sábado, 18 de janeiro de 2014

“É preciso envolver empresas fora de Monção e Melgaço na comercialização de Alvarinho”


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Por Pedro Garcias
18.01.2014
Manuel Pinheiro, o presidente da Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes, recorre aos números para traçar um retrato quase cor-de-rosa da região que dirige. E é a custo que reconhece haver um problema de excedentes de Alvarinho em Monção e Melgaço, apesar desta casta se estar a expandir no país e no mundo.
As tendências actuais de consumo são favoráveis ao estilo de brancos que se produzem no Minho e o crescente aumento das exportações parece reflectir isso mesmo. Desde o ano 2000, as exportações mais do que duplicaram, como realça nesta entrevista Manuel Pinheiro, o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. Mas há uma outra realidade por trás das estatísticas boas: excedentes de vinho Alvarinho, preços baixos, produtores reféns da imagem de uma região muito associada a brancos leves, frescos e baratos e a tintos rudes e étnicos.

Qual é o estado da arte da região dos Vinhos Verdes? Vende mais e a melhores preços ou tem aumentado as vendas à custa dos preços baixos?
Fechámos 2013 com 52 milhões de litros no mercado, o que representa um aumento de 3,5% face a 2012, fortemente suportado na exportação, que aumentou 11%. Há mais de uma década, a região aceitou traçar um novo rumo pela melhoria constante dos vinhos, por uma melhor comunicação e compromisso com a exportação. Os resultados finalmente aparecem muito sustentados: em 2000 exportávamos 15% do negócio; no fecho de 2013, ultrapassámos os 40%. Por exemplo, nos EUA mais de metade dos vinhos portugueses com Denominação de Origem/Indicação Geográfica são Vinho Verde. É na exportação que estamos a buscar o crescimento que em Portugal não há. Os preços médios estão estáveis, não foram sacrificados, embora, é claro, todos desejássemos que estes crescessem. 

A publicidade institucional da região tem "vendido" o vinho verde como um vinho jovial, leve e fresco (e barato). Não acha que se trata de uma imagem demasiado redutora, que nivela todos os vinhos por um mesmo padrão?
Comecemos então pelo essencial: o Vinho Verde é, de facto, um vinho jovem e leve. Tem menos álcool e, por isso, é menos calórico do que os restantes vinhos. Isso é óptimo para a gastronomia mais leve que hoje todos consumimos. É um vinho de cultura muito aberta: não é preciso ter uma licenciatura em vinhos para pedir um Vinho Verde! Claro que é uma região segmentada e queremos que o cliente descubra isso: há os vinhos de lote que são a entrada e depois a gama ganha valor com as castas principais, como o Loureiro e o Alvarinho. Quanto ao preço, temos duas preocupações: que o viticultor seja justamente remunerado pelas uvas que produz e que o cliente encontre excelentes vinhos a bom preço. Ora, se quanto à segunda isso é claro, quanto à primeira a nossa região é a que melhor remunera as uvas brancas em Portugal.

Na vizinha Galiza, a crescente notoriedade internacional dos seus vinhos está associada à explosão dos vinhos Albariño, vendidos a bons preços. Nos Vinhos Verdes, a ideia que se tem é que a imagem da região continua muito associada a vinhos de mass market, como o Casal Garcia, por exemplo...
A vinicultura galega está a passar por dias difíceis, com sobreprodução, mercado em retracção e forte baixa de preços. Estão, aliás, a fazer o caminho inverso ao nosso. O Casal Garcia é um bom exemplo de sucesso e não do contrário. É a marca número um das exportações portuguesas de vinhos brancos, está presente em dezenas de países, é um fabuloso gerador de riqueza e postos de trabalho em Portugal e valoriza as uvas de centenas de produtores. Naturalmente que o esforço de toda a região é no sentido de crescer também em valor. Isso faz-se investindo na viticultura, ligando o vinho ao território, reforçando as marcas e, consequentemente, produzindo melhores vinhos a cada vindima. Para esse segundo segmento, de maior valor, apontamos as castas como o Loureiro e o Alvarinho, o Espumante de Vinho Verde e a Aguardente.

Não estão em causa o valor e o sucesso do Casal Garcia. O que se questiona é o posicionamento da região, muito associado a vinhos de baixo preço, ao contrário da Galiza, que tem vinho a ganhar terreno nos vinhos mais caros e a merecer um crescente destaque por parte dos críticos mais influentes. Não estará a região a precisar de uma espécie de "Douro Boys" dos Vinhos Verdes?
Os Douro Boys são um óptimo exemplo, que se deve a cada um dos produtores envolvidos. Não temos um exemplo paralelo nos Verdes mas temos nomes admiráveis, um Anselmo Mendes, um Soalheiro, produtores que nos orgulham e que orgulhariam qualquer região do mundo. A questão do preço não é bem assim. Repare que as nossas três marcas de topo estão na prateleira em redor dos 3,5 euros, algo que poucas das grandes regiões nacionais podem afirmar. A valorização do produto é tão necessária quanto demorada. Em tempos, o Vinho Verde era o vinho mais barato; hoje está longe disso e continuará gradualmente a valorizar-se.

A casta Alvarinho está a expandir-se no país e no mundo, mas em Monção e Melgaço, o seu solar, os excedentes não param de aumentar. Por outro lado, um produtor do Alentejo pode usar a designação Alvarinho no rótulo, mas um produtor dos Vinhos Verdes que não seja de Monção ou de Melgaço não o pode fazer. Como explica isto?
A percepção de qualidade do Alvarinho e o seu correspondente valor de mercado foram construídos a pulso pelos produtores de Monção e de Melgaço. Estamos a analisar o estatuto desta casta com todos os produtores, num diálogo aberto e sereno. Está claro para a região que não prescindimos de alguns pontos: que o diálogo seja leal e livre, que seja o interprofissional a tomar as decisões de relevo e que nada se faça contra os produtores, nomeadamente os de Monção e de Melgaço. 

Mas qual é a sua opinião acerca deste paradoxo? E por que razão existem, afinal, tantos excedentes de Alvarinho na região, se a casta tem cada vez mais adeptos por toda a parte?
Acho que a afirmação de Monção e Melgaço se tem de fazer pela qualidade e diferenciação dos seus vinhos e não apenas pela defesa das regras actuais. É essa, aliás, a vontade dos produtores. Quanto aos excedentes, o que se passa é que houve um fabuloso dinamismo de investimento na viticultura, porque as uvas são bem pagas, e a parte comercial, apesar de ter crescido, não acompanhou esta maior oferta. Creio que é preciso encontrar formas de captar as empresas que estão fora de Monção e Melgaço para que estas se envolvam na comercialização do Alvarinho. 

Acha que o verde tinto está condenado a ser um vinho étnico, sem grande futuro comercial?
São contextos distintos. O vinho verde branco é um negócio de 50 milhões de litros/ano. O tinto corresponde a 5 milhões de litros. O tinto é mais sazonal e mais regional. Não há mal nenhum em que uma região seja essencialmente de brancos ou de tintos. É assim em todo o mundo. O nosso tinto tradicional só tem mercado regional ou muito ligado com a gastronomia minhota. Para abraçar novos mercados precisaríamos de fazer tintos diferentes, e o que se tem feito até ao momento são experiências sem relevância comercial. Porém, os tintos ditos tradicionais têm evoluído, sobretudo os da casta Vinhão, e estão a ganhar valor.

Se os próprios dirigentes da região não acreditam nessas experiências, algumas bem aceites pela crítica, como se pode esperar que esses vinhos ganhem relevância comercial?
Eu acredito, tanto mais que provo esses vinhos com gosto. O ponto é que as mudanças não acontecem por nós acreditarmos mas sim por nós as construirmos. Ora, estes vinhos tintos que apontam novas vias carecem ainda de afirmação comercial. Note que estes vinhos de que falamos não têm ainda prémios e concursos internacionais, são raramente comentados pela imprensa, embora o sejam de modo muito positivo. Temos pois de os deixar aparecer e perceber qual é a reacção do mercado.

Casa do Douro: Mais depressa se chega a Júpiter ou Marte do que se aprova plano para a instituição


Publicado a 15 JAN 14 às 08:00
O presidente da Casa do Douro diz que mais depressa se chega a Júpiter ou Marte do que o Governo aprova de uma vez por todas um plano para a instituição. A data anunciada era fim de 2013 ou princípio de 2014, mas foi adiada para daqui a três meses.
 
O presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, lamenta a demora em adoptar um plano definitivo para a resolução dos graves problemas da instituição, que tem dívidas acumuladas de 160 milhões de euros e 30 funcionários com ordenados em atraso há três anos.
O Governo apresentou há cerca de seis meses uma proposta para dar solução aos problemas da Casa do Douro que passa pela venda de vinho armazenado, também de património e por uma alteração de estatutos.
Fonte do Ministério da Agricultura disse à TSF que a comissão inter-ministerial que tem o assunto em mãos está a recolher propostas que devem estar reunidas dentro de um mês. No fim do primeiro trimestre deve existir alguma decisão do gabinete de Assunção Cristas.
Manuel António Santos, o presidente da Casa do Douro, lembra a gravidade da situação e confessa que não entende o novo calendário.
O presidente da Casa do Douro revelou também que ontem o Ministério da Agricultura lhe comunicou que o vinho da instituição que está hipotecado vai ser alvo de nova avaliação, agora por técnicos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Manuel António Santos diz que é mais uma decisão que não se entende.
A Casa do Douro representa 40 mil produtores. No ano passado mais de uma centena abandonou as vinhas.

E os grandes vencedores da nova lei comercial são… os advogados

REGULAMENTAÇÃO

17 Janeiro 2014, 15:54 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt



Novo diploma que legisla sobre práticas individuais restritivas do comércio, que entra em vigor em Fevereiro, deixa muita margem para interpretações jurídicas. E impugnações.
Na aplicação da nova legislação que regulamentará as relações comerciais entre produção e distribuição, o designado PIRC – diploma sobre Práticas Individuais Restritivas do Comércio – vai haver dois vencedores, defendeu hoje Miguel Sousa Ferro, durante uma conferência promovida pela Centromarca.
 
O académico e jurista, especialista em lei da concorrência, defendeu esta sexta-feira, perante a audiência do evento da associação portuguesa de empresas de produtos de marca, que há dois grandes vencedores da nova legislação: "as empresas estrangeiras a operar em Portugal e os advogados".
 
E explicou porquê. Primeiro pelo "âmbito da aplicação" da legislação, porque, na opinião de Miguel Ferro, no novo diploma "estou a discriminar negativamente as empresas com sede em Portugal". O âmbito da lei remete desde logo para a aplicabilidade da lei "às empresas estabelecidas em território nacional". Depois, continuou, porque a aplicação da lei é extra-territorial, deixando espaço para que se aplique portanto a empresas nacionais na sua actividade fora de País.
 
A constitucionalidade colocou-se no quarto ponto da apresentação do professor da faculdade de Direito de Lisboa, que assumiu desde logo ter feito uma leitura "académica" do diploma durante vários dias. É que recordou, as coimas agora previstas no novo diploma do PIRC permitem que a mais alta coima praticada seja 600 vezes mais elevada do que a mais baixa. Ora, o Tribunal Constitucional já se pronunciou no passado que uma diferença de 500 vezes "viola o princípio da legalidade", afirmou.
 
O quinto problema detectado pelo especialista em Concorrência durante os "três a quatro dias" em que se debruçou sobre o novo diploma, disse, decorre do facto da designação de "agente económico" ser "substituída por empresa", o que na prática afirma, defendeu Miguel Ferro, que "não está proibida a venda com prejuízo a uma cooperativa", por exemplo.
 
"O grande desafiado", afirmou assim Miguel Ferro, "é a ASAE" [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica], entidade que passa a associar à sua actividade de investigador a de instrutora única do processo (por oposição ao actual diploma, em que a Autoridade da Concorrência é que fica com a responsabilidade de instrução). O jurista considera que, ao reforçar competências, a ASAE "vai ter de ser uma especialista em Direito da Concorrência".
 
Também por esse facto, de passar a caber só a ASAE competências que até agora – e na lei actualmente em vigor – eram divididas com a AdC, poderá ocorrer o "concurso efectivo" entre este diploma e a lei da concorrência que se mantêm e que regulamenta o mercado interno. Na prática, caso a leitura resulte em sobreposição, os operadores poderão sofrer "coimas astronómicas", ressalvou.
 
Miguel Ferro enumerou ainda várias dúvidas, que a sua leitura do diploma não desfez: "o legislador manda cessar a validade dos contratos findo um ano" de vigência? "O que é que está abrangido pelo segredo comercial" quando se fala em negociação entre as partes?
 
Só no artigo artigo 5.º, relativo à "venda com prejuízo", "vamos ter muitas teses de mestrado e doutoramento", defendeu Miguel Ferro. Como, exemplificou, "vamos calcular o preço de venda" quando a definição exige que este seja líquido dos pagamentos ou descontos que se relacionem directa e exclusivamente com a transacção dos produtos em causa"?
 
Ainda sobre o mesmo artigo, Miguel Ferro assumiu: "não consegui perceber como é que se consegue aplicar de forma útil" o clausulado sobre os descontos com cartão. "Não sei o que o legislador queria dizer, mas sei que não disse o que queria dizer", ironizou.
 
Finalmente, na enumeração das suas dúvidas de interpretação do novo diploma alertou a plateia, público na sua essência representativo do lado da produção agro-alimentar, que "uma empresa pode ter que pagar uma contra-ordenação por um erro numa factura de um fornecedor".
 
Manhã de debate passada, a conclusão de Miguel Ferro foi clara: "não devíamos ter um labirinto [jurídico] deste".
 
"No labirinto jurídico" poderá haver um terceiro vencedor
 
"Não sei se serão apenas dois, os grupos vencedores do diploma", contra-argumentou Gonçalo Anastácio, advogado da SRS Advogados. "Mesmo no seio da grande distribuição", defendeu, "pode haver algum equilíbrio" entre quem terá mais ou menos possibilidade de suportar vendas com prejuízo.
 
Sobre a constitucionalidade das coimas, ao contrário de Miguel Ferro, Gonçalo Anastácio não vê que esta seja "uma questão". Se fosse inconstitucional o que está agora espelhado na nova lei, então também o seriam as coimas aplicadas até hoje pela AdC, que exigem o pagamento de 10% do volume de negócios dos operadores infractores.
 
Na divisão de tarefas entre ASAE e AdC, foi o próprio inspector-geral da Autoridade que levantou outra questão, de eventual sobreposição. Não de coimas, como questionou Miguel Ferro, mas de quem julga o quê. É que antes os visados pelas coimas, quando em processos instruídos pela AdC, recorriam para o Tribunal da Concorrência. Agora a impugnação irá para tribunal comum – o que levanta dúvidas sobre jurisdições distintas.
 
Ainda assim, Pedro Portugal Gaspar está preparado para que a Autoridade irá ser "inundada por impugnações" com o novo diploma. O inspector-geral da ASAE afirmou contudo que a organização que lidera e a AdC estão a "trabalhar intensamente na transferência de processos".
 
Gonçalo Anastácio, que reconheceu que "tem trabalhado como advogado do lado da produção", está contudo convicto que "este diploma em concreto terá uma série de questões jurídicas para derimir", defendendo que "a auto-regulação seria conveniente para evitar excesso de litigância".
 
Mais consensual é Eduardo Diniz, director do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura: ainda que a litigância aumente, é melhor do que ter uma legislação que tem mais de 20 anos a vigorar, como a actual. Para já, defendeu, "está toda a gente mais atenta" às relações entre distribuição e produção.
 
A própria lei que vigora sobre as PIRC, que entrará em vigor a 25 de Fevereiro próximo, prevê uma avaliação intercalar da aplicação do diploma dois anos após a sua entrada em vigor.

ASAE cria brigadas para fiscalizar nova lei das promoções


ANA RUTE SILVA 17/01/2014 - 17:07 (actualizado às 17:45)
Inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica admite que o aumento das multas por vendas com prejuízo vai ter como consequência processos de impugnação nos tribunais.

 
Lei proibe imposição de promoções a um determinado produto NUNO FERREIRA SANTOS

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) criou brigadas especializadas em cada unidade regional para avançar com a instrução de processos relacionados com más práticas no comércio – como as vendas abaixo do preço de custo -, até agora nas mãos da Autoridade da Concorrência (AdC). A nova lei que regula os abusos no sector entra em vigor dia 25 de Fevereiro e, entre várias alterações, aumenta em 83 vezes o valor das multas máximas a aplicar às grandes empresas que vendam produtos com um preço inferior ao seu custo (chegam aos 2,5 milhões de euros).

Pedro Portugal Gaspar, Inspector-geral da ASAE, avançou nesta sexta-feira que os inspectores desta autoridade estão a receber formação da própria AdC. Além disso, os processos pendentes na concorrência vão passar a ser analisados pela ASAE. A partir do final deste mês, todos os casos ainda em curso passam a ser instruídos por esta autoridade, a quem cabia até agora apenas a fiscalização e recolha de provas no terreno.

Antecipando uma reacção à aplicação do novo regime, Pedro Gaspar admite que os montantes das coimas são um "convite" e terão como "sequência impugnações judiciais". O responsável máximo da ASAE falava durante uma conferência organizada pela Centromarca sobre a nova lei, que nasceu no seio da PARCA, a Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, criada pelo Governo para juntar na mesma mesa a grande distribuição e os seus fornecedores. Os recursos humanos disponível na ASAE são "parcos" e um dos primeiros desafios é "tentar afectar em exclusividade" estes recursos e com "formação adequada".

Diploma controverso
Para Eduardo Diniz, director do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, a nova lei vem actualizar um regime desactualizado (de 1993) e torna as relações entre a produção e a distribuição "mais transparentes". Citando os relatório elaborados no âmbito da PARCA sobre o índice de preços na cadeia de abastecimento alimentar – o último data de Maio de 2013 -, Eduardo Diniz adiantou que "desde 2007 os preços dos produtos agro-alimentares cresceram abaixo da inflação", uma particularidade portuguesa. Isso "levou a uma redução dos preços implícitos no sector agrícola e a uma descida do poder de compra" dos produtores, continuou, defendendo as vantagens das novas regras.

Contudo, o diploma está longe de reunir consenso, desde logo entre os advogados. Miguel Sousa Ferro, especialista em direito da concorrência, lembrou que o regime vai regular todas as relações comerciais em Portugal (não apenas no agro-alimentar), mas é de difícil compreensão até para aquém domina a linguagem jurídica. "Passei os últimos quatro dias a analisar o diploma e ainda não o compreendo", desabafou. E defendeu que muitas das proibições impostas "não perseguem o objectivo de proteger os produtores". "O regime só terá dois vencedores: as empresas estrangeiras que concorrem em Portugal e os advogados que serão claramente os vencedores da legislação", disse, referindo-se à necessidade de pedir pareceres sobre a nova lei, tendo em conta a sua complexidade.

O advogado critica o âmbito de aplicação da lei: as empresas estrangeiras não estão obrigadas a cumprir as regras, ao contrário das organizações "estabelecidas em território nacional" ou com operações no exterior. Há dúvidas de constitucionalidade tendo em conta o intervalo da coima máxima prevista (de cinco mil euros a 2,5 milhões de euros para as grandes empresas que vendam abaixo do preço de custo). E também quanto às áreas que serão avaliadas pela ASAE, porque algumas dizem respeito ao direito de concorrência.

O tema das vendas com prejuízo – que saltou para a actualidade com a promoção inesperada do Pingo Doce no dia 1 de Maio de 2012 – "vai dar muitas teses de mestrado e doutoramento", disse, em jeito de provocação. "Como se calcula o preço de venda?", questionou.

Por seu lado, o advogado Gonçalo Anastácio defendeu que a auto-regulação entre distribuição e fornecedores, defendida pelo Governo, deve avançar. "É a chave para uma boa aplicação do diploma", disse.

Código de boas práticas em discussão
Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, revelou que nas próximas reuniões da PARCA - ainda não agendadas – vai estar em cima da mesa a discussão sobre o Código de Boas Práticas, um documento que deverá ser subscrito por todos os intervenientes nesta cadeia de abastecimento (agricultor, indústria e comércio). A nível Europeu, o tema já avançou com a entrada em vigor, em Setembro do ano passado, da "Supply Chain Iniciative", subscrita por 457 empresas, cinco das quais portuguesas (Sonae, Jerónimo Martins, Auchan Portugal Hipermercados, Aldi Portugal e Lidl Portugal).

No encerramento da conferência, Leonardo Mathias, secretário de Estado da Economia, sublinhou que o "esforço para alcançar equilíbrio não depende apenas da regulação". "Devem ser privilegiadas as relações consensuais", disse, acrescentando que a "auto-regulação é voluntária e tem um conjunto de vantagens".

Questionado pelos jornalistas, Leonardo Mathias disse que até ao momento não chegaram ao seu gabinete, críticas ou dúvidas quanto ao diploma. Sobre possível ajustamentos no diploma, mostrou-se disponível "se se chegar à conclusão que há algum erro". "O que não nos parece e ninguém nos chamou a atenção", sublinhou.

Ao PÚBLICO, Pedro Queirós, director-geral da FIPA (Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares), defendeu que o código de boas práticas "não pode existir sem um mecanismo de monitorização", seja na forma de um provedor ou um tribunal arbitral. "A nossa preocupação é que seja eficaz, que não seja uma figura de fachada", disse.


50 Melhores Vinhos Portugueses para EUA | 50 Great Portuguese Wines


http://www.youtube.com/watch?v=bWxx03noP30

Estará o consumidor receptivo a comer ovos geneticamente modificados?


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Estará o consumidor receptivo a comer ovos geneticamente modificados?
Janeiro 17
17:06
2014

Milhões de pintos machos são destruídos diariamente pela indústria de produção de ovos.

Como é lógico, para a produção de ovos, só as fêmeas interessam, no entanto, para a sua reposição nascem teoricamente tantos machos como fêmeas. Os machos, como provêm de uma linha genética de produção de ovos, não têm as características exigidas para a produção intensiva de carne de frango, pelo que a opção mais económica acaba por ser a sua destruição.

Esta situação desconhecida do grande consumidor, pode vir a trazer problemas éticos se for conhecida, pelo que investigadores da Charles Stuart University da Austrália, em conjunto com o Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA), estão a desenvolver um estudo científico para resolver o problema.

O processo passa pela criação de uma linha geneticamente modificada (OGM), para que se possa fazer a sexagem logo que o ovo é posto. Assim, é utilizada uma enzima proveniente de uma água viva que fica fluorescente quando iluminada por uma luz ultravioleta. Pretendem, assim, colocar a enzima num cromossoma que só existe nas fêmeas, para que se possa detectar por incidência de luz ultravioleta a fluorescência no ovo logo que ele é posto e assim saber-se que vai ser uma fêmea. Com este método, os ovos que não registarem fluorescência são futuros machos e podem ser destinados ao consumo humano, pelo que serão aproveitados, evitando assim a sua destruição.

O problema ético ficará resolvido, a grande questão é a de que estará disponível para comer ovos OGM?

Produção de carne de aves na UE vai crescer a um ritmo anual de 0,8% até 2023


por Ana Rita Costa
17 de Janeiro - 2014
O setor avícola vai continuar a ser o setor de produção de carne mais dinâmico da União Europeia, com um crescimento anual de 0,8% até 2023, segundo as previsões de Mercados Agrários realizadas pela Comissão Europeia. Em 2023, a produção deverá alcançar os 13,6 milhões de toneladas.

 
A elevada procura pela carne de aves no Médio Oriente e na China deverá continuar, o que vai favorecer, de acordo com as previsões, as exportações comunitárias. Em 2023, a União Europeia poderá exportar cerca de 1,4 milhões de toneladas de carne de aves, o que supõe um aumento de 15% em relação ao exportado entre 2010 e 2012.

Apesar da carne de porco continuar a ser a preferida dos consumidores comunitários, com um total de 31 quilos consumidos por habitante por ano, a carne de frango foi a única cujo consumo aumentou em 2012, tendo atingido os 20-21 quilos por habitante.

Ordenada apreensão de 11 toneladas de carne de cavalo

HOLANDA

por Lusa14 janeiro 2014

As autoridades holandesas ordenaram a apreensão de 11 toneladas de carne de cavalo no âmbito da investigação a um caso de tráfico detetado no sul de França em dezembro, informaram hoje as autoridades sanitárias locais.
No caso de França, pelo menos 200 cavalos provenientes do laboratório francês Sanofi, de centros equestres ou de proprietários particulares foram introduzidos na cadeia alimentar mediante a falsificação dos respetivos certificados veterinários.
Segundo a agência alimentar holandesa, NVWA, cerca de 11.000 quilos de carne de cavalo passível de conter daquela carne "imprópria para consumo" foram entregues a cinco empresas holandesas entre janeiro e outubro de 2013.
As 11 toneladas foram depois vendidas a restaurantes, como carne de cavalo para consumo humano, e a indústrias de alimentos para animais de companhia, segundo um comunicado da agência, que ordenou a sua apreensão na sequência de um alerta emitido pela Comissão Europeia em finais de dezembro.
"Dos 11.000 quilos, encontrámos cerca de 1.000. É quase 100% seguro que o resto foi comido", afirmou um porta-voz da NVWA, Brenno Bruggink, citado pela agência France Presse.
Numa carta dirigida ao Parlamento, a secretária de Estado dos Assuntos Económicos, Sharon Dijksma, assegurou que os riscos para a saúde pública são "muito limitados ou quase nulos" uma vez que "o abate foi feito em matadouros reconhecidos pela UE".
Em França, quando da deteção da carne imprópria, mais de 20 pessoas foram detidas e as buscas estenderam-se a Girona, no norte de Espanha.
Em 2013, vários países foram envolvidos num escândalo de venda de carne de cavalo como se fosse de bovino, a qual foi detetada em milhões de refeições congeladas de grandes multinacionais.

Língua azul - publicação do Edital n.º 34 da língua azul (febre catarral ovina)


O site da Direção geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informa que foi publicado no dia 10 de janeiro o Edital n.º 34 da Língua Azul, dando conta do inicio do período sazonalmente livre de vetor, com consequente adequação das regras de movimentação animal nas áreas sujeitas a restrições. 
 

Face à ocorrência de focos em novembro passado na região do Algarve e em regiões contíguas do território espanhol, foi decidido permitir o recurso à vacinação contra o serotipo 4 da língua azul na área da Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Alentejo como medida preventiva.


Para mais informações sobre o assunto, consulte - Língua Azul

Publicada: 14-01-2014 20:00

Fraude Alimentar: Parlamento Europeu reclama por medidas


p.e.Os recentes casos de fraude alimentar, incluindo a venda de carne de cavalo, alertaram os Membros do Parlamento Europeu para a necessidade de resolver este problema que, segundo a instituição, resulta do aproveitamento dos pontos fracos na cadeia de produção pecuária.

Para combater esta situação, o P.E. considera essencial a tomada de um conjunto de medidas, tais como a realização de testes de ADN para atestar a origem do produto, maior inspeção a congelados, a categorização obrigação para carne e peixe, melhorar o sistema para localização do produto, desde a sua conceção no país de origem até á venda ao consumidor final.

Outra das intenções do P.E. é a colocação de coimas dissuadoras, associadas a sanções acessórias, julgadas criminalmente.

Coreia do Sul extermina 20.000 patos após identificar H5N1 em quinta


Lusa
4:52 Sexta feira, 17 de janeiro de 2014

Seul, 17 jan (Lusa) - A Coreia do Sul iniciou hoje o extermínio de mais de 20.000 patos após ter sido detetado de forma preliminar um foco de gripe das aves que poderia ser de uma estirpe altamente patogénica numa quinta do país, revelou o Ministério da Agricultura do país.

"Os testes iniciais confirmaram que se trata de um foco de H5N1, e mais tarde iremos determinar se é altamente patogénica", indicou um alto funcionário do Ministério à agência Yonhap.

A fonte assegurou que existem probabilidades muito altas de os novos testes confirmarem que se trata de um foco altamente patogénico do vírus.

Sábado com mais chuva, trovoadas e granizo

METEOROLOGIA

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê, para hoje, sábado,a continuação do mau tempo em todo o território, com vários períodos de chuva.
Há forte possibilidade de aguceiros, que poderão ser por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial na região do Sul e sobretudo durante a manhã.
Prevê-se tambem a queda de neve nas regiões altas do Norte, Centro e Alto Alentejo.
As temperaturas estarão entre os 8º e 11º no Porto, podendo chegar aos 13º em Lisboa e aos 14º em Faro.

CLIMA Califórnia decreta estado de emergência devido à seca


por LusaHoje

O lago Hodges, em San Diego, com muito menos água Fotografia © Mike Blake/Reuters
O governador do Estado da Califórnia decretou na sexta-feira o estado de emergência devido à seca que atinge esta zona dos EUA, que pode ser a mais severa em 100 anos.
A instauração do estado de emergência permite à Califórnia beneficiar da ajuda do governo federal para combater a seca, que transformou hectares de floresta em pequenos bosques prestes a incendiar-se. Na quinta-feira, um incêndio destruiu uma zona florestal nos arredores de Los Angeles e provocou a retirada dos habitantes de cerca de 900 habitações, segundo a agência noticiosa AFP.
O governador Jerry Brown apelou aos habitantes do Estado para que diminuam o consumo de água em pelo menos 20%.
"Não podemos fazer com que chova, mas podemos ficar melhor preparados para enfrentar as terríveis consequências que a seca na Califórnia pode ter, como uma diminuição drástica da água disponível para os nossos agricultores e as nossas comunidades e um risco acrescido de incêndios nas zonas rurais e urbanas", apelou.
Em São Francisco, o governador evocou aos jornalistas a possibilidade de esta seca "ser a pior registada desde que se começaram a conservar registos, há cerca de 100 anos".
O Estado está a sofrer o seu terceiro inverno seco consecutivo e o nível das suas reservas de água estão no mínimo.
"As estações das chuvas de 2012 e 2013 tinham sido particularmente secas em todo o Estado", apontou o Departamento dos Recursos de Água da Califórnia, no seu relatório mais recente sobre a seca, acrescentando: "A estação 2014, que começou em 01 de outubro, parte das mesmas bases. As precipitações em certas zonas do Estado aproximam-se do ano mais seco alguma vez registado".
Metade da precipitação na Califórnia costuma ocorrer nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

PE esclarece etiquetagem do mel com pólen geneticamente modificado

17-01-2014 
 


 
O Parlamento Europeu apoiou uma normativa que define o pólen como um "componente natural do mel" o que implica que o pólen geneticamente modificado apenas deve constar na etiquetagem se supor mais de 0,9 por cento do produto.

Este voto reconhece a posição do Parlamento Europeu (PE) face às próximas negociações com a presidência grega do Conselho, com o objectivo de alcançar um acordo em primeira leitura.

«A discussão sobre se o mel é um ingrediente ou um componente surgiu devido a implicações que cada opção tem sobre o etiquetado do produto. Se o pólen continua a ser considerado como um "componente", a presença do mesmo geneticamente modificado não necessita constar na etiquetagem».

«Segundo o regulamento sobre organismos geneticamente modificados (OGM), a presença dos mesmos apenas necessita ser incluída na etiqueta se superar 0,9 por cento da composição do produto, assim, tendo em conta que o pólen apenas represente cerca de 0,5 por cento do mel, nunca excede o limite para a sua indicação», afirmou a eurodeputado do Reino Unido, Julie Girling.

A informação foi aprovado com 430 votos a favor, 224 contra e 19 abstenções, pelo que será rejeitada a proposta da Comissão do Meio Ambiente, que considerava o pólen como um ingrediente, de acordo com um parecer de 2011 do Tribunal de Justiça da União Europeia.

Ao definir-se o pólen como um componente do mel, deve aplicar-se a legislação comunitária em vigor sobre etiquetagem, que estabelece que os OGM devem ser indicados apenas se envolverem mais de 0,9 por cento do mel.

Fonte: Agrodigital

UE diminui abate de porcos

 17-01-2014 
  
O abate de porcos no mercado comunitário desceu um por cento em Outubro passado, em relação com o período homólogo de 2012, chegando aos 22,1 milhões de animais abatidos, o que permitiu uma produção semelhante à do ano passado.

Nos três principais países produtores, nomeadamente a Alemanha, Espanha e França, a produção e abates em Outubro reduziu entre um a dois por cento. No caso da Dinamarca, a produção manteve-se constante, enquanto noutros países, como a Itália, Polónia e Bélgica registou-se ligeiros aumentos.

Ao Longo do ano, a produção de carne de porco assinalou um nível semelhante ao do ano anterior. Nos 10 primeiros meses de 2013 realizaram-se 203 milhões de abates. No mesmo período, a Alemanha assinalou um aumento de um por cento frente aos 10 primeiros meses de 2012, devido, sobretudo, ao crescimento das importações de gado vivo para abate.

Fonte: Agrodigital

Novo record mundial de produção de milho em regadio nos E.U.A.


Posted on 17 de Janeiro de 2014

Na 49ª edição da competição anual da Associação de Produtores de Milho dos E.U.A., David Hula bateu um novo record na categoria de Maior Rendimento de Milho.

Hula, produtor agropecuário do estado de Virgínia, superou o record anterior, obtendo um rendimento de 28.552 kg/há. Esta representa o mais alto valor de sempre registado pela associação americana, com um híbrido da marca Pioneer (P2088YHR).

Viticultores do Douro em protesto pagam à Segurança Social em batatas e legumes

LUSA 17/01/2014 - 15:38
Todos os agricultores com actividade comercial vão passar a ser obrigados a declarar o início de actividade, indepedentemente da sua dimensão.


Viticultores e agricultores do Douro "vão pagar a prestação" à Segurança Social de Vila Real em batatas ou legumes, num acto simbólico que decorre na terça-feira, em Vila Real, e visa protestar contra as novas obrigações fiscais.

A iniciativa foi convocada pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) e está agendada para a frente do edifício da Segurança Social, em Vila Real. "A obrigatoriedade de os pequenos e médios agricultores se colectarem nas Finanças traz encargos bastante significativos, principalmente porque os seus rendimentos são muito baixos ou quase nenhuns", afirmou hoje à agência Lusa a dirigente da Avidouro, Berta Santos.

Todos os agricultores com actividade comercial vão passar a ser obrigados a declarar o início de actividade. Têm ainda de passar factura de todas as transacções comerciais. O prazo de inscrição nas Finanças termina a 30 de Janeiro.

Berta Santos referiu que, por se terem de colectar, os produtores são também obrigados a pagar à Segurança Social. "Só que, em alguns casos, aquilo que recebem dos produtos que vendem não chega sequer para pagar esta prestação", afirmou. A dirigente diz que tem constatado que muitos agricultores "têm revelado vontade de cessar a actividade porque não conseguem fazer face a estas imposições fiscais, porque não têm rendimentos suficientes para isso".

Para alertar para estas situações, na terça-feira os viticultores e agricultores durienses vão "simbolicamente pagar as prestações à Segurança Social em géneros". "É aquilo com que nós conseguimos pagar. Com batatas, com cebolas, alhos, com aquilo que nós produzimos. De outra forma não temos dinheiro para pagar", salientou. "E estes valores são, em muitos casos, o mínimo que se pode pagar" ou seja, "62 euros por mês". Os "sacos pequenos" serão deixados no edifício da Segurança Social de Vila Real.

A Avidouro reclama a suspensão imediata das novas regras para os pequenos e médios viticultores, muitos dos quais têm como única actividade comercial a venda de uvas.

Joshua Greene revela os 50 grandes vinhos portugueses para os EUA

O editor da prestigiada revista norte-americana Wine & Spirits avaliou vinhos portugueses e elegeu os melhores.

Foram hoje divulgados os 50 grandes vinhos portugueses para os EUA seleccionados por Joshua Greene, na emblemática Biblioteca de Nova Iorque, nos EUA. A diversidade e a qualidade dos vinhos portugueses cativaram o crítico e especialista norte-americano, que confessou estar surpreendido pela transformação do sector na última década. A lista foi elaborada após degustação de 600 vinhos portugueses e várias visitas, que reacenderam a sua paixão por Portugal.

Joshua Greene foi desafiado pela ViniPortugal para liderar a segunda edição da iniciativa de selecção dos 50 grandes vinhos portugueses para o mercado norte-americano, depois do sucesso registado em 2013, com a divulgação da lista elaborada pelo Master of Wine e Master Sommelier Doug Frost. Joshua Greene assume uma longa relação com Portugal, pois prova vinhos portugueses há mais de 25 anos e conhece o nosso território por já o ter visitado inúmeras vezes.

Com a iniciativa 50 grandes vinhos portugueses a ViniPortugal pretende aproximar os vinhos portugueses dos consumidores e dos líderes de opinião norte-americanos, fortalecendo a afirmação da qualidade dos vinhos nacionais neste mercado.

" O que faz diferença é a concentração de diferentes terroirs, climas e castas que não se encontram em mais nenhum lugar no mundo. É um país pequeno mas com enorme concentração de diversidade. A evolução da produção tem sido surpreendente. Espero que o mercado dos EUA aprecie a minha selecção baseada no carácter tradicional e distintivo dos vinhos portugueses, que prove os vinhos e descubra e valorize o seu caráter. Quanto aos consumidores, penso que devem provar estes vinhos, pois existem vinhos com elevada qualidade e acredito que vão apreciar" afirma Joshua Greene.

A lista dos 50 vinhos seleccionados será também divulgada nos sítios www.winesofportugal.com e www.winesofportugal.com/us/ e nas páginas de Facebook da Wines of Portugal e Wines of Portugal US.

Lista dos 50 grandes vinhos para os EUA:

Adriano Ramos Pinto, Collection 2009, tinto, Douro
Aliança, Quinta da Dôna 2009, tinto, Bairrada
Anselmo Mendes Vinhos, Contacto 2012, branco, Vinho Verde
Casa de Mouraz, Encruzado 2012, branco, Dão
Casa de Mouraz, Elfa 2010, tinto, Dão
Casca Wines, Monte Cascas Malvasia 2011, Branco, Colares
Duorum Vinhos, Reserva Vinhas Velhas 2009, tinto, Douro
Enoport United Wines, Quinta do Boição Reserva 2012, branco, Bucelas
Folias de Baco, Olho no Pé Grande Reserva 2008, tinto, Douro
Fonseca Porto Vintage 2011
FTP Vinhos, Quinta do Serrado Reserva 2009, tinto, Dão
Herdade de Vale Barqueiros Reserva 2008, tinto, Alentejo
Herdade do Esporão Reserva 2010, tinto, Alentejo
Herdade do Esporão Verdelho 2012, Alentejo
IdealDrinks, Eminência 2010, branco, Vinho Verde
João Brito e Cunha, Quinta de S. José Touriga Nacional 2011, tinto, Douro
Jorge Moreira, Poeira 2010, tinto, Douro
Jose Maria da Fonseca, Domingo Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo 2012, P. de Setúbal
Luís Pato, Vinha Pan, 2009, Bairrada
Lusovini, Pedra Cancela Seleção do Énologo 2010, tinto, Dão
Madeira Wine Company, Blandy's Colheita Bual 1996, Madeira
Monte da Ravasqueira, Vinha das Romãs 2010, tinto, Alentejo
Muxagat 2011, tinto, Douro
Niepoort Vinhos, Batuta 2010, tinto, Douro
Niepoort Vinhos, Porto Vintage 2011, Douro
Quinta da Alorna, Portal da Águia 2009, tinto, Tejo
Quinta da Lixa, Aromas das Castas Alvarinho Trajadura 2012, branco, Vinho Verde
Quinta da Plansel, Marquês de Montemor Colheita Seleccionada Touriga Franca 2010, tinto, Alentejo
Quinta da Ponte Pedrinha Vinhas Velhas 2007, tinto, Dão
Quinta da Sequeira Reserva 2008, tinto, Douro
Quinta das Bágeiras Garrafeira 2009, tinto, Bairrada
Quinta das Bágeiras Garrafeira 2004, branco, Bairrada
Quinta de Chocapalha Arinto 2011, branco, Lisboa
Quinta de Chocapalha 2008, tinto, Lisboa
Quinta de Gomariz Avesso 2012, branco, Vinho Verde
Quinta de Paços Casa do Capitão-mor 2011, branco, Vinho Verde
Quinta do Noval 2008, tinto, Douro
Quinta do Pinto Estate Collection 2011, tinto, Alenquer
Quinta do Portal Reserva 2008, tinto, Douro
Quinta do Sagrado, Mutante 2007, tinto, Douro
Quinta Seara d'Ordens TalentVs Grande Escolha 2010, tinto, Douro
Rui Reguinga Enologia, Terrenus 2011, Alentejo
Secret Spot Wines, Vale da Poupa Moscatel Galego 2012, branco, Douro
Soalheiro Alvarinho 2012, branco, Vinho Verde
Soalheiro Primeiras Vinhas 2012, branco, Vinho Verde
Sogevinus Fine Wines, Burmester Tordiz 40 anos, Porto Tawny
Solar das Bouças Loureiro 2012, branco, Vinho Verde
Symington Family Estates, Graham's Single Harvest 1969, Porto Tawny
Vidigal Wines, Brutalis 2010,tinto, Lisboa
Wine & Soul, Quinta da Manoella Vinhas Velhas 2010, tinto, Douro

Evolução das Práticas Comerciais Restritivas debatida numa perspetiva Nacional e Europeia


Seminário na Faculdade de Direito de Lisboa

Evolução das Práticas Comerciais Restritivas debatida numa  perspetiva  Nacional e Europeia

Novo diploma sobre práticas restritivas do Comércio pode ser primeiro passo na minimização dos constrangimentos existentes entre fornecedores e Distribuição

Centromarca empenhada na criação de Código de Boas Práticas Comerciais, intenção que foi secundada pelo Secretário de Estado da Agricultura

Secretário de Estado da Agricultura pretende que na próxima reunião da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA), a ter lugar em Março, os membros do setor cheguem  a um entendimento que vise a criação de código de boas praticas comerciais a nível nacional

A Centromarca - Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca e o Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa (FDUL) organizaram esta sexta-feira aquele que foi o primeiro debate em torno do novo diploma sobre Práticas Individuais Restritivas do Comércio, legislação que vai entrar em vigor em fevereiro. Neste encontro, a Centromarca apelou a todos os agentes económicos alvo deste diploma para a necessidade de um acordo para a criação de um Código de Boas Práticas Comerciais adaptado à realidade do mercado nacional.

Este seminário, que teve lugar no auditório da FDUL, surge após o regime das práticas individuais restritivas do comércio ter sido objeto duma revisão profunda, com consequências de grande relevância para a atividade comercial em Portugal, em geral, e para o setor agroalimentar, em especial. Fruto duma reflexão levada a cabo no quadro da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, o Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de dezembro, pretende contribuir para a transparência nas relações comerciais e para o equilibrar das posições negociais entre agentes económicos.

Este encontro contou com as presenças do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, e do Secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias, que tiveram oportunidade de esclarecer os presentes sobre quais as linhas gerais do novo diploma e qual a sua relevância para a atividade comercial em Portugal. De destacar, também, a presença Presidente da Autoridade da Concorrência, António Ferreira Gomes, e do Inspetor-Geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, sendo que esta última entidade ficará responsável por fiscalizar a aplicação do novo diploma junto do setor agro-alimentar.

Durante o encontro, João Paulo Girbal, presidente da Centromarca, afirmou que "acreditamos que este diploma pode ser um primeiro passo, mas um passo importante na minimização de muitos dos constrangimentos atuais existentes na nossa relação com os clientes da moderna Distribuição, mas também sabemos que a real aplicação do novo regime estará dependente da capacidade efetiva da entidade fiscalizadora, no caso concreto a ASAE".

Para a Centromarca, o regime foi aperfeiçoado para abarcar mais claramente algumas práticas frequentes na relação com os clientes da moderna distribuição, importando uma revisão generalizada de todos os contratos de fornecimento em vigor. Por outro lado, o quadro sancionatório foi alterado para garantir um efeito verdadeiramente dissuasivo, com o intuito de inviabilizar a convivência relativamente pacífica que por vezes se verificava com infrações do anterior Decreto-Lei n.º 370/93, de 30 de outubro. Não se pode, para além disso, ignorar o contexto europeu em que esta reforma se enquadra.

O novo diploma consagra, também, que as estruturas representativas dos diferentes setores podem adotar instrumentos de autorregulação tendentes a regular as transações comerciais entre si, instrumentos que podem conter disposições diversas e complementares do disposto no novo decreto-lei. João Paulo Girbal reforçou esta ideia afirmando que "a Centromarca está totalmente empenhada na construção de um Código de Boas Práticas Comerciais adaptado à realidade do mercado nacional e que, não se afastando demasiadamente do Código Europeu sobre esta matéria, permita às empresas a operar em Portugal uma maior transparência e lealdade no seu relacionamento comercial, contribuindo para um melhor entendimento entre as partes".

A este propósito, também o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, anunciou hoje pretender que, na próxima reunião de março da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA), os membros do setor trabalhem para chegar a um acordo que vise a criação de código de boas praticas comerciais a nível nacional. Por outro lado, o Secretário de Estado manifestou a intenção de questionar em breve os fornecedores e a Distribuição sobre se o diploma está, efetivamente, a ser aplicado.

Por seu turno, o Secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias, afirmou que os desequilíbrios verificados nas negociações comerciais preocupavam este Governo, tendo a nova legislação por objetivo tentar equilibrar essas relações. Segundo este governante, o novo diploma, que entrará em vigor a 25 de fevereiro, induz ao processo de auto-regulação, chamando à responsabilidade os operadores económicos de média e grande dimensão. Leonardo Mathias disse ainda acreditar que a ASAE conseguirá aplicar o diploma de modo a tornar o setor agroalimentar mais competitivo, mais transparente e mais inovador.

De destacar também as presenças da representante da Comissão Europeia, An Renckens (DGComp), que está a acompanhar uma série de temáticas relacionadas com a legislação europeia sobre práticas comerciais restritivas, nomeadamente o trabalho desenvolvido na Comissão Europeia, e da 'Adjudicator' do Groceries Supply Code of Practice britânico, Christine Tacon, que, através de uma intervenção gravada especificamente para o evento, tiveram oportunidade de prestar informação sobre os esforços que - a nível comunitário e em Estados-membros concretos - estão a ser desenvolvidos para fazer face a estes mesmos problemas, bem como a forma como os mesmos são enquadrados no âmbito da legislação da concorrência.

"A possibilidade de reunir, neste evento, especialistas nacionais e internacionais, de discutir a implementação da nova legislação e de contar com a presença de responsáveis dos dois ministérios, o da Agricultura e da Economia, que se empenharam na construção deste quadro legal, é um motivo de orgulho para os organizadores e, esperamos, de elevado interesse, para todos os participantes", concluiu João Paulo Girbal.

Sobre a Centromarca:

A Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca - foi fundada em junho de 1994 e tem por missão criar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intenso que encoraje a inovação e dê um máximo de valor aos consumidores. Atualmente, a Centromarca reúne 54 associados que detêm mais de 1200 marcas, que em conjunto representam um volume de vendas anual no mercado nacional da ordem dos 6.000 milhões de euros, empregando mais de 25 mil pessoas.

FONTE: Lift Consulting

AGROGLOBAL - Feira das Grandes Culturas

10, 11 e 12 Setembro 2014

Valada do Ribatejo

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Falta de procura interna obriga indústria a exportar arroz carolino


ANA RUTE SILVA 17/01/2014 - 07:27
Arroz carolino é a espécie mais produzida e característica de Portugal, mas não a mais consumida. Stocks chegaram a atingir as 50 mil toneladas, o equivalente a metade do consumo anual no país.

 
O carolino perdeu força com as poderosas campanhas de promoção da variedade de arroz agulha PEDRO CUNHA/ARQUIVO
 
Do Porto de Setúbal vai sair, nesta sexta-feira, um navio carregado com 15 mil toneladas de arroz carolino em casca em direcção à Turquia, uma operação que juntou três grandes empresas do sector (Novarroz, Valente Marques e Orivárzea) e que vai permitir aliviar os elevados stocks deste produto. É que, de acordo com as estimativas da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA), até Novembro estavam armazenadas cerca de 50 mil toneladas de arroz carolino, o suficiente para satisfazer metade do consumo anual em Portugal. E sem clientes no mercado nacional — que prefere a variedade agulha ao tradicional carolino — vender para fora foi a única opção da indústria.

Pedro Monteiro, secretário-geral da ANIA, avançou ao PÚBLICO que o problema do excedente de produção já foi minimizado graças a esta venda, mas não resolve, a longo prazo, as dificuldades da indústria. É preciso pôr os portugueses a comer arroz carolino, o mais adequado ao clima nacional e com forte presença na tradição gastronómica. Ao mesmo tempo, a intenção é adequar a produção aos novos hábitos de consumo, diminuir a área destinada ao carolino e aumentar a da variedade agulha, que até 2007 representava entre 9 a 17% do total da área semeada, segundo dados do Gabinete de Planeamento Políticas do Ministério da Agricultura.

A Casa do Arroz, uma organização interprofissional criada em 2012, também quer avançar com uma campanha de sensibilização, que envolve verbas de cerca de dois milhões de euros, para "explicar ao grande consumidor que o arroz carolino tem vantagens". O projecto foi candidato a fundos do Proder, Programa de Desenvolvimento Regional, mas ainda aguarda luz verde. Nos planos da Casa do Arroz, que foi fundada pela ANIA, a Associação de Orizicultores de Portugal e a Associação Portuguesa de Orizicultores, está ainda o registo da marca "Carolino Portugal" e a presença em feiras internacionais de grande dimensão para divulgar o produto.

Além de reuniões no Ministério da Agricultura, a indústria também já se sentou à mesa com a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), que está disponível para ajudar a fileira do arroz. "As promoções têm sido feitas quase todas no arroz agulha, o que aumenta ainda mais o consumo desta variedade", conta Pedro Monteiro. "Com a grande campanha que temos programado, a distribuição alertada para o problema e o aumento das exportações penso que vamos conseguir inverter a tendência", acrescenta.

Tiago Coelho, da Novarroz, acredita que com as 15 mil toneladas que seguem hoje para a Turquia será possível contornar o problema do excesso de produção. "Durante anos a fileira não planificou bem o consumo e temos de começar a produzir as quantidades adequadas", alerta.

Para António Madaleno, presidente da Orivárzea (dona da marca Bom Sucesso), o carolino é o arroz nacional. "É o que os nossos agricultores querem e fazem. Também se faz agulha, mas esse não é o nosso arroz", defende, sublinhando que é "uma aberração comer um arroz de grelos ou de cabidela feito com a variedade agulha". António Madaleno acredita que este ano haverá equilíbrio entre a oferta e a procura e a exportação conjunta permite dividir os onerosos custos de transporte.

Além desta venda para a Turquia, a própria Orivázea já exporta para Macau, Hong Kong, Brasil, Suíça e Polónia, posicionando-se no segmento de comida para bebés. "A exportação é sempre uma solução importante", sustenta o presidente da organização, para quem 50 agricultores produzem cerca de 35 mil toneladas de arroz em 5300 hectares, 85% da variedade carolino.

António Madaleno recorda ainda que há 20 anos a variedade agulha (da chamada subespécie Índica) representava cerca de 2 a 3% do consumo nacional, mas a entrada no mercado de um operador de peso, a espanhola Mundiarroz (dona da marca Cigala) veio alterar as regras do jogo. Com uma forte campanha publicitária e concursos populares contínuos atraiu os portugueses para o consumo de arroz agulha.

O sector exporta anualmente pouco mais de 20 mil toneladas por ano, mas as previsões da ANIA para 2014 são optimistas: duplicar este valor. "Os maiores clientes são, sobretudo, o mercado da saudade e os países de expressão portuguesa mas é preciso ir mais além, onde nunca se ouviu falar de arroz português e mostrar que este é um produto de grande qualidade", diz Pedro Monteiro.

De acordo com os dados mais recentes da ANIA, a produção de arroz envolve 2000 agricultores, numa área global de 30 mil hectares. Na última campanha produziram-se 190 mil toneladas de arroz em casca (100 mil das quais da variedade carolino), o que equivale a cerca de 130 mil toneladas de arroz branco. O volume de negócios soma 60 milhões de euros.

Por ano, são importadas 110 mil toneladas de arroz em película e exportadas apenas 20 mil toneladas. Os portugueses são os maiores consumidores per capita de arroz da União Europeia.

CONFERÊNCIA MARKETING RURAL


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A Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio leva a efeito a sua primeira conferência, com presença do prestigiado convidado internacional José Luiz Tejon, um dos maiores gurus do marketing rural da atualidade. Com o apoio incondicional dos nossos congéneres brasileiros da ABMRA, este é um grande momento para o arranque deste projeto que visa a promoção e valorização da comunicação do negócio rural.

O setor apresenta atualmente em Portugal uma força absolutamente decisiva para o desenvolvimento da economia nacional, primando este por uma produção de qualidade superior e certificada. É sabido que a produção qualitativa em Portugal, desde sempre, foi fator fundamental para obter sucesso, pelo que é de relevante importância que, neste mundo globalizado e de uma dinamização comunicacional vertiginosa, saibamos valorizar a qualidade produzida através de uma comunicação diferenciada, intensificada e global.

É, portante, hora de os portugueses assumirem o seu papel principal no fator comercial, tal como o têm afirmado no fator produtivo. É este o mote para esta grande conferência, de forma que possamos perceber melhor qual o valor do marketing na valorização do negócio rural.

Conferência

MARKETING RURAL

Os desafios do Agrenegócio nos próximos 10 anos

Data | 31 de Janeiro de 2014 | 10:30 horas

Local | Museu da Eletricidade - Lisboa

Orador: José Luiz Tejon (Brasil)

Arranca o projecto Ibergranatum, que exportará romãs de Portugal e Espanha


Agricultores portugueses e espanhóis colocaram em marcha oficialmente o projecto denominado "Ibergranatum", uma ideia destinada a comercializar e exportar romãs produzidas por ambos os países, tendo já sido plantadas cerca de 2000 árvores. 

O projeto advém da colaboração entre a Associação de Beneficiários do Roxo (ABROXO), em Aljustrel, e a Asociación General de Empresarios de Lepe (AGELEPE),na sequência de um protocolo entre a Câmara de Aljustrel e o Ayuntamiento de Lepe.), com o objetivo principal de "promover a cultura da romã em Lepe e em Aljustrel", nomeadamente cultivo, transformação, distribuição e comercialização do fruto.Para tal, as associações criaram duas empresas, com os mesmos estatutos, conselho de administração e nome (Ibergranatum), uma no Alentejo e outra na Andaluzia, para promoverem a produção de romã, fruto com "interesse mundial muito grande", devido ao seu "poder antioxidante".

Segundo explicou o presidente da AGELEPE, Juan Fernández, à Efe "o projecto já é uma realidade com a plantação das primeiras 2000 árvores em solo espanhol".

Fernández refere também que o projecto já foi apresentado a empresários do Uruguai, Brasil e Argentina em recentes jornadas celebradas em Sevilha.

Com o projeto em marcha, perspectiva-se uma ocupação de cerca de 25.000 ha. O próximo passo será criar uma marca que diferencie o produto originário destas zonas.

A romã é um fruto que beneficia de numerosas formas de aproveitamento, tanto para a indústria alimentar, como para as indústrias especializadas em cosmética e saúde. 

Fonte: Revista Mercados; Publico

Publicada: 16-01-2014 12:00

Candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS),

Campanha 2014-2015
O Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP) publicou hoje no respectivo site, que as candidaturas ao "Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS),Campanha 2014-2015, decorrem entre 5 de fevereiro e 10 de março de 2014, sendo submetidas online na página eletrónica do IFAP, IP. Os viticultores que pretendam candidatar-se devem, desde já, proceder à sua inscrição como beneficiários IFAP para obtenção de NIFAP, ou à atualização de dados, como indicação do NIB e/ou endereço eletrónico, e também providenciarem a atualização do Registo Central Vitícola, pedido de emissão de direitos provisórios e georreferenciação das parcelas (nos casos de relocalização de vinhas). Para mais informação devem consultar a Portaria n.º 357/2013, de 10 de dezembro e o Aviso de Abertura de Candidaturas.

Fonte: IFAP

Publicada: 16-01-2014 15:00

Programa Apícola Nacional (PAN)


O IFAP publicou no respectivo site que os formulários para as candidaturas ao Programa Apícola Nacional já se encontram disponíveis para impressão, bem como o respectivo Manual de Instruções de Preenchimento.

O período de apresentação de candidaturas ao Plano Apícola Nacional(PAN), para a campanha 2014, decorre entre 2 a 31 de Janeiro.

As candidaturas deverão ser apresentadas no IFAP I.P., em suporte de papel, cabendo a este organismo solicitar parecer às entidades avaliadoras.

São elegíveis, para a campanha 2014, as despesas realizadas a partir de 1 de setembro de 2013 e executadas até 31 de agosto de 2014.

Para obter informações adicionais consulte a página web do IFAP. 

Fonte: IFAP

Publicada: 16-01-2014 15:00

Investigador português prevê extremos climáticos


QUARTA, 15 JANEIRO 2014 13:36
As ondas de calor e as vagas de frio, as secas e as cheias poderão ser cada vez mais frequentes em Portugal e na Europa ao longo das próximas décadas, de acordo com uma informação divulgada pelo Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
  
João Santos, investigador do CITAB, declara que "as estações do ano estão cada vez mais extremadas e a perder a sua tipicidade. No caso específico de Portugal, registamos que, se por um lado parecem estar cada vez mais secas, por outro, tem aumentado a frequência de episódios de precipitação intensa". A conclusão é suportada por várias publicações científicas do especialista em alterações climáticas e docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Um dos estudos em causa traça o futuro do clima entre 2041 e 2070, período em que são esperados mais extremos de precipitação e de temperatura em Portugal. "O verão vai passar a ter temperaturas muito mais elevadas e o aumento da temperatura máxima no interior do país será o ponto mais crítico," considera João Santos.
 
Outro dos estudos em que João Santos participou, e que analisou todos os invernos em Portugal e na Europa desde 1870, revela que "em quase 150 anos, verificámos níveis de precipitação inédita em território nacional no Inverno de 2009/2010, e de secura extrema no Inverno de 2011/2012". Segundo João Santos, "trata-se de dois anos perfeitamente antagónicos e excecionais", até pela proximidade temporal, num intervalo de quase 150 anos. "Estamos, portanto, a assistir a uma mudança cada vez mais evidente nos padrões meteorológicos", esclarece.
 
Índices como a precipitação, a temperatura, os padrões do vento no Atlântico Norte e na Europa, (nomeadamente a corrente de jato – ventos de oeste em altitude e que determinam o estado do tempo à superfície), são incluídos no estudo realizado com investigadores da Universidade de Reading e de Oxford (Reino Unido). "O comportamento da corrente de jato está a tornar-se mais irregular e isso vai determinar que ocorram mais extremos de temperatura e de precipitação", considera João Santos.

Conferência “Douro: Passado, Presente e Futuro”, dia 12 de Fevereiro na UTAD


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No âmbito do Ciclo de Conferências do Departamento de Agronomia (DAgro) e do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), realizar-se-á a Conferência "Douro: Passado, Presente e Futuro", a realizar no dia 12 de fevereiro de 2014 , e que contará, mais uma vez, com a presença de empresas da fileira vitivinícola.

O Evento vai ter início às 14h00 do dia 12 de fevereiro, no Auditório das Ciências Agrárias da UTAD e insere-se no Ciclo de Conferências organizado pelo DAgro e pelo CITAB sobre a temática Douro, sendo a participação gratuita.


Para inscrições e informações: citab.press@utad.pt.

O Montado e a Cortiça - Ciclo de sessões: da investigação à aplicação

31 Janeiro, das 9h30 às 17h | Auditório do Edifício Florestal

Como transferir para os utilizadores os conhecimentos gerados pela investigação? Esta é uma questão frequentemente levantada pelo sector produtivo à comunidade científica.
Associações, produtores e empresas das diversas fileiras agro-florestais colocam este tema com grande prioridade, considerando necessário melhorar o modo de transmissão dos novos conhecimentos, descodificando as componentes científicas e mostrando a sua potencial aplicação no ciclo produtivo.

O Centro de Estudos Florestais, como instituição de investigação na área das florestas e dos produtos florestais, quer contribuir para a criação de novos caminhos de disseminação do conhecimento para os gestores florestais e industriais. Neste contexto, o CEF vai organizar um ciclo de sessões 'Da investigação à aplicação' onde os resultados do seu trabalho científico serão apresentados numa ótica do utilizador produtivo, e amplamente discutidos com os participantes.

O primeiro evento terá como tema 'O montado e a cortiça'. Esta é uma fileira que o CEF investiga há muitos anos, em numerosos projetos de investigação nacional e internacional, tendo publicado centenas de trabalhos científicos que significativamente aumentaram o nosso conhecimento sobre o montado, o sobreiro e a cortiça.

Organização: Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia
Data: 31 de Janeiro :: das 9h30 às 17h00
Local: Auditório do Edifício Florestal
Nota: As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e limitadas à capacidade da sala (enviar nome, instituição e e-mail).
Mais informações/inscrições:
Telef: 213653130


Fenadegas vê satisfeitas propostas de alteração fiscal ao setor agrícola


No âmbito do Orçamento do Estado para 2014

Fenadegas vê satisfeitas propostas de alteração fiscal ao setor agrícola

Depois de vários meses de negociações com a tutela, A Federação Nacional das Adegas e Cooperativas de Portugal - Fenadegas, vê agora satisfeitas no Orçamento do Estado para 2014 as reivindicações de alteração às medidas de incentivo ao investimento agrícola e, em particular, ao setor vitivinícola. Desde o início do ano de 2013 que a Fenadegas vinha a exigir medidas mais atrativas e menos lesivas para os viticultores e investidores.

Assim, o Orçamento do Estado para 2014 introduz uma série de alterações fiscais à agricultura, como a tributação dos subsídios ao investimento, atribuídos pelo programa VITIS, Reestruturação e Reconversão das Vinhas, que antes era de 75 por cento do total do subsídio recebido e que agora passa a ser apenas de 30 por cento. Também a tributação dos subsídios à exploração sofreu alterações, sendo-lhes apenas aplicado o coeficiente de dez por cento, enquanto anteriormente era de 20 por cento.

Mas as alterações não se ficam por aqui. Ainda no âmbito do IRS, a aplicação do regime simplificado para a determinação dos rendimentos da Categoria B é alargada para 200 mil euros de montante anual líquido, que antes estava limitado ao montante de 150 mil euros.

Já no regime da Segurança Social, o Orçamento do Estado para 2014 vem definir que os agricultores ou vitivinicultores que tenham rendimentos anuais quatro vezes inferiores ao Indexante de Apoios Sociais (1.676,88€) estão isentos da obrigação de pagamento desta contribuição, aplicando-se a mesma medida aos trabalhadores agrícolas com baixo rendimento.

Também as regras da base contributiva sofrem alterações relevantes. Assim, fixada anualmente em outubro, a base contributivo deixa de poder ser reavaliada por requerimento quando se verificam alterações significativas nos rendimentos.

Estas são apenas algumas das medidas e alterações afixadas no Orçamento do Estado para este ano, considerando Basto Gonçalves, Presidente da Fenadegas que "ainda há muito trabalho a fazer no âmbito da aplicação das medidas fiscais e contributivas aos empresários e trabalhadores vitivinícolas, mas as alterações introduzidas vão ajudar os profissionais do setor a reinvestirem na atividade".

Sobre a Fenadegas

A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal foi fundada em 1981, por um conjunto de 24 adegas. Atualmente conta com 56 cooperativas associadas diretamente e ainda com três Uniões – UNIDOURO, UDACA e VERCOOPE –, representando quase todas as regiões do país.

FONTE: MEDIANA

Solução portuguesa para agricultura inteligente finalista em concurso da CE


por Ana Rita Costa
16 de Janeiro - 2014
Uma solução portuguesa para agricultura inteligente está entre os 40 projetos finalistas do concurso da Comissão Europeia FI-WARE Challenges.
 
O FI-WARE Challenges previa o desenvolvimento de aplicações internet em duas categorias, a Smart City e a Smart Business. A GalvYas, a solução portuguesa, está a concorrer na segunda categoria com outras 19 propostas e poderá vir a ganhar um prémio máximo de 75 000 euros.

O projeto, liderado por João Vieira, está relacionado com a indústria agroalimentar de futuro e consiste numa pequena caixa, a "smox", que "sente" os campos agrícolas desde a sementeira à colheita e que permite ver a sua evolução a partir de um browser, tablet ou smartphone.

A ideia já tem site (http://galvyas.com/) e também foi colocada no portal Techno Funding, em busca de financiamento comunitário.

Bfruit apresenta-se junto de produtores


por Ana Rita Costa
16 de Janeiro - 2014
A Bfruit – Organização de Produtores de Pequenos Frutos está a realizar um conjunto de apresentações públicas junto de produtores para se dar a conhecer.

 
No próximo dia 25 de janeiro a Bfruit vai estar em Vila Real, no Auditório da Biblioteca Municipal e em Cinfães, no Auditório da Biblioteca Municipal onde apresentará a conferência "O Mirtilo no Estado do Oregon EUA –Experiência de uma visita de Estudo" e apresentará a organização com os testemunhos de dois produtores.

A 1 de fevereiro a Bfruit volta a fazer uma apresentação pública na Biblioteca Municipal de Ponte da Barca.

Preços dos cereais mantêm-se acima das médias históricas



As perspectivas a médio prazo do mercado dos cereais na União Europeia estão caracterizadas por condições de ajustamento de mercado, baixas das existências e preços acima das médias históricas.

Segundo a informação de Previsões de mercados agrícolas a médio prazo para 2013-2023 da Comissão Europeia, para 2013 prevê-se uma oferta de 316 milhões de toneladas, o que supõe um pequeno crescimento devido ao aumento dos rendimentos, apesar de apenas mais 0,6 por cento, e a uma maior utilização interna dos cereais no mercado comunitário como consequência do crescimento da procura para a produção de etanol.

Espera-se também um aumento por cada tipo de cereal, em especial um aumento significativo para o milho de 18 por cento e para o trigo de 41 por cento, à custa da redução na produção de outros cereais. A crescente procura de arroz vai diminuir a auto-suficiência comunitária para 64 por cento.

No caso das oleaginosas, prevê-se também uma subida moderada da oferta, devido a um certo aumento dos rendimentos. Estima-se que o uso interno das oleaginosas venha a crescer em resposta à procura para a produção de biodiesel e alimentação animal, já que o consumo para alimentação humana mantém-se constante.

Fonte: Agrodigital

 
 
15-01-2014


Planos para 2014, declarado Ano Internacional da Agricultura Familiar

15-01-2014 
 


 
As Nações Unidas proclamaram 2014 Ano Internacional da Agricultura Familiar, de forma a elevar o perfil da agricultura ao concentrar a atenção do mundo sobre o seu papel na redução da fome e da pobreza, para a segurança alimentar e na melhoria da qualidade de vida, assim como na protecção do ambiente e da biodiversidade

O Copa-Cogeca organizou uma conferência de imprensa a 22 de Novembro de 2013 e adoptou uma declaração que coincidiu com a apresentação do Ano Internacional da Agricultura Familiar da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em Nova Iorque.

O Copa-Cogeca também organizou, em Bruxelas, com a colaboração da FAO e a OMA, um evento de dois dias, entre 11 e 12 de Dezembro, para destacar a importância da agricultura familiar. A organização participou ainda na Conferência sobre o tema, organizada pela Comissão Europeia, a 29 de Novembro, sob o tema "Um diálogo para uma agricultura mais sustentável e resistente na Europa e no mundo" e contribuiu para a consulta da Comissão sobre o mesmo.

Os resultados da Conferência da Comissão, assim como a declaração do Copa-Cogeca sobre o papel da agricultura familiar, serão apresentados na Conferência da FAO, dedicada também a este tema, que terá lugar em Bucareste, no próximo mês de Abril. Ao longo de 2014 serão celebrados uma série de iniciativas no quadro desta celebração e também terá um papel relevante na conferência do Copa-Cogeca, em Outubro de 2014.

Na sua declaração, o Copa-Cogeca insta O Conselho, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, que assegurem o acesso da agricultura familiar a terra e aos recursos naturais; um aumento significativo dos investimentos no sector, a investigação e a inovação, e se transmitam conhecimentos aos agricultores.

A organização solicita que sejam estabelecidas condições apropriadas para a criação de organizações de produtores como as cooperativa agrícolas, que permitam aos produtores unirem forças para comercializar os seus produtores, adicionando valor para conseguir um melhores preços e melhorar a gestão das condições extremas da volatilidade do mercado.

Defende a criação de oportunidades de formação e educação aos agricultores, que lhes proporcione um futuro competitivo; reconhece a insubstituível contribuição das mulheres na agricultura familiar no mundo inteiro e o apoio aos jovens agricultores para se instalarem no sector.

Combater as práticas desleais e abusivas na cadeia alimentar, para que os agricultores tenham maiores possibilidades de obterem receitas de mercado; permitir o acesso dos intervenientes da agricultura familiar à internet e aos serviços sociais, como infantários; serviços de saúde e apoios de reforma semelhantes ao resto da sociedade.

Por último, o Copa-Cogeca considera importante que os dois pilares da reforma política agrícola comum (PAC) sejam aplicados devidamente, reduzindo ao máximo a burocracia.

Fonte: COPA-COGECA

Copa-Cogeca apresenta prioridades do sector da batata da UE

16-01-2014 
 


 
O presidente do grupo de trabalho "Batatas" do Copa-Cogeca ", Arnaud Delacour, apresentou as prioridades dois sector das batatas da União Europeia, entre as quais destacou prosseguir com uma estratégia de promoção do sector a nível comunitário, tendo em conta a esperada publicação, para o final do ano, de uma estratégia da Comissão Europeia sobre a promoção dos produtos agrícolas.

O tema foi discutido no grupo de trabalho, após a reeleição para presidente do francês Delacour, engenheiro agrónomo e também membro da Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores.

Entre as várias prioridades indicadas está manter o progresso relativo à informação da Comissão Europeia, aguardada para finais de Fevereiro de 2014, sobre a menor utilização e culturas especializadas, como a batata, uma vez terminada a consulta de serviços internos.

O Copa-Cogeca solicitou um programa que permita resolver a crescente ausência de produtos fitossanitários para estes produtos. Por outro lado, Delacour deseja também avançar no que diz respeito à nova legislação relativa ao material de reprodução vegetal, já que a batata-semente da União Europeia (UE) são exportadas para o mundo inteiro. Deve continuar em vigor um regime de certificação sólido para manter a alta qualidade da batata-semente da (UE).

Para além disso, o grupo de trabalho examinou a situação de mercado, que é relativamente positiva durante esta campanha, com uma produção em alta de 4,2 por cento em comparação aos níveis dos anos anteriores nos cinco principais países de produção, mas ainda continua inferior passado à média dos últimos cinco anos.

Fonte: COPA-COGECA

Produção de carne de frango na UE vai crescer cerca de oito por cento ao ano até 2023

16-01-2014 
 
A evolução da produção de carne de frango nos próximos anos vai estar condicionada pelos preços da alimentação, apesar de inferiores aos níveis recorde alcançados em 2011 e 2012.

No entanto, o sector avícola continua o mais dinâmico da União Europeia, com um crescimento anual de 0,8 por cecto entre 2012-2013, segundo a informação de previsões dos Mercados Agrícolas realizado pela Comissão Europeia, prevendo-se que a produção alcance 13,6 milhões de toneladas em 2023.

Espera-se que a procura de carne de frango no Médio Oriente e na China continue, vindo a favorecer consideravelmente as exportações comunitárias. Em 2023, estima-se poder exportar um total de 1,4 milhões de toneladas, o que supõe mais cerca de 15 por cento que o exportado como média no período 2010/2012. Prevê-se ainda uma melhoria das exportações para a África do Sul e para o Gana, e uma perda de quota no mercado russo como consequência do aumento de auto-fornecimento.

Em relação à carne de porco, esta continua a ser a favorita dos consumidores comunitários, com 31 quilos por habitante e ano, a de frango é a única carne cujo consumo aumentou em 2012, chegando aos 20-21 quilos por habitante.

Os preços da carne de frango seguem a mesma evolução que a carne de porco. Após alcançar níveis elevados em 2013 e durante o Verão do mesmo ano, os preços têm vindo a diminuir na segunda metade do ano passado. Esta tendência mantém-se para 2014, mas depois espera-se que aumentem devido aos preços dos cereais que vão permanecer altos e também como consequência da procura em alta, para 2014.

Fonte: Agrodigital

Câmara de Óbitos quer criar grande central de abastecimento para mercado regional

 16-01-2014 
 

 
A Câmara de Óbidos quer concentrar a produção agrícola do concelho numa grande central, que reúna cerca de 200 agricultores para abastecerem directamente o mercado regional a preços mais competitivos e aumentando as margens de lucro dos produtores.

Segundo o presidente da câmara, Humberto Marques, nesta região existem «restaurantes e hotelaria a comprar os produtos caros e agricultores a vendê-los muito baratos» e a autarquia defende que a produção agrícola do concelho seja direccionada para o mercado regional «a preços mais competitivos para quem comprar e mais vantajosos para quem vende, já que não terão que passar por toda a cadeia de intermediários».

O projecto, denominado Grande Central das Várzeas, pretende ainda «dar resposta ao problema das grandes margens de lucro que ficam nos intermediários, enquanto os agricultores recebem apenas cerca de 20 por cento de toda a cadeia de valor e o consumidor continua a pagar os produtos muito caros», explicou.

A ideia é concentrar numa grande central a produção entre 150 a 200 produtores de todo o tipo de culturas para, a partir da concentração da oferta, «valorizar os produtos locais com uma identidade e marca próprias e conseguir responder, além mercado regional, de uma forma mais expedita o mercado nacional e o internacional», disse.

Para isso, a autarquia está a incentivar os agricultores para se organizarem e construírem uma central para acondicionamento, normalização, embalamento e expedição dos produtos agrícolas, que desde logo contribuirá também para a diminuição dos custos do produtor.

«Actualmente temos centrais a trabalhar cinco ou seis meses por ano e, com esta organização, a central poderá ser rentabilizada todo o ano, com culturas diferentes e ter uma estrutura de marketing comum», esclareceu Humberto Marques.

O projecto está inscrito no orçamento da câmara para 2014 e irá ser alvo de uma candidatura a fundos comunitários no âmbito da qual a autarquia prevê obter incentivos de 300 mil euros, repartidos por três anos. A verba está, no entanto, dependente do número de agricultores que aderirem à grande central, os quais «poderão recorrer a outras janelas de financiamento para cobrir na íntegra os custos da estrutura, concluiu o autarca.

Fonte: Lusa

Industriais de tomate levaram preocupações à Comissão Parlamentar de Agricultura

16-01-2014 
 

A Associação dos Industriais de Tomate (AIT) foi recebida  pela Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar. Em cima da mesa esteve, sobretudo, a questão das prováveis ajudas financeiras dos governos de Espanha e Itália aos seus industriais de tomate.

Para os industriais da fileira do tomate, em Portugal, essas ajudas poderão empurrar Portugal para uma perda de competitividade semelhante à da Grécia que, nos últimos dois anos, viu a sua produtividade cair para metade.

A AIT deu conta a esta comissão parlamentar que é público que Espanha reservou 6,3 milhões de euros para ajudas ligadas ao tomate, o que significa um apoio de cerca de 280 euros por hectare. Em Itália já circulam informações, ainda não confirmadas oficialmente, que este tipo de apoios pode ascender a cerca de 30 milhões de euros, ou seja qualquer coisa como 500 euros por hectare.

Face a esta situação a AIT solicitou à Comissão de Agricultura e Mar que possa trabalhar com o Governo, no sentido de promover condições para a manutenção da competitividade nacional deste sector.

É vital estar atento ao que outros países produtores da União Europeia estão a fazer em matéria de medidas de apoio ao sector e importa que, o nosso governo, avance com medidas semelhantes a nível nacional.

É certo que o Executivo português já mostrou estar sensível a esta matéria, mas é necessário que se chegue a um acordo concreto que permita a Portugal manter-se na vanguarda mundial do sector, não perdendo competitividade em termos internacionais. Só assim a fileira do tomate, no nosso país, poderá continuar a cumprir objectivos de aumentos de produtividade, de forma cada vez mais sustentada.

Fonte: voz do campo

Câmara do Sabugal apela ao abate de pinheiros atingidos pelo Nemátodo

16-01-2014 


 
A Câmara Municipal do Sabugal está a apelar aos agricultores do concelho que procedam ao abate de pinheiros que apresentem sintomas da «doença da murchidão» provocada pelo Nemátodo da Madeira do Pinheiro.
 
A existência de agulhas descoloradas, o amarelecimento da copa do pinheiro e a morte da árvore são sintomas que devem levar os proprietários dos terrenos a proceder ao seu abate, segundo a autarquia do Sabugal.
 
«Para evitar a instalação e a dispersão da doença é obrigatório cortar e eliminar, incluindo ramos e outros sobrantes resultantes do corte, as árvores de pinheiro bravo, pinheiro manso e outras resinosas que apresentem sintomas de declínio ou se encontrem mortas, tombadas e queimadas», refere a Câmara Municipal do Sabugal em comunicado.
 
Na nota é indicado aos proprietários dos terrenos que «mesmo que essas árvores não estejam contaminadas pela doença poderão promover a sua instalação, caso permaneçam no terreno», daí a necessidade da sua destruição.
 
«A ocorrência em Portugal de uma doença provocada pelo Nemátodo da Madeira do Pinheiro coloca em risco o pinhal», indica a fonte, que apela aos proprietários que procedam, «de imediato, ao abate e eliminação de todos os pinheiros e outras resinosas que apresentem os sintomas referidos».
 
A autarquia sublinha que a eliminação dos ramos e outros sobrantes resultantes do corte é também obrigatória, «por criarem condições à instalação dos insectos que transmitem a doença».
 
Os produtores podem obter mais esclarecimentos contactando os serviços regionais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Sabugal, as Organizações de Produtores Florestais ou o sítio da Internet do ICNF: www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/nmp.
 
Fonte: Lusa

Fenadegas aplaude revisão dos incentivos ao investimento na agricultura no OE2014

17-01-2014 
   
A Federação Nacional das Adegas e Cooperativas de Portugal (Fenadegas) congratulou-se com a revisão dos incentivos ao investimento agrícola previstos no Orçamento do Estado para 2014, considerando que vai «ajudar os profissionais do sector a reinvestirem na actividade».

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Fenadegas recorda que «desde o início do ano de 2013 vinha a exigir medidas mais atrativas e menos lesivas para os viticultores e investidores».

«Ainda há muito trabalho a fazer no âmbito da aplicação das medidas fiscais e contributivas aos empresários e trabalhadores vitivinícolas, mas as alterações introduzidas vão ajudar os profissionais do sector a reinvestirem na actividade», disse à Lusa o presidente da Fenadegas, Basto Gonçalves.

Entre as alterações fiscais no sector agrícola introduzidas no Orçamento do Estado (OE), a federação destaca a tributação dos subsídios ao investimento atribuídos pelo programa Vitis, para reestruturação e reconversão das vinhas, que passa de 75 por cento do total do subsídio recebido para 30 por cento.

Também alterado foi o regime de tributação dos subsídios à exploração, aos quais passa a ser apenas aplicado o coeficiente de 10 por cento, contra os anteriores 20 por cento.

Ainda no âmbito do IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares), a Fenadegas aplaude que a aplicação do regime simplificado para a determinação dos rendimentos da Categoria B tenha sido alargada de 150 para 200 mil euros de montante anual líquido.

Já no regime da Segurança Social, a federação destaca que o OE 2014 isenta os agricultores ou vitivinicultores com rendimentos anuais quatro vezes inferiores ao indexante de apoios sociais, 1.676,88 euros, «aplicando-se a mesma medida aos trabalhadores agrícolas com baixo rendimento».

Segundo nota a Fenadegas, também as regras da base contributiva sofrem «alterações relevantes», deixando a base contributiva, fixada anualmente em Outubro, de poder ser reavaliada por requerimento quando se verificam alterações significativas nos rendimentos.

Fonte: Lusa