sábado, 8 de fevereiro de 2014

Agricultura e indústria nunca empregaram tão poucas pessoas

Transformação tecnológica e mecanização é uma das causas apontadas para esse declínio

Tarefas agrícolas têm vindo a ser mecanizadas
Mecanização agrícola retira mão de obra
D.R.
08/02/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Os portugueses estão mais longe da agricultura e da indústria. Em 2013, estes dois setores tiveram o nível de emprego mais baixo desde que o Instituto Nacional de Estatística iniciou as séries, há 15 anos.
Vamos aos números: a agricultura empregou no ano passado 448 mil pessoas, menos 180 mil em relação a 1998. A indústria transformadora absorveu 732 mil trabalhadores, menos 405 mil do que há 15 anos. Já no comércio, a redução foi mais suave, de 2,3%.
Foi o comportamento agrícola que suscitou alguma surpresa, e reações díspares também. Do lado dos agricultores, João Dinis, da CNA, reportando-se à perda de 53 mil empregos no 4.0 trimestre de 2013 (face ao homólogo de 2012), considerou que os números contrariam o discurso de "oásis" do Governo, lamentando a "verdadeira destruição do setor primário".
O Ministério da Agricultura contrapôs: "Menos emprego [que também atribui à entrada dos agricultores na reforma], não é sinónimo de diminuição de crescimento da atividade", mostrando que o setor, em 2013, cresceu 4,8%, em volume; as exportações subiram 9,3%, de setembro a novembro; e a produtividade do trabalho cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.
Luís Mira, da CAP, sublinhou que o setor vive uma "transformação muito profunda, no sentido da mecanização, de que resulta menos mão de obra", embora assinale haver atividades para as quais ainda não há máquinas, e que contribuem para o aumento sazonal do emprego.
O presidente do Instituto Superior de Agronomia, Carlos Noéme, também referiu que "o setor vive uma transformação estrutural e tecnológica muito profunda , que foi acelerada pela crise". Acentuou que a produção agrícola e agroalimentar estão a aumentar, bem como as exportações. "É um fenómeno natural haver um nível tão baixo de emprego na agricultura", admitiu.
Terciarização
No caso da indústria transformadora, a diminuição do emprego, enquadrada no longo prazo, "é consistente com o fenómeno de terciarização, transversal às economias desenvolvidas, desde os anos 60", explicou Sandra Silva, professora da Faculdade de Economia do Porto. "Essa evolução, que acompanha o progresso tecnológico, traduz-se na perda de importância da indústria e da agricultura na estrutura do emprego, com aumento do peso dos serviços". Além disso, assinala que, "em 2013, houve mais horas trabalhadas, o que indicia que as empresas dispensaram os precários e, para responder à procura, terão sido os outros empregados a trabalhar mais tempo".

Como se vê e nos dói a agricultura portuguesa não é um "oásis" !


Dura realidade contraria a propaganda governamental

Segundo os dados do INE, caiu em cerca de 53 mil o número de empregos no sector da Agricultura, Florestas e Pescas no 4º trimestre de 2013, face ao período homólogo, e decresceu quase 8 mil quando comparado o ano de 2013 com o ano de 2012.

Estes valores vêm contrariar o discurso do Governo em que o sector agro-alimentar tem sido um "oásis" criador líquido de emprego, e em que há uma inversão nas políticas de verdadeira destruição do sector primário, em Portugal.

A CNA não pode deixar de associar estes valores negativos :

- Às novas imposições fiscais para o sector agrícola, que vêm provocando o abandono da actividade por parte de muitos Agricultores;

- Ao desinvestimento público que tem ocorrido por via da redução da comparticipação nacional no PRODER (principal programa de investimento público na agricultura) que no total e entre 2012 e 2015 deverá rondar os 300 milhões de euros em sucessivos "cortes" orçamentais;

- À destruição e degradação dos serviços do agora MAM prestados aos Agricultores e aos "cortes" brutais nos apoios exclusivamente provenientes dos Orçamentos de Estado nacionais que levaram a que o orçamento do Ministério da Agricultura tenha sido reduzido em cerca de 50%, entre 2005 e 2014.

Tudo isto associado à política "de austeridade" com agravamento generalizado de impostos sobre os rendimentos, encerramento de serviços públicos, com principal gravidade no interior do País, entre outras más consequências.

A CNA mais uma vez alerta para a destruição de postos de emprego na Agricultura onde, aliás, eles mais escasseiam, ou seja, no Mundo Rural.

A CNA reafirma que a estratégia do Governo para combater o défice público, não combate as razões estruturais que lhe estão por detrás, mas pelo contrário, só as tem vindo a agravar.

CONCENTRAÇÃO NACIONAL DA CNA E FILIADAS EM LISBOA - INÍCIO DE ABRIL
Por tudo isto e mais ainda, a CNA irá realizar uma grande CONCENTRAÇÃO NACIONAL, em Lisboa, no início do próximo mês de Abril.
Em defesa da nossa Agricultura e do Mundo Rural Português !
Coimbra, 7 de Fevereiro de 2014 // A Direcção da C N A

Cinquenta toneladas de enchidos na festa do concelho de Vinhais


Lusa
18:44 Sexta feira, 7 de fevereiro de 2014

Vinhais, 07 fev (Lusa) -- A vila de Vinhais, no Nordeste Transmontano, vive este fim-de-semana a maior festa do concelho em torno da feira dos tradicionais enchidos que promete escoar cerca de 50 toneladas de fumeiro até domingo.

Presunto, alheira, linguiças ou presunto são os atrativos durante quatro dias em que o número de visitantes é sete vezes superior aos dez mil habitantes movidos pelo fumeiro que representa um negócio anual de seis milhões de euros e 300 postos de trabalho, de acordo com a responsável pelo certame, Carla Alves.

O certame tem pela primeira vez uma exposição de homenagem ao porco bísaro, a raça autóctone protegida responsável pela carne que distingue este fumeiro transmontano também ele com Indicação Geográfica Protegida.


Índice global de preços da FAO cai 1,3% em janeiro


Posted on 7 de Fevereiro de 2014 | Leave a comment
alimeIndicador recuou pressionado por cotações mais baixas de cereais, açúcar, óleos e carne.

O índice global de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) caiu em janeiro pela primeira vez em três meses. O índice alcançou 203,4 pontos no mês passado, representando uma queda de 4.4% ante o mesmo mês de 2013 e um recuo de 1,3% ante dezembro passado. Conforme a FAO, o indicador recuou pressionado por cotações mais baixas de cereais, açúcar, óleos e carne, o que mais que compensou a alta no leite.

O economista da FAO, Abdolreza Abbassian, informou, stravés de um comunicado, que o mundo está constatando preços mais baixos dos alimentos por causa da oferta ser elevada. No entanto, as previsões de aumento na procura, em particular com o aumento no ritmo de importação da Ásia, pode limitar o declínio registado.

McDonald´s espera chegar ao milhar de peças de fruta oferecidas com campanha "Sexta a Trincar"


Posted on 6 de Fevereiro de 2014 | Leave a comment
Fruta-con-o-sin-pielA McDonald´s comemora dois anos da campanha “Sexta a Trincar”, uma iniciativa que consiste na oferta de uma peça de fruta na primeira sexta-feira de cada mês com o menu “Happy Meal”. Até ao final do presente ano a instituição prevê chegar a um valor superior a 1 milhão de peças de fruta oferecidas.

O objetivo desta campanha é sensibilizar os mais novos para a importância do consumo de frutas e vegetais e conta com a parceria da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN).

Com início em fevereiro de 2012, no âmbito desta campanha foram já oferecidas mais de 650 mil peças de fruta nos últimos dois anos. Até final de 2014, a McDonald’s conta oferecer mais de 350 mil peças de fruta perfazendo cerca de um milhão de unidades nos primeiros três anos do projeto.

Novas normas da FAO para bancos de genes

 31-01-2014 
 

Uma nova publicação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) pretende melhorar a conservação das culturas alimentares, muitas das quais são cruciais para a segurança alimentar e nutricional a nível mundial.

O documento “Normas para bancos de germoplasma de recursos genéticos para a alimentação e a agricultura define as normas voluntárias internacionais para os diversos armazéns, ou seja, bancos de germoplasma , que em todo o mundo conservam as sementes e outros materiais utilizados para reproduzir as plantas, assim como as plantas vivas locais.

Mais de sete milhões de amostras de sementes, tecidos e outros materiais de reprodução vegetal de culturas alimentares, junto com os seus parentes silvestres, estão protegidos em cerca de 1.750 bancos de germoplasma.

As normas estão projectadas para orientar os utilizadores na aplicação das tecnologias e procedimentos mais adequados para a compilação, conservação e documentação da diversidade das culturas. As amplas aplicações também são compatíveis com a investigação que pode travar a perda de biodiversidade e impulsionar a sustentabilidade na agricultura, condições necessárias para alimentar uma população mundial que se espera que ultrapasse os nove mil milhões de pessoas em 2050.

Os bancos bem geridos permitem preservar a diversidade genética e torná-la disponível aos criadores e outros cientistas, que podem utilizar os mesmos e partilhar variedades melhoradas, incluindo aquelas adaptadas a condições agroecológicas especificas.

«Enquanto a população mundial cresce e continua a enfrentar uma ampla variedade de desafios climáticos, ambientais e de outro tipo, manter uma saudável variedade de sementes e outros recursos genéticos em benefício das pessoas em todos os países será essencial para desenvolver sistemas agrícolas e alimentos sustentáveis e resistentes através de várias gerações», assegurou Ren Wang, subdirector geral da FAO.

Por seu lado, a secretaria da Comissão intergovernamental da FAO, Linda Collette, assinalou que «os bancos de genes ajudam a ligar o passado e o futuro, afirmando a contínua disponibilidade de recursos genéticos para a investigação e para a obtenção de novas variedades que satisfaçam a evolução das necessidades dos consumidores e as mudanças climáticas. Permite conservar e melhorar os recursos em questão e também ajudam os países a partilhar e trocar recursos genéticos entre eles».

A publicação da FAO foi preparada sob a Direcção da Comissão de Recursos Genéticos para a Alimentação e a Agricultura, que em 2013 aprovou e instou a adopção universal das normas internacionais para a conservação em bancos de sementes, de germoplasma e criopreservação de tecido vegetal.

Estas regras nºao vinculantes abordam uma ampla gama de questões, incluindo técnicas de colheita de amostras, etiquetagem homogénea, a protecção contra fungos, bactérias, pragas e factores de estresse físico, as provas de viabilidade e integridade genética e o desenvolvimento de estratégias para a rápida multiplicação das amostras para a sua distribuição.

Os bancos de genes do mundo são muito diferentes no que diz respeito ao tamanho das suas colecções e em recursos humanos e financeiros de que dispõem. As normas apoiam os seus responsáveis a alcançar um equilíbrio entre os objectivos científicos, os recursos disponíveis e as condições objectivas de trabalho.

Os especialistas da FAO realizaram consultas a vários associados, entre os quais do Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional, uma associação mundial que investiga em 15 centros de todo o mundo, em particular Bioversity International, os responsáveis de bancos de genes, instituições académicas e de investigação e os coordenadores nacionais para os recursos genéticos para a alimentação e a agricultura.

As normas destacam a importância de conservar e partilhar o material em conjunto com a documentação relacionada em linha com as normas nacionais e internacionais. São uma ferramenta importante na implementação do Tratado Internacional sobre os Recursos Genéticos para a Alimentação e a Agricultura e o Segundo Plano de Acção Mundial para os Recursos Genéticos para a Alimentação e a Agricultura, que apoiam os países na conservação e uso sustentável da diversidade agrícola.

Fonte: Agrodigital

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Operação "Azeitona Segura" apreende mais de 16 mil quilos de azeitona


Mais de 16 mil quilos de azeitona apreendidos e 53 pessoas detidas foram o resultado da operação "Azeitona Segura", que a GNR levou a cabo para prevenir o furto daquele produto agrícola, revelou ontem a Guarda Nacional Republicana.

A operação decorreu em todo o país entre 01 de novembro de 2013 e 31 de janeiro de 2014 e tinha como objeto a azeitona após ter sido colhida e antes de ser entregue nos lagares.

Para a "Azeitona Segura" foram destacados 11.678 militares, que realizaram 2.238 ações de fiscalização/sensibilização. Estas resultaram na detenção de 53 pessoas por furto de azeitona e na apreensão de 16.715,50 quilos de azeitona.

Foram ainda identificadas 382 pessoas, detetados 32 crimes e registadas 232 contraordenações.

Segundo a GNR, o furto de azeitona "tem um grande impacto económico para os proprietários das explorações".

"Com esta operação, para além da prevenção da criminalidade, pretendeu-se aumentar o sentimento de segurança e a confiança do público-alvo, necessárias para o desenvolvimento das suas atividades agrícolas", lê-se no comunicado.

Só em Portalegre, foram detidas 40 pessoas por apanha ilegal de azeitona. Em comunicado, o comando territorial de Portalegre da GNR explicou que se registaram 18 crimes, no âmbito dos quais foram detidas 40 pessoas, tendo sido apreendidos 13.909 quilos de azeitona. Além das detenções, a Guarda identificou ainda 27 pessoas por suspeita da prática de furto de produtos agrícolas. De acordo com a força de segurança, os homens são a maioria dos detidos (26), com idades entre os 19 e os 65 anos, tendo sido ainda identificado um menor, de 15 anos, por suspeita de furto. A "grande maioria" dos detidos, mais precisamente 29 pessoas, tem nacionalidade portuguesa, refere a GNR, acrescentando os suspeitos residem, sobretudo, nos concelhos de Elvas e Campo Maior, onde ocorreu a maioria dos furtos.

Fonte: Dinheiro Digital; Radio Renascença
Publicada: 05-02-2014 10:00

Eurodeputados exigem redução de 40 por cento das emissões de CO2 para 2030

 06-02-2014 
 
O Parlamento Europeu (PE) adoptou uma resolução na qual pede uma redução de 40 por cento nas emissões de dióxido de carbono (CO2), 30 por cento de energias renováveis e cerca de 40 por cento de melhoria da eficiência energética para 2030.
 
Os eurodeputados consideram que estes objectivos devia ser vinculados através de outros nacionais individuais em função da situação de cada Estado-membro e o seu potencial. Por outro lado, criticam algumas das recentes propostas climáticas da Comissão, ao considerar que carecem de amplitude de visão e ambição.
 
O documento aprovado pelo parlamento pede ao Executivo comunitário e aos Estados-membros que estabeleçam objectivos concretos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 40 por cento em relação aos níveis de 1990. O PE também aposta numa melhoria de eficiência de 40 por cento, em conformidade com a investigação sobre economia energética. Finalmente, os eurodeputados pedem um compromisso para produzir em 30 por cento o consumo energético a partir de fontes renováveis.
 
«O preço da energia afecta gravemente as empresas, a indústria e, mais concretamente, os cidadãos europeus. Se queremos reduzir as nossas importações e energias devemos produzir mais na Europa, através de uma melhor e mais eficiente uso dos recursos», assegurou a eurodeputado Anne Delvaux, da Comissão do Ambiente. «Uma ampla variedade energética e maior eficiência será a melhor opção para reduzir as emissões de gases com efeito de estuda, impulsionar as novas tecnologias e inovação, criar emprego e economias mais “verdes”».
 
«Este resultado não é satisfatório. Prometemos nós mesmos, aos europeus e indústria europeia que esta nova política climática será realista, flexível e rentável. Trata-se de uma boa disposição. Assim, não é realista que dobremos os objectivos de emissões após 2020. Isto representa uma via para reduzir a competitividade da indústria europeia», afirmou o também eurodeputado polaco, Konrad Szymanski, da Comissão da Indústria.
 
Konrad acrescentou que «a adopção destes objectivos antes das negociações de Paris de 2015 é um erro. Não devemos lançar cartas antes dos nossos parceiros dizerem o que realmente pensam. Os objectivos a vincular sobre renováveis e eficiência energética não são uma solução flexível e sabemos bem que os Estados-membros e os sectores individuais têm capacidades distintas».
 
A resolução chega após a publicação em Março de um libro verde da Comissão sobre as políticas climáticas e energéticas para 2030, que vinham substituir o actual quadro. O Executivo apresentou as suas propostas a 22 de janeiro, cujas metas menos ambiciosas contaram com o ceticismo dos eurodeputados que expressaram a sua preocupação sobre as mesmas.
 
Fonte: Agrodigital


Alemanha pode ser base para as exportações agrícolas portuguesas

Assunção Cristas quer que Alemanha seja rampa de lançamento para o crescimento das exportações portuguesas de frutas e legumes.
Vitor Andrade, em Berlim
12:01 Quinta feira, 6 de fevereiro de 2014

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, encontrou-se ontem com o seu homólogo alemão, em Berlim, para lhe dizer que o sector agroindustrial português está mais forte que nunca e que está disponível para exportar mais, não apenas para a Alemanha, mas também para o resto dos países do norte da Europa.

Assunção Cristas e Hans-Peter Friedrich estiveram reunidos em Berlim, no pavilhão de Portugal presente na Fruitlogistica - o maior evento do sector a nível mundial.

Na mesma ocasião a ministra da Agricultura aproveitou para fazer lóbi político para que Portugal seja o país parceiro deste evento, já em 2015.

"Isso significa que, nessa posição, a imagem de Portugal será projetada durante três dias em toda a cidade de Berlim e que, no decorrer da Fruitlogistica, nos será estendida a passadeira vermelha a todos os grandes compradores mundiais de frutas e legumes, desde as grandes cadeias de distribuição aos maiores operadores logísticos", explica Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, marca chapéu que congrega algumas dezenas de empresas do sector das frutas, legumes e flores.

Em última análise, "poderemos estar a dar um enorme contributo às exportações do sector", que já rondam os mil milhões de euros anuais, diz Assunção Cristas.

Nunca existiram tão poucos trabalhadores na agricultura


Publicado hoje às 07:04

Agricultura voltou a perder empregos em 2013. O ano acabou com menos 50 mil trabalhadores neste setor que em igual período do ano passado.
 

Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».
O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.
O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que os resultados apurados pelo INE são claros e desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo. João Dinis considera que a culpa é do Executivo e das políticas que tem seguido, dando como exemplo a carga tributária.
Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.
O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).
Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).
A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).
A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.
Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.
Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.
Nuno Guedes

Comissão Europeia apela à Rússia negociações construtivas sobre a questão do embargo russo às exportações de suínos da UE


No dia 24 de Janeiro foi detectada a Peste Suína Africana (PSA) em dois javalis no sul da Lituânia, numa zona que faz fronteira com a Bielorrússia, tendo sido tomadas acções imediatas para evitar a propagação da doença a partir das áreas infectadas na Lituânia.

As últimas evidências científicas mostram que estes dois casos lituanos de PSA estão ligados às tentativas falhadas para controlar a presença prolongada de PSA nas regiões ocidentais da Rússia e da recente introdução da doença na Bielorrússia. Segundo disse o Comissário europeu para a Saúde, Tonio Borg, nenhuma informação ou evidência foi fornecida pelas autoridades russas sobre as medidas tomadas para conter o risco de propagação da doença para a UE.

A Rússia impôs restrições comerciais sem precedentes à exportação de suínos e carne de porco de todos os 28 Estados-Membros da UE, mesmo sendo a ocorrência da doença restrita a apenas uma área limitada da Lituânia. Estas restrições, além de terem um grave impacto económico para os operadores europeus, também são desproporcionais e contrárias aos princípios do comércio internacional, referiu Tonio Borg.

"Imposto há duas semanas pela Rússia, este embargo comercial continua a ser aplicado, apesar de ter pedido para me encontrar com o meu colega russo e de se estabelecerem conversações técnicas a alto nível. As tentativas de chegar a acordo sobre uma base de cooperação, que inclui a limitação da restrição do comércio apenas para a área infectada até agora, têm sido rejeitadas. Apelo mais uma vez à Federação da Rússia para se envolver em negociações construtivas sobre a questão tendo em vista encontrar uma solução satisfatória" declarou o Comissário.

Tonio Borg, pediu aos serviços da Comissão para explorarem com os especialistas russos o melhor caminho para garantir a aplicação imediata da regionalização e reiterou a sua disponibilidade para rapidamente viajar para Moscovo para alcançar uma solução amigável para retomar os fluxos de comércio.

Referiu ainda que, tendo em vista as garantias fornecidas, os esforços de vigilância e controle feitos e o excelente estado sanitário de todas as regiões não afectadas da UE, seria completamente desproporcional uma proibição.

Fonte:  Europa

Ambiente: A Comissão lança uma consulta sobre a forma como a UE pode combater o aumento exponencial do tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens

Comissão Europeia
Comunicado de imprensa

A Comissão lançou uma consulta pública sobre a forma como a UE pode ser mais eficaz no combate contra o tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens. A referida consulta constitui uma resposta ao recente aumento global do comércio ilegal da fauna e da flora selvagens, que atingiu agora níveis sem precedentes no que se refere a algumas espécies. Mais de 1000 rinocerontes foram caçados furtivamente na África do Sul em 2013, em comparação com 13 em 2007, por exemplo, e o corno de rinoceronte é agora mais valioso do que o ouro. A UE é o principal mercado de destino e um importante ponto de trânsito de produtos da fauna e da flora selvagens, desempenhando a criminalidade organizada um papel cada vez mais importante nesta matéria.

O Comissário responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik, declarou a este respeito: «A biodiversidade paga um pesado tributo ao tráfico de espécies selvagens e nós devemos encontrar os meios de acção mais eficazes. Esta consulta constitui um primeiro passo no sentido do que espero seja uma mudança importante na nossa abordagem.»

Cecilia Malmström, Comissária responsável pelos Assuntos Internos, declarou: «O tráfico de espécies selvagens gera enormes lucros para os grupos da criminalidade organizada internacional. A comunicação que adoptámos hoje estabelece o modo como todos os intervenientes podem trabalhar em conjunto para combater este tipo de criminalidade de forma mais eficaz.»

Durante a última década, a UE tem estado activa na luta contra o comércio ilegal da fauna e da flora selvagens, adoptando regras comerciais rigorosas sobre as espécies ameaçadas e prestando apoio em grande escala aos esforços no domínio da luta contra o tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens. Em África, a UE afectou mais de 500 milhões de EUR para a conservação da biodiversidade nos últimos 30 anos, com uma carteira de projectos em curso num valor de aproximadamente 160 milhões de EUR.

Os crimes contra as espécies selvagens são altamente lucrativos e as acções judiciais são raras. A procura crescente de produtos ilegais tem consequências devastadoras para um certo número de espécies já ameaçadas. A evolução da dimensão do problema suscitou questões sobre o modo como a UE pode ser mais eficaz na luta contra o tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens. Consequentemente, a Comissão pretende recolher o ponto de vista dos cidadãos sobre dez questões ligadas ao tráfico das espécies selvagens, nomeadamente a adequação do quadro actual, os instrumentos susceptíveis de reforçar os esforços actuais para fazer face ao problema, a forma como a UE, em especial, pode dar o seu contributo, melhorando os conhecimentos e os dados, bem como a possibilidade de reforçar as sanções.

As observações podem ser enviadas ao endereço http://ec.europa.eu/yourvoice/ até 10 de Abril de 2014.

Próximas etapas

Os resultados desta consulta e os resultados de uma conferência, a realizar em 10 de Abril de 2014, serão tidos em conta na revisão das actuais políticas e medidas da UE neste domínio, com vista a ajudar a UE a desempenhar um papel mais eficaz na resolução do problema.

Antecedentes

O tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens (o comércio transfronteiras ilegal de recursos biológicos retirados do meio selvagem, incluindo o comércio de madeira e de espécies marinhas) não é um fenómeno novo, mas a sua dimensão, natureza e impacto mudaram consideravelmente nos últimos anos.

O tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens tornou-se numa das actividades criminosas mais lucrativas transnacionais a nível mundial, impulsionada por uma forte e crescente procura de produtos da fauna e da flora selvagens, nomeadamente na Ásia. Os baixos níveis de sensibilização, o risco mínimo de detecção e o nível reduzido das sanções tornam esta actividade particularmente atraente para as redes da criminalidade organizada na UE e fora desta.

O número de elefantes africanos abatidos ilegalmente duplicou na última década, tendo os caçadores furtivos abatido, em 2012, 22 000 destes animais; a caça furtiva de rinocerontes cresceu exponencialmente na África do Sul, atingindo o preço do corno de rinoceronte o valor de 40 000 EUR por quilograma; a caça furtiva é igualmente responsável pela morte de 78 % dos tigres de Sumatra. O valor do osso de tigre ascende a 900 EUR por quilograma.

O tráfico de espécies selvagens priva numerosas populações de entre as mais marginalizadas do mundo, nomeadamente as comunidades indígenas, de importantes oportunidades de garantir meios de subsistência sustentáveis. As ligações entre este tipo de tráfico, a corrupção e os fluxos financeiros ilícitos, por exemplo através do branqueamento de capitais, comprometem o Estado de direito e a boa governação. Fomenta igualmente a instabilidade regional na África Central, onde alguns grupos de milícias utilizam as receitas obtidas com o tráfico de espécies da fauna e da flora selvagens para financiar as suas actividades. A biodiversidade é reduzida, o que constitui uma ameaça para a saúde de ecossistemas de importância vital.

Fonte:  Europa

"Faço do meu país o melhor para mim" arranca hoje

Campanha de notoriedade “Portugal Sou Eu”

A primeira grande campanha do “Portugal Sou Eu” arranca hoje, dia 7 de Fevereiro, nos meios rádio e imprensa, redes sociais e online, estendendo-se até o final do mês em mupies, banners, autocarros, metro, comboios, e televisão.

A campanha aposta no claim “Faço do meu país o melhor para mim”, evidenciando desta forma os propósitos económicos e sociais do projecto e a forte ligação afectiva dos consumidores aos produtos com incorporação nacional e produzidos em Portugal. Recorrendo a imagens fortes, baseadas em grandes planos de produtos emblemáticos para a nossa economia, aposta em tons quentes e suaves que remetem para um ambiente de modernidade e prosperidade que todos pretendemos prosseguir no futuro

Mas a campanha “Portugal Sou Eu” vai para além dos meios publicitários!

É uma campanha integrada que decorre também noutros suportes promocionais, como eventos de relações públicas, presença em feiras e congressos, debates em fóruns de discussão online e offline, acções em escolas, passatempos, depoimentos de líderes de opinião, programas televisivos, comunicação segmentada em redes sociais, e muitos outros.

Destaque para a rubrica “Portugal Sou Eu” no programa Imagens de Marca, que se irá manter de 3 em 3 semanas, num total de 13 emissões, promovendo marcas portuguesas que aderiram ao projecto e que representam exemplos de empreendedorismo no nosso país.

Meticulosamente estruturada de forma a impactar empresas e consumidores, a campanha promocional tem três grandes objectivos: captar aderentes para o projecto; sensibilizar o grande público para a escolha informada e para as vantagens sociais e económicas do consumo de produtos portugueses; dinamizar uma network comercial mais competitiva entre empresas nacionais.

Durante o ano de 2013 a iniciativa “Portugal Sou Eu” foi-se afirmando gradualmente através da presença em oito feiras regionais e nacionais, 27 seminários e workshops, eventos próprios ou de terceiros e acções pedagógicas em escolas, envolvendo activamente mais de 200 mil participantes.

No final do ano tinham sido qualificados para usarem o selo “Portugal Sou Eu” cerca de 1400 produtos de 200 empresas. No seu conjunto estas empresas representam um volume de negócios agregado de 800 milhões de euros e empregam cerca de 6 mil trabalhadores, numa dimensão média de 35 trabalhadores por empresa. Até à data, a esmagadora maioria dos produtos qualificados tem patentes e/ou marcas registadas e 76 por cento é do sector alimentar. Já estão registadas no portal www.portugalsoueu.pt mais de 830 empresas, cujos produtos estão em processo de qualificação.

Fonte:  Jervis Pereira

Vinhos: Quinta da Lixa é eleita PME Excelência 2013



A Quinta da Lixa, empresa produtora de vinhos verdes mais premiada da última década, foi distinguida esta tarde, no Europarque de Sta. Maria da Feira, como PME Excelência 2013, pela 1ª vez na história da empresa.

A empresa de vinhos verdes apresentou um crescimento do seu volume de negócios superior a 5% face a 2011, mais propriamente 10%, um dos critérios necessários para atingir o estatuto PME Excelência.

A Quinta da Lixa é uma das empresas mais consistentes da sub-região do Sousa, com 74ha de produção própria e com um volume de vendas que ultrapassou os 4 milhões de garrafas em 2013, sendo que 50% diz respeito a exportação.

Com o intuito de dar resposta à procura de mercado nacional e internacional, a empresa, em 2013, finalizou um investimento de €4M numa nova linha de produção (€2,7M) e de uma nova propriedade agrícola (€1,3M).

As PME Excelência são seleccionadas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, com base no universo das PME Líder e têm que cumprir alguns critérios específicos, nomeadamente de âmbito financeiro.

Associadas a este estatuto, que tem a validade de um ano, estão condições de maior facilidade no acesso ao crédito, melhores condições de financiamento e de aquisição de produtos ou serviços, facilitação na relação com a banca e a administração pública, e um certificado de qualidade na sua relação com o mercado.

Fonte:  PressMedia


Carne de falso porco preto alentejano continua a invadir supermercados e restaurantes

CARLOS DIAS 07/02/2014 - 07:40

Criadores de suínos do Alentejo e Algarve reclamam do Governo a publicação de normativo para travar a permissividade que prevalece na rotulagem dos produtos colocados no mercado.

As duas associações de criadores de suínos que representam centenas de produtores no Alentejo e Algarve, reclamam do Governo a publicação de um normativo que estabeleça os critérios da rotulagem dos produtos derivados do porco preto alentejano. Luís Bulhão Martins, presidente da Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano (ANCPA) considera ser esta a única forma de colocar termo a uma "concorrência desleal e enganosa que afecta sobretudo o consumidor". É por isso que as duas associações de criadores de suínos que representam centenas de produtores no Alentejo e Algarve reclamam do Governo a publicação de um normativo que estabeleça os critérios da rotulagem dos produtos derivados do porco preto alentejano.

Nuno Faustino, presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) faz alerta idêntico. Na situação actual "ninguém pode garantir" que a carne vendida ao consumidor "seja de porco preto alentejano" observa.

Com efeito, "não existe nada que regulamente" a actividade na fileira, condicionada por um crescendo de situações anómalas. O facto é que a carne de porco preto alentejano está praticamente arredada do mercado nacional devido à imbatível concorrência espanhola. A alternativa está na produção do porco alentejano puro que vai em grande parte para o fabrico de presuntos em Espanha. Nuno Faustino adianta que "a sua qualidade é de tal forma elevada que os espanhóis compram mais de 90 por cento da produção feita pelos associados da ACPA".

"Com tanto produto de porco preto que há por aí" à venda, e numa altura em que se assiste a uma redução significativa de explorações em Portugal e até em Espanha, "nunca se sentiu a falta de carne" no consumidor e a preços acessíveis, o que suscita suspeitas. Acresce ainda o facto de poder ser vendida sem qualquer controle, porque "não há legislação para a actividade, nem fiscalização" afiança Nuno Faustino.

O suíno tipicamente alentejano "está a ser substituído por um produto barato, de qualidade inferior, que dizem ser porco preto, mas nada tem a ver, e não dá hipóteses à produção alentejana de chegar ao mercado", sobretudo a restaurantes e grandes superfícies comerciais, sustenta o presidente da ACPA.

Assim se explica que, de 2011 até ao presente, já só existam metade das cerca de 300 explorações de suínos que antes existiam em todo o Alentejo.

Ou seja, no sul do país criavam-se porcos pretos cruzados com pelo menos 50 por cento de genética do porco alentejano puro e o restante com o porco Duroc de origem americana. Mas, além dos custos de produção serem mais elevados que em Espanha, subsiste ainda outra questão de fundo: Criar um porco preto alentejano com a matriz geneológica que o caracteriza (50% porco Alentejo puro e 50% Duroc) demora no mínimo um ano. Os espanhóis "fabricam-no em 7/8 meses.

Na melhor das hipóteses, as carcaças dos suínos colocados em Portugal "nem 25 por cento de porco ibérico terão". O suíno que é designado em Espanha de porco ibérico é "baptizado" em Portugal de porco preto alentejano quando na realidade não obedece aos mesmos critérios a que os criadores nacionais são obrigados.

Só a regulamentação da actividade e um relacionamento comercial com os produtores espanhóis baseada em regras previamente estabelecidas, pode "travar a actividade de pessoas que adulteram" as condições de produção tornando-as mais baratas, para "ganhar uma margem de rentabilidade que não lhe é devida" realça por seu turno Bulhão Martins, defensor de uma norma que "proteja o consumidor de ser enganado com a história do porco preto".

Já existe um projecto de portaria que neste momento estará para consulta em Bruxelas, que vai definir as regras de produção e comercialização do porco preto. A sua publicação pode vir a ter lugar "dentro de dois meses" confia o presidente da ACPA.

Do que já está acordado entre o secretário de Estado da Alimentação e da Indústria Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, as duas associações de criadores e a indústria transformadora, o porco preto pode ser criado em regime intensivo e em espaço fechado, mas também em extensivo, no campo. O rótulo que acompanhará os produtos clarificará a diferença para o consumidor.

A classificação de porco preto será atribuída aos suínos que resultarem de cruzamento. Na sua caracterização genética terá de haver, no mínimo, 50 por cento de porco alentejano. Na aceitação destes parâmetros por parte dos criadores, fez-se sentir "a pressão das indústrias de transformação" ao exigirem a produção em intensivo, em meio fechado, com o argumento de que o campo "não teria condições" para produzir todos os porcos pretos necessários para alimentar as indústrias de salsicharia e enchidos.

As associações de criadores acederam, mas exigiram a produção do porco preto em regime extensivo, no campo, entre porco alentejano fêmea e Duroc macho.

Nuno Faustino realça as enormes potencialidades oferecidas por cerca de 160 mil hectares de montado que existem no Alentejo, elemento determinante na criação do porco alentejano puro fundamental para a produção de presunto, assim como para o porco preto alentejano que fornece as indústrias de carne fresca e de enchidos.


Vêm a Portugal para estudar regiões vitivinícolas e começam pelo Douro

Organização Internacional da Vinha e do Vinho traz alunos de mestrado a Portugal

10 a 14 de fevereiro

Chegam ao Porto, ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) no dia 10 de fevereiro, segunda-feira, às 09h00, 11 estudantes de cinco países que frequentam o mestrado da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) em “Wine Management”. A visita a Portugal faz parte do programa do mestrado e é no IVDP que tudo começa com uma visita e sessão de apresentação e boas-vindas com o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), coordenador do Comité Nacional da OIV em Portugal, a ViniPortugal e IVDP. Do IVDP seguem para o Douro, onde vão conhecer in loco a realidade vitivinícola, estabelecendo contacto com produtores da região. De regresso ao Porto visitam as caves de vinho do Porto, para depois seguirem para outras regiões vitivinícolas portuguesas. Com 26 anos de existência, este mestrado tem como missão “formar futuros decisores na área dos vinhos ao nível internacional”. Em 18 meses, os estudantes passam por 24 países, mais de 30 universidades em todo o mundo, numa formação em que intervêm mais de 500 profissionais. O IVV é parceiro português da OIV e responsável pelo acompanhamento desta visita a Portugal. Os estudantes, entre os quais está um português, ficam no país até 14 de fevereiro.
 
Para o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, “a passagem desta reconhecida formação internacional pela Região Demarcada do Douro e pelo Porto é um reflexo natural do prestígio da região no setor ao nível mundial”.
Depois do Douro, o grupo de estudantes provenientes de França, China, Holanda Espanha e Portugal, segue para as caves de vinho do Porto em Gaia de onde rumam ao Alentejo, Coruche e Setúbal.
 
Sobre o OIV MSc em Wine Management

Criado em 1986 como apoio da OIV, que identificou a necessidade de um programa de formação internacional de alto nível e específico para o setor vitivinícola, o mestrado em Wine Management da OIV (MSc em Wine Management) prepara os estudantes para as decisões de gestão próprias do setor da vinha e do vinho (gestão, economia, comunicação, direito, recursos humanos, comunicação…).

fonte: MEDIANA

 

3º Concurso Universitário CAP - Cultiva o Teu Futuro

Mapa com zonas de restrição por doença de Língua Azul na UE

06-02-2014 
 


 
Dentro da União Europeia, actualmente existem áreas restritas pela doença da Língua Azul em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Malta, Chipre e Reino Unido.
 
A última actualização do mapa de delimitação das zonas com restrições foi publicada, segundo a zona e serotipo.
 
 
Fonte. Agrodigital


Bruxelas debate proposta de regulamento de promoção de produtos agro-alimentares

06-02-2014 
 


 
A Europa encontra-se em plena negociação de uma reforma do regulamento para a promoção de produtos agro-alimentares, tanto no mercado interno como externo.
 
Sob o lema “Desfrute, vem da Europa” (Enjoy, it’s from Europe) a Comissão Europeia pretende ajudar os profissionais do sector a aceder aos mercados, tanto internos como de países terceiros, de forma a sensibilizar os consumidores sobre a qualidade dos produtos europeus.
 
O novo regulamento prevê um orçamento de 200 milhões e euros para 2020, frente aos 61 milhões de euros em 2013. Os programas apresentados podem ser co-financiados pela Comissão Europeia (CE) até 60-75 por cento no caso de projectos a desenvolver em países terceiros.
 
O co-financiamento do Estado-membro, entre 20 e 30 por cento, foi tema de debate em sede do Copa-Cogeca sobre a obrigatoriedade ou não para que os programas concorram em iguais condições de mercado, o que, pelo contrário, atrasava o processo de selecção de programas mais lento que se a Comissão fosse o único filtro dos programas.
 
A lista de produtos agro-alimentares aumentou, em particular a dos transformados sob os sistemas europeus de qualidade como denominações de Origem ou Indicações Geográficas Protegidas
 
Em relação ao vinho, mantém-se o sue próprio programa de apoio sendo autorizado surgir com outro produto listado, como por exemplo, o queijo. Na opinião da ASAJA Córdoba, não deveria incluir-se produtos transformados com matérias-primas não europeias.
 
A listagem de beneficiário aumentou para integrar Organizações de Produtores (OP) e Interprofissionais para a apresentação de projectos simples, ou seja, que envolvam apenas o mercado interno ou multinacionais que incluam países terceiros.
 
A ASAJA participou na reunião do Copa-Cogeca, onde ficou definida a posição dos produtores e cujo resultado passou para o Grupo consultivo da Direcção Geral de Agricultura da Comissão Europeia, onde também participou a organização agrícola de Córdoba.
 
Fonte: Agrodigital

Maior protecção para os trabalhadores sazonais


Fevereiro 06
14:49
2014

O Parlamento Europeu aprovou na sua sessão plenária, em Estrasburgo, com 498 votos a favor, 56 contra e 68 abstenções, uma proposta que visa dar melhores condições de trabalho aos trabalhadores sazonais que vêm de países terceiros.

No rascunho da futura lei, os empregadores são responsáveis por fazer contratos de trabalho, com todos os detalhes sobre o tipo de trabalho, horário e remuneração. Foram, também, aprovados a definição da idade mínima e as condições mínimas de despesas sociais, o salário, o horário de trabalho, as  férias, as condições para despedimento e a segurança no trabalho. Os empregadores têm, também, de suportar os custos de deslocação e seguro de saúde e obrigam-se a dar condições iguais às dos trabalhadores locais.

Os estados membros devem fixar a duração máxima de permanência desses trabalhadores, que deve ser de 5 a 9 meses por cada período de 12 meses, a partir dos quais será preciso fazer novos contratos de trabalho.

Preparação dos novos programas de desenvolvimento rural

Fevereiro 06
14:21
2014

Após a aprovação formal da nova Política Agrícola Comum (PAC), os estados membros têm até 1 de Maio para enviar à Comissão Europeia os documentos relativos à definição de estratégias, prioridades e disposições relativas à utilização de fundos comunitários do programa de desenvolvimento rural.

Após a aprovação dos produtos dos diferentes estados membros, estes têm três meses para enviar à Comissão os seus programas definitivos de desenvolvimento rural.

A nova PAC obriga os estados membros a elaborar os seus programas, contemplando pelo menos quatro das seis prioridades definidas, cabendo aos estados membros definir as suas prioridades.

Neste contexto, o  Comissário Ciolos, falando num seminário organizado pelo “Réseau Europeen du Développement Rural”, exortou os países a fazerem programas simples, fugindo à burocracia, para serem mais fáceis de utilizar pelos agricultores.

Bruxelas desvaloriza relatório sobre a toxidade dos pesticidas


Fevereiro 05
13:38
2014

A Comissão Europeia desvalorizou um relatório francês sobre a toxidade dos pesticidas, afirmando que não há motivos para alarmes. Este estudo, levado a cabo pelo biólogo Gilles-Éric Séralini, tenta mostrar que os excipientes usados nos pesticidas e que usualmente são considerados inertes e, portanto, não são analisados, potenciam as toxidades desses produtos.

Em casos extremos, o estudo chega à conclusão que há excipientes que multiplicam por 1000 a toxicidade do princípio activo e, que em muitos casos, a toxicidade do pesticida indicado no rótulo está longe da realidade.

O porta-voz da Comissão diz que este estudo não traz nada de novo e que não seguiu os procedimentos científicos correctos. Os estudos de Séralini já tinham sido postos em causa, quando publicou um ensaio em ratos sobre o efeito de um milho OGM da Monsanto resistente aos glifosatos, que motivou forte reacção daquela multinacional, argumentando que não tinham sido cumpridos os procedimentos científicos correctos , o que levou à retirada do artigo da revista onde tinha sido publicado.

Abandono da agricultura em 2013 foi o maior de sempre


Publicado hoje às 07:04
Nunca como no último ano tantas pessoas abandonaram o trabalho na agricultura. Em comparação com 2012, foram 50 mil os que voltaram as costas ao mundo rural.
Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».
O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.
Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.
O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).
Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).
A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).
A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.
Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.
Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.

Wine Spectator dá 98 pontos ao Pintas

 201128 Janeiro, 2014 05:37 | Revista de Vinhos

A mais conhecida revista americana acabou de dar a mais alta pontuação de sempre a um vinho não-generoso português. O duriense Pintas 2011 detém neste momento o recorde, com 98 pontos. Mas as boas notícias não acabam aqui...

Jorge Serôdio Borges e Sandra Tavares da Silva são marido e mulher e têm certamente muita coisa para celebrarem. Agora têm mais uma: o seu vinho tinto Pintas, da colheita de 2011, acabou de receber 98 pontos na revista americana Wine Spectator. Esta pontuação é a mais alta dada por esta revista a um vinho não-generoso português; o anterior máximo estava na posse do Quinta do Vale Meão 2004, com 97 pontos (veja o próximo painel da Revista de Vinhos de Fevereiro, dedicado aos tintos com dez anos, onde este vinho entrou). Curiosamente, mesmo esta pontuação foi igualada pela Meão e pelo Chryseia de 2011, todos tintos do Douro. O Quinta do Vallado Field Blend Reserva ficou logo atrás, com 96 pontos.

A fonte desta noticia é uma newsletter da própria Wine Spectator, que faz uma antevisão do que irá surgir no site e na revista impressa. Como tal, não detalha as circunstâncias da prova mas suspeitamos que se trata de um painel de tintos do Douro de 2011, à semelhança do que a revista fez com os Porto Vintage 2011, pontuados de forma ainda mais magnífica (veja aqui). Os vinhos foram provados por Kim Marcus, o provador da revista americana que avalia vinhos de Portugal (e não só...).

Só como referência - e vale o que vale - mas nos últimos 12 meses, só 33 vinhos conseguiram esta pontuação ou superior. Falamos de TODOS os vinhos provados pela Wine Spectator, qualquer que seja a proveniência ou estilo; e estamos a falar de um leque certamente bem superior à dezena de milhar de vinhos. Note-se ainda que esta revista, tal como muitas outras de diversos países, consegue provar muitos vinhos que nunca vão entrar em qualquer concurso, por mais prestigiado que seja. O exemplo mais evidente é o Penfolds Grange de 2008, o mais mítico dos vinhos australianos, que foi o único a conseguir, durante o ano passado, a pontuação perfeita (100 pontos) na revista americana. Só por curiosidade, podemos referir ainda que, de todos os vinhos espanhóis provados por esta revista desde sempre, só um conseguiu uma pontuação superior: um Marques de Riscal de 1945, com 99 pontos; de resto, três vinhos espanhóis conseguiram 98 pontos, mas todos bastante antigos: o Marqués de Murrieta de 1898 (!), e os Marqués de Riscal de 1924 e 1964.

Estas pontuações confirmam à saciedade a excelência da colheita de 2011 no Douro, tantos nos tintos como no Vinho do Porto. Mas poderá ainda marcar uma pequena viragem dos críticos internacionais em relação aos vinhos portugueses não generosos, muito carecidos da atenção e notoriedade.

Execução do PRODER




Encontra-se disponível, no Portal do PRODER, informação respeitante à Execução Financeira do PRODER, reportado a 31 de dezembro de 2013:

Mapa de Execução mensal do PRODER, por Subprograma;

Mapa de Execução por Medidas/Ações do PRODER;

Mapa por Região da Execução PRODER, por Medidas/Ações.

Estão também disponíveis os Relatórios Anuais de Execução do PRODER, de 2007 a 2012.

Pastagens permanentes


Fevereiro 05
16:09
2014

Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso

As áreas classificadas como pastagem permanente (ou compromisso de pastagem permanente) decorrem do facto de terem sido declaradas com essa ocupação cultural no Pedido Único. Essa área de compromisso deverá ser declarada na totalidade no Pedido Único. No entanto, se se pretender declarar parte ou a totalidade da área com outra cultura dever-se-á formalizar um Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso ajustando a área de compromisso em conformidade.

O Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso encontra-se disponível durante todo o ano e deve ser formalizado nas Entidades Recetoras através de uma aplicação existente no portal do IFAP. Para os beneficiários que se encontrem registados no portal do IFAP é necessária a inserção da palavra-chave para submissão do Pedido. Após a submissão, as áreas para as quais foi apresentada alteração de uso são automaticamente desafetadas da classificação de pastagem permanente.

Para declarar pastagem permanente no Pedido Único a ocupação do solo no Parcelário deverá estar em conformidade com essa declaração, caso contrário dever-se-á alterar a ocupação do solo numa sala de Parcelário.

Os Beneficiários que se encontram registados no portal têm disponível no menu O Meu Processo em Compromissos Direitos e Quotas / iD Direitos e Compromissos / Consultar dados/documentos, o formulário Compromissos Direitos e Quotas” onde constam as parcelas da exploração classificadas como pastagem permanente.

Também têm disponível para consulta ou impressão no menu O Meu Processo / Exploração, os Pedidos e as Comunicações de Alteração de Uso que foram formalizados desde 2010.

Permuta de área classificada como pastagem permanente

Os eventuais Pedidos de Permuta em áreas classificadas como pastagem permanente deverão ser apresentadas junto das Entidades Recetoras através do impresso Modelo IFAP 0340.05 [pdf: 26 kb; 1 pág.]. No entanto, nos casos das permutas, as parcelas para as quais é transferida a área de classificada (compromisso) deverá permanecer com a ocupação de pastagem permanente durante cinco anos.

Os desafios do Agronegócio na próxima década

06 Fevereiro, 2014 09:55 | Revista de Vinhos

Uma conferência em Lisboa reflectiu sobre o marketing rural e agronegócio na próxima década. Com uma ajuda brasileira…

A Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio (APMR&A), recentemente criada para contribuir para a promoção e desenvolvimento do Marketing Rural e Agronegócio em Portugal, organizou, no passado dia 31 de Janeiro, no Museu da Electricidade, em Lisboa, a conferência “Marketing Rural – Os desafios do Agronegócio nos próximos 10 anos”, com o apoio da Fundação EDP e da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio.

A abrir a Conferência esteve o Paulo Costa, Presidente da APMR&A, que dando as boas vindas a todos os convidados explicou que o principal objectivo da Associação era, nos próximos tempos, redescobrir o mundo sustentável e rural e agregar-lhe valor, trabalhando a par com a Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio (ABMR&A), Associação que conta com mais de 35 anos de experiência no Brasil. A comprovar a relação de amizade entre Portugal e Brasil, o Dr. Daniel Baptistella, Presidente da ABMR&A, esteve presente, marcou o seu discurso com fortes palavras de incentivo aos associados portugueses.

Este primeiro momento de reflexão, dinamizado pela associação, contou com a presença de José Luiz Tejon, fundador e Conselheiro Efectivo da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio e um dos nomes internacionais mais respeitados e, simultaneamente, requisitados nesta área.

Numa intervenção de hora e meia, José Luiz Tejon explicou a importância da percepção do consumidor ao produto, e da relação de qualidade que o consumidor actual exige. José Luiz Tejon declarou que a nova cadeia de valor da agricultura vai da investigação à satisfação do consumidor, por isso não se vende mais um produto, vende-se o melhor produto.

A organização contou com uma plateia de mais de cento e cinquenta pessoas.

Cabernet Sauvignon e Merlot são as castas mais plantadas no mundo

03 Fevereiro, 2014 02:40 | Revista de Vinhos

A influência francesa sobre o universo da vinha e do vinho à escala planetária fica bem patente no facto de algumas das castas mais representativas do hexágono serem, actualmente, as mais plantadas no mundo. Cabernet Sauvignon e Merlot, duas castas tintas, lideram a lista.

Curiosamente, a estas vedetas da globalização sucedem-se na lista dois fenómenos locais, embora de gigantesca dimensão. A casta branca Airén e a tinta Tempranillo estiveram na moda em Espanha e Itália, respectivamente, durante o século XX por garantirem produções generosas – e nem o facto de estarem a ser rapidamente substituídas por outras de melhor aptidão vínica lhes retira, por enquanto, protagonismo.

O top 10 completa-se, por esta ordem, com Chardonnay (branca), Syrah (tinta), Grenache (tinta), Sauvignon Blanc (branca), Trebbiano (branca) e Pinot Noir (tinta).

No site winefolly.com há um artigo com uma abordagem curiosa desta tabela: e se, em vez da França, fosse Portugal a nação “exportadora” de castas para todo o mundo? A autora, Madeline Puckette, justifica este cenário com duas constatações: Portugal é um viveiro de castas e teve, no passado, um papel de enorme relevância na expansão da cultura europeia para outros continentes.

Então como seria a tabela? Teríamos a Touriga Nacional no lugar da Cabernet Sauvignon; a Touriga Franca substituiria a Merlot; encontraríamos Encruzado no lugar de Chardonnay; Jaen, Baga e Alvarinho em vez de Syrah, Pinot Noir e Pinot Gris, respectivamente.

É pequeno, tem pintinhas e um apetite voraz. Saiba o que anda a matar as palmeiras



Reportagem de Maria João Costa. Fotografia de Faustino Monteiro

Chama-se rhynchophorus ferrugineus, tem entre três e quatro centímetros. O chamado “escaravelho da palmeira” só em Lisboa já matou meio milhar de exemplares. 03-02-2014 22:39 por Maria João Costa
 
Já pode ter reparado quando anda na rua. São cada vez mais as palmeiras que morrem pelo país. As folhas secas que vão caindo, e que em alguns casos já foram responsáveis por danos em viaturas estacionadas, denunciam a presença de um insecto. O “escaravelho da palmeira” tem pouco mais de três centímetros mas, só em Lisboa já matou nos últimos anos 500 palmeiras, duas delas no Jardim Botânico de Lisboa.

É um verdadeiro devorador de palmeiras e chama-se rhynchophorus ferrugineus. Este pequeno escaravelho que tem atacado em Portugal veio da Polinésia, entrou pelo Norte de África e, em 2007, chegou ao Algarve. 

“É um escaravelho que tem umas dimensões que andam à volta de 3 a 4,5 centímetros e as larvas às vezes ainda são maiores”, começa por explicar à Renascença Filomena Caetano, directora do Laboratório de Patologia Vegetal "Veríssimo de Almeida" do Instituto Superior de Agronomia. 

Segundo Filomena Caetano, o rhynchophorus ferrugineus “come vorazmente as palmeiras, afecta os tecidos tenros e pode afectar os tecidos que produzem as folhas das palmeiras. Quando isso acontece, este tecido morre e as palmeiras acabam por apodrecer quer no seu interior, quer na base, e as palmas acabam por cair”. 

Como identificar uma palmeira doente? 
Pelo país há mais casos, as autarquias têm estado em alerta e a tentar minimizar o problema, diz a investigadora Filomena Caetano que descreve como se identifica uma palmeira doente: “Num primeiro estádio, muitas vezes é difícil detectarmos o ataque, porque é um insecto que se desenvolve no interior das palmeiras. O que podemos ver é furos na base das palmeiras e também algumas palmas podem aparecer roídas. Depois, se repararmos bem, na palmeira poderá aparecer uma assimetria de coroa, ou seja, faltam-lhe folhas em cima.” 

“O último estádio do ataque deste insecto é a coroa das palmeiras (parte das folhas) em chapéu-de-chuva. Até costumo dizer, o chapéu de praia pelo aspecto acastanhado que tem. Quando isto acontece é sinal de que as palmeiras já estão muito afectadas”, acrescenta Filomena Caetano. 

Os tratamentos existem, mas são caros. Ainda assim Filomena Caetano, que investiga agora um fungo para tentar combater o escaravelho, diz que não se deve baixar os braços: “Não devemos desistir desta luta entre planta e insecto. Na cidade de Lisboa temos alguns casos de sucesso, como algumas palmeiras do Campo Grande e também algumas palmeiras daquela zona emblemática do Campo das Cebolas.” 

Se é verdade que por vezes há casos de sucesso, outros há em que as palmeiras mortas podem provocar estragos, em alguns casos já deram lugar a indemnizações. 

Palmeira das Canárias tem sido a mais afectada 
A investigadora que tem dedicado os últimos anos ao estudo deste escaravelho explica que o insecto, de cor de ferrugem com pintinhas, ataca 23 espécies de palmeiras, cinco delas em Portugal. 

“Neste momento, em Portugal conhecem-se cinco espécies de palmeiras que já foram afectadas por este tipo de escaravelho, sendo a mais afectada a palmeira das canárias e também a chamada tamareira. Neste momento, na Grande Lisboa tenho conhecimento também de ataques à palmeira de leque”, explica Filomena Caetano. 

A especialista do Instituto Superior de Agronomia acrescenta ainda que, segundo dados da Câmara de Lisboa, “cerca de 500 palmeiras já foram cortadas desde o aparecimento deste insecto até agora. É um esforço substancial da Câmara para deter o avanço deste insecto”. 

Duas dessas palmeiras morreram no Jardim Botânico de Lisboa. Teresa Antunes, responsável pela colecção cultivada, explica que têm tentado combater o escaravelho, mas nem sempre são bem-sucedidos: “O Jardim Botânico temos as phoenix canariensis infectadas. Temos feito luta biológica e química. Desde 2011, mensalmente, são aplicados os produtos, mas não conseguimos resistir.” 

10 tendências para o agroalimentar em 2014


6 de Fevereiro - 2014
A PortugalFoods divulgou as 10 principais tendências mundiais do setor agroalimentar para 2014. “O consumidor continua à espera de coisas novas e novos produtos”, indicou Isabel Braga da Cruz responsável pela Knowledge Division da Portugal Foods. Conheça as 10 tendências que vão marcar o futuro do agroalimentar.

As embalagens recicláveis, a redução do desperdício ou um maior foco na cadeia de fornecimento vão ser certamente algumas das preocupações da indústria, segundo a responsável.

Ainda no que toca às embalagens, Isabel Braga da Cruz salientou o facto de haver uma maior atenção e até destaque sobre a proveniência dos produtos. “A origem dos alimentos tem vindo a ser utilizada como plataforma de marketing, sendo que no final o consumidor sai beneficiado”, referiu, adiantando que esta questão está intimamente ligada aos vários escândalos que vão fragilizando a confiança do consumidor, como foi o escândalo da carne de cavalo que afetou a Europa.

Com a crise, há também uma mudança dos hábitos do consumo. Até porque o consumidor reposiciona a sua atitude e foca-se somente no necessário.

Braga da Cruz adiantou que “o consumidor procura comprar mais barato, mas também se premeia com produtos premium”. Daí que haja um maior foco na proposta de valor e no rácio qualidade/preço de determinado produto.

Outra das tendências divulgadas tem a ver com uma maior atenção das grandes empresas com as mais pequenas, como fonte de novas ideias. A produção artesanal de snacks, biscoitos ou cervejas, por exemplo, têm um elevado potencial de impacto no mercado.

Foi ainda referido que cada vez mais o consumidor preocupa-se com a saúde e o bem-estar, por isso há um interesse e uma procura crescente pelas frutas e vegetais. De acordo com Isabel Braga da Cruz, “ a promoção do consumo de frutos e vegetais permanece na agenda estratégica da saúde pública”.

A redução do sal, do açúcar e da gordura continuem a ser uma prioridade para a indústria agroalimentar. Ao mesmo tempo, as proteínas ganham terreno. Os benefícios das proteínas são conhecidos pelos consumidor (controlo de peso e saciedade), por isso a sua procura tem vindo a crescer.

 10 maiores tendências mundiais no sector agroalimentar:

- Indústria agro-alimentar começa a olhar para si, reduzindo o desperdício sempre com vista à sustentabilidade.
 - Recuperação da confiança do consumidor dando-lhe para isso mais informação sobre a origem dos produtos.
- Maior enfoque no rácio qualidade/preço.
- Grandes empresas mostram-se atentas às empresas mais pequenas, como fonte de ideias
- A saúde é holística. As empresas têm de entender bem qual a mais-valia dos seus produtos.
- Novos superalimentos. Aumenta o interesse pelo consumo de frutos e vegetais, o que dá espaço para alimentos menos conhecidos como a alcachofra ou a chia.
- Ascensão dos híbridos. Marcas conhecidas começam a entrar em novas categorias, o que populariza a marca e reforça a sua identidade.
- Horizonte proteico. O interesse pelos produtos com proteína está a crescer abrindo novas oportunidades de mercado.
- Estratégias subtis sobre a redução do sal, açúcar e gordura. Embora a estratégia-chave se centre mesmo na redução.
 - Alternativas alternativas. O consumidor quer novos produtos e os produtos sem glúten continuam a expandir.

Lidl promove frescos nas escolas


3 de Fevereiro de 2014, por Elisabete Mendes
 
O Road Show «Gang dos Frescos« foi apresentado recentemente na Escola Básica Vasco da Gama, na Rua da Ilha dos Amores, em Lisboa. Cerca de 250 alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos aprenderam que as frutas e legumes são essenciais a uma dieta saudável. Esta acção contou com as presenças do Chefe Ermida e de representantes da Direcção-Geral de Saúde, da Direcção Geral de Educação e do Lidl.

Nos últimos dois anos, o Lidl e a Direcção Geral de Saúde promoveram projectos de responsabilidade social sobre o tema ‘estilos de vida saudável’ junto de cerca de 32.000 alunos do primeiro ciclo, com as acções «Regresso às Aulas» e «Missão Crescer Forte e Saudável». Estas acções decorreram em cerca de 110 escolas de todo o país. Integrado no Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável e desenvolvido com o apoio da Direção-Geral de Saúde, este novo projecto do Lidl tem como principais objectivos combater a obesidade infantil e sensibilizar os mais jovens a terem um estilo de vida saudável, incentivando-os a comer frutas e legumes frescos, melhorando o seu bem-estar.

Para Pedro Graça, Director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável «estes projectos permitem fazer chegar às famílias portuguesas mensagens simples, eficazes e fáceis de integrar no dia-a-dia. O consumo diário de 400 g de frutos e hortícolas é uma das medidas mais eficazes para prevenir a doença em função da enorme quantidade de substâncias protectoras da célula presentes nestes vegetais. Estas substâncias também são fundamentais para o bom desempenho escolar».
 
Para a directora de comunicação do Lidl, Vanessa Romeu, «este novo projecto tem claros objectivos pedagógicos, pois visa contribuir para o combate à obesidade infantil, promover um maior rendimento escolar dos alunos portugueses e ajudar a formar adultos saudáveis, através da aprendizagem de boas práticas alimentares de uma forma muito divertida e apelativa». Para levar a cabo esta iniciativa, o Lidl promove, nos primeiros meses de 2014, um Road Show do «Gang dos Frescos» em 30 escolas de norte a sul do país, incentivando os alunos a consumirem  frutas e legumes frescos. Esta mensagem será transmitida de forma lúdica e pedagógica, com acções de animação que incluem: um Jogo da Glória gigante, com perguntas associadas ao tema da alimentação saudável, em que os peões são os próprios alunos e um workshop de demonstração de jardinagem para que os mais pequenos saibam como plantar a sua própria horta e de onde vêm as frutas e legumes.

No final de cada acção será oferecido a todos os alunos um livro de receitas saudáveis e nutricionalmente adequadas, preparadas pelo Chefe Hernani Ermida e validadas pela Direcção Geral de Saúde, em que os personagens do «Gang dos Frescos» são as estrelas principais. Ciente de que um estilo de vida saudável também pressupõe actividade física, o Lidl vai ainda oferecer kits de desporto às 30 escolas envolvidas no projecto.

Paralelamente, e de forma a alargar a abrangência entre os mais jovens, o Lidl promove o passatempo «Comer bem para crescer», no qual todas as escolas do País são desafiadas a criar cartazes que incentivem o consumo de frutas e legumes frescos.  A escola com o melhor cartaz receberá um workshop de cozinha ministrado pelo Chefe Ermida. Em parceria com o Sapo foi também desenvolvida uma versão online do Jogo da Gloria disponível em http://kids.sapo.pt/, alargando assim o alcance da mensagem.
 

Processado por não tratar de vinhas com insecticida


5 de Fevereiro de 2014, por Maria João de Almeida
 

Um produtor de Beaune, na Borgonha, Emmanuel Giboulot, está perplexo. Desde 2011, uma doença conhecida como flavescência dourada tem atacado as vinhas da região e, para que não se alastre, o Governo pediu aos produtores para utilizarem insecticidas, sob pena de multa para quem desobedecer. A questão é que Giboulot pratica um filosofia biodinâmica nas suas vinhas, que impede a utilização de químicos para tratar as doenças.

O tribunal de Dijon entrou em acção e passou-lhe uma multa de 30 mil euros e seis meses de prisão, caso não obedeça e se recuse a usar insecticidas. «O Meu pai começou a converter a propriedade em 1970 e agora somos completamente orgânicos e biodinâmicos. Não quero deixar para trás décadas de trabalho ao utilizar um tratamento cujos efeitos sobre a saúde das vinhas não estão comprovados», alega Giboulot.

O presidente das denominações de origem da região, Jean-Michel Aubinal diz que o problema da flavescência dourada é urgente. «A doença está a afectar a Borgonha. Estamos a montar um mapa que revela a saúde das vinhas e, se não estiverem em condições, têm de ser retiradas. Em 2012, tivemos e retirar 12 hectares em Macoonais, o que não é muito, mas temos que ser muito reactivos no ataque a essa praga e não deixar que ela se espalhe», afirmou, convicto.

«Não sou irresponsável e não estou a ser radical, simplesmente não acredito que o tratamento sistemático, mesmo sem qualquer sintoma da doença, seja a solução. Quero mostrar para as pessoas que há opções e que precisamos pensar na nossa própria saúde e na dos nossos clientes», finalizou Giboulot.

Fazer vinho em casa


7 de Fevereiro de 2014, por Maria João de Almeida
  
Uma empresa norte-americana está a oferecer aos apreciadores de vinho a oportunidade de produzirem os seus próprios vinhos em casa através de um equipamento de enologia comandado por um computador. O «WinePod» é um tanque complementado com uma barrica, que tem a capacidade de 75 litros e 1,2 metro de altura, o que permite produzir o equivalente a quatro caixas de vinho. O projecto, lançado por Greg Snell, nasceu em 2005, mas só dois anos depois teve hipótese de juntar dinheiro suficiente e arranjar outros sócios para seguir em frente. «As pessoas querem experimentar criar um vinho. É completamente diferente comprar uma garrafa do que fazê-lo», afirmou Snell.

A máquina é relativamente simples. Basta adicionar as uvas e ligar o dispositivo com um computador apetrechado com o software WeneCoach. Assim que o programa começa, a máquina vai pressionar, fermentar e monitorizar o sumo de uva, enquanto o computador guia o utilizador através do processo enológico. O sistema pode medir a temperatura, acidez, entre outros factores, e permite fazer os ajustes relativos a cada preferência. Depois de alguns meses o vinho está pronto a ser engarrafado. A máquina custa 4.500 dólares, sem extras, de que são exemplo a barrica de carvalho de 30 litros, kit de engarrafamento, rolhas ou leveduras. O kit completo pode ser comprado por 8.999 dólares.

A China maior consumidor de vinho tinto do mundo

Fevereiro 04
13:41
2014

Segundo um estudo encomendado pela Vinexpo e publicado no passado dia 28 de Janeiro, a China é o maior consumidor mundial de vinho tinto, tendo ultrapassado a França.

Registou-se um consumo, em 2013, de 155 milhões de caixas de nove litros de vinho tinto, ou seja, 1,865 mil milhões de garrafas. A China (incluindo Hong Kong), teve um crescimento de 13,6% em relação a 2008 e ultrapassou a França, que teve um consumo de 150 milhões de caixas em 2013.

Os países que se seguem são a Itália, com 141 milhões de caixas, os Estados Unidos, com 134 milhões de caixas e a Alemanha, com 112 milhões de caixas.

Falamos de vinho tinto porque, no conjunto dos vinhos correntes e espirituosos, a China ainda está longe dos Estados Unidos, da França e da Itália.

A China é o quinto produtor mundial de vinho e 80% do que é consumido provém da produção interna. A importação de vinho tem, no entanto,  aumentado muito, tendo setuplicado de 2007 a 2013 e representa já 18,8% do consumo.

A Vinexpo, Feira Internacional do Vinho e Bebidas Espirituosas, vai realizar-se nos próximo dias 27,28 e 29 de Maio em Hong Kong.

Portugal já pode exportar carne de vaca para a Argélia



Nuno Vieira e Brito aponta ainda o enorme potencial da Argélia “pela situação estratégica do seu mercado, bem como localização geográfica”
Portugal está autorizado a exportar bovinos e carne de vaca para a Argélia, depois de ter concluído o processo de habilitação que estava a ser negociado, anunciou hoje o Ministério da Agricultura e Mar.

O processo foi concluído na sequência de uma reunião entre o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, e o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Abdelwahab Nouri, e tem aplicação imediata.

O governante destaca, num comunicado, que “a cooperação entre Portugal e Argélia, no domínio do agroalimentar, tem elevadas potencialidades de crescimento e a abertura de novos produtos contribui, de forma decisiva, para este objetivo”.

Nuno Vieira e Brito aponta ainda o enorme potencial da Argélia “pela situação estratégica do seu mercado, bem como localização geográfica”.

O secretário de Estado deslocou-se à Argélia no âmbito da 10.ª reunião de ministros de Agricultura dos Estados-membros do CIHEAM (Centre International de Hautes Etudes Agronomiques Méditerranéennes), subordinada ao tema “Segurança alimentar sustentável no Mediterrâneo, Situação Atual e Perspetivas".

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Diretor regional de Agricultura e Pescas garante que Zona Agrária de Alcoutim não será encerrada



O diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPAlg), Fernando Severino, garantiu ao presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, que o núcleo local da entidade não será encerrado. 

Durante a reunião realizada entre os dois responsáveis, o autarca alcoutenejo propôs estabelecer um protocolo com a direção regional, no sentido de garantir, através da permanência de um funcionário em Alcoutim, a continuidade do acompanhamento e apoio aos agricultores. 

“Como território rural, a atividade florestal/agrícola assume um papel de relevo na economia local. No âmbito do REG. (CEE 2080/92) – Programa de Florestação, Alcoutim chegou a representar cerca de 12% do investimento nacional”, declarou, em comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, justificando o não encerramento do posto de atendimento da DRAPAlg na vila alcouteneja. 

“Estes postos de atendimento nos meios rurais assumem um papel de relevante importância, na medida em que funcionam como principal elo de ligação entre os agricultores e os centros de decisão, permitindo assim diminuir as distâncias que os separam. A manutenção do posto de Alcoutim, no futuro, irá também contribuir como estímulo e apoio ao acesso a medidas do próximo Quadro Comunitário de Apoio”, referiu. 

Além de salvaguardar o apoio aos agricultores locais, o futuro protocolo contempla também a otimização das instalações do núcleo da DRAPAlg em Alcoutim.

.diariOnline RS
19:02 quinta-feira, 06 fevereiro 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

CNA mantém na ordem do dia a exigência de anulação das imposições fiscais

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA



Como é sabido - e contestado - o Governo continua a querer obrigar todos os pequenos e médios Agricultores a colectarem-se nas Finanças - agora até 30 de Abril - e a passarem facturas sempre que vendam…um litro de vinho…ou umas batatas…ou umas couves… ou um frango… ou um coelho…etc.

E, depois de se colectarem, muitos dos Agricultores estão agora a receber notificações para pagarem mais contribuições na Segurança Social e, se não pagarem, até deixam de receber o Gasóleo Verde e não se podem candidatar a novos projectos de investimento ! Tudo isto são já más consequências deste processo da inscrição obrigatória nas Finanças.

No espaço de um ano, o Governo teve já que adiar por quatro vezes o prazo de inscrição obrigatório nas Finanças, o que, só por si, demonstra que a medida é confusa, desadequada e injusta.

LUTA DA CNA E FILIADAS FORÇAM GOVERNO A ADIAR PRAZOS CNA MANTÉM RECLAMAÇÃO DE ANULAÇÃO DAS IMPOSIÇÕES FISCAIS

A CNA e Filiadas têm contestado, e de várias formas, estas Imposições Fiscais.

Portanto, tem sido a luta da CNA e Filiadas - Sempre com os Agricultores - contra as imposições fiscais, a determinar os recuos do Governo e algumas panaceias que, entretanto, tem adiantado.

No contexto, a CNA e Filiadas mantêm que a única medida justa a tomar pelo Governo é a da anulação destas Imposições Fiscais.

CONCENTRAÇÃO NACIONAL
VAMOS TODOS A LISBOA PROTESTAR, NO INÍCIO DE ABRIL

Na defesa da Agricultura Familiar !

Pelo escoamento, a melhores preços, à Produção !

Pela anulação das Imposições Fiscais !

Por mais investimento público na Agricultura Familiar !

Pelo aproveitamento da margem de manobra nacional no âmbito da PAC para a concretização de um novo PDR - Programa de Desenvolvimento Rural - 2014- 2020 - com ajudas e outros apoios públicos a atribuir de forma a defender e a promover, prioritariamente, a Agricultura Familiar !

VIVA 2014 - Ano Internacional da Agricultura Familiar !

Coimbra, 5 de Fevereiro de 2014 // A Direcção da C N A

Meteo: Tempo severo em Portugal continental


Entre os dias 3 e 9 de Fevereiro, uma forte corrente de oeste no Atlântico Norte e a passagem frequente de ondulações frontais de forte actividade pelo território do continente irão originar episódios de precipitação, vento e agitação marítima fortes e queda de neve nas regiões Norte e do Centro, informou o IPMA em comunicado.

A precipitação será generalizada a todo o território do Continente, persistente, com períodos de maior intensidade e com queda de neve nas regiões do Norte e Centro que, na quinta-feira, chegará a cotas de 600 a 800 metros.

O vento predominará de sudoeste ou oeste moderado ou forte, com rajadas que, nos períodos de maior intensidade, serão até 95 km/h no litoral e até 120 km/h nas terras altas.

A altura significativa das ondas na costa ocidental, irá variar entre 5 a 7 metros podendo atingir alturas máximas entre 8 e 10 metros.

O IPMA irá manter a vigilância meteorológica, actualizando as previsões sempre que se justifique, recomendando-se que dê a devida atenção aos avisos meteorológicos e que se sigam as orientação dos Serviços de Protecção Civil.

Fonte:  ipma

Associação do Lobo Ibérico defende práticas de proteção de gado "antigas e eficazes"

Lusa
17:28 Quarta feira, 5 de fevereiro de 2014

Arouca, 05 fev (lusa) - A Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI) quer o regresso às práticas de proteção de gado "que caíram em desuso mas eram eficazes" para as populações evitarem prejuízos sem atentarem contra a sobrevivência dessa espécie ameaçada.

Para isso, a instituição promoveu hoje em Arouca uma conferência destinada a analisar a situação desse animal nas serras da Freita e da Arada, que o biólogo da ACHLI aponta como as zonas onde o lobo é mais ameaçado pela carência de alimentação selvagem e pela consequente animosidade humana motivada por ataques a presas domésticas.

"No extremo oeste da região a sul do Douro há uma alcateia que será sempre muito frágil pela sua proximidade às populações", observa Gonçalo Brotas, "e para aumentar o seu habitat é preciso esclarecer as populações quanto aos mitos mais frequentes em relação ao lobo".


Municípios alertam para eventual "problema humanitário" causado por multas


LUSA 05/02/2014 - 21:32
 
NELSON GARRIDO
 
A Associação Nacional de Municípios Portugueses avisou nesta quarta-feira que poderá haver um “problema humanitário” caso as autarquias apliquem a legislação relativa à limpeza de terrenos florestais, nomeadamente o pagamento de multas.

"Se a legislação for aplicada, podemos ter um problema humanitário", afirmou Paulo Fonseca, membro do conselho directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e presidente da Câmara de Ourém no parlamento, durante uma reunião do grupo de trabalho para a Análise da Problemática dos Incêndios Florestais.

O autarca explicou que, para muitos munícipes, "a propriedade é um fardo" e que o problema pode surgir se os municípios aplicarem as coimas previstas na lei quando os terrenos não são limpos, tendo em conta as dificuldades financeiras dos proprietários.

A falta de limpeza dos terrenos tem sido apontada pelas entidades representativas dos bombeiros como um grande obstáculo ao combate aos incêndios florestais.

Também a presidente da Câmara Municipal de Portimão, admitiu, na mesma reunião, a “dificuldade” que os municípios têm em fazer a cobrança de coimas relativas à limpeza de terrenos.

Isilda Gomes, que é também do conselho directivo da ANMP, referiu que, “ao aplicar as coimas”, as autarquias irão “agravar a situação económica” de cidadãos “com fracos recursos económicos, que vivem isolados e que não têm meios para poderem fazer essa limpeza”.

“Muitas vezes o presidente de câmara tem que olhar para estas situações humanitárias e acaba por não cobrar”, afirmou.
Para a autarca, quando os munícipes não têm condições para fazer as limpezas, a tarefa deveria caber às câmaras.

No entanto, para que as autarquias possam fazê-lo, é preciso terem condições, “sobretudo condições económicas, que neste momento não têm”.

“Esta é a grande dificuldade”, lamentou.

Na reunião, a ANMP defendeu ainda a necessidade de um cadastro florestal, através do qual será possível identificar a quem pertencem os terrenos.

Segundo Paulo Fonseca, o cadastro “é uma das prioridades” na questão dos incêndios florestais e Isilda Gomes lembrou também a “urgência” desta “obrigação do Estado”.