sábado, 14 de março de 2015

APED faz "balanço" positivo da taxa sobre os sacos plásticos


14 Março 2015, 14:37 por Lusa

 
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) faz um "balanço positivo" sobre a introdução da taxa sobre os sacos plásticos leves, mas a Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP) diz que ainda é cedo para tirar conclusões.
A taxa sobre os sacos plásticos leves entrou em vigor a 15 de Fevereiro e um mês depois o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, destaca o "balanço muito positivo" da aplicação da lei, tal como a APED.
 
"O balanço efectuado entre o universo de associados APED é bastante positivo e está em linha com os objectivos ambientais traçados pelo Governo", refere a APED, numa nota enviada à Lusa.
 
"Registou-se efectivamente uma acentuada redução de consumo de sacos de plástico, mostrando uma rápida adaptação do consumidor português a esta nova realidade, o que certamente trará impactos ambientais positivos", refere a APED.
 
"A sustentabilidade ambiental sempre foi, aliás, uma preocupação do sector da distribuição e a APED foi pioneira na adopção de práticas de consumo sustentável, nomeadamente no que diz respeito a sacos de transporte de compras, como se pode verificar pela imensa diversidade de oferta ao consumidor", conclui a APED.
 
Já a APIP considera que "ainda é cedo para se poder tirar conclusões".
 
"As grandes empresas acabaram com os sacos leves e algumas estão a perder mercado", disse a directora da APIP, Isabel Ferreira da Costa.
 
Há casos em que as empresas estão com "as linhas de produção em 'standby' [em espera], sem saberem se voltam a trabalhar" ou se os clientes vão voltar a fazer encomendas, adiantou.
Atravessa-se "um período de expectativa" no sector, mas uma coisa é certa para a APIP, as empresas "foram prejudicadas" pela aplicação da taxa sobre os sacos plásticos leves num curto prazo de tempo, acrescentou.

Biocombustíveis: a energia "verde" que é pior que o petróleo

JOÃO CAMARGO

A necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, levou à procura crescente de alternativas energéticas à utilização dos combustíveis fósseis. Nesse caminho chegou-se a novas alternativas mas também a becos sem saída. A necessidade de repensar os modelos de produção e consumo energético é tão ou mais importante quanto encontrar novas fontes de energia. O desastre dos biocombustíveis é o exemplo acabado disto.
 
João Camargo - Engenheiro do Ambiente e Doutorando em Alterações Climáticas

9:44 Sexta feira, 13 de Março de 2015 | 0 comentários
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O desenvolvimento de tecnologias que até há pouco tempo altura tinham importância reduzida (eólica, geotérmica, solar, das ondas e marés, biocombustíveis) e o reforço da tecnologia nuclear e hídrica que já tinham dimensão, recebeu forte investimento de organismos públicos e privados, Universidades e Centros de Investigação, governos e empresas. A substituição das fontes primárias de energia fósseis por outras foi sendo promovida com a racionalidade da redução de emissões de gases com efeito de estufa, para reduzir o impacto da actividade humana sobre o planeta e o seu clima.

Os biocombustíveis, com origem em biomassa de plantas ou microrganismos foram desde o início anunciados como sendo carbono-neutros, isto é, com uma soma nula de carbono, uma vez que o carbono libertado na sua combustão equivaleria ao capturado pela fotossíntese alguns meses ou anos antes. Além dos benefícios em termos de redução de emissões de gases com efeito de estufa, eram ainda apresentadas vantagens para a utilização de biocombustíveis em termos de aumento de investimento na agricultura e aumento da segurança energética nos países, podendo na maior parte dos casos ser produzido localmente.

De 2000 a 2012 a geração de electricidade a partir de energias renováveis quase duplicou. Se se excluir o aumento da geração de electricidade a partir de fontes hidroeléctricas, as outras renováveis aumentaram mais de quatro vezes entre 2000 e 2012. Em 2013 a produção mundial de biocombustíveis foi de 65.348 milhões de toneladas-equivalente de petróleo. A União Europeia a 27 produziu 172.290 barris de biodiesel por dia (principalmente a partir da colza) em 2012, enquanto os Estados Unidos produziram 875.558 barris de etanol por dia (principalmente a partir do milho) no mesmo ano. Em 2012, a produção dos biocombustíveis equivalia a 10% da produção primária total produzida (mundial) e a 12,4% da energia consumida em todo o mundo.

Além do investimento nas energias renováveis, houve um aumento de consumo fortemente influenciado pelas metas europeias de redução de emissões e pela legislação europeia que tornou a utilização de biocombustíveis compulsória através das Directivas dos Biocombustíveis, da Qualidade dos Combustíveis e da Directiva das Energias Renováveis. Apenas para 2011, a União Europeia subsidiou a produção de biocombustíveis em 5,5 a 6,9 mil milhões de euros através de preços de mercado garantidos para produtores dos Estados Membros, isenções fiscais e apoio à Investigação e Desenvolvimento. O etanol foi subsidiado entre 15 e 21 cêntimos de euro por litro e o biodiesel entre 32 e 39 cêntimos por litro.

Os biocombustíveis consumidos na UE utilizam uma área agrícola equivalente à Bélgica dentro do seu território, sendo que se importam ainda colheitas agrícolas para produção de biocombustíveis cultivados em mais uma área equivalente à utilizada dentro do seu território. São precisas portanto duas Bélgicas de culturas de biocombustíveis para alimentar os automóveis europeus. Para este efeito são gastos 3 a 4 mil milhões de euros na importação de óleo de palma, óleo de soja e outras oleaginosas para biodiesel, assim como de 500 milhões de euros para produção de etanol.

A entrada em vigor da Directiva dos Biocombustíveis em 2003 determinou uma meta voluntária de substituição dos seus combustíveis fósseis no transporte rodoviário em 2% até 2005 e 5,75% até 2010, e uma introdução de 10% de biocombustíveis até 2020.

Desde o início da expansão das culturas destinadas à produção de biocombustíveis, houve denúncias por parte de variadas organizações oficiais e não-governamentais por todo o mundo, em particular nos países em desenvolvimento, acerca dos impactos sociais e ambientais provocados pela procura crescente de biocombustíveis. Um dos primeiros impactos a ser notado foi o aumento dos preço dos alimentos: a concorrência das culturas energéticas com as culturas alimentares, com as primeiras subsidiadas por organismos públicos (nomeadamente a União Europeia e o governo dos Estados Unidos), provocaram forte distorção, com um aumento dos preços constante entre 2001 e 2008, quando se atingiu um pico e o preço do milho e do trigo duplicou. As práticas de roubo de terras e dos meios de subsistência das populações onde se instalaram as culturas para biocombustíveis foram mais um factor de desestabilização social. Mesmo a instalação em zonas que já eram agrícolas levou a um aumento da área cultivada para a produção de alimento, muitas vezes ocupando terrenos previamente estáveis. O desmatamento de florestas tropicais para a introdução de colheitas alimentares e energéticas, assim como a destruição de outras florestas, pastagens e zonas húmidas decorrentes da contínua procura de biocombustíveis traduziu-se em mais um sinal de insustentabilidade.

O impacto da expansão das áreas desmatadas para a expansão dos biocombustíveis tem, impactos especialmente gravosos sobre a bacia do Amazonas e sobre a bacia do rio Congo. Curiosamente, a desflorestação contribui mais para as emissões de gases com efeitos de estufa do que todo o sistema global de transportes, principal utilizador dos biocombustíveis.

Em Outubro de 2012 a Comissão Europeia propôs uma limitação à conversão de solos para a produção de biocombustíveis, avançando com uma proposta de redução da meta de 10% das renováveis até 2020 para 5%. Como pano de fundo para esta proposta, estava a introdução dos factores que causam impactos indirectos da mudança no uso dos solos para cada uma das colheitas agrícolas. Estes factores permitiram avaliar não apenas as emissões de dióxido de carbono produzidas a partir da combustão, que seriam carbono-neutras, mas também as emitidas pelas actividades associadas e imprescindíveis à produção: provocadas pelo deslocamento da agricultura ou da produção florestal para outras áreas, para outros países, regiões e biomas, além do comércio internacional.

Se adicionarmos as emissões de gases com efeito de estufa às emissões de carbono da combustão dos diversos biocombustíveis concluímos que entre os mais utilizados na Europa (biodiesel de colza, de soja e de palma), o de palma e o de soja emitem mais gases com efeitos de estufa do que os próprios combustíveis fósseis comuns, e que a colza emite apenas ligeiramente menos do que o diesel fóssil. O biodiesel de palma, de soja e de colza têm uma pegada de carbono acima do crude e abaixo apenas das areias betuminosas.

Se se cumprir a meta da directiva europeia para os 10% de biocombustíveis até 2020, emitir-se-ão entre 80 e 160% mais gases com efeito de estufa do que mantendo a utilização de combustíveis fósseis.

A necessidade de alternativas à utilização de combustíveis fósseis é evidente. A aposta massiva em biocombustíveis, cujo principal avanço se baseou na necessidade de reduzir os combustíveis fósseis, revelou que as renováveis, quando expostas à mesma lógica de produção que aquela que fez emergir o modelo energético dependente do petróleo, revelam efeitos iguais ou piores do que a fórmula original. Esta questão não se cinge aos biocombustíveis, uma vez que os efeitos adversos de outras renováveis, quer a nível de emissões, quer a nível de impactos sociais e ambientais sobre a biodiversidade e outros factores, acumulam- se quando simplesmente se muda a fonte de energia sem alterar os níveis de consumo, o modelo de produção massivo ou o modelo de transporte. O caso dos biocombustíveis é apenas um dos mais evidentes, onde acresce a questão moral de converter solos para a produção alimentar nos países mais pobres em solos para produção energética para automóveis nos países mais ricos do mundo.

A força dos sectores produtivos agrícola e industrial na Europa e nos Estados Unidos forçou, no caso dos biocombustíveis, a aposta continuada numa política pública contrária ao seu objectivo declarado de reduzir as emissões de carbono, e que incentiva o aumento das emissões.

Em Março de 2013, o Conselho de Ministros do Ambiente da União Europeia recusou-se a baixar a meta para 5% de biocombustíveis, proposta pela Comissão Europeia, e mantém-se até hoje nos 10%. Em Fevereiro de 2015 o Parlamento Europeu aprovou reduzir a meta para os 6%, ainda assim acima do que existe hoje.


Seminário "Agricultura na região norte: Reflexão por um novo modelo"


10 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

O IDARN convida a participar no seminário '' AGRICULTURA NA REGIÃO NORTE – Reflexão por um novo modelo'', que se realizará no dia 28 de março, no Auditório da Feira AGRO 2015, em Braga, com vista à refletir sobre qual o posicionamento do mundo rural regional face aos atuais contextos nacional e europeu.

O debate sobre a ''Agricultura e a Floresta na Região Norte, Desafios e Prioridades'' será feito por Dr. Capoulas Santos, Dr. Arlindo Cunha, Dr. António Serrano e Eng. João Soares, personalidades que com a sua relevante experiência trarão contributos e sua visão para o desenvolvimento de uma Agricultura e Floresta mais sustentadas.

Esta sessão será precedida pelo tema ''Agricultura e Inovação na Região Norte'' onde se apresentará a iniciativa ''Plataforma Noroeste Global e a sua proposta de plano de inovação no eixo agroalimentar'', cujos conteúdos serão objeto de comentário por um painel diversificado de entidades representativas das diversas fileiras.

Consultar o programa: clique aqui:

Azeite português distinguido em concurso internacional

Publicado ontem às 17:43

Quatro azeites portugueses foram distinguidos no concurso Mário Solinas, promovido pelo Conselho Oleícola Internacional, no qual participaram 111 marcas de Portugal, Espanha, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Tunísia.

O concurso distingue os melhores azeites extra-virgem em quatro categorias (frutados verdes intensos, médios e ligeiros e frutados maduros), segundo critérios organolépticos e de acordo com a harmonia, complexidade e persistência do sabor.

Foram atribuídas medalhas de ouro ao azeite Gallo e ao azeite da Casa de Santo Amaro (Mirandela), nas categorias frutado maduro e frutado verde médio, respetivamente.

O azeite da Lameira de Cima (Ferreira do Alentejo) conquistou uma medalha de prata na categoria frutado verde médio, prémio que foi também atribuída à Quinta da Lagoalva de Cima (Alpiarça), na categoria frutado maduro.

O júri do Mário Solinas distinguiu ainda outros quatro azeites portugueses num total de nove finalistas: a Sovena, detentora da marca Oliveira da Serra, a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, a Casa Agrícola Roboredo Madeira (Almendra, Vila Nova de Foz Côa) e a Fio da Beira (Padrão, Castelo Branco).

Portugal é atualmente o 7.º maior produtor mundial de azeite, tendo o Brasil e Angola entre os principais clientes, mas também Espanha e Itália, para onde envia produto.

Tribunal indeferiu pedido de insolvência da Casa do Douro



O Tribunal de Peso da Régua indeferiu o processo de insolvência da Casa do Douro (CD) apresentado pelo Ministério Público, em representação da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, disse hoje à agência Lusa fonte judicial.


A fonte acrescentou que a decisão do Tribunal é passível de recurso, o que terá que acontecer num prazo de quinze dias após a data da notificação, segunda-feira, 02 de março.
Para esta decisão, o tribunal alegou a falta de personalidade jurídica por causa de uma exceção dilatória insuprível, o que implicou a absolvição da CD. Ou seja, foi indeferida liminarmente a petição inicial da insolvência da instituição.

Segundo apurou a Lusa, em causa estará precisamente a extinção da Casa do Douro (CD), enquanto associação de direito público, que foi concretizada a 31 de dezembro, dando cumprimento ao decreto-lei n.º 152/2014 publicado em outubro.

O processo de insolvência deu entrada no dia 31 de dezembro na secção cível do Tribunal Central de Vila Real, tendo como requerente o Ministério Público, enquanto representante do Estado, designadamente a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.
A este processo, que entretanto transitou para o Peso da Régua, foi atribuído um valor de 124,6 milhões de euros.

Criada em 1932, a CD vive há anos asfixiada em problemas financeiros e possui atualmente uma dívida ao Estado na ordem dos 160 milhões de euros.
Para resolver o problema da organização o Governo preparou um plano que incluía um acordo de dação em cumprimento, de troca dívida por vinho, e uma alteração legislativa que transforma o estatuto de direito público e inscrição obrigatória em associação de direito privado e de inscrição voluntária.

Na ausência desse acordo de dação, que não chegou a ser assinado, o decreto-lei estipula que é "aplicável supletivamente o Código de Insolvência e de Recuperação de Empresas".
O dossiê Casa do Douro tem sido liderado pelo secretário de Estado da Agricultura. A Lusa tentou obter mais informações sobre a decisão do Tribunal junto do Ministério da Agricultura, o qual ainda não deu resposta.

Dinheiro Digital com Lusa

Estudante americano passou um mês a comer apenas insectos


Um universitário americano de 21 anos acaba de concluir uma façanha digna dos mais corajosos comensais: passou 30 dias a alimentar-se apenas de insectos. Três vezes ao dia.
Estudante da Auburn University, no Estado do Alabama, Camren Brantley-Ríos disse que tomou a decisão porque acredita que o consumo das carnes tradicionais, suína ou bovina, são insustentáveis e queria tentar adoptar o que muitos consideram como a dieta do futuro.
«Ao jantar comia larvas da farinha com arroz frito. É delicioso. Temperava os vermes com molho de soja», conta.
Para a maioria das pessoas, a ideia de comer larvas e insectos seria de mau gosto (com direito ao infame trocadilho), quando não repulsiva. Até há bem pouco tempo, Brantley-Ríos estava entre elas. Mas, no mês passado, o jovem americano decidiu comê-los ao pequeno-almoço, almoço e jantar.
A iniciativa deu origem ao blog «30 Days of Bugs» (30 Dias de Insectos, em tradução livre), em que Brantley-Ríos narrava o seu périplo gastronómico.
«Decidi limitar-me a três espécies», diz ele. «Larvas da farinha, larvas da cera e grilos.»
«Mas sempre que podia, tentava incorporar alimentos mais exóticos à minha dieta», acrescentou.
Nos lanches entre as refeições, Brantley-Ríos comia ovos mexidos com larvas da cera, hambúrgueres de insectos com queijo e grilos.
Estimativas apontam que 2 mil milhões de pessoas se alimentem de insectos em todo o mundo
Ocasionalmente, o jovem introduzia nas suas refeições outros insectos, como as famosas baratas laranja, que podem chegar a medir 4,5 centímetros de comprimento.
Durante a preparação, Brantley-Ríos diz que chegou a sentir nojo, mas, ao prová-las, mudou de ideia.
«Retiram-se as patas, as asas e o protórax, o escudo que cobre a cabeça. Depois, refogam-se as baratas com temperos, cogumelos e cebola. Ficou um pouco azedo. Mas não era de todo mau», conta.
Outras experiências na cozinha, no entanto, não tiveram tanto sucesso.
«As larvas dos bichos-da-seda não eram nem de longe as minhas favoritas», admite Brantley-Rios. «Fedia muito.»
Segundo o jovem, os insectos consomem menos recursos do que os mamíferos e constituem uma fonte importante de proteína.
Mais de 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo costumam comer insectos, apontam estimativas da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Mas nos EUA alimentar-se de insectos ainda é uma raridade.
«Não há realmente nenhuma necessidade de comer insectos aqui, porque ainda temos muita comida», diz Brantley-Ríos.
«Comemos carne de primeira qualidade e temos a sorte de não precisarmos de abdicar desse luxo, por isso não há muita pressão para comer insectos agora. Mas o que muitas pessoas estão a tentar fazer é torná-los mais atraentes para o público em geral.»

Brantley-Ríos afirmou que teve de recorrer à Internet para encontrar a matéria-prima da sua dieta.
«Não há muitos criadores de insectos por aqui», lamenta, acrescentando ainda que tomou um cuidado especial com a procedência dos alimentos.
Para isso, comprou os insectos de criadores que normalmente fornecem para jardins zoológicos, já que esses animais fazem parte da dieta de «répteis e de outros animais», explica Brantley-Ríos.
«Não fui à floresta caçar a minha comida. Existe claramente um risco ao fazer isso», alerta.
Brantley-Ríos reclamou que há poucos criadores de insectos nos Estados Unidos.
«Ligo para fornecedores diferentes e peço uma encomenda. As larvas chegavam pelos correios», conta.
Brantley-Ríos tem consciência sobre a insignificância da sua iniciativa. Afinal, um impacto relevante no meio ambiente exigiria a adesão de milhões de pessoas.
Mas será que chegou a convencer alguém? Sim, alguns dos seus amigos.
«Muitos dos meus amigos, que inicialmente ficaram relutantes com a ideia de comer insectos, agora não querem saber de outro prato.»

ISRAEL: AGRITECH mostra inovações agrícolas em Abril


9 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

agricultura-israelIsrael promove entre 28 e 30 de abril, em Tel Aviv, a Agritech – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, que vai reunir este ano 196 empresas nacionais e 57 estrangeiras.

Máquinas agrícolas, Agroecologia, biotecnologia, estufas, plantas, frutas e legumes, aquicultura, fertilizantes e produtos químicos, pecuária e laticínios e agricultura biológica são algumas das áreas de exposição em destaque no certame.

São esperados mais de 35 mil visitantes nos três dias de feira, que em 2015 vai ter como destaque os novos sistemas e estratégias de pós-colheita, armazenamento, processamento e segurança dos alimentos.

Recorde-se que Israel produz e exporta atualmente uma ampla gama de sistemas e acessórios para agricultores de várias partes do mundo, como pulverizadores, válvulas automáticas, sistemas computadorizados para produção de leite, máquinas e equipamentos para colheita, além de  fertilizantes.

Outra atração do evento são as estufas automatizadas, que per­mitem uma elevada produtividade na pro­dução de frutas e hortaliças, de­vido à monotorização e controlo das condições de temperatura, luz e água.

Do programa constam ainda conferências e workshops dedicados ao mundo rural e às mais recentes tecnologias agrícolas.

Fonte: Agronegocios.eu

Consumo mundial de azeite aumentou 70% nos últimos 25 anos

11 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

O volume de consumo mundial de azeite durante o período de 1990/1992 – 2014/2015 aumentou 70%. Esta evolução deve-se principalmente ao crescimento do consumo nos países não membros do Conselho Oleícola Internacional, que aumentou regularmente nas últimas década, passando de 11% do consumo mundial em 1990/1991 para 24% em 2014/2015.

O consumo dos países da União Europeia aumentou até a campanha de 2004/2005, superando 2 milhões de toneladas, tendo posteriormente baixado progressivamente, até níveis semelhantes aos da campanha de 1996/1997, com cerca de 1.6 milhões.

Este consumo concentra-se nos países produtores da UE. Apesar de a Itália registar sempre o consumo mais alto em volume, verificou-se uma forte queda a partir da campanha de 2006/2007, até atingir níveis de 520 mil toneladas em 2014/2015, os valores mais baixos do período em análise e muito semelhantes aos resultados do consumo em Espanha.

A Grécia, tal como a Itália, passa por uma forte diminuição do consumo, que tem acompanhado os anos de crise económica do país, chegando às 160 mil toneladas que, em comparação com o consumo de duas décadas, reduz 22%. Espanha, por seu lado, apresenta uma curva mais errática da evolução do seu consumo, porém, passa atualmente por uma estabilização com valores ligeiramente acima das 50 mil toneladas, ou seja, o mesmo nível que a Itália. Apesar da concentração do consumo nos países anteriores, há que destacar o conjunto de "outros", que apresentam um crescimento regular até 2010/2011 e parecem ter estabilizado nas 300 mil toneladas.

Quanto ao consumo de azeite por habitante em 2013, a Grécia, apesar da redução do seu consumo total, permanece na primeira posição, com 16,3 kg de azeite, seguida pela Espanha, com 10,4 kg, Itália, com 9,2 e Portugal com 7,1 kg.

O Chipre e Luxemburgo, registam um consumo entre os 5,5 e 5,3 kg, respetivamente, sendo que no caso do Luxemburgo, existe a particularidade do país ter mais consumidores que habitantes, devido às compras de visitantes de países vizinhos nos seus supermercados.

A uma grande distância, segue a França, em conjunto com Malta, Croácia, Irlanda e a Bélgica, com um consumo de azeite de 1,2 a 1,7 Kg. Os restantes países da União Europeia fazem parte dum conjunto que consomem entre 0,5 e 1 kg de azeite por ano, nomeadamente, por ordem decrescente, a Finlândia, Letónia, Alemanha, Países Baixos, Suécia, Eslovénia, Áustria, Reino Unido e a Dinamarca.

Entre os países cujo consumo não ultrapassa os 0,4 kg estão a Roménia, Polónia, Hungria, Bulgária, Eslováquia, Estónia e a República Checa.

I Seminário ibérico de ranicultura

11 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

A AGROTEC, a TecnoAlimentar e a Contamais Consultoria estão a organizar o primeiro Seminário Ibérico de Ranicultura, a decorrer no dia 8 de maio, no Porto (Campus Agrário de Vairão – Vila do Conde).

A criação de rãs é um negócio emergente na Península Ibérica, aproveitando o enorme mercado de importação existente em França, Suíça e Alemanha, e as condições de produção excelentes na regiões mais quentes.

Com este seminário pretende-se partilhar com os empresários e investidores a experiência de produtores e técnicos franceses e brasileiros, bem como os apoios ao investimento, rentabilidades possíveis e também as condições necessárias para o licenciamento. De destacar a presença do Dr. Yannick Ramage, especialista francês, que acompanhou a instalação da primeira unidade de produção industrial existente na Europa.

O abate, a conservação e a transformação da carne e subprodutos serão também alvo de atenção neste seminário. Realizar-se-á também uma mesa redonda sobre "Legislação e Licenciamentos da Atividade", que reunirá as entidades legais e gestoras da prática de Ranicultura.

As inscrições no seminário devem ser efetuadas através do seguinte link http://goo.gl/forms/DyxhVWe6mq. Para mais informações: dina.contamais@gmail.com ou (+351) 258 488 341.

Os assinantes das publicações AGROTEC, TecnoAlimentar, Mundo Ganadero e Agricultura y Ganadería têm um desconto de 15€ na inscrição. Aproveite a oportunidade para se fazer já assinante da revista técnica agrícola líder em Portugal clicando aqui.

Dia 9 de Maio irá realizar-se um seminário de um dia com Yannick Ramage, abordando em detalhe todos os aspetos técnicos envolvendo a produção industrial de rãs em cativeiro.

Portal AGRONEGOCIOS.EU com nova cara


13 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

facebook2O portal Agronegócios.eu tem, a partir de hoje, uma nova imagem. O AgroNegócios® é o portal de informação para o setor agrícola e agroindustrial da AgroPress (responsável pela publicação das revistas AGROTEC e TecnoAlimentar).

Esta plataforma digital pretende potenciar, alargar e facilitar o acesso dos nossos leitores à informação e conhecimento produzidos para o setor agroalimentar, reconhecendo a crescente importância das tecnologias de comunicação como ferramenta de trabalho para o setor agrícola.

Para além disso, o AgroNegócios® é um portal de partilha de informação útil, com a publicação de notícias atualizadas, novos conteúdos e a oferta de vários webservices. Para o desenvolvimento deste projeto, o AgroNegócios® contou com a parceria de vários organismos públicos e entidades privadas.

Pode ver o novo design do portal em: www.agronegocios.eu

Plataforma europeia pede a manutenção do programa de distribuição de fruta às escolas

Março 13
12:01
2015

Uma plataforma europeia, constituída por organizações de saúde pública, alimentar e organizações de produtores, representando o sector das frutas e legumes, pediu à Comissão que mantenha inalterado o programa actual de apoio à distribuição de fruta nas escolas, pois têm receio que as alterações que possam vir a ser incluídas os prejudique.

Em Janeiro de 2014, a Comissão lançou a proposta actual de distribuição de leite e fruta nas escolas, com novas medidas didácticas, alocando uma verba de 150 milhões de euros para a fruta e 80 milhões de euros para o leite.

A nova Comissão publicou uma recomendação em 16 de Dezembro de 2014, em que referia a necessidade de fazer uma inspecção aprofundada aos resultados da aplicação deste programa, pelo que este poderá sofrer algumas suspensões até todo o trabalho estar concluído.

Os signatários da plataforma realçaram junto da Comissão a imprescindibilidade de defender a saúde das crianças, mesmo em tempo de cortes orçamentais.

O desmantelamento do programa terá, seguramente, implicações dramáticas para os consumidores europeus e para a saúde e segurança social.

O programa de distribuição de leite nas escolas começou em 1997 e o da fruta em 2009 e são considerados fundamentais para uma boa educação alimentar das crianças e mais se justificam quando hoje temos, na União Europeia, 22 milhões de crianças com excesso de peso, das quais 5,1 milhões são obesos.

Ovibeja “Terra Fértil” em novidades e agronegócios

13-03-2015

Fonte: ACOS - Associação de Agricultores do Sul

A 32ª Ovibeja, que se realiza de 29 de Abril a 3 de Maio, está a merecer a inscrição de muitos expositores, com um interesse acima da média comparativamente à mesma data da edição anterior.

As dinâmicas que estão a ser geradas em torno de "Terra Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness" é um dos muitos motivos de interesse por parte de novos expositores que vêem na feira um espaço privilegiado para promover negócios e contactos com potenciais clientes.

Para fomentar a partilha e o espaço de negócios, esta edição da Ovibeja vai ter um dia especialmente dedicado a Espanha reforçando, assim, a presença de delegações empresariais e de embaixadores provenientes de vários países que todos os anos se deslocam à grande feira agrícola do nosso país.

As dinâmicas da Ovibeja também passam pela promoção da reflexão e do debate sobre os grandes temas da atualidade. E pela mostra e prova do que de melhor se faz no mundo. Alguns dos exemplos são dados a conhecer através do 5º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja. A Organização, que está a receber até ao dia 20 de Março amostras de azeites de todo o mundo, vai dar a provar, aos visitantes da feira, os melhores entre os melhores. Isto porque o concurso Prémio Ovibeja está classificado como o 2º melhor do mundo, em virtude dos exigentes critérios de selecção, de acordo com as regras do Conselho Oleícola Internacional (COI).

Na Ovibeja, o melhor do mundo também se reflete no mega Encontro do Cante Alentejano, consagrado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade. A reunião de grupos corais de todo o País e ainda de grupos radicados no estrangeiro vai acontecer no dia 2 de Maio. O Cante nas Escolas é outra iniciativa que vai apresentar, no dia 29 de Abril, projectos e actuações de jovens de todos os agrupamentos escolares que promovem o ensino de cante alentejano nas escolas. A integrar toda a festa do Cante estão a ser organizadas uma exposição temática e interactiva, tertúlias e encontros informais num espaço inteiramente dedicado ao canto da terra.

A Ovibeja é uma organização da ACOS - Associação de Agricultores do Sul.

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ACOS - Associação de Agricultores do Sul
Rua Cidade de S. Paulo, Apartado 296 - 7801-904 Beja
T: 284 310 350 • Fax: 284 323 439

Ministra da Agricultura diz que dinâmica do sector é “mais do que uma moda”


 Lusa 13/03/2015 - 20:36 

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, destacou nesta sexta-feira os resultados do trabalho que desenvolveu no Governo nos últimos três anos, defendendo que a dinâmica evidenciada pelo sector é mais do que uma moda.

 "A agricultura em Portugal não é uma moda, tem presente e tem futuro. As modas vêm e vão, tendem a passar. Nós temos um trabalho reconhecido, interna e externamente, numa acção de trabalho concertada nacionalmente nos últimos anos, nos vários níveis de governação", afirmou a governante, na cerimónia de inauguração do Edifício Engenheiro Luís Bairrão, nova sede da Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação.

Perante um edifício apinhado de agricultores, autarcas, dirigentes associativos, políticos e populares, Assunção Cristas apresentou alguns números que reflectem o trabalho desenvolvido nos três anos em que tutelou das pastas da Agricultura e do Mar, e que, no seu entender, "demonstram um dinamismo enorme" de um sector que sustenta "a recuperação da economia" nacional.

"Se o ano 2014 foi o melhor ano nas exportações portuguesas, batendo os recordes dos anos anteriores, o sector agrícola e agro-florestal tem-se comportado ainda melhor do que tudo o resto", afirmou Cristas.

A governante exemplificou com números que "apontam para que, em 2014, o crescimento das exportações de bens se situe na casa dos 1,9%", tendo feito notar que, "no sector agro-alimentar, esse crescimento foi de 7,8%".

Por outro lado, acrescentou, "no conjunto da economia, as importações subiram ligeiramente mas, na área agro-alimentar, diminuíram 2,9%".

Assunção Cristas disse ainda que "hoje, em Portugal, por cada empresa que fecha, duas abrem portas. No setor agro-alimentar, por cada empresa que fecha, 6,7 abrem portas", números que, defendeu, "provam o dinamismo enorme" do sector.

"Hoje, três anos depois de eu ter assumido este cargo, nós reduzimos o défice agro-alimentar em 1,3 mil milhões de euros. É muito dinheiro", frisou, tendo lembrado que, em 2014, a redução foi de 683 milhões.

"É muito dinheiro e é muito trabalho de todos" afirmou, tendo destacado a "resiliência e a ambição de todos os profissionais" do sector.

A ministra da Agricultura lembrou ainda a importância da "passagem de testemunho para as novas gerações", no âmbito do rejuvenescimento profissional do sector, tendo destacado a "instalação de 7500 jovens agricultores em Portugal", no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que está a terminar.

"No QCA que está a terminar, e que vai ter em breve uma execução de 100%, instalaram-se mais jovens agricultores do que em todos os outros QCA anteriores, e, com eles, houve um investimento associado de 9 mil milhões de euros", concluiu.

Fundada em 1985 e com cerca de 400 associados, a Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação investiu cerca de 150 mil euros na construção da sua primeira sede própria, na antiga escola primária de Arrifana, no espaço territorial da União de Freguesias de Rossio ao sul do Tejo e São Miguel, em Abrantes, espaço que foi hoje inaugurado por Assunção Cristas, quase 30 anos após a fundação.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Azeite português distinguido com quatro prémios em concurso internacional


13/3/2015, 19:09

Azeites portugueses premiados em concurso Mário Solinas, no qual participaram 111 marcas de Portugal, Espanha, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Tunísia.

NUNO VEIGA/LUSA

Quatro azeites portugueses foram distinguidos no concurso Mário Solinas, promovido pelo Conselho Oleícola Internacional, no qual participaram 111 marcas de Portugal, Espanha, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Tunísia.

O concurso distingue os melhores azeites extra-virgem em quatro categorias (frutados verdes intensos, médios e ligeiros e frutados maduros), segundo critérios organolépticos e de acordo com a harmonia, complexidade e persistência do sabor.

Foram atribuídas medalhas de ouro ao azeite Gallo e ao azeite da Casa de Santo Amaro (Mirandela), nas categorias frutado maduro e frutado verde médio, respetivamente.

O azeite da Lameira de Cima (Ferreira do Alentejo) conquistou uma medalha de prata na categoria frutado verde médio, prémio que foi também atribuída à Quinta da Lagoalva de Cima (Alpiarça), na categoria frutado maduro.

O júri do Mário Solinas distinguiu ainda outros quatro azeites portugueses num total de nove finalistas: a Sovena, detentora da marca Oliveira da Serra, a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, a Casa Agrícola Roboredo Madeira (Almendra, Vila Nova de Foz Côa) e a Fio da Beira (Padrão, Castelo Branco).

Um reconhecimento que, segundo a secretária-geral da Casa do Azeite (Associação do Azeite de Portugal), Mariana Matos, não tem sido "episódico" e ajuda a promover a imagem do azeite português junto do grande público, que continua a associar a qualidade ao azeite italiano.

"Os italianos não precisam de se promover nem participar em concursos porque o azeite está vendido à partida. O nosso azeite começa agora a ser reconhecido – e temos mostrado que temos argumentos para isso – mas está ainda distante de ter essa perceção de qualidade junto do grande público, a nível mundial", disse a responsável da Casa do Azeite, citada pela agência Lusa.

Portugal é atualmente o 7.º maior produtor mundial de azeite, tendo o Brasil e Angola entre os principais clientes, mas também Espanha e Itália, para onde envia produto "a granel, um preço muito interessante".

A evolução qualitativa tem sido acompanhada por um acréscimo na produção que permitiu inverter o saldo da balança comercial nos últimos anos, passando de um défice de 121 milhões de euros em 2006 para 63 milhões de euros em 2013.

A queda de cerca de 20% da produção no ano passado fez subir os preços, mas Mariana Matos acredita que o impacto não será relevante em Portugal "porque não se cozinha sem azeite".

Já em mercados mais recentes e com consumidores pouco fiéis, poderá haver alguma retração no consumo.

A secretária-geral da Casa do Azeite salientou, por outro lado, que o facto de este ano a entrega "do mais prestigiado prémio internacional" acontecer nos Estados Unidos vai ajudar ainda mais na projeção internacional do azeite português.

A Espanha, principal produtor a nível mundial, foi também o país que apresentou mais azeites a concurso (64), seguindo-se Portugal (34).

A Tunísia participou com cinco azeites, a Grécia com quatro, Marrocos com dois e Itália e Israel com um.

FAO quer ajudar agricultores familiares africanos


por Ana Rita Costa
13 de Março - 2015
 
A FAO está a liderar uma parceria que abarca cinco países africanos e que tem como objetivo ensinar de que forma é que os Governos podem adquirir alimentos para instituições públicas, como escolas, diretamente a pequenos agricultores familiares. 

Intitulado 'Comprar aos africanos para África' (PAA África), o programa ajuda a promover a produção agrícola local enquanto melhora os meios de vida e a nutrição e está a ser implementado pela Etiópia, Malawi, Moçambique, Níger e Senegal, com a liderança técnica da FAO e do Programa Alimentar Mundial (PAM).

"Já no seu terceiro ano, o programa está a conseguir resultados promissores", explica a FAO que indica também que nos países em desenvolvimento a compra de produtos aos agricultores familiares pode contribuir para os esforços do Governo no combate à pobreza rural.

"As compras públicas aos produtores locais acrescentam valor aos mercados locais ao integrar os pequenos agricultores familiares e ao canalizar a procura – neste caso, pelas escolas – para a sua produção, contribuindo para a segurança alimentar e para a diversidade alimentar", refere Florance Tartanac, da Divisão de infraestrutura rural e agro-indústria da FAO.

Por exemplo, no Níger, o Governo decidiu focar-se nos agricultores familiares para aumentar a reserva nacional de cereais, criando uma quota de 10% para as compras locais a organizações de pequenos agricultores.

Da mesma forma, o Governo pode focar-se nos agricultores familiares locais para abastecer parte da procura alimentar de outras instituições públicas, como escolas e hospitais.

Até agora, os cerca de 5500 agricultores familiares de pequena escala que participaram no programa PAA África foram capazes de aumentar a sua produtividade em 115%, o que se deve, sobretudo, a melhoria do acesso a sementes e fertilizantes e ao uso de novas técnicas agrícolas adquiridas nas formações do programa PAA África.

Cereais: Previsões de colheita do Copa-Cogeca mostram uma queda de oito por cento em 2015

13-03-2015 

 
As novas previsões para a colheita de cereais de 2015 na União Europeia publicadas pelo Copa-Cogeca mostra uma queda de oito por cento, enquanto aumenta a preocupação sobre as novas normas comunitárias para os mercados financeiros.

As novas estimativas de culturas de cereais na União Europeia (UE) para 2015 revelam que se espera uma redução da produção até oito por cento este ano, em comparação com o ano anterior, sobretudo como resultado das novas medidas Greening da reforma da política agrícola comum (PAC).

A publicação dos dados em questão foi uma iniciativa do grupo de trabalho "Cereais". O presidente do grupo, Max Schulman, reeleito esta semana, comentou que «os resultados mais recentes mostram que a produção de cereais da União Europeia dos 28 (UE-28), este ano será inferior oito por cento, atingindo 293,9 milhões de toneladas em comparação com o ano anterior e a superfície diminui cerca de quatro por cento. Uma situação que se deve, principalmente às novas medidas Greening da reforma da PAC. Os agricultores foram muito cuidadosos este ano para evitar os cortes excessivos nos seus pagamentos, os quais são aplicados quando se cometem um erro involuntário muito leve ao aplicar as novas normas, sendo realmente necessário simplificar e flexibilizar as normas exigidas aos agricultores para serem eficazes e também satisfazerem a crescente procura mundial de alimentos».

Max Schulman declarou ainda que, para além disso, «os agricultores e as cooperativas têm sérias preocupações sobre as novas normas europeias para os mercados de futuros MiFID). A não ser que estas sejam esclarecidas, os agricultores e as cooperativas serão classificadas como operadores financeiros, apesar de serem agentes económcios e entregarem os bens de forma física. A aplicação do regulamento MiFID II cria burocracias desnecessárias e uma maior regulação no trabalho das cooperativas, simplesmente devido à má interpretação de uma definição europeia», alertou o responsável, concluindo que esta situação deve ser revista.

Fonte: Copa-Cogeca

Aprovado diploma para identificar terras sem dono mas com garantias para eventuais proprietários

13-03-2015 
 

 
O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei para a regulamentação da bolsa de terras e a identificação das terras sem dono conhecido e abandonadas, mas salvaguarda as garantias de eventuais proprietários que venham a surgir.

A proposta de lei vai ao Parlamento e foi um dos três diplomas aprovados em Conselho de Ministros na área da agricultura «para aproveitar os recursos fundiários e todas as terras que estão disponíveis, agregando terras», com vista «a uma melhor produção», segundo ministra da Agricultura, Assunção Cristas.

Na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, Assunção Cristas explicou que a proposta de lei «regula o procedimento que leva a identificar as terras que não têm dono conhecido e estão ao abandono», que não estejam a ser utilizadas para fins agrícolas, florestais ou silvopastoris, «com todas as garantias para eventuais proprietários que existam e venham a aparecer».

Fonte: Lusa

Cereais: Previsões de colheita do Copa-Cogeca mostram uma queda de oito por cento em 2015

13-03-2015 

As novas previsões para a colheita de cereais de 2015 na União Europeia publicadas pelo Copa-Cogeca mostra uma queda de oito por cento, enquanto aumenta a preocupação sobre as novas normas comunitárias para os mercados financeiros.

As novas estimativas de culturas de cereais na União Europeia (UE) para 2015 revelam que se espera uma redução da produção até oito por cento este ano, em comparação com o ano anterior, sobretudo como resultado das novas medidas Greening da reforma da política agrícola comum (PAC).

A publicação dos dados em questão foi uma iniciativa do grupo de trabalho "Cereais". O presidente do grupo, Max Schulman, reeleito esta semana, comentou que «os resultados mais recentes mostram que a produção de cereais da União Europeia dos 28 (UE-28), este ano será inferior oito por cento, atingindo 293,9 milhões de toneladas em comparação com o ano anterior e a superfície diminui cerca de quatro por cento. Uma situação que se deve, principalmente às novas medidas Greening da reforma da PAC. Os agricultores foram muito cuidadosos este ano para evitar os cortes excessivos nos seus pagamentos, os quais são aplicados quando se cometem um erro involuntário muito leve ao aplicar as novas normas, sendo realmente necessário simplificar e flexibilizar as normas exigidas aos agricultores para serem eficazes e também satisfazerem a crescente procura mundial de alimentos».

Max Schulman declarou ainda que, para além disso, «os agricultores e as cooperativas têm sérias preocupações sobre as novas normas europeias para os mercados de futuros MiFID). A não ser que estas sejam esclarecidas, os agricultores e as cooperativas serão classificadas como operadores financeiros, apesar de serem agentes económcios e entregarem os bens de forma física. A aplicação do regulamento MiFID II cria burocracias desnecessárias e uma maior regulação no trabalho das cooperativas, simplesmente devido à má interpretação de uma definição europeia», alertou o responsável, concluindo que esta situação deve ser revista.

Fonte: Copa-Cogeca

A aranha mais venenosa do mundo voltou a aparecer nas bananas de supermercado


     
SOL SOL | 13/03/2015 12:51:23 26895 Visitas
   
A aranha mais venenosa do mundo voltou a aparecer nas bananas de supermercado
Voltou a acontecer no Reino Unido. Uma mãe britânica de 43 anos tinha acabado de chegar a casa depois de uma ida a um supermercado Tesco. Ao abrir um saco com bananas, deparou-se com várias aranhas – e não eram aranhas quaisquer.

De acordo com o Telegraph, eram aranhas armadeiras brasileiras, cujo veneno é considerado o mais tóxico do mundo. Uma mordida causa dores muito intensas e paralisia muscular frequentemente fatal.

Esta paralisia muscular surge muitas vezes na forma de uma potente erecção que pode durar quatro horas, e o veneno tem sido por isso estudado pelos cientistas como um possível medicamento para a disfunção erectil. Mas, e entre os sobreviventes da mordidela da armadeira brasileira, a impotência sexual é uma sequela comum.

Neste caso mais recente, ninguém foi mordido. O produto tinha sido importado da Costa Rica, um dos principais produtores mundiais de bananas.

Já em Outubro, uma família londrina teve de abandonar a sua casa durante vários dias depois de uma aranha mortífera ter vindo 'à boleia' de uma encomenda de uma mercearia de luxo.

Opinião: O Presidente e as florestas


por Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal
13 de Março - 2015
 
O Presidente da República, numa recente deslocação à região Centro, manifestou a necessidade de empenho dos Portugueses para com as florestas. Não haverá muito a comentar, para além do realce a dois pormenores: um sobre o real empenho dos Portugueses e o outro sobre o retorno desse empenho.

Porventura, o senhor Presidente da República está mal assessorado. Os Portugueses têm dado um importante contributo para as florestas. Muito para além da participação de muitos cidadãos em ações de voluntariado, importa realçar o contributo dos contribuintes no cofinanciamento ao investimento florestal, seja através do esforço em sede de fundos da Política Agrícola Comum, seja do Orçamento do Estado. Desde a adesão à União Europeia, o contributo tem envolvido centenas de milhões de euros provenientes dos nossos impostos. Mais, os Portugueses demonstram o seu empenho para com as florestas portuguesas a cada deslocação a um posto de venda de combustíveis líquidos, no regular abastecimento das suas viaturas. Seria aliás legítimo um agradecimento público, por parte dos decisores políticos, por estas evidentes provas de empenho. Enquanto contribuem para as florestas, os cidadãos deixam para segundo plano outros investimentos, incluindo as necessidades das suas famílias.

O segundo pormenor prende-se com o retorno deste empenho dos Portugueses. Com os mercados de produtos florestais em manifesta concorrência imperfeita, será que esse empenho tem tido resultados positivos? O diagnóstico realizado às florestas e ao setor florestal nas últimas décadas está longe de o comprovar, seja no plano económico, seja no social e no ambiental. Centenas de milhões de euros de empenho dos Portugueses geraram um retorno de menos área florestal, florestas cada vez mais degradadas, decréscimo do peso do setor no PIB (que já de si não tem tido uma evolução brilhante), muito menos postos de trabalho no setor, mais emissões de dióxido de carbono decorrente dos incêndios florestais, menos biodiversidade, recursos naturais cada vez mais delapidados. Esse empenho, para além de mais incêndios, mais pragas e doenças, maiores áreas com espécies invasoras, contínuo êxodo rural, tem assistido ao crescimento de oligopólios que cativam importantes somas em benefícios fiscais e que, a qualquer momento encontrarão motivos para se deslocalizar, mas nós ficaremos com o território, esse não se deslocaliza.

Tudo indica pois que os problemas que envolvem as florestas em Portugal não se resolvem apenas pelo empenho dos Portugueses. Ou melhor, talvez esse empenho tenha de ser redirecionado. Não tanto no cofinanciamento ao investimento florestal, através dos seus impostos e das taxas que lhes são cobradas, nem mesmo no seu empenho em ações de voluntariado, em plantações esporádicas de arvorezinhas, mas talvez pela exigência de mercados transparentes e a funcionar em concorrência perfeita. Talvez este último empenho tenha resultados decisivamente positivos.

SEMINÁRIO "Baldios: alterações e impactos da nova legislação" - 26 MARÇO 2015 - FEIRA AGRO 2015 - BRAGA

A Forestis – Associação Florestal de Portugal tem o prazer de o convidar a participar no seminário "Baldios: alteração e impactos da nova legislação", que se realiza no dia 26 de março, às 14h00, no Parque de Exposições de Braga, durante a Feira AGRO 2015.

O seminário pretende apresentar e debater com os diversos agentes as alterações e os impactos da nova Lei dos Baldios, Lei n.º 72/2014 de 02 de setembro, e as suas implicações práticas.
Esta nova lei atualiza o quadro legal, alterando o conceito de comparte, clarificando responsabilidades na gestão dos baldios, e regulamentando o seu arrendamento e introdução na Bolsa de Terras.

Participe neste debate!

PROGRAMA

14:00 RECEÇÃO DOS PARTICIPANTES

14:30 SESSÃO DE ABERTURA
Humberto Carlos – InvestBraga
Francisco Carvalho Guerra – FORESTIS

14:45 BALDIOS: ALTERAÇÕES E IMPACTOS DA NOVA LEGISLAÇÃO
Moderador 
Rosário Alves – FORESTIS

APRESENTAÇÃO DA NOVA REGULAMENTAÇÃO DOS BALDIOS
Zita Costa – ICNF, I.P.

Intervenções
Armando Carvalho – BALADI
Albano Álvares –  CAPOLIB / FORESTIS

15:45 – DEBATE

17:00 – CONCLUSÕES
Data.jpg
INSCRIÇÃO AQUI 
 
Contactos
Forestis – Associação Florestal de Portugal
Rua de Santa Catarina, 753
4000-454 Porto
222 073 130



 

Parlamento vai discutir projecto de lei para proibir transgénicos


Ricardo Garcia 10/03/2015 - 18:54 

Proposta do partido ecologista Os Verdes quer proibir cultivo e comercialização de organismos geneticamente modificados.
 

A Assembleia da República vai discutir na quinta-feira um projecto de lei para proibir os organismos geneticamente modificados (OGM) em Portugal. A proposta é do Partido Ecologista Os Verdes e surge menos de um mês depois de o Bloco de Esquerda também ter apresentado uma iniciativa semelhante. 

Ambos os partidos querem proibir tanto a libertação de transgénicos – organismos vivos cujo código genético foi deliberadamente alterado – como a sua comercialização. O principal alvo são as plantas, dado que há apenas um produto transgénico autorizado a ser cultivado comercialmente na Europa,  o milho MON810 da multinacional Monsanto.
 

Portugal é um dos poucos países europeus que plantam esta variedade, mas numa escala pequena: 8542 hectares em 2014, apenas 6% da área total de milho no país.

Estas iniciativas legislativas surgem na sequência de alterações recentes à legislação europeia, permitindo que os Estados-membros proíbam o cultivo de transgénicos dentro das suas fronteiras. Até então, isto só poderia ser feito em casos excepcionais. A regra era a de que, uma vez autorizada num Estado-membro, uma variedade de planta transgénica poderia ser cultivada em qualquer país da União Europeia.

Agora, durante o processo de autorização europeu, qualquer Estado-membro pode simplesmente declarar que não deseja a planta no seu território, sem precisar de qualquer justificação. Mesmo depois de dada luz verde a um OGM, os países ainda poderão invocar um leque amplo de razões para rejeitar o seu cultivo.

As novas normas foram aprovadas em definitivo pelo Parlamento Europeu em Janeiro e pelos governos dos Estados-membros no dia 2 de Março.

O que os países podem proibir, no entanto, é apenas o cultivo de plantas transgénicas, mas não a comercialização de produtos geneticamente modificados ou que contenham OGM. As duas propostas que estão no Parlamento agora vão, por isso, além do que ficou decidido em Bruxelas.

Não são as primeiras iniciativas legislativas para banir os transgénicos em Portugal. Os Verdes já tentaram aprovar uma moratória aos OGM e também quiseram introduzir uma proibição total na Lei de Bases do Ambiente. Mas não tiveram sucesso. A iniciativa legislativa de agora promete seguir pelo mesmo caminho, pois não deverá obter os votos favoráveis da maioria PSD-CDS/PP, que tem rejeitado uma posição radical contra os OGM.

A deputada Heloísa Apolónia, de Os Verdes, considera que é importante que o assunto seja novamente trazido à Assembleia da República, para alertar consciências. "Não há certezas sobre a inocuidade dos OGM sobre a saúde e a biodiversidade. E há um certo monopólio de algumas empresas no sector agro-alimentar que põe em causa a liberdade de opção dos agricultores", justifica.

O cepticismo e a dúvida têm restringido a disseminação dos OGM na União Europeia, apesar dos processos de aprovação se basearem em estudos e pareceres científicos que tentam assegurar que não há riscos para a saúde e o ambiente.

O cultivo de transgénicos na Europa é mínimo – inferior a 200 mil hectares - em comparação com países como os Estados Unidos (73 milhões de hectares), Brasil (42 milhões), Argentina (24), Índia (12) ou Canadá (12), segundo dados de 2014 compilados pelo International Service for the Acquisition of Agri-Biotech Applications (ISAAA).

Em Portugal, a área cultivada com milho transgénico registou uma subida entre 2005 e 2011, mas tem-se mantido estabilizada em torno dos oito a nove mil hectares anuais desde então. A maior parte do milho transgénico cultivado no ano passado esteve concentrada no Alentejo (64%), seguido da região de Lisboa e Vale do Tejo (24%), de acordo com dados do Ministério da Agricultura e do Mar.

Uma antiga herança que pode sair cara


 Direcção Editorial 11/03/2015 - 06:10 



 O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, não tem dúvidas: o problema deve-se ao ministro Jaime Silva, contra o qual a CAP organizou "24 manifestações". Mas seja ou não culpa do ministro, a verdade é que o Governo actual está a braços com um caso que lhe poderá deixar os cofres ainda mais vazios: a Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia está a exigir ao Governo português o reembolso de 143,4 milhões de euros, a pretexto de pagamentos irregulares aos agricultores portugueses nos anos de 2009, 2010 e 2011. Não é fácil chegar às origens reais de tal montante (ver pág. 18) e o Governo, que já sabia de tal exigência desde Janeiro, tentou mantê-la em segredo até lhe arranjar solução. Mas da Comissão Europeia não houve abertura nas negociações. E se uma instância superior não revogar tal exigência, terão mesmo de sair 143,4 milhões dos cofres públicos.

Concorrência dá luz verde à compra da Serraleite pela Jerónimo Martins

Ana Rute Silva 12/03/2015 - 08:51 

Grupo que detém o Pingo Doce vai investir na produção de leite e avança para a compra da fábrica de transformação da cooperativa de Portalegre.
 
Pedro Soares dos Santos vai aumentar investimentos no sector agrícola 
Rui Gaudêncio 


A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à operação de concentração entre a Serraleite e a Jerónimo Martins. O grupo que detém os supermercados Pingo Doce vai comprar a fábrica de transformação de leite e de produção de derivados desta cooperativa de produtores de Portalegre, num negócio que passa, para já, pelo trespasse destes activos.

 Em comunicado, a AdC diz que o negócio "não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados da aquisição de leite cru, em Portugal Continental, cuja exacta definição é deixada em aberto, da produção e comercialização de leite UHT, cuja exacta delimitação geográfica é deixada em aberto, e da produção e comercialização de natas, cuja exacta delimitação geográfica é também deixada em aberto".

Os principais operadores da grande distribuição têm investido cada vez mais na área da produção, criando clubes e organizando fornecedores que têm de cumprir regras específicas. A Jerónimo Martins há muito que tem planos para investir directamente na agricultura e, em 2009, fez um acordo com a Serraleite para reforçar a produção. A cooperativa é um dos principais fornecedores da cadeia de supermercados Pingo Doce e, na altura, Pedro Soares do Santos, presidente executivo, admitiu que a sua visão para o projecto conjunto era criar uma "Lactogal II", empresa que detém a marca Mimosa e domina o mercado do leite. Mais tarde, em 2012, o grupo justificou a entrada neste sector "com a necessidade de proteger as fontes de abastecimento".

Durante a apresentação dos resultados financeiros de 2014, há pouco mais de uma semana, Pedro Soares dos Santos voltou a frisar que a intenção da empresa é investir noutros negócios do sector agrícola, nomeadamente no peixe e na carne. A Jerónimo Martins Agroalimentar é uma sub-holding e "tem de crescer". "Não foi criada para uma fábrica de leite", disse, não querendo avançar mais detalhes sobre novos investimentos. "Tenho muita coisa em vista, mas fica só para mim", acrescentou.

A compra por trespasse da fábrica da Serraleite (que inclui os seus trabalhadores) permite à Jerónimo Martins gerir a operação de transformação de leite até a nova fábrica estar pronta, o que deverá acontecer no primeiro trimestre de 2017. O grupo vai investir 40 milhões de euros no aumento da capacidade produtiva de leite UHT, manteiga e natas e garante que "o escoamento da produção leiteira dos actuais associados da cooperativa estará assegurado". A Serraleite também vai ter uma participação no capital da Jerónimo Martins Lacticínios.

A cooperativa recolhe anualmente 20 milhões de litros na região do Alentejo, o que equivale a 1% do total da recolha nacional.

Ex-secretário de Estado diz que o preço da água em Alqueva “é excessivo”


CARLOS DIAS 12/03/2015 - 14:49

Comissão europeia obrigou Portugal a reduzir em 7,5% o consumo de água na agricultura, mas a EDIA necessita alargar a área de rega.

 
RUI GAUDÊNCIO
 
O auditório da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) ficou esta manhã completamente cheio de agricultores para ouvir falar do uso eficiente da água nas culturas regadas. Francisco Gomes da Silva, ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, presente no debate, admite que nos próximos meses terá de ser discutido "o que é que deveria ser o preço da água em Alqueva", que hoje, diz, é desajustado.

Para o ex-governante, trata-se de "avaliar o conjunto de mais-valias que este empreendimento tem para a sociedade". Logo, a sociedade "deverá encontrar forma de remunerar" o preço da água em Alqueva cujo tarifário actual classificou de "excessivo".

Tendo em conta o conjunto de componentes que não estão considerados na formação dos preços da água, Gomes da Silva fundamenta a redução do preço da água na "altimetria do empreendimento - cota a que se encontra a coluna de água em Alqueva e que obriga a elevados consumos energéticos -, os compromissos ambientais que a EDIA assumiu, as obras necessárias para o funcionamento do empreendimento, a respectiva manutenção, etc,".

"É importante ter em conta os bens públicos que Alqueva consegue gerar para a economia nacional", vincou.

Gomes da Silva recusa-se a ver nesta proposta uma forma de subsidiarização do tarifário da água e criticou de forma contundente a Comissão Europeia por impor ao Governo português uma redução de 7,5% no consumo de água.

O ex-governante, que participou nas negociações com Bruxelas, considerou a meta imposta "um obstáculo político colocado pela comissão" ao Governo português que "acedeu porque é importante que a medida exista".   

Gomes da Silva tem uma explicação para a posição comunitária: "A Europa não sabe o que é regadio", frisando que não há nenhum outro país, a não ser a Espanha, França e Itália mas de forma muito mitigada, que pratique agricultura de regadio. Portugal é o "único" país europeu que "tem know how não só conceptual, como aplicado em matéria de regadio eficiente". Daí que deva ser considerada uma prática agrícola "especificamente portuguesa", acentuou. Mesmo assim, a Comissão europeia exige um comprovativo de eficiência no uso da água. "Não é má vontade dos europeus. É ignorância. Eles acham que isto é uma fantasia dos povos do sul", observou.

Leitura semelhante fez Alexandra Lopes Dias, autoridade gestora do Proder, ao confirmar que o ambiente europeu "é extremamente hostil" a tudo o que se relacione com regadio, lembrando que era, à partida, uma prática agrícola que estava excluída por não ser compreendida pelos governos do norte da Europa.

E numa chamada de atenção aos agricultores presentes no seminário, apelou: "Temos de demonstrar uma efectiva poupança de água", pedindo-lhes que compreendam a posição da Autoridade Gestora do Proder, pois são acusados "de ser demasiado burocratas".

Contudo, José Pedro Salema, presidente da EDIA, lembrou as áreas de regadio que podem ser potenciadas nas proximidades da rede primária de rega e dos sistemas de armazenagem de água. "Já temos neste condições cerca de 7 mil hectares mas temos capacidade para muito mais", destacou. A redução no consumo de água impõe uma compensação num projecto que foi dimensionado prioritariamente para a rega. O recurso está no aumento das áreas a irrigar. A EDIA já apresentou anteriormente um estudo onde realça a possibilidade de pedidos de água para rega em mais 25 mil hectares.

Desafios e oportunidades para a água ainda chamada de “residual”


PAULA CASTRO 12/03/2015 - 16:21
 
A água é um dos nossos bens mais preciosos. Portugal tem uma geografia privilegiada e estamos habituados a que a água sempre "caia do céu". Mas agora sabemos que as alterações climáticas e o aumento da população desenham um futuro incerto, em que a água já não dá para todos os desperdícios. É muito claro que precisamos de medidas de racionalização do seu consumo — sobretudo na agricultura, onde Portugal gasta mais de 70% de toda a água captada.

Para isso é primordial olharmos com mais seriedade para as fontes não convencionais de água, como as águas residuais, consideradas águas poluídas mas que são um bem precioso que devemos aproveitar. "Residual" não é de todo a designação adequada a estas águas e a comunidade científica e a sociedade em geral estão a mudar a forma como a vêem. Desde que aplicado um sistema de tratamento adequado que minimize os riscos de contaminação, a água residual pode tornar-se uma fonte não convencional. Sendo o recurso mais valioso que contém a própria água, é também rica em nutrientes, como azoto e fósforo.

Temos atualmente à disposição tecnologias ecológicas com custos de operação baixos, tais como as ETAR's de plantas, que permitem níveis de qualidade compatíveis com a reutilização da água na agricultura, entre outros. São sistemas que se enquadram na paisagem, muito interessantes para zonas sem acesso a estruturas de saneamento, podendo também ser implementados em escalas maiores e urbanas. Constituem ótimas soluções de descentralização e aproveitamento da água tratada, fomentando a reutilização de nutrientes e consequente redução de fertilizantes químicos.

A produção de fertilizantes azotados desenvolveu-se após a síntese da amónia, realizada por Fritz Haber no início do séc. XX, o que levou a um aumento de 30-50% da produção agrícola. Mas dados de 2005 ditam que, dos 100 milhões de toneladas de azoto utilizados globalmente na agricultura, apenas 17% foram realmente consumidos na forma de alimentos. O restante tornou-se poluição. E atente-se a este paradoxo: por um lado sintetizamos a amónia por processos energeticamente onerosos para produzir fertilizantes e, por outro, nas ETAR's convencionais, usamos tecnologia dispendiosa precisamente para destruir esses compostos. Faz muito mais sentido reaproveitar estes nutrientes.

Neste momento de viragem é necessário implementar sistemas com maior eficiência energética e menor pegada ecológica, aliando a recuperação de recursos. Para além das ETAR's de plantas, um outro exemplo é a recente tecnologia baseada no uso de grânulos microbianos aeróbios, que permite obter água de boa qualidade e potencia a recuperação de compostos de valor. Portugal é um dos primeiros países a adotar a tecnologia com a Holanda e África do Sul.

Uma boa utilização da água, incluindo as residuais, é essencial para todos nós. Urge incentivar a mudança de paradigma, enquanto cidadãos, e contribuir para opções mais sustentáveis. Se experimentarmos passar uma semana sem beber percebemos logo a importância do assunto.

Docente da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto

A autora escreve segundo as regras do novo Acordo Ortográfico

Odemira é palco de congresso da batata-doce


Quinta, 12 Março 2015 10:17 tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte


Nos dias 13 e 14 de março tem lugar no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira, um congresso dedicado à batata-doce.

O programa do primeiro dia de trabalhos integra três painéis dedicados à produção, transformação e comercialização, e internacionalização da batata-doce, uma das principais culturas de suporte da agricultura familiar da região.

No segundo dia, 14 de março (sábado), terá lugar uma visita aos campos de batata-doce, câmaras de cura e armazém de embalamento da empresa Atlantic Sun Farms Portugal.

A sessão de encerramento contará com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

A participação no evento é livre mas sujeita a inscrição.

Os organizadores salientam que «a produção de batata-doce há muito que está enraizada na área do Perímetro de Rega do Mira», sendo uma das principais culturas de suporte da agricultura familiar desta região. No entanto tem ainda um fraco desenvolvimento tecnológico, consideram, justificando-se, assim, este Congresso.

A organização acrescenta ainda que a potencialidade de profissionalização da cadeia de fornecimento da batata-doce durante todo o ano «é uma realidade e esta cultura tem cada vez mais procura, não só a nível nacional como internacional».

O certame é organizado pela Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, Associação de Beneficiários do Mira e Associação dos Horticultores do Sudoeste Alentejano.


Grândola discute gestão do solo em sistema de montado


Quinta, 12 Março 2015 13:12 

'A parte do solo...Que a vista não alcança – Gestão do solo no sistema montado'. Assim se designa o workshop que terá lugar a 19 de março no auditório municipal Cine-Granadeiro, em Grândola.

Organizado pela Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado (ANSUB), o evento irá contar com vários oradores especialistas nesta matéria.

'Benefícios dos microrganismos do solo na sustentabilidade/recuperação dos montados', 'Importância das raízes das árvores dos montados - Estratégias de uso de água', 'Análise das estruturas dos sistemas radiculares de sobreiro: Modelação da arquitetura e da interface solo-árvore' e 'Análise do funcionamento dos sistemas radiculares do sobreiro' são algumas temáticas em debate.

O workshop terá ainda uma visita ao campo, onde serão realizados exemplos práticos de gestão de solo em sistema de montado, observação de perfis do solo e regeneração natural.

As inscrições no evento são gratuitas mas obrigatórias. 


GPP: Organizações interprofissionais

Disponível nova informação sobre procedimentos de reconhecimento: http://www.gpp.pt/MA/OIs/index.html

GPP: Faça o seu seguro agrícola

Faça o seu seguro agrícola - Proteja o seu rendimento com os apoios do PDR 2020 | Informação: http://www.gpp.pt/destaques/Seguros_informacao.pdf

Porto e Douro têm maior participação de sempre na ProWein

12-03-2015 
 

 
São 63 os produtores da Região Demarcada do Douro (RDD) que o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto vai levar à 21ª edição da ProWein, na Alemanha, à procura de novas oportunidades de negócio, naquela que é considerada a maior e mais importante feira de vinhos da Europa.

Esta é a maior participação de sempre da Região Demarcada do Douro na ProWein, num espaço organizado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) que vai ser ainda palco de um vasto programa de iniciativas de promoção conjuntas do Instituto com os produtores que colocam em evidência os vinhos das denominações de origem Porto e Douro.

O certame, dirigido a distribuidores e profissionais dos setores do vinho, gastronomia e hotelaria, decorre de 15 a 17 de Março em Düsseldorf, onde são esperados cerca de 50 mil compradores, vindos de vários pontos do mundo. Os stands do IVDP estão localizados no HALL 10 – F02 | F10 | F16 | G02 | G10 | G16.

A Alemanha é o oitavo mercado principal para os vinhos do Porto e o sétimo para os vinhos do Douro. Em 2014, a exportação de vinho do Porto para a Alemanha representou mais de 12 milhões de euros e os vinhos do Douro, mais de quatro milhões de euros.

Para o presidente do IVDP, «sendo a ProWein uma feira de grande importância para o sector, a participação permite-nos não só consolidar a nossa ação neste mercado, como também é uma forma de promoção e avaliação de outros grandes mercados mundiais», explica Manuel de Novaes Cabral. «Para esta edição temos connosco um número recorde de produtores da Região Demarcada do Douro, o que corrobora a importância e reconhecimento do certame no sector», conclui.

São 450m2 com 49 stands, 63 produtores e 13 seminários/provas. Uma boa amostra da Região e dos seus vinhos, além-fronteiras. Consulte aqui o programa do IVDP para os três dias e conheça aqui os produtores que vão marcar presença. Na ProWein 2015 estarão mais de quatro mil expositores, oriundos de cerca de 50 países, que esperam cerca de 50 mil visitantes.

Fonte: MEDIANA

Ministra da Agricultura precipitou-se a não pensou no país ao acusar PS

12-03-2015 
 
A ministra da Agricultura precipitou-se ao responsabilizar a governação socialista por Portugal ter de devolver 143 milhões de euros a Bruxelas, e enfraqueceu a posição do país, considerou hoje o PS.

«O que se esperava era que a senhora ministra não reagisse de forma precipitada a esta notícia. O que procurou foi atacar o PS e só depois pensar na defesa do país», disse à Lusa o deputado socialista Miguel de Freitas, membro da comissão de Agricultura, área em que exerceu diversos cargos, a nível nacional e europeu.

O responsável comentava assim as declarações da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que acusou o governo de José Sócrates de ter praticado uma «má gestão» do sector ao falar da notícia, divulgada pelo jornal Público, de que Portugal tem de devolver a Bruxelas 143 milhões de euros referentes a fundos agrícolas, de pagamentos irregulares aos agricultores nos anos de 2009, 2010 e 2011.

«A declaração da ministra enfraquece a posição negocial do país e é absolutamente precipitada», disse o deputado à Lusa, acrescentando: «ainda não há decisão final da Comissão, estamos num processo negocial e devemos manter pressão sobre Bruxelas e não antecipadamente reconhecer que houve uma má gestão».

A ministra vai «enfraquecida» negociar a Bruxelas e se ainda «há margem de manobra» devia de ter sido «mais contida», disse Miguel de Freitas, de acordo com o qual «o que está em causa é o país» pelo que «não se pode enfraquecer a posição» de Portugal dizendo que houve má gestão.

Questionado sobre se houve de facto desleixo da governação socialista nesta matéria, o deputado não o negou mas explicou que estão em causa cinco por cento de irregularidades, sendo que «a esmagadora maioria dos agricultores respeitou os critérios», pelo que é fundamental defender a imagem dos agricultores portugueses. E acrescentou que o modelo de amostragem usado por Bruxelas «penaliza essencialmente os países com pequenas agriculturas».

«Este modelo de controlo tem 15 anos e sistematicamente veio sendo melhorado. Todos os anos havia auditorias e respostas do país melhorando o sistema. Dizer que a responsabilidade exclusiva é de um governo é excessivo, o que temos é uma responsabilidade geral e procuramos sempre melhorar o sistema. Isto tem um custo pelo facto de o país não ter um cadastro», explicou.

As irregularidades detectadas existem todos os anos e em todos os países, a França está sujeita a ter de fazer a reposição de mil milhões de euros, exemplificou o deputado.     

Fonte: Lusa

Presidente da República quer portugueses mobilizados para cuidarem da floresta

12-03-2015 
  
O Presidente da República defendeu a mobilização dos portugueses para cuidarem das dimensões ambiental, social e económica da floresta, para se alcançar maior rentabilidade mas com respeito pelos requisitos ambientais.

«Nós temos todos que mobilizar os portugueses para cuidarem destas três dimensões, a dimensão ambiental, social e económica, respondendo ao desafio de mais rentabilidade, mas, ao mesmo tempo, respeitando todos os requisitos ambientais», afirmou Aníbal Cavaco Silva. «É esse um dos grandes desafios que temos, de facto, à nossa frente», defendeu o Presidente da República.

O chefe de Estado discursava em Tramagal, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, no âmbito de uma jornada dedicada à floresta portuguesa, antes de um almoço de trabalho na herdade da Caniceira com produtores e investigadores da floresta.

«Há aqui um trabalho a fazer no domínio da produção para tentar atenuar a escassez de matéria-prima», insistiu, apontando, ainda, a importância da certificação, apenas 10 por cento da floresta nacional têm a sua gestão certificada, para a qualidade e competitividade dos produtos da floresta.

Quanto à inovação e investigação, o Presidente da República considerou que é por este caminho que se vão «encontrar novos produtos, desenvolver novos processos, novas formas de chegar aos exigentes consumidores dos produtos da floresta».

Fonte: Lusa

Empresa do Alqueva a «investir» para concluir projecto este ano

12-03-2015 
  
A empresa gestora do Alqueva está com um ritmo de construção «como nunca esteve na sua história» e a «investir brutalmente» para conseguir concluir o projecto global no final deste ano, disse o presidente da empresa.

Segundo José Pedro Salema, actualmente a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) tem 22 empreitadas a decorrer em simultâneo, «cada uma delas na ordem dos milhões de euros», sendo a mais barata de 3,5 milhões de euros.

Dos cerca de 120 mil hectares de regadio previstos no projecto global do Alqueva, no Alentejo, 68 mil estão em exploração e mais 20 mil vão começar a funcionar na campanha de rega deste ano, no início da Primavera, perfazendo um total de 88 mil hectares, disse.

Os restantes cerca de 30 mil hectares estão em construção com vista à conclusão do empreendimento até final deste ano. Os cerca de 120 mil hectares já deverão estar em exploração na campanha de rega de 2016. O presidente da EDIA falava na abertura de uma sessão de esclarecimento sobre o uso eficiente da água, que decorreu no auditório da empresa, em Beja.

Segundo José Pedro Salema, «a EDIA tem um caminho muito grande a percorrer na produção própria de energia, através de energia solar, para, com isso, reduzir a sua fatura energética e, dessa forma, conseguir estruturalmente baixar os custos de adução e o preço da água em Alqueva».

O empreendimento já tem as grandes centrais hidroeléctricas, as do Alqueva e Pedrógão, e cinco mini-hídricas, mas tem «muitas superfícies» onde pode produzir energia solar, como os reservatórios de água, que são «áreas muito relevantes e onde há muito sol», mas estão «subutilizadas e só servem para guardar água», defendeu.

Ao longo da concepção do projecto Alqueva, a EDIA fez «muitas adaptações» ao estudo prévio de 1996, a ideia original, para «fazer face aos custos energéticos e às perdas potenciais que o sistema podia ter», disse, referindo, por exemplo, que das previstas 114 estações elevatórias, «os grandes sorvedores de energia», só foram construídas 47.

«A adaptação e a minimização de custos de energia na conceção já foi feita», mas «ainda existe um importante caminho a percorrer» no sentido da produção própria de energia, insistiu.

José Pedro Salema indicou o exemplo da central fotovoltaica que foi instalada recentemente na sede da EDIA e que é constituída por 350 painéis fotovoltaicos, os quais produzem energia suficiente para abastecer mais de dois terços das necessidades do edifício.

«É um exemplo que demonstra o que queremos fazer no território», sublinhou, referindo que a ideia da EDIA é instalar painéis fotovoltaicos em cima da água e nos locais de «grande consumo de energia», como as estações elevatórias e os reservatórios de água, o que trará «inúmeras vantagens».

Além de uma redução dos custos com energia, os painéis irão permitir reduzir a evaporação, produzir mais energia, porque, devido ao efeito da diminuição da temperatura, «conseguem ter uma eficiência energética de conversão maior», e reduzir a incidência de luz solar na água e, assim, haverá «menos crescimento de plantas e bactérias», explicou. «Só tem um problema, custa muito dinheiro e temos de arranjar uma solução para financiar isto, mas caminhamos nesse sentido», disse José Pedro Salema.

Fonte: Lusa

Agricultura GNR demonstra 'drones' no controlo de doenças da vinha


Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, 11 mar - A GNR vai testar no sábado, numa demonstração pública em Arcos de Valdevez, as potencialidades da utilização de meios aéreos não tripulados na deteção de doenças que afetam o setor vitivinícola, disse à Lusa fonte oficial.

TECH GNR demonstra 'drones' no controlo de doenças da vinha Lusa

18:11 - 11 de Março de 2015 | Por Lusa
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De acordo com a fonte da Secretária de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar a experiência surge na sequência do projeto-piloto iniciado o ano passado por aquela força policial de utilização de 'drones' na vigilância e prevenção de fogos florestais.

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A mais-valia da aplicação daquela tecnologia à fileira do vinho poderá originar, segundo aquela fonte, uma candidatura a apresentar aos novos fundos europeus do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020).

A candidatura conjunta integrará, adiantou, o Instituto Nacional de Investigação Agrária, a Direção Geral Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), a GNR, empresas especialidades naquela tecnologia e outras entidades do setor vitivinícola.

No sábado, em Arcos de Valdevez a demonstração a realizar pela GNR vai decorrer as potencialidades daqueles meios aéreos na deteção da flavescência dourada da videira, uma doença muito grave que provoca a morte da vinha.

A sessão vai decorrer na Estação Vitivinícola Amândio Galhano, um centro de experimentação e investigação vitivinícola criado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) naquele concelho do distrito de Viana do Castelo.

Segundo a fonte daquela secretaria de Estado trata-se de um método de monitorização "mais ágil" das doenças que afetam a vinha e com resultados "mais rápidos" na delimitação e tratamento das mesmas.

Explicou que a possibilidade de utilização de ?drones' na fileira do vinho surge na sequência do projeto-piloto lançado no Alto Minho, em outubro de 2014, de aplicação daquela tecnologia à prevenção e combate a incêndios florestais.

Aquele projeto que permite através de um sistema informático operar a aeronave à distância foi apresentado no Centro de Meios Aéreos (CMA) dos Arcos de Valdevez, na freguesia de Tabaçô.

O 'drone', denominado Falcão foi desenvolvido por uma empresa privada e é operado por elementos da GNR, ao abrigo do programa VIANA de combate a incêndios, rescaldo e pós-rescaldo, bem como outras missões, tais como a de preservação da natureza, de busca e salvamento e de proteção de espécies.

Aquele sistema é também já utilizado pelo projeto transfronteiriço de Assistência Recíproca Inter-regional em matéria de Emergências (ARIEM-112) que em 2014 anunciou um investimento de 600 mil euros em 'drones' para reforçar a prestação de socorro aos cidadãos.

Na altura, fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) explicou à Lusa que aquisição deste "equipamento sofisticado" vai "aumentar a capacidade de resposta em emergência" de um serviço que cobre uma população de quase 572 mil pessoas de 109 municípios do Norte de Portugal, Galiza, Castela e Leão.

Governo aprova proposta de lei relativa a 16 ordens profissionais


O Conselho de Ministros aprovou hoje propostas de lei relativas aos estatutos de 16 associações públicas profissionais, adequados ao novo regime jurídico, entre as quais as ordens dos Economistas, dos Engenheiros, dos Advogados, dos Farmacêuticos e dos Arquitetos.
"São definidas regras sobre a criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais e sobre o acesso e o exercício de profissões reguladas por associações públicas profissionais, no que diz respeito, designadamente, à livre prestação de serviços, à liberdade de estabelecimento, a estágios profissionais, a sociedades de profissionais, a regimes de incompatibilidades e impedimentos e a publicidade", indica o comunicado do Conselho de Ministros.
As regras hoje aprovadas definem também a informação relevante sobre os profissionais e sobre as respetivas sociedades reguladas por associações públicas profissionais", refere comunicado do Conselho de Ministros.
Além dos estatutos daquelas associações profissionais públicas, também foram aprovadas as leis fundamentais das ordens dos Revisores Oficiais de Contas, dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, dos Engenheiros Técnicos, dos Arquitetos, dos Biólogos, dos Médicos Veterinários, dos Nutricionistas, dos Psicólogos, dos Médicos Dentistas, dos Despachantes Oficiais, por transformação da Câmara dos Despachantes Oficiais, e dos Contabilistas Certificados, por transformação da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
A lei-quadro das associações profissionais públicas foi publicada em Diário da República em janeiro de 2013, após o qual foi dado um prazo de 30 dias para as ordens e as câmaras adequarem os estatutos ao regime.
Após a publicação da lei, o Governo dispunha de 90 dias para apresentar à Assembleia da República as propostas de alteração, processo que se arrastou e motivou críticas de algumas ordens.
Diário Digital com Lusa

Ministra da Agricultura acusa socialistas de "desleixo" na gestão de recursos agrícolas


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, lamentou hoje que Portugal tenha que devolver a Bruxelas 143 milhões de euros referentes a fundos agrícolas, acusando o governo de José Sócrates de ter praticado uma "má gestão" no setor.

"É uma pesadíssima herança da má governação socialista, do desleixo, da inação, da falta de cuidado reiterada, porque estas multas vêm a crescer", disse.

"Fomos avisados em 2005, 2006, que não estávamos a cumprir, não houve ação coincidente com a necessidade de resolver o problema e a verdade é que chegámos a 2011 com um problema muitíssimo avolumado que está agora à vista", lamentou.

Assunção Cristas falava aos jornalistas em Ponte de Sor (Portalegre), à margem da visita do Presidente da República, Cavaco Silva, à unidade da Corticeira Amorim, iniciativa inserida na jornada dedicada à floresta portuguesa: sobreiro, pinheiro, eucalipto.

O jornal Público adianta na edição de hoje que a Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia está a exigir ao governo português o reembolso de 143,4 milhões de euros relativos a pagamentos irregulares aos agricultores portugueses nos anos de 2009, 2010 e 2011.

"Portugal foi muito desleixado durante a governação socialista, não fez a revisão do parcelário agrícola e, portanto, nós temos multas, que são várias, em lotes de três, multas que dizem respeito a 2005, 2006, 2007, 2008, dizem respeito a 98 milhões de euros e por fim a notícia que é dada hoje, que é de 2009, 2010 e 2011 correspondente a 143 milhões de euros", explicou a governante.

De acordo com a ministra da Agricultura, Portugal tem um total de "277 milhões de euros" para pagar a Bruxelas, sublinhando que o atual governo tem "estancado" as multas a pagar, uma vez que foi feita a revisão do parcelário agrícola.

"Neste momento o problema está resolvido para o futuro", disse.

Assunção Cristas acrescentou que já desenvolveu negociações com Bruxelas no sentido de pagar as multas e, em 2014, o governo já pagou "68 milhões de euros", voltando este ano a devolver "60 milhões de euros" e nos anos subsequentes da mesma forma.

Em relação à multa agora aplicada de 143 milhões de euros por Bruxelas, a governante adiantou que Portugal está "a contestar" esse valor, no sentido de "baixar um bocadinho" a mesma verba.

Lucro líquido da SUMO+COMPAL em 2014 cresce para 11,9 Milhões de euros

 
• Volume de Negócios aumentou 2,8 por cento, para 310,0 milhões de euros
• EBITDA cresce 6,3 por cento, para 41,7 milhões de euros
• Dívida remunerada líquida decresceu 34,6%, para 176,8 milhões de euros

 

Portela de Carnaxide, 11 de Março de 2015 – A SUMOL+COMPAL, líder do sector das bebidas não alcoólicas em Portugal, registou lucros líquidos de 11,9 milhões de euros, no exercício de 2014, contra 4,4 milhões de euros no ano anterior. A melhoria operacional da SUMOL+COMPAL e a conjugação da dinâmica das Unidades de Mercado de Portugal+Espanha e de Exportação, foram determinantes para o crescimento do lucro líquido, aliado a um ambiente macroeconómico mais positivo, resultante da retoma do consumo privado.

O volume de negócios atingiu os 310,0 milhões de euros, mais 2,8 por cento do que em 2013, enquanto as vendas totais registaram uma subida de 3,8 por cento para 300,3 milhões de euros. No mercado português, o valor das vendas e prestações de serviços da SUMOL+COMPAL alcançou os 221,6 milhões de euros, 3,0 por cento acima do ano anterior. As vendas nos mercados internacionais cresceram 2,2 por cento, em valor, ascendendo a 88,4 milhões de euros. A Empresa realizou vendas em cerca de setenta países.

"Apesar de as condições meteorológicas em Portugal não terem sido as ideais, designadamente com um Verão pouco quente, temos que destacar o desempenho operacional da SUMOL+COMPAL, tanto em Portugal, como no estrangeiro, o que permitiu a melhoria dos resultados económicos do Grupo", disse Duarte Pinto, CEO da SUMOL+COMPAL.

"Acreditamos que um ambiente macroeconómico mais positivo, já sentido em 2014, permita à SUMOL+COMPAL crescer a sua operação em Portugal e que o nosso negócio possa vir a crescer, com mais significado, nalguns mercados africanos", acrescentou (versão completa em anexo).