sábado, 5 de janeiro de 2013

Eleições

Carlos Neves

Em Outubro de 2013 teremos eleições autárquicas. Para além das
coligações ou candidatos já conhecidos ou esperados, quero deixar aqui
dois apelos: ao envolvimento dos agricultores na vida autárquica e ao
envolvimento das autarquias na agricultura.

Por opção pessoal, não tenciono envolver-me na política activa em
qualquer cargo de relevo nos tempos mais próximos. Não o faço por
desprezo da política ou dos políticos, o que seria discurso fácil
nestes tempos em que sofremos na pele as consequências de décadas de
política errada e não vemos luz ao fundo do túnel em que nos metemos.
Acredito na democracia como forma de governo cheia de defeitos mas
certamente menos má que qualquer anarquia ou ditadura de esquerda ou
direita. Vejo a política como a forma de governar a "Pólis", a cidade
onde somos cidadãos e creio que a política será tão melhor quanto mais
e melhores forem as opções para escolha dos eleitores. Tenho opinião e
faço escolhas como cidadão eleitor, mas como independente fico numa
posição mais equilibrada para representar os agricultores junto de
qualquer força política (e não tenho tempo para tudo). Apesar disso,
respeito os dirigentes agrícolas que tomem uma posição diferente e
deixo aqui um apelo à participação dos agricultores na vida partidária
e nas candidaturas autárquicas. Como cidadãos rurais, somos muitas
vezes afastados pela distância, pelo preconceito e falta de tempo do
governo da "cidade". Temos direitos e deveres como cidadãos e temos,
como agricultores, tarefas de produzir alimentos, ocupar o território,
modelar a paisagem, preservar tradições, património e habitats
naturais, de onde podemos levar conhecimento, experiência e valor para
a gestão autárquica e onde ganhamos por intervir onde se decidem as
regras que afectam o desenvolvimento da nossa actividade.

Recordo, por outro lado, um comunicado lançado em 2009 na AJADP com
"propostas para a actuação das autarquias no desenvolvimento da
agricultura." Nesse tempo em que ainda reinavam Sócrates & Jaime
Silva, as "novas tecnologias", a economia dos serviços e a agricultura
pouco importava, escrevi que "por vezes os autarcas deixam a
agricultura para segundo plano, atribuindo a responsabilidade pelo
sector ao Ministério da Agricultura ou a Bruxelas, onde se decide a
PAC, Política Agrícola Comum. Efectivamente, as autarquias não são
responsáveis pela política nacional ou comunitária, mas, a nível
local, podem adoptar uma atitude positiva e activa relativamente ao
sector agrícola."

Agora que Portugal e o resto da europa já assumem a agricultura, as
pescas e indústria como opções estratégicos, importa não gastar muito
tempo a discutir quem abandonou a agricultura mas olhar o presente e
futuro para decidir o que podemos fazer de concreto e positivo para
desenvolver o sector e o meio envolvente. De forma sintética, recordo
as propostas então apresentadas:

"1. Um regime especial para licenciamento das construções agrícolas,
simplificado nos procedimentos, com isenção de taxas de urbanização
para as construções existentes e uma taxa reduzida para as novas
construções;
2. Discriminação positiva nos vários impostos municipais e nas
percentagens dos impostos nacionais a que as autarquias têm direito;
3. Acesso à terra: Para disponibilizar terra aos jovens que se
pretendam instalar na agricultura ou aos agricultores instalados que
desejem aumentar a exploração agrícola, as autarquias podem
disponibilizar terras de que seja proprietárias, podem promover o
"arrendamento rural" como forma de ocupar terrenos incultos, criando
um "banco de terras" e também aumentar o imposto municipal para os
proprietários que recusem arrendar e tenham os terrenos incultos;
4. Criação de um prémio monetário para jovens que se instalem na
agricultura, atribuído anualmente a todas as novas instalações ou,
através de concurso, premiando os projectos mais inovadores e
sustentáveis do ponto de vista económico e ambiental, de modo a
premiar os melhores e promover os bons exemplos;
5. Promoção dos produtos agrícolas, facilitando a sua comercialização,
colaborando com as cooperativas agrícolas e organizações de produtores
já existentes ou apoiando a realização de feiras e exposições para a
venda directa desses produtos;
6. Sensibilizar as superfícies comerciais, nomeadamente as grandes
superfícies, para a comercialização dos produtos agrícolas da região;
7. Limpeza, pavimentação e alargamento dos caminhos rurais e
florestais que são essenciais para a nossa actividade;
8. Limpeza dos cursos de água, da sua vegetação, lixo e tratamento dos
esgotos que é fundamental para a utilização da água para rega;
9. Apoiar a formação e informação dos agricultores;
10. Facilitar a comunicação entre o sector agrícola e a sociedade
envolvente, através da exposições temáticas e visitas das escolas a
explorações agrícolas, para que as crianças descubram a origem dos
alimentos e valorizem o trabalho dos agricultores."
Creio que estas propostas permanecem actuais. Felizmente algumas foram
já implementadas em várias autarquias mas porque não têm patente
registada podem e devem ser replicadas noutros locais, mesmo com as
restrições orçamentais. Haja vontade, imaginação e iniciativa para
apoiar e desenvolver a agricultura. O futuro de Portugal e os
eleitores acabarão por agradecer.

Carlos Neves

Nota do Editor:
Carlos Neves é produtor de leite em Árvore - Vila do Conde e
Presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal
(APROLEP).
Participa ou participou nos corpos sociais de diversas organizações
agrícolas (AJADP, AJAP, CAVC).

http://www.agroportal.pt/a/2013/cneves.htm

A energia e o vício em combustíveis fósseis

OPINIÃO

FILIPE DUARTE SANTOS 02/01/2013 - 09:58
O vício em combustíveis fósseis não é curável nos próximos anos porque
os interesses de curto prazo são muito mais fortes do que as
preocupações com uma alteração climática global cujos efeitos mais
gravosos só irão manifestar-se nas próximas décadas.

Verdadeiramente essencial e imprescindível para o actual modelo de
desenvolvimento é o consumo intensivo de energia. A energia move as
pessoas e os bens, assegura a produção agrícola, disponibiliza a água,
alimenta a indústria e mantém as cidades habitáveis.

A falta de energia abundante causaria uma regressão de séculos na
qualidade de vida e poria em perigo muitas vidas humanas. Assegurar a
exploração e acesso a fontes de energia barata são objectivos
prioritários de todos os países.

Consome-se anualmente no mundo cerca de 500 EJ (EJ = exajoule = um
tilião de joules), o que corresponde a uma potência média de 15,8 TW
(TW = terawatt = um bilião de watts) e a uma potência média per capita
de 2200 W. Note-se que há diferenças brutais entre países: 24.000 W no
Qatar, 10.000 W nos EUA, 1500 W na China e 214 W no Bangladesh. Porém,
em quase todos os países, o consumo total e o consumo per capita de
energia estão a aumentar. De acordo com a Agência Internacional de
Energia (AIE), de 1990 a 2008, o consumo global per capita de energia
aumentou 10% e o global 39%.

De onde vem toda esta energia? A resposta é muito simples; vem
sobretudo dos combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural –
que no seu conjunto representam cerca de 80% das fontes primárias de
energia. Esta percentagem mantém-se praticamente constante desde há
mais de meio século e as projecções futuras da AIE indicam que
continuará assim por mais duas ou três décadas, pelo menos.

A humanidade viciou-se em combustíveis fósseis. O problema deste vício
é uma verdade inconveniente para o nosso paradigma energético. A
combustão dos combustíveis fósseis emite para a atmosfera dióxido de
carbono (CO2) que intensifica o efeito de estufa natural na atmosfera,
provocando alterações climáticas. Apesar de constituírem um recurso
natural não renovável, nas escalas de tempo que nos interessam, as
reservas existentes são enormes.

A humanidade viciou-se em combustíveis fósseis. O problema deste vício
é uma verdade inconveniente para o nosso paradigma energético.

Nos EUA está em curso uma revolução energética baseada na exploração
de petróleo e gás natural não convencionais que os irá tornar num dos
maiores produtores mundiais desses combustíveis. O petróleo não
convencional está a ser extraído de areias betuminosas no Canadá e de
xistos argilosos nos EUA e o gás natural não convencional de xistos
nos EUA através da tecnologia do "hydraulic fracturing" que pode
causar graves problemas de contaminação das águas subterrâneas.

Todos estes processos têm impactos ambientais mais gravosos do que a
extracção de petróleo e gás natural convencionais, incluindo maiores
emissões de CO2 para a atmosfera. Porém, nos EUA, o preço do gás
natural baixou muito e o carvão ficou mais barato, o que tornou a
economia do país mais competitiva. Na Grã-Bretanha, o Governo
autorizou, no dia 13 de Dezembro, a exploração de gás de xisto para
diminuir o preço da energia e a dependência energética do país,
agravada com a progressiva escassez do petróleo do Mar do Norte.

O preço mais baixo do carvão e a crescente procura por parte da China
e da Índia levaram a AIE a prever que o consumo global de carvão
ultrapasse o do petróleo nos próximos dez anos, o que irá aumentar
muito as emissões de CO2. Na última década, o carvão assegurou metade
da procura global de energia e o seu consumo cresceu mais do que o
conjunto de todas as renováveis. Em 2011, os subsídios à exploração de
combustíveis fósseis totalizaram 533 mil milhões de dólares, cerca de
30% mais do que em 2010 e seis vezes mais do que o total dos subsídios
para as energias renováveis.

O consumo de carvão está também a aumentar na Europa devido ao seu
baixo preço, apesar de o Comércio Europeu de Licenças de Emissão de
gases com efeito de estufa ser um mecanismo destinado a desincentivar
o uso de combustíveis com elevadas emissões de CO2, como é o caso do
carvão. Contudo, com o preço da tonelada de CO2 a valer apenas poucos
euros, não há desincentivo para usar combustíveis de carbono elevado.

O sector dos combustíveis fósseis tem um gigantesco poder financeiro e
económico e não está disponível para a mudança.

O vício em combustíveis fósseis não é curável nos próximos anos porque
os interesses de curto prazo são muito mais fortes do que as
preocupações com uma alteração climática global cujos efeitos mais
gravosos só irão manifestar-se nas próximas décadas. O sector dos
combustíveis fósseis tem um gigantesco poder financeiro e económico e
não está disponível para a mudança no sentido de um novo paradigma
baseado em energias renováveis. Como dizia Dennis Meadows, um dos
autores do livro Os Limites do Crescimento, numa entrevista ao jornal
Der Spiegel, em 7 de Dezembro, "vamos evoluir por meio de crises e não
de uma mudança proactiva". Serão as crises sucessivas que nos levarão
a mudar de rumo.

Contudo, o realismo não deve desmoralizar-nos. Antes pelo contrário, é
necessário e urgente praticar a disciplina da racionalidade ao
propalar e defender a utopia, apenas aparente, de um novo paradigma
energético e de um desenvolvimento sustentável. Com a mesma lucidez
com que o biólogo Edward O. Wilson afirma no seu recente livro The
Social Conquest of the Earth: "Criámos a civilização das Star Wars,
com as emoções da idade da pedra, com instituições medievais e com uma
tecnologia própria de Deus."

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/a-energia-e-o-vicio-em-combustiveis-fosseis-1579184

Trabalhadores da Unicer prolongam greve ao trabalho extraordinário

Protesto irá continuar até julho

Os trabalhadores da Unicer decidiram esta sexta-feira prolongar o
pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário até 01 de julho em
protesto contra a alteração do valor pago, exigindo o cumprimento do
Acordo Colectivo de Trabalho (ACT).
04 Janeiro 2013Nº de votos (1) Comentários (3)

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura e das
Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB),
Fernando Rodrigues, afirmou à agência Lusa que os trabalhadores
decidiram, em plenário, prolongar o pré-aviso de greve ao trabalho
suplementar, por unanimidade, na fábrica de Santarém e, por maioria,
na unidade de produção, em Leça da Palmeira.
"Os trabalhadores da Unicer protestam contra a alteração do valor do
pagamento do trabalho extraordinário, exigindo o cumprimento do ACT",
explicou o dirigente sindical, adiantando que "os trabalhadores não
aceitam que o Governo venha, por decreto, alterar diversas matérias
que a empresa e sindicatos de boa-fé há muito acordaram".
Os trabalhadores da Unicer juntam-se assim aos trabalhadores da
Sociedade Central de Cervejas que se encontram de greve ao trabalho
extraordinário desde 1 de novembro de 2012, refere o SINTAB.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/trabalhadores-da-unicer-prolongam-greve-ao-trabalho-extraordinario

Local Handcrafted Wines. Cinco vinhos, um nome

Cinco pequenos produtores juntaram esforços para promoverem os seus
vinhos. As despesas são a dividir por todos


Pedro Marques, produtor da Handcrafted
Diana Quintela
05/01/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Vasco Magalhães, 31 anos, conhece bem os grupos de partilha de carros
no Facebook. Depois de ter registado a marca e o projeto Local
Handcrafted Wines, esta foi mais uma forma que encontrou para
controlar custos. Dividiu o mapa de Portugal de Norte a Sul, com o
amigo Manuel Rodrigues (que conheceu quando ambos trabalhavam na
Sogrape), e traçaram juntos a estratégia: Vasco promove os vinhos
Verdes que produz nas regiões do Grande Porto, Grande Lisboa e
Algarve. Manuel ficou responsável pelas regiões Norte e Centro do
país. Só que, desde agosto, além da marca de vinho Verde, o gestor de
marketing teve de aprender a promover mais quatro produtores.
"Por ter um projeto em nome individual, rapidamente me deparei com um
problema: para uma pessoa se dedicar a um projeto de vinho precisa de
disponibilidade financeira, obviamente, mas, por outro lado, também
precisa que o vinho tenha capacidade para gerar dinheiro que ajude a
manter o próprio negócio. Eu percebi rapidamente que queria dedicar-me
a isto a tempo inteiro mas que não ia ter hipótese de fazê-lo sem
ajuda na parte comercial e de promoção. Queria dedicar-me a 100 por
cento, mas não tinha capacidade de me financiar. E percebi que, como
eu, haveria muitos produtores na mesma situação."
A partir daí, procurou formas de consolidar a sua pequena produção (de
cerca de 5 mil garrafas/ano em 25 hectares de vinha) e, ao mesmo
tempo, "ter um meio de subsistência imediato que me permitisse viver",
conta Vasco.
O verão do ano passado marcou o arranque oficial da Local Hancrafted
Wines, uma marca que junta cinco pequenos produtores - empresas
familiares que se dedicam à produção e à venda de vinho - de cinco
regiões vitivinícolas diferentes: Douro, Verdes, Dão, Lisboa e
Alentejo (Quinta dos Avidagos, Cazas Novas, Quinta do Mondego, Vale da
Capucha, Herdade de Torais). Vasco propôs a ideia a Manuel, ele
aceitou. O passo seguinte foi procurar parceiros com as mesmas
características e necessidades. "Nestas pequenas empresas familiares,
normalmente o responsável pelo projeto é o enólogo que, na maioria das
vezes, não tem tempo para dedicar-se à venda do vinho, à parte mais
comercial. Mas, antes de escolher projetos, escolhi pessoas."
"A marca é um projeto muito solidário porque, entre todos, temos de
nos entender para o mesmo lado. Os produtores que se juntaram a nós
eram todos pessoas que eu já conhecia e que têm um perfil humano que
permite que a nossa marca e o nosso projeto tenham sucesso. É muito
importante que estejamos todos na mesma linha e tenhamos a mesma visão
de futuro, projetos de qualidade, potencial, e coisas que respeitem os
sítios de onde vêm. Cada um destes vinhos é um exemplo acabado do que
cada uma das regiões pode dar", diz Vasco Magalhães.
A base do projeto é semelhante à do Douro Boys: promover um conjunto
de vinhos de vários produtores. Só que, no caso da Local Hadcrafted
Wines, os vinhos produzidos são todos de regiões diferentes, o que
torna a oferta mais diversa. Nas feiras internacionais, os custos são
divididos por cinco e os clientes têm vinhos de várias regiões e
tipos, o que permite adequar a oferta às necessidades e aos gostos de
cada um. "Para um produtor ter um departamento comercial que faça o
acompanhamento personalizado e necessário a cada marca, que ajude a
gerar valor - e que, a partir desse valor, dê retorno - é necessário
um grande investimento. Um vendedor implica um custo de cerca de 50
mil euros por ano para um produtor de vinho. São valores completamente
incomportáveis e são poucos os produtores com essa capacidade
financeira."
O que Vasco Magalhães fez foi juntar as suas necessidades e valências
às necessidades de outros produtores com as mesmas características: os
cinco produtores juntaram os respetivos departamentos comerciais - que
passaram a funcionar como um só - para promover as cinco marcas em
conjunto em vez de cada uma individualmente.
"Hoje em dia vemos alguns casos de empresas que investem muito nos
vinhos, nos vendedores, nos departamentos, criam logo uma máquina à
partida que depois começa a ser muito difícil de manter, de sustentar.
O que propus aos produtores com projetos que tinham características
semelhantes ao meu - ativos no mercado mas sem capacidade para fazer
mais das suas marcas - foi uma partilha de custos."
A Local Handcrafted Wines foi financiada a 50% por Vasco Magalhães e
Manuel Rodrigues, que apresentaram um projeto e conseguiram o
adiantamento de um ano e meio de subsídio de desemprego. A outra
metade dos 5 mil euros que constituem o capital social foi garantida
pelas cinco empresas que fazem parte do bloco, incluindo a que o
gestor de marketing tem em parceria com Diogo Lopes e Carlos Coutinho.
"Trata-se de um projeto muito low-cost. Temos esta base e esperamos
que o negócio gere um retorno que permita sustentar a empresa.
Recebemos o salário mínimo e tem um custo-base que não será muito
significativo. A pedra basilar deste projeto é o controlo de custos.
Ao contrário de muitas empresas que vemos começar pelo telhado - e
depois as coisas descambam."

https://www.facebook.com/pages/Local-Handcrafted-Wines/447438008612940


http://www.dinheirovivo.pt/Faz/Artigo/CIECO089427.html?page=0

Dona das bolachas Triunfo reforça aposta no mercado português

Triunfo

Marina Conceição
04/01/13 00:05



Kraft Foods mudou nome para Mondelez, mas mantém investimento no
mercado nacional.

A área de negócio da Kraft Foods dedicada aos 'snacks' mudou de nome e
de accionistas, mas não alterou a estratégia para Portugal. Na
apresentação oficial da agora Mondelez International (nome após o
'spin-off'), o presidente-executivo para a Europa, Tim Cofer, garantiu
que a empresa "tem boas operações em Portugal" e está confortável com
"as performances dos países em recessão".

Apesar da contracção do consumo no mercado português, Tim Cofer
garantiu ao Diário Económico, em Zurique, que "o mercado português
está praticamente inalterado neste momento". Uma realidade que o
executivo explica com a necessidade que "toda a gente tem de comer".
Tim Cofer admitiu que "a categoria de pastilhas elásticas está a cair,
mas a empresa consegue compensar com outros produtos". A título de
exemplo, o presidente-executivo para a Europa explicou que "a
categoria de chocolates cresceu 6% em 2011 na Grécia", numa altura em
que o país já estava em profunda recessão.

http://economico.sapo.pt/noticias/dona-das-bolachas-triunfo-reforca-aposta-no-mercado-portugues_159490.html

Turismo - Reforma territorial traz incertezas sobre a marca «Douro»

A anunciada extinção da Entidade Regional de Turismo do Douro e a sua
integração no Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está a
colocar os intervenientes perante a questão do futuro da marca
«Douro». António Martinho, presidente do Turismo do Douro, afirma que
«está em causa a salvaguarda da marca». Melchior Moreira, presidente
do TPNP, rejeita a ideia e garante: «o Douro é parte integrante da
região Norte e tem obviamente um lugar muito especial pelo que de
único possui».

Ana Clara | sexta-feira, 4 de Janeiro de 2013

Em Dezembro último, a Assembleia-Geral do Turismo do Douro, reunida em
Lamego, deliberou que, com a reorganização administrativa do sector do
turismo, «não fica salvaguardada a marca "Douro" que, através de um
trabalho em profundidade, se tem vindo a afirmar nos mercados nacional
e internacional, e se tem mostrado tão importante para a atracção de
turistas ao Norte do país e para a própria afirmação da marca
"Portugal"».

António Martinho, Presidente da Direcção do Turismo do Douro, refere
que «a regionalização turística deve ser pensada num quadro de esforço
que procure interpretar as identidades e idiossincrasias de forma
orgânica, pois é assim que elas se apresentam ao longo dos
territórios, sem fronteiras desenhadas por convenções estatísticas».

Este esforço, garante, «não é possível com uma estrutura de tipo NUT
II. Deve, isso sim, ir no sentido de interpretar correctamente a força
das identidades culturais e potenciá-las economicamente», vinca,
lembrando que «o trabalho que se desenvolveu nestes últimos anos foi
nesse sentido. Desde logo, em coerência e dando sequência ao Plano de
Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro».

E depois, esclarece, pelos investimentos públicos e privados que se
realizaram, «melhorando e qualificando a oferta, envolvendo nesse
desígnio o sector privado, os municípios (19) e pensando a promoção do
destino de forma alargada, abrangente e ambiciosa, com eventos que
ultrapassaram as fronteiras e com uma participação activa e empenhada
na Agência de Promoção Turística, a ATP/AR».

Para António Martinho, «promoção não é só estar na Bolsa de Turismo de
Lisboa (BTL). E os resultados, afiança, estão à vista: «os números de
2011 apontam para 440 mil dormidas, incluindo, como será natural, as
cerca de cem mil dormidas que têm lugar nos oito barcos-hotel, acima
da barragem de Carrapatelo». No quadro da proposta de lei de
reorganização do sector «verifica-se um claro retrocesso».

O Presidente da Direcção do Turismo do Douro refere que, neste
momento, apenas se sabe «que o Douro desaparece da orgânica de
governança do turismo. Por completo. E convenhamos, o Norte é algo de
abstracto e mutável. Até o norte magnético se move e afasta do Pólo
Norte!», ironiza.

Confrontado pelo Café Portugal com esta posição do responsável do
Turismo do Douro, Melchior Moreira, presidente do TPNP, discorda, até
porque, justifica, «não há qualquer facto que comprove isso».

«Aliás, a ideia de que a integração prevista levará a que a marca
"Douro" não fique salvaguardada é um autêntico absurdo. O Douro é
parte integrante da Região Norte e tem obviamente um lugar muito
especial pelo que de único possui. A marca "Douro" foi, é, e sempre
será, uma referência de indiscutível valor patrimonial. Logo, seria
impensável não ser convenientemente aproveitado aquilo que é uma
mais-valia, tanto sob o ponto de vista regional, como até mesmo
nacional», responde Melchior Moreira.

«O Douro é um elemento fundamental»:
O responsável da TPNP garante que a marca «Douro», irá continuar a ser
divulgada e promovida como até ao momento. «Qualquer outra ideia sobre
o assunto seria um erro crasso. O facto de estar prevista a extinção
do Pólo de Desenvolvimento do Douro, não significa que o Douro
desapareça ou perca o prestígio que indiscutivelmente a própria marca
já tem e que ninguém lhe poderá retirar. Temos é que aproveitar isso e
potenciar estrategicamente o destino turístico no seu todo, com base
naquilo que nos diferencia. E, nesse aspecto, o Douro, é por si mesmo,
um elemento fundamental e uma ajuda imprescindível em termos
promocionais, fazendo com que o Porto e Norte de Portugal tenha uma
oferta ainda mais diferenciadora e atractiva, sob o ponto de vista
nacional e internacional», responde Melchior Moreira.


E acrescenta: «a marca "Douro" é muito importante para o turismo
nacional, tal como a marca "Porto". O que é necessário é aproveitar
essa mais-valia para criar e promover um verdadeiro destino turístico.
Foi isso que fizemos no Porto e Norte de Portugal, através da
respectiva Entidade Regional de Turismo. Tal não sucedeu com o "Douro"
que apesar de ser uma marca forte, não conseguiu criar um verdadeiro
destino turístico. É isso que o Douro vai ganhar com a integração no
Porto e Norte de Portugal».

Por seu turno, António Martinho fala dos receios do presente. «As
verbas transferidas do Orçamento do Estado (OE) têm vindo a decrescer.
Mas com o esforço do Turismo do Douro, das parcerias que tem
conseguido estabelecer com entidades públicas, a generalidade dos
municípios do Douro e outras, assim como com organizações empresariais
e empresas do/ou ligadas ao sector, temos conseguido os resultados que
estão à vista. O que resta das verbas para a estrutura tem sido
aplicado adicionalmente em projectos apoiados por fundos comunitários,
de um modo especial, através do Programa Operacional Regional do Norte
(ON2)».

Até ao momento, garante António Martinho, apenas se verificou a saída
de trabalhadores que tomaram outras opções profissionais, e revela que
actualmente o Turismo do Douro é composto por 14 funcionários e outra
funcionária que trabalha no Posto de Turismo de Amarante, município
que integra a área da TPNP. Em 2009 eram 19. «Não consideramos que o
nosso peso na despesa do sector seja significativo», sublinha António
Martinho.

«Alertas»:
Nesta medida, António Martinho teme que haja despedimentos com a fusão
da Turismo do Douro na TPNP. «A Proposta de Lei não trata todos por
igual. Ao extinguir os pólos e fundir as respectivas entidades
regionais nas que gerem áreas, temo que os colaboradores dos pólos
tenham um tratamento diferente dos colegas que trabalham noutras
ERT's. A Proposta de Lei não pode ser aprovada com mais essa falha.
Estamos a alertar os senhores deputados para mais esse problema»,
alerta.

Questionado sobre a possibilidade de despedimentos na sequência da
extinção da Turismo do Douro, o presidente da TPNP, Melchior Moreira,
diz que neste momento tal ainda é uma incógnita. Porém, afiança, «tudo
depende do tipo de enquadramento que os recursos humanos tiverem face
à actual política de emprego e às regras entretanto traçadas para a
resolução de situações análogas, estando naturalmente prevista a
salvaguarda dos postos de trabalho sempre que isso seja possível».

Por outro lado, António Martinho salienta que «há um dado que é
difícil controlar, que tem a ver com o número de
visitantes/excursionistas. A avaliar pelas visitas a museus,
monumentos, unidades de enoturismo, assim como a procura da região no
período das "Amendoeiras em Flor", os postos de trabalho criados
directa ou indirectamente com as novas unidades e com as empresas de
animação, podemos afirmar, sem receio, que o movimento turístico dá um
grande contributo para a economia do Douro».

Neste momento, considera, «é fundamental apostar mais na promoção
externa. Há mercados que nos procuram e aos quais devemos mostrar o
destino Douro de forma mais completa, como primeira região vinhateira
demarcada e regulamentada do mundo, Património da Humanidade, pela
UNESCO, sétimo destino turístico sustentável e integrando a rede
internacional de sítios de geoturismo, pela National Geographic
Society, destino turístico de excelência, pela Organização Mundial de
Turismo, e uma das 77 maravilhas da natureza, pela «New7Wonders».

Para além dos mercados tradicionais, defende António Martinho, «o
Douro é, hoje, procurado por turistas dos mercados brasileiro, alemão,
norte-americano e russo».

Dos alertas que o Turismo do Douro tem lançado sobre a necessidade de
manter a «autonomia» da marca Douro, António Martinho diz que os
mesmos «ainda não foram ouvidos na Secretaria de Estado do Turismo. E
é pena. Sei que há interesses que dificultam que o Douro se faça
ouvir. Neste como noutros sectores de actividade. A Região está em
perda demográfica, o peso político dos distritos em que se integra
também têm perdido representação no Parlamento. Há alguma debilidade
que dificulta o "fazer-se ouvir". Mas quero crer que, na Assembleia da
República, os nossos argumentos possam ser escutados», espera.

E questiona: «como se pode abandonar um destino turístico que em
quatro anos se consolidou enquanto tal e se afirmou como Marca?! Que
tem no seu Plano de marketing estratégico a constatação «da
importância dos territórios com "identidade", com "coerência", que
podem responder melhor ao "novo turista", criando condições para uma
oferta de produtos, novos, ou não, de forma mais personalizada. E num
momento em que a procura externa vem aumentando?».

Por tudo isto, acrescenta que o Turismo do Douro avançou com uma
proposta que os seus responsáveis consideram «construtiva e clara». Na
proposta, explica António Martinho, a entidade que dirige defende que
«tendo presente que a Lei a aprovar pode autonomizar, e com evidentes
vantagens, a Área Metropolitana do Porto, também o poderá fazer
relativamente ao território da Comunidade Intermunicipal do Douro».

«Nesse quadro, propomos que a Área Metropolitana do Porto e a
Comunidade Intermunicipal do Douro encontrem formas de articulação e
de cooperação para a gestão turística destes dois territórios, tendo
em atenção as afinidades, interdependências funcionais e imagem forte
da marca Porto e da marca Douro sendo a gestão desta parceria
articulada entre a AMP e a CIMDouro e desenvolvida pela ATP».

«Condições de trabalho adequadas às necessidades», responde TPNP
Para o TPNP, em relação ao Douro, e «embora ainda sem um plano
estratégico traçado em definitivo», Melchior Moreira garante que «as
nossas preocupações passam naturalmente pela necessidade de se criarem
condições de trabalho adequadas às necessidades e à urgência de se
atender ao que se considere como prioridades para o crescimento da
procura, em estreita colaboração com o trade e todos os restantes
agentes facilitadores».
E vinca «ser primordial que todos contribuam para que haja
estabilidade política, fazendo convergir as vontades, permitindo criar
condições para o diálogo e o desenvolvimento de parcerias que se
interpretem como sendo estratégicas para edificar rapidamente este
projecto. Tendo em consideração a importância que o turismo tem para
nós e a volatilidade com que os mercados se comportam, é fundamental
que sejamos céleres e objectivos».

Sobre o orçamento para 2013, Melchior Moreira afirma que embora
desconhecendo-se ainda qual o valor a ser transferido pelo Governo do
OE/2013, «aquilo que podemos dizer é que temos previsto e aprovado em
Assembleia Geral para o próximo ano, no nosso "Plano de Actividades e
Orçamento", um valor global de 8 509 164,56 euros».

Recorde-se que a proposta de lei do Governo sobre a reestruturação das
entidades regionais de turismo, aprovada em Novembro de 2012 em
Conselho de Ministros, prevê a extinção dos seis polos de turismo
existentes, que deverão ser fundidos nas cinco entidades regionais de
turismo e cuja área de intervenção é definida segundo as unidades
territoriais NUTS II.

http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=5707

Inspetores da ASAE pedem estatuto profissional

MANIFESTAÇÃO NA QUINTA-FEIRA

por Lusa, publicado por Graciosa SilvaHoje2 comentários


Fotografia © Steven Governo/Global Imagens
A Associação Sindical dos Funcionários da ASAE marcou uma manifestação
para quinta-feira, em Lisboa, para reclamar dos problemas dos
inspetores do organismo, aos quais falta, nomeadamente, uma resposta
do Governo quanto à criação de um estatuto profissional.

Numa nota, a Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE) destaca que tinha sido
mandatada na última assembleia-geral para desencadear uma manifestação
caso as negociações com o Governo acerca do Estatuto Profissional dos
Inspectores da ASAE não evoluíssem satisfatoriamente.
A ASF-ASAE destaca que, entretanto, pediu por três vezes uma reunião
com a tutela para "discutir e obter informações sobre o Estatuto
Profissional para os Inspectores da ASAE", mas até hoje não obteve
resposta.
Segundo a ASF-ASAE, é necessário "dotar o organismo de um estatuto
profissional, que se encontra pendente desde a criação da ASAE, em
2006", e incorporar as regras de acesso, progressão e reforma dos
funcionários.
Para a associação sindical, a falta de regulamentação da carreira tem
contribuído para a desmotivação dos funcionários da ASAE.


http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2977435&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Governo aconselha alimentação simples e económica

Publicado ontem às 20:39
A Direção-Geral de Saúde (DGS) faz uma série de recomendações para que
os portugueses possam enfrentar o novo ano com saúde.


Menos de uma semana depois de o secretário de Estado da Saúde,
Francisco Leal da Costa, ter dito que os portugueses têm a obrigação
de prevenir as doenças, garantindo assim a «sustentabilidade do
Serviço Nacional de Saúde (SNS)», o Governo fez esta quinta-feira uma
série de recomendações para que os portugueses possam enfrentar o novo
ano com saúde.
Em comunicado, a Direção-Geral de Saúde deixa uma série de pistas para
uma alimentação económica e simples.
Pedro Graça, diretor do programa de Alimentação Saudável da DGS, deu
conta à TSF dos alimentos essenciais para este ano: «leite,
hortículas, água, pão, leguminosas (feijão, grão, ervilhas)».
Só o leite, lembra Pedro Graça, dá-nos muito daquilo que precisamos
diariamente. «Um só copo de leite, que é muito barato, dá mais de 25%
daquilo que precisamos por dia de cálcio, vitamina D, fosforo».
A alimentação ajuda a prevenir. «O trabalho da alimentação é sempre de
prevenção, tem que haver um investimento diário porque não há soluções
milagrosas», defendeu Pedro Graça.
E se a uma boa alimentação, se juntar 30 minutos de uma boa caminhada,
ainda melhor.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2975290&page=-1

Alqueva: Oportunidade para o investimento estrangeiro…

Regional | 07:00 | 04-01-2013

Notícia actualizada: Assunção Cristas, ministra da Agricultura,
assumiu hoje, durante a visita que efectuou a Alqueva, acompanhando,
nos concelhos de Cuba e Ferreira do Alentejo, o seu homólogo da
Finlândia, que a reconversão da agricultura através deste projecto
abre portas ao investimento estrangeiro.

Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas referiu também que
está a ser feito um trabalho de sensibilização para o investimento
finlandês em Portugal, e em particular em Alqueva, assim como para a
qualidade dos nossos produtos, que acredita poderem vir a ter uma boa
aceitação no Norte da Europa.

Ana Elias de Freitas

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/52104

BRASIL: Otimismo na agricultura

Atualizado: 04/01/2013 02:08 | Por Celso Ming, estadao.com.br

Enquanto o desempenho da indústria continua mergulhado em dúvidas, o
da agricultura vai de bom a melhor. A próxima...
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Enquanto o desempenho da indústria continua mergulhado em dúvidas, o
da agricultura vai de bom a melhor.

A próxima safra brasileira deve, de novo, ser recorde. A produção de
grãos de julho a novembro supera em 2% a do período em 2011 - aponta a
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a produção anual, a
estimativa é animadora: esperam-se 180 milhões de toneladas, 8% maior
do que a anterior (veja o Confira).

O tempo está jogando a favor. Enquanto o agricultor do Centro-Oeste
dos Estados Unidos se recupera da seca, a maior desde 1956, o do
Brasil comemora a boa perspectiva de preços das commodities agrícolas
e o clima favorável para o plantio.

A procura por crédito rural no ciclo 2012/2013 também é recorde. Entre
julho e outubro, o Ministério da Agricultura registrou R$ 45 bilhões
em financiamentos rurais - 25% acima do acumulado nos meses de 2011.
Até junho próximo, estão programados R$ 133 bilhões em repasses. Foram
R$ 106 bilhões na safra passada.

Dos R$ 115 bilhões em crédito rural previstos pelo Plano Agrícola e
Pecuário 2012/2013, 82% contam com juros favorecidos. A combinação
deste incentivo com a expectativa de grande safra puxou o investimento
em colheitadeiras, retroescavadeiras e tratores. As vendas de máquinas
agrícolas automotivas saltaram 9% no período de cinco meses
compreendido entre julho e novembro (inclusive) de 2012 ante igual
intervalo de 2011.

Nesse mesmo tempo, o faturamento do segmento de implementos agrícolas
(colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores) também cresceu, embora
menos: 3%. Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e
Implementos Agrícolas, calcula nesta safra avanço próximo dos 10%.
"Temos linhas de crédito a serem liberadas pelo BNDES a juros de 3,5%
ao ano e limite de 10 anos para pagamento que, por si só, asseguram
esse resultado".

O Banco do Brasil (BB), com empréstimos a juros de 5,5% ao ano,
controla mais de 60% da carteira de crédito rural brasileira cujo
índice de inadimplência é de meros 0,5%. Para esta safra, já liberou
R$ 27 bilhões - 49% do estimado até junho do ano que vem (R$ 55
bilhões).

Para o vice-presidente de Agricultura do BB, Osmar Dias, a farta
procura de crédito rural está só em parte ligada às atraentes cotações
das commodities agrícolas: "O destino dos recursos não se concentra
nos segmentos de exportação. Espalha-se pela produção inteira, o que
demonstra a boa fase de todo o setor agrícola".

Para o analista Flávio França Junior, da consultoria Safras & Mercado,
a redução dos juros básicos (Selic) desde agosto de 2011 também
ajudou. "Não só o otimismo do produtor incentiva a procura de crédito,
mas o contrário também acontece. A grande aprovação de linhas de
crédito atua decisivamente para promover sucessivas boas safras e
aumenta a movimentação desse mercado". Se todos os recursos já
programados forem aplicados, a expansão do financiamento rural terá
alcançado, em junho de 2013, nada menos que 344% de expansão em
somente 10 anos.

É uma pena que a agricultura pese menos de 5% na atividade produtiva.
Tivesse uma participação maior, o avanço do PIB em 2013 seria mais
alto.

Colaborou Gustavo Santos Ferreira.

http://estadao.br.msn.com/economia/otimismo-na-agricultura

Reconversão da agricultura no Alentejo traz "oportunidades relevantes" para investimento estrangeiro - Ministra

Lusa
14:09 Sexta feira, 4 de janeiro de 2013

Ferreira do Alentejo, 04 jan (Lusa) - A ministra da Agricultura
afirmou hoje que o trabalho de reconversão da agricultura no Alentejo,
através do Alqueva, traz "oportunidades relevantes" para o
investimento estrangeiro no setor em Portugal e para a exportação de
produtos agrícolas portugueses.

É "um trabalho de muito tempo e muito intenso de irrigação, de
reconversão da nossa agricultura, que traz oportunidades relevantes
para o investimento estrangeiro em Portugal", disse Assunção Cristas.

Assunção Cristas falava aos jornalistas durante uma visita a
infraestruturas do projeto Alqueva, nos concelhos de Cuba e Ferreira
do Alentejo, no distrito de Beja, acompanhando o ministro da
Agricultura e Florestas da Finlândia, Jari Koskinen.

http://expresso.sapo.pt/reconversao-da-agricultura-no-alentejo-traz-oportunidades-relevantes-para-investimento-estrangeiro-ministra=f777333

Agostinho Lopes renunciou ao mandato de deputado do PCP

Parlamento



Foto: José Sena Goulão/Lusa


Agostinho Lopes, engenheiro, com 68 anos de idade e destacada figura
do Partido Comunista Português (PCP) deixou o seu lugar de Deputado na
Assembleia da República no passado dia 1 de Janeiro.

Depois de ser eleito deputado à Assembleia da República pelo distrito
de Santarém, foi eleito e exerceu as funções de deputado pelo distrito
de Braga entre 1999 e 2002 e desde 2005 até agora. No PCP exerceu as
mais diversas tarefas, nas Organizações Regionais do Norte e de
Trás-os-Montes e Alto Douro, no Conselho Nacional, no Secretariado e
na Comissão Política. Foi novamente eleito no XIX Congresso para o
Comité Central, assumindo de novo a responsabilidade das questões
económicas na direcção do PCP.

Pelo seu papel intransigente na defesa da agricultura e das gentes do
meio rural, passamos a transcrever a Declaração Política que fez no
passado dia 19 de Dezembro no hemiciclo, sobre a grave situação da
agricultura portuguesa.

Agostinho Lopes foi substituído por Carla Maria da Costa e Cruz, de 40
anos, que é licenciada em Psicologia pela Universidade do Minho, e tem
uma pós-graduação em Psicologia da Educação pela mesma Universidade. A
nova deputada era a candidata que se seguia na lista da CDU às
eleições legislativas de Junho de 2011.


PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar

Declaração Política do PCP
"Agricultura - a continuação do desastre"

Intervenção de Agostinho Lopes
19 de Dezembro de 2012

Agricultura - a continuação do desastre

1. A soberania e a segurança alimentares
Toda a situação nacional e internacional coloca na agenda política o
problema da produção agro-alimentar, o problema da soberania e
segurança alimentares do País. A FAO alerta, como grande desafio das
próximas décadas, satisfazer o crescimento da procura de alimentos. E,
nas conclusões do seu Relatório de 2012 "Investir na agricultura para
um futuro melhor", sublinha que são sinais do desafio a persistência
de níveis elevados de subnutrição em todo o mundo e as tendências
altistas dos preços dos produtos agrícolas.
Não precisávamos do susto de 2008 para estarmos vigilantes! Esta não é
apenas uma questão de economia. É uma dimensão que tem de integrar o
conceito estratégico de defesa nacional.
Particularmente no que diz respeito produções estratégicas - cereais,
oleaginosas e proteaginosas, carne e leite, hortofrutícolas.
É por isso que não basta o objectivo proclamado pela ministra da
Agricultura e do governo de um equilíbrio em valor da produção
agro-alimentar em 2020! O País não pode substituir níveis razoáveis de
produção de cereais ou leite por floresta intensiva de eucalipto, ou
mesmo por produção intensiva de azeite. Mesmo que o resultado seja uma
balança agro-alimentar com excedentes. A soberania agro-alimentar do
País não pode navegar ao sabor da roleta e da especulação da Bolsa de
Chicago! A que acresce um problema de ordenamento do território, com a
necessária presença de produção agrícola em todas as regiões,
assegurando actividade económica e emprego, combatendo a
desertificação e o despovoamento do mundo rural, que hoje atinge área
substancial do País.
É por isso que é completamente errada e desastrosa uma actividade
agrícola orientada/focada no critério da competitividade preço! Que
sabemos, guiou e guia a PAC e as políticas agrícolas de direita dos
últimos 30 anos? Que, como a experiência demonstra, nem a balança
agro-alimentar, em valor, equilibrou. Bem pelo contrário.
2. O faz-de-conta agrícola do PSD/CDS
Ora, passados 18 meses de governo PSD/CDS (não são 18 dias), o que
temos é a continuidade absoluta das políticas agrícolas dos governos
PS/Sócrates, dos governos PSD/CDS e Durão/Santana e Portas, dos
governos PS/Guterres, dos governos de Cavaco Silva, etc. (quando não o
vazio completo). Nos seus eixos essenciais, nos seus objectivos e
critérios centrais. Nas suas orientações e práticas. A começar pela
mesma abordagem da PAC e dos comandos de Bruxelas. Não basta, por
importante que seja, um convívio diferente com as Associações
Agrícolas!
PSD e CDS fazem um notável esforço para disfarçar, nomeadamente o CDS,
sempre a "escudar" a sua ministra.
Assinalemos a Declaração Política do PSD da passada semana, vítima de
"encandeamento estatístico", procurando fazer passar o aumento do
"rendimento da actividade agrícola por unidade de trabalho, por
aumento da produção agrícola, quando, de facto, o Valor Acrescentado
Bruto (VAB) recuou! De forma ligeira, mas com decréscimo nominal,
-0,3%! Esquecendo que o "rácio estatístico" resultou da concentração
em 2012 de ajudas agrícolas e do menor valor do denominador - redução
dos activos agrícolas - isto, mesmo sem contabilizar milhares de
trabalhadores imigrantes sem direitos na segurança social, ou pequenos
agricultores, que formalmente desistiram de ser agricultores,
cortando, por impossibilidade, com as suas contribuições para a
segurança social! Coisa extraordinária, os 20% de RPU em atraso, que
deveriam ter sido pagos em 2011, dão um contributo notável para o
aumento do rendimento estatístico agrícola em 2012!
Refira-se o desrespeito pelo governo dos Projectos de Resolução do PSD
e CDS apresentados nesta Assembleia da República que, mesmo sem
"grande consistência", definem objectivos correctos. Ou as
contradições da política agrícola, com os projectos de resolução,
alguns aprovados, apresentados durante os governos PS/Sócrates. É
certo que, neste afã propagandístico, até acabam por tropeçar nos seus
próprios pés, como sucedeu com o facto de inviabilizarem um projecto
de resolução em defesa dos vitivinicultores vítimas do granizo, no
Douro, em Junho passado, exactamente igual ao que o mesmo PSD tinha
apresentado em 2007 para as vítimas de idêntica calamidade natural, na
mesma região duriense!
Recordamos os projectos de resolução em defesa da produção nacional e
das quotas leiteiras, quando o que continua em curso é a liquidação da
produção estratégica, que é o leite. Ou de cereais, como o arroz,
novamente vítima de importações de milhares de toneladas (dumping) da
grande distribuição (Continente), a vendê-lo a 18 cêntimos o quilo, e
preços ruinosos à produção (oferta de 25 cêntimos/kg quando o preço
mínimo deveria rondar os 40 cêntimos/kg). Dumping que a Lei da
Concorrência, depois de uma das ditas "reformas estruturais" do
governo, não impede, segundo o Presidente da AdC, que também não sabe
quem o pode impedir! O governo não é de certeza!
E sobre o leite, a Comissão Europeia acabou de publicar um Relatório
em que acha que a aterragem suave / eliminação das quotas leiteiras
"está a correr bem" (sic)! Então não está!!! Portugal produziu, na
campanha 2011/2012, 10% abaixo da quota (menos 200 mil toneladas),
enquanto Áustria, Alemanha, Irlanda, Holanda, produziram acima! Tudo
bem, é o mercado único, sem quotas, a funcionar em pleno! É a
deslocalização da produção ou, se quiserem, a divisão europeia do
trabalho... uns vão produzir mais, outros ficam sem produção...
E nas quotas leiteiras, por mais que agora digam que estão contra,
foram cúmplices activos do PS e órgãos da União Europeia, na sua
liquidação. Como nos direitos de plantação da vinha, em que agora
contestam o que, em 2007, com um Relatório desta Assembleia da
República elaborado por PS e PSD, e apoiados pelo CDS, aprovaram,
cantando loas à Reforma da OCM do Vinho, aprovada por PS/Jaime Silva
durante a Presidência Portuguesa da União Europeia!
Sobre os projectos de resolução de incentivo, de "prioridade à
expansão do regadio" e de desenvolvimento do Projecto do Baixo Vouga
Lagunar, o resultado mais visível foi uma reprogramação do ProDer, com
um corte nos regadios públicos de 150 milhões de euros! Tendo como
consequência que candidaturas/projectos do ProDer aprovadas e com
calendário de execução não avançaram - reabilitação dos AH de
Cabanelas-Sabariz, do Lis, da Vigia, e de Alfândega da Fé, construção
do Dique da Barragem de Burga, no Vale da Vilariça e do Bloco III da
Lezíria Grande, modernização do AH de Cela, todas obras consideradas
de prioridade máxima pela Autoridade Nacional do Regadio! Isto para lá
da confissão da impotência do Ministério no apoio a processos de
reestruturação fundiária e agrícola, como o valioso projecto de
Monção/Alvarinho, patrocinado pela Câmara Municipal, atirado para as
calendas, tal como o Baixo Vouga Lagunar, como sucede há décadas...
Outra coisa digna de nota é a leveza com que a ministra vai agravando
custos ou transferindo novos custos operacionais para a agricultura,
sem pestanejar, com alterações fiscais e cortes das transferência do
OE, como sucede na electricidade, gasóleo, rações e fertilizantes,
fármacos, sanidade animal, seguros, crédito, ... Antes, quando era
oposição, o CDS achava que a agricultura não podia aguentar novos
encargos! Hoje, no governo, acha que já pode! É uma questão de
perspectiva! Na oposição ou no governo!
Situação que vai a par com o completo desnorte e caos no
desenvolvimento do ataque a graves situações em matéria de
fitossanidade, com pragas e doenças em grande expansão e a dizimar
culturas hortofrutícolas e floresta, sem que sejam tomadas as medidas
necessárias... E na sanidade animal não vamos pelo mesmo caminho,
porque já é pior!
Problemas que vão de par com a continuidade absoluta da política do
ministro Jaime Silva, no desmantelamento das estruturas
públicas/laboratórios, na redução de recursos humanos e meios,
produzindo um recuo de décadas nos respectivos serviços públicos. O
que está em curso na Coudelaria de Alter, depois dos crimes do PS, é
inadmissível! Prejuizos públicos e lucros privados, com a privatização
de um inquestionável serviço público e que devia ser um inalienável
património nacional! São laboratórios sem dinheiro para reagentes nem
para gás, quanto mais para fazer a certificação das suas competências!
Ou a continuidade em matéria de fundos comunitários. Com a continuação
da devolução de fundos não utilizados a Bruxelas, como sucede na RRN.
Com o não aproveitamento das verbas disponibilizadas pela União
Europeia para o tratamento de madeira afectada pelo NMT. Com o
inaceitável ritmo de concretização do ProDer - iremos ficar com uma
folga de 50 milhões de euros da contrapartida nacional, no Orçamento
do Estado 2012 - não se facilitando assim a injecção de liquidez na
economia.
Ou o caso das MAA, onde o argumento de regulamentação europeia, contra
o que a ministra tinha afirmado no processo de revisão do Parcelário,
está a penalizar agricultores que cumprem o até hoje estipulado em
Portaria, que só penalizava quando as quebras nas áreas de compromisso
fossem superiores a 20%!
3. Duas situações exemplares: sanidade animal e Douro
Duas situações são particularmente denunciadoras de como se reproduzem
de forma ampliada os erros, omissões e opções de política agrícola do
governo PS: sanidade animal e o drama que vivem os 40 mil viticultores
na Região Demarcada do Douro.
PSD e CDS conheciam bem os problemas da sanidade animal, inclusive as
dívidas que herdaram dos governo PS. Questionaram sobre o assunto
esses governos. A ministra foi alertada pelo PCP em todas as audições
realizadas na Assembleia da República desde que tomou posse. É, assim,
totalmente inaceitável a situação em que nos encontramos.
Há legislação não revogada, nomeadamente do faseamento das
transferências para as OPP/ADS, que não se cumpre. Não há verbas no
PIDDAC para 2013 para aplicação do Programa de Medidas Veterinárias.
"Pretende o Estado que todos os custos da sanidade animal sejam
imputados aos criadores"? O governo sabe que não se efectuando as
acções sanitárias, o movimento de animais será impedido, com graves
consequências económicas. Que, para grande parte das explorações sem
capacidade para assumir encargos, tal significará o fim da produção
pecuária! Sabe o Ministério, que a "privatização" da requisição de
ensaios significa o fim do controlo oficial (DGAV) sobre os mesmos? O
que levou a nova burocratização na validação das despesas pelo IFAP,
atrasando ainda mais os pagamentos de ensaios realizados! Como é
possível que se determine, em 18 de Maio, alterações em Abril, com
consequências retroactivas, no não pagamento de ensaios de leucose
enzoótica bovina! Como é possível que, estando nós em Dezembro de
2012, continuem por pagar serviços prestados pelas ADS/OPP, 40% dos
valores de 2011 e 100% dos serviços de 2012? O Ministério sabe que
essas organizações têm funcionários com meses de salários em atraso?
Como se altera em Maio a estratégia do Programa de Erradicação da
Brucelose Bovina, com introdução de um ensaio (Elisa) em leite sem
existirem laboratórios preparados para o fazer? Os que enviaram
ensaios para o laboratório de referência nacional LNIV (Laboratório
Nacional de Investigação Veterinária), foram confrontados com a recusa
deste em receber as amostras!
Entretanto, as vacarias com mais de 60 vacas ficavam com as suas
explorações dadas como não saneadas - os testes não estavam
homologados para esses casos! Entretanto, verificaram-se rupturas nos
serviços oficiais. As Direcções Regionais de Agricultura não conseguem
assegurar materiais e documentos necessários ao conjunto dos planos
sanitários, nomeadamente as tuberculinas, as vacinas REV1 e os
destacáveis dos passaportes sanitários!
Estão em causa, não apenas os prejuízos dos produtores. Está em causa
a saúde animal e imediatamente a saúde pública. Estão em risco as
exportações portuguesas de produtos pecuários. Vai o Estado português
perder todo o trabalho sanitário e o investimento de milhares de euros
realizado ao longo de 30 anos? Um desastre!
No Douro a situação não é melhor, é pior! Uma política errática, que
começou da pior maneira logo em Julho de 2011, com uma brutal redução
de benefício, no meio de uma cacofonia contraditória de ministra e
secretário de Estado. A que se seguiu o pedido de contribuição dos
municípios da Região, que a deram, sem qualquer consequência até hoje.
A que se segue a reapresentação da proposta do anterior governo para
saneamento da Casa do Douro. E, ao fim de 18 meses, o que o Ministério
nos diz é que o assunto está no Ministério das Finanças...
Extraordinário. Ministério que, ao fim de meses, não responde sequer
ao pedido de reunião da Casa do Douro. E fala o governo de uma nova
reavaliação do stock de vinhos da Casa do Douro, dado como penhor na
assunção de dívida pelo estado, desconhecendo os acordos protocolados
em 1997 pelo Estado, IVDP, AEP e Casa do Douro (são as decisões de um
governo PSD/CDS!) determinando o valor e a fórmula da valorização
anual dos vinhos!
Casa do Douro que acabou de encerrar o seu laboratório e tem cerca de
30 trabalhadores com 20 meses de salários em atraso.
Depois do roubo do Cadastro, usado e abusado, pelo IVDP (lembram-se,
srs. deputados, da vibrante intervenção nesta AR do então deputados
líder do PSD, hoje Presidente da Comissão Europeia, sobre o roubo do
cadastro da Casa do Douro? Governava o País o PS do eng. Guterres!),
continua o saque pelas Finanças das taxas do IVDP. Depois de 8 milhões
de euros em 2011 - tão criticado por PSD e CDS - em Agosto mais 450
mil euros!
Isto é, os viticultores durienses e outros agentes da fileira pagam
duas vezes impostos, uma vez às Finanças, outra vez ao IVDP! Que
adjectivos aplicar?...
Prossegue a liquidação acelerada das adegas cooperativas, incluindo
das maiores. Depois de Sanfins e Pegarinhos, de Vila Flor e Vila Nova
de Foz Côa (leilão recente), chegou a falência às portas da de Santa
Marta de Penaguião. As empresas privadas compram a massa falida e
alugam instalações, como sucede em Alijó.
A aguardente vínica atinge preços altíssimos, com inaceitáveis
consequências nos preços do vinho tratado, e logo na comercialização
do vinho do Porto. Amanhã será motivo para justificar dificuldades do
comércio e redução do benefício!
Arrastados nesta voragem, milhares de pequenos viticultores durienses
vêm os frutos do seu trabalho, não pagarem sequer os custos da
vindima. Quanto mais para os investimentos que muitos fizeram. Quando
não é o granizo é a política de direita no Douro em todo o seu
esplendor!
E foi certamente para comemorar os 11 anos do Alto Douro Vinhateiro
Património da Humanidade que o governo resolveu, com a Resolução do
Conselho de Ministros n.º 79-A/2012, de 25 de Setembro, dar um golpe
de morte no Museu do Douro!
Sem uma ideia, sem objectivos, sem uma estratégia, o Ministério da
Agricultura abandona a intervenção pública (porque é difícil falar da
existência de uma política) para a Região Demarcada, seguindo atrás e
entalado, entre os interesses das grandes casas exportadoras e do
comércio da fileira e a gestão cega e tecnocrática do Ministério das
Finanças! Um desastre!
No foram o PSD e o CDS (e outros partidos) que, em Julho de 2009
apresentaram e aprovaram projectos de resolução recomendando ao
governo de então, em vésperas de eleições, entre outras medidas, o
saneamento financeiro da Casa do Douro???
Srs. deputados, em 26 de Novembro de 2010, esta Assembleia da
República aprovou por unanimidade, sob proposta do PCP, um conjunto de
recomendações ao governo para tentar travar/atenuar a sinistralidade
no mundo agrícola com os tractores (Resolução da Assembleia da
República n.º 139/2010, de 20 de Dezembro). Mais de 65 mortos e 25
feridos graves desde então, quase todos no Norte e Centro do País, e o
governo PSD/CDS não conseguiu, não arranjou tempo nem recursos, para
sair da abordagem rotineira do problema. Nem uma só recomendação foi
concretizada! Está tudo dito!
Fonte: PCP

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/03b.htm

VIDEO CAP: Agricultura – Atividade de Futuro



http://videos.sapo.pt/cap_videos/0RncRCPA9igMQppNgkZw

Agricultura: Setor do leite é um exemplo da agricultura em Portugal - Capoulas Santos

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
21:40 Quinta feira, 3 de Janeiro de 2013

Vila do Conde, Porto, 03 de jan (Lusa) -- O eurodeputado socialista
Capoulas Santos defendeu hoje, em Vila do Conde, que o setor do leite
"é um exemplo" no contexto agrícola nacional.

À margem de uma conferência organizada pela pelas associações dos
Produtores de Leite de Portugal e de Jovens Agricultores do Distrito
do Porto, o político socialista lembrou que este é um setor que "fez
milagres", porque Portugal passou de "90 para 10 mil produtores" que
conseguiram "manter a mesma produção de leite" de há 20 anos atrás.

Considerando que foi um "ajustamento estrutural enorme", Capoulas
Santos lamentou, em simultâneo, que, nos últimos anos, o custo dos
fatores, como combustíveis, fertilizantes e cereais, tenha "aumentado
de forma vertiginosa" e, em contrapartida, "o preço do leite tem
baixado, fruto da lógica comercial estabelecida".


http://visao.sapo.pt/agricultura-setor-do-leite-e-um-exemplo-da-agricultura-em-portugal-capoulas-santos=f704884

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Câmara de Coimbra abate palmeiras “históricas” destruídas pelo escaravelho-vermelho

LUSA 03/01/2013 - 18:08
Algumas das árvores abatidas no Parque Manuel Braga tinham pelo menos
20 metros de altura e foram plantadas nos anos 20.


A praga tem destruído palmeiras um pouco por todo o país MIGUEL MANSO

A Câmara Municipal de Coimbra começou esta quinta-feira a abater as
palmeiras "históricas" do Parque da Cidade, "algumas quase
centenárias", no âmbito do combate ao escaravelho que destrói estas
espécies.

O vereador Luís Providência, que detém o pelouro Ambiente, disse à
agência Lusa que cabe à autarquia remover dos espaços públicos da
cidade "todas as palmeiras afectadas pela praga" do Rhynchophorus
ferrugineus, o nome científico do escaravelho-vermelho.

Algumas das árvores abatidas no Parque Manuel Braga tinham pelo menos
20 metros de altura e a sua plantação remonta aos anos 20 do século
passado, quando foi construído aquele espaço público, também conhecido
por Parque da Cidade.

"Tem sido um problema dramático em Coimbra", disse Luís Providência,
revelando que também "tem recebido ofícios de alguns privados" a
pedirem apoio para a eliminação das palmeiras nos seus jardins e
quintais. Oriundo da Ásia tropical e da Oceânia, o
escaravelho-vermelho tem destruído aquelas árvores exóticas "um pouco
por todo o país", salientou, indicando que uma directiva do Ministério
da Agricultura impõe o seu abate e incineração, de modo a travar a
disseminação do besouro.

A remoção das palmeiras do Parque da Cidade, na margem direita do rio
Mondego, está a ser efectuada pela Câmara de Coimbra e por uma empresa
contratada, cujos trabalhadores começam por serrar as palmas, sendo
içados para o topo com auxílio de uma grua.

Nos últimos anos, dezenas de plátanos que ladeavam a Avenida Emídio
Navarro, junto ao Parque da Cidade, também foram abatidos devido a uma
doença que os dizimou. O Parque Manuel Braga está historicamente
ligado às tradições académicas de Coimbra, por ter acolhido durante
décadas as Noites do Parque, integradas na Queima das Fitas.

http://www.publico.pt/local/noticia/camara-de-coimbra-abate-palmeiras-historicas-destruidas-pelo-escaravelhovermelho-1579388

Paraíso dos vegetarianos, Índia enfrenta aumento do consumo de carne e fast food

HOJE às 16:130

inShareEm nenhum outro país há tantos vegetarianos como na Índia. Mas
o aparecimento de uma nova classe média, que valoriza hábitos
ocidentais em detrimento da tradição religiosa, fez com que o consumo
de carne começasse a crescer.
A princípio, parece contraditório: a Índia, o país dos vegetarianos,
regista um rápido aumento do consumo de carne. Estatísticas afirmam
que 40% dos indianos não come carne. Em nenhum outro país a
percentagem de vegetarianos é tão alta quanto na Índia.

No entanto, nos últimos dez anos, o consumo de carne no país duplicou.
Em 2009, a média era de 5,5 quilos por pessoa, segundo a Organização
Mundial da Saúde: um índice ainda baixo quando comparado com o da
Alemanha, de 61 quilos de carne bovina, porco e aves ingeridos por
cada cidadão por ano, segundo dados do Departamento Federal de
Estatísticas.

As cadeias de fast food espalham-se rapidamente por todas as cidades
da Índia. Elas atraem principalmente a clientela mais jovem e ficam
cheias sobretudo nos fins-de-semana. Nas grandes cidades, como Deli,
Mumbai, Chennai ou Kolkata (a antiga Calcutá), famílias passam o tempo
livre em encontros regados a coca-cola, batatas fritas e hambúrgueres
em cadeias do McDonalds ou consomem frango panado frito na rede
Kentucky Fried Chicken.

O médico Sanjay Sanadhya, especialista em diabetes, vê com
desconfiança essa mudança nos hábitos alimentares da população. «As
pessoas na Índia estão simplesmente a imitar o estilo de vida
ocidental. Percebe-se como elas estão, de maneira geral,
distanciando-se das suas tradições culturais. Além disso, há factores
como a globalização e a mobilidade crescente das pessoas, que viajam
cada vez mais para o Ocidente.»

Para a nova classe média indiana, sobretudo para as gerações mais
jovens, comer carne é sinal de cosmopolitismo e de um certo nível de
educação. Além disso, o hábito é também visto como indicador de
estatuto económico, pois os pratos com carne no país são geralmente
mais caros que os vegetarianos.

Durante muito tempo, tabus religiosos impediram muitos indianos de
comer carne. Textos hindus com séculos já pregavam a aversão à
ingestão de carne. Para os cidadãos mais religiosos, a vaca é um
animal sagrado. O abate bovino é proibido no país, cuja população é
composta de 80% de hindus. Antigamente, quem comia carne era
considerado incivilizado e bárbaro.

Mahatma Gandhi, o pai político e espiritual da independência da Índia,
era estritamente vegetariano. O «não» pregado por ele a qualquer forma
de violência – um dos pilares dos seus ensinamentos – começava na
mesa.

Kirti Sharma, uma jovem de 20 e poucos anos de Nova Deli, concorda com
os ensinamentos de Gandhi, embora acentue que cada vez menos pessoas
da sua geração pensem dessa forma. «Acho muito melhor ser vegetariano,
pois abater animais, ou seja, matar outros seres vivos, não pode ser
boa coisa», observa.

Sharma lembra que ela pertence à casta dos brâmanes, entre os quais o
consumo de carne é, na verdade, proibido. Segundo a estudante, os seus
pais estão atentos para que ela não coma produtos derivados de
animais. «Só é difícil quando sou convidada para festas, pois em
muitas tartes há ovos, e acabo por ter de comê-las», conclui a jovem.

Outros grupos religiosos na Índia, como por exemplo os jainas, não só
não comem carne de forma alguma, como também não ingerem vegetais que
crescem debaixo da terra, como batatas, cebolas ou raízes. Seres vivos
podem ser mortos durante a sua colheita, argumentam. Alguns jainas
ortodoxos usam máscaras no dia-a-dia, a fim de evitar que engulam sem
querer algum insecto.

Por fim, os muçulmanos, que perfazem 13% da população da Índia, não
comem carne de porco.

Grandes cadeias, como o McDonalds, adaptaram-se ao mercado indiano.
Presente na Índia desde 1996, o grupo norte-americano não vende
hambúrgueres de carne bovina no país, mas o que chama de chicken
maharaja burger. Segundo a publicidade veiculada pela cadeia, quem
come esse hambúrguer deve sentir-se como um marajá, ou seja, como um
rei.

A estratégia de marketing bem-sucedida, que inclui a participação de
artistas de Bollywood e de estrelas do críquete, é vista pelos
especialistas como uma das razões para o aumento do consumo de carne e
sobretudo de fast food em toda a Índia.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=608831

Mirandela dá a provar bombons e gomas de azeite

ACTUALIDADE

03 | 01 | 2013 17.01H
O concelho de Mirandela vai adoçar os primeiros dias do novo ano com
bombons de azeite que prometem engrossar o rol de atrativos da fileira
de um dos mais importantes produtos agrícolas transmontanos.

A quem a nova proposta causar estranheza, o presidente da Câmara,
António Branco, garante já ter provado e que "são bastante bons" estes
novos bombons e gomas de azeite que o VIII Festival de Sabores de
Azeite Novo vai dar a provar durante a próxima semana, em Mirandela.

A iniciativa dedica um dia a demonstrar que "o azeite é dos produtos
que melhor liga com o chocolate" e que desta relação estará prestes a
surgir uma nova área de negócio, segundo adiantou o autarca, que é
também presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e
Alto Douro (AOTAD) e responsável pela organização do festival.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

http://www.destak.pt/artigo/150106-mirandela-da-a-provar-bombons-e-gomas-de-azeite

Oliveira da Serra. Liderança, sim, mas não a qualquer preço

A marca de azeite da Sovena quer segurar a liderança por cá e até
conquistá-la no Brasil. Mas de forma sustentável, como é política do
grupo


Jorge de Melo e Otto Teixeira da Cruz
Diana Quintela
02/01/2013 | 13:30 | Dinheiro Vivo
A produção e exportação de azeite está a aumentar, colocando Portugal
perto de ser autossuficiente. O papel da Sovena neste feito "começou
há quatro anos, quando, aproveitando o desenvolvimento do Alqueva,
integrou a produção no negócio" e investiu 200 milhões de euros em
olival e lagar.
Com três polos importantes - Elvas, Avis e Ferreira do Alentejo, onde
construiu o Lagar do Marmelo - a Sovena totaliza cerca de 10 mil
hectares de olival, só em Portugal. Destas culturas saem os azeites
Oliveira da Serra e Andorinha, mas também para outras marcas nos
diversos mercados onde o grupo opera.
Otto Teixeira da Cruz, diretor de marketing e vendas, e Jorge de Melo,
administrador da Sovena, garantem que a sustentabilidade é hoje um
fator fundamental.
O azeite Oliveira da Serra vai manter em 2013 a liderança conquistada,
no ano passado, ao Gallo?
Otto Teixeira da Cruz (O.T.C.) - O importante é perceber que este ano
o mercado está a crescer. Ou seja, tudo o que se fez e comunicou à
volta do azeite tem trazido novos consumidores. Não escondemos que o
objetivo é liderar, mas não a qualquer custo ou preço. A rentabilidade
e a sustentabilidade dessa liderança são importantes. Tal como termos
um bom azeite, importa estarmos em todos os clientes com um preço
adequado à expectativa e à procura do consumidor. Para isso conta a
inovação: caso da embalagem PET (plástico), que surge da necessidade
de uma garrafa mais prática (não se parte) e barata. Podíamos ter
melhorado as nossas margens, praticando o preço da garrafa de vidro,
mas quisemos transferir a vantagem para o consumidor. Outra das
vantagens foi o pop up (forma de distribuir azeite sem desperdício).
No final de 2011, o azeite Oliveira da Serra tinha uma quota de 20%.
E conquistar a liderança no Brasil, com o azeite Andorinha?
Jorge de Melo (J.M.) - O Brasil é o nosso principal foco de
exportação, com o Andorinha (criado em 1929), a 2.ª marca do mercado
adquirida em 2004, com a empresa Simão & C.ª. Existia já uma marca que
era líder e que é nossa concorrente também em Portugal, que se
posiciona na tradição, na família... Portanto, quisemos diferenciar,
apesar de o azeite ser tradicional, transmitindo um conjunto de
fatores associados à modernidade, ao estilo cosmopolita e inovador, o
que nos tem trazido bastantes benefícios. Lançámos o pop up, que se
chama vai e vem, adotámos uma garrafa personalizada e tivemos ações
importantes nos media, nomeadamente uma associação ao programa de Ana
Maria Braga, que chegou a filmar nos nossos olivais. Também aí, mais
do que ser líder, queremos rentabilizar a operação, crescer e ser
sustentáveis.
Em Portugal, o preço é o que mais importa para o consumidor. Como faz
o Oliveira da Serra essa gestão face às marcas de distribuição?
O.T.C. - As marcas de distribuição são hoje mais uma marca. Qual é o
grande fator diferenciador? O preço. Claro que as marcas [de
fabricante] trabalham outras variáveis que lhes permitem ter uma
relação diferente com o consumidor...
J.M. -... mas em condições normais de mercado também queremos ser
competitivos no preço. Não aos níveis da distribuição, porque há
fatores de inovação, qualidade e praticidade que não são relevantes
para essas marcas como são para nós.
A comunicação também importa?
O.T.C. - Hoje, comunicação não é só a TV. As pessoas estão mais tempo
na internet, em casa, ao pé da TV, a navegar no telemóvel ou no
tablet. E é aí que estamos a trabalhar: no Facebook, onde o Oliveira
da Serra tem muitos fãs, estando no Top 10 da área alimentar. Dentro
deste marketing mix, damos também muita atenção ao ponto de venda.
Vamos continuar a inovar, a apostar, mas em formas diferentes.
Como aconteceu com o product placement na telenovela Laços de Sangue,
da SIC, hoje um case study?
J.M.- Foi uma associação bem-conseguida. Surgiu da oportunidade e
interesse de os produtores da telenovela terem um olival na história.
Captámos a mensagem deles e introduzimos o Oliveira da Serra. Apesar
de não ter dados quantitativos, a rentabilização é maior do que com um
anúncio esporádico na TV.
E através da moda da associação da marca a chefs?
O.T.C. - As pessoas voltaram ao prazer de estar à mesa. Porque saem
menos, estão com os amigos, com a família e mimam-se mais. Daí a
importância de chefs como Gordon Ramsay ou Vítor Sobral, com quem a
marca tem parceria e de quem as pessoas copiam as receitas tornando-se
chefs.
O óleo Fula faz 50 anos. Como explica esta longevidade?
O.T.C - É uma marca absoluta (quota de 26%) e que dá nome ao segmento.
Além da inovação na embalagem e no produto (frita sem cheiros), nunca
defraudou a expectativa do consumidor. Exporta para Angola e Cabo
Verde graças à logística da Sovena.
Como é que o Fula convive com o Vegê, também da Sovena?
O.T.C - São formulações e marcas diferentes, com posicionamento e
comunicação também diferentes, e até no preço. Um é mais para a casa,
o outro para a restauração.
Com a crise, há transferência de consumo de azeite para o óleo?
J.M. - Em Portugal, diria que não, o azeite tem estado com preços
baixos. A diferença de preço entre o azeite e o óleo é tão baixa que
não justifica essa transferência.
O.T.C. - Ao contrário do azeite, o consumo de óleo está a cair entre
2% e 4%, mas juntos os dois mercados de gorduras alimentares crescem.
Quais as expectativas para 2013?
J.M. - Esperamos crescer em faturação e resultados. A Sovena é um dos
dois maiores grupos mundiais de azeite. O primeiro em marca própria e
o maior exportador na Península Ibérica. O nosso grande motivo de
orgulho é termos acreditado no projeto iniciado em 2008, altura em que
a economia mundial começou a cair. Tivemos a sorte de os nossos
parceiros financeiros terem também acreditado e construímos o maior
olival privado do mundo, o Lagar do Marmelo, em Ferreira do Alentejo,
com um investimento de 200 milhões de euros, que extrai até 20 milhões
de litros por ano.
Pode promover Portugal lá fora?
J.M. - Sim, muita da nossa estratégia de comunicação vai incidir no
facto de termos 10 milhões de árvores e sermos 10 milhões de
portugueses, uma por cada português. Mostra a nossa vontade de crescer
e combater o marasmo da economia portuguesa, pois acreditámos que
somos capazes, aqui em Portugal, criando uma dinâmica vencedora.

http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO086198.html?page=0

Medidas de Apoio Pós-Fogo discutidas para recuperar área ardida

Tavira, 3 Jan (Rádio Horizonte Algarve)


Deputados do Algarve defendem execução urgente dos projetos ProDer
para recuperar áreas ardidas em Tavira e S. Brás de Alportel.





A Assembleia da República discute hoje o Projeto de Resolução sobre
Medidas de Apoio Pós-Fogo para Tavira e S. B. de Alportel, subscrito
por todos os partidos e todos os deputados algarvios. Um documento
que, sublinham os parlamentares, constitui um sinal de apoio às
populações afetadas pelos incêndios no Verão de 2012, bem como um
alerta ao Governo no sentido de operacionalizar um conjunto de medidas
que viabilizem a recuperação da economia local, especialmente
associada aos setores agrícola e florestal.

"A nossa grande preocupação é alertar o Governo para a necessidade de
criar condições para a execução dos projetos ProDer para estabilização
ambiental que, sendo o mais urgente neste momento, já deveria estar em
pleno andamento", refere Miguel Freitas, primeiro subscritor do
Projeto de Resolução discutido hoje na sequência de uma petição com
4200 assinaturas apresentada pela sociedade civil e que já foi
apreciada em plenário.

Salientando o "enorme consenso que a matéria gerou no Parlamento", o
Deputado algarvio manifesta-se confiante na abertura do Governo às
recomendações do Projeto de Resolução, nomeadamente que concentre
todos os esforços na recuperação da área ardida, adote as medidas
necessárias para operacionalizar os regimes de exceção já criados e
avalie, juntamente com os proprietários florestais afetados, a
situação excecional relativa aos povoamentos objeto de financiamento
pelo programa 2080.

"Embora não se consiga reparar totalmente as perdas das populações,
após uma tão grande calamidade como foi este brutal incêndio, podemos
no entanto afirmar o apoio da Assembleia da República e dizer-lhes que
não estão sozinhos" frisa Miguel Freitas, sublinhando "a necessidade
de acompanhamento permanente da aprovação e execução do plano de
recuperação das áreas ardidas, para que o essencial não fique no
papel".

Para a recuperação da área ardida nos dois concelhos algarvios, os 20
deputados que subscreveram o Projeto de Resolução, sendo os cinco
primeiros Miguel Freitas, Cristóvão Norte, Artur Rego, Paulo Sá e
Cecília Honório, recomendam que, para além da aprovação e execução
urgente das candidaturas ao ProDer no âmbito das medidas de
estabilização de emergência, o Governo elabore e execute um plano
integrado que restabeleça o potencial produtivo da floresta e de
outras atividades económicas, lúdicas e ambientais, com o envolvimento
das comunidades locais.

A promoção efetiva da realização do cadastro florestal dos dois
concelhos e a concretização do projeto piloto de uma área florestal,
constitui outra proposta do documento, que recomenda ainda a
constituição de uma comissão técnica de acompanhamento para garantir a
efetiva execução das medidas de estabilização de emergência em tempo
útil e da implementação do plano integrado.

No que concerne à operacionalização dos regimes de exceção, os
parlamentares recomendam, entre outras medidas, a contratação pública
para que os prazos processuais legais sejam garantidos, bem como a
suspensão do pagamento das taxas associadas à cinegética, durante pelo
menos em 2013, em toda a zona afetada.

As áreas atingidas pelos incêndios de 2012 nos concelhos de Tavira e
S.B. de Alportel representam 20% do total da área florestal ardida no
País, no ano passado. Na sequência dos fogos no Algarve, a Assembleia
a República realizou diversas audições no âmbito da Comissão
Parlamentar de Agricultura e Mar, com os membros do Governo,
Presidentes de Câmara dos respetivos concelhos, Liga de Bombeiros
Portugueses e a equipa coordenadora do Relatório Independente que o
Ministro da Administração Interna mandou elaborar.

http://www.algarvenoticias.com/noticias/artigo.php?op=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&id=80418728f131ff0a2b48614529fbf9f3

Lançado Monopoly da França agrícola

3 de Janeiro de 2013, por Maria João de Almeida



A Parker Brothers lançou recentemente uma nova versão de um dos jogos
de tabuleiro mais famosos do mundo, direccionado aos apaixonados por
vinho, o «Le Monopoly de la France Agricole». Como o próprio nome
indica, ao invés de ruas, o tabuleiro tem representadas vinhas de
regiões famosas de Bordéus, da Borgonha, Champanhe e Côtes du Rhône.

Desenhado pela France Agricole Association, o objectivo a cumprir é
muito semelhante ao do jogo original: Adquirir terras e investir em
vinhas, em vez das casas e hotéis tradicionais. Para tal, os jogadores
têm de negociar a terra através de leilões ou de alugueres, para
depois construir instalações vinícolas.

Diversas actividades agrícolas foram também acrescentadas ao jogo. Por
exemplo, se um jogador for preso na época da colheita, os outros
jogadores terão de colher as uvas de quem foi preso. Por enquanto, o
jogo só tem versão em francês e pode ser encontrado no site da La
Galerie Verte por 48,90 euros.

http://www.mariajoaodealmeida.com/catalogo_noticias.php?ID=3500&ID_ORG=3

McDonald’s lança gelado de maçã de Alcobaça

por Ana Rita Costa 3 de Janeiro - 2013

A McDonald's acaba de lançar um novo gelado de maçã de Alcobaça, da
gama Origens. O novo sundae foi desenvolvido com o objetivo de
promover os paladares portugueses e a fruta de origem nacional.

O gelado foi criado em exclusivo para o mercado português e conta com
uma cobertura de maçã de Alcobaça de Indicação Geográfica Protegida
(IGP) e canela, produtos fornecidos pela Frulact – parceira da
McDonald's Portugal – em colaboração com a Associação dos Produtores
de Maçã de Alcobaça (APMA).

Este novo produto sucede ao sundae com Pera Rocha do Oeste e reforça a
aposta da marca em desenvolver produtos adaptados ao gosto nacional e
às preferências dos consumidores portugueses.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6864&bl=1

Lusiaves vence Prémio Agricultura 2012

por Ana Rita Costa 3 de Janeiro - 2013

O Grupo Lusiaves recebeu o Prémio Agricultura 2012 na categoria de
Grandes Empresas Agrícolas, tendo sido considerada a empresa agrícola
de grande dimensão que mais se destacou ao longo do ano na sua
atividade.

A cerimónia decorreu na Casa das Histórias em Cascais e contou com a
presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas.

Para a atribuição deste galardão ao Grupo Lusiaves contaram como
indicadores de análise o desempenho económico, a exportação, a
investigação, desenvolvimento e inovação, recursos humanos,
comunicação e imagem, políticas e certificações, gestão da cadeia de
fornecedores, saúde e nutrição, responsabilidade ambiental, higiene,
saúde e segurança e a responsabilidade social.

Estes prémios do Continente, Correio da Manhã e Jornal de Negócios
foram lançados para promover, incentivar e premiar os casos de sucesso
da agricultura nacional, contando com o patrocínio do Ministério da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

A Lusiaves está neste momento a desenvolver um conjunto de
investimentos, com o apoio dos fundos comunitários disponíveis, num
valor global superior a 127 milhões de euros que vão ser aplicados em
novas instalações, na ampliação das instalações já existentes e na
aplicação de tecnologia, permitindo assim a criação de centenas de
postos de trabalho.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6866&bl=1

Açores: Agricultura pode absorver novos trabalhadores

(som)
Publicado: 2013-01-03 11:17:54 | Actualizado: 2013-01-03 11:42:00

Por: RTP Açores

O ingresso de novos e mais qualificados trabalhadores na agricultura
pode determinar uma viragem no setor, afirma a Federação Agrícola dos
Açores.
Jorge Rita, presidente da federação, diz que o setor tem capacidade
para absorver mão-de-obra.

Na sua opinião, é apenas necessário baixar o custo da mão-de-obra e
apostar na formação dos trabalhadores.

O líder dos agricultores acredita que o setor poderá aumentar a sua
rentabilidade e desempenhar, em 2013, um papel fundamental no
equilíbrio da economia açoriana.

http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=30353&visual=3&layout=10&tm=10