sábado, 17 de agosto de 2013

Incêndio no Funchal destruiu 50 hectares de floresta

Publicado ontem

foto JOANA SOUSA/ASPRESS/GLOBAL IMAGENS

Cinquenta hectares de mato e floresta arderam na sequência do incêndio
que lavra desde as 02:30 desta sexta-feira no concelho do Funchal,
anunciou o presidente da câmara, que atribuiu o aparecimento de novos
focos a "fogo posto".

"A área ardida anda à volta de 50 hectares, não há danos materiais
relevantes a apontar, com exceção de alguns anexos de habitação",
disse aos jornalistas Miguel Albuquerque, no final de uma reunião da
Comissão Municipal de Proteção Civil, no quartel dos Bombeiros
Municipais do Funchal, na qual se decidiu acionar o Plano Municipal de
Emergência.

Miguel Albuquerque, que interrompeu as férias para acompanhar a
situação dos incêndios, adiantou que arderam dois por cento do Parque
Ecológico do Funchal, com uma área de 1.012 hectares.

O responsável explicou que a decisão de ativar o Plano Municipal de
Emergência de Proteção Civil surgiu depois do aparecimento de três
novos incêndios, "simultaneamente", que alastraram o fogo da freguesia
do Monte à de São Roque.

"[O plano] é um elemento muito importante porque permite conjugar um
conjunto de procedimentos com um conjunto de entidades que são
fundamentais no combate e na prevenção dos fogos", justificou o
responsável máximo da Proteção Civil no concelho.

O autarca considerou o aparecimento dos novos focos - no Galeão, na
Cova e no Sítio da Alegria - uma situação "muito estranha", o que, no
seu entender, "aponta para fogo posto".

"Esses focos surgem espontaneamente, tudo aponta para fogo posto mas
não posso confirmar", declarou, referindo que a situação obrigou a
deslocar novamente meios, incluindo da Cruz Vermelha Portuguesa e do
Exército, "com intervenção de 100 homens".

O presidente do município admitiu que estes incêndios "ainda [às 19.40
horas] não estão circunscritos", pelo que é uma "zona de combate
prioritária".

"Vamos ter uma noite novamente de trabalho, de prevenção e combate
destes fogos. Vamos ver como o tempo evolui, estamos muito
condicionados ao vento", reconheceu, garantindo: "A nossa prioridade
será a salvaguarda da integridade física das pessoas e das suas
habitações".

No caso dos fogos que estão controlados e em fase de rescaldo, no
Monte, os bombeiros vão fazer prevenção porque neste momento nada está
garantido, admitiu, alertando: "Neste momento não há populações em
perigo mas há o potencial de o fogo poder alastrar muito rapidamente,
basta o vento aumentar".

Confrontado com críticas relacionadas com a ausência de limpeza de
terrenos em espaço urbano, Miguel Albuquerque referiu que se tratam de
áreas privadas, observando que há no concelho outras condicionantes
que facilitam a propagação do fogo, como as plantas infestantes.

O incêndio começou às 02:30, na freguesia do Monte, e destruiu alguns
anexos e palheiros, além de mato e área florestal, tendo-se agravado
ao início da tarde, passando para as zonas altas da freguesia de São
Roque, onde surgiram novos focos.

O incêndio atingiu o Parque Ecológico de Funchal, criado em 1994, por
iniciativa da Câmara Municipal do Funchal, tem como objetivos a
conservação da natureza, a promoção da educação ambiental e a
disponibilização de infraestruturas para o recreio e lazer dos
visitantes.

Em agosto de 2010, um incêndio destruiu 95% dos 1.012 hectares do
Parque Ecológico, que tem sido, desde então, alvo de projetos de
reflorestação.

O parque, Desenvolve-se em terreno montanhoso, a norte da cidade do
Funchal, entre os 470 metros de altitude na ribeira Santa Luzia e os
1.818 metros de altitude do Pico do Areeiro.

Oito pessoas foram transportadas para o Hospital Dr. Nélio Mendonça,
mas sem ferimentos graves.

A combater o fogo estão cerca de 70 elementos das corporações dos
Municipais do Funchal, Voluntários Madeirenses, Voluntários de Câmara
de Lobos e, ainda, as corporações de Machico, Santa Cruz e Ribeira
Brava, além da Polícia Florestal.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3374575&page=-1

Lagoa acolhe a maior feira de turismo, agricultura e indústria do Algarve

16 a 25 de agosto
A Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de
Lagoa (Fatacil), que é a principal montra destas atividades económicas
no Algarve e uma das mais importantes do país, decorre entre
sexta-feira e 25 de agosto.

Na sua 34.ª edição, a Fatacil junta seis centenas de expositores e
abre ao público às 18:00, uma hora antes de o ministro Adjunto e do
Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, inaugurar o certame,
pelas 19:00, juntamente com o secretário de Estado do Mar, Manuel
Pinto de Abreu, segundo o presidente da Fatasul – Feiras e Exposições
do Sul, a associação organizadora.

O presidente da Fatasul, Luís Correia, disse à agência Lusa que a
edição deste ano "o tema é alusivo ao mar" e os visitantes poderão
"degustar produtos gastronómicos da Ria Formosa", local que estará
também representado em vários expositores com a presença de
mariscadores e outros empresários.

Luís Correia afirmou ainda que, relativamente à vertente da
agricultura, o foco este ano estará no setor equestre, "com uma
presença significativa das melhores cordoarias nacionais", dando
destaque ao cavalo lusitano, que está "a despertar grande interesse no
Brasil, depois de no ano passado uma televisão ter feito uma
reportagem na Fatacil" sobre a sua criação.

"Este é um dos principais destaques da edição deste ano e representa
um dos produtos em que Portugal se destaca. Alguns criadores ficaram
interessados na Fatacil e vêm cá mostrar o que fazem no Brasil com a
criação do cavalo lusitano", referiu Luís Correia, que é também
vice-presidente da Câmara de Lagoa, sublinhando que "há também
criadores de Espanha presentes".

O artesanato e gastronomia regional do Algarve são outros dos pontos
de interesse da Fatacil, que este ano, num sentido "ao contrário da
conjuntura económica, conta com mais 10% de expositores do que no ano
passado", sublinhou Luís Correia.

"Este aumento dá a ideia de que as empresas, com as dificuldades e a
crise, estão a apostar mais na promoção", acrescentou.

Ao longo de 10 dias, a Fatacil vai também oferecer aos visitantes um
programa de animação que, segundo Luís Correia, vai cobrir todos os
gostos musicais.

"Vamos ter o Emanuel e o José Cid, mas também os Expensive Soul e
outras bandas com diferentes estilos", disse, considerando que "estão
reunidas as condições para uma edição bem-sucedida" da Fatacil.
.diariOnline RS com Lusa
08:32 sexta-feira, 16 agosto 2013


http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=138887

Agricultura perto de esgotar fundos para o investimento

JOSÉ MANUEL ROCHA

16/08/2013 - 07:55

Programa de apoio ao desenvolvimento rural já assumiu compromissos com
projectos que, no total, representam um investimento de cerca de 6700
milhões de euros para modernizar o sector.

O regadio tem apoios específicos do programa de desenvolvimento rural
RUI GAUDÊNCIO

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TÓPICOS

Agricultura

Depois de um ciclo de dificuldades que fez atrasar ou suspender mesmo
os pagamentos aos agricultores por causa das dificuldades financeiras
do Estado, o plano de apoio ao desenvolvimento rural (Proder)
regressou a um padrão de normalidade e terminou o primeiro semestre
deste ano com 32 mil projectos aprovados que totalizam um apoio
público de 3,9 mil milhões de euros.

Ao contrário das ajudas directas às explorações, que chegam
directamente dos cofres de Bruxelas e que visam suportar o nível de
rendimento dos agricultores, os apoios do Proder têm como objectivo
promover o investimento no sector e manter a sustentabilidade do mundo
rural, e vigoram num plano plurianual - neste caso, 2007/2013.

Mas enquanto as ajudas directas não têm qualquer comparticipação
pública - o que chega de Bruxelas é entregue por inteiro ao agricultor
-, no caso do Proder é, primeiro, exigido que o candidato ao apoio
suporte uma parte do investimento e, depois, que o Estado assuma
também uma comparticipação percentual no projecto.

Por isso é que os 3,9 mil milhões de euros de apoios públicos já
contratados correspondem, globalmente, a um investimento total de 6,7
mil milhões de euros no quadro de acções que estão previstas no
programa.


http://www.publico.pt/economia/noticia/agricultura-perto-de-esgotar-fundos-para-o-investimento-1603211

Bombeiros profissionais insistem no reforço da prevenção de fogos florestais

A ANBP defende a colocação de bombeiros em "locais específicos e
estratégicos" da floresta, durante todo o ano, assim como mais
aceiros, faixas de contenção das chamas, postos de vigia e limpeza da
vegetação.

Os bombeiros profissionais insistiram hoje no reforço das medidas de
prevenção de fogos florestais, como aceiros e postos de vigia, um dia
depois da morte de um bombeiro voluntário, num incêndio na Covilhã.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional dos
Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, sustentou que as
medidas de prevenção de incêndios florestais "são avulsas" e "não são
suficientes".

A ANBP defende a colocação de bombeiros em "locais específicos e
estratégicos" da floresta, durante todo o ano, assim como mais
aceiros, faixas de contenção das chamas, postos de vigia e limpeza da
vegetação.

São medidas que a ANBP relembra todos os anos, mas o apelo, segundo
Fernando Curto, não tem sido ouvido, por sucessivos governos.

A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais considera ainda, num
comunicado conjunto com o Sindicato Nacional dos Bombeiros
Profissionais, hoje divulgado, que o investimento na prevenção de
fogos florestais "é desproporcionado", menor, face ao do combate.

Apesar de destacar o "enorme investimento" que o Ministério da
Administração Interna "faz anualmente" no Dispositivo Especial de
Combate aos Incêndios Florestais, a ANBP entende que a "estratégia de
mobilização" de meios tem de ser revista, advogando um "combate mais
defensivo".

"Não posso arriscar uma equipa de bombeiros por um hectare de
pinheiros", frisou, lembrando a necessidade de "limitar a progressão
do incêndio com máquinas de rasto".

A ANBP pediu hoje uma reunião conjunta à Associação Nacional de
Municípios Portugueses, à Liga dos Bombeiros Portugueses e à
Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, visando a discussão e
a apresentação de uma proposta de projeto legislativo único para o
setor.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/bombeiros-profissionais-insistem-no-reforco-da-prevencao-fogos-florestais

Jerónimo Martins à frente da Apple e Google na lista de inovação da Forbes

PÚBLICO

16/08/2013 - 21:18

A Jerónimo Martins é dona dos supermercados Pingo Doce PEDRO ELIAS/ARQUIVO



A Jerónimo Martins surge em 16.º lugar na lista das empresas mais
inovadoras que a Forbes publica anualmente. É a única empresa
portuguesa na tabela e surge à frente de multinacionais conhecidas
pela inovação como o Google e a Apple.

A revista coloca a empresa americana Salesforce em primeiro lugar. A
Salesforce vende software e serviço para clientes empresariais. Em
segundo lugar está a farcmacêutica Alexion Pharmaceuticals e em
terceiro, outra empresa tecnológica voltada para clientes
empresariais, chamada VMware. São ambas também americanas.

Já o Google surge em 47.º e Apple apenas em 79.º. São listadas 100 empresas.


A metodologia usada para criar a lista passa por comparar a diferença
entre a valorização bolsista das empresas e uma medição do fluxo de
caixa. A diferença, dizem responsáveis pela lista, é o prémio pago
pelos investidores pela expectativa de que a empresa será capaz de
inovar e trazer ganhos no futuro.

Para além disto, também é preciso estar em bolsa há sete anos (o que
deixa de fora, por exemplo, o Facebook) e ter uma valorização bolsista
mínima de dez mil milhões de dólares (7500 milhões de euros).

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, tem crescido sobretudo devido
à expansão para mercados fora de Portugal, onde se incluem a Polónia e
a Colômbia.

http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/jeronimo-martins-a-frente-da-apple-e-google-na-lista-de-inovacao-da-forbes-1603268

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bombeiro da Covilhã morre no combate às chamas

INCÊNDIOS



por Rita CarvalhoOntem27 comentários

Um bombeiro morreu hoje no combate às chamas na zona da Covilhã

Um bombeiro da corporação da Covilhã morreu esta tarde num incêndio
que está a deflagrar naquela zona. Pedro Miguel Jesus Rodrigues tinha
41 anos e estava no combate direto às chamas. Terá sido surpreendido
por uma mudança de vento, segundo avançou ao DN o presidente da Câmara
da Covilhã, Carlos Pinto.

O acidente aconteceu na zona de Coutada, onde o incêndio lavra com
mais intensidade. Carlos Pinto afirmou ainda que a situação está muito
complicada, e que as chamas estão mesmo junto às povoações na zona do
monte.

À Agência Lusa, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros
da Covilhã, Joaquim Matias, referiu que os três bombeiros que o
acompanhavam tentavam salvar as habitações que se encontravam em
risco. Joaquim Matias diz que estão ainda por apurar as causas do
acidente.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil estão neste momento no
terreno mais de 360 homens, apoiados por 100 viaturas, e o fogo lavra
em duas frentes.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3373351

Vinhos da ilha do Pico exportados para o Japão

Curral Atlantis produz anualmente 70 mil garrafas de vinho

Por: tvi24 / LF | 2013-08-12 17:44

Os vinhos Curral Atlantis, produzidos na ilha do Pico, nos Açores,
chegaram este ano pela primeira vez ao Japão, um «novo mercado
exportador» que a empresa tenciona potenciar devido à dimensão.

«Conhecemos estes senhores, em concreto, numa feira internacional em
Lisboa. Demorou ainda algum tempo a concretizar o negócio, mas com o
tempo foram conhecendo a empresa, os vinhos e toda a nossa realidade»,
afirmou à Lusa Marco Faria, gerente da empresa picoense, acrescentando
que para o Japão foram envidados vinhos brancos e licorosos.

A Curral Atlantis produz anualmente 70 mil garrafas de vinho,
relativas a seis referências, entre brancos, tintos e licorosos,
usando para tal uvas de produção própria e outras compradas a pequenos
produtores do Pico, ilha que concentra a maior área de cultivo de
vinho nos Açores.

«O importador mostrou-se muitíssimo interessado e continua a
contactar, a querer saber novidades. O feedback que temos de lá do
início de vendas está a ser ótimo», disse Marco Faria, para quem «é
expectável virem a ocorrer novas encomendas no futuro».

Marco Faria adiantou que, além do consumo regional, os vários vinhos
da empresa são vendidos no continente e exportados para a Polónia e a
Alemanha desde 2011/2012.

Um dos vinhos mais famosos é o licoroso, feito com uvas verdelho e
arinto, galardoado em 2010 com a medalha de ouro da Festa das Vindimas
e que recupera uma tradição secular.

«O objetivo deste vinho foi tentar reproduzir o que eram os antigos
vinhos Verdelho e Arinto do Pico, que deram história à nossa ilha, os
tais que conquistaram a Rússia», disse Marco Faria, adiantando que a
maturação destes vinhos licorosos demora «cinco anos em barrica e um
ano em garrafa».

No final do mês arranca mais uma época de vindimas nos Pico e este ano
a expectativa é de conseguir «uma produção média» ao nível da
quantidade e «excelente» ao nível da qualidade das uvas.

«Já no ano passado foi produção baixa e qualidade muito boa e este
ano, pelo estado das uvas e início de maturação, se continuar assim
será um ano excelente ao nível da qualidade», referiu o gerente da
Curral Atlantis.

A produção vitivinícola no Pico divide-se em vários tipos de castas,
nomeadamente as não classificadas, como o 'vinho de cheiro', as castas
tradicionais brancas, destinadas à produção de vinhos licorosos e
vinhos regionais, como o Verdelho, Arinto e Terrantez, e as castas
europeias tintas.

O período de vindimas na ilha do Pico arranca hoje para as castas
brancas e termina em meados de setembro com as castas tintas.

http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/pico-japao-curral-atlantis-tvi24/1479372-6377.html

Via Navegável do Douro com 250 mil passageiros entre janeiro e julho

Lusa14 Ago, 2013, 13:39

A via navegável do Douro registou 250 mil passageiros nos primeiros
sete meses deste ano, com subidas de 20% nos cruzeiros de um dia e 17%
no segmento barco-hotel, soube-se hoje de fonte oficial.

É através do rio que grande parte dos turistas conhece o Douro
vinhateiro. A via navegável foi inaugurada em toda a sua extensão em
1990. São 210 quilómetros, desde o Porto até Barca d`Alva.

Segundo dados fornecidos hoje à agência Lusa pela Delegação do Norte e
Douro do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), entre
janeiro e o final de julho, passaram pela via navegável 250 mil
passageiros.

Na altura da Páscoa, a navegação no rio chegou a estar primeiro
suspensa e depois limitada, por causa da subida do caudal do Douro,
uma situação que se prolongou por cerca de um mês.

Em 2012, foram 450 mil os turistas que cruzaram este rio.

Em 2013 e até julho, verificou-se um aumento de 20 por cento nos
cruzeiros de um dia, para os 71 mil, comparativamente com o mesmo
período do ano passado.

No ano passado este segmento de viagens, que tem como principais
clientes os portugueses, verificou um decréscimo global de 11% em
relação a 2011.

Este ano constatou-se ainda um aumento de 17% de passageiros em
barcos-hotel, ficando perto dos 20 mil. Para este acréscimo contribuiu
também o facto de mais duas embarcações terem começado a operar no rio
Douro.

A aumentar estão também os cruzeiros na mesma albufeira (viagens com
duração variável, de meia e uma hora, e que se concentram nas zonas
Porto/Gaia, Entre-os-Rios, Régua, Pinhão, Foz do Sabor e Pocinho).

Segundo o IPTM, os cruzeiros na mesma albufeira representam 59% da
totalidade de passageiros, movimentando cerca de 160 mil passageiros
este ano.

A navegação de recreio cresceu na ordem dos 2%, situando-se nos 2.100
passageiros até ao fim do mês de julho.

Por norma, os meses de agosto, setembro e outubro, são também meses
bons para o turismo no Douro, até pelas vindimas que decorrem neste
período, pelo que a perspetiva do IPTM é que, até ao final do ano, o
número de passageiros ultrapasse o meio milhão.

A Associação Amigos Abeira Douro tem uma loja de venda de produtos de
artesanato no cais de Peso da Régua, um dos movimentados do Douro.

Aqui entram, segundo o presidente Manuel Mota, muitos turistas e
muitos deles à procura de informações sobre a região. "Funcionamos
como uma espécie de posto de turismo", salientou.

O responsável conhece bem as dinâmicas do turismo por aqui e, segundo
disse à Lusa, ao contrário do que tudo fazia prever, "este ano há mais
turistas".

"As pessoas optaram por fazer férias em Portugal. Encontramos aqui
famílias que já cá vêm há quatro anos", frisou.

Manuel Mota considera, no entanto, que neste Douro era precisa uma
"maior coordenação entre todas as entidades, como as ligadas ao
turismo ou aos comerciantes, para que "todos pudessem tirar mais
partido".

"Os turistas chegam aqui mas pouco deixam cá", sublinhou.

Na avenida por cima do cais, a proprietária de um restaurante, Olga
Ribeiro, corrobora. "Os barcos chegam mas os turistas não são trazidos
para a cidade, são levados para quintas, hotéis. Eles são largados
aqui e são tomados logo pelos autocarros. O meu negócio não ganha
muito com a vinda dos turistas", sustentou.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=673649&tm=6&layout=121&visual=49

Caçadores criticam tutela por autorizações ilimitadas na caça aos javalis

LUSA

14/08/2013 - 13:47

ENRIC VIVES-RUBIO

A Federação Portuguesa de Caçadores (FPC) criticou hoje o Ministério
da Agricultura pelas autorizações ilimitadas para caçadas aos javalis,
uma actividade que consideram perigosa por haver, anualmente, registos
de caçadores que perdem a vida nesta actividade.

Hélder Ramos, presidente da FPC, exigiu que o Ministério da
Agricultura "suspenda de imediato todas as actividades já agendadas",
tendo assegurado que "se se voltarem a verificar uma vez mais
acidentes fatais", irá accionar os meios legais ao seu alcance a fim
de responsabilizar juridicamente a presidente do Instituto e
Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a ministra da Agricultura
por estes incidentes.

"O Ministério da Agricultura teima em autorizar caçadas perigosas aos
javalis onde anualmente caçadores perdem a vida e esta é uma situação
inadmissível, tendo em conta o número de mortos e de feridos com balas
de caçadeira verificados nos últimos quatro anos", disse Hélder Ramos.

Segundo o dirigente associativo, que fez questão de defender os
caçadores mas também as espécies cinegéticas, as caçadas vulgarmente
conhecidas por milharias (ou montarias nos milhos), visam na sua
maioria proporcionar aos seus organizadores avultados lucros com a
venda dos postos, traduzindo-se, por outro lado, "em autênticas
chacinas" uma vez que se abatem em massa os animais sem qualquer tipo
de selecção.

"Este negócio gera muito dinheiro, tendo em conta que envolve centenas
de participantes que pagam uma média de 150 a 300 euros por montaria,
e que lança para o meio do milho mais 400 a 500 cães. No meio dos
milheirais, e com a ânsia de disparar, muitas vezes são os caçadores a
disparar sobre outros participantes", observou.

"Esta actividade é horrenda, porque chegam a dizimar colónias inteiras
de javalis, e extremamente perigosa, porque não oferece o mínimo de
segurança e de organização", vincou.

Hélder Ramos disse ainda que esta situação foi já por diversas vezes
denunciada à tutela pela Federação Portuguesa de Caçadores, a qual
terá inclusivamente proposto junto do Ministério da Agricultura e do
ICNF soluções alternativas para resolver os estragos nas culturas de
milho, tabaco e beterraba que passariam pela utilização de matilhas de
cães sem recurso a armas de fogo.

"Desta forma os animais seriam afugentados para o seu habitat natural
e não ocorreriam mortes acidentais advindas do recurso às armas de
fogo", defendeu.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/cacadores-criticam-tutela-por-autorizacoes-ilimitadas-na-caca-aos-javalis-1603082

Caça à Rola-brava: Moratória e estudos são urgentes para salvar esta espécie em declínio

Nas vésperas de mais uma abertura da época de caça, a LPN – Liga para
a Protecção da Natureza – frisa a necessidade de se decretar uma
moratória à caça sobre esta espécie e que durante este período se
realizem estudos a nível mediterrânico sobre o declínio que ocorre não
só em Portugal, mas também em Espanha, França e Reino Unido. A caça à
rola-brava representa um perigo iminente e imediato para a manutenção
da espécie. É urgente suspendê-la!

A Liga para a Protecção da Natureza e a Federação Portuguesa de
Caçadores apelam a uma moratória de 2 anos da caça à rola-brava, com o
início imediato da realização de estudos para perceber não somente o
impacto da caça na rola-brava, senão mesmo os fenómenos que têm
determinado o seu declínio continuado. O declínio das populações de
rola-brava (Streptopelia turtur) na Europa terá atingido perto dos 70%
na última década e é urgente que se inicie um processo de conservação
desta ave migratória que sempre povoou os campos e as florestas de
Portugal. Para aqueles que disputam a fiabilidade dos dados é de
frisar que a Directiva Aves mantém a necessidade de se utilizar o
princípio de precaução para situações em que se desconhece como se
comporta a espécie, exemplo claro da rola-brava.

Outras espécies cinegéticas mereceriam também uma maior atenção face
às suspeitas de declínio que se sentem no campo, um pouco por todo o
país, contudo a rola-brava está, de facto, a chegar a um possível
ponto de não-retorno no que diz respeito à sua sustentabilidade
cinegética em Portugal, pelo que é preciso agir de imediato
consertando esforços entre todas as partes envolvidas nesta actividade
e entre os países que são abrangidos pelas rotas migratórias desta
espécie.

Os vários debates e workshops mantidos sobre estas medidas urgentes
têm sido frustrados com a ideia de que só é possível uma moratória
quando todos os países em que se caça a rola-brava a decretem em
conjunto. Ora perante o contínuo declínio, estes termos são repetidos
em todos os países cujas autoridades e organizações venatórias, ao
abrigo de não poderem implementar estas medidas de urgência
nacionalmente, mantêm a caça à rola-brava e continuam a promover o
declínio da espécie. Em Portugal a manutenção da caça à rola-brava é
um engano, uma vez que cada vez há menos exemplares para ser caçados,
e portanto mantém-se apenas a cobrança das licenças, não havendo nada
que caçar.

A LPN e a Federação Portuguesa de Caçadores lançam o apelo ao Governo,
nas pessoas do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento
Rural e do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da
Conservação da Natureza, a que aprove esta medida de excepção que é a
moratória e que promova o diálogo internacional entre tutelas da caça,
organizações do sector da caça, organizações ambientalistas,
universidades e centros de estudos ligados à temática, federações
internacionais de caçadores e organizações internacionais de
conservação da natureza e aves, no sentido do início o mais
rapidamente possível dos estudos sobre o declínio da Rola-brava. Há
pessoas que se dedicam ao estudo esta temática em todos os países em
que este declínio se verifica – é preciso promover a articulação de
conhecimentos para recuperar a Rola-brava. A moratória e o estudo
internacional são duas medidas da máxima urgência.

Lisboa, 13 de Agosto de 2012

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/14a.htm

Maçãs perdem firmeza mas tornam-se mais doces com aquecimento global

Os dados, recolhidos ao longo de anos, incluem medidas à acidez,
concentração de açúcar e firmeza da maçã

As maçãs estão a perder a sua textura 'crocante' devido ao aquecimento
global, embora estejam a ficar mais doces, refere um estudo realizado
durante 40 anos com base em dados de dois pomares no Japão.

Os dados, analisados entre 1970 e 2010, demonstram sinais evidentes
que as mudanças climáticas estão a ter os seus efeitos na textura e
sabor das maçãs, refere a equipa de investigadores.

"Estas mudanças podem ter resultado de uma floração precoce e altas
temperaturas" durante a época de crescimento, adiantam os
investigadores na revista Nature Scientific Reports.

Anualmente, são produzidas cerca de 60 milhões de toneladas de maçãs,
o que a torna a terceira fruta mais popular do mundo.

Estudos anteriores mostraram que o aquecimento global estava a
provocar um florescimento tardio das maçãs e que as colheitas são
afetadas pelas chuvas e pela temperatura do ar.

Os pomares usados no estudo produzem maçãs Fuji e as Tsugaru, as duas
variedades mais populares no mundo.

Os dados, recolhidos ao longo de anos, incluem medidas à acidez,
concentração de açúcar e firmeza da maçã.

Concluiu-se que tanto a acidez como a firmeza da maçã diminuiu, mas
aumentou a concentração de açúcar ao longo do tempo.

"Achamos que uma maçã mais doce é algo positivo, mas a perda de
firmeza é negativo", adiantou o co-autor do estudo Toshihiko Sugiura,
em declarações à AFP.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

http://www.ionline.pt/artigos/mundo-iciencia/macas-perdem-firmeza-tornam-se-mais-doces-aquecimento-global

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Final de "Chegas de Bois" de Montalegre atraiu mais de mil pessoas

Publicado em 2013-08-08



foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Chegas de Bois atraiu mais de mil pessoas a Montalegre

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A final do campeonato de Chegas de Bois de Montalegre, desporto-rei da
região, atraiu, esta quinta-feira, mais de mil pessoas ao "chegódromo"
que, entre aplausos e gargalhadas, gritavam pelos touros finalistas
com mais de uma tonelada.

Desde 9 de junho, as tardes de domingo são sinónimas de romaria nesta
vila de Trás-os-Montes. No recinto próprio para a luta dos animais -
"chegódromo" - os bois de raça barrosã são colocados frente a frente,
entrelaçam os cornos, afastam-se e voltam ao confronto que termina
quando um dos touros foge, assumindo a derrota.

A tradição é antiga, passa de geração em geração e atrai pessoas como
se de um jogo de futebol se tratasse com primeira e segunda jornada,
quartos-de-final, meias-finais e final.

Apesar do calor, miúdos e graúdos acorreram ao recinto e comentavam,
em várias línguas, as "cornadas" dos animais.

Ma final, depois de dois minutos de confronto, foi conhecido o boi
vencedor que, para muitos, foi uma surpresa.

"Se o outro touro não cai e foge, este não ganhava", ouvia-se entre os
espetadores.

O proprietário do boi vencedor, José Martins, confessou estar à espera
da vitória, apesar de ter estado toda a chega com o "coração nas
mãos", porque o adversário era "muito forte".

Afinal, disse surpreendido, "foi uma chega fácil".

Não revelando a tática da vitória, José Martins avançou que, antes de
entrar em campo, diz ao animal "é boi" e ele, habituado a estes
palcos, sabe o que fazer.

O produtor referiu já ter chegado a outras finais, mas nunca ganhou,
sendo este o primeiro prémio do seu currículo.

Com 44 anos, o vencedor sempre teve touros, herança que quer preservar
e, prova disso, é o filho já o acompanhar.

"Toco e berro ao boi", explicou à Lusa o filho do criador, Pedro
Martins de oito anos.

Destemido e de varra na mão, o rapaz entrou no "chegódromo" com o pai
e, nervoso, foi gritando "vai".

Quando crescer, Pedro Martins não quer ser jogador de futebol, mas
produtor de gado.

Os emigrantes não esqueceram as tradições e de gorros e t-shirts com
as cores de Portugal não se inibiram de fazer comentários.

A viver na França, Mário Dias confessou que não perde uma chega porque
é uma "tradição de Portugal e da aldeia".

De férias em Montalegre e de cão ao colo, Inês Rocha comentava que "de
vez em quando" vem com o pai às chegas para ver os bois
"escornarem-se".

"Sempre vim ver chegas porque é a altura de reaver pessoas e dar a
conhecer a tradição aos garotos", afiançou à Lusa Jorge Martins, a
residir em França.

A filha, apesar de falar pouco português, afirmou "adorar" as chegas.

Organizadas pela Associação "O Boi do Povo", as chegas têm por
objetivo preservar uma tradição e a raça barrosã, em vias de extinção,
bem como atrair pessoas a Montalegre.

"Juntamos mais de mil pessoas nas chegas. Isto parece mesmo um
campeonato do mundo", rematou.

Este ano, acrescentou, houve uma diminuição no número de espetadores
devido à chuva, frio e preço dos bilhetes que subiu de cinco para dez
euros.

Independentemente do resultado da chega, cada animal recebeu 500 euros
e o finalista arrecadou 750 euros.

O "chegódromo" tem, numa carrinha improvisada, cervejas, sumos, água e
tremoços à venda e, para distrair os espetadores no intervalo, um ecrã
com chegas de anos anteriores.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Vila%20Real&Concelho=Montalegre&Option=Interior&content_id=3363841&page=-1

UE: Comissão recupera 180 M€ de despesas da PAC atribuídas em quinze EM

Quinze países da União Europeia vão ter de devolver 180 milhões de
euros aos cofres comunitários por irregularidades nas despesas com
dinheiros de Bruxelas, anunciou hoje o executivo comunitário.

As principais correcções que, desta vez, não incluem Portugal, são as seguintes:

• 40,4 milhões € a reembolsar pelo Reino-Unido por deficiências no
Sistema de Identificação de Parcelas / Sistema de Informação
Geográfica (SIP/SIG), nos controles sobre o terreno e nos pagamentos e
sanções na Escócia

• 39,2 milhões € a reembolsar pela Polónia por deficiências no
SIP/SIG, nos controles administrativos cruzados, nos pagamentos, na
aplicação das sanções e na recuperação retroactiva, assim como pelo
atraso dos controles no terreno;

• 18,6 milhões € a reembolsar pelo Reino-Unido por deficiências na
atribuição dos direitos;

• 11,5 milhões € a reembolsar pela Dinamarca por deficiências no
SIP/SIG e nos controles no terreno.

Para além destes países, também a Bélgica, a Alemanha, a Finlândia, a
França, a Grécia, a Hungria, a Irlanda, o Luxemburgo, a Letónia, a
Eslovénia e a Espanha terão de repor verbas recebidas ao abrigo dos
fundos comunitários para o sector da Agricultura.

A devolução do dinheiro foi decidida depois de "um exercício periódico
que se faz várias vezes por ano para garantir que o dinheiro dos
contribuintes europeus é gasto correctamente", afirmou o porta-voz do
comissário da Agricultura, Roger Waite.

Os problemas detectados prendem-se com os procedimentos de controlo
das despesas da PAC, precisou o porta-voz, citado pela agência Efe.

Fonte: Lusa e Europa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/13b.htm

Pellets a mais ou floresta a menos?

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente



A indústria de pellets de madeira é uma realidade que veio para ficar.
Resultado de uma procura conscienciosa da Europa, em reduzir a sua
dependência de combustíveis fósseis e atenuar as emissões de CO2.
Milhões de toneladas de pellets são produzidos anualmente, fazendo
deste, um negócio emergente e uma oportunidade de revitalizar o sector
florestal em todo o Mundo.

Notícias recentes apontam o Reino Unido como um dos principais países
consumidores de pellets, tendo sido responsável em 2012, pela
importação de mais de 1,5 milhões de toneladas provenientes do Canadá
e 1,7 milhões de toneladas de pellets dos Estados Unidos,
correspondendo a um histórico aumento de 50% das exportações deste
produto, no continente Norte Americano.

Portugal não é indiferente a este mercado, e nos últimos anos, a sua
produção atingiu valores estrondosos que contribuíram para o impulso
da economia associada do sector florestal.

Os dados apontam para uma produção nacional anual de cerca de 700.000
toneladas de pellets, e o futuro indica um crescimento substancial,
quer ao nível do consumo interno (que actualmente se fixa nos 12%),
mas sobretudo face ao comércio internacional associado a este produto.
Lembramos que apenas recentemente se começaram a instalar em Portugal
sistemas de aquecimento que utilizam este produto, com grandes
vantagens ao nível da poupança de energia.

A ANEFA considera que esta pode ser a oportunidade que o sector
florestal há tanto esperava. Em primeiro lugar, porque constituiu no
último ano a "salvação" da cadeia de produção de rolaria de pinho, já
que 80% da produção de pellets provem da utilização do pinheiro bravo,
que, como é sabido, continua a ser fortemente abalado com a doença do
Nemátodo da Madeira do Pinheiro associado à falta de escoamento das
serrações. Por outro lado, porque terá de obrigar a uma estratégia de
sustentabilidade entre o sector industrial e a produção.

Ao contrário do que já se aponta como solução para o mercado das
pellets em Portugal, com a limitação da instalação de novas fábricas
de pellets, a ANEFA considera que a questão fundamental está na
disponibilidade de matéria-prima para o efeito. Assim, em vez de se
tentar limitar a produção industrial, que nos parece um contrassenso,
quando se sabe que a produção de pellets a nível nacional se encontra
praticamente vendida na sua totalidade até Maio de 2014 e que todos os
indicadores internacionais apontam para um maior consumo ao nível da
Europa nos próximos anos, Portugal deve apostar prioritariamente em
acções de arborização e melhoria dos povoamentos existentes,
incentivando ao investimento à florestação nacional, em particular do
pinheiro bravo, constituindo no nosso entender, uma óptima
oportunidade para reavivar esta fileira. Mesmo no nosso país a
utilização deste tipo de produto ainda está no início, e por isso
limitar a sua produção, quando a mesma contribui para um aumento da
racionabilidade da utilização de soluções energéticas constitui um
retrocesso na política energética que se pretende implementar com
claras vantagens do ponto de vista ambiental.

Lisboa, 12 de Agosto de 2013

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/13a.htm

Certificação florestal: que garantias à Sociedade?

A designada certificação florestal está associada ao reconhecimento,
por uma entidade certificadora acreditada, de que um gestor ou
proprietário florestal cumpre um conjunto de requisitos predefinidos e
acordados, associados ao conceito de gestão florestal sustentável,
estabelecidos em normativos integrados num esquema internacional de
certificação específico. No caso português estão presentes os esquemas
do FSC (Forest Stewarship Council) e o do PEFC (Programme for the
Endorsement of Forest Certification).

Os esquemas de certificação florestal (PEFC ou FSC) têm por objeto
garantir à Sociedade que, ao reconhecerem uma gestão florestal como
sustentável, os gestores ou proprietários florestais com áreas
sujeitas a certificação gerem tais superfícies arbóreas de forma
economicamente viável, mas também ambientalmente adequada e
socialmente justa. Os bens e serviços obtidos a partir dessas áreas
florestais são assim oriundos de uma administração de povoamentos
florestais responsável e sustentável.

O sistema consiste assim na existência de referenciais internacionais
(FSC ou PEFC), de entidades certificadoras nacionais acreditadas no
seio desses referenciais, e de entidades certificadas, sejam gestores
ou proprietários florestais, a nível individual, em grupo ou a nível
regional, sejam estes de cariz público, comunitário ou privados, quer
sejam famílias ou áreas na posse ou sob gestão da indústria.

Infelizmente, este sistema já revelou algumas deficiências de
funcionamento no passado recente, culminando mesmo na suspensão dos
certificados em parte muito significativa da área de floresta
certificada em Portugal (em cerca de 74 mil hectares). Curiosamente,
neste episódio, quando uma associação de defesa do ambiente, de âmbito
nacional, constatou irregularidades legais em área florestal objeto de
certificado, teve de redigir a sua exposição em Língua Inglesa para
poder ver concretizada a sua reclamação.

Tendo em conta o peso económico-financeiro de algumas entidades
certificadas, no caso concreto as integradas em grupos industriais de
base florestal, face às entidades certificadoras, em geral pequenas e
médias empresas, que garantias existem de um bom desempenho do sistema
de certificação florestal para a Sociedade? Pode o cidadão comum, o
destinatário último deste sistema de certificação, atestar no terreno
da garantia desse bom desempenho? Se assim for, importa que entidades
terceiras, sem vínculo direto ou indireto aos sistemas de certificação
florestal, possam participar na organização de ações em campo, onde a
Sociedade possa constatar da garantia de um funcionamento efetivo do
sistema de certificação florestal em Portugal.

Lisboa, 12 de agosto de 2013
A Direção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/13.htm

COMUNICADO Agricultura faz baixar taxa de desemprego?

A AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, no seguimento
das estatísticas tornadas públicas, que apontam para uma redução do
desemprego e referem a actividade agrícola como a mais responsável por
este indicador positivo para o País, entende fundamental que sejam
prestados alguns esclarecimentos que fundamentam os números
apresentados, nomeadamente:

1. Questão da sazonalidade de algumas tarefas agrícolas, sendo esta a
altura das colheitas, necessita de bastante mão-de-obra. Este facto
torna-se este ano significativo porque muita dessa mão-de-obra é
nacional.

2. O surgimento de algumas centenas de Jovens Agricultores que
iniciaram actividade, seguramente também contribuíram para os números
estatísticos apresentados.

3. Início de actividade de inúmeros pequenos agricultores, devido às
recentes alterações fiscais, verificados na presente campanha de
candidaturas aos subsídios agrícolas.

Na nossa perspectiva, o somatório dos números que cada uma destas
componentes representa, justifica em boa parte os números avançados
pelas Estatísticas oficiais.

São efectivamente números importantes para o sector, mas não deixam de
ser algo preocupantes.

As nossas preocupações assentam na importância que será dada no futuro
ao sector, depois da crise, será que serviu apenas para a atenuar,
para desviar atenções com apoios a Jovens Agricultores…?

Os políticos acabaram por falhar no compromisso de "salvação
nacional", nada temos com isso, mas a actividade agrícola precisa de
compromissos de estabilidade, porque não pode, de ânimo leve, alterar
opção tomadas, nem deslocalizar-se como o fazem outras actividades e
de igual forma não pode perpetuar-se ao sabor dos interesses das
grandes superfícies, nem tão pouco de "modas" políticas.

Será que de uma vez por todas, com esta crise, os políticos ainda não
perceberam isto?

Sendo certo que perceberam, esperamos que no futuro não esqueçam esta
actividade, numa fase em que começamos a ter alguns indicadores de
mudança positivos. O surgimento no futuro de medidas menos pensadas,
demasiado economicistas, excessivamente penalizadoras em termos
fiscais, sem ouvir os seus intervenientes, seguramente a arrastará
para patamares de difícil recuperação.

Hoje é "futuro", e se cada Jovem Agricultor que se instale, não se
sentir apoiado e acompanhado por políticas, por práticas e
procedimentos e se infelizmente as coisas não lhe correrem bem,
desaparece, arrasta outros com ele e semeia o descrédito.

Não nos podemos contentar com números que apenas serviram para
estatísticas, Portugal tem de assumir compromissos com todos aqueles
que optaram pela agricultura.

Os atuais agricultores mais idosos tendem a abandonar a actividade já
de si pouco produtiva, mas crucial em tantas regiões do País, e
afastam descendentes a permanecer se não se sentirem confortados com
medidas de apoio a este tipo de agricultura familiar.

As empresas agrícolas mais competitivas têm de sentir no seu dia-a-dia
que esta actividade é crucial para o País, e muitas vezes essa
constatação reflecte-se nos preços dos factores de produção, da
electricidade e no preço a que vendem as suas produções, quando
comparam com os demais parceiros europeus.

Os números que todos esperamos um dia, verdadeiramente realistas para
a actividade, são aqueles assentes no rejuvenescimento constante, são
aqueles que reflictam aumentos de produtividade e auto-suficiência
alimentar, aqueles em que as exportações regulares façam baixar as
importações, aqueles em que os pequenos e médios agricultores se
sintam motivados também pela contribuição do aumento da produtividade
do País.

Para além dos números, o espaço rural português tem de reflectir a
mudança de paradigma tão proclamada, necessitamos de restruturar as
nossas florestas, necessitamos de dar vida às vilas e aldeias de
Portugal, pelo turismo, caça, pesca, pela preservação da natureza e
dos recursos naturais e fundamentalmente pelo desenvolvimento de
actividade agrícola apostada na valorização da qualidade dos seus
produtos, pela transformação dos mesmos e acima de tudo que possam
chegar aos mercados capazes de pagar o seu justo valor.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/12c.htm

Mais de 700 incêndios florestais deflagraram nos últimos três dias

Lusa12 Ago, 2013, 12:38

Mais de 700 incêndios florestais deflagraram nos últimos três dias no
país e domingo foi o dia com mais fogos este ano ao registar 269,
segundo as estatísticas da Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC).

A ANPC avança que um total de 709 incêndios florestais ocorreram entre
sexta-feira e domingo, tendo um terço destas ocorrências se registado
durante a noite.

De acordo com Proteção Civil, 196 fogos deflagraram na sexta-feira,
número que aumentou para 244, no sábado, e para 269 no domingo.

As estatísticas da ANPC indicam também que no domingo foi o dia com
mais incêndios florestais este ano, tendo sido os 269 incêndios
combatidos por 6.181 operacionais, apoiados por 1.619 viaturas, além
das 98 missões realizados pelos meios aéreos.

O último relatório provisório de incêndios florestais indicava que os
fogos consumiram, até final de julho, uma área de quase 18 mil
hectares, perto de um quarto da área ardida em igual período de 2012.

O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF) adiantava também que, entre 01 de janeiro e 31 de julho, se
registaram 6.950 ocorrências de fogo, metade do que no mesmo período
de 2012, quando já tinham deflagrado 13.142.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=673122&tm=8&layout=121&visual=49

Aldeia de Montalegre coze pão no forno comunitário para reavivar tradição

Lusa09 Ago, 2013, 19:08 / atualizado em 09 Ago, 2013, 19:08

Os habitantes da aldeia de Travassos da Chã, em Montalegre, vão cozer,
sábado e domingo, o pão no forno comunitário para reavivar as memórias
ligadas ao processo do ciclo do pão.

Um dos membros da Associação Chã Criativa (ACC), Paulo Dias,
responsável pela organização da I Festa do Pão e Feira das Bicas,
afirmou hoje à Lusa que os objetivos do evento são dar a conhecer aos
mais novos o fabrico do pão, promover o turismo gastronómico,
comercializar produtos da terra e conservar tradições.

Na aldeia de Travassos da Chã, referiu, a maioria dos habitantes já
não coze pão, opta por comprar, deixando degradar os fornos e perder
uma tradição secular.

"É uma pena esta tradição estar praticamente perdida", frisou.

No sábado, explicou Paulo Dias, as pessoas vão cozer pão e bicas de
carne no forno comunitário, desativado há anos, para dar a conhecer
aos jovens, turistas e visitantes todo o processo da moagem e cozedura
do pão.

No final do dia, salientou, o resultado final será dado a provar num
lanche comunitário para promover "momentos de convívio e troca de
opiniões".

Enquanto o pão fica a cozer no forno, a associação tem previsto uma
visita guiada pelas margens do rio Rabagão, via romana e monumentos da
freguesia.

Para promover os produtos da terra, no centro da aldeia haverá, até
domingo, uma feira com expositores locais de mel, pão centeio, bicas
de carne, folar, compotas e artesanato.

Além disso, concertinas, ranchos folclóricos e grupos musicais locais
animarão o certame.

"Queremos divulgar a nossa gastronomia e proporcionar momentos de
interação social entre as populações locais e os visitantes",
esclareceu o dirigente associativo.

Organizada pela Associação Chã Criativa, a mostra conta com o apoio da
Junta de Freguesia da Chã, Ecomuseu do Barroso e Câmara de Montalegre.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=672666

União Europeia aprova pacote financeiro a Moçambique destinado à produção de sementes

A União Europeia (UE) aprovou um pacote financeiro de 10,2 milhões de
dólares destinado a apoiar a produção de alimentos em Moçambique
nomeadamente o processamento de sementes.

Parte dos fundos serão destinados a subsídios a pequenos produtores
para que aquisição de fertilizantes.

O programa será colocado em prática ao longo dos próximos dois anos
pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
(FAO).

O representante da Comissão europeia em Moçambique, Glauco Calzuol,
revelou que a UE vai conceder outros seis milhões de euros a
Moçambique através do Fundo Internacional das Nações Unidas para o
Desenvolvimento da Agricultura (Ifad).

Os fundos fazem parte d eum pacote de mil milhões de euros concedidos
pela UE a 25 países em vias de desenvolvimento.

O representante da FAO, Maria José Zimmerman, disse que com este apoio
Moçambique pode tornar-se auto-suficiente em sementes e exportar para
os países da África Austral.

O ministro da Agricultura de Moçambique, Soares Nhaca considerou que
este apoio vai igualmente permitir o reforço dos laboratórios de
investigação localizados em Nampula, Chimoio e Gaza.

Fonte: macauhub

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/09b.htm

COMUNICADO: Valorizar o leite para vencer a crise

Os produtores de leite portugueses sofrem ainda as consequências da
difícil combinação de factores negativos ocorrida em 2012, com a
subida dos custos de produção e a descida sucessiva do preço do leite
ao produtor. Essa tendência inverteu-se no final do ano, mas a
recuperação plena ainda não ocorreu. Pelo contrário, sentem-se os
efeitos acumulados da penúria vivida pelos produtores nos últimos três
anos: a produção em Abril deste ano ficou 8% abaixo de igual mês em
2012 e acumularam-se dívidas a cooperativas e fornecedores em geral.
As vagas de calor registadas este Verão certamente agravam estes
números, pois provocam problemas de saúde nos animais e redução da
produção.

Por outro lado, todas as notícias sobre a reforma da PAC, apesar de
pouco definidas, apontam para uma redução das ajudas europeias aos
agricultores após 2015, ao mesmo tempo que desaparece o controlo
europeu da produção através das quotas leiteiras, prevendo-se que o
preço do leite ao produtor irá variar com mais imprevisibilidade.

Neste momento os preços do mercado internacional de produtos lácteos
são favoráveis, mas nem esses aumentos parecem chegar aos produtores
portugueses, nem os aumentos que vamos observando nas prateleiras da
distribuição. Após três anos consecutivos, o preço do leite ao
produtor em Portugal permanece abaixo da média comunitária,
precisamente na época do ano em que surgem custos superiores com a
rega das culturas, ao contrário dos colegas do Norte da Europa que não
precisam regar e recebem mais ajudas da Política Agrícola Comum. Esta
situação de mercado favorável nos produtos lácteos deveria permitir
aos produtores pagar dívidas e acumular alguma reserva para épocas de
preço baixo que voltarão a surgir a médio prazo, mas para a produção a
época de vacas gordas ainda não chegou e assim os produtores
arriscam-se a passar mais um verão a trabalhar para aquecer.

Assistimos nos últimos tempos a múltiplos apelos à valorização da
actividade agrícola, mas passar das palavras aos actos implica
valorizar os produtos agrícolas. Só assim a agricultura será viável e
terá futuro em Portugal.

9 de Agosto de 2013

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/09a.htm