sábado, 16 de janeiro de 2016

DGADR: Bolsa Nacional de terras - Terras sem dono conhecido



a DGADR, enquanto entidade gestora da Bolsa de terras disponibiliza uma página informativa (http://www.bolsanacionaldeterras.pt/p_sdono.php) e um Formulário de Comunicação Prévia (http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/bolsa_terras/Formulario_PredioSemDono.pdf) a todos os interessados, privados singulares ou coletivos e públicos, para que participem no processo de referenciação de prédio(s) rústico(s) e misto(s) sem dono conhecido que não esteja(m) a ser utlizado(s) para fins agrícolas, florestais ou silvopastoris.

Rede de Rega de Óbidos arranca em Fevereiro

Janeiro 12
12:21
2016

A primeira fase da rede de rega das denominadas Baixas de Óbidos, terrenos agrícolas localizados entre a vila e a barragem, irá iniciar-se em Fevereiro, com a construção de uma estação elevatória.

Este investimento será no valor de 28 milhões de euros, servirá cerca de 1.000 agricultores e destina-se em 60% a pomares e em 40% a hortícolas, permitindo, por exemplo, aumentar a produção média de pêra rocha de 12 toneladas (em sequeiro), para 40 toneladas por hectare.

A primeira fase contempla a construção de uma estação elevatória, que filtrará a água para a rega.

Na segunda fase, serão construídos 50 quilómetros de tubagem, por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, que irrigarão 750 hectares de parcelas agrícolas do concelho de Óbidos e 450 hectares do concelho do Bombarral.

A rede de regadio das Baixas de Óbidos foi concebida para irrigar 1.300 hectares de terrenos agrícolas e servir cerca de 1.000 agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral.

O regadio está agregado à construção da Barragem do Arnóia, uma obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005 e parada desde então, devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

LUSA

Início do acordo comercial UE-Ucrânia


Janeiro 12
12:16
2016

O acordo comercial entre a União Europeia e a Ucrânia, que foi negociado já há alguns meses e que estava previsto entrar em vigor em 1 de Janeiro deste ano, entrou efectivamente em vigor, apesar da feroz oposição da Rússia.

Neste momento, os operadores europeus dispõem de contingentes tarifários isentos de taxas para a exportação para a Ucrânia, para produtos, tais como, carne de porco, carne de frango e açúcar e tarifas reduzidas para as frutas, legumes e produtos lácteos.

A Ucrânia já gostaria de ter este acordo em marcha, mas a pressão russa, com ameaças de fechar a fronteira russa aos produtos ucranianos, não o permitiu.

O fecho das fronteiras russas pode representar um prejuízo para a Ucrânia de 600 milhões de dólares, que o Presidente daquele país quer ver compensado com ajuda europeia.

Quanto vale a carne de porco que comemos?



12 Jan, 2016 - 07:01 • André Rodrigues , Marília Freitas

Numa altura em que o sector atravessa uma das maiores crises de sempre, a Renascença foi perceber como trabalha a indústria. Conclusão: o preço pago por um porco nem sequer chega para pagar a ração que come.

Há um ano, os suinicultores sentiam os primeiros efeitos da crise mas sempre acreditaram que o sector daria a volta. "Iríamos aumentar o nosso efectivo reprodutivo, contratar mais funcionários e construir um novo pavilhão", começa Manuel Pereira, engenheiro agro-pecuário numa empresa de produção, abate e transformação sedeada na Trofa.

Um ano depois, tudo na mesma. E nos últimos meses o quadro degradou-se de forma significativa. "Tínhamos tudo aprovado, orçamentos, projectos… tudo".

Mas o retorno pela carne vendida em Portugal é fixado semanalmente de acordo com uma cotação indexada ao desempenho do sector em Espanha, onde os custos de produção são substancialmente mais reduzidos. Com o valor da carne de porco a cair a pique no mercado espanhol, a receita dos produtores portugueses regista subtracções recorde.

E em face disso, o investimento de 600 mil euros pensado há um ano fica na gaveta à espera de dias melhores.

7.000 euros de prejuízo por semana

Neste momento, o custo de produção por animal inteiro é de 118 euros. A receita, cerca de 84. Prejuízo: 34 euros.

Considerando que esta empresa da Trofa abate uma média de 200 animais por semana, Manuel Carneiro, sócio-gerente, tem a noção de que está a perder "7.000 euros em média todas as semanas".

Além disso, aquilo que o animal rende ao produtor "não chega para pagar as rações", precisa o engenheiro Manuel Pereira. "Se o ganho é de 84 euros por porco, só as rações custam 87". Fora outros custos associados.

Desde logo, com o pessoal. Manuel Carneiro já teve a seu cargo 70 funcionários. A crise levou ao despedimento de 10. E não terão sido os últimos.

Apreensivo, Manuel Carneiro desabafa que um quadro destes não lhe agrada, "porque sei que tenho famílias cuja sobrevivência depende do emprego aqui". Mas o patrão diz que "não é possível aguentar mais um ano assim".

Depois, somam-se as facturas da água, luz, combustíveis, recolha de resíduos, medicação. Uma parcela que algumas explorações já excluíram da estrutura de custos.

Américo Martins Oliveira, veterinário, diz ter conhecimento de suiniculturas "que deixaram de vacinar os animais". As consequências são "as doenças que poderão surgir mais à frente", adverte.

Grandes superfícies estão a dizimar o sector

São resultados de uma crise atribuída também em grande medida à política de promoções praticada pelas grandes cadeias de distribuição. "50%, 30%, 40%. E eu não sei como eles conseguem isso", desabafa Manuel Carneiro que lamenta o facto de os prejuízos "serem sistematicamente imputados aos produtores".

A conjuntura internacional também não ajuda. O embargo russo aos produtos europeus, em resposta às sanções por causa da guerra na Ucrânia, está a reter "milhares de toneladas de carne de porco nas arcas frigoríficas". Um problema que se estende a toda a Europa.

Num mercado global, a carne estrangeira entra nas grandes superfícies a preço muito mais baixo. Vendida como produto nacional. É outro dos motivos para o descontentamento dos suinicultores, que reivindicam uma fiscalização mais apertada e novas regras para a rotulagem da carne. "O que acontece é que algumas destas empresas andam a comprar alguma carne nacional, exigem os rótulos aos matadouros e depois colam-nos em qualquer cuvete de carne", que pode ser espanhola, francesa ou de outra origem qualquer.

Manuel Carneiro reconhece que "o consumidor acaba por ser enganado". É o poder da publicidade "que faz com que as pessoas vão atrás das promoções sem pensarem que, ao fim e ao cabo, a carne até sai mais cara".

Para trás, ficam os talhos tradicionais. Muitos despedem. Outros já fecharam. Outros ainda, sobrevivem enquanto podem. "Porque não podem fazer as promoções que os hiper e supermercados fazem".

As grandes superfícies esmagam-nos. Sem gravarem declarações, alguns talhantes contactados pela Renascença admitem que as grandes superfícies estão a matar o negócio.

E num país forçado a importar metade da carne de porco que consome, Manuel Carneiro diz não ter dúvidas: "vamos passar a depender dos espanhóis e de outros países da União Europeia… vamos morrer pobres… na miséria".

Altos níveis de gordura trans em bolos e bolachas em Portugal

Há altos níveis de gorduras trans nos produtos alimentares em Portugal, em especial nos bolos e bolachas, que estão a contribuir para um aumento do risco de doenças cardiovasculares, conclui um estudo realizado na Universidade do Porto.
 

PAULO JORGE MAGALHÃES/GLOBAL IMAGENS

Os produtos que tradicionalmente são fontes industriais alimentares de gorduras trans são as bolachas, bolos de pastelaria ou algumas batatas fritas

Bolachas com cobertura, waffles, bolos de pastelaria ou batatas fritas são alguns dos alimentos que apresentam um alto nível de ácidos gordos trans e que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, portanto, a sua ingestão deve ser residual", alertou hoje Pedro Graça, diretor do Programa Nacional de Alimentação Saudável, numa entrevista telefónica à agência Lusa.

A gordura trans é um tipo de gordura presente nos alimentos, geralmente oriundos da transformação industrial, e que aumentam significativamente o risco de doença cardiovascular, devendo a sua ingestão ser "tão baixa quanto possível", alerta Pedro Graça, referindo que o ideal seria ingerir abaixo de 1% do total de energia que se consome diariamente", ou seja a sua ingestão deveria ser "quase residual".

O estudo sobre ácidos gordos trans nos produtos alimentares em Portugal, recentemente publicado na revista científica "Food Control", foi realizado por uma equipa da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, com o apoio da Direção Geral de Saúde, do Programa Nacional da Alimentação Saudável e da Organização Mundial de Saúde.

Os produtos que tradicionalmente são fontes industriais alimentares de gorduras trans são as bolachas, bolos de pastelaria, algumas batatas fritas, alguns tipos de gordura que estão presentes em refeições prontas a consumir e nos óleos parcialmente hidrogenados, enumerou Pedro Graça, da Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCAUP).

Para evitar ou diminuir o consumo de ácidos gordos trans deve-se variar o mais possível nos produtos de pastelaria ou bolachas, não consumindo sempre da mesma marca e sempre que houver em primeiro lugar a informação no rótulo "gordura ou óleo total ou parcialmente hidrogenada" deve evitar-se o produto, aconselha aquele especialista.

Em Portugal, os produtos mais ricos em gorduras trans são, por norma, também os mais económicos.

Como na rotulagem tradicional ainda não está identificado o ácido gordo trans, o consumidor para identificar essa gordura trans deve ficar atento à composição e a termos como "gordura parcialmente hidrogenada" ou "óleos totalmente ou parcialmente hidrogenados", explica Pedro Graça.

O consumidor deve optar por carnes magras e privilegiar os laticínios magros ou meio gordos, aconselha ainda Pedro Graça.

Pera portuguesa cada vez mais perto da Colômbia



 15 Janeiro 2016, sexta-feira  FruticulturaAgronegócio

Até 22 de janeiro é possível fazer o registo para exportação de pera para a Colômbia. Apesar do acordo de exportação entre Portugal e aquele país da América do Sul ainda não estar finalizado, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) decidiu abrir um período de registo que viabilize a exportação daquele fruto já na campanha de 2016/2017.

No Ofício Circular N.º 2/2016, a DGAV esclarece que as Centrais de Armazenamento e Embalagem (CAE) e as respetivas Unidades de Produção (UP) interessadas devem fazer «o registo através do preenchimento do formulário "Registo de Centrais de Armazenamento e de Embalagem de Frutos ou Hortícolas destinados à Exportação para Países Terceiros com Planos Fitossanitários Aprovados pelo País Importador"».
O Plano de Trabalho para a Exportação de Fruta Fresca Pera (Pyrus communnis L.) produzida em Portugal e destinada à Colômbia já foi acordado com as autoridades fitossanitárias colombianas e o processo de registo dos operadores deverá estar concluído até ao final de janeiro de 2016.
O formulário deve ser enviado para os «serviços fitossanitários da Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) da sua Região».
A DGAV esclarece ainda que «o registo será efetuado após parecer positivo da DRAP, na sequência de visita à CAE».


Bruxelas aprova aumento da área de vinha



 15 Janeiro 2016, sexta-feira 

O regime de plantação de vinha tem vindo a ser controlado na União Europeia nas últimas décadas, através dos direitos de plantação.

Esta medida justificou-se para controlar a produção e evitar desregulações de mercado, pois trata-se de um setor cujas plantações duram mais de vinte anos e não pode aumentar ou parar de um dia para o outro.

Os direitos acabaram em 2015, mas foram transformados em autorizações de plantação, que, no fundo, vão continuar a controlar a produção.

A inovação é que a Comissão propõe dar aos Estados-membros a possibilidade de dar autorizações para mais 1% de vinha em cada ano.

Esta situação levou meses de discussão, sobretudo ao nível do Parlamento Europeu, mas agora é uma realidade e os Estados-membros estão autorizados, desde 1 de janeiro deste ano, a aumentar em 1% a sua área de vinho.

Fonte: Agroinfo

Região de Aveiro acolhe V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo



 15 Janeiro 2016, sexta-feira  Feiras & EventosPequenos Frutos

O V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo vai ter lugar nos próximos dias 30 e 31 de janeiro, na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira.

A organização, a cargo de um grupo de produtores de mirtilos daquela região, irá proporcionar dois dias de conhecimento e troca de experiências entre produtores, técnicos e outros agentes ligados a esta fileira. "Pretendemos enriquecer este encontro com testemunhos de produtores, nomeadamente da sua experiência de comercialização", explica a organização que, para o evento, convidou um largo número de convidados que irão abordar, durante o dia 30 (sábado), diversos temas de interesse para a cultura do mirtilo, nomeadamente a rega e fertirrega, fertilização, pragas e doenças, além da comercialização já referida.
Serão ainda apresentados os resultados de alguns ensaios de fitorreguladores em mirtilo e apresentado o livro "Cultura do mirtilo", da autoria de Bernardo Madeira. O livro pode ser reservado até 1 de fevereiro, usufruindo de um desconto de 10%, através da editora Agrobook (para mais informações e reservas, clique aqui).
Entre os vários oradores convidados, destaque para a presença do espanhol Juan Carlos Garcia, que irá partilhar a sua experiência cooperativa com produtores da região espanhola de Huelva e falará dos seus conhecimentos sobre fertilização.
O V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo fica concluído na manhã de domingo, com a visita a três pomares de mirtilos nas zonas de Romariz (Santa Maria da Feira) e Avanca (Estarreja).
As inscrições podem ser feitas através do link: http://goo.gl/forms/lwq13WvlAu, através do e-mail eventos@agim.pt ou do número 912010596.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Ministro da Agricultura defende sector leiteiro nacional

O Ministro da Agricultura participou hoje na sessão de abertura do Seminário "CONSUMO DE LEITE E LATICÍNIOS – o que pode estar a mudar", organizado pelo Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares, onde defendeu "a excelência da produção nacional, designadamente na produção leite".
Reconhecendo a difícil situação que o setor enfrenta, Capoulas Santos diz que "a solução possível é aumentar o consumo, farei tudo para a ajudar a fileira a criar valor". Para o Ministro da Agricultura, "aumentar a quota nos mercados externos é a outra solução", tendo em conta que "a margem de manobra é muito estreita", considerou o Ministro.
Capoulas Santos deixou um apelo à comunidade científica para que "ajude a esclarecer" sobre as propriedades de leite. O Ministro afirma que "há uma conjugação de fatores que parece uma verdadeira tempestade perfeita" e que resulta do fim das quotas leiteiras na União Europeia aliado ao acentuado decréscimo do consumo de leite". Capoulas Santos lembrou, a propósito da questão das quotas leiteiras, que se bateu "até onde lhe possível contra o seu fim", tendo deixado "sucessivos alertas para os perigos que esta decisão comportava para o setor".
O Ministro anunciou a intenção de criar um programa sub-temático no âmbito do PDR 2020 que "ajude os produtores de leite a resistir" às dificuldades com que estão confrontados.

Lisboa, 13.01.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

C N A reclama reprogramação do PDR 2020


Mas com reforço do investimento público na Agricultura Familiar


A pretexto de alegadas dificuldades financeiras, o Ministério da Agricultura acaba de confirmar que retirou a proposta de "reprogramação" do PDR 2020 que o anterior Governo entregara à Comissão Europeia em Outubro passado.

Essa proposta incidia, sobretudo, sobre um reforço de 200 milhões de Euros para as Medidas Agro-Ambientais, a pagar pelos Orçamentos de Estado em 5 anos, portanto, à média de 40 milhões de Euros por ano, situação que já se repercutiu nos pagamentos feitos aos Agricultores em 2015.

A  propósito, a CNA declara :

-- Por princípio, a CNA está contra mais uma redução do investimento público na Agricultura Portuguesa, no caso uma nova redução num total de 200 milhões de Euros  da comparticipação do Orçamentos de Estado no PDR 2020.  

Recorde-se que o PDR 2020 foi reduzido, à partida, em menos 500 milhões de Euros do Orçamento da UE comparativamente com o anterior PRODER (2007 – 2013).

-- O Ministério da Agricultura e o Governo não devem, agora, vir "sangrar" as verbas destinadas a outras Medidas do PDR 2020 para pagarem os compromissos assumidos com o citado reforço das Medidas Agro-Ambientais. No contexto, também devem ser assegurados os pagamentos de outros compromissos e satisfeitas as expectativas criadas a Agricultores e Organizações Agrícolas a nível das várias Medidas do PDR 2020.

-- É necessária, de facto, uma verdadeira reprogramação do PDR 2020. Mas com alteração de "plafons" e critérios de distribuição das verbas públicas pelas várias Medidas. Com a aplicação generalizada, às Ajudas públicas, da modulação (redução por escalões) e do plafonamento (imposição de tectos ou limites máximos por Agricultor/Exploração).

-- E tal como a CNA reclama, que as disponibilidades financeiras a apurar, no âmbito do PDR 2020, sejam prioritariamente destinadas à criação de um sub-programa específico para a pequena Agricultura (Agricultura Familiar) e, também, aos programas, a promover pelas Organizações Agro-Rurais, para apoio aos Agricultores. 
 


Coimbra, 13 de Janeiro de 2016           
A Direcção da  C N A

Agricultores pedem maior regulação no Setor da Distribuição



 14 Janeiro 2016, quinta-feira  Política Agrícola

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exigiu ao Governo que regule, pela via legislativa, a atividade dos hipermercados, com vista a restringir as importações «desnecessárias» de bens alimentares como a carne e o leite.

Perante as dificuldades que os setores do leite e da suinicultura atravessam, «são necessárias medidas de facto excecionais para acudir a uma crise prolongada e de excecional gravidade», defende a CNA, em comunicado. A Confederação insiste na necessidade de «estabelecer urgentemente com as cadeias de hipermercados - pela via legislativa, por acordos ou por ambos os processos - a preferência pela comercialização, para consumo interno, da produção nacional».
Nesse sentido, a CNA defende «restrições às importações, combatendo a especulação praticada pelo grande agronegócio, por exemplo, através da aplicação de controlos permanentes com a severa verificação das normas sanitárias e outras».
Do ponto de vista mais estratégico, mas também a curto prazo, «é indispensável retomar os mecanismos públicos de controlo da produção e dos mercados como, por exemplo, retomar as quotas leiteiras e admitir valores mais elevados para as "retiradas" (compras) públicas da produção do leite e da carne».
A posição da CNA é assumida numa altura em que o atual Governo criou um gabinete de crise para debater soluções conjuntas entre produtores e distribuidores para os setores do leite e da suinicultura.
O primeiro encontro entre produtores, transformadores e cadeias de distribuição final foi a 22 de dezembro de 2015 e as reuniões vão continuar, estando previstos também encontros bilaterais. Além do Ministério da Agricultura, fazem parte do gabinete de Crise dos Setores do Leite e da Suinicultura a Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Associação Portuguesa dos Industriais de Carne (APIC), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI) e a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS).
Ler aqui. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Excedido em dois dias o contigente de importação de azeite da Tunísia

 12-01-2016 
  
Os pedidos de certificados de importação apresentados de quatro a cinco de Janeiro de 2016 no quadro do contingente de tarifas do azeite tunisino excederam a quota estabelecida para 2016, que ultrapassa as 56.700 toneladas.
 
Esta situação levou a Comissão Europeia a decidir que as solicitações de importação se multipliquem por um coeficiente de alocação de 74,495088., acordando ainda suspender a partir de 11 de Janeiro de 2016 a apresentação de novos pedidos de certificados de importação para o período de quotas em curso, segundo o Regulamento 2016/19/UE.
 
Fonte: Agrodigital

Cersul comemora 25 anos com a presença do Ministro da Agricultura



A CERSUL- Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul comemora o 25º
aniversário a 19 de Janeiro, pelas 12 horas, em Santa Eulália, Elvas. A
cerimónia será presidida pelo Ministro da Agricultura, Luís Capoulas dos
Santos.

Na cerimónia comemorativa deste quarto de século de atividade estarão presentes
várias centenas de pessoas, entre entidades oficiais, representantes de todas as
fileiras dos cereais e milho, e associados da Cersul. O Ministro da Agricultura, Luís
Capoulas dos Santos, presidirá à cerimónia, a realizar pelas 12h, na sede da
empresa, em Santa Eulália, concelho de Elvas.

A fundação da Cersul, em Dezembro de 1990, ocorreu por vontade de um grupo de
30 agricultores liderados por José Luís Tello Rasquilha, a quem se deve a conceção
e desenvolvimento da empresa e do seu modelo de negócio. José Luís Tello
Rasquilha, que recentemente cessou as funções como Presidente do Conselho de
Administração da Cersul, será homenageado nesta celebração.
A Cersul foi o primeiro Agrupamento de Produtores de cereais reconhecido em
Portugal, em 1993, reunindo hoje mais de 150 agricultores, muito ativos e diversos
nas suas atividades, e fidelizados à empresa pelos muitos serviços que presta,
desde a assistência técnica em campo, à comercialização da produção em circuitos
que valorizam a qualidade e a diferenciação. O volume de negócios da Cersul ronda
os 18 milhões de euros/ano.

Baby food e farinhas melhoradas
As decisões assertivas e passos pioneiros da Cersul permitiram-lhe afirmar-se
como um dos mais importantes operadores comerciais da produção nacional de
cereais e milho em Portugal. A capacidade de armazenamento para 100% da
produção de cereais dos seus associados, a introdução de tecnologia de ponta nos
processos produtivos e a inovação comercial em produtos que à partida não são
diferenciáveis, têm sido estratégias decisivas no sucesso da empresa e dos seus
associados.

A Cersul prioriza segmentos de mercado que remuneram adequadamente as
matérias-primas dos seus produtores. Exemplo disso é o fornecimento de cereais
para elaboração de baby-food, com um itinerário cultural praticamente isento de
pesticidas e uso reduzido de fertilizantes. Ou ainda a elaboração de lotes de trigo
mole de qualidade superior e homogénea, usados como corretores ou
melhoradores pela indústria de panificação.

«Levamos 25 anos de trabalho muito árduo em torno da consolidação da produção e
do negócio dos cereais no Alentejo Interior, mas a tremenda crise que se abate sobre
o sector desde 2012 e uma reforma da PAC que não nos foi favorável, obrigam-nos a
repensar a orientação do nosso negócio. As áreas e as vendas de cereais e milho não
cessam de diminuir, o que nos está a obrigar a uma reflexão profunda sobre o futuro
da empresa», afirma Luís Bulhão Martins, Presidente do Conselho de
Administração da Cersul, que irá transmitir as preocupações do setor ao Ministro
da Agricultura.

Sobre a CERSUL
A Cersul, Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, SA empresa fundada em 1990, está
reconhecida como Agrupamento de Produtores desde 1993 e como Organização de
Produtores desde 2012, pretendendo-se agora o seu reconhecimento no quadro do disposto
na Portaria 169/2015 para o sector dos cereais, incluindo milho, sementes de oleaginosas e
proteaginosas.

A produção dos cerca de 150 sócios da Cersul, SA distribui-se pelos distritos de Portalegre,
Évora, Beja e Santarém, tratando-se de explorações multifacetadas ao nível dos sistemas
culturais dominantes, muito preocupadas com o aproveitamento dos recursos endógenos e
exemplares na valorização do investimento publico nos territórios onde que se inserem.
Os efetivos pecuários e o montado de azinho e sobro convivem com culturas anuais (cereais)
e permanentes (olivicultura moderna, viticultura). Os sistemas de produção de regadio têm
uma responsabilidade dominante na produção comercializada pelos sócios da Cersul. Ai
convivem regadios particulares com regadios públicos, nomeadamente, na zona de influência
de Alqueva, Vigia, Caia, Xévora e Lucefecit.

fonte: comunicland

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CESE defende redução da burocracia para os agricultores

12-01-2016 
 

 
O Comité Económico e Social Europeu acolhe favoravelmente que a Comissão Europeia considere prioritário simplificar a aplicação da Política Agrícola Comum.
 
O aumento da transparência e a segurança jurídica tem que vir acompanhado de uma redução da burocracia para os agricultores, outros beneficiários, organizações de produtores (OP) e administrações nacionais. O processo legislativo actual é muito complexo e difícil de compreender, pelo que é urgente aplicar o quanto antes uma Política Agrícola Comum (PAC) simplificada e, também, facilitar as coisas aos agricultores assim como prestar um apoio baseado na informação e formação.
 
O orçamento da PAC, de 404 mil milhões de euros (ME) para o período de 2014-2020, representa 38 por cento d orçamento total da União Europeia (UE).É importante dispor de regras precisas para regular o uso adequado deste dinheiro. No entanto, a regulação também pode resultar como excessiva: uma avaliação encomendada pela Comissão manifestou que, com a anterior reforma da PAC, a burocracia aumentou de 15 a 20 por cento.
 
O Comité Económico e Social Europeu (CESE) aprova expressamente o objectivo da Comissão de simplificar a PAC. A CE podia começar por apresentar propostas baseadas na lista de medidas de simplificação elaborada pelo Conselho de Agricultura e a Presidência. Em particular, o CESE considera importante analisar a coerência dos requisitos actuais, incluindo o seu impacto em âmbitos como o ambiente, a segurança alimentar, a disponibilidade de alimentos e a criação de emprego, o que irá permitir concluir que requisitos estão justificados e quais devem ser adaptados ou eliminados. O CESE recomenda combater a burocracia adoptando normas que permitam revogar um Regulamento vigente quanto se proponha um novo.
 
O CESE considera essenciais duas questões: cada euro deve investir para garantir efectivamente a existência dos agricultores e do sector agrícola europeus, ajustando-se ao mesmo tempo às normas ambientais e alimentares mais exigentes. Em segundo lugar, os requisitos para os agricultores devem ser estabelecidos de forma a reduzir consideravelmente a burocracia e que sejam compreensíveis também para os cidadãos comuns. Os agricultores necessitam sair para o campo em vez de ficarem nos seus escritórios», declarou Seamus Boland, relator do parecer sobre a reforma da PAC.
 
Embora o CESE veja com satisfação a iniciativa de tornar mais "verdes" os pagamentos directos como elemento essencial da reforma da PAC, também pede uma maior flexibilidade na aplicação das normas "Greening" para ter em conta factores externos imprevistos, como as condições meteorológicas, a seca ou as flutuações de preços que fazem com que as medidas não sejam razoáveis ou que, inclusive, sejam impossíveis de aplicar, ao menos, temporariamente.
 
Geralmente, é aceite que o incumprimento deve ser punido. Assim, as inspecções e as possíveis sanções devem ser proporcionais à quantidade de dinheiro recebido pelo beneficiário e a magnitude da infracção. No interesse da justiça deveria notificar a inpecção ao agricultor com uma antecipação razoável.
 
Fonte: Agrodigital

Rede de rega de Óbidos arranca em Fevereiro

  12-01-2016 
 

 
A primeira fase da rede de rega das denominadas baixas de Óbidos, terrenos agrícolas localizados entre a vila e a barragem, vai iniciar-se em Fevereiro com a construção de uma estação elevatória, divulgou a câmara. Em causa está um investimento de 28 milhões de euros que servirá cerca de mil agricultores.

Destinado em 60 por cento a pomares e 40 por cento a hortícolas, o projecto permite, por exemplo, aumentar a produção média de pera rocha de 12 toneladas, em sequeiro, para 40 toneladas por hectare, em regadio.

«Finalmente foram iniciados todos os procedimentos de concursos públicos para a execução da rede de rega» afirmou o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, anunciando o arranque da obra para Fevereiro deste ano.

O anúncio foi feito durante as comemorações oficiais do feriado municipal da vila, com o autarca a considerar a obra, integrada no Projecto Hidroagrícola das Baixas de Óbidos, como «uma das prioridades do mandato» e «motivo da maior confiança para o futuro deste sector de actividade económica».

À agência Lusa, Humberto Marques explicou que «o prazo para visto prévio do Tribunal de Contas para a primeira fase termina no início de Fevereiro». A partir daí pode-se fazer o auto de consignação e dar início à obra.

A primeira fase contempla a construção de uma estação elevatória que filtrará a água para a rega. Na segunda fase serão construídos 50 quilómetros de tubagem por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, que irrigarão 750 hectares de parcelas agrícolas do concelho de Óbidos e 450 hectares do concelho do Bombarral.

A expectativa do autarca é de que a segunda fase «arranque logo de seguida», já que «foram feitos todos os procedimentos e só houve uma reclamação, por parte de um concorrente, mas foi fora de prazo e portanto, segue para fase do visto prévio do Tribunal de Contas».

A rede de regadio das Baixas de Óbidos foi concebida para irrigar 1.300 hectares de terrenos agrícolas e servir cerca de mil agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral. A rede, orçada em 28 milhões de euros, é aguardada desde 1978 e tem data de conclusão prevista para 2017.

O regadio está agregado à construção da Barragem do Arnóia, uma obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005 e parada desde então devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

Fonte: Lusa

Dono de exploração pecuária "suspenso" dois anos


Ontem
O proprietário de uma exploração agropecuária de Póvoa de Lanhoso com animais "fora da lei" vai ser inibido de exercer a atividade por dois anos.
 

MIGUEL PEREIRA/GLOBAL IMAGENS

Em declarações à Lusa, fonte do Ministério da Agricultura acrescentou que os animais que não cumprem as normas legais vão ser apreendidos.

Em causa está uma exploração com cerca de 100 animais, como noticiou o JN. O dono anunciou que não dispunha de meios para os alimentar, adiantando mesmo que alguns já morreram à fome.

O Ministério da Agricultura já disponibilizou alimentação para os animais, até que se concretize o processo de apreensão.

Segundo o Ministério, o que o que está em causa naquela exploração é um "longo historial" de incumprimento das normas legais relativas ao bem-estar animal, identificação e circulação animal e também à sanidade animal.

O Ministério sublinha que aquele incumprimento representa "um grave perigo" para a saúde animal e para a saúde pública, colocando também em causa o bem-estar dos animais.

Acrescenta que o proprietário já terá sido alvo de meia centena de contraordenações.

O deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, que na segunda-feira reuniu com o ministro da Agricultura por causa do problema daquela exploração agropecuária, congratulou-se esta terça-feira com as medidas anunciadas pelo gabinete de Capoulas Santos. Para o PAN, são decisões "muito positivas, que garantem o bem-estar dos animais em causa, desde que sejam efetivamente aplicadas".

Aquela exploração está sob sequestro, um problema que começou em 2003, depois de a Direção-Geral de Veterinária ter identificado brucelose em alguns animais.

Segundo o Ministério da Agricultura, ao longo dos anos foram feitas "várias diligências" no sentido de resolver as diferentes situações com os detentores dos animais, sem que tenha sido conseguida qualquer atitude razoável de colaboração".

Sob sequestro, uma exploração está impedida de comercializar os animais, também não recebendo os apoios do Estado.

Quanto vale a carne de porco que comemos?


12 Jan, 2016 - 07:01 • André Rodrigues , Marília Freitas

Numa altura em que o sector atravessa uma das maiores crises de sempre, a Renascença foi perceber como trabalha a indústria. Conclusão: o preço pago por um porco nem sequer chega para pagar a ração que come.

Há um ano, os suinicultores sentiam os primeiros efeitos da crise mas sempre acreditaram que o sector daria a volta. "Iríamos aumentar o nosso efectivo reprodutivo, contratar mais funcionários e construir um novo pavilhão", começa Manuel Pereira, engenheiro agro-pecuário numa empresa de produção, abate e transformação sedeada na Trofa.

Um ano depois, tudo na mesma. E nos últimos meses o quadro degradou-se de forma significativa. "Tínhamos tudo aprovado, orçamentos, projectos… tudo".

Mas o retorno pela carne vendida em Portugal é fixado semanalmente de acordo com uma cotação indexada ao desempenho do sector em Espanha, onde os custos de produção são substancialmente mais reduzidos. Com o valor da carne de porco a cair a pique no mercado espanhol, a receita dos produtores portugueses regista subtracções recorde.

E em face disso, o investimento de 600 mil euros pensado há um ano fica na gaveta à espera de dias melhores.

7.000 euros de prejuízo por semana

Neste momento, o custo de produção por animal inteiro é de 118 euros. A receita, cerca de 84. Prejuízo: 34 euros.

Considerando que esta empresa da Trofa abate uma média de 200 animais por semana, Manuel Carneiro, sócio-gerente, tem a noção de que está a perder "7.000 euros em média todas as semanas".

Além disso, aquilo que o animal rende ao produtor "não chega para pagar as rações", precisa o engenheiro Manuel Pereira. "Se o ganho é de 84 euros por porco, só as rações custam 87". Fora outros custos associados.

Desde logo, com o pessoal. Manuel Carneiro já teve a seu cargo 70 funcionários. A crise levou ao despedimento de 10. E não terão sido os últimos.

Apreensivo, Manuel Carneiro desabafa que um quadro destes não lhe agrada, "porque sei que tenho famílias cuja sobrevivência depende do emprego aqui". Mas o patrão diz que "não é possível aguentar mais um ano assim".

Depois, somam-se as facturas da água, luz, combustíveis, recolha de resíduos, medicação. Uma parcela que algumas explorações já excluíram da estrutura de custos.

Américo Martins Oliveira, veterinário, diz ter conhecimento de suiniculturas "que deixaram de vacinar os animais". As consequências são "as doenças que poderão surgir mais à frente", adverte.

Grandes superfícies estão a dizimar o sector

São resultados de uma crise atribuída também em grande medida à política de promoções praticada pelas grandes cadeias de distribuição. "50%, 30%, 40%. E eu não sei como eles conseguem isso", desabafa Manuel Carneiro que lamenta o facto de os prejuízos "serem sistematicamente imputados aos produtores".

A conjuntura internacional também não ajuda. O embargo russo aos produtos europeus, em resposta às sanções por causa da guerra na Ucrânia, está a reter "milhares de toneladas de carne de porco nas arcas frigoríficas". Um problema que se estende a toda a Europa.

Num mercado global, a carne estrangeira entra nas grandes superfícies a preço muito mais baixo. Vendida como produto nacional. É outro dos motivos para o descontentamento dos suinicultores, que reivindicam uma fiscalização mais apertada e novas regras para a rotulagem da carne. "O que acontece é que algumas destas empresas andam a comprar alguma carne nacional, exigem os rótulos aos matadouros e depois colam-nos em qualquer cuvete de carne", que pode ser espanhola, francesa ou de outra origem qualquer.

Manuel Carneiro reconhece que "o consumidor acaba por ser enganado". É o poder da publicidade "que faz com que as pessoas vão atrás das promoções sem pensarem que, ao fim e ao cabo, a carne até sai mais cara".

Para trás, ficam os talhos tradicionais. Muitos despedem. Outros já fecharam. Outros ainda, sobrevivem enquanto podem. "Porque não podem fazer as promoções que os hiper e supermercados fazem".

As grandes superfícies esmagam-nos. Sem gravarem declarações, alguns talhantes contactados pela Renascença admitem que as grandes superfícies estão a matar o negócio.

E num país forçado a importar metade da carne de porco que consome, Manuel Carneiro diz não ter dúvidas: "vamos passar a depender dos espanhóis e de outros países da União Europeia… vamos morrer pobres… na miséria".

José Martino: Petição Agricultura e PDR 2020


Petição Agricultura e PDR 2020
Para: Exmº Srº Presidente da Assembleia da República
Considerando a importância do apoio público europeu e de Portugal ao investimento para a competitividade do setor agrícola e agroindustrial nacional, quer ao nível da aprovação dos projetos, quer no pagamento atempado das ajudas, pois o Estado Português não pode ser lesto a cobrar e aplicar coimas e alcavalas nos atrasos do cidadão e não ter os mesmos critérios para os seus compromissos com os agricultores; 
Considerando que o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Vocacional, uma agência pública que trabalha para a Comissão Europeia, indica que, neste momento, 26% das oportunidades de emprego estão na agricultura e dá conta de que Portugal tem várias oportunidades para jovens qualificados na agricultura; 
Considerando que é imperioso colocar a aprovação e o pagamento do PDR 2020 em dia; 
Considerando que é decisivo para a nossa economia que o tecido empresarial agrícola ganhe sustentabilidade, competitividade, dinamismo e atratividade; 
Considerando que é imperioso que a agricultura e os agricultores portugueses continuem o seu processo de modernização e internacionalização que lhes permita fazer face a um mercado global cada vez mais exigente; 
Considerando que a agricultura portuguesa absorveu, neste anos da crise (2011/2015) muitos jovens e casais desempregados, que no processo de regresso à terra viram a única solução para a sua vida; 
Considerando que a agricultura portuguesa foi, nestes últimos 4 anos, um fator decisivo de amortecedor social, criadora de emprego líquido, exportações e de riqueza; 
Apela-se ao Sr. Ministro das Finanças que canalize para o Ministério da Agricultura os fundos financeiros necessários para promover uma maior dinâmica e operacionalidade ao PDR 2020, por forma a defender o setor agrícola como nicho macroeconómico fundamental para a robustez e sustentabilidade do nosso modelo social, do crescimento da nossa economia e da nossa riqueza. 
Pede-se que a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar aprove com caráter de urgência uma resolução recomendando ao governo para colocar no Orçamento de Estado para 2016 o montante necessário para a contrapartida nacional das ajudas europeias consignadas no PDR 2020. 
Pede-se a quem estiver de acordo com esta subscrição a assine e a divulgue pois é muito urgente a nossa intervenção como cidadãos empenhados em construir a massa crítica de Portugal, como país desenvolvido. 

José Martino CC 5780679 9 ZZ7 válido até 14.10.2019 

PETIÇÃO:

Bairrada reforça liderança nos espumantes nacionais

12-01-2016 
 

 
A produção de vinho espumante na Bairrada registou um 2015 um aumento de mais de 25 por cento em relação ao ano anterior, reforçando a liderança desta região demarcada na produção de espumantes nacionais.
 
A estimativa do aumento de produção foi feita pelo presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CRVB), Pedro Soares, e tem como base o crescimento «entre 25 a 30 por cento» da venda na região demarcada dos selos de garantia do Instituto da Vinha e do Vinho.
 
O Selo de Garantia certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efectuado a todas as fases do processo de produção.
 
Em 2015, ano em que se assinalaram 125 anos de produção de espumantes na Bairrada, a venda de selos na região deverá ter rondado os dois milhões de unidades, contra pouco mais de um milhão e meio em 2014.
 
«O ano de 2015 foi muito positivo», diz Pedro Soares, que espera que as suas estimativas sejam confirmadas a curto prazo pelos dados oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), que vai divulgar este mês os números de produção de vinho por regiões demarcadas.
 
Na semana passada, o IVV divulgou os totais nacionais, que apontam para a produção de mais de sete milhões de hectolitros de vinho em 2015, o que representa um aumento de 13 por cento face à campanha anterior.
 
De acordo com dados oficiais, quase dois terços dos vinhos espumantes nacionais são produzidos na Bairrada, região que é responsável pela venda anual de cerca de 5,5 milhões a seis milhões de garrafas.
 
A percentagem de vendas em mercados externos ainda é reduzida, entre os oito e os 11 por cento, tendo como principais países de destino Angola e Brasil, mas os responsáveis da CRVB acreditam que é possível alterar esta situação a médio prazo, tendo em conta a cada vez maior aceitação que os vinhos da Bairrada, espumantes e os chamados "vinhos tranquilos", sem gás, estão a obter no mercado internacional.
 
Neste sentido, em 2015 a CRVB apostou fortemente no projecto Baga, definindo critérios para a consolidação de um espumante monovarietal feito a partir da casta Baga, dominante na região.
 
O projecto, a que aderiram numa primeira fase os enólogos de algumas da principais caves da região, como Primavera, Aliança Messias, São João, Quinta do Encontro e os produtores Luís Pato e António Selas, passa por criar um produto diferenciado com novas regras e uma identidade gráfica própria, a fim de promover a região no país e além-fronteiras.
 
Fonte: Dinheirodigital

UE: Mais de 35 mil toneladas de carne de porco para armazenamento privado nos primeiros dias

 12-01-2016 
 

 
Nos três primeiros dias de abertura do armazenamento privado de carne de porco foram solicitadas, no conjunto da União Europeia, mais de 35 mil toneladas.

Espanha está na cabeça com 9.274 toneladas, seguida pela Alemanha, com 8.815; Dinamarca, com 5.907; Países Baixos, com 5.515; da Polónia, com 1.453 e da França, com 1.001 toneladas.

Destaque para o facto de que enquanto em Espanha o armazenamento mais pedido é por um período de cinco meses, na Alemanha, Dinamarca e Holanda a duração de três meses é a mais procurada.

Fonte: Agrodigital

Rede de Rega de Óbidos arranca em Fevereiro

Janeiro 12
12:21
2016

A primeira fase da rede de rega das denominadas Baixas de Óbidos, terrenos agrícolas localizados entre a vila e a barragem, irá iniciar-se em Fevereiro, com a construção de uma estação elevatória.

Este investimento será no valor de 28 milhões de euros, servirá cerca de 1.000 agricultores e destina-se em 60% a pomares e em 40% a hortícolas, permitindo, por exemplo, aumentar a produção média de pêra rocha de 12 toneladas (em sequeiro), para 40 toneladas por hectare.

A primeira fase contempla a construção de uma estação elevatória, que filtrará a água para a rega.

Na segunda fase, serão construídos 50 quilómetros de tubagem, por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, que irrigarão 750 hectares de parcelas agrícolas do concelho de Óbidos e 450 hectares do concelho do Bombarral.

A rede de regadio das Baixas de Óbidos foi concebida para irrigar 1.300 hectares de terrenos agrícolas e servir cerca de 1.000 agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral.

O regadio está agregado à construção da Barragem do Arnóia, uma obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005 e parada desde então, devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

LUSA

Suinicultores bloqueiam armazém do Intermarché em Alcanena


Janeiro 12
12:23
2016

Um grupo de suinicultores bloqueou, esta madrugada, a saída da base de abastecimento do Intermarché em Alcanena, Santarém, em protesto contra o incumprimento da lei da rotulagem da carne de porco.

Depois de se terem concentrado pelas 19:30 na estação de serviço da A1 em Santarém, os suinicultores decidiram fazer mais uma acção contra o incumprimento da lei da rotulagem da carne de porco e optaram pelo armazém do Intermarché em Alcanena.

Os suinicultores queixam-se de que a rotulagem é muitas vezes ignorada e consideram que as contínuas promoções em nada dignificam o produto em si e que a opinião pública começa a desconfiar de que a carne de porco não tem qualidade.

Além do incumprimento da lei da rotulagem nalguns estabelecimentos comerciais, João Correia, porta voz dos suinicultores, salientou que o suinicultor português perde, em média, 45 euros por cada porco que vende, ou seja, estão a vender abaixo do custo de produção, colocando em causa 200 mil postos de trabalho directos e mais 200 mil indirectos.

Depois de algumas horas de bloqueio, os suinicultores decidiram desmobilizar, manifestando boa vontade em negociar, face aos sinais de abertura por parte da administração do Intermarché.

A reunião com a administração do Intermarché, para encontrar uma base para a sustentabilidade da negociação, ficou marcada para sexta-feira, o que levou os suinicultores a esperar, pelo menos até lá.

LUSA

Início do acordo comercial UE-Ucrânia


Janeiro 12
12:16
2016

O acordo comercial entre a União Europeia e a Ucrânia, que foi negociado já há alguns meses e que estava previsto entrar em vigor em 1 de Janeiro deste ano, entrou efectivamente em vigor, apesar da feroz oposição da Rússia.

Neste momento, os operadores europeus dispõem de contingentes tarifários isentos de taxas para a exportação para a Ucrânia, para produtos, tais como, carne de porco, carne de frango e açúcar e tarifas reduzidas para as frutas, legumes e produtos lácteos.

A Ucrânia já gostaria de ter este acordo em marcha, mas a pressão russa, com ameaças de fechar a fronteira russa aos produtos ucranianos, não o permitiu.

O fecho das fronteiras russas pode representar um prejuízo para a Ucrânia de 600 milhões de dólares, que o Presidente daquele país quer ver compensado com ajuda europeia.

DGADR: Novo Regime do Exercício da Atividade Pecuária (NREAP)


 

NREAP A produção animal ou pecuária, nos diferentes objetivos com que é desenvolvida esta atividade em Portugal, representa um segmento fulcral da política de desenvolvimento agro-pecuário do País.

Com o Decreto-Lei nº 214/2008 de 10 de novembro, que criou o Regime de Exercício das Atividades Pecuárias — REAP, foram harmonizados os processos necessários para a instalação e exercício destas atividades, tendo sido estabelecidas as regras para a regularização e o desenvolvimento económico do setor, e estabelecendo princípios para assegurar a proteção da hígio-sanidade e do bem-estar animal, a saúde pública, a segurança de pessoas e bens, a qualidade do ambiente e o ordenamento do território, num quadro de sustentabilidade e de responsabilidade social dos produtores, pelas atividades pecuárias que desenvolvem.

image001Com o Decreto-Lei nº 81/2013, de 14 de junho, foi entretanto alterado o quadro legislativo vigente, tendo por base as propostas apresentadas pelo Grupo de Trabalho SIMREAP, respondendo assim às necessidades de simplificação e de agilização do processo de autorização das actividades pecuárias e de harmonização dos critérios de aplicação do REAP, revogando o Decreto-Lei nº 214/2008.


Com o Decreto-Lei nº 81/2013 foi aprovado o novo regime de exercício da atividade pecuária (NREAP). Os períodos transitórios de reclassificação ou de regularização especial das atividades pecuárias existentes, foi encerrado, tendo as disposições constantes do Decreto-Lei nº 214/2008, sido mantidas só para assegurar a tramitação dos processos em curso. 
No sentido de facilitar a interpretação e o processo de transição entre as normas previstas no Decreto-Lei nº 214/2008 e este novo diploma, foi entretanto publicada e divulgada pela DGADR a Nota Interpretativa do REAP nº 1/2013.

Seminário - Consumo de leite e Lacticínios - O que pode estar a mudar



O Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares organiza o Seminário subordinado ao tema "Consumo de Leite e Lacticínios - O que pode estar a mudar", no dia 13 de Janeiro de 2016, pelas 14:30 horas, no Auditório da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.

A participação é gratuita mas sujeita a inscrição até ao dia 11 de Janeiro, para observatorioagricola@gpp.pt

Para mais informações consulte o Programa do Seminário

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

GNR dispara para o ar durante protesto de suinicultores


Hoje às 08:34

A GNR sacou das armas e disparou para o ar durante o bloqueio de suinicultores junto à base do Intermarché, em Alcanena, em protesto contra a promoção de 50% no preço da carne de porco nas grandes superfícies do grupo

A concentração terminou pacificamente ao início da manhã, mas passou, pouco depois da 1 hora, por momentos de alguma tensão.

Um grupo apedrejou um camião de matrícula espanhola que se encontrava entre os veículos impedidos de entrar nas instalações, tendo a GNR feito alguns disparos para o ar.

João Correia, porta-voz do grupo em protesto, recusou-se a comentar o incidente, afirmando à Lusa que não se apercebeu do episódio, por ter acontecido quando se encontrava reunido com a direção da base logística.

O incidente quebrou um ambiente marcado por momentos de convívio, com febras assadas e uma fogueira para aquecer do frio da noite.

"Estamos aqui num direito pacífico e cívico para mostrar a nossa indignação e fazer um alerta sério do que pode ser um problema social", com a destruição de postos de trabalho num setor responsável por 200 mil empregos diretos, muitos com direito a habitação, disse à Lusa João Correia antes da reunião com os responsáveis do Intermarché.

O acesso às instalações do grupo Mosqueteiros foi bloqueado ao início da noite de segunda-feira por um veículo pesado de transporte de suínos, parado no meio da via, com dezenas de viaturas estacionadas na berma da estrada, o que obrigou mais de uma dezena de camiões da empresa (que carregam durante a noite para abastecer as grandes superfícies do grupo a nível nacional) a ficarem retidos no exterior.

Os suinicultores desmobilizaram durante a madrugada, após sinais de abertura do Intermarché.

Depois de, horas antes, terem indicado que pretendiam manter o bloqueio ao acesso e a saída de camiões da base logística do Intermarché, em Alcanena, iniciado ao início da noite de segunda-feira, até a campanha de promoção ser suspensa, os suinicultores decidiram desmobilizar para "não criar problemas", manifestando "a boa vontade" em negociar e face aos sinais de abertura por parte da administração do Intermarché.

Paulo de Morais diz que Portugal é um «verdadeiro eucaliptal»


O candidato presidencial Paulo de Morais considerou hoje que Portugal é um «verdadeiro eucaliptal», numa alusão à indústria da celulose que «transformou o país num deserto verde», com consequências ao nível ambiental.

"A celulose é uma indústria altamente poluente, porque polui, desde logo, ao nível da produção de matérias-primas. Portugal foi transformado nos últimos anos num verdadeiro eucaliptal, é um eucaliptal sem dimensão, muitas das terras do país que podiam ser aproveitadas para a agricultura estão infestadas de eucaliptos", disse Paulo de Morais aos jornalistas, à margem de uma visita à povoação de Leirosa, Figueira da Foz.
O candidato à Presidência da República disse, ainda, que em termos ambientais e de poluição, apesar de nos últimos 40 anos ter havido uma grande reconversão tecnológica ao nível da produção de pasta de papel, "nas consequências para as populações evoluiu-se muito pouco".
"Ao nível dos odores e do mal-estar nas imediações das fábricas de papel continuamos como nos anos 60", considerou.
O candidato frisou que a situação não é exclusiva da Figueira da Foz - a povoação da Leirosa é vizinha da fábrica da Celbi e, na mesma freguesia, está implementada também a Soporcel - e acontece também em Aveiro, Viana do Castelo e outros pontos do país.
Paulo de Morais disse que um candidato a Presidente da República tem de ter a preocupação que as leis em termos ambientais "sejam claras, o que infelizmente em Portugal não acontece ainda", argumentando que existe muita legislação ambiental, "mas muita dela pouco clara" e que a fiscalização do Estado "é perfeitamente fraudulenta".
"Há muitos fiscais que são comprados por meia dúzia de euros", acusou.
"Porque se não houver uma legislação clara e uma fiscalização confiável, depois tudo é tratado em termos casuísticos. Hoje há um problema na Leirosa, a população revolta-se e há uma intervenção de emergência (...). Penso que estamos todos fartos de intervenções casuísticas ao nível do ambiente", declarou.
Na ocasião, Paulo de Morais contactou ainda com alguns pescadores residentes na localidade, nomeadamente sobre situações de falta de segurança na barra do porto da Figueira da Foz - onde um naufrágio, em outubro, matou cinco pescadores - e lembrou que aqueles profissionais "vivem permanentemente em insegurança".
"Todos os anos em Portugal há pescadores que morrem e, ao mesmo tempo, vemos que as autoridades não têm capacidade de resolver o problema do socorro aos náufragos", sustentou.
Paulo de Morais considerou "completamente inadmissível" que o Instituto de Socorros a Náufragos funcione "como se fosse uma repartição de Finanças", situação que o candidato quer ver alterada, porque a segurança dos pescadores "não é compaginável com regras da função pública".
A esse propósito, Paulo de Morais disse que as áreas da defesa, segurança e proteção civil devem ser uma "preocupação permanente" do Presidente da República, prometendo "preocupação máxima e urgente" na segurança dos pescadores.
Diário Digital com Lusa

Fruit Logistica regressa a Berlim entre 3 e 5 de Fevereiro


Jan 11, 2016Destaque Home, Notícias01
No início do mês, arranca mais uma edição da Fruit Logistica, em Berlim. No certame, onde o Egipto será o país parceiro, estarão presentes mais de três dezenas de expositores portugueses.

Nesta edição, destaca-se o Virtual Market Place, uma ferramenta criada para apoio ao agendamento de reuniões e ao início de contactos, antes do começo da feira. A inscrição no "mercado virtual" está aberta a visitantes e expositores.

Além disso, a organização criou secções específicas para os produtos de conveniência frescos e para os biológicos, onde os utilizadores da ferramenta podem «identificar e encontrar rapidamente prestadores destes serviços», diz a organização em comunicado.

Durante a feira, os visitantes poderão votar e conhecer os vencedores do prémio inovação Fruit Logistica (FLIA); visitar os espaços dedicados à tecnologia (TechStage), produtos frescos (Fresh Produce Forum) e logística (Logistics Hub); participar em workshops (Future Lab); e assistir a inúmeras conferências.

Poderá encontrar a Frutas, Legumes e Flores em três espaços diferentes: no hall 5.2/D-06, no 5.2/C-12 e no 3.1/C-04.

Carregal do Sal recebe Feira da Pinha e do Pinhão



 11 Janeiro 2016, segunda-feira  Pequenos Frutosdiversos
pinhao
A segunda edição do certame "Saberes e Sabores de Terras de Carregal do Sal | Feira da Pinha e do Pinhão" tem lugar em Carregal do Sal nos dias 16 e 17 de janeiro de 2016.
Empresas que se dedicam à fileira do pinheiro manso e cogumelos, produtores de vinho, queijos e enchidos, doçaria tradicional e restauração, num total de mais de 70 expositores, vão ocupar os 1650 m2 de tenda coberta implantada em espaço contíguo ao edifício da Câmara Municipal de Carregal do Sal.
Promover os produtos endógenos, em concreto o pinhão, é um dos objetivos do certame.
A iniciativa é promovida pela Câmara, Associação de Produtores Florestais do Planalto Beirão e conta com o apoio do Turismo Centro de Portugal.

Batalha: Frutitec/Hortitec 2016 com «novas oportunidades de negócio»



 11 Janeiro 2016, segunda-feira  Hortofruticultura & FloriculturaNegócios

A Exposalão, na Batalha, recebe entre 3 e 6 de março de 2016 a 4.ª edição da Frutitec/Hortitec, que conta com a revista técnica AGROTEC como media partner. Em simultâneo terá lugar igualmente a 17.ª Expojardim. 
Na Frutitec/Hortitec participam produtores, fabricantes, importadores, grossistas, representantes de produtos, máquinas e serviços para fruticultura e horticultura bem como entidades institucionais do setor e associações.
Sementes, fertilizantes, vasos, embalagens, estufas, sistemas de rega, máquinas e equipamentos para plantar, colher, limpar, pesar, calibrar, embalar, etiquetar, armazenar, transportar e conservar produtos hortícolas e frutícolas são alguns dos produtos em exposição.
hortitec
«Atrair grandes e pequenos agricultores, centrais de compras, grandes cooperativas de frutícolas ou hortícolas» são os objetivos do certame, vinca a organização.
Depois do «surpreendente sucesso da última edição que conferiu uma grande visibilidade à hortofruticultura, que apresenta sempre grandes carências devido às adversidades com que este setor económico se vai confrontando», a Exposalão «pretende assumir novamente a sua posição estratégica, no centro do país, estabelecendo a ponte entre a oferta e a procura, permitindo assim que confluam às nossas instalações os profissionais desta área oriundos dos mais variados pontos do país».
«Novas oportunidades de negócio»

Na edição de 2016, a feira «trará novas oportunidades de negócio, uma vez que queremos contar com algumas novidades ao nível dos equipamentos e serviços deste setor», salientam os organizadores.
Em simultâneo com esta feira decorre a Expojardim - 17ª Feira de plantas, flores, mobiliário urbano e de jardim, piscinas e acessórios, equipamentos, máquinas e acessórios para jardinagem.
Irão decorrer palestras e seminários paralelos que darão aos agricultores, fruticultores e horticultores a oportunidade de se atualizarem e conhecerem outras propostas e ideias para fomentar a produção. 
Destaque ainda para a Iberopragas - Salão Profissional de Controlo de Pragas (agrícolas e urbanas), também de 5 a 8 de março, na Exposalão.
A revista técnica AGROTEC é media partner da Frutitec/Hortitec.

Bruxelas tenta manter o equilíbrio do sector agrícola nas negociações com os EUA


Janeiro 11
13:35
2016

Os negociadores europeus asseguram que estão a lutar por um equilíbrio da agricultura europeia no futuro acordo comercial com os Estados Unidos TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership).

Esta tarefa parece, no entanto, ser muito difícil, sobretudo, para os produtos lácteos.

Esta posição foi transmitida ao COPA-COGECA, em carta enviada pelo Director-geral do Comércio, Jean-Luc Demarty, respondendo, assim, às preocupações que estas organizações transmitiram à Comissária Malmström, na reunião que tiveram em Setembro.

Segundo Demarty, "sopram fortes ventos contrários" em todos os domínios, desde as tarifas alfandegárias, as barreiras sanitárias (SPS) e as denominações de origem. Contudo, o processo de desmantelamento das barreiras SPS está a avançar muito mais rapidamente do que o desmantelamento das barreiras alfandegárias.

A discussão no sector das carnes também está a evoluir, sobretudo, neste caso, ao nível das barreiras tarifárias.

Leite – Cooperativa holandesa dá prémio a quem reduzir a produção


Janeiro 11
13:36
2016

A Cooperativa de produtos lácteos holandesa FrieslandCampina anunciou, recentemente, que irá pagar um prémio aos produtores que não aumentem a sua produção nas próximas semanas.

Assim, os produtores que mantiverem ou reduzirem a sua produção, entre 1 de Janeiro e 11 de Fevereiro, terão um bónus de 2 cts por litro de leite. O valor de referência será o que entregaram à cooperativa entre 13 e 27 de Dezembro.

A FrieslandCampina, que tem um volume de negócios de 11,3 mil milhões de euros, justifica esta medida com o aumento de produção dos seus associados em 2015, que foi na ordem de 6,4%, ou seja, mais 600.000 toneladas de leite.

A Cooperativa poderia não conseguir processar todo o leite dos seus associados, caso a produção continuasse a aumentar.

Esta medida foi muito bem acolhida pelo European Milk Board em Bruxelas, que tem vindo a lutar por um controlo da produção, como principal medida de combate à crise que o sector atravessa.

Alunos do Ensino Superior Agrário testam conhecimentos em abril



 11 Janeiro 2016, segunda-feira  

Nos dias 9 e 10 de abril de 2016 os alunos do Ensino Superior Agrário de todo o país vão testar os seus conhecimentos colocando-os à prova na edição 2016 do evento "24 horas de Agricultura Syngenta".
A edição deste ano é subordinada ao tema "Valor Agrícola de Nova Geração".
A iniciativa decorre no Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa.
Todos os interessados podem inscrever-se até ao dia 28 de março.
Podem concorrer estudantes maiores de 18 anos e que frequentem licenciatura ou mestrado das áreas de ciências agrárias.
As "24 Horas de Agricultura" destina-se a estudantes do Ensino Superior Agrário de todo o país, sendo que «as equipas concorrentes podem ser compostas por 3 a 5 estudantes da mesma Escola ou por estudantes, que não frequentando a mesma instituição de ensino superior, decidam constituir uma equipa para participar na competição», informam os promotores.
alunos
O evento inclui provas onde serão utilizadas tecnologias avançadas, incluindo agricultura de precisão, e durante as quais os futuros engenheiros agrónomos serão desafiados a encontrar soluções para problemas técnicos e de gestão da exploração agrícola, numa lógica de criação de valor em organizações.
A iniciativa é organizada pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH), IAAS - International Association of Students in Agricultural and Related Sciences e pela SFORI. 
Fotos: 24 horas de Agricultura

Novos mercados abertos pela UE depois do embargo russo

Janeiro 11
13:32
2016

Face ao embargo russo, a Comissão Europeia tem vindo a esforçar-se para a abertura de novos mercados alternativos, sendo que, ao mesmo tempo, tem intensificado as negociações comerciais com antigos parceiros.

A Comissão Europeia precisa que, por exemplo, o Canadá abra a importação de carne de bovino a 19 Estados Membros, bem como às maçãs da Polónia e às pêras da Bélgica.

A China levantou a interdição devida à BSE à carne de bovino irlandesa e holandesa. A Irlanda passou a poder vender carne de porco na China e vários Estados Membros poderão começar a vender produtos lácteos.

A Colômbia abriu o mercado aos produtos lácteos e à carne da Espanha e de produtos transformados de carne de Portugal. O Japão simplificou bastante as normas de importação de queijo europeu. A Arábia Saudita levantou as restrições devido à BSE. Singapura também levantou a interdição à carne de bovino francesa.

A Turquia recomeçou a importação de bovinos vivos e os Estados Unidos abriram à carne de bovino irlandesa e da Lituânia.

FENALAC: Carta Aberta ao Senhor Deputado André Silva do PAN

 11-01-2016 


 Carta Aberta ao Senhor Deputado André Silva do PAN

Na Reunião Plenária nº 22 da Assembleia da República, do 7 de Janeiro, relativa à Discussão de uma Proposta de Resolução dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS-PP acerca da situação da Produção Leiteira Nacional, o Senhor Deputado André Silva do PAN proferiu declarações de teor gravíssimo a respeito deste sector económico, assim como do leite enquanto alimento.  

Gostaríamos de recordar ao Senhor Deputado que é um representante eleito à Assembleia da República e, nessa qualidade, se deveria abster de proferir declarações cujo cariz panfletário, obtuso e sectário mais se assemelham às de um líder de uma qualquer seita iluminada e radical. 

Com efeito, é vergonhoso o anátema discricionário lançado sobre a produção de leite nacional e os seus alegados malefícios. A Produção de leite nacional é responsável pela manutenção directa e indirecta de cerca de 100 mil empregos, apresentando um valor económico superior a 1.200 milhões de euros. Além disso, os Produtores de leite actuam sobre a vigência de um rigoroso quadro regulamentar europeu e nacional, que implica o cumprimento de exigentes normas de carácter ambiental e de bem-estar animal.

Com certeza os elevados padrões de higienização mental, lógica asséptica e visão deturpada não permitem ao senhor Deputado deslocar-se ao terreno e arejar o seu ideário altivo, urbano e bem-pensante com uma dose de razoabilidade própria daqueles que seguem os princípios legais de uma actividade económica.     

Que o Senhor Deputado não aprecie a Produção de Leite está no seu direito, mas que estende um manto de inverdades sobre um sector económico com estas características, não lhe reconhecemos legitimidade nem autoridade. Também lhe lançámos o desafio de apreciar de forma similar os sectores económicos responsáveis pelos alimentos que o PAN tanto idolatra e que exponha às famílias carentes do nosso pais as vantagens da utilização exclusiva dos métodos de produção mais dispendiosos que defendem. Já agora, que lhes explique igualmente como obter os meios económicos para os adquirir.

De facto, a arrogância moral e intelectual destes senhores não têm limite face à realidade de um País e de uma população cujo rendimento frequentemente não lhes permite fazer face às necessidades mais básicas.

Quanto ao valor do leite enquanto alimento, existem milhares de estudos científicos que comprovam a importância da inclusão do leite numa dieta equilibrada e nutritiva, acompanhada de hábitos de vida saudáveis, onde se inclui o exercício físico.

Obviamente que a repetição exaustiva dos resultados de pseudoestudos, assim como a deturpação dos resultados de estudos sérios, têm constituído uma barreira de ruído com impacto no comum dos cidadãos e dos consumidores.     

A este respeito, é importante distinguir as convicções filosóficas e as opções de vida de cada um, perfeitamente legítimas e admissíveis, dos factos científicos consolidadas e reais. 

Senhor Deputado André Silva, assim como não o pretendemos obrigar a consumir aquilo que não gosta, também não podemos aceitar o aviltamento de uma actividade económica que segue elevados padrões de autoexigência e que implica o trabalho árduo e diário de milhares de produtores de leite nacionais.    

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

CDS-PP chama ministro da Agricultura ao Parlamento


O CDS-PP vai chamar ao parlamento, com caráter de urgência, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, para esclarecer o eventual cancelamento da reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), disse hoje à Lusa a deputada Patrícia Fonseca.
   
"O CDS tem a informação credível, que gostaríamos de ver esclarecida, de que o Ministério da Agricultura cancelou a reprogramação do PDR 2020, que era necessária para fazer face à enorme afluência de candidaturas às medidas agroambientais, o que fez ultrapassar largamente as dotações", afirmou Patrícia Fonseca.
A deputada centrista sublinhou que a reprogramação prende-se com o aumento da taxa de comparticipação nacional, que passou de 15% do Orçamento do Estado (OE), para 25% do OE.
"A confirmar-se, como é que o Governo vai pagar as medidas agroambientais. Vai tirar verbas às medidas de investimento?", questionou.
A deputada eleita por Santarém disse que o requerimento para a presença urgente de Capoulas Santos na comissão parlamentar de Agricultura seguirá ainda hoje.
Diário Digital com Lusa

Portugueses consideram agricultura importante para o futuro


Jan 06, 2016Notícias0Like
Segundo um inquérito levado a cabo pela Comissão Europeia sobre a relação dos europeus com a agricultura e a Política Agrícola Comum (PAC), 61% dos 1.051 cidadãos portugueses questionados considera que a agricultura é importante para o futuro da União Europeia (UE).

À pergunta sobre quais deverão ser as duas principais responsabilidades dos agricultores na sociedade, a maioria dos portugueses identificou como as mais importantes a oferta de produtos diversos e de qualidade e a manutenção das actividades económicas e do emprego nas regiões do interior.

Sobre os objectivos que a UE deve perseguir em relação à PAC, os inquiridos apontaram para a garantia da qualidade e segurança dos produtos, bem como, a garantia de preços razoáveis para os consumidores.

Apesar da importância dada à agricultura, 66% dos portugueses inquiridos sabe da existência da PAC mas não conhece os detalhes que a definem. Ainda assim, 60% concorda absolutamente que esta política não beneficia só os agricultores, mas todos os cidadãos europeus.

O inquérito foi realizado junto de 27.822 cidadãos da UE, entre 17 e 26 de Outubro de 2015.

Academia do Centro de Frutologia Compal tem 60.000€ para apoiar projetos de empreendedorismo frutícola



Publicado em quinta, 07 janeiro 2016 12:38
 

Estão abertas até 18 de fevereiro as candidaturas para a quarta edição da Academia do Centro de Frutologia Compal, que pretende fomentar a inovação na fruticultura nacional e estimular a colaboração e criação de parcerias para o desenvolvimento de novos negócios.

Serão escolhidos os projetos de 12 empreendedores para participar na Academia. Os três melhores projetos finais recebem uma bolsa de 20.000€.


domingo, 10 de janeiro de 2016

Angola estuda ajuda alimentar a mais de 750 mil pessoas afetadas pela seca no Cunene



As autoridades angolanas defendem o fornecimento imediato de assistência alimentar às 755.678 pessoas afetadas pela seca na província do Cunene, cujas necessidades alimentares estão ainda a ser analisadas.

O assunto foi analisado durante uma reunião entre a Comissão de Proteção Civil no Cunene e a delegação multissetorial, chefiada pelo secretário de Estado para a Proteção Civil e Bombeiros do Ministério do Interior de Angola, Eugénio Laborinho, que desde segunda-feira trabalha naquela região do sul do país, noticia hoje o Jornal de Angola.
A Comissão de Proteção Civil no Cunene está a preparar um relatório sobre as necessidades alimentares neste momento, para ser apresentado ao Governo.
Na reunião ficou ainda decidido que depois da ajuda alimentar, a população deve receber igualmente assistência nos domínios da saúde, educação e agricultura.
Nos últimos dias, começou a chover na província do Cunene, por isso as autoridades preveem que a situação possa estar minimizada até ao final do primeiro semestre deste ano, altura da colheita dos produtos agrícolas.
Com a situação, segundo dados da Comissão de proteção Civil no Cunene, em algumas localidades a população abandonou as suas residências à procura de apoio, muitas delas deslocando-se à vizinha República da Namíbia.
As autoridades tradicionais, que consideram fraco o apoio prestado pelas autoridades, apesar de a direção provincial do Ministério da Agricultura ter fornecido no início da época chuvosa algumas sementes, solicitaram ao Governo mais sementes e tratores para o aumento da produção agrícola.
Na semana passada, o governador da província do Cunene, António Didalelwa, anunciou a existência de dez toneladas de milho para sementeira.
Dinheiro Digital com Lusa

Lusoflora – Palco de negócios e debate


Jan 09, 2016Destaque Home, Notícias01
Os dias 26 e 27 de Fevereiro, em Santarém, recebem a 29.ª edição da Lusoflora – Mostra Profissional. A Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais (Apppfn), entidade organizadora, afirma que esta feira é um «espaço privilegiado de contactos e negócios».

lusoflora2016O certame que vai decorrer no Cnema é também uma «oportunidade única para as empresas do sector da horticultura ornamental, promoverem os seus produtos ou serviços».

Na Lusoflora marcam presença empresas de viveiros de plantas, flores de corte, maquinaria, equipamentos, serviços e factores de produção.

Ao espaço de exposição aliam-se momentos de debate em colóquios que vão abordar os principais temas da actualidade do sector. Na agenda está já previsto um encontro sobre "Horticultura Ornamental em Portugal – Enquadramento Legal da Produção e Comercialização" que contará com a presença da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Esta instituição vai abordar as questões relativas às obrigações legais do licenciamento de fornecedores de materiais de propagação, assim como questões fitossanitárias que suscitam actualmente maior preocupação, nomeadamente o risco de introdução de Xylella fastidiosa no nosso território.

UTAD estuda controlo de pragas e insetos pelos morcegos


SEXTA, 08 JANEIRO 2016 17:22

O Laboratório de Ecologia Aplicada (LEA) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver vários estudos que procuram aprofundar o conhecimento sobre a ecologia dos morcegos e contribuir para a preservação destas misteriosas espécies. Os morcegos prestam um serviço de ecossistema relevante para muitas atividades humanas, como a agrícola, ao controlarem significativamente inúmeras pragas de insetos prejudiciais à agricultura e à saúde pública.

Coordenados por João Alexandre Cabral, diretor do LEA, laboratório integrado no Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), os estudos sobre a ecologia dos morcegos incidem especialmente na região transmontana e alto duriense. Um dos estudos em curso prende-se com a avaliação da distribuição espacial de quatro espécies de morcegos nos distritos de Vila Real e Bragança, relacionando os requisitos ecológicos destas espécies com as características climáticas, topográficas, socioeconómicas atuais e dos usos do solo predominantes.
 
O objetivo é a análise e a previsão dessa distribuição no futuro, de acordo com as tendências de alteração nos usos do solo, através da modelação ecológica. Este estudo, desenvolvido no âmbito do mestrado do também investigador do LEA, Luís Braz, além de contribuir para melhorar o conhecimento sobre estas espécies, cujo estatuto de ameaça é ainda desconhecido, visa também a criação de uma ferramenta de apoio à gestão ambiental que ajudará os gestores e decisores responsáveis pela conservação deste grupo de animais.

Preços das matérias-primas agrícolas voltam a cair


por Ana Rita Costa- 8 Janeiro, 2016

A média de preços das matérias-primas agrícolas voltou a cair pelo quarto ano consecutivo para o valor mais baixo dos últimos seis anos. A conclusão é da FAO, que revelou esta semana que o índice de preços atingiu uma média de 164,1 pontos em 2015.

De acordo com a agência das Nações Unidas, o indicador tem vindo a acompanhar os preços dos mercados internacionais em cinco grupos de matérias-primas agrícolas e em 2015 caiu cerca de 19,1% face a 2014: cereais mais transaccionados, óleos vegetais, lacticínios, carne e açúcar. A evolução, conta a FAO, representa a quarta queda anual consecutiva e a maior quebra face a 2000.

De acordo com o Jornal de Negócios, que cita também a agência das Nações Unidas para a alimentação, o indicador de cereais da FAO caiu 1,3% em dezembro e o índice anual caiu face a 2014, impulsionado pela "intensificação concorrencial nas exportações no caso dos produtores de milho", mas também pela "expectativa de aumento da oferta de trigo pela remoção de taxas à exportação na Argentina."

O índice de preços dos lacticínios foi o que mais recuou: caiu 1% no último mês de 2015 e contribuiu para que a evolução anual caísse 28,5% abaixo do registado em 2014, o que terá resultado do fim das quotas leiteiras na União Europeia a 1 de abril de 2015.

Já o índice dos preços da carne nos mercados mundiais registou uma quebra de 2,2% em dezembro e de 15,1% no acumulado anual fruto do aumento da oferta de carne de porco na Europa e devido à quebra da procura nos EUA por carne importada.

Nos óleos vegetais, o mês de dezembro foi de crescimento, com um aumento de 2,1% nos preços, mas o acumulado anual foi de 19 pontos percentuais. A evolução do açúcar foi semelhante: um ligeiro crescimento de 0,6% em dezembro e uma redução anual de 21% face aos preços de 2014.

Portugal será de novo um país agrícola?

Europa vê grande potencial Jovens regressam à agricultura.

 Foto: D.R. Luís Reis Ribeiro 09.01.2016 / 00:01 

Agência europeia fez projeção do mercado de trabalho dos 28 países da UE até 2025. Portugal tem mais oportunidades no sector primário 

Há 60 anos, 48% do emprego estava no sector da agricultura, silvicultura e pescas. Mais de 1,5 milhões de pessoas retiravam o sustento dessas atividades primárias, de baixo valor acrescentado, mal pagas, do trabalho de sol a sol. Nos campos e na orla piscatória do país a pobreza era a constante, os focos de miséria e até de fome também. A iliteracia era esmagadora, a exploração dos trabalhadores também. 

O documentarista alemão Alfred Einhardt filmou Portugal nessa altura. Está lá tudo e mais ainda, do extenuante e longo ciclo de produção no Douro vinhateiro à perigosa pesca do atum no Algarve. Apesar de ter incomodado alguns no regime de António de Oliveira Salazar com o seu realismo, o documentário de Einhardt passou. Não foi censurado. 

Portugal, hoje 

Hoje, a agricultura e as pescas passam mais despercebidas. Fortemente desmanteladas desde que Portugal aderiu à UE (então CEE, em 1986), algumas atividades ficaram, em todo o caso, mais produtivas. 

O quadro atual é este: o sector absorve apenas 7,5% da população empregada (343 mil pessoas no terceiro trimestre de 2015, diz o INE); valem 2% do PIB anual (3,3 mil milhões de euros) quando em 1955 valia 27% da riqueza doméstica. Apesar do peso muito modesto no PIB (devido às importações elevadas), o sector agroalimentar tem relevância nas exportações de bens: pesa 12% do total e cresce 6% ao ano.

 Algo pode estar a mudar outra vez, indicam vários estudos e os relatos vivos de alguns (jovens) que estão a trocar as cidades e os empregos nos serviços pelo campo e por projetos agrícolas inovadores, exportadores. Havendo oportunidades e apoios, pode até ser uma alternativa à emigração. 

Um dos trabalhos mais contundentes sobre o que pode estar para vir, realizado em 2015 pelo Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Vocacional (Cedefop), uma agência pública que trabalha para a Comissão Europeia e outras instituições, mostra que 26% das oportunidades de emprego estão na agricultura. 

O estudo "Panorama das Qualificações" projeta os mercados de trabalho dos vários países da União até 2025, usando previsões demográficas de longo prazo e previsões macro de mais curto prazo. No caso de Portugal, um dos inputs cruciais do modelo terá em conta as verbas dos fundos estruturais (na agricultura e nas pescas em Portugal, o grande alicerce será o Programa de Desenvolvimento Rural 2020) que dá prioridade (e incentivos em dinheiro) aos investimentos inovadores e geradores de emprego mais qualificado, aos jovens agricultores. 

Plantas medicinais 

Bruno Vargas, 37 anos, que estudou para jornalista, viu no campo a solução quando as perspetivas na comunicação social pareciam cada vez menos promissoras. "A oportunidade surgiu com o Proder [no anterior quadro de apoios, o QREN]. Esperou mais de "um ano, quase dois" que a burocracia inerente à aprovação de fundos libertasse o apoio fundador. Conseguiu. 

Há um ano que produz na região de Rio Maior "ervas aromáticas e medicinais produzidas de forma biológica". "Está a correr bem", "exportamos tudo o que produzimos", sobretudo para o centro e o norte da Europa. 

O trabalho é qualificado, gere e desenha o seu próprio projeto, trabalha muito sozinho. Depois há cinco a seis pessoas que, anualmente, vêm ao terreno praticar as suas especialidades. "São qualificadas, na medida em que sabem mexer nas plantas." "Plantar, cortar, mondar, são poucos os que sabem." Saber da poda tem valor. 

Quase 600 mil "oportunidades" 

Portugal é, na análise do Cedefop, emblemático. No país que outrora foi profundamente agrícola, o maior número de oportunidades de emprego está, justamente e outra vez, na agricultura – cerca de 26% do total será para trabalhadores qualificados em agricultura, floresta e pesca, muito acima da projeção para a UE", referem os peritos. 

Pelas contas da agência europeia, isto vale quase 600 mil postos de trabalho que podem ficar vagos até 2025. Logo a seguir: trabalhos de limpeza e de vendas nas ruas (400 mil). 

Problema: esse número, bruto, não reflete a possível criação de empregos (conceito líquido). "As oportunidades totais são a soma dos novos empregos criados [expansão da procura (das empresas)] com as oportunidades que surgem por causa da substituição de pessoas que, ou arranjam outros empregos ou abandonam o mercado de trabalho, que se aposentam, por exemplo." Assim, muitas vezes (é o caso da agricultura em Portugal), "a procura de substitutos fornece mais oportunidades de emprego do que a expansão da procura, o que significa que ainda haverá oportunidades de emprego mesmo se o nível de emprego estiver a cair". 

Frutos vermelhos 

Duarte Silva, 32 anos, é formado em Antropologia, Cinema, pós-graduado em Gestão de Empresas. Está, em parceria com o irmão de 27 anos, a apostar nos frutos vermelhos, no distrito de Viseu. Candidatos ao novo quadro de apoios (PDR, Portugal 2020), esperam há mais de um ano pela aprovação do projeto e pelo desbloqueio do apoio fundador. "É importante porque pode comparticipar até 80% do investimento", diz. 

Até agora, pagou do próprio bolso licenças e outros gastos com o processo. Quer dar aulas, a agricultura será "complementar". "Candidatei-me mal abriu, mas não me disseram mais nada." Bruno Vargas queixou-se da mesma demora. 

O futuro das oportunidades de emprego é bem diferente no resto da UE. O grosso vai para os chamados profissionais, "ocupações de alto nível na ciência, engenharias de cuidados de saúde, de negócio e ensino". Este ramo representa 24% das oportunidades totais a serem geradas, "muito mais alto do que os 14% projetados para Portugal". 

Cláudia Valente, investigadora da Universidade Católica Portuguesa, um dos pontos de contacto do Cedefop cá, sublinha no estudo que "as hipóteses de base das projeções e os resultados obtidos são plausíveis". 

"Parece que Portugal está a acelerar a sua transição para uma economia mais intensiva em conhecimento", além de que as projeções indicam que cerca de dois terços de todas as oportunidades de emprego entre agora e 2025 irão requerer qualificações de nível alto e médio". 

O maior desafio prende-se, no entanto, com a integração das gerações mais velhas (menos qualificadas) neste processo de aparente modernização. Segundo a socióloga e economista, "ao passo que os níveis de educação da juventude parecem estar a aumentar rapidamente e espera-se que continuem a melhorar, são necessários mais esforços para aumentar a educação dos adultos e a aprendizagem ao longo da vida para ajudar a reduzir o número de pessoas com baixas qualificações". 

Ainda assim, repara que os jovens não estão a salvo. Pelo contrário. Com a taxa de desemprego muito elevada, acima dos 30% (e de novo a subir, segundo os últimos dados), "são necessários novos e melhores empregos para todos os jovens". "Muitos estão a abandonar o país à procura de melhores perspetivas de emprego." 

Não foi o caso de Duarte Silva. Esteve anos na Argentina e em Inglaterra a trabalhar e a estudar, mas decidiu voltar. E ficou. Tem é de esperar. 

O novo fundo agrícola europeu (2014 a 2020) tem 4,1 mil milhões de euros em apoios para Portugal. 

Dois casos 

Do jornalismo para as plantas medicinais 

Bruno Vargas, 37 anos. O neto do agricultor "Há muita gente a produzir plantas aromáticas e medicinais em Portugal, mas nós fazemo-lo de forma biológica. Isso diferencia-nos e torna as nossas plantas melhores." O ex-estudante de Jornalismo produz a partir de Rio Maior, numa quinta de 3,5 hectares. "Dá trabalho, claro, temos de estar sempre em cima, mas é bom. Exportamos 100%, o clima é uma vantagem." A empresa Herbas Organic Herbs nasceu por vários motivos. O jornalismo não se mostrou o caminho sonhado e havia os incentivos da UE. E o terceiro? Bruno conta uma história. "Foi por influência do meu pai. Ele é daquela geração de filhos de agricultores que, por várias razões, nunca seguiram essa vida. O meu avô tinha vinha e fazia vinho. Eu vim completar essa ponte." 

Do cinema para os frutos vermelhos 

Duarte Silva, 32 anos. 

Segunda vida "Este projeto existia na minha cabeça há algum tempo. Estava fora do país e vi nisto uma oportunidade para voltar", diz Duarte Silva. Formado em Cinema, tirou um curso de Gestão a pensar nesse futuro próximo. Quis voltar porquê? "Sou de Viseu. Quando olhamos para o país, sobretudo para o interior, impressiona o grau de desertificação, de abandono das terras. Penso que esta é uma forma de lutar contra isso." Quer dar aulas e elege a agricultura como "complemento". Problema: ainda não é agricultor, embora conheça bem o negócio dos frutos vermelhos de fio a pavio: a colheita delicada e o crucial escoamento (rápido) da produção. Está na zona cinzenta há um ano à espera de que os fundos sejam libertados.