domingo, 8 de março de 2015

Situação do mercado internacional de cereais

 06-03-2015 
 

   
O Conselho Internacional de Cereais aumentou em quatro milhões de toneladas a sua previsão para a produção mundial de cereais em 2014/2015, desde a última informação, para situar-se num valor recorde de 2.006 milhões.
 
Este aumentou é absorvido na sua totalidade pelo crescimento previsto do consumo, sobretudo nos sectores das rações e usos industriais, com os preços baixos a estimularem a procura. Como consequência, a projecção para as existências mundiais apenas passaram por uma mudança, situando-se agora em 431 milhões de toneladas, um aumento anual de 29 milhões e o resultado mais elevado desde meados dos anos 80.
 
A maioria das culturas passam por um bom desenvolvimento e prevê-se que a produção mundial de trigo em 2015/2016 seja de 705 milhões de toneladas, com uma descida anual de dois por cento. A projecção inicial do Conselho para a produção de milho em 2015/2016 contempla uma queda de cinco por cento para 938 milhões de toneladas.
 
Para a produção mundial de arroz as previsões apontam para uma ligeira descia em 2014/2015, em relação ao recorde da campanha anterior, para situar-se em 474 milhões de toneladas. Tendo em conta o aumento previsto do consumo, a projecção para as existências mundiais no final caiu para 101 milhões de toneladas, o seu nível mais baixo em cinco anos e a descida anual da ordem dos oito por cento reflecte uma queda notável nos principais exportadores, nomeadamente, a Tailândia e a Índia. A previsão para o comércio em 2015 aumentou ligeiramente, ainda que inferior dois por cento ao recorde do ano passado, ao diminuir as entregas à Ásia.
 
Com as boas perspectivas na América do Sul, sobretudo na Argentina, a previsão para a produção mundial de soja em 2014/2015 aumentou para um novo máximo de 315 milhões de toneladas, uma subida anual de 11 por cento.
 
O Índice de Cereais e Oleaginosas do CIC perdeu cerca de três por cento desde a última informação. A ampla oferta mundial a pressionar os preços do trigo e milho, mas os da soja foram apoiados pela procura da China e também por uma certa preocupação perante o atraso da colheita e os problemas logísticos no Brasil.  
 
Fonte: Agrodigital

Sem comentários:

Enviar um comentário