sábado, 19 de março de 2016

Moçambique: vem aí um «défice de cereais» devido à seca

 19 Março 2016, sábado  Cerealicultura

O Conselho de Ministros de Moçambique afirmou em Maputo que o país vai enfrentar um défice acentuado nos cereais, devido à seca, nas regiões sul e centro.
mocambique
Falando em conferência de imprensa após o final da sessão semanal do Conselho de Ministros, o porta-voz do órgão e vice-ministro da Saúde, Mouzinho Saíde, afirmou que o país irá produzir este ano apenas 66 mil toneladas de arroz contra necessidades de consumo de 243 mil toneladas, um défice de 85.
Em relação ao milho, o país vai alcançar uma produção de apenas 146 mil toneladas contra um consumo estimado de 472 mil toneladas, um défice de 07%, e no trigo o país vai produzir 12 mil toneladas contra 231 mil toneladas, disse Saíde.
O porta-voz do Conselho de Ministros declarou que a seca que se regista no sul e centro do país é a pior dos últimos anos, afetando 269.192 pessoas, tendo sido distribuídas 1.910 toneladas de alimentos nos primeiros 15 dias de março, prevendo-se a distribuição de 1.165 toneladas nos próximos 15 dias.
Enquanto as províncias do sul e centro do país são assoladas pela seca, o norte foi flagelado por inundações, que provocaram milhares de deslocados.

Fonte: Agrodigital

Jovens agricultores de Felgueiras apostam com sucesso na cultura de espargos

Março 17
14:58
2016

Jovens de Felgueiras estão a iniciar a actividade empresarial, na área agrícola, com a aposta na produção de espargos, um produto considerado de elevada rentabilidade.

Segundo Rui Pinto, vice-presidente da instituição, aquele vegetal é encarado no concelho como uma boa alternativa à produção de vinha ou kiwis, que predominam em Felgueiras.

O dirigente explicou que, actualmente, há cerca de 12 hectares de área de cultivo em várias freguesias, mas, durante este ano, previu que aquele número vai quase duplicar, o que traduz o sucesso daquela aposta.

O cultivo do legume no concelho começou em 2013, com o objectivo de completar outras culturas tradicionais em Felgueiras e chegar a novos mercados.

Face à aceitação dos consumidores, por ser um alimento muito apreciado na dieta mediterrânica, a produção de espargos foi aumentando, prevendo-se que possa crescer bastante nos próximos anos.

Segundo o dirigente, há cerca de duas dezenas de associados que entregam a sua produção na cooperativa, entidade à qual cabe a comercialização.

Os espargos são pouco calóricos e ricos em vitaminas e minerais, o que justifica a procura crescente, nomeadamente nos meios urbanos.

Para a promoção do potencial comercial do produto, a Cooperativa Agrícola de Felgueiras prepara-se para organizar provas de apanha e degustação de espargos.

Neste momento, o alimento pode ser encontrado à venda na loja de produtos tradicionais da Cooperativa Agrícola de Felgueiras.

LUSA

Capoulas Santos contrata 63 M€ de investimento direto


por Ana Rita Costa- 14 Março, 2016

O ministro da Agricultura contratou na passada semana cerca de 63 milhões de euros de investimento direto na agroindústria. O objetivo de Capoulas Santos é desbloquear as ações do Plano de Desenvolvimento Rural.

Numa nota enviada às redações, os responsáveis pela pasta da Agricultura explicam que em causa estão um total de 65 projetos integrados na medida 3.3.1. – Investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas. Em termos de distribuição geográfica, 21 projetos situam-se na Região Norte e representam um investimento de 19,5 milhões; 12 situam-se na Região Centro e valem 7,3 milhões de euros de investimento; 17 estão na Região do Alentejo e representam cerca de 13 milhões de investimento. A Região que concentra maior capacidade de investimento é Lisboa e Vale do Tejo, onde serão aplicados 23 milhões de euros, distribuídos por 15 projetos.

Para Capoulas Santos, "é muito relevante que a execução deste importantíssimo instrumento de apoio adquira ritmo". O objetivo da ação "é restaurar a confiança dos empresários agrícolas nas instituições e prosseguir a dinamização do setor agrícola nas suas diversas vertentes de atividade".

Herbicida perigoso retirado das ruas


19.03.2016 às 17h001
 
Substância potencialmente cancerígena pode ser utilizada em áreas agrícolas de proteção integrada.

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA

Glifosato BE apresentou proposta para proibir substância tóxica em Portugal. Ordem dos Médicos aplaude

Carla Tomás
CARLA TOMÁS

O vizinho resolveu pulverizar as silvas para abrir um caminho e quando Alice deu conta "já as couves estavam queimadas, com as folhas amarelas", conta a idosa apontando para a vegetação ao lado da casa onde vive em Alcaria, na Serra de Aire e Candeeiros. "Tive de deitá-las todas para o lixo, nem aos animais me atrevo a dá-las de comer", conta, lembrando que a filha a tem alertado para os perigos tóxicos dos herbicidas que contêm glifosato, uma substância química usada nos meios rurais para matar ervas daninhas em pomares, olivais e terrenos florestais.

Considerada potencialmente cancerígena pela Agência Internacional de Investigação para o Cancro (IARC) da Organização Mundial de Saúde, esta substância é utilizada generalizadamente no mundo. Em Portugal é usada não só por agricultores e proprietários rurais, mas também por autarquias no espaço urbano para eliminar vegetação em passeios e jardins.

Não faltam apelos para que se proíba a sua comercialização. O mais recente deu entrada esta semana, na Assembleia da República, pela mão do Bloco de Esquerda. Os bloquistas recomendam ao Governo que vote contra a renovação da licença de glifosato na União Europeia e proíba o seu uso em Portugal, seguindo o princípio da precaução. "Com esta resolução queremos trabalhar a transição para técnicas alternativas, tendo em conta que esta substância é cancerígena e é usada de forma intensiva e desregulada", sublinha o deputado Jorge Costa, lembrando que glifosato foi recentemente detetado em produtos alimentares e de higiene pessoal.

A licença que permite usá-la no espaço comunitário expira a 30 de junho e a Comissão Europeia (CE) propôs renová-la até 2031. Porém, o comité de peritos dos 28 Estados-membros ainda não chegou a um consenso que permita esse prolongamento. França, Itália, Suécia e Holanda opõem-se e está marcada nova reunião em Bruxelas para 18 e 19 de maio.

GOVERNO INDECISO
Portugal ainda não decidiu como vai votar. Questionado pelo Expresso, o Gabinete do Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, diz que "o Governo está a estudar o assunto e a avaliar a informação disponível para tomar a sua posição".

Até agora, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) tem estado alinhada com a CE, que segue o defendido pela 'Glyphosate task force' (que junta mais de 20 empresas do sector). Em resposta ao Expresso, a DGAV desvaloriza as conclusões da OMS e sustenta que "exaustiva reanálise feita pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) indica que o alegado potencial carcinogénico não está ligado ao glifosato, mas a um coformulante (taloamina) em certos produtos fitofarmacêuticos que evidenciou um potencial genotóxico".

Também a Sapec Agro — empresa que produz um herbicida vendido em Portugal — reitera que a substância ativa em causa "não é classificada ou proposta para classificação como carcinogénica pela EFSA e que, quando corretamente utilizada, é segura".

Na proposta de resolução, o Bloco salienta que a decisão da agência europeia "baseou-se em seis estudos científicos financiados por 23 empresas agroquímicas" e foi contestada por perto de uma centena de cientistas, que escreveram uma carta conjunta ao comissário europeu da Segurança Alimentar e Saúde, Vytenis Andriukaitis. O movimento ativista Avaaz reuniu cerca de 1,4 milhões de assinaturas numa petição contra a renovação da licença do glifosato.

João Dinis, dirigente da Confederação Nacional de Agricultores (CNA) é altamente crítico quanto à decisão de Bruxelas. "A UE não tem coragem para enfrentar a Bayer e a Monsanto que têm lóbis bem organizados", afirma desafiando "o senhor da Monsanto a beber um copo de Roundup para provar que aquilo é inócuo e não tóxico como ele diz".

Também o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, chama a atenção para a "toxicidade" e "as evidências dos riscos". Aplaudindo a iniciativa do BE, o bastonário sublinha que "o glifosato devia ser suspenso não só em Portugal mas em todo o mundo tendo em conta o seu potencial cancerígeno". Num artigo publicado na revista da Ordem, José Manuel Silva refere estudos que "demonstram a associação epidemiológica do glifosato e o aumento de patologias como a doença celíaca, infertilidade, malformações congénitas ou doença renal" e que "há uma relação entre a exposição a esta substância e o linfoma não Hodgkin detetado em agricultores".

COMPRA EXIGE CARTÃO E FORMAÇÃO
Os trabalhadores e os proprietários rurais que manuseiam estas substâncias têm de ter formação para saber como o fazer e que cuidados seguir. Desde novembro de 2015 houve uma corrida a estes cursos, pois sem eles não têm acesso ao cartão que lhes permite adquirir o herbicida. Pequenos proprietários rurais como José, de 80 anos, e a mulher, de 73, fizeram uma dessas formações "para poder comprar o produto e queimar as ervas no olival e no eucaliptal" que têm no maciço calcário da Serra de Aire. Já na horta que têm no quinta da casa "nada disto entra", asseguram.

Também Arlindo Augusto, fruticultor em Porto de Mós, fez uma destas formação "e mais algumas" em 30 anos de trabalho na terra. Mas ainda "facilita", esquecendo-se da máscara quando mistura o glifosato com água antes de pulverizar as ervas daninhas que rodeiam as filas de macieiras. "Este produto já não tem a caveira e por isso não é tão perigoso como outros e já não não faz mal às abelhas", julga. Passou o dia a pulverizar as ervas do pomar: "Se não o usasse tinha de cortá-las com uma roçadora, o que dava mais trabalho e despesa".

Nos terrenos argilosos onde Arlindo coloca o herbicida, "a concentração fica à superfície mas pode escorrer para as linhas de água se chover", explica Luísa Rodrigues, especialista em geomorfologia. Mais preocupante, alerta a investigadora, é o uso de herbicidas no maciço calcário da Serra de Aire, sob a qual se aloja um dos maiores lençóis freáticos nacionais. Tudo lá vai parar, sem que se saiba em que quantidades, pois o glifosato não faz parte da lista oficial de substâncias a analisar.



Comemorações Dia Internacional das Florestas


COMUNICADO


Governo celebra Dia Internacional das Florestas na próxima segunda-feira, no concelho de Mação


No âmbito das comemorações oficiais do Dia Internacional das Florestas, o Governo vai realizar um conjunto de ações de demonstração de técnicas de recuperação de áreas de pinheiro bravo, que terão lugar no concelho de Mação. Estas ações pretendem mostrar os benefícios da recuperação florestal e a sua contribuição para a valorização do pinhal.

Como se sabe, existem no país vastas áreas em que o pinhal tem regenerado após a ocorrência de incêndios. No entanto, essas áreas carecem de tratamento silvícola adequado para maximizar o seu aproveitamento e, deste modo, proporcionar rendimento para os proprietários, aumentando em simultâneo o seu valor ambiental. Ações de demonstração e divulgação como as que se vão desenvolver neste dia são fundamentais para transferir este conhecimento para os proprietários florestais e para os sensibilizar para a necessidade destas intervenções – floresta gerida é uma floresta protegida.

Do ponto de vista económico, este setor representa mais de 78 mil postos de trabalho, repartidos por 16 mil empresas florestais que dão origem a uma fatia de 9,1% das exportações nacionais.


Para o Governo trata-se de preservar um bem que é de todos, mas, acima de tudo, garantir a sua sustentabilidade. O Executivo estabeleceu como desígnio nacional para o setor a recuperação de 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de uma década, uma tarefa que considera difícil mas possível de concretizar, sobretudo se soubermos contar com as novas gerações, cada vez mais conscientes da importância da floresta e da sua preservação. Para o Governo, é igualmente importante a valorização deste recurso económico, que assegura milhares e milhares de postos de trabalho e que contribui de forma extraordinária para o volume nacional de exportações.


A sessão contará com a presença do Primeiro-Ministro, da Ministra da Administração Interna, do Ministro da Educação, do Ministro do Ambiente e do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. Desta forma, fica evidenciado o compromisso ao mais alto nível para uma atuação concertada e focada na promoção da gestão florestal e no desenvolvimento do setor florestal, setor já muito relevante para a economia nacional, mas com potencial para crescer sustentadamente.


Ao final da tarde, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural preside à cerimónia de lançamento do Prémio Floresta e Sustentabilidade, uma iniciativa da Cofina, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura.

Os programas seguem em anexo.


Em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Florestas. Os governos, e organizações e entidades que assim o entendam, são convidados a celebrarem este dia em eventos alusivos, com o objetivo de criar consciência na sociedade para a importância das florestas nas suas várias vertentes – social, económica e ambiental - para a sociedade e para os indivíduos. Em 1971 a FAO tinha já estabelecido o "Dia Mundial da Floresta", celebrado em Portugal desde 1974, ainda que a nível nacional já existisse tradição de festejar o "dia da árvore".


Lisboa, 18 de março de 2016


Abertura de Candidaturas apoio ao funcionamento das equipas de sapadores florestais (2016 a 2018)

Comunicado

Abrem no próximo dia 21 de março, dia em que o Governo celebra o Dia Internacional da Floresta, as candidaturas ao apoio financeiro para funcionamento das equipas de sapadores florestais, que se inserem no eixo de intervenção "Defesa da floresta contra incêndios", previsto no Regulamento do Fundo Florestal Permanente aprovado pela Portaria n.º 77/2015, de 16 de março.
O apoio a atribuir tem a duração de três anos e corresponde aos trabalhos de serviço público de gestão florestal e defesa da floresta a levar a efeito pelas equipas nos anos de 2016, 2017 e 2018, e referentes a seis meses, em cada ano, de funcionamento ao serviço do Estado, dando cumprimento ao disposto no Decreto-Lei n.º 109/2009, de 15 de maio, que estabelece o regime jurídico aplicável à criação e funcionamento das equipas de sapadores florestais.
O período para apresentação de candidaturas é de 10 dias úteis, com início no dia 21 de março e fim no dia 4 de abril de 2016. Tota a informação disponível em www.icnf.pt.

16.03.2016
GABINETE DE IMPRENSA

Quercus em projeto europeu para a proteção da biodiversidade na vinha

A associação ambientalista Quercus, juntamente com a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, vão participar num projeto europeu que prevê a proteção da biodiversidade na viticultura, foi hoje anunciado.

09:05 - 15/03/16
   
Em comunicado, a Quercus refere que a participação no projeto europeu surgiu após um convite da Global Nature Fund, fundação internacional sediada na Alemanha, e tem como objetivo fortalecer os conhecimentos e boas práticas do sector vitivinícola na proteção da biodiversidade, associada direta ou indiretamente a esta atividade.


A Quercus escolheu para parceiro em Portugal a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, do cluster dos vinhos do Douro, que tem desenvolvido trabalho e investigação de destaque no que diz respeito à biodiversidade associada à vinha.

O objetivo da parceria entre as organizações dos diversos países prevê que os viticultores biológicos possam promover a biodiversidade ao trabalharem de uma forma próxima à da natureza, adaptando práticas vitícolas para que a biodiversidade seja protegida, enriquecida e promovida através do desenvolvimento de módulos de análise e de formação.

Segundo a Quercus, a perda de biodiversidade é, a par das alterações climáticas, um dos maiores desafios do nosso tempo, admitindo que "um enorme número de espécies está sob grande pressão e muitas delas estão ameaçadas de extinção".

De acordo com a associação ambientalista as organizações que participam no projeto têm experiencia no domínio da viticultura e biodiversidade indo partilhar experiências e métodos numa primeira fase e depois, desenvolver material informativo para apoiar os produtores na identificação de espécies características que se podem encontrar nas vinhas.

O projeto é financiado pelo Programa Erasmus+ e tem a duração de 36 meses, e irá decorrer entre 1 de setembro de 2015 e 31 de agosto de 2018. Além de Portugal participam no projeto a Alemanha, Espanha e Turquia.

CNA: Pairam todas as ameaças sobre a Pecuária Nacional – Leite e Carne.




Medidas ontem divulgadas em Bruxelas nem paliativos chegam a ser.
São até contrárias ao interesse nacional.


Ontem, 14 de Março, os Produtores de Leite ( e Carne) realizaram, em Matosinhos, uma das maiores manifestações agrícolas feitas na região norte - Matosinhos – Porto – concelhos limítrofes.  Foram cerca de 3 mil manifestantes, devidamente enquadrados por uma marcha de cerca de 300 tractores e outras máquinas agrícolas que convergiram e desfilaram na Senhora da Hora, em Matosinhos.

O objectivo principal foi o de reclamarem ao Ministro da Agricultura e a outros Órgãos de Soberania, UE incluída, medidas capazes de salvar a produção nacional de Leite  e Carne.

Saliente-se que nesse mesmo dia, e também com a situação do Leite e da Carne Suína em agenda, reunia, em Bruxelas, o Conselho Agrícola – o conjunto dos ministros da PAC - e o próprio Comissário Europeu para a Agricultura.

Duas das principais propostas e reclamações dos Agricultores e das Organizações promotoras da Manifestação – CNA – APPLC – APROLEP – FENALAC – centravam-se, uma delas, na reposição de um sistema público de controlo da Produção e do Mercado, tipo "quotas leiteiras" cujo fim (31 de Março, 2015) muito contribui para a situação de desastre em que se encontra a produção de Leite.

Outra é a regulação, por força de lei, da actividade especulativa, e até ilegal, dos Hipermercados que arrasam os Preços e a Produção Nacional de Leite e Carne  (de entre outras produções).


Ministro da Agricultura regressa de Bruxelas (14 de Março)
"Com uma mão cheia de vento e outra mão cheia de quase nada…"


E ainda a Manifestação, em Matosinhos, não tinha acabado, e já se conheciam algumas notícias da reunião do Conselho Agrícola, nomeadamente aquela das eventuais ajudas financeiras para a redução da produção nacional de Leite e de Carne Suína.

Da parte da CNA, reafirma-se que é mais um erro estratégico admitir Ajudas – pagas pelo Orçamento comunitário ou pagas pelo Orçamento nacional ( se houver Orçamento de Estado para isso…) - para reduzir a produção nacional. 




E, isto, apesar de se compreender que os Produtores Pecuários , individualmente considerados, aceitem essas Ajudas dada a situação de desespero em que se encontram - a perder muito dinheiro para produzir - pois está numa média de, apenas, 26 Cêntimos o litro de Leite à Produção, para custos de produção na ordem dos 34 Cêntimos o litro…

Aquilo que Portugal e os Produtores Pecuários mais precisam, é de Ajudas para continuarem a produzir mais e ainda melhor. Para assim defenderem a Soberania Alimentar do nosso País e para se não deitar a perder o enorme esforço, feito anos e anos a fio, em investimentos (públicos e privados) e em especialização produtiva, em especial nestes subsectores do Leite e da Carne Suína.

Sim, são necessárias outras políticas agrícolas e de mercados que permitam aumentar os Preços à Produção Nacional.

É pois nestes objectivos fundamentais que se devem concentrar, todos os dias e a todos os níveis, o Ministro da Agricultura e o Governo Português bem como outros Órgãos de Soberania.




Coimbra, 15 de Março de 2016
Pel´O Gabinete de Comunicação da CNA
(João Dinis)

quarta-feira, 16 de março de 2016

Beja debate "Valorização de Recursos Mediterrânicos"



 15 Março 2016, terça-feira  Agroflorestal

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) recebe a 30 de março de 2016, no auditório da Escola Superior Agrária do IPBeja o seminário "Valorização de Recursos Mediterrânicos".
beja
O evento vai discutir as áreas das Plantas Aromáticas e Medicinais, Figo da Índia e Cogumelos Silvestres no Sul de Portugal.
O seminário pretende «dar a conhecer os resultados de uma estratégia de desenvolvimento dos recursos endógenos e valorização do território rural baseada no trabalho que tem vindo a ser realizado em rede entre instituições de ensino e I&DT, associações, empresas, produtores agrícolas e florestais», avançam os promotores.
E acrescentam: «estas entidades, trabalhando de modo concertado, têm vindo a promover iniciativas de investigação e desenvolvimento tecnológico ao nível da produção, transformação e comercialização de produtos inovadores e diferenciados para mercados de qualidade.
A inscrição é gratuita e obrigatória através do e-mail: tecnico@cevrm.pt

Évora debate Agricultura Biológica

 15 Março 2016, terça-feira  Agricultura BiológicaPolítica Agrícola

A 18 de março de 2016 terá lugar nos paços do concelho – sala dos Leões, em Évora, o Seminário "Agricultura Biológica. Cultivar uma PAC + verde".
biologica
O evento, que decorre entre as 18h00 e as 20h30, vai debater os seguintes temas: "Agricultura Biológica, conversão para a Agricultura Biológica" (com António Lopes, da Agrobio) e a Bolsa Nacional de Terras, Nuno Russo, coordenador nacional do projeto.
Comercialização de cereais de Agricultura Biológica e Comercialização e apoios à Agricultura Biológica no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) são outros assuntos em discussão.
A iniciativa é promovida pela Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (AGROBIO) e conta com o apoio da Câmara de Évora. 

Cortiça: um setor que ganha terreno no país


 15 Março 2016, terça-feira  Agroflorestal

A cortiça está cada vez mais na agenda dos estrangeiros que visitam Portugal.
cortica
Nos últimos tempos são vários os pedidos que chegam à Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) de agências de viagens e até mesmo de pessoas individuais e que pedem para visitar empresas e o montado de sobro.
Este facto demonstra que o reconhecimento deste produto nos mercados internacionais está a aumentar e que a cortiça já faz parte do roteiro do nosso país.
Segundo o Diário Económico, desde 2000, a Apcor tem vindo a promover visitas a Portugal convidando jornalistas, enólogos, líderes de opinião e retalhistas de todo o mundo a conhecer a fileira da cortiça.
Estas personalidades experienciam durante vários dias todos os aspetos inerentes à produção de uma rolha de cortiça ou de um produto da área dos materiais de construção e decoração.
O programa pretende ser intensivo e educacional – criando um momento de contacto de alto prestígio, gerador de conhecimento e de informação de qualidade, provocando impressões positivas -, apresentando o ciclo completo da cortiça, desde a produção à transformação.
Espera-se como resultado destas visitas a publicação de artigos de opinião em jornais e revistas, a veiculação de mensagens positivas sobre o setor da cortiça nas apresentações e conversas com outros líderes de opinião e, ainda, um maior equilíbrio no debate internacional sobre a temática da cortiça. 

terça-feira, 15 de março de 2016

Inspecção do Trabalho usa drone para detectar situações ilegais


RAQUEL MARTINS 15/03/2016 - 16:07

Utilização deste instrumento está em fase de testes e é muito criticada pelo sindicato dos inspectores.

 
A utilização deste equipamento tem como objectivo, por exemplo, auxiliar os inspectores em empresas na agricultura PAULO RICCA

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está a testar o uso de aeronaves telecomandadas como complemento à actividade dos inspectores, sobretudo quando se trata de controlar actividades de mão-de-obra intensiva. A informação sobre a aquisição de um drone foi avançada pelos sindicatos num comunicado divulgado nesta terça-feira, em que exigem a substituição da actual direcção da ACT.

O presidente da ACT, Pedro Pimenta Braz, confirmou ao PÚBLICO a aquisição de uma aeronave telecomandada por 4800 euros, que está em fase de testes. A utilização deste equipamento, explicou, tem como objectivo auxiliar os inspectores em acções muito específicas, nomeadamente em empresas de mão-de-obra intensiva ou na agricultura.

"Imagine que temos um olival de mil hectares com 100 trabalhadores. O drone poderá ajudar os inspectores a detectar a localização dos trabalhadores, evitando que tenham de percorrer todo o terreno e que os trabalhadores entretanto desapareçam", precisou. "É um auxiliar precioso à actividade dos inspectores", realçou, afastando as críticas sobre as opções de gestão que tem tomado.

Por outro lado, Pedro Pimenta Braz adianta que o drone servirá também para a realização de vídeos técnicos sobre a prevenção de riscos, algo que tem vindo a ser desenvolvido. "Neste momento, estamos a fazer uma análise sobre o uso deste instrumento e, logo que estivermos em condições de aplicar esta metodologia, iremos contactar a Comissão Nacional de Protecção de Dados", garantiu.

Para Carla Monteiro, presidente do Sindicato dos Inspectores do Trabalho (SIT), a aquisição de um drone para complementar a actividades dos inspectores "é um contra-senso", tendo em conta a conjuntura de "contenção de custos". "Temos um plafond para combustíveis que foi diminuído em Janeiro, plafond para ajudas de custo. Não havendo dinheiro para o desenvolvimento corrente da actividade inspectiva, deviam-se gerir os recursos de outra forma", alerta.

O sindicato, que mudou de direcção recentemente, nota que a actual direcção "tem desestabilizado a casa pelas medidas de gestão que tem tomado", introduzindo perturbações no trabalho desenvolvido pelos inspectores. "Não é uma questão pessoal. Se as medidas de gestão mudarem, esta direcção pode continuar à frente da ACT por mais 10, 15 ou 20 anos", precisa.

No comunicado, o SIT e o Sindicato dos Trabalhadores para a Administração Pública (Sintap) referem ainda a intenção de se recorrer a inspectores infiltrados. Contudo, o presidente da ACT lembra que se trata de uma opinião própria sobre o recurso a este mecanismo que não foi nem poderá ser posta em prática. O objectivo, explicou, seria cumprir uma das atribuições da ACT que passa por controlar o destacamento de trabalhadores e as entrevistas profissionais.

Startup portuguesa lança plataforma de gestão para o setor pecuário dos bovinos


por Ana Rita Costa- 14 Março, 2016


A startup portuguesa Faarm lançou no passado dia 11 de março a Muu, uma plataforma de gestão colaborativa que pretende facilitar o trabalho de todos os que operam no setor da pecuária de bovinos.

De acordo com a startup, com a Muu "os produtores e as suas equipas, associações, veterinários, consultores e administração pública poderão partilhar a gestão, bem como comparar e ajustar o desempenho das explorações em que participam, em tempo real e em qualquer dispositivo, quebrando barreiras no acesso à informação, e acelerando os processos administrativos para que todos se possam focar em tomar boas decisões para o sucesso dos seus negócios."

A aplicação é gratuita para aqueles que pretendem manter os registos oficiais de pequenas explorações e tem um plano para profissionais com uma mensalidade de 19,90 euros.

APED diz que distribuição está disponível para dialogar com os produtores


por Ana Rita Costa- 15 Março, 2016

Os produtores de leite e de suínos voltaram esta segunda-feira (14 de março) a manifestar-se, pedindo a defesa da produção nacional e criticando as práticas comerciais da grande distribuição, que consideram "abusivas". A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) já reagiu às acusações e, numa nota enviada às redações, sublinha que "a atual conjuntura no sector da produção de leite e suínos em Portugal tem origem em questões relacionadas com o funcionamento do mercado nacional e europeu" e que a distribuição "não é o único player relevante na formação dos preços".

Segundo a APED, a formação dos preços "tem em conta vários vetores, desde a relação entre a oferta e a procura, à conjuntura europeia desfavorável que se tem acentuado ao longo dos últimos anos, o fortíssimo impacto do embargo russo na produção nacional – para o qual a APED desde há muito tem vindo a chamar a atenção – e o fim das quotas leiteiras".

Ainda assim, a associação que representa o setor da grande distribuição em Portugal diz que o "o setor da distribuição mantém-se como sempre disponível para dialogar com os produtores e apoiar a produção nacional."

Para além disso, demarca-se das acusações de "práticas comerciais abusivas", referindo que "o setor da distribuição cumpre a legislação em vigor quer a nível nacional, quer comunitário e em todos os domínios que têm a ver com a sua atividade. Pauta-se por um conduta de colaboração com as instituições públicas e privadas na definição e execução das boas práticas comerciais em vigor no sector."

Comissão Europeia aprova medidas excecionais de apoio aos agricultores europeus


por Ana Rita Costa- 15 Março, 2016

Os representantes da pasta da Agricultura nos vários Estados-Membros da União Europeia estiveram esta segunda-feira reunidos, em Bruxelas, num encontro durante o qual ficou decidida a ativação de um pacote de medidas excecionais de apoio aos agricultores europeus.

As medidas reconhecem a dimensão da crise vivida pelo setor e irão permitir "que os agricultores consigam resistir face à volatilidade dos mercados", segundo Phil Hogan, Comissário Europeu para a Agricultura.

"A resposta é abrangente, incluindo o máximo de propostas possíveis, dentro das limitações legais e orçamentais que se aplicam a todos nós. Eu acredito que este é um pacote de medidas que, quando tomado com a plena implementação do pacote de solidariedade de setembro [500 milhões de euros], pode ter um impacto significativo e positivo sobre os mercados agrícolas europeus e deve agora ser dada a oportunidade de ter sucesso", defendeu Hogan.

Os setores do leite, carne de suíno, frutas e vegetais são os principais visados pelas medidas de apoio agora apresentadas que pretendem responder, entre outras coisas, às preocupações que os agricultores e produtores pecuários têm apresentado nos últimos meses.

Uma dessas medidas irá criar a possibilidade, ainda que por um tempo limitado, de as organizações de produtores, organizações interprofissionais e cooperativas no sector leiteiro estabelecerem acordos voluntários sobre a sua produção e abastecimento. De acordo com a Comissão Europeia, esta "é uma medida excecional, que também deve salvaguardar o mercado interno da UE".

Para além disso, "a Comissão dará a sua plena consideração a uma aceitação temporária das ajudas aos Estados que permitirá aos Estados-Membros garantir até um máximo de 15 000 euros por agricultor por ano, não havendo limite máximo nacional aplicável."

Para o setor do leite, em particular, as medidas agora anunciadas incluem um aumento dos limites quantitativos para o leite em pó desnatado e manteiga colocada em intervenção de 109 000 toneladas e 60 000 toneladas, respetivamente, para 218 000 toneladas e 100 000 toneladas.

Já para o setor da carne de suíno, ficou decidido o estudo da introdução de um novo regime de ajudas à armazenagem privada de carne de suíno, assim como a criação de um Observatório do Mercado da Carne, à semelhança do que já foi feito com o mercado do leite.

Por outro lado, a Comissão Europeia considera que as campanhas de promoção são "um instrumento fundamental" para a entrada em novos mercados e decidiu que serão disponibilizados mais 110 milhões de euros este ano para "apoiar exclusivamente a promoção dos produtos agrícolas da UE no seio da UE e em países terceiros". Destes, 30 milhões de euros serão destinados especificamente para os setores da carne de suíno e produtos lácteos, um compromisso que, de resto, já tinha sido anunciado no ano passado.

Outra das novidades das medidas esta semana apresentadas, diz respeito aos instrumentos financeiros de apoio aos agricultores europeus. Nesse sentido, a Comissão Europeia diz que vai "priorizar o seu envolvimento com o Banco Europeu de Investimento, com vista ao desenvolvimento de instrumentos financeiros adequados para ajudar os agricultores e processadores a investir nas suas empresas e para melhorar a competitividade dessas empresas ou investir em fazer quaisquer ajustes estruturais necessários". Para além disso, está também em cima da mesa um regime de crédito à exportação, instrumento que, segundo a Comissão Europeia, poderia "complementar os regimes que os Estados-Membro estão a operar num esquema de base nacional".

Por fim, os responsáveis pela Agricultura nos 28 Estados-Membros da União Europeia acordaram que se deve ponderar "a prorrogação das medidas excecionais de Frutas e Legumes", decorrentes do embargo russo e que expiram a 30 de junho deste ano.

Ministro da Agricultura interpreta protesto «como manifestação de apoio» às suas posições em Bruxelas

14-03-2016 


 
O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse em Bruxelas que interpreta os protestos de produtores de leite e de carne em Portugal como «uma manifestação de apoio às posições» que leva à reunião de ministros da União Europeia.

À chegada ao Conselho de Agricultura, Capoulas Santos indicou que leva várias propostas, que preparou previamente com as organizações do sector, disse ter noção de que «não é uma tarefa fácil» a que terá pela frente, pois uma maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) defende outras soluções, mas garantiu que vai bater-se «pela defesa dos agricultores» portugueses, como sempre fez, pelo que entende os protestos em curso em Portugal como uma posição de apoio às propostas que leva a Bruxelas.

«Eu interpreto também o seu protesto como uma manifestação de apoio às posições que eu estou aqui a tomar, já que as posições que estou aqui a tomar são para os defender. E o facto de os agricultores estarem a protestar em Portugal, como estão hoje aqui a manifestar-se em Bruxelas, como se manifestaram em Helsínquia, como se manifestaram em Paris, como estão a manifestar-se noutros pontos na Europa, demonstra aos governos e à Comissão Europeia que há um problema e que esse problema tem de ser resolvido ou temos de encontrar soluções para pelo menos o suavizar», disse.

«Portanto, eu interpreto a posição dos agricultores portugueses como uma posição de apoio às minhas posições, já que estou aqui a defende-los», reforçou, quando questionado sobre uma manifestação agendada para esta segunda-feira em Portugal de produtores de leite e de carne, anunciada como «a maior alguma vez realizada pelo sector em Portugal».

Capoulas Santos apontou que as propostas que leva a Bruxelas visam dar respostas «ao imediato» mas também a pensar no futuro, afirmando que, no caso das soluções mais urgentes para «uma crise conjuntural a que é necessário dar resposta», e única possível é haver «uma redução da produção em toda a Europa, já que o problema é um problema de excesso de oferta, que está a pressionar os preços em baixa», pelo que os agricultores «devem ser compensados pela redução da produção durante um determinado período e devem ser retirados do mercado os outros excedentes».

Depois, salientou, é necessário «encontrar soluções para estabilizar a produção no futuro, e isso passa por soluções politicas, como a normalização das relações com a Rússia, a abertura de novos mercados, na América Latina, na ásia, de forma a que excedentes europeus possam ser canalizados para fora da europa», defendeu.

«Eu sei que não é uma tarefa fácil aquela que nos espera hoje aqui. Infelizmente, uma maioria de Estados-membros continua a pensar que o mercado resolve todos os problemas e que aqueles que não conseguem competir neste mercado ferozmente competitivo devem ser pura e simplesmente lançados para o lixo. Não me conformo com essa posição. Sempre me bati e vou continuar a bater-me pela defesa dos nossos agricultores e pela defesa de uma ideia de uma política agrícola europeia», disse.

O ministro lamentou que muitos países considerem que a solução passa por «dar autorização aos governos para utilizarem dinheiros nacionais para apoiarem os seus agricultores», já que «isso é fácil para quem tem excedentes orçamentais», mas «é uma tarefa impossível» para quem, como Portugal, «vive ainda momentos de grande constrangimento».

Segundo Capoulas Santos, a solução tem de ser encontrada entre as três partes que integram a fileira, ou seja, a produção (agricultores), a indústria (que transforma os produtos) e a distribuição, com conjunto com o Governo e a União Europeia.

«No que me diz respeito, eu vou bater-me aqui hoje por encontrar soluções europeias, estou a preparar soluções nacionais, e espero também que, quando voltar a Portugal e voltar a reunir-me com o sector, que a indústria e a grande distribuição também apresentem as suas propostas para ajudarem a resolver este problema, que é de todos. Eu estou a fazer aquilo que me compete», concluiu.

Na agenda de trabalho do encontro desta segunda-feira dos ministros da Agricultura da União Europeia constam os temas que mais preocupam os produtores portugueses, nomeadamente, as crises europeias nos sectores do leite e da suinicultura.

Fonte: Lusa

Capoulas Santos lamenta adiamento de decisão sobre financiamento para reduzir produção de leite

 15-03-2016 
 


 
O ministro da Agricultura saudou o acordo, entre os 28 da União Europeia, sobre o princípio da necessidade de reduzir a produção de leite, mas lamentou que a decisão sobre a fonte de financiamento tenha ficado adiada.

Em conferência de imprensa, em Bruxelas, Luís Capoulas Santos referiu que os ministros europeus admitiram a necessidade de reduzir a produção, porque o mercado só se reequilibra «se houver uma redução do excesso de oferta enquanto novos mercados não forem abertos, ou enquanto mercados tradicionais, como é o caso do mercado russo não for reaberto».

«Foi dada a possibilidade aos estados-membros de poderem adoptar medidas nacionais para alcançarem este objectivo», explicou o ministro, acrescentando a possibilidade de apoios poderem ser financiados pelo orçamento comunitário.

Porém, a decisão sobre o financiamento foi «remetida para um momento posterior, uma vez que houve divisão dos Estados-membros sobre qual a fonte de financiamento a recorrer», disse. «Tenho muita pena que essa decisão não tenha sido tomada desde já», referiu.

O governante explicou que a Comissão Europeia vai verificar qual a margem orçamental e «no limite e, se necessário» poderá haver recurso à reserva de crise.

Foi também colocada a possibilidade de os países poderem recorrer ao Banco Europeu de Investimento (BEI) para «financiar a componente nacional dos seus Programas de Desenvolvimento Rural (PDR)», faltando, todavia, esclarecer contornos técnicos e jurídicos.

A confirmar-se a possibilidade, Capoulas Santos explicou que, assim, poderão ficar disponíveis meios do Orçamento Nacional alocados actualmente ao PDR.

«Foi também dada a possibilidade aos Estados-membros de aumentarem as ajudas de Estado para valores mais elevados», ao ser aumentada de 15 mil para 30 mil euros a denominada regra de minimis e oferecida a opção de outros 15 mil de caráter excepcional apenas para um ano.

Na lista das aprovações está também a duplicação dos apoios nas intervenções de leite em pó e manteiga: 109 mil toneladas e 100 mil toneladas, respectivamente.

Capoulas Santos informou ter ficado aberta a possibilidade, de durante 2016, ser lançada uma nova ajuda para a armazenagem privada à carne de porco.

Com estas decisões, o governante espera alavancar medidas nacionais, como uma linha de crédito até 20 milhões de euros ao setor da suinicultura.

«Há um conjunto de regras que nos ajudarão, mas que estão muito aquém do que achamos que seria desejável e o que considero mais importante é a garantia do financiamento comunitário para apoios que, nesta fase, os agricultores precisam e merecem», resumiu.

Fonte: Lusa

domingo, 13 de março de 2016

Tróia recebe em outubro Conferência Internacional sobre Leguminosas



 10 Março 2016, quinta-feira  Hortofruticultura & Floricultura

A II Conferência Internacional da Sociedade das Leguminosas, organizada pela Sociedade Internacional das Leguminosas e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa, terá lugar de 11 a 14 de outubro de 2016, em Tróia.
leguminosa
O evento irá dar especial atenção à promoção da interação de investigadores e programas de investigação com diferentes partes interessadas, incluindo os agricultores e associações de agricultores, as empresas produtoras de sementes e indústria de rações, agroIndústria e consumidores.
De acordo com a organização, a iniciativa tem como objetivo alertar para a necessidade cada vez mais premente de apostar numa «agricultura mais sustentável, na promoção da segurança alimentar e dietas mais saudáveis ​​optando pela cultura das leguminosas, cada vez mais em crescimento».
Um crescimento, salientam os promotores, que «é impulsionado pela crescente necessidade de proteína vegetal e de boas práticas agrícolas mais ambientalmente sustentáveis».
Recorde-se que a Assembleia Geral da ONU declarou 2016 o Ano Internacional das Leguminosas sob o lema "Sementes nutritivas para um futuro sustentável".
A intenção visa criar consciência dos seus benefícios, promover a sua produção e comércio e fomentar novos usos em toda a cadeia alimentar.

Rede europeia para divulgar inovação


Mar 09, 2016Destaque Home, Notícias0Like

Teve lugar no início de Março, em Bruxelas (Bélgica), a reunião de arranque da rede temática Eufruit, que reúne 21 parceiros de 12 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Lituânia, Reino Unido, Roménia, Suíça. Este projecto, financiado no âmbito do programa europeu Horizonte 2020, visa «facilitar o acesso a conhecimento e disseminar a investigação existente e o potencial de inovação, para benefício do sector de frutícolas frescos e dos consumidores».

O consórcio Eufruit vai focar a sua actividade em quatro áreas «cruciais para a competitividade e o potencial de inovação do sector frutícola europeu»: desenvolvimento de novas cultivares; minimizar resíduos nos frutos e no ambiente; optimizar o armazenamento e a qualidade da fruta; valorizar sistemas de produção sustentável. Assim, a Eufruit vai «actuar como uma plataforma de conhecimento, ao mesmo tempo que fornece oportunidades únicas de networking para investigadores, académicos, operadores frutícolas e decisores».

Com um orçamento total de 1,8 milhões de euros, a rede vai estabelecer nos próximos três anos «uma abordagem sistemática para recolha e disseminação de conhecimento». Além de um conjunto de entidades ligadas à investigação, do consórcio também fazem parte a Associação das Regiões Produtoras de Hortofrutícolas (Areflh) e a Associação Europeia de Frutas e Legumes (Freshfel).

Valorfito entrega os prémios de 2015


Mar 13, 2016Notícias0Like

No ano em que celebra uma década de existência, o Valorfito, sistema responsável pela retoma de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos em Portugal, atribuiu no dia 11 de Março, numa cerimónia em Cascais, os Prémios Valorfito 2015. O principal objectivo destes prémios é o reconhecimento público pela colaboração dos pontos de retoma na actividade do Valorfito.

Nos prémios regionais, foram galardoadas as seguintes empresas:

– Messinagro (Prémio Quantidade / Algarve e Ilhas)

– Marreiros (Prémio Crescimento / Algarve e Ilhas)

– Protejagro (Prémio Quantidade / Alentejo)

– Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches (Prémio Crescimento / Alentejo)

– Borrego Leonor e Irmão (Prémio Quantidade / Ribatejo)

– Orivárzea (Prémio Crescimento / Ribatejo)

– Neovale (Prémio Quantidade / Oeste)

– Cooperativa Agrícola de Peniche (Prémio Crescimento / Oeste)

– Mário Teixeira da Silva (Prémio Quantidade / Interior Norte)

– Zona Agro (Prémio Crescimento / Interior Norte)

– Casa Agrícola J. Oliveira & Domingues (Prémio Quantidade / Litoral Norte)

– Cooperativa Agrícola do Bebedouro (Prémio Crescimento / Litoral Norte)

O Prémio Nacional Cooperativa foi atribuído à Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches.

Foi ainda entregue o Prémio Nacional Missão Impossível, uma nova categoria, de «carácter extraordinário, cujos critérios e particularidades serão adaptados aos objectivos especificamente estabelecidos, em cada edição». O vencedor foi a Zona Agro.

Contando com cerca de 80 pontos de retoma nomeados, esta foi a quarta edição dos Prémios Valorfito. Por cada vencedor é doada uma quantia específica a uma instituição de solidariedade social seleccionada pelo mesmo. Assim, desde 2012 o Valorfito já atribuiu um total de 57 prémios e de 17.000 euros a instituições de solidariedade. O Valorfito também criou a Bolsa de Estudo Valorfito Armando Murta, tendo já patrocinado dez bolsas de estudo, no valor de 25.000 euros.

Ao entrar nos dez anos de actividade, o Valorfito já recolheu em Portugal 2.336 toneladas de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos e atingiu um total de 840 pontos de retoma. «Conseguimos ter um resultado que nos orgulha», afirmou António Lopes Dias, presidente do Valorfito, na cerimónia, referindo ainda que «isto é resultado de uma mudança de atitude» dos agricultores. Foram dez anos «centrados na dinâmica e na inovação» e o resultado é «um grande êxito», que não teria sido possível «sem o apoio, trabalho e colaboração dos pontos de retoma e dos agricultores».

No evento foram ainda divulgados os resultados de um questionário efectuado aos pontos de retoma no fim de 2015. As respostas indicam que a maioria considera positiva a Extranet Valorfito, o apoio do Valorfito e os levantamentos (neste ponto haverá melhorias a fazer). Quanto ao destino das embalagens não entregues, as respostas indicam que 44% são entregues noutro estabelecimento, 31% são queimadas, 23% são deitadas no lixo e 2% são enterradas. Os inquiridos também consideram que o Valorfito deve ser responsável por outros resíduos da agricultura, nomeadamente embalagens de adubos, correctivos e outros.

O Valorfito indica que os seus desafios futuros «passam por duplicar a taxa de retoma nacional para 60%, até 2017, e integrar na sua actividade a retoma das embalagens vazias de sementes e biocidas, alargamento para o qual aguarda licenciamento por parte da Agência Portuguesa do Ambiente».

Guia de Campo: Doença dos anéis vermelhos “Dothistroma Needle Blight - DNB”Guia de Campo

Municípios do Douro Superior celebram Amendoeiras em Flor



 11 Março 2016, sexta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgroflorestal

Os municípios do Douro Superior (Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Moncorvo) e um da Guarda (Foz Côa) articulam as festividades das "Amendoeiras em Flor", em parceria com a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS).
amendoeira
Neste contexto, a AMDS, em colaboração com os municípios preparou um cartaz festivo para as "Amendoeiras em Flor" em que as autarquias promovem os seus eventos em conjunto.
Música, gastronomia, desporto, e diversos certames de produtos tradicionais são os ingredientes para todo o mês março nos concelhos do Douro Superior.

Fundão promove estudo de viabilidade do Regadio Gardunha Sul



 12 Março 2016, sábado  AgroflorestalAgricultura

O município do Fundão está a promover um estudo de viabilidade do Regadio Gardunha Sul, nas freguesias compreendidas no perímetro Alpedrinha, Castelo Novo, Orca, União de Freguesias de Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo, Soalheira e União de Freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha.
gardunha
O regadio da Gardunha Sul pretende aumentar a capacidade hídrica da zona sul da Gardunha, disponibilizando água ou aumentando o seu caudal de fornecimento em terrenos com aptidão agrícola. 
«Conhecer o interesse e necessidade dos agricultores» é o que o município se propõe com a realização deste estudo de viabilidade para «melhor adaptar o projeto às conveniências dos proprietários/arrendatários», sustenta a autarquia em comunicado.
Os objetivos específicos deste processo visam «gerir de forma eficiente os recursos hídricos; adotar práticas agrícolas de maior escala; aumentar o valor e a produtividade da produção agrícola na zona sul da Gardunha; rentabilizar terras com potencial agrícola». 
Para manifestar interesse e "cadastrar" os terrenos todos os interessados devem deslocar-se à sua Junta de Freguesia ou à Divisão de Ordenamento, Planeamento e Qualidade de Vida da Câmara Municipal do Fundão.
Mais informações e esclarecimentos através dos contactos 275 779 060 e 961 946 676, ou através do e-mail: planeamento@cm-fundao.pt.

Ministro da agricultura vai a bruxelas defender propostas de apoio aos produtores nacionais dos setores do leite e da carne de suíno

NOTA DE IMPRENSA

Na próxima segunda-feira o Ministro Capoulas Santos participa no Conselho Europeu de Agricultura, que tem na agenda de trabalho os temas que mais preocupam os produtores nacionais: as crises europeias nos setores do leite e da suinicultura. Estes temas foram informalmente abordados pelos Ministros da Agricultura da União Europeia durante a última reunião do Conselho, mas sob pressão de alguns estados-membros, entre os quais Portugal, integram agora a agenda oficial do Conselho de 14 de março, para o qual os representantes dos estados-membros foram convidados a apresentar propostas.
Nessa medida, e após auscultação e recolha de contributos das fileiras do leite e da carne de suíno, o Ministro da Agricultura elaborou um conjunto de propostas que vai agora defender em Bruxelas, e que se dividem em medidas que respondam de imediato à crise conjuntural e medidas de médio/longo prazo para garantir a sustentabilidade de mercado.
Os trabalhos do Conselho iniciam-se às 10:00H e serão interrompidos às 13:45H para o almoço. O Ministro português dará uma Conferência de Imprensa pelas 15:00H. A reunião do Conselho recomeça às 15:15H.


12.03.2016
GABINETE DE IMPRENSA

Suinicultores escrevem carta aberta ao ministro da Agricultura Capoulas Santos

11-03-2016 
 

 
Os Suinicultores escreveram uma carta aberta ao Ministro da Agricultura, dando conta que a situação não é mais sustentável. Damos-lhe conhecimento do conteúdo integral da carta:

"Comunicado": Suinicultores portugueses não querem morrer

Portugal passou de uma taxa de auto-suficiência na carne de porco de 100% em 1986, para 65% em 2015 e se nada for feito para atenuar a crise que o sector atravessa, dentro de um ano estaremos praticamente dependentes do estrangeiro.

Orgulhamo-nos de produzir uma das melhores carnes da Europa e do mundo, pois respeitamos rigorosamente os mais elevados padrões sanitários e de bem-estar animal. Assim, afirmamos perentoriamente, a Carne de Porco Portuguesa é a melhor da Europa.

Neste momento os prejuízos diários dos suinicultores são insuportáveis, pelo que a não serem tomadas quaisquer medidas, o desaparecimento do sector é uma realidade, pondo em causa milhares de postos de trabalho e o fim da Carne de Porco Portuguesa.

O governo não nos ajuda. O Ministro não recebe a nossa organização de cúpula, a FPAS, e não responde ao caderno reenvidicativo apresentado, vai mandando "recados" de que está muito preocupado, mas, em três meses de governo, nem uma acção tomou em defesa da suinicultura.

São falinhas mansas que já não convencem o sector. É preciso coragem e tomar medidas, se não Sr. Ministro, o Sr. arrisca a ficar na história como o coveiro da suinicultura nacional.

Recentemente, Bruxelas atribuiu uma ajuda de 500 milhões de euros para o sector do leite e da suinicultura. A este montante, cada país podia adicionar igual valor. A Portugal couberam 4,3 milhões de euros e a suinicultura recebeu ZERO. Os nossos colegas europeus receberam dezenas de milhões de euros. Como podemos competir com eles?

Enquanto tiverem alento, os suinicultores nacionais vão reagir e se não existirem respostas rápidas do Ministro, vão em breve fazer nova acção pública de protesto.

Os suinicultores até aqui têm realizado acções de protesto dentro da ordem e sem reagir a provocações e algumas agressões de agentes da autoridade. Nunca entrámos pelo caminho agressivo e violento, como os nossos colegas franceses e não o vamos fazer, mas não podemos morrer calados.

Agradecíamos por isso a boa compreensão da população e agradecemos desde já a vossa preferência pela Carne de Porco Portuguesa, a Melhor da Europa.

Fonte: FPAS

Fenareg diz-se apreensiva com inviabilização da obra de modernização do bloco de rega de Silves

por Ana Rita Costa- 8 Março, 2016

irrigação - regadio - Vida Rural

O Ministério do Ambiente inviabilizou as obras de modernização do bloco de rega de Silves, obra avaliada em 6,5 milhões de euros com financiamento do Proder, segundo a Fenareg. De acordo com uma nota enviada às redações pela Fenareg, a organização diz que encara "o protelar da ligação do novo bloco de rega do aproveitamento hidroagrícola de Silves ao adutor da barragem do Funcho" com "apreensão".

Segundo a Fenareg, estas obras irão "permitir a rega com sistema em pressão em cerca de 600 hectares, abrangendo mais de 700 agricultores. O funcionamento da nova rede de rega terá um efeito duplo: aumentar a eficiência do uso da água em 45%, que significa, por ano, uma poupança de água da ordem dos 2 milhões de m3 – o equivalente a 800 piscinas olímpicas – e com zero consumo de energia, uma das principais preocupações do setor da água -reduzir o uso da água, sem aumento no consumo de energia."

A Fenareg sublinha também que "existem compromissos assumidos pelo Estado e o impasse da ligação da nova infraestrutura de rega tem de ser ultrapassada para evitar o desperdício de água, garantindo o abastecimento conjunto aos vários usos."

Recentemente, o secretário de Estado do Ambiente referiu na Assembleia da República, durante o debate do Orçamento do Estado, que a obra de modernização do regadio da Barragem do Arade é "completamente ilegal", porque "não tem parecer da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], nem da ARH/Algarve".

Carlos Martins explicou que o sistema não pode ser utilizado com o recurso à água proveniente da albufeira do Funcho, uma vez que esta é de menor qualidade e pode colocar em causa o abastecimento público do Barlavento algarvio.

ADVID e Quercus unem-se em projeto de proteção da biodiversidade em Viticultura



 11 Março 2016, sexta-feira  Viticultura

A ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense foi convidada pela Quercus a participar num novo projeto de âmbito europeu, intitulado "Parceria Europeia para a Proteção da Biodiversidade em Viticultura", que teve início em setembro de 2015.
viticultura
Trata-se de uma parceria entre organizações de diversos países para fortalecer os conhecimentos e boas práticas do setor vitivinícola na proteção da biodiversidade.
A perda de biodiversidade é, a par das alterações climáticas, um dos maiores desafios dos tempos atuais. Um enorme número de espécies está sob grandes pressões e muitas delas estão ameaçadas de extinção.
Além disso, na Europa e noutros locais, dois terços dos ecossistemas estão em perigo, devido à sobreexploração. A agricultura é apontada como uma das principais atividades responsáveis pela perda de biodiversidade.
Vários estudos têm-se debruçado sobre a relação entre modos de produção agrícola e impacto da paisagem sobre a biodiversidade, destacando-se no caso da Região Demarcada do Douro, os projetos dinamizados pela ADVID EcoVitis e BioDivine.
O conhecimento que tem sido recolhido neste e noutros estudos é, porém, pouco conhecido por parte da maioria dos viticultores da Região, sendo frequentemente abordado de forma inadequada em contexto de formação agrícola.
Além disso, a maioria dos agricultores não recebe aconselhamento específico sobre este tema nas suas explorações. Como consequência, os métodos de produção não são suficientemente adaptados à proteção da biodiversidade.
"Parceria Europeia para a Proteção da Biodiversidade na Viticultura" é, desta forma, o projeto europeu Erasmus+ que envolve 8 parceiros de 4 países europeus:
- Alemanha- Bodensee-Stiftung, Global Nature Fund e Ecovin-Federal Association of Organic Viticulture
- Espanha- Fundación Global Nature e La Union
- Portugal- QUERCUS e ADVID
- Turquia- Rapunzel Organik Tarim Urunleri
A iniciativa é coordenada pelo parceiro alemão Bodensee-Stiftung.
Este projeto tem a duração de três anos (2015-2018) tendo como principais objetivos:
- Desenvolver material informativo sobre biodiversidade (ex. folhetos, guias de identificação, guias de boas práticas para a biodiversidade, programa "Roadmap" para a biodiversidade);
- Promover o intercâmbio de experiências e boas práticas para a biodiversidade implementadas entre as organizações parceiras dos quatro países;
- Desenvolver módulos de formação dirigidos a viticultores e técnicos que trabalham em viticultura biológica, com o objetivo de fomentar boas práticas para a conservação da biodiversidade nas suas explorações;
- Através da realização de um questionário (Check biodiversidade), identificar potenciais impactos negativos que resultam da implementação de certas práticas vitivinícolas;
- Adaptar práticas vitícolas por forma a fomentar a biodiversidade da exploração agrícola. 

Deficiente gestão das florestas no topo das preocupações com pinheiro bravo



 11 Março 2016, sexta-feira  Agroflorestal

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, considera que a deficiente gestão ativa das florestas está no topo das preocupações relacionadas com a fileira do pinheiro bravo.
floresta
«As preocupações relacionadas com o pinheiro bravo traduzem-se fundamentalmente, em primeira mão, com a deficiente gestão ativa das florestas. Mais de 80% da floresta portuguesa é privada e existem dualidades na área da gestão», alegou.
No final de uma reunião do conselho geral do Centro de Competências do Pinheiro Bravo, que decorreu em Vouzela, Amândio Torres sublinhou que as debilidades na área de gestão da floresta fazem com que sejam criadas condições para a propagação de incêndios, para além de trazerem problemas de ordem fitossanitária.
«Estes problemas seriam mais resolvidos se houvesse uma gestão mais ativa, pois quando se faz a gestão valorizamos o produto e, ao valorizar o produto, temos tendência a protegê-lo mais. Há aqui um ciclo que temos de romper em definitivo e isto [reunião de hoje] é um contributo para esse efeito, juntando na mesma mesa e fórum as pessoas e as partes interessadas, com o Estado a funcionar como entidade facilitadora», justificou.
Aos jornalistas, apontou ainda a importância dos centros de competência, que «focam a investigação de acordo com as necessidades dos agentes económicos».
«Neste caso, faz-se investigação do pinheiro bravo para resolver problemas de melhores produtividades no terreno, maior produção florestal que se vai transformar num benefício para quem produz madeira. Vai abrir também um setor de investigação para a exploração de novos produtos resultantes da produção florestal, com novas utilizações da madeira», acrescentou.
De acordo com o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, em Portugal é muito pouco comum a utilização da madeira em construção, ao contrário do que acontece em países do norte da Europa.
«Utilizam a madeira para construir habitação própria e até edifícios públicos. Abrir a estes novos produtos é para o que o centro de competência serve, analisando prós e contras e caminhos a seguir», referiu.
Durante a primeira reunião do conselho geral do Centro de Competências do Pinheiro Bravo - em que foi aprovado o plano de atividades e a agenda de investigação para o setor do pinheiro bravo em Portugal - as entidades presentes identificaram ainda a necessidade de haver uma maior comunicação com o público-alvo.
«Em tempos havia publicações muito simples do Ministério da Economia, com linguagem simples para pessoas do terreno. Em verdade, um sistema desses, acompanhado paralelamente de um sistema digital de informação que hoje está vulgarizado, é um caminho que foi hoje aqui identificado como necessário de realizar», sublinhou.
Amândio Torres defendeu ainda que a boa utilização e gestão dos recursos endógenos são o grande desafio do futuro, depois de terem sido feitos saneamentos, estradas e rotundas.
«Não utilizando aquela palavra feia que é fora do litoral, não é interior, é fora do litoral, temos um mundo de oportunidades com base nos recursos endógenos enorme, mas muitas vezes faltam-nos as pessoas para fazer a operacionalização desses recursos. O fator pessoas é fundamental e o processo de baixa demográfica tem afetado zonas onde diminui a massa crítica para avançar com novos projetos e ideias», concluiu.
Fonte: Lusa 

“Terra Fértil”: um conceito de inovação e agronegócio que veio para ficar



 10 Março 2016, quinta-feira  AgroflorestalNegócios

A 33ª Ovibeja vai expandir o conceito Terra Fértil dedicando um pavilhão inteiro à inovação e ao agronegócio.
agronegocio
São cada vez mais os expositores interessados nesta temática que funciona como um centro de excelência da promoção e venda do que de melhor se faz no campo e a partir do campo.
Desde as novas culturas, ao agroalimentar e às agroindústrias, passando pelos equipamentos e tecnologias de ponta, bem como pelas mais recentes técnicas de marketing.
De acordo com a organização, no Pavilhão Terra Fértil vai estar em destaque uma mostra com um forte cariz empresarial e tecnológico que reúne empresas nacionais e internacionais, marcas, entidades e organizações de produtores que operam na inovação das culturas tradicionais e nas novas culturas e fileiras agrícolas.
Em foco vai estar a sua importância para a afirmação e desenvolvimento do setor agrícola e para a economia agrícola nacional.
O Pavilhão Terra Fértil vai contemplar uma zona de apresentações ao dispor dos expositores para a qual vai ser delineada uma programação própria.
Estas iniciativas, que contam com o envolvimento de entidades oficiais, técnicos e peritos dos mais variados sectores agrícolas, têm como meta o fortalecimento de relações de proximidade com o público interessado, para identificar e debater os diferentes desafios e oportunidades de um setor em franca expansão.
Para garantir uma dinâmica empresarial e de networking vai estar também ao dispor uma zona destinada a reuniões entre empresas (B2B) e potenciais clientes e parceiros (B2C), num contexto de Unique Selling Point, uma abordagem integrada da produção ao consumidor final.