendendo a resolução da
"questão-chave" do ordenamento florestal.

"O grupo parlamentar do PCP vai apresentar um requerimento para
questionar e contribuir para que sejam tomadas as medidas, quer de
prevenção quer as outras, que permitam evitar no futuro estas
situações [os frequentes fogos florestais], afirmou hoje Francisco
Pereira, membro do Comité Central do PCP, em declarações à agência
Lusa.

Num comunicado hoje divulgado, os comunistas defendem ser "necessário
e urgente que sejam conhecidos os relatórios das investigações dos
incêndios" e "que sejam divulgados, como medida pedagógica, os
relatórios da investigação dos acidentes com viaturas de bombeiros
que se dirigiam, regressavam ou estavam nos incêndios".

Para Francisco Pereira, "é necessário investir-se muito mais na
prevenção do que se tem feito".

"Consideramos que é mesmo necessário inverter a lógica que tem
presidido às políticas em relação a este aspeto. Em vez de se
investir na prevenção, tem-se centrado tudo no combate aos fogos",
afirmou.

O dirigente comunista sublinhou ainda que "o ordenamento florestal é
uma questão-chave, que há anos que anda a patinar e que é
absolutamente necessário resolver" e deu exemplos.

"O abandono da agricultura, do interior do país, a necessidade de
limpeza da floresta e das matas, a existência de terrenos agrícolas
que sirvam de tampão aos fogos, o tratamento dos caminhos rurais
(abertura de novos e manutenção dos existentes) e o tratamento dos
inertes combustíveis, que nestas situações acabam por ser
dramaticamente preocupantes" são algumas das matérias a tratar.

O membro do Comité Central do PCP lembrou ainda que "foram reduzidos
os postos de vigia, em 2012", e que "acabaram com os sapadores
florestais" e pediu que "se avalie se o tempo e o tipo de formação são
os necessários para tão exigente e arriscada missão".

É imprescindível que o Governo "assegure que a todos os homens e
mulheres que vão combater os fogos será disponibilizado o seu
equipamento de proteção individual" e que sejam tomadas medidas de
apoio às populações afetadas, "para colmatar os prejuízos materiais".

Lusa

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/08/23/pcp-questiona-politicas-de-prevencao-de-incendios-e-pede-acesso-a-investigacoes

'Falta de política florestal' é grande responsável de fogos

23 de Agosto, 2013
O presidente da Escola Nacional de Bombeiros afirmou hoje que a
"ausência de uma política florestal" é a grande responsável pelos
fogos que lavram em Portugal, garantindo que todos os bombeiros
recebem formação para combaterem incêndios florestais.

"A grande responsabilidade de toda esta situação é a ausência de uma
política florestal e o abandono da floresta portuguesa", afirmou hoje
José Ferreira, em declarações à agência Lusa.

Só na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)
registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4.047 operacionais,
com o auxílio de 1.085 veículos.

O presidente da Escola Nacional de Bombeiros recordou que, "aqui há
uns anos, nos grandes incêndios de 2003, se dizia que esses grandes
incêndios poderiam constituir uma boa oportunidade para o país para
fazer uma política florestal".

No entanto, referiu, "passaram dez anos e tudo continua igual".

Na quinta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
considerou que os incêndios que lavram no país desde domingo, são, em
parte, uma inevitabilidade.

"É, em parte, uma inevitabilidade, dado o estado de abandono em que
está uma grande parte da floresta portuguesa", defendeu o governante.

José Ferreira defendeu que "não se pode continuar a insistir na
questão dos bombeiros [eventual falta de formação para combaterem
fogos florestais]", considerando que o que é necessário é "inverter o
rumo para uma situação de prevenção, alteração da política florestal
deste país".

De acordo com o presidente da Escola Nacional de Bombeiros, qualquer
"bombeiro (profissional ou voluntário) tem obrigatoriedade de, ao
longo da sua carreira - quando ingressa como bombeiro de 3.ª, quando
sobe a bombeiro de 1.ª ou quando sobe ao posto de chefe - fazer
formação na área de combate a incêndios florestais".

José Ferreira sublinhou que, durante o período de Maio/Junho, a Escola
organizou pela primeira vez "um curso especial para quadros de
comando, para os incêndios de maior dimensão, um curso intensíssimo
durante uma semana, com treino no terreno e com simulações de treino
nocturno".

Desde o início do ano, 3 bombeiros morreram e 34 ficaram feridos no
combate a incêndios.

O caso mais recente ocorreu na quinta-feira, na Serra do Caramulo,
distrito de Viseu, onde uma bombeira morreu e outros seis ficaram
feridos, estando um deles internado no Hospital de São João, no Porto,
com "prognóstico muito reservado".

O fogo na Serra do Caramulo deflagrou na quarta-feira e foi hoje dado
como dominado, às 08:32, depois de mais de 60 horas de combate.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=82974

Estado "eficiente e menos custoso" é objectivo no novo ciclo governo

António Pires de Lima disse confiar que, "na segunda fase deste ciclo
de governação, seja possível avançar bastante para facilitar a vida
dos empresários, para fazer do Estado uma máquina mais eficiente e
menos custosa"

O ministro da Economia definiu hoje como objetivo do novo ciclo de
governo a criação de um Estado "mais eficiente e menos custoso" para
facilitar a atividade de empresas e trabalhadores, responsáveis pelo
recente crescimento económico.

Em Penafiel, onde hoje presidiu à abertura da 34ª edição da Feira
Agrícola (Agrival), António Pires de Lima insistiu que os últimos
indicadores, em relação à atividade económica do segundo trimestre,
"apontam, pela primeira vez em 10 trimestres, para uma recuperação
económica em cadeia".

"Portugal foi o país que mais cresceu na União Europeia. (...) Os
resultados que começámos a observar na economia, que precisam de ser
consolidados nos próximos trimestres, são das empresas e
trabalhadores, do mundo que vive para além do Estado, que insiste em
arriscar e criar riqueza", adiantou.

António Pires de Lima disse confiar que, "na segunda fase deste ciclo
de governação, seja possível avançar bastante para facilitar a vida
dos empresários, para fazer do Estado uma máquina mais eficiente e
menos custosa".

A 34ª edição da Agrival realiza-se até 01 de setembro, no pavilhão de
exposições de Penafiel, esperando-se a visita de 120.000 pessoas.

Cerca de 300 expositores, de diferentes setores de atividade,
distribuídos por 25.000 metros quadrados, apresentam, durante 10 dias,
os seus produtos e serviços.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/estado-eficiente-menos-custoso-objectivo-no-novo-ciclo-governo

Projeto “Horta à Porta” no Município de Gondomar

Publicado por Gerson Ingrês
Agosto 23, 2013


GONDOMAR – A Câmara Municipal de Gondomar, por intermédio do Pelouro
do Ambiente, está a dinamizar o projeto "Horta à Porta" – no qual se
disponibilizam, a particulares interessados em praticar a agricultura
biológica e a compostagem, parcelas de terreno públicas com áreas a
rondar os 25 metros quadrados.

Foram já atribuídos 68 talhões nas duas "Hortas à Porta" existentes no
concelho de Gondomar. Mas, em função da elevada procura, a Câmara de
Gondomar prevê alargar as hortas disponibilizadas.

A Câmara Municipal de Gondomar, por intermédio do Pelouro do Ambiente,
está a dinamizar o projeto "Horta à Porta" – no qual se
disponibilizam, a particulares interessados em praticar a agricultura
biológica e a compostagem, parcelas de terreno públicas.

O projeto "Horta à Porta", desenvolvido pela Lipor e municípios
associados, surgiu já em 2003 devido à necessidade de articular a
disponibilidade de várias entidades numa rede, que viabilizasse uma
estratégia para a Região do Grande Porto no domínio da compostagem
caseira, na criação de hortas e na promoção da agricultura biológica.

Este projeto assume uma cada vez maior importância para os cidadãos –
pois a atividade agrícola, materializada na forma de hortas
comunitárias, tem um enorme potencial sociocultural e contribui para a
qualidade de vida das populações (ao apoiar as famílias na sua
subsistência e na ocupação de tempos livres, ou mesmo como ocupação
tempo inteiro em caso de desemprego).

Em termos ambientais, as hortas biológicas, isentas de pesticidas,
reduzem os custos de gestão dos terrenos camarários, promovem a
redução dos resíduos urbanos e permitem aos usufrutuários o contacto
com a Natureza e implementação de hábitos de vida saudáveis e
ambientais.

O projeto "Horta à Porta" é totalmente gratuito para o cidadão.
Disponibilizam-se, a particulares interessados em praticar a
agricultura biológica e a compostagem, parcelas de terreno públicas
com áreas médias de 25 metros quadrados, vedadas e com água para rega.
Ao receberem o talhão de terreno, os futuros agricultores recebem
também formação básica em agricultura biológica. Este projeto resulta
de uma parceria entre a Câmara Municipal de Gondomar e a Lipor,
estando assim as hortas do concelho englobadas no projeto "Horta à
Porta" da Região do Porto.

Joaquim Castro Neves, Vereador do Pelouro do Ambiente da Câmara
Municipal de Gondomar, destaca a importância deste projeto por duas
razões essenciais: "Além de ser ambientalmente sustentável e saudável
em termos de qualidade dos produtos, aquilo que se cria para consumir
também pode ajudar a reduzir as despesas normais na aquisição de
alguns bens alimentares", destacou.

No total, o Pelouro do Ambiente da Câmara de Gondomar já entregou de
68 talhões de terreno. "E, em função da elevada procura e da resposta
que estamos a ter por parte dos munícipes, estamos já a ponderar o
alargamento deste projeto", referiu Joaquim Castro Neves. O Vereador
da Câmara de Gondomar acrescenta que "já existem outros terrenos,
noutras freguesias do concelho, a serem analisados para alargar o
projeto".

O projeto "Horta à Porta", no Município de Gondomar, presentemente
está a ser desenvolvido em dois locais (Quinta do Passal e Teixeira
Lopes, ambos em Valbom). Pode candidatar-se ao projeto qualquer
cidadão, residente no concelho de Gondomar, que pretenda ter uma horta
biológica para produção de bens para consumo próprio.

http://local.pt/projeto-horta-a-porta-no-municipio-de-gondomar/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Nuno Sequeira. "Não há peso político para defender o ambiente"

Líder da Quercus alertou para os riscos do eucalipto como combustível
para as florestas e criticou as "boas intenções" esquecidas do governo

A tarde vai a metade e o calor é muito. Tanto que até serve como
desculpa para arrancar a conversa com Nuno Sequeira com o tema
incêndios. Ou melhor, nas florestas, cada vez mais invadidas pelo
"inflamável" eucalipto e carentes de "medidas de fiscalização e
prevenção" contra fogos. O presidente da Quercus (Associação Nacional
para a Protecção da Natureza), eleito em Março de 2011 e reeleito no
mesmo mês deste ano, considera que os portugueses podiam fazer mais
pelo ambiente, tocando na crise para dizer que "não serve de desculpa
para tudo". Nem para a "má prática" do governo de ignorar as
associações ambientais.

A Quercus enviou uma queixa à Procuradoria-Geral da República a
denunciar a ausência de medidas de prevenção e fiscalização. Afinal,
de quem é a culpa?

Há realmente esse problema, mais ao nível de actuação imediata que
deve existir nos meses de Verão. Tem que ver com acções preventivas,
como o controlo do material combustível ou de identificação dos locais
de risco, e também de mobilização dos meios para que estas situações
não aconteçam. E há um problema grande a montante, relacionado com o
nosso ordenamento florestal, sendo um que não se resolve de uma
estação para a outra. Está sobretudo ligado à alteração das nossas
espécies florestais.

Onde o eucalipto se está a alastrar?

É a espécie florestal dominante. É uma espécie exótica, que não é
característica da nossa região. O problema não é só a sua presença,
mas também o facto de existir em áreas tão extensas [ocupa actualmente
cerca de 26% do espaço florestal, segundo o ICNF]. O eucalipto é
altamente inflamável, ao contrário das espécies tradicionais como o
sobreiro, a azinheira e o carvalho, muito menos susceptíveis ao fogo.
O problema é também paisagístico. Antes tínhamos um padrão de mosaico,
com zonas florestais intercaladas com áreas agrícolas. Hoje temos
grandes florestas de monoculturas intensivas.

É portanto mais difícil controlar um fogo?

Hoje os incêndios são de muito difícil controlo, pois acabam por se
propagar por áreas muito extensas, chegando muitas vezes até zonas
urbanas onde provocam danos e vítimas mortais.

O novo regime de arborização aprovado pelo governo vai agravar este problema?

Foi uma das questões para a qual chamámos a atenção. Houve alguma
evolução, para melhor, da proposta inicial, mas ainda assim
insuficiente. Numa área com 50 hectares partilhada por dez
proprietários, por exemplo, cada um pode fazer a sua mancha de cinco
hectares sem ter que possuir uma licença. É inadmissível. Nesta altura
de crise vai acabar por virar as pessoas para o eucalipto, uma espécie
que tem mais efeitos no imediato.

Quanto maior for a área de eucalipto, maior a probabilidade de
ocorrerem incêndios?

Não tenho dúvidas. Não estamos a por em causa o sector do eucalipto,
que no fundo são as celuloses. Só dizemos que já existe o suficiente e
não se deve aumentar a sua área. As consequências não são só os
incêndios, mas também problemas na gestão dos recursos hídricos, na
erosão dos solos e na perda da biodiversidade. Os governos anteriores
perceberam este problema e contiveram-no. Mas o actual executivo
acabou por ser permeável às pressões da indústria, que pretende fechar
a importação e produzir mais madeira cá. Está a contrariar tudo o que
são ideias de ordenamento florestal.

E o papel dos municípios no meio de tudo isto?

Deviam ter uma palavra a dizer no tipo de culturas instaladas, pois
conhecem melhor as suas zonas do que a entidade que gere a área
florestal. Sabemos que existe algum descontentamento em muitos
municípios por acharem que não deveria ser possível instalar mais
áreas de eucalipto. Mas com este novo regime, esta competência é
esvaziada e acabam por não poder influenciar o processo de decisão.

A Liga de Bombeiros, porém, defendeu que a responsabilidade vem de cima.

O problema é que vivemos numa teia de responsabilidades. A nossa é
fazer intervenção pública e tentar transmitir uma mensagem para que a
situação melhore. E os municípios têm claramente a sua, até para
pressionar a tutela. Situações como as que vimos recentemente não
deviam acontecer - fogos a chegarem perto de casas, rodeadas por
eucaliptal. É um risco muito grande para a vida humana.

Há entidades a fugir às responsabilidades?

Pensa-se muito na lógica dos ciclos políticos. Quaisquer planos ou
ideias com pés e cabeça, concebidos por pessoas com conhecimentos na
área, acabam por nunca ter um início, meio e fim. Pelo meio há sempre
ciclos eleitorais. Cai um e vem outro. Isto é transversal para a
educação, o ambiente ou floresta. É um dos grandes problemas do nosso
país.

Os incêndios enchem anualmente noticiários e jornais. As pessoas
preocupam-se ou é-lhes indiferente?

Quem passa por uma situação de incêndio acaba por ficar mais sensível.
Recordo-me que, nos anos de grandes incêndios no Algarve, onde as
pessoas estavam na praia e conseguiam ver as grandes colunas de fumo,
era-lhes indiferente. Muitas vezes, entre o pensar em fazer e a acção
vai uma grande distância.

Foi eleito pouco tempo antes de Portugal pedir o resgate financeiro.
Como se financia a Quercus numa altura destas?

Muitos dos nossos projectos são plurianuais, já vêm de trás, e talvez
por isso não sentimos tanto a crise como outras associações, que vivem
mais à base de donativos. Mas sentimos, claro. Temos projectos com
entidades parceiras e muitas delas enfrentam dificuldades. Há menos
verbas disponíveis para investir. Nestes dois anos de Ministério da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
[dividido em dois na recente remodelação governamental] o ambiente foi
engolido por temas maiores. E está esquecido pelo grande público pois
também não há peso político para o defender.

Qual é o eco da Quercus nas pessoas?

Apesar das dificuldades continuamos a ser uma voz que a sociedade
respeita. Por não terem capacidade, as pessoas podem não fazer algo,
mas pelo menos sabem o que é correcto fazer. Por outro lado, a crise
acaba por ser um impulso para adoptarem atitudes mais em prol do
ambiente, especialmente ao nível da eficiência energética.

E nas instituições?

Temos um contacto periódico com a tutela. Mas no meio da crise e
remodelação governamental, o ambiente acabou por não vingar e ser
completamente engolido pelas grandes áreas do Mar e da Agricultura.
Todo um rol de boas intenções emitido no início do mandato acabou por
não ser cumprido. Foi-nos sempre transmitido que teríamos um papel
interventivo e seríamos ouvidos em tudo o que viesse a acontecer. Mas
muita coisa acabou por ser feita à nossa revelia, como a alteração à
legislação das emissões industriais e da reserva ecológica. Algo
inédito. É o mesmo governo, mas esperamos que esta má prática se
altere.

Este ignorar acontece porquê?

Demorámos cerca de 9 meses a ser recebidos pela senhora ministra, após
enviarmos um pedido de reunião. Foi-nos dito que não houve tempo nem
disponibilidade devido às imposições da 'troika'. Não somos ingénuos e
percebemos que houve alteração de legislação à medida de determinados
sectores, e com certeza que estes foram ouvidos.

No primeiro semestre do ano, 72% da energia produzida em Portugal teve
origem renovável. É possível fazer melhor?

Sim. O anterior governo teve uma política nessa direcção, mas sentimos
agora um certo clima de rejeição. Se é verdade que, no imediato,
implica mais custos, a médio e longo prazo há grandes vantagens em
investir nas renováveis. Portugal é um país pequeno, sem combustíveis
fósseis, e tem sempre o problema da dependência externa. O
investimento nas renováveis pode cortar no preço da energia, reduzir
os custos nas importações e baixar a nossa factura ambiental. A teoria
tem lógica, falta perceber se haverá força para compatibilizar a
energia com a defesa do ambiente.

Acredita que vai existir?

Esperemos que os próximos dois anos sejam planeados de outra maneira.
Percebemos esta tentação no imediato, mas não é a melhor opção. Têm
que se pensar no futuro do país a longo prazo, sem desperdiçar o
investimento feito. Temos margem para fazer ainda mais: a nível das
eólicas, do solar, da biomassa, da geotermia, das marés. Há que
aproveitá-la.

A Quercus avalia todos os anos a qualidade da água do mar nas praias.
Como analisa a recente polémica da contaminação da água nas praias da
Grande Lisboa?

É preciso perceber que os factores bióticos são de difícil percepção.
Basta existir um erro ou um atraso na colheita das amostras de água
para o problema nunca vir a ser detectado.

Como uma eventual descarga para o mar?

Agora é impossível. Pode nem ter nada a ver com isso e estar
relacionado com a sensibilidade das pessoas ou com um qualquer produto
similar que tenham usado. Não se sabe. Preocupou-nos na altura alguma
falta de informação: avisos na praia, colocação de painéis junto à
água.

E a causa do problema?

Achou-se que eram as microalgas, depois afinal não foi possível provar
uma ligação directa com os problemas de saúde.

No fundo não se explicou nada.

Sim. É normal que não se tenha conseguido determinar uma relação
causal, o estudo é feito em muito pouco tempo e com uma amostra
relativamente curta. Ninguém pode dizer com certeza: "Este é o
problema." Mas também não se diz que não o é. O correcto seria dizer
apenas que não era possível determinar uma relação causal. Era sempre
arriscado levantar logo a interdição da ida a banhos. E realmente foi
- o problema voltou a acontecer. Faltou mais cautela.

O ambiente devia ter mais peso no sistema de ensino português?

Será sempre benéfico aumentar o tempo de contacto das crianças com
temas ambientais. A situação tem felizmente melhorado, fruto do
trabalho que se tem vindo a fazer nas escolas e por parte de ONG. É
óbvio que as restrições sentidas com a extinção da área de projecto,
onde se trabalhavam muitos temas ambientais, vão dificultar as coisas.
Os trabalhos que subsistem resultam quase por inteiro de pessoas que,
por carolice e de forma voluntária, levam isto adiante.

A imprensa dá destaque ao ambiente?

Vou tendo relatos de algumas pessoas de que realmente os trabalhos não
passam, porque os blocos noticiosos são exageradamente dominados por
questões económicas, financeiras e políticas. O peso que neste momento
se dá a essas questões é enorme. Em noticiários de uma hora, 40
minutos são dedicados a isso.

Os portugueses preocupam-se com o ambiente?

Acho que sim, mas não fazem ainda tudo o que podem. Muitos porque não
podem mesmo, outros por não quererem. No geral, contudo, preocupam-se
mais agora do que há uns anos. É preciso fazer mais e a crise não é
desculpa para tudo.



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http://www.ionline.pt/artigos/portugal/nuno-sequeira-nao-ha-peso-politico-defender-ambiente

Reunião de ministros por causa do fogo

Actualizado há 10 horas e 2 minutos


Os ministros da Administração Interna e da Justiça participam hoje
numa reunião de avaliação do processo de combate e vigilância aos
incêndios florestais.



Os ministros da Administração Interna, Miguel Macedo, e da Justiça,
Paula Teixeira da Cruz, acolhem a reunião destinada a fazer um ponto
de situação do combate e vigilância aos fogos florestais.



A reunião tem lugar no final de uma semana trágica com incêndios
devastando vastas áreas de floresta e mato, destruindo casas e com
diversos acidentes e um dia depois de mais uma vítima mortal, uma
bombeira da corporação de Alcabideche, que combatia um incêndio na
serra do Caramulo, concelho de Tondela.



O encontro realiza-se às 11:00, no Salão Nobre do Ministério da
Administração Interna. Além dos membros do Governo participam no
encontro o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o
diretor da Polícia Judiciária, o comandante-geral da Guarda Nacional
Republicana e o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/402725-reuniao-de-ministros-por-causa-do-fogo

Copa-Cogeca destaca importância da agricultura familiar

23-08-2013





No âmbito da consulta pública online da Comissão Europeia sobre o
papel da agricultura familiar, o Copa-Cogeca sublinhou a importância
das explorações familiares para as economias rurais.

O secretário-geral do Copa-Cogeca declarou que «as explorações
familiares estão ao serviço da sociedade ao longo de vários séculos.
Actuam como motor-chave para o crescimento e o emprego nas zonas
rurais da União Europeia (UE) ao mesmo tempo que proporcionam
alimentos der qualidade a mais de 500 milhões de consumidores».

Por esta razão, assinala Pekka Pesonen, O Copa-Cogeca quer garantir o
papel-chave que lhes corresponde no futuro, sublinhando que o seu
desaparecimento «significaria uma perda da comunidade rural no seu
conjunto. O rendimento agrícola equivale a metade da média dos
rendimentos em outros sectores, pelo que é crucial oferecer aos
agricultores um futuro competitivo e uma qualidade de vida comparável
a outros».

Pesonen destacou ainda que «as explorações agrícolas também estão
sujeitas a condições climatéricas adversas e turbulências do mercado».
Por conseguinte, analisaram formas de melhorar a sua situação nos
próximos eventos no âmbito do Ano Internacional da Agricultura
Familiar da Organização das Nações Unidas.

O Copa-Cogeca prevê organizar, em colaboração com a Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização
Mundial de Agricultores (OMA), uma iniciativa de forma a destacar a
importância das explorações familiares, participando também na
Conferência organizada pela Comissão Europeia sobre o tema, assim como
na consulta pública iniciada recentemente. Pekka Pesonen adiantou
ainda que o tema terá um papel de destaque no congresso do Copa-Cogeca
dos Agricultores Europeus em 2014.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia47090.aspx

Linguiça portuguesa no McDonald's do Havai

Pequeno-almoço no McDonald's do estado norte-americano do Havai é
composto por ovos, arroz e... linguiça dos Açores.
Lusa
12:03 Sexta feira, 23 de agosto de 2013
Getty Linguiça de São Miguel está na cadeia de fast food no Havai há três anos
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Os milhares de açorianos que no século XIX emigraram para o Havai
deixaram marcas no arquipélago norte-americano que ainda hoje se
mantêm. Uma das mais recentes é a venda da tradicional linguiça de São
Miguel nos restaurantes McDonalds.

"A linguiça de São Miguel é vendida ao pequeno-almoço no McDonalds há
cerca de três anos e é acompanhada de arroz e dois ovos estrelados.
Alguns gostam de adicionar sal ao arroz", explica à agência Lusa
Fátima Cameron, de 73 anos, natural da ilha Terceira, emigrada há 40
anos, residente em Maui e dos poucos emigrantes portugueses que ainda
mantêm a língua naquele estado norte-americano.

O menu da salsicha portuguesa (veja aqui o prato ) é vendido
exclusivamente nos restaurantes McDonald's no Havai, não existindo em
mais nenhum dos estabelecimentos de fast food da marca.

Cerca de 12 mil emigrantes dos Açores e Madeira chegaram ao Havai
entre 1878 e 1888, na sua maioria originários da ilha de São Miguel,
para trabalharem na cana-de-açúcar, deixando a sua presença cultural
até hoje, mas sem preservarem a língua.

"Poucas pessoas falam o português. Os descendentes só sabem palavras
como pão doce, referindo-se à massa sovada, bacalhau e linguiça, bem
como malassadas, que se continua a fazer no Havai e são consumidas por
todos os habitantes, e pouco mais do que isso", refere Fátima Cameron.

Fátima Cameron explica que os descendentes de portugueses no Havai têm
por hábito fazer também vinha de alhos para usar na carne de porco,
uma tradição também da ilha de São Miguel, mas que apenas surge no
Natal.

Audrey Rocha Reed, que foi CEO da J.Walter Cameron Center, uma
organização sem fins lucrativos, reformada desde 2007, afirma que
existem atualmente "muitos poucos descendentes" de portugueses de
origem açoriana ou madeirense ainda vivos no Havai, estimando-se que
sete por cento da população seja de origem lusa.

Presença açoriana no Havai


Audrey Reed destaca que para além da culinária, a presença dos Açores
faz-se sentir através das festas do Espírito Santo, com a
particularidade da maior parte dos rancheiros não serem de origem
portuguesa nem católicos.

Audrey Reed revela que a ilha de Maui vai possuir "em breve" um centro
cultural português, o primeiro no Hawai, que será construído com
fundos públicos do governo do arquipélago e do condado (Maui), devendo
estar concluído em agosto de 2014.

"O centro irá dispor de cerâmica, livros, vídeos, jogos para crianças,
entre outros produtos culturais, a par de informação genealógica sobre
as famílias portuguesas que se instalaram no Hawai durante o período
de 1878 e 1913, quando a emigração começou oficialmente e acabou",
refere.

"Se a cultura portuguesa no Havai está viva? Sim e não! A língua
desapareceu para a maior parte, daí que seja difícil manter uma
cultura sem a língua", declara Audrey Reed.

Audrey Reed, que é produtora do único programa de rádio português que
resta no Havai, refere que tem música do todo o mundo que fala
português.

"Adoro, especialmente a música dos Açores e Madeira. Amigos enviam-me
CD e eu costumo também encomendar à casa Furtado's, em San José,
Califórnia", conclui Audrey Reed.


http://expresso.sapo.pt/linguica-portuguesa-no-mcdonalds-do-havai=f827060

Agricultura é o setor que mais emprego cria

MINISTRO DA ECONOMIA



por Lusa, texto publicado por Isaltina PadrãoHoje2 comentários

O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou hoje que a
agricultura foi o setor que mais contribuiu para a criação de postos
de trabalho do primeiro para o segundo trimestre de 2013.

"O setor agrícola e alimentar recuperou competitividade, com reputação
renovada e atrativa para um conjunto de pessoas mais jovens", afirmou
o genernante em Penafiel, onde hoje presidiu à abertura da 34ª edição
da Feira Agrícola, Agrival.

Segundo o ministro, dos 70.000 empregos gerados pela economia, naquele
período, cerca de 45.000 ocorreram no setor agrícola e alimentar.

"Este setor tem dado um importantíssimo contributo, com consistentes
passos para o crescimento económico", afirmou.

António Pires de Lima felicitou o setor por ter sido capaz de crescer
6% nas exportações em 2012, tendência que, disse, está a acelerar em
2013, com um crescimento, até ao momento, de 8,3%.

O ministro precisou que a agricultura já representa 10% das
exportações portuguesas, e tem ajudado, também, a diminuir as
importações do país.

Falando para muitos representantes do setor presentes naquele certame,
o governante adiantou também que, nos últimos 12 meses, a agricultura
foi responsável por 5% das empresas criadas no país.

"No primeiro semestre deste ano nasceram 1.017 novas sociedades, mais
30% do que no ano passado", destacou, frisando ser "o momento oportuno
para agradecer aos que trabalham neste setor".

"Estamos perante um momento de relançamento de um setor que se porta
como um 'cluster' integrado", acentuou.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3384513&page=-1

Incêndios são “em parte uma inevitabilidade”, considera Miguel Macedo

ANA HENRIQUES

22/08/2013 - 22:14

Ministro esteve na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

ENRIC VIVES-RUBIO


Ministério da Administração Interna
Incêndios

O actual cenário de incêndios com que se depara o país, num dia em que
morreu o terceiro bombeiro no combate às chamas, é "em parte uma
inevitabilidade, dado o estado de abandono em que está grande parte da
floresta portuguesa", considera o ministro da Administração Interna,
Miguel Macedo.

O governante esteve esta noite na sede da Autoridade Nacional de
Protecção Civil, em Carnaxide, onde expressou condolências à família
da bombeira de Alcabideche que hoje perdeu a vida ao combater um
incêndio no Caramulo.

Além do estado de abandono da floresta, cujo mato os proprietários nem
sempre limpam, Miguel Macedo culpou a orografia do terreno, a elevada
carga térmica da floresta e a baixa humidade que se regista neste
momento, bem como as altas temperaturas que se têm feito sentir.

"Temos um bom balanceamento de meios", assegurou o ministro. "Temos o
maior dispositivo de combate a incêndios dos últimos anos. Mas ontem
registaram-se 300 incêndios" - o que significa, acrescentou, que se
houvesse 300 helicópteros todos eles seriam todos necessários.

"As condições meteorológicas têm posto à prova de forma muito dura o
dispositivo dos bombeiros e da Protecção Civil", justificou Miguel
Macedo.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/incendios-sao-em-parte-uma-inevitabilidade-considera-miguel-macedo-1603748

Grandes empresas que lucram com exploração laboral "têm de ser penalizadas"

Grandes empresas "têm de ser penalizadas"

Construção é o sector mais afectado, mas o fenómeno está a crescer na
agricultura e a restauração. Presidente da Autoridade para as
Condições de Trabalho diz que se as leis europeias não mudarem
"continuarão a ser vertidas lágrimas de crocodilo".
23-08-2013 1:16 por Ana Carrilho


Grandes empresas que lucram com exploração laboral "têm de ser penalizadas"
Autoridade do Trabalho suspende quatro estaleiros de construção em Braga
Trabalhadores terão sessões para prevenir exploração no estrangeiro
Sindicato da Construção diz que situações de "escravatura" estão a crescer

As empresas estão a usar trabalhadores estrangeiros sem lhes pagar o
mesmo que aos nacionais ou dar as mesmas condições. O alerta é do
presidente da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) que
defende uma revisão da Directiva Europeia de Serviços.

Em declarações à Renascença, Pedro Pimenta Braz mostra-se muito
preocupado com o crescimento do fenómeno de angariação de
trabalhadores por redes mafiosas.

É sobre a construção que se fala mais quando a questão é o abuso de
trabalhadores portugueses no estrangeiro, mas o inspector-geral de
Trabalho faz questão de sublinhar que há outros sectores em que o
fenómeno também está a crescer, nomeadamente na agricultura e
restauração.

Pedro Pimenta Braz considera que é uma situação muito preocupante e
que a ACT acompanha como pode, normalmente depois de receber denúncias
dos sindicatos e dos trabalhadores. A dificuldade de actuação
prende-se com o facto dos trabalhadores saírem de Portugal sem passar
pelos serviços oficiais.

Em situação de crise e aumento do desemprego são cada vez mais os que
correm atrás de promessas que se revelam falsas, mas para o dirigente
máximo da Autoridade para as Condições de Trabalho pouco mudará
enquanto a Directiva Europeia de Serviços não for alterada e passar a
responsabilizar também as empresas que beneficiam do trabalho dos
portugueses, a preços muito mais baixos.

"As grandes empresas europeias que lucram com a existência deste tipo
de trabalho têm de ser penalizadas, porque não é possível, por
exemplo, num grande estaleiro de construção civil no meio da Europa
que um dono de obra ou um empreiteiro geral diga que desconhece que
tinha portugueses quase escravos a trabalhar nesse estaleiro. Isso não
é possível, é um exercício de hipocrisia monumental", acusa Pedro
Pimenta Braz.

Para o responsável, a Directiva de Serviços deve responsabilizar "o
angariador, a entidade a que pertencem esses trabalhadores, mas também
toda a cadeia de subcontratação até ao dono de obra".

"Se assim não for continuarão a ser vertidas lágrimas de crocodilo,
com alguma hipocrisia, e o fenómeno vai continuar a crescer",
sublinha.

Pedro Pimenta Braz defende uma maior publicitação das condições a que
os trabalhadores que vão para os estrangeiro devem dar atenção e
deixa mesmo um apelo a que ninguém saia do país sem passar pelos
serviços da inspecção de trabalho para se aconselhar.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=119285

A reforma mais óbvia para evitar incêndios

As Fases da Lua



Só quando surgem os desastres é que as pessoas se lembram que havia
muito por fazer.


Por:Pedro Santana Lopes, Santanalopes.pedro@gmail.com



se há matéria em que as autarquias deviam ter muito mais poder é a
prevenção dos incêndios. A lei já estabelece que, em cada Concelho,
seja o Presidente de Câmara a assumir a condução de todas as matérias
ligadas à Proteção Civil. Mas as autarquias deveriam receber do Estado
Central mais poderes e medidas legislativas, nomeadamente a Lei
20/2009 de 12 de maio, para assegurar o ordenamento do território, a
limpeza das matas, das florestas e a gestão de meios e recursos que
sejam importantes para prevenir e evitar a deflagração e propagação de
incêndios.

Por vezes, pensa-se que está tudo feito em cada terra e só quando
surgem os desastres é que as pessoas se lembram que havia muito por
fazer. Não vou fazer uma enumeração fastidiosa do que faltava fazer em
Monsanto, em 2002, mas só para dar exemplo: os caminhos não estavam
identificados; não existia um grande depósito de água em toda a área
daquele parque florestal; não existiam clareiras onde os carros dos
bombeiros pudessem fazer inversão de sentido de marcha.

Isto não envolve críticas a quem estava antes, mas há sempre tarefas
por realizar e qualquer pessoa entende que é muito mais difícil o
Poder Central tratar disso em centenas de concelhos do que, em cada um
deles, ser a respetiva autarquia a fazê-lo.

Em minha opinião, essa é a grande reforma a fazer para impedir que
esta tragédia continue ano após ano. Também na Figueira, que tem 384
quilómetros quadrados de área, adotámos um tal sistema de vigilância
que durante quatro anos, quase não tivemos área ardida.

Nessa área da limpeza das terras, facilmente se percebe o que aqui
defendo. Se cada Presidente de Câmara ficar responsável pela limpeza
das terras públicas e exigir aos privados que o façam nas suas, não
será mais eficaz? Há medidas tão simples que não são aceites e depois
tornam-se tão óbvias. Alguém se lembra dos governos civis? Fazem
alguma falta ao País? Pois é.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/santana-lopes/a-reforma-mais-obvia-para-evitar-incendios014856380

«Água em pó» pode tornar a seca um problema do passado

ONTEM às 13:45



Enquanto a ONU afirma que a maior parte da água usada no planeta vai
para a irrigação, investigadores estão a desenvolver uma série de
ideias para fazer render mais a água utilizada na agricultura.

Nas últimas semanas, muitos ficaram empolgados com um produto que
afirmam ter potencial para superar o desafio global de se cultivar em
condições áridas.

Denominado «Chuva Sólida», é um pó capaz de absorver enormes
quantidades de água e ir libertando o líquido aos poucos, para que as
plantas possam sobreviver em meio a uma seca.

Um litro de água pode ser absorvido por apenas 10 gramas do material,
que é um tipo de polímero absorvente originalmente criado pelo
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em
inglês).

Nos anos 1970, o USDA desenvolveu um produto superabsorvente feito de
um tipo de goma. Ele foi usado principalmente para fabricar fraldas.


Mas um engenheiro químico mexicano chamado Sérgio Jesus Rico Velasco
via no produto um potencial que ia além de deixar os bebés com o
rabinho seco.
Desenvolveu e patenteou uma versão diferente da fórmula, que pode ser
misturada com o solo para reter a água. O engenheiro vende a «Chuva
Sólida» no México há cerca de 10 anos. A sua empresa afirma que o
governo mexicano testou o produto e concluiu que a colheita poderia
ser ampliada em 300% quando era misturado com o solo.

Segundo Edwin González, vice-presidente da empresa Chuva Sólida, o
produto está agora a atrair um interesse cada vez maior, já que
crescem os temores por falta de água.

«Ele funciona encapsulando água e pode durar 8 a 10 anos no solo,
dependendo da qualidade da água. Se usar água pura, dura mais.»

A empresa recomenda usar cerca de 50 quilos do produto por hectare (10
mil metros quadrados), mas essa quantia custa cerca de 1.500 dólares.

Segundo Gonzalez, a «Chuva Sólida» é natural e não prejudica o solo,
mesmo após ser usada durante vários anos. Ele afirma que o produto não
é tóxico e que, ao desintegrar-se, o pó torna-se parte das plantas.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=652024

Organizadores de marcha contra a Monsanto acusam Facebook de censura

HUGO TORRES

22/08/2013 - 23:08

Convocatória para protesto à porta da sede da multinacional, em St.
Louis, foi apagada. Justificação: viola as regras da rede social.

A Monsanto é líder mundial na produção de sementes geneticamente
modificadas LARRY DOWNING/REUTERS

O grupo de activistas que promoveu as manifestações de 25 de Maio
contra a Monsanto e a produção de organismos geneticamente modificados
(OGM) – que, segundo o próprio grupo, de nome March Against Monsanto,
levou dois milhões de pessoas às ruas de 436 cidades, em 52 países –
viu a convocatória para um novo protesto ser apagada da sua página no
Facebook.

A manifestação global agendada para 12 de Outubro pretende ser ainda
mais participada do que a anterior. O EcoWatch, um site de informação
ecologista, fala em mais de 600 acções de protesto previstas para todo
o mundo, avançando com uma ambiciosa estimativa de participação – 3,6
milhões de pessoas. Uma delas, no entanto, é motivo de atenção
particular.

É em St. Louis, no estado norte-americano do Missouri, que a "marcha"
terá o seu mais importante protesto – ou, pelo menos, o mais
simbólico. É ali que fica a sede da Monsanto, a multinacional que os
ecologistas acusam de ser a principal responsável pela proliferação
dos OGM e pela condução de uma política comercial e produtiva nefasta
para a vida na Terra.

Na segunda-feira, à sensibilidade do protesto em St. Louis o Facebook
juntou-lhe controvérsia. A empresa liderada por Mark Zuckerberg
decidiu apagar o "evento" que servia de convocatória para os
utilizadores daquela rede social, alegando que o conteúdo violava as
suas regras.

"Removemos este conteúdo que você publicou ou de que era o
administrador porque viola a Declaração de Direitos e
Responsabilidades do Facebook", lê-se na mensagem que os
administradores da página do March Against Monsanto naquela rede
social recebiam ao tentar aceder ao "evento". A imagem dessa mensagem
foi depois publicada na mesma página e no site do movimento para
denunciar o que é tido como um acto de censura.

No ponto 5 da sua Declaração de Direitos e Responsabilidades – o
conjunto de regras pelo qual os utilizadores da rede se comprometem a
reger –, o Facebook reserva o direito de "remover qualquer conteúdo ou
informação", se considerar "que estes constituem uma violação desta
declaração" ou da sua política de utilização de dados.

A convocatória em causa era uma das 80 que a March Against Monsanto
tem publicadas na sua página para 12 de Outubro. Mas foi a única
apagada. O movimento criou, entretanto, um novo "evento", onde dá
conta de que o primeiro foi apagado, repete o convite à mobilização e
estende-se longamente em questões de contexto como a do impacto global
dos OGM.

"Marcha connosco para continuarmos a sensibilizar a opinião pública a
respeito da agricultura corporativa predatória e das práticas
negociais da Monsanto. A Monsanto não está a resolver o problema da
fome no mundo. Pelo contrário, está a desviar a atenção das suas
verdadeiras causas – pobreza, falta de acesso à comida e, cada vez
mais, falta de acesso à terra para a cultivar", alerta a convocatória
da March Against Monsanto.

Novo filme sobre a Monsanto
Além da organização deste protesto, o grupo de activistas está
empenhado no financiamento do filme Santo 7.13.15., do realizador
Robert Everest, que pretende através de uma ficção científica
distópica denunciar o que considera ser os malefícios da acção da
Monsanto. No seu argumento, Everest leva a propriedade industrial dos
OGM ao limite e aplica-a a seres humanos geneticamente modificados,
cuja reprodutibilidade estaria dependente da autorização da empresa
que criou a sua sequência genética (o que acontece com as sementes
comercializadas pela Monsanto).

A produção de Santo 7.13.15. está dependente da campanha de
financiamento colectivo que está a decorrer no site indiegogo até 6 de
Setembro. Os cerca de 122 mil dólares conseguidos até ao momento
estão, contudo, ainda longe dos 300 mil dólares (quase 225 mil euros,
ao câmbio actual) necessários para avançar com o projecto. No vídeo de
apresentação da campanha, o realizador sugere que a Monsanto está
relacionada com o cancro da mãe.

A concretizar-se, este não será o primeiro filme a ser feito sobre a
multinacional que, fundada em 1901, é hoje a líder mundial na produção
de sementes geneticamente modificadas. Marie-Monique Robin realizou em
2008 odocumentário Le monde selon Monsanto ("O mundo segundo
Monsanto", numa tradução livre), no qual denunciava a política
agressiva de expansão da empresa.

Recorde-se que a Monsanto foi recentemente notícia (em Julho) por ter
desistido de cultivar novos transgénicos na União Europeia. A
multinacional conduzida pelo empresário escocês Hugh Grant anunciou
então ter retirado pedidos de autorização de cultivo de organismos
geneticamente modificados no espaço comunitário. A Comissão Europeia
confirmou.

http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/organizadores-de-marcha-contra-a-monsanto-acusam-facebook-de-censura-1603738

Mais de mil bombeiros combatem fogos no continente

APOIO DE 300 VIATURAS


por Lusa, publicado por Ricardo Simões FerreiraHoje1 comentário

Fotografia © Rui da Cruz / Global Imagens

Mais de mil soldados da paz apoiados por cerca de 300 veículos
combatem 12 incêndios florestais em Portugal que as autoridades
classificam de maior preocupação, indicam os dados da Proteção Civil
Portuguesa.

Os dados disponíveis na página da Internet da Proteção Civil, com
última atualização às 02:00, referem 17 incêndios em curso em
Portugal, com 12 fogos a centrarem maiores atenções das autoridades.

Na Serra do Caramulo, local de Silvares, concelho de Tondela, distrito
de Viseu, 227 bombeiros apoiados por 65 veículos continuam a combater
o incêndio em mato que mantinha duas frentes ativas.

Neste incêndio, a lavrar desde as 0:25 de quarta-feira, uma bombeira
morreu e três outros operacionais ficaram feridos com gravidade na
quinta-feira.

Também no distrito de Viseu, concelho de Vouzela, no lugar de Nogueira
de Alcofra, outros 214 bombeiros apoiados por 68 veículos combatem
desde as 23:54 de terça-feira um incêndio também em mato e com duas
frentes ativas.

Ainda em Viseu, o fogo de Tarouca, no lugar da Várzea da Serra, é
combatido por 186 operacionais apoiados por 53 veículos e está ativo
desde as 05:12 de quinta-feira numa zona de mato com cinco frentes
ativas.

Outro distrito fortemente afetado pelos incêndios é o de Vila Real com
o registo de cinco dos 12 incêndios mais preocupantes a nível
nacional.

Das principais ocorrências em Vila real, os fogos de Vila Pouca de
Aguiar, Vale Paços e Murça (dois) são os que concentram mais meios de
combate com um total de 222 homens e 64 veículos de apoio.

Dados como dominados foram os incêndios no lugar de Montenegrelo, Vila
Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, e de Ervedosa, concelho de
Vinhais, distrito de Bragança.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3383904&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1

Municípios do Douro têm taxas de desemprego à espanhola

Resende, a terra de férias de infância do ministro Pires de Lima, e
Cinfães são os casos mais dramáticos



Douro vinhateiro sofre com desemprego
D.R.
23/08/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo

Resende, a terra das férias de infância do atual ministro da Economia,
António Pires de Lima, é a recordista do desemprego em Portugal
continental.

Desertificação, abandono dos campos, trabalho sazonal ligado à apanha
da cereja e às vindimas, falências de pequenas empresas, sobretudo da
construção e do pequeno comércio, constrangimentos financeiros
impostos ao maior empregador da região – a autarquia –, tudo ajuda a
explicar o declínio social da bonita região, à beira do rio Douro
plantada.

Resende, um pequeno concelho do distrito de Viseu, terá uma taxa de
desemprego de quase 29%. Apesar da população total rondar as 9600
pessoas, apenas 3900 dizem estar ativas – as que trabalham ou se dizem
aptas a fazê-lo (dados dos censos do INE). Destas, cerca de 1118
estavam sem trabalho e inscritas no centro de emprego, referem os
dados de julho do IEFP.

A vizinha Cinfães, a apenas 23 minutos de carro, segue de perto com o
segundo maior registo (28,2%). São níveis mais graves do que a média
de Espanha, ali tão perto, com uma taxa de 26%.

Numa entrevista concedida ao Jornal de Negócios, em 2009, Pires de
Lima confessou que a sua infância "dividia-se entre Lisboa e Resende,
onde passávamos as férias, e onde chegavam a estar 50 ou 60 primos e
tios juntos, durante duas ou três semanas". Isto foi no pós-25 de
abril de 1974; na altura a agricultura dava trabalho a muita gente.

Hoje, o ministro passa lá menos tempo, refere quem o conhece, a ele e
à família. A lavoura, como diz Paulo Portas, seu correligionário do
CDS, também mudou. Está mais mecanizada; é preciso menos gente para o
trabalho do campo.

A autodenominada "Capital da Cereja e Coração do Douro vinhateiro",
enfrenta de forma emblemática a agressividade do programa de
ajustamento num ano em que o desemprego poderá chegar a 18,2% (média
prevista pelas Finanças).

"É uma terra que sofre com a interioridade, não tem grandes empresas,
o principal empregador, a câmara, está obrigada a reduzir efetivos no
âmbito do plano de ajustamento, o pequeno comércio tem fechado portas,
a agricultura é difícil nesta geografia inclinada, a crise da
construção também nos afeta, embora seja pior em Cinfães", resume José
Augusto Marques, pároco de Resende.

Logo em seguir relativiza. "Graças a Deus, não é tão mau como parece.
As pessoas ainda têm as suas pequenas terras, onde cultivam e criam
animais para si próprias. Um desemprego destes seria muito mais
gravoso numa cidade grande", observa o padre. "Há um alívio temporário
com a apanha da cereja, em maio/junho, e as vindimas, em setembro, há
o turismo, mas mesmo assim não chega para amenizar a crise social que
se vive".

O norte, sobretudo a região do Douro vinhateiro, é particularmente
fustigado pela crise. Mas o Alentejo também. Moura e Barrancos surgem
no famigerado top 10.

José Pós-de-Mina, presidente da câmara de Moura, reconhece que o
município, com uma taxa de desemprego de 26%, "vive uma situação
estrutural e crónica do ponto de vista do emprego".

O seu diagnóstico converge com o do pároco de Resende. "O modelo
agrícola mudou, precisando hoje de menos mão-de-obra. Depois a crise
da construção cá e em Espanha deixou muita gente sem trabalho, muitos
deles com pouca escolaridade".

O autarca não esquece o papel "destruidor" do programa de ajustamento,
"que obriga a autarquia, o maior empregador, a reduzir efetivos". "Os
números do desemprego são ainda empolados por uma especificidade da
nossa região: uma comunidade cigana com 600 a 700 membros que vive
muito de apoios sociais", constata.

Felgueiras e Alcanena, dois bons exemplos
Uma forte especialização na indústria do calçado de alta qualidade,
que exporta cerca de 95% da produção, e o fabrico de vinho verde, são
os segredos do aparente sucesso de Felgueiras, que conseguiu
contrariar o agravamento generalizado do desemprego a nível nacional,
sintetiza João Sousa, vice-presidente da câmara.

Com uma taxa que rondará os 8,7% da população ativa do concelho,
Felgueiras tem dos menores níveis de desemprego municipal. A produção
de kiwis é outra das atividades que ajuda a travar a crise.

Mais a sul, Alcanena regista um desemprego próximo de 7,3%. O
investimento do grupo Mosqueteiros (distribuição, supermercados) num
centro logístico e alguma recuperação na indústria dos curtumes,
ligada ao calçado, serão as principais causas deste caso mais raro de
desemprego relativamente baixo. A emigração também ajuda a explicar o
fenómeno.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO249197.html?page=0

Risco máximo de incêndio em quase 30 concelhos do continente

Na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil registou 235
incêndios, que foram combatidos por 4 047 operacionais, com o auxílio
de 1 085 veículos

Quase três dezenas de concelhos de Portugal Continental, a maioria no
Interior Norte, apresentam hoje risco máximo de incêndio, de acordo
com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA indica, na sua página da Internet, que em risco máximo de
incêndio estão 29 concelhos: Cabeceiras de Basto (Braga), Valongo e
Baião (Porto), Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar (Vila Real),
Resende, Castro Daire, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira,
Sernancelhe e Mangualde (Viseu), Sabugal, Guarda, Celorico da Beira,
Fornos de Algodre, Gouveia, Aguiar da Beira e Trancoso (Guarda),
Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis (Coimbra), Pedrógão Grande e
Figueiró dos Vinhos (Leiria), Oleiros, Sertã e Vila de Rei (Castelo
Branco), Mação e Sardoal (Santarém) e Monchique (Faro).

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis,
variando entre reduzido e máximo.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 de cada dia
da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e
quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

Na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)
registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4.047 operacionais,
com o auxílio de 1.085 veículos.

De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas
06:30 de hoje estavam em curso 12 incêndios florestais, sete dos quais
considerados mais significativos em três distritos de Portugal
continental.

A essa hora, o incêndio que lavrava no concelho de Vouzela, distrito
de Viseu, desde terça-feira, era o que mobilizada mais operacionais e
viaturas: 228 e 37, respetivamente.

O fogo, em mato, que deflagrou às 23:54 de quarta-feira, mantinha às
06:30 uma frente ativa.

No mesmo distrito, mas na Serra do Caramulo/Silvares, no concelho de
Tondela, lavra um incêndio queestava a ser combatido às 06:30 por 211
operacionais, apoiados por 59 veículos.

Este fogo, que teve início às 00:25 de quarta-feira, e que às
06:30estava com duas frentes ativas, matou na quinta-feira uma
bombeira e deixou outros seis feridos, dois deles com gravidade.

No distrito de Viseu lavra ainda um outro incêndio, em Várzea da
Serra, Tarouca. A combater as quatro frentes ativas deste fogo, que
deflagrou na quinta-feira às 05:12, estavam, às 06:30 de hoje, 138
operacionais apoiados por 38 veículos.

Os outros quatro incêndios destacados na página da ANPC lavram nos
distritos de Vila Real e Viana do Castelo.

O fogo em Vale da Égua/Jou, no concelho de Murça (Vila Real), que
deflagrou na quarta-feira às 12:11, estava às 06:30 de hoje a ser
combatido por 53 bombeiros apoiados por 17 veículos. A essa hora, o
fogo tinha uma frente ativa.

No mesmo distrito, mas no concelho de Vila Pouca de Aguiar, em
Soutelinho de Mezio/Telões, às 06:30 de hoje, 122 operacionais,
apoiados por 34 veículos, combatiam um fogo com uma frente ativa, que
deflagrou pelas 07:39 de quinta-feira.

Já em Montes/Campeã, no concelho de Vila Real, o fogo que deflagrou à
1:37 de hoje, era combatido às 06:30 por 60 operacionais apoiados por
13 veículos. O incêndio estava a essa hora com duas frentes ativas.

No distrito de Viana do Castelo, em Viladraque/Paços, concelho de
Melgaço, às 06:30 de hoje, 43 apoiados por 13 veículos combatiam um
fogo com uma frente ativa, que deflagrou pelas 14:04 de quinta-feira.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela Agência Lusa

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/risco-maximo-incendio-quase-30-concelhos-continente

Desregulação da arborização em Portugal

Ambiente
por Paula Chainho
(Liga para a Protecção da Natureza/Centro de Oceanografia)




No passado dia 19 de julho foi publicado o Decreto-Lei 96/2013, que
altera a regulamentação respeitante a acções de arborização e
rearborização, alegando a necessidade de simplificar e atualizar o
atual quadro legislativo, adequar a alocação de atribuições e
competências entre as diferentes entidades públicas responsáveis e
diminuir os custos administrativos, entre outros.


Esta lei vem liberalizar a plantação de espécies exóticas como o
eucalipto, penalizar a plantação de espécies autóctones e centralizar,
todas as operações, numa entidade recentemente criada, ainda em fase
de estruturação, subdimensionada, sem capacidade real e efectiva de
fiscalizar e zelar pelo correcto ordenamento florestal no País. Ao
permitir a rearborização de áreas florestadas anteriormente, sem
restrições às espécies seleccionadas, este Decreto-Lei é uma porta
aberta à proliferação de extensas arborizações com espécies exóticas
como eucalipto, cujos efeitos deletérios na preservação do solo e dos
ecossistemas florestais, em geral, já está bem documentado.



Estão ainda previstas isenções da aplicação desta ferramenta legal
pelo deferimento tácito de acções de arborização e rearborização para
áreas inferiores a 2 hectares. A estrutura fundiária do país, em
particular no Norte onde proliferam as pequenas propriedades, aumenta
ainda mais o potencial impacto negativo deste diploma. O impacto
cumulativo da entrada em vigor desta lei é incalculável pelos seus
efeitos paisagísticos, sobre a qualidade dos solos e das águas, com um
potencial de destruição comparável a poucas iniciativas na história
recente do país, como a campanha do trigo nos anos 40. Além disso, de
um volume de cerca de 43 milhões de m3 de eucalipto já em crescimento
no território nacional, cerca de 13 milhões correspondem a povoamentos
irregulares (povoamentos mistos, coberto inferior a 50%, baixas
densidades e idades superiores à idade de corte ideal), pelo que é na
melhoria do que tem sido a má gestão do eucalipto e não no aumento da
área plantada que se pode investir, se se pretende apoiar esta
indústria, apesar da tendência clara de redução do mercado mundial da
celulose.



Apesar de terem sido enviados diversos comentários e propostas por um
grupo alargado de associações há cerca de um ano quando o diploma foi
apresentado na sua versão original, a tutela decidiu não acolher esses
contributos. Perante a publicação deste diploma, que aprova alterações
inaceitáveis para o ambiente, paisagem e floresta no país, reforçando
o desordenamento territorial e agro-florestal através da
desregulamentação da plantação de espécies exóticas, as organizações
LPN, Quercus, GEOTA, FAPAS, Oikos, Gaia, A Rocha, Flamingo e SPEA
apelaram aos deputados do Parlamento para solicitarem a Apreciação
Parlamentar do mesmo. Em resposta ao apelo público lançado pelas
organizações subscritoras da carta "É necessário travar a
desregulamentação radical das plantações intensivas na floresta",
deputados de vários grupos parlamentares expressaram o seu apoio à
iniciativa conjunta, tendo-se este apoio materializado com a
apresentação de um pedido de Apreciação Parlamentar e com o pedido de
audição do secretário de Estado das Florestas no Parlamento para
discutir o Decreto-Lei. O primeiro pedido foi da iniciativa do grupo
parlamentar do Partido Comunista Português enquanto o segundo foi de
iniciativa do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.



As organizações congratularam-se com estes pedidos que vão ao encontro
das preocupações expressas no apelo público e esperam que estas
iniciativas a nível do Parlamento levem ao início de um processo de
discussão sério e aberto sobre este diploma potencialmente desastroso
para o país.


Paula Chainho - 09-08-2013 09:09

http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=20117&utm_medium=rss

Estrangeiros compram quintas no Douro à Sogrape e Dão Sul

Investimento


Sónia Santos Pereira
09/08/13 00:06


A Lima Smith está apostada em ter uma gama diversificada de vinhos de
qualidade do Douro.

O brasileiro Marcelo Lima e o inglês Tony Smith acabam de reforçar a
sua presença no negócio do vinho em Portugal com a aquisição de duas
quintas na região do Douro. Há dois anos tinham adquirido a Quinta de
Covela (Baião), onde já investiram quatro milhões de euros. E talvez
não fiquem por aqui.


Os dois investidores estrangeiros compraram a marca Quinta das
Tecedeiras ao grupo Dão Sul e os direitos de exploração da área de
vinha por 30 anos. Já à Sogrape, a Lima Smith adquiriu a Quinta da
Boavista e respectivas marcas. Os valores dos negócios estão
protegidos por cláusulas de sigilo.

http://economico.sapo.pt/noticias/estrangeiros-compram-quintas-no-douro-a-sogrape-e-dao-sul_175178.html