sábado, 25 de outubro de 2014

A pipoca nacional chega às salas na mesma altura em que o "cinema português está na moda".


Pipocas. Nos cinemas NOS a pipoca "é caseirinha, cá de casa"

Luís Mota, administrador da NOS Lusomundo Cinemas
D.R.
25/10/2014 | 00:00 |  Dinheiro Vivo
Foram três anos de investigação para produzir as primeiras 300 toneladas de milho português para pipocas. Estreiam no próximo ano nas 214 salas da NOS
Milheirais a perder de vista cercam a estrada por onde segue o autocarro a caminho de Reguengo do Alviela. A "terra das cheias" perto da Golegã foi um dos campos a receber a plantação de milho para pipocas para as salas dos cinemas NOS. Mal chegou ao campo, Luís Mota, administrador da NOS Lusomundo Cinemas, não resistiu. Saltou para cima da ceifeira e, ao lado do condutor, foi ceifando filas e filas de milheiral. Não o das pipocas. Esse, o primeiro milho para pipocas produzido em Portugal, foi ceifado dias antes.
"Amo estas pipocas. Amo este projeto. Era o elo que nos faltava", diz Luís Mota. "Estamos a fazer pipocas com milho português. É algo que nos deve orgulhar a todos. Ganha a economia portuguesa, ganhamos nós na realização de um projeto e ganha o consumidor que tem uma pipoca que sabemos onde foi cultivada", continua. "Costumo dizer na brincadeira à minha equipa que é uma pipoca caseirinha, uma pipoca cá de casa."
As primeiras 300 toneladas começam no próximo ano a chegar às 214 salas de cinema NOS em Portugal e em Moçambique. É o culminar de um projeto que levou três anos a ser preparado com a Agromais - maior produtor de milho em Portugal -, que teve de ir ao exterior para encontrar as sementes de milho para pipocas mais adequadas para o solo e o clima nacionais. E não foi fácil. "O mercado de venda de milho para pipoca está muito fechado. Cada produtor vai produzindo as suas sementes e preferem não abrir o mercado."
Tanto a Agromais procurou que obteve sementes e passaram à fase de testes-piloto. No primeiro, em 2013, produziram uma tonelada de milho "de diferentes qualidades de sementes". Deram a provar as pipocas aos clientes "nos cinemas a um sábado à noite". Fizeram inquéritos até perceber qual a variedade de semente e de conjugação - com o óleo e o sabor - que mais agradava aos espectadores. Ganhou a mushroom.
Luís Mota não revela quanto a NOS investia na importação de milho para pipocas dos EUA, do México, da Argentina, da França ou da Espanha, nem quanto vai poupar com esta opção nacional. No imediato não vai reduzir significativamente os custos. As vantagens são outras. "Assegura que vamos ter milho para o ano e dá garantia de preço das 400 toneladas que estamos a comprar", diz. O objetivo é a partir de 2016 atingir as 400 toneladas de produção nos mais 70 hectares de terreno, envolvendo dez produtores do Ribatejo, num projeto que contou com 220 mil euros de apoio do Proder.
A pipoca nacional chega às salas na mesma altura em que o "cinema português está na moda". No ano passado, A Gaiola Dourada esteve no topo da bilheteira. Neste ano, Os Maias está a ganhar espectadores. "No outro dia estava a olhar para o top dos cinemas NOS e no primeiro e no segundo lugares estavam um filme português, o que é raro", afirma.
E é mesmo verdade que no negócio do cinema as pipocas é que fazem o dinheiro? "É um mito urbano", diz. "Todos os projetos que têm aberto em Portugal que não associem a parte do entretenimento à restauração têm tendência a fechar", acrescenta. A restauração (incluindo pipocas) "poderá representar cerca de 20% das nossas receitas de caixa."
(notícia atualizada às 11h com correção do nome de filme A Gaiola Dourada)

Portugal ainda é deficitário na produção de maçã, diz ministra


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse hoje que Portugal continua ainda a ser deficitário ao nível da produção de maçã, mas é cada vez mais um país exportador deste fruto.

«Temos o desafio de produzir mais internamente e diminuir as importações de maçã, mas também somos cada vez mais um país exportador de maçã», afirmou aos jornalistas, durante a visita a uma quinta de produção de maçã situada em Povolide, no concelho de Viseu.
Segundo a ministra, os produtores estão a pedir para que sejam abertos mais mercados para a exportação de maçã.
Dinheiro Digital / Lusa

New deal for youth employment: apoio a jovens licenciados para a empregabilidade no setor agroalimentar


24 DE OUTUBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

No próximo dia 28 de outubro, no Pólo da Mitra da Universidade de Évora, irá decorrer a sessão de lançamento do projeto intitulado New Deal for Youth Employment.

Este projeto, que decorrerá até 31 de março de 2016, dirige-se a jovens recém-licenciados na área da agronomia, ciência animal e engenharia florestal e tem como objetivo contribuir para a empregabilidade e inclusão de 30 jovens licenciados no setor agrícola na região do Alentejo Central, numa perspetiva de dinamização económica e social do espaço rural.

As ações do projeto incluem a animação de redes para a promoção da inovação e empregabilidade, iniciativas para o reforço do empreendedorismo e investimentos que contribuam para a criação de emprego e aumento da cadeia de valor dos produtos agrícolas da região. Pretende-se, fundamentalmente, APOIAR jovens licenciados para que tenham maior probabilidade de sucesso no seu percurso profissional no setor agroalimentar.

O projeto integra ainda uma componente de cooperação bilateral, através de acordos com duas instituições norueguesas de investigação, com características diferenciadas mas complementares: o Centre for Rural Research, com competências na área do empreendorismo em espaço rural e em particular na agricultura em regiões com condições marginais, e o Norwegian Forest and Landscape Institute, uma instituição com vasta experiência no tema da multifuncionalidade da agricultura e floresta e sua integração na paisagem, assim como nas outras atividades no espaço rural para além da produção.

Esta colaboração permitirá a partilha de conhecimento entre os agentes dos dois territórios e o público do projeto.

PROGRAMA

14:30 – Boas vindas: Teresa Pinto-Correia, Diretora, ICAAM/Universidade de Évora

14:45 – Apresentação do projeto: Marta Alter, Diretora Técnica, MONTE

15:00 – Mesa Redonda: Dificuldades na inserção no mercado de trabalho, de jovens licenciados no sector agrícola – a perspetiva dos jovens licenciados e a perspetiva dos empregadores.

Experiências apresentadas por empresários agrícolas (perspetiva de quem emprega), alunos finalistas da Universidade de Évora (perspetiva de quem irá brevemente para o mercado de trabalho), ex-alunos da Universidade de Évora (já integrados no mercado de trabalho).

Pretende-se uma plateia diversa e rica em experiência que possam dar o seu testemunho e sugestões para enriquecimento do debate: alunos e ex-alunos de agronomia, zootecnia, ciência e tecnologia animal, representantes de empresas (produção agrícola e/ou transformação no setor agroalimentar), representantes da administração local e regional, professores que acompanham os alunos até à saída da Universidade.

16:30 – Merenda Rural (átrio do edifício da sala de conferências)

17:00 – Encerramento

A inscrição para esta sessão é gratuita mas necessária, sendo feita online através do portal do ICAAM (www.icaam.uevora.pt)

Durão Barroso 'serviu' vinho português a líderes europeus na sua última cimeira


Ontem3 comentários

Durão Barroso 'serviu' vinho português a líderes europeus na sua última cimeira
Fotografia © Nuno Pinto Fernandes/Globalimagens
Os líderes europeus beberam vinho português no jantar da cimeira que decorreu em Bruxelas, a última de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia.
A cimeira europeia, que começou ao final da tarde de quinta-feira e acabou já esta madrugada, aprovou o pacote energético e climático até 2030, que prevê metas vinculativas de redução das emissões de gases com efeito de estufa de 40% em relação ao nível de 1990 e de pelo menos 27% de incorporação de energias renováveis até 2030.
Na conferência de imprensa, em que deu conta do acordo alcançado, Durão Barroso terminou a dizer que, no jantar, os líderes europeus beberam cerveja belga e vinho português da região do Alentejo.
Esta foi uma forma de marcar as saídas de Durão Barroso da liderança da Comissão Europeia, de que foi presidente durante 10 anos, e de Van Rompuy da presidência do Conselho Europeu. Aliás, o belga levou hoje os netos para a sua última cimeira.
O novo presidente do Conselho Europeu será o polaco Donald Tusk, enquanto o luxemburguês Jean-Claude Junker subtituirá Barroso na liderança da Comissão Europeia nos próximos cinco anos, a partir do início de novembro.
À margem da cimeira, em declarações aos jornalistas, Barroso considerou que o acordo a que se chegou foi "a melhor despedida possível da Comissão" e citou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para dizer que "não há planeta B" pelo que é importante reforçar a política de proteção do clima.
Barroso sublinhou a "ambição" do objetivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 40% em relação ao nível de 1990, o dobro dos 20% que têm de ser atingidos até 2020, até porque, afirmou, tem de ser feito com "esforços internos".
O presidente cessante da Comissão Europeia lembrou a compra de direitos de emissão do Luxemburgo a Cabo verde para garantir que não será possível.

Guimarães elimina 37 ninhos de vespa asiática

 22-10-2014 

 
A Câmara de Guimarães e os bombeiros do município estão a destruir os 37 ninhos de vespa velutina, conhecida como «vespa asiática», identificados no concelho.

Dez deles já foram destruídos e os restantes vão ser eliminados até Novembro, informou a autarquia. Em comunicado enviado à agência Lusa, a Câmara Municipal esclarece que foi criada uma equipa constituída por nove elementos para proceder, de segunda a sexta-feira, em horário nocturno, à eliminação dos ninhos identificados.

Segundo o texto, a autarquia implementou um Plano de Vigilância e Controlo da Vesta Velutina e está a eliminar «por meios próprios» os ninhos daquelas vespas, depois do Governo ter «imputado às câmaras municipais a responsabilidade de coordenação para a eliminação dos ninhos das vespas velutinas».

O referido plano «prevê a eliminação de ninhos até Novembro, fazendo a previsível paragem no período de hibernação da espécie, retomando na primavera, de acordo com a informação do ciclo de vida da vespa velutina constante no plano», adianta o comunicado.

Para esta empreitada, informa o texto, a autarquia «procedeu à aquisição de uma lança extensível com queimador, fatos de apicultor e luvas para a equipa de três jardineiros destacada para cada operação, cujo contributo inclui também as corporações dos Bombeiros Voluntários de Guimarães e das Taipas».

Na destruição daqueles ninhos «será dada prioridade à destruição de ninhos instalados em espaços públicos e em zonas de elevada afluência de pessoas».

Desta forma, considera a autarquia, «o município de Guimarães assegura a vigilância e o controlo da vespa velutina, tendo em vista a segurança dos cidadãos, a proteção da actividade agrícola e do efectivo apícola, além de acautelar a minimização dos impactos sobre a biodiversidade».

A vespa velutina, conhecida como vespa asiática, é uma espécie predadora de outras vespas e abelhas, que constitui uma praga para colmeias e uma ameaça à produção do mel. Foi identificada em Portugal em 2011 e veio para a Europa através de produtos hortícolas oriundos da China.

Os seus ninhos, construídos de fibras e madeiras em árvores com uma altura superior a cinco metros ou em locais mais escondidos das habitações, podem ter um diâmetro com dimensões consideráveis.

Cada ninho de vespas velutinas pode albergar cerca de duas mil vespas e 150 vespas fundadoras que, no ano seguinte, poderão vir a criar, pelo menos, seis ninhos.

Fonte: Lusa

Ministro do Ambiente quer Conselho Europeu a acordar interligações energéticas

23-10-2014 
 

 
O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, sublinhou a necessidade de o Conselho Europeu desta semana acordar o reforço das interligações energéticas entre os seus Estados-membros.

«Qualquer acordo sobre clima e energia deverá integrar de forma decisiva o reforço das interligações», declarou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva.

O governante falava aos jornalistas em Lisboa, nas instalações do Conselho Económico e Social, depois de ter estado reunido com os parceiros sociais, em representação do primeiro-ministro, antecipando os temas do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas na quinta e sexta-feira.

Fonte: Diáriodigital; Lusa


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Celtejo aproveita raízes de eucalipto para fazer pasta de papel


LUSA24 de Outubro de 2014, às 10:19
O diretor fabril da Celtejo, Carlos Coelho, disse hoje à agência Lusa que a fábrica de Vila Velha de Ródão está a aproveitar as raízes do eucalipto para produzir pasta de papel.
"Somos a primeira fábrica a nível mundial a fazer o aproveitamento de toda a árvore, nomeadamente as raízes do eucalipto, para produzir pasta de papel", disse Carlos Coelho.

O diretor fabril explicou que este é um projeto totalmente interno [da Celtejo], cujo desenvolvimento "permite, no fundo, maximizar todo o recurso natural que a floresta dá".

Corticeira Amorim envolvida na criação de prancha de surf de cortiça


por Ana Rita Costa
22 de Outubro - 2014
A Corticeira Amorim e a Mercedes-Benz Portugal vão desenvolver uma prancha de surf, totalmente em cortiça portuguesa, para o surfista havaiano havaiano Garrett McNamara. Este projeto, 100% nacional, irá contar com o apoio da Polen Surfboards, uma empresa portuguesa que dará forma a esta prancha que será usada nas ondas da Nazaré.

 
Em 2013 deu-se o início do projeto MBoard by Mercedes-Benz, projeto esse que culminou com a produção de três exemplares da prancha apelidada "The Silver Arrow of the Seas", concebida criativamente pela BBDO Portugal e desenvolvida em parceria com a Nazaré Qualifica e com o Design Studio da Daimler. Um trabalho conjunto, onde dezenas de profissionais de design, investigação, aerodinâmica e desenvolvimento de materiais, além do próprio Garrett McNamara, ajudaram a produzir a prancha ideal para aguentar e surfar as ondas gigantes do canhão da Nazaré.

A escolha da cortiça para o desenvolvimento desta prancha foi clara para Garrett McNamara, que afirma ser "altamente resistente e ao mesmo tempo flexível para suportar o impacto de ondas gigantes".

Carlos de Jesus, Diretor de Comunicação da Corticeira Amorim, sublinha que "é um orgulho para a Corticeira Amorim integrar este projeto e é, simultaneamente, uma prova de que Portugal pode criar e fornecer inovação às organizações mais exigentes do mundo em termos de qualidade e de design. A performance técnica da cortiça natural e neste caso específico da gama Corecork é, sem dúvida, uma mais-valia importante para quem opera nos limites absolutos de um desporto como o surf. Esta aporta igualmente credenciais ecológicas e de sustentabilidade inigualáveis, características ainda mais relevantes se considerada a comunidade de desportistas a que se destina e que foi pioneira na perceção da relevância destas questões."

Onde fica a primeira plantação de esponjas naturais do país?


por LusaOntem7 comentários

Onde fica a primeira plantação de esponjas naturais do país?
Fotografia © DR

É um investimento superior a 100 mil euros que este ano deverá permitir a produção de mais de 15 mil unidades.
"É pioneira por ser a primeira plantação de esponja natural no nosso país. É um produto inovador com mais possibilidades de penetração no mercado e é um negócio com muitas potencialidades. A primeira colheita deverá produzir mais de 15 mil esponjas", afirmou Vítor Paulo Pereira.
De acordo com o autarca socialista, o projeto agrícola foi iniciado este ano na freguesia de Bico com uma área de quatro hectares. 
Em julho passado foi realizada a primeira plantação. As colheitas arrancam no próximo mês e, de acordo com a empresa deverá render entre 5 a 6 mil frutos o que permitirá produzir mais de 15 mil esponjas naturais destinadas ao circuito farmacêutico nacional. 
"É um número muito positivo porque se trata da primeira plantação", explicou o autarca. 
Adiantou que o projeto nasceu de uma parceria com a empresa galega Ibérica - Esponjas Vegetales - Luffa que, em Caldas de Rey, Pontevedra (Espanha), iniciou a produção depois de mais de três anos de investigação na área da Biogenética. 
"A Câmara Municipal limitou-se a fazer investigação sobre o projeto espanhol e depois aproximou um grupo de empresários portugueses aos espanhóis de Caldas de Rey, o que levou à criação da Esvesport. A autarquia funcionou apenas como facilitador de um investimento com muita importância para o concelho, na medida em que pode reanimar o sector agrícola", sustentou. 
O projeto luso-espanhol vai ser apresentado, sexta-feira, em Paredes de Coura com a presença do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, depois de na semana passada ter sido dado a conhecer na Galiza. 
Aquelas duas plantações são as únicas na Europa já que, segundo o Vítor Paulo Pereira, só nos EUA é que são conhecidos projetos idênticos. 
A 'luffa' é uma esponja vegetal, antialérgica e biodegradável com múltiplas aplicações.  
"Para as pessoas pode parecer uma coisa estranha para as pessoas mas é uma fibra vegetal que tem muitas potencialidades a explorar já que mercado mundial é deficitário deste produto. Pode ser aplicado na indústria automóvel, no setor do mobiliário, filtros de água, isolamentos térmicos, cosmética entre outras", disse.  
Nesta plantação de esponjas vegetais, que emprega atualmente dois trabalhadores, foram utilizadas "todas as técnicas de cultivo com base em sistemas alternativos, sem qualquer tipo de materiais artificiais ou químicos".
Vítor Paulo Pereira revelou também que está a ser preparado um protocolo a estabelecer com Escola Profissional do Alto Minho (EPRAMI) no sentido de colocar o laboratório da instituição ao serviço desta plantação e da agricultura do concelho.
"Agricultura sem investigação, formação e conhecimento é muito arriscada", sustentou.

OE2015 PCP promete colocar agricultura na discussão


O secretário-geral do PCP prometeu hoje que o partido vai colocar também a agricultura na discussão sobre o Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), salientando a necessidade de convergência de democratas e patriotas, apesar das diferenças.

POLÍTICA PCP promete colocar agricultura na discussão Lusa
13:44 - 23 de Outubro de 2014 | Por Lusa
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"No quotidiano, há esta saudável relação com uma organização com a qual, obviamente, temos diferenças, mas a franqueza e seriedade com que tratamos os problemas, tem reflexos positivos para os agricultores - mas não só -, para o país. Acho que isto é saudável, essa tal convergência de que muitas vezes falamos, de democratas, patriotas, organizações, instituições que estão interessados e tão preocupados com o seu país como nós", disse Jerónimo de Sousa, após reunião com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI).

Os comunistas asseguram ir "transportar até à Assembleia da República preocupações e até propostas, no quadro agora do Orçamento do Estado", sendo "a fiscalidade para o setor cooperativo uma questão que vai estar em cima da mesa".

"Temos procurado, através de requerimentos e perguntas, tanto na Assembleia da República e como no Parlamento Europeu, levantar questões de fundo. Agora a prioridade tem a ver com a discussão do Orçamento do Estado e aí encontraremos matéria para levar o conhecimento desta matéria ao próprio orçamento", reforçou o líder do PCP.

Segundo Jerónimo de Sousa, os agricultores confrontam-se "com as grandes superfícies que, não só dominam, como determinam muitas vezes essa política de escoamento, dos preços e das vendas, num combate profundamente desigual".

"A maior preocupação é sempre a nova reforma da PAC que nós temos de agilizar e analisar em profundidade. O 'greening' [limitações a favor da sustentabilidade ambiental] é uma das coisas que, principalmente ao setor leiteiro, vai mexer muito com as ajudas à produção. A produção leiteira, no norte, centro e também no sul, tem de ter duas culturas seguidas ou três alternadas. Caso não aconteça, tem de deixar corredores com 7% das suas parcelas em pousio. Temos a consciência de que tem de se dar a volta a isto", observou o presidente da CONFAGRI, Manuel dos Santos Gomes.

Portugal produz 80 mil toneladas de queijo por ano


A responsável apontou ainda que os queijos nacionais "já estão presentes em diversos mercados", "assumindo especial destaque o mercado angolano"
Portugal produz cerca de 80 mil toneladas de queijo por ano, sendo o queijo flamengo, nos diversos formatos, a variedade mais consumida, disse hoje a assessora técnica da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL).

De acordo com Maria Cândida Marramaque, a categoria dos queijos representa 25 por cento do setor de laticínios em geral, cujo volume de negócios ronda os 1.800 milhões de euros.

Os queijos estão hoje e sexta-feira em destaque na cidade de Tondela, com vários exemplares nacionais a serem degustados no concurso "Queijos de Portugal", que tem como missão "promover e estimular o desenvolvimento da indústria e melhorar o reconhecimento dos produtos junto do consumidor".

Segundo a representante da ANIL, este é um produto que continua a ser a ser mais importando do que exportado, embora este défice tenha vindo a sofrer uma redução nos últimos anos.

"A balança comercial [na categoria dos queijos] é bastante deficitária, tal como no setor de laticínios em geral, apresentando um défice em quantidade de cerca 25 mil toneladas anuais, ou seja, 30 por cento da produção nacional. Contudo, esse défice tem vindo a ser reduzido nos últimos anos ", informou.

Maria Cândida Marramaque recordou que há cinco anos o défice ultrapassava as 35 mil toneladas, o equivalente a quase 50 por cento da produção nacional.

"Nos últimos anos, a indústria nacional tem feito grandes esforços no reforço da sua competitividade externa, através da promoção das suas marcas e adaptação às exigências dos diversos mercados de destino", evidenciou.

A responsável apontou ainda que os queijos nacionais "já estão presentes em diversos mercados", "assumindo especial destaque o mercado angolano".

"O mercado Angolano representa, em valor, cerca de 30 por cento do total de exportações da categoria queijo", sustentou.

O concurso "Queijos de Portugal", cuja sexta edição decorre até sexta-feira em Tondela, tem este ano 174 queijos a concurso, em 19 categorias.

"Este é um número significativo em termos de participações. Temos vindo ainda a evoluir positivamente em termos de categorias: começámos com cinco e agora já temos 19", realçou.

O dia de hoje é de eliminatórias, estando reservada para sexta-feira a final do evento.

A cerimónia de entrega de prémios do concurso "Queijos de Portugal", promovido pela ANIL, terá lugar a 10 de novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, no decorrer do Encontro Com o Vinho e Sabores 2014.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Idanha-a-Nova concentra 30 por cento da plantação de figo da Índia em Portugal

23-10-2014 
  
O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, disse que a cultura do figo da índia no concelho representa atualmente mais de 30 por cento da área plantada no país.

«Idanha-a-Nova tem mais de 30 por cento de toda a área plantada [de figo da índia] no país e para a nossa Incubadora de Empresas de Base Rural está projetada uma área total de plantação de 70 hectares», disse o autarca à agência Lusa.

Armindo Jacinto explicou que neste momento já se encontram plantados 50 por cento desses 70 hectares, cuja área pode ainda vir a sofrer um aumento, visto que as «poucas terras disponíveis na incubadora têm apetência para esta cultura».

O município de Idanha-a-Nova está também a estender este tipo de cultura às restantes áreas do concelho e está a dinamizar uma associação para esta cultura e respetivos subprodutos.

O autarca destaca o elevado potencial económico do figo da índia, um produto cuja aplicação vai desde a alimentação até às indústrias farmacêuticas e de perfumaria. «Trata-se de uma cultura que tem uma grande utilização e onde tudo é aproveitado, desde o fruto até à própria planta», adiantou.

Armindo Jacinto sublinhou ainda que a autarquia está empenhada e a desenvolver todos os esforços no sentido de criar uma fileira em Idanha-a-Nova que, juntamente com as restantes áreas plantadas, «possa ser significativa no país». «Queremos fazer a diferenciação de uma cultura que possa ter efeitos positivos para a economia local», concluiu.

Idanha-a-Nova foi recentemente palco de umas jornadas ibéricas sobre a cultura do figo da índia, um encontro inédito dedicado a esta cultura com crescente interesse agrícola e económico e que juntou mais de 150 investigadores, agricultores e empresários.

Fonte: Lusa

Agricultores reforçam pedido de intervenção do Governo na Herdade da Comporta

24/10/2014, 13:22
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Os rendeiros querem continuar a cultivar arroz. Alguns também querem legalizar as suas habitações. Na Herdade da Comporta volta a pedir-se a intervenção do Governo por causa da crise do GES.


Associação pediu reunião no Parlamento

A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) revelou hoje estar mandatada para exigir a intervenção governamental na defesa dos interesses dos moradores e rendeiros da Herdade da Comporta, nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal.

"Já pedimos uma reunião à Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas no passado mês de outubro, para darmos conta das nossas exigências, mas ainda não obtivemos resposta", disse à agência Lusa Avelino Antunes, da AADS.

"Caso a reunião com a Comissão de Agricultura e Pescas não se realize, ou não aponte no sentido de uma intervenção até meados de novembro, vamos sair à rua na defesa dos nossos interesses", assegurou.

Além da preocupação com a renovação de contratos de centenas de rendeiros face à situação do Grupo Espirito Santo (GES), proprietário da Herdade da Comporta, a AADS diz que também estão em causa os interesses de alguns moradores, que anseiam pela legalização das suas casas, construídas em terrenos da herdade.

As preocupações dos agricultores são partilhadas pelo presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, que considerou a atual situação "preocupante" e disse estar solidário com os agricultores, reconhecendo a importância da atividade agrícola na freguesia do Carvalhal.

"Temos de encontrar uma forma de garantir a continuidade dos agricultores da Herdade da Comporta, muitos deles ligados à produção de arroz", disse Figueira Mendes.

A Herdade da Comporta, com uma área de cerca de 12.000 hectares, abrange as freguesias do Carvalhal e da Comporta, nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal.

PCP quer suspensão do processo do fim das rendas na Herdade dos Machados


LUSA e PÚBLICO 24/10/2014 - 15:05
Comunistas dizem que o fim dos contratos de arrendamento com rendeiros reformados coloca pessoas no desemprego.

 
PCP considera "lamentável" que o Governo esteja envolvido neste processo ENRIC VIVES-RUBIO
 
 Ministério da Agricultura não desiste de afastar rendeiros da Herdade dos Machados
O PCP entregou no Parlamento um projecto de resolução que recomenda ao Governo que suspenda "imediatamente" o processo de rescisão de contratos de arrendamento de parcelas da Herdade dos Machados, em Moura, entre o Estado e os rendeiros reformados.

Através do projecto, enviado nesta sexta-feira à agência Lusa pelo grupo parlamentar do PCP, os comunistas recomendam ao Governo que mantenha os contratos de arrendamento e "não utilize o critério de situação de reforma" dos rendeiros para os rescindir.

Os dez deputados comunistas que assinam o projecto de resolução também recomendam ao Governo que assegure a transmissão do arrendamento a descendentes, estando o rendeiro ainda vivo, e proceda ao arrendamento das parcelas que vagarem por rescisão de contratos por vontade do rendeiro.

Nos tempos da Reforma Agrária, em 1975, a Herdade dos Machados foi expropriada e nacionalizada. Em 1980, o então Governo, liderado por Sá Carneiro, realizou contratos de arrendamento de parcelas com 94 trabalhadores da propriedade que se tornaram rendeiros.

Em Junho passado, a Direcção Regional de Agricultura do Alentejo informou 17 rendeiros da Herdade dos Machados que era "intenção" do ministério resolver o contrato de arrendamento com todos aqueles que "voluntariamente se reformaram", e que estes teriam que entregar as terras até 31 de Outubro. Esta decisão vinha suportada no decreto-lei 158/91 que diz: "Não podem ser beneficiários de entrega de terrenos para exploração quaisquer funcionários ou agentes do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação, nem reformados, nem detentores de dívidas ao Estado".

Segundo os deputados do PCP, o Governo pretende aplicar a lei a rendeiros que se tornaram beneficiários quando não eram reformados e "tenta abusivamente aplicar uma norma que se refere a entrega e estendê-la à manutenção da exploração". A posição do Governo "contraria um conjunto de promessas de sucessivos governos de garantia do arrendamento e avaliação da possibilidade de venda", referem os deputados, que acusam o Executivo PSD-CDS/PP de estar "a recusar" a transmissão dos contratos de arrendamento a descendentes ainda em vida do arrendatário.

"É lamentável que o Governo esteja envolvido neste processo", "contrariando decisões da justiça portuguesa, nomeadamente da Procuradoria-Geral da República, que sempre se pronunciou em favor dos direitos dos rendeiros à exploração das suas parcelas", afirmam os deputados.

Segundo os deputados, o fim dos contratos de arrendamento de parcelas da Herdade dos Machados com rendeiros reformados coloca "pessoas no desemprego" e "desilude um conjunto de expectativas de continuidade não só justas, mas assumidas na acção e nas palavras (letras) dos serviços do Ministério da Agricultura e de responsáveis políticos".

Tutela está "a ponderar"
A Comissão de Rendeiros da Herdade dos Machados já acusou o Governo de pretender "retirar a terra a quem ainda a trabalha" e anunciou que ia interpor uma providência cautelar para tentar impedir que o Estado denuncie os contratos de arrendamento de parcelas da propriedade com os 16 reformados e lhes retire as terras.

No início desta semana, o Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) informou o deputado socialista Pita Ameixa que a cessação de "alguns" contratos de arrendamento de terrenos na Herdade dos Machados "expropriados ou nacionalizados" no âmbito da reforma agrária, é uma matéria que se "encontra em análise, não tendo ainda sido emitida decisão definitiva".

Esta posição tomada a 11 dias do prazo limite imposto pelo Ministério aos rendeiros que "voluntariamente" se reformaram para que estes abandonem os terrenos que exploram na Herdade dos Machados revela que o "Governo, aparentemente", está a "recuar" na decisão que tomou, refere Pita Ameixa.

A tutela esclarece que decidiu "ponderar a questão" depois dos arrendatários terem sido "recentemente ouvidos em audiência prévia".

Ministra da Agricultura diz que Portugal ainda é deficitário na produção de maçã


Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
15:15 Sexta feira, 24 de Outubro de 2014 |

Viseu, 24 out (Lusa) - A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse hoje que Portugal continua ainda a ser deficitário ao nível da produção de maçã, mas é cada vez mais um país exportador deste fruto.

"Temos o desafio de produzir mais internamente e diminuir as importações de maçã, mas também somos cada vez mais um país exportador de maçã", afirmou aos jornalistas, durante a visita a uma quinta de produção de maçã situada em Povolide, no concelho de Viseu.

Segundo a ministra, os produtores estão a pedir para que sejam abertos mais mercados para a exportação de maçã.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Jovens agricultores portugueses querem exportar para a China


A China, em particular, salientou Ricardo Brito Pais, "é um mercado novo" e os agricultores portugueses precisam "sobretudo de procurar novos mercados"
Texto de Patrícia Neves/Plataforma Macau • 22/10/2014 - 16:06
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A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), com cerca de 13 mil associados, e a GlobalCoop, cooperativa que nasceu no seio desta organização, participam este ano pela primeira vez na Feira Internacional de Macau (MIF) com o objetivo de abrir caminho às exportações de produtos portugueses para a China, nomeadamente de azeite e vinho.
 
"Estamos na feira com um stand e, para além da parte comercial da associação, temos uma amostra de vinhos, azeites e queijos" de pequenos e médios agricultores portugueses sem marca própria e comercializados pela GlobalCoop, disse ao Plataforma Macau o presidente da AJAP, Ricardo Brito Pais.
 
A presença da associação e da GlobalCoop na Feira Internacional de Macau surge na sequência de eventos organizados em Portugal pelo Fórum Macau e pela Universidade Católica de Lisboa, nos quais marcaram presença há alguns meses. Ricardo Brito Pais disse ter conhecimento do plano de criação em Macau de um centro de distribuição de produtos alimentares da lusofonia e que a sua vinda à MIF pretende explorar esta oportunidade. "Se for possível, teríamos todo o interesse em fazer parte deste projeto", sublinhou, constatando que "Macau pode ser para os países de língua portuguesa uma ponte muito importante para a China".
 
Durante o certame no território e visitas posteriores à China, a AJAP e a GlobalCoop planeiam "visitar algumas explorações de agricultores e realizar contactos para perceber a possibilidade de agricultores portugueses poderem chegar ao mercado chinês". "Pensamos que o Fórum Macau tem aí um papel importante e vamos ter alguns encontros", apontou o dirigente associativo.
 
A cooperativa, criada há cerca de três anos para ajudar a escoar os produtos dos associados da AJAP, "ainda não tem negócios com a China", acrescentou, mas a associação tem membros que "andam à procura deste mercado, pois a Ásia está com um potencial grande, nomeadamente nos azeites e vinhos" e, por isso, quer estabelecer em Macau "algumas relações para poder depois ajudar" os agricultores nesse fim. A China, em particular, salientou Ricardo Brito Pais, "é um mercado novo" e os agricultores portugueses precisam "sobretudo de procurar novos mercados".
 
Apesar de constatar que Portugal "não é um país que consegue ser muito competitivo, porque não tem muita quantidade", o presidente da AJAP defende que "tem, porém, uma qualidade grande" a nível dos produtos agroalimentares ao realçar que o mercado chinês "está também à procura dessa qualidade" e os agricultores portugueses devem explorar este potencial. Ricardo Brito Pais constata que "tem sido feito um grande trabalho de promoção dos produtos portugueses e que este é o setor das exportações que mais tem crescido, o que é fruto disso mesmo".
 
A AJAP, criada há 31 anos, representa os jovens agricultores em Portugal e a nível internacional, estando presente no Conselho Europeu de Jovens Agricultores, em Bruxelas.

Miguel Laffan, detentor da primeira estrela Michelin no Alentejo, representa Portugal em Bruxelas


Miguel Laffan, detentor da primeira estrela Michelin no Alentejo, representa Portugal em Bruxelas


Miguel Laffan, detentor desde 2013 da primeira estrela Michelin no Alentejo, com o restaurante do empreendimento L`and Vineyards, foi o chef escolhido para representar os sabores portugueses e trabalhar os produtos nacionais na 16° edição da Megavino, feira a ter lugar de 24 a 27 de Outubro de 2014, em Bruxelas.
Miguel Laffan foi convidado a assinar os menus do restaurante VIP deste evento que serão confeccionados em parceria com a Ecole Hotelière de Fleurus.
 


«É um privilégio estar presente neste evento e representar a gastronomia portuguesa. O trabalho que tenho vindo a desenvolver é pautado pela valorização dos produtos nacionais onde os vinhos são incontornáveis. Muitos deles estarão representados na Megavino», afirma Miguel Laffan. «Espero que o meu trabalho no evento desperte a curiosidade dos presentes para visitarem Portugal», acrescenta.
 
Com o apoio do Ministério da Agricultura, através de Assunção Cristas, juntamente com a Embaixada de Portugal e a Delegação da AICEP, em Bruxelas, foram unidos esforços para que o sector vínico e agro-alimentar de Portugal estejam representados neste grande evento, sendo a coordenação de toda a participação portuguesa da responsabilidade da Horeca Promotion.
 
A Viniportugal, entidade que tem como objectivo promover e valorizar a marca Wines of Portugal, estará presente pela primeira vez neste mercado com 33 empresas produtoras de vinho inscritas, mas na totalidade a participação portuguesa ascende a 68 empresas do sector vínico e agro-alimentar com destaque para os azeites nacionais e as conservas artesanais.
 
Além destas empresas, os principais importadores especializados em produtos portugueses vão também ter o seu devido espaço.
 
O IVBA Madeira vai promover masterclasses para trade e para os consumidores mais curiosos deste produto único que é o vinho da Madeira.
 
Estão previstas ainda várias animações sobre o tema «Portugal» nas suas diversas vertentes, para que cada visitante da Megavino saia da feira com vontade de provar e descobrir Portugal.
 
A Megavino é o maior salão de vinhos e o mais importante do Benelux, onde o número de visitantes tem aumentado de ano para ano, tendo em 2013 contado com cerca de 29000 visitantes. Destes destacam-se os visitantes profissionais: 40% trade (importadores e distribuição moderna), 43% horeca e 11% outros (sommeliers, retalho, fornecedores, opinion leaders e imprensa). 
 
Cada visitante terá a oportunidade de visitar cada um dos 368 expositores e descobrir mais de 10.000 vinhos de 30 países diferentes e assim ir ao encontro dos produtores das suas histórias e tradições.
 
Portugal conta com um património com mais de 250 variedades de castas autóctones que fazem da produção nacional um caso único, e que dão aos vinhos portugueses a diferenciação da produção dos restantes países da Europa e do resto do mundo.

Assembleia da República: Deputado comunista questiona o governo sobre ataques de lobos a gado, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu



Conforme tem sido amplamente noticiado pela comunicação social nacional, as populações do Concelho de Cinfães, que habitam nas cercanias da Serra do Montemuro, nomeadamente as das Freguesias de S. Cristóvão de Nogueira e Nespereira, estão profundamente alarmadas com os continuados ataques de alcateias de lobos aos seus rebanhos e gado (foram contabilizadas dezenas de ovelhas, cabras, vitelas, vacas e um pónei mortos). Ataques que estão a pôr em risco a sobrevivência económica de muitas explorações agrícolas familiares e a provocar um clima generalizado de medo e insegurança.

Em face da gravidade da situação, os agricultores afectados, realizaram duas concentrações com a população, para as quais convocaram a comunicação social, que teve oportunidade de visualizar ainda nos campos os animais abatidos pelos lobos.

Os habitantes das áreas abrangidas, exigem duas medidas imediatas por parte dos organismos governamentais:

1  – o recenseamento dos animais que foram alvo dos ataques dos lobos;

2 – o desencadeamento dos procedimentos necessários à rápida indemnização dos agricultores pelos avultados prejuízos sofridos.

Tendo em conta o impacto económico e social desta grave situação para as populações serranas, é urgente a intervenção do Governo no sentido de não só tranquilizar as populações, mas também indemnizar todos os que sofreram prejuízos no seu efetivo pecuário.

Atendendo a que é necessário ressarcir os agricultores das cabeças de gado perdidas, o Grupo P. do PCP vem perguntar à Srª Ministra da Agricultura o seguinte:

1 – Tem o seu Ministério conhecimento destes graves acontecimentos, reportados ao ataque de pretensas alcateias de lobos aos rebanhos e gado nas cercanias da Serra do Montemuro, no Concelho de Cinfães?

2 – O que está a ser feito pelos serviços do seu Ministério para registar o número de cabeças de gado abatidas pelos lobos e proceder à justa indemnização dos seus proprietários?

3 – Num quadro em que os agricultores se vêm privados da sua principal fonte de rendimento, admite o seu Ministério ressarcir no imediato os agricultores através da reposição directa do efectivo pecuário perdido?

4 – Que tipo de monitorização das alcateias de Lobo Ibérico efectua o ICNF, na Serra do Montemuro e qual o recenseamento de que dispõe do número de exemplares ali existentes?

5 – Dispõe o ICNF na actualidade dos meios humanos, materiais e logísticos para efectuar a monitorização das populações de lobos existentes no País?

Lisboa, 20/10/2014

Palácio de São Bento, terça-feira, 21 de Outubro de 2014

Deputado(a)s
MIGUEL TIAGO(PCP)

Fonte:  Grupo Parlamentar do PCP

Especialistas estrangeiros visitam ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2014’

Críticos de vinhos, jornalistas, wine writers, sommeliers e compradores 


A convite da Revista de Vinhos e da ViniPortugal, está já confirmada a vinda de mais de uma dezena de especialistas e profissionais estrangeiros ao 'Encontro com o Vinho e Sabores 2014', evento que vai já na 15.ª edição e se realiza de 07 a 10 de Novembro no Centro de Congressos de Lisboa. Organizado pela Revista de Vinhos, este ano coincide com a celebração do 25.º aniversário da publicação.

Vindos dos Estados Unidos da América e do Reino Unidos são catorze os críticos de vinhos, jornalistas, wine writers, sommeliers e compradores internacionais que vão iniciar uma tour ao nosso país com uma alargada visita ao ECVS 2014. A mesma inclui o contacto directo com os produtores presentes no certame, a participação em algumas das provas especiais e uma master class especialmente criada para estes profissionais e "leccionada" pelo especialista de vinhos e director da Revista de Vinhos, Luís Ramos Lopes – e na qual vão estar em prova, entre outros, os vinhos vencedores do "Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa".

Do Reino Unido e a convite da Revista de Vinhos vêm os reconhecidos críticos de vinhos Julia Harding e Charles Metcalfe, bastante activos no conhecimento pelos néctares produzidos no nosso país. A Master of Wine Julia Harding é gestora do site JancisRobinson.com e principal colaboradora da autora do mesmo. O senhor Metcalfe é um apaixonado por Portugal: é presença assídua nas provas da ViniPortugal em Londres e autor de livros sobre as regiões e os vinhos portugueses.

A ViniPortugal traz a Portugal e ao ECVS 2014 doze jornalistas, wine writers, sommeliers e compradores de vinho vindos de vários cantos dos Estados Unidos da América (lista abaixo).

Jornalistas e Wine Writers
. Alder Yarrow, jornalista e wine writer - Vinography (Califórnia; São Francisco)
. Joe Roberts, wine writer - 1 Wine Dude (Pensilvânia; Filadélfia)
. Marcia Gagliardi, jornalista - Tablehopper.com (Califórnia; São Francisco)

Sommeliers e Compradores
. Aaron Patrick, restaurante Bourbon Steak (Califórnia; São Francisco)
. Alpana Singh, Master Sommelier - The Boarding House (Illinois; Chicago)
. Chris Tanghe, Master Sommelier - Aragona (Washington; Seattle)
. Even Goldstein, Master Sommelier (Califórnia; São Francisco)
. Madeline Triffon, Master Sommelier - Plum Markets (Michigan; Detroit)
. Mario Nocifera, restaurante Lower 48 Kitchen (Colorado; Denver)
. Peter Granoff, Master Sommelier (Califórnia; São Francisco)
. Winn Roberton, restaurante Bourbon Steak (Washington; Washington DC)
. Yannick Benjamin, restaurante Le Du's Wines (Nova Iorque; Cidade de Nova Iorque) 

Fonte:  Joana Pratas

Produção de castanha afetada por ataque de fungo


É na DOP da Padrela que se contabilizam mais estragos.
A quebra de produção de castanha que este ano atingiu principalmente a serra da Padrela, distrito de Vila Real, foi provocada pela septoriose do castanheiro, um fungo que encontrou no verão ameno as condições ideias de desenvolvimento.

"Este ano foi um verão completamente atípico, com precipitações muito elevadas que decorreram ao longo de todo o verão e temperaturas amenas. Houve as condições ideais para o seu desenvolvimento", afirmou à agência Lusa Maria Manuel Mesquita, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

É na Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela, que se estende pelos concelhos de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Murça e Chaves, que se contabilizam mais estragos, mas a situação está generalizada às outras DOP da região, desde os soutos da Lapa à Terra Fria.

"Ainda não temos dados concretos para quantificar as perdas de produção, mas as estimativas apontam para, na região da Padrela, um prejuízo médio superior a 50%. Os prejuízos variam muito à medida que se sobe em altitude, que vão sendo maiores", frisou.

Queda antecipada

O fungo atingiu a folha do castanheiro, que ficou de cor acastanhada e rebordo amarelo, originando a sua queda antecipada, e atacou também o pedúnculo do ouriço, provocando a sua queda precoce.

"Daí é que a castanha não se chega a formar e a ocorrência do prejuízo. Há uma queda precoce devido ao apodrecimento do pedúnculo do ouriço e não se chega a formar o fruto", explicou a responsável.

Maria Manuel Mesquita referiu que o fungo atacou com maior severidade as zonas mais altas, frias e húmidas, e também castas como a judia, a variedade que predomina na Padrela e possui pouca resistência à septoriose.

Espalhados pela DOP da Padrela existem à volta de 5.500 hectares de souto, cuja produção média ronda os 800 quilos por hectare.

Inverno sem castanhas?

Sociedade

     
22/10/2014 14:28:38 850 Visitas   
Fungo atinge a folha do castanheiro e o caule do ouriço
Foto: Shutterstock
Inverno sem castanhas?
A quebra de produção de castanha que este ano atingiu principalmente a serra da Padrela, distrito de Vila Real, foi provocada pela septoriose do castanheiro, um fungo que encontrou no verão ameno as condições ideias de desenvolvimento.

"Este ano foi um verão completamente atípico, com precipitações muito elevadas que decorreram ao longo de todo o verão e temperaturas amenas. Houve as condições ideais para o seu desenvolvimento", afirmou à agência Lusa Maria Manuel Mesquita, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

É na Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela, que se estende pelos concelhos de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Murça e Chaves, que se contabilizam mais estragos, mas a situação está generalizada às outras DOP da região, desde os soutos da Lapa à Terra Fria.

"Ainda não temos dados concretos para quantificar as perdas de produção, mas as estimativas apontam para, na região da Padrela, um prejuízo médio superior a 50%. Os prejuízos variam muito à medida que se sobe em altitude, que vão sendo maiores", frisou.

O fungo atingiu a folha do castanheiro, que ficou de cor acastanhada e rebordo amarelo, originando a sua queda antecipada, e atacou também o pedúnculo do ouriço, provocando a sua queda precoce.

"Daí é que a castanha não se chega a formar e a ocorrência do prejuízo. Há uma queda precoce devido ao apodrecimento do pedúnculo do ouriço e não se chega a formar o fruto", explicou a responsável.

Maria Manuel Mesquita referiu que o fungo atacou com maior severidade as zonas mais altas, frias e húmidas, e também castas como a judia, a variedade que predomina na Padrela e possui pouca resistência à septoriose.

A incidência da septoriose do castanheiro não tem tido grande relevância em anos anteriores.

Na Lagoa, aldeia de Vila Pouca de Aguiar, alguns produtores queixam-se de quebras na produção "acima dos 90% "ou até mesmo "totais".

"A quebra vai ser total. Não vejo nada, nada. Já fui dar a volta aos soutos e não vejo nada", afirmou Isaura Castanheira, de 58 anos. 

Com uma produção de cerca de três mil quilos em 2013, que renderam seis mil euros, esta produtora teme agora os próximos tempos porque a "castanha era o que remediava durante o ano".

"Esta é a principal fonte de rendimento. Porque a gente colhe batata, centeio e nada disso dá dinheiro", referiu.

Luciano Sousa, 51 anos e residente em Vilarelho, também em Vila Pouca de Aguiar, descreve os seus castanheiros como estando "todos queimados", o que provocou uma quebra na produção dos três mil quilos, na campanha anterior, para os 200 quilos.

"Chegar ao fim de um ano de trabalho e ver isto assim é triste. Uma pessoa andar todo o ano a trabalhar, todo o ano de roda deles para os cultivar como deve ser e chegar ao fim e não colher nada é complicado", salientou.

Os produtores temem a esta situação possa afectar definitivamente os castanheiros.

Maria Manuel Mesquita referiu que as medidas de protecção fitossanitárias a adoptar agora pelos produtores passam pela queima das folhas e ouriços, ou pela distribuição de ureia sobre as folhas, para assim interromper o ciclo do fungo e impedir que fique para o próximo ano.

"Se foram tomadas estas medidas e se não ocorrerem as condições climatéricas deste ano, não se perspectivam problemas para o próximo ano", acrescentou.

Espalhados pela DOP da Padrela existem à volta de 5.500 hectares de souto, cuja produção média ronda os 800 quilos por hectare.

Lusa/SOL


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Inscrições para o Ovicapri 2014 já abriram


por Ana Rita Costa
22 de Outubro - 2014
Já abriram as inscrições para o Ovicapri 2014, simpósio de ovinos e caprinos organizado pela UTAD e que se realiza a 14 de novembro, nas instalações da UTAD, em Vila Real.

 
O programa ainda não foi revelado mas já é possível submeter propostas para a apresentação de posters científicos no evento.


Portal agronegocios.Eu, a nova plataforma de informação e conhecimento para o setor agrícola e agroindustrial



21 DE OUTUBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Foi lançado em outubro o novo projeto da AgroPress (Grupo Publindústria) para o setor agrícola, florestal e agroindustrial, o portal Agronegócios, que se destina a ser uma plataforma de agregação de notícias, atualidades, conteúdos científicos e webservices diversos, contando com a parceria de várias entidades.

Este é mais um projeto editorial que surge no contexto da estratégia da Agropress de duversificação da oferta de conteúdos informativos e de transferência de conhecimento e tecnologia para o setor agrícola, através de vários suportes, impressos e digitais.

Agronegocios-eu-1-website (3)No médio prazo, o objetivo é tornar o portal AgroNegócios no canal digital de informação de referência para o setor agrícola e agroindustrial nacional, reconhecendo a crescente importância das tecnologias de comunicação como ferramenta de trabalho para o setor agrícola, e a informação como um fator de produção insubstituível dos produtores nacionais.

Durante os próximos meses, o portal Agronegócios será objeto de várias ações de promoção.

Portal Agronécios.eu:


Página do Facebook:


Todos podemos ser agricultores?


A imagem veiculada dá-nos a ideia de que o futuro de quem aposta na agricultura é (e será) risonho, que a agricultura é para todos, quando, na realidade, não o é
Texto de João Duarte Barbosa • 21/10/2014 - 16:06

Nos últimos anos, tem-se assistido a um crescente interesse pela produção agrícola em Portugal, deixando de ser visto como o parente pobre dos 3 Sectores Económicos (como o era na altura da adesão à UE, onde existia um inexplicável sentimento de vergonha por sermos um país com produção agrícola) para passar a ser visto como o El Dorado da rentabilidade empresarial. Uma das fileiras desta nova geração de agricultores tem visto na produção dos chamados pequenos frutos o ex-líbris desta "febre", com o mirtilo como expoente máximo desta nova forma de se "ganhar muito dinheiro. Mas o aumento súbito do interesse nesta fileira do setor agrícola não aparece apenas pela "larga margem de crescimento" e pelo "potencial económico dos pequenos frutos", que de facto o têm, mas também por ser um cultivo "fácil", com retornos do investimento mais "imediatos" que os obtidos em outras fileiras do setor, o que já não será bem desta forma.
 
Esta nova onda tem sido também sustentada pelos apoios à instalação de jovens agricultores, que chegam a apoiar até 80% do valor do investimento inicial. Porém, toda esta conjuntura aparentemente favorável - e partindo do principio que assim o é - implica sempre um conhecimento bastante profundo das ciências agrárias e do(s) produto(s), para que se consigam máximos de produtividade e rentabilidade, existindo também factores externos que poderão determinar de forma crucial o sucesso da exploração.
 
Porém, na opinião pública, a imagem veiculada dá-nos a ideia de que o futuro de quem aposta na agricultura é (e será) risonho, que a agricultura é para todos, quando, na realidade, não o é.
 
É premente informar o putativo agricultor dos riscos que este está a correr e que, apesar de todas as ajudas ao investimento, se ele fracassar, irá, garantidamente, perder dinheiro. Para além do tempo investido: se o objetivo de se produzir um produto agrícola é gerar rentabilidade suficiente, não é possível fazê-lo em part-time. Em alguns casos, serão precisos dois "full-times". É intrigante o facto de ainda não conseguirmos saber o que está a acontecer a muitos dos projectos que arrancaram, mesmo depois do primeiro Programa de ajudas (PRODER 2007-2013) já estar concluído: surpreendentemente (ou não), o Governo ainda não publicou até à data nenhuma estatística relativa ao número de desistências/falências/sucessos de projectos que avançaram nestes últimos anos. Estes dados seriam uma boa ferramenta de auxílio para os novos interessados, não só para se conscientizarem acerca dos riscos, mas também para ajudar a perceber o que falhou em projectos anteriores, de forma a ajudar quem agora se inicia.
 
Antes de o potencial agricultor pensar no retorno económico que este negócio lhe poderá trazer, deverá sim informar-se a fundo, nas mais variadas fontes mas, principalmente, junto das mais importantes: de outros produtores, que lhes poderão contar acerca da suas experiências e o que implica, na realidade, ser agricultor.
 
Existem, garantidamente, excelentes oportunidades de investimento e de criação do próprio emprego no setor agrícola, mas estas sorrirão apenas para alguns, não para todos.

Comer fruta e legumes todos os dias ajuda a ser mais feliz


     
22/10/2014 09:16:48 1795 Visitas   
Saúde mental está ligada à ingestão de frutas e legumes
Foto: Shutterstock
Comer fruta e legumes todos os dias ajuda a ser mais feliz
Comer umas cinco porções de fruta e legumes todos os dias ajuda a melhorar a saúde física e mental e aumenta o sentimento de felicidade, segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pela Universidade de Queensland.

O cientista Redzo Mujcic disse à estação local ABC que o seu estudo comparou as escolhas feitas por cerca de 12.000 pessoas no consumo de frutas e verduras com os níveis de satisfação, stress, vitalidade e outros indicadores da saúde mental. 

"Comer umas cinco frutas e legumes (por dia) faz-te mais feliz", comentou Mujcic ao referir-se aos pontos analisados.

Além disso indicou que os efeitos positivos de uma maior quantidade de frutas e legumes são mais fortes nas mulheres, embora se desconheçam as razões para essa maior influência. 

Mujcic considerou que se a saúde mental está realmente ligada à ingestão e frutas e legumes, os responsáveis pelo desenvolvimento das políticas governamentais deveriam promover um maior consumo destes alimentos. 

Lusa/SOL

Estudo sobre a fiscalidade verde nas florestas



A Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal deu início à elaboração de estudo sobre a fiscalidade verde nas florestas. Como objetivo principal está a disponibilização aos decisores políticos de um conjunto de propostas que possam aportar impactes positivos aos negócios florestais, tendo por suporte os princípios da Economia Verde, e desta forma viabilizar fileiras silvo-industriais melhor sustentadas, mais sustentáveis e socialmente responsáveis.

Nas preocupações subjacentes ao estudo está a viabilização de uma resposta sustentada, por parte da produção florestal, às necessidades das várias indústrias de base florestal, sem que tal comprometa a sustentabilidade dos recursos naturais e potencie a criação e a sustentabilidade do emprego, sobretudo em regiões rurais.

A escassez de produtos de base florestal para transformação industrial é um dos graves problemas que se colocam às várias fileiras indústrias em Portugal. Por outro lado, a atual situação de subaproveitamento e de sobre-exploração dos recursos florestais em nada contribui para a salvaguarda das florestas nacionais.

Igualmente, o estudo pretende criar alternativas às atuais taxas municipais sobre as arborizações. Pretende-se propor a definição de tributos que não penalizem iniciativas de sequestro de carbono, mas que possam compensar os esforços das autarquias no desenvolvimento económico, social e ambiental das superfícies florestais inseridas nos respetivos municípios.

A defesa da floresta contra os incêndios é também uma das temáticas em análise. A fiscalidade pode ter neste domínio um papel decisivo para a proteção do património florestal nacional. Existem medidas que podem usufruir de incentivos fiscais, discriminando positivamente determinadas opções de gestão florestal.

A dependência externa em energia será uma preocupação a ter em conta no estudo. As florestas podem dar um contributo importante neste domínio, salvaguardando a utilização racional e sustentável dos recursos naturais e do território. A utilização da biomassa de origem florestal para a produção de energia elétrica ou calorífica pode ser objeto de discriminação positiva.

Na base do estudo está o disposto no Capítulo IV da Lei de Bases da Política Florestal (Lei n.º 33/96, de 17 de agosto), relativo aos instrumentos financeiros, concretamente no que respeita aos incentivos fiscais (Artigo 19.º).

A Acréscimo pretende disponibilizar o estudo ainda a tempo da formulação dos programas políticos para as Eleições Legislativas de 2015.

O estudo será financiado por entidades privadas, sem ligação direta à atividade silvo-industrial.

A Acréscimo teceu comentários ao projeto apresentado em outubro pela Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde, considerando que as propostas de penalização fiscal foram inadequadas à realidade florestal nacional. Por outro lado, a Comissão, neste seu projeto, ficou muito aquém das possibilidades e das necessidades do setor florestal. Todavia, a associação congratulou-se pelo facto das propostas de penalização fiscal sobre a propriedade rústica não terem sido consideradas pelo Governo.

Lisboa, 22 de outubro de 2014

INE prevê aumento da produção de pêra, com a segunda melhor campanha das últimas décadas

Boletim Mensal da Agricultura e Pescas 


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Previsões Agrícolas

As previsões agrícolas, em 30 de Setembro, apontam para um aumento da produção de pêra (+5%, face a 2013), alcançando a segunda melhor campanha das últimas décadas. O ano agrícola decorreu também favoravelmente para as macieiras (com uma produção que deverá ultrapassar as 270 mil toneladas), para os pessegueiros (42 mil toneladas de produção, +60% que na campanha anterior), para as amendoeiras (recuperou os níveis de produção normais) e para os castanheiros (estima-se que a produtividade possa alcançar os 735 kg/ha). Em sentido oposto destaca-se o kiwi, que pelo quinto ano consecutivo diminuiu a produtividade, estimando-se que, nesta campanha, se fixe nas 8,5 t/ha. Na vinha também se deverão registar diminuições na produção (-5%), com a intensa precipitação a dificultar muito as vindimas e a afectar a qualidade dos mostos.

Quanto às culturas de primavera/verão, confirmaram-se os piores cenários relativamente aos efeitos da instabilidade climatérica na colheita do tomate para a indústria, com uma quantidade significativa da produção a ficar por apanhar, o que praticamente anulou o expressivo aumento da área plantada. No milho prevê-se a manutenção da produtividade do ano anterior, embora se verifiquem dificuldades na redução do teor de humidade do grão. No arroz registaram-se algumas situações de acama e de ataques de piriculariose, que deverão ser responsáveis por uma diminuição de 5% da produção face à campanha anterior.

Gado, aves e coelhos abatidos

O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em Agosto de 2014 foi 37 860 toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 1,5% (-3,3% em Julho), devido ao maior volume de abate registado nos ovinos (+13,6%) e suínos (+3,9%).

O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 26 265 toneladas, o que representou um decréscimo de 2,5% (+4,7% em Julho), resultante do menor volume de abate de galináceos (-3,1%) e perus (-4,0%).

Produção de aves e ovos

 A produção de frango em volume registou um acréscimo de 10,4%, com uma produção total de 24 154 toneladas (+5,6% em Julho). Os ovos de galinha para consumo apresentaram também um aumento de 12,8% no mês em análise (+7,1% em Julho), com uma produção de 8 472 toneladas.

Produção de leite e produtos lácteos

A recolha de leite de vaca foi 152,9 mil toneladas, o que representou um aumento de 6,5% (+5,3% em Julho).O total de produtos lácteos apresentou um acréscimo de 2,4% (+0,2% em Julho), devido essencialmente ao aumento dos volumes de manteiga (+19,7%), nata (+17,7%) e leite para consumo (+4,9%) produzidos no mês em análise.

Pescado capturado

O volume de capturas de pescado em Portugal diminuiu 24,4% (-28,8% em Julho), devido à menor captura de peixes marinhos, nomeadamente "cavala" e "tunídeos". Às 13 337 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 26 872 mil Euros, valor que representou uma diminuição de 1,7% (-0,8% em Julho).

Preços e índices de preços agrícolas

No mês de Setembro de 2014 as maiores variações foram observadas nos ovinos e caprinos (+5,1%), na batata (-80,0%), nos suínos (-14,4%), nos frutos (-9,8%) e nos hortícolas frescos (-6,3%). Em relação ao mês anterior, as principais alterações verificaram-se nos frutos (+11,0%), nos hortícolas frescos (+3,7%), nos suínos (-6,3%) e na batata (-4,2%).

Em Junho de 2014 registou-se um decréscimo de 2,4% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente na agricultura e um acréscimo de 2,2% no índice de preços de bens de investimento. Em relação ao mês anterior, observou- -se um decréscimo de 0,1% no índice dos bens de consumo corrente enquanto que, no índice dos bens de investimento, não se assistiu a qualquer alteração.

Fonte:  INE

Pipocas nacionais nos cinemas da NOS


Através de uma parceria entre a NOS Lusomundo Cinemas e a Agromais, e com a participação de agricultores da região, que permitiu o desenvolvimento da investigação e know how específicos, vai ser possível passar a ter nos Cinemas NOS pipocas nacionais. Até agora o milho – cerca de 400 toneladas por ano – era importado.

Este projecto de incentivo à produção nacional vai ser apresentado amanhã 23 de Outubro nas instalações da Agromais em Riachos, Golegã, num encontro que contará com a presença da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, do Presidente da NOS Lusomundo Cinemas, Pedro Mota Carmo, e do Director-Geral da Agromais Jorge Neves.

Fonte:  NOS

FAO: Agricultura biológica tem capacidade para alimentar a população em 2050

 21-10-2014 

 
A representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, Nadia Scialabba, apresentou os preliminares de um estudo modelo, a publicar antes do final do ano, sobre o que acontecerá em 2050 se toda a produção agrícola se converte-se em biológica.

Scialabba assegura que a agricultura biológica poderia pode produzir alimentos suficientes para a população de 9,2 mil milhões de pessoas em 2050, mas com dietas com uma redução de 30 por cento nos produtos de carne. Para isso, deve-se realizar uma correcta gestão da superfície, assim como gerir de forma eficaz os nutrientes desperdiçados das culturas.

A especialista da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) falava no "XI Congresso da Sociedade espanhola de Agricultura Biológica" (SEAE), observou que a agricultura familiar deveria estar na cabeça da agricultura global para levar a cabo este desafio em 2050.

Por outro lado, Jean van Mark, da AS-PTA, Brasil, insistiu em «que a agroecologia mostrou-se capaz de responder à procura crescente de alimentos de forma sustentável e a preços razoáveis». Destacou que nos encontramos num momento de risco para o futuro porque os agricultores diminuíram a sua participação nas decisões e que a biodiversidade deveria estar nas suas mãos. De outra forma, disse, «a luta está perdida», assinalando que a agricultura biológica funciona de forma eficiente a pequena escala e tem de ser assumida massivamente pelos agricultores familiares».  

A SEAE celebra em cada dois anos, desde 1994, os seus congresso cientifico-técnicos, nos quais partilham e debatem entre as partes interessadas os resultados das suas investigações e expõem as recentes inovações que favoreçam o sector.

Fonte: Agrodigital

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lousã Souto para produção de castanhas vai ocupar área de 70 hectares


Um souto para produção de castanhas e madeira vai ser plantado, em 2016, nos baldios da freguesia de Serpins, anunciou hoje o presidente da Câmara da Lousã na apresentação de duas iniciativas de promoção de produtos locais.

ECONOMIA Souto para produção de castanhas vai ocupar área de 70 hectares Lusa
20:42 - 20 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Ao divulgar o festival gastronómico "Sabores de Outono" e a 25.ª Feira do Mel e da Castanha da Lousã, o autarca Luís Antunes disse que aquele projeto visa "valorizar a fileira do castanheiro", abrangendo uma área de 70 hectares de propriedade comunitária.

Presente numa conferência de imprensa, no Hotel Palácio da Lousã, no centro histórico desta vila do distrito de Coimbra, o responsável do empreendimento florestal, João Dinis, disse que a plantação se destina à produção de castanha, mas também madeira de castanho poderá ser explorada, em função da altitude e de outros fatores.

João Dinis estima que "o investimento rondará os 400 mil euros", com a plantação de 7.500 árvores, o que deverá concretizar-se no primeiro trimestre de 2016, ao abrigo da nova "estratégia nacional de florestação" e recorrendo a apoios da União Europeia.

O futuro souto, a plantar no âmbito de uma parceria entre a Junta de Freguesia de Serpins, a Câmara da Lousã e a empresa de João Dinis, contribuirá também para "consolidar a estratégia da autarquia de apostar nos produtos endógenos" da Serra da Lousã, sublinhou o socialista Luís Antunes, questionado pela agência Lusa.

O presidente da Câmara Municipal salientou que se trata de "um projeto-piloto de aposta na fileira do castanheiro" que importa assumir "como expressão da Serra da Lousã".

O festival gastronómico "Sabores de Outono" vai decorrer entre 24 de outubro e 02 de novembro, envolvendo 12 restaurantes do concelho.

Contando para já com 16 produtores de mel inscritos, incluindo a Cooperativa Lousãmel, responsável pela gestão da região do mel certificado da Serra da Lousã (mel com denominação de origem protegida, DOP), oito produtores de castanha, tasquinhas e diversas entidades, a 25.ª Feira do Mel e da Castanha da Lousã realiza-se nos dias 07, 08 e 09 de novembro.

"Existem sabores muito próprios nesta zona do país", afirmou o diretor do Palácio da Lousã, Pedro Marques.

A diretora executiva da Lousãmel, Ana Paula Sançana, realçou que o mel DOP Serra da Lousã, à base de urzes, "não é reproduzível em mais lado".

Organizadas pela Câmara Municipal, as duas realizações são apoiadas pela Cooperativa Lousãmel, Turismo Centro de Portugal, Baldios da Lousã e de Vilarinho, rede Aldeias do Xisto e Licor Beirão, entre outras empresas e instituições.

Produzir flores comestíveis em Trás-os-Montes


por João Barbosa
21 de Outubro - 2014
Agricultura e culinária estão juntas numa pequena propriedade em Vila Real. Desde ervas aromáticas a flores comestíveis, a investigação gastronómica é permanente. A empresa tem instaladas cerca de 250 plantas diferentes,  mas apenas perto de 60 se encontram em produção. "As outras mantemo-las como 'energia potencial' ou como 'plantas de companhia'", revela a produtora, Graça Saraiva.

 
Em Fonteita, no concelho de Vila Real, investigam-se ervas aromáticas e flores comestíveis. A culinária e a agricultura funcionam em parceria desde 2006, quando foi fundada a Ervas Finas.

Com uma área de cultivo de 13.000 metros quadrados (terra própria), sendo 2.000 metros quadrados de estufa. "O solo é argiloso, pesado, mas com elevado potencial nutritivo. Como o nosso 'jardim' surgiu num espaço em que antes havia um pinhal, houve que corrigir muito o solo, para que ele se tornasse de textura mais leve, menos ácido e mais fértil. Para isso recorremos logo no início à correção do pH, à instalação de um prado de leguminosas em toda a área de cultivo e à preparação de toneladas de composto com os restos florestais e excrementos de uma pecuária extensiva".

A Ervas Finas produz a sua própria compostagem e utiliza, como meio de rega, os sistemas por gota-a-gota, aspersão e nebulização.

"O consumo é muito variável, conforme as culturas, a técnica cultural associada e a estação do ano. Os legumes de folha para salada ('baby leaves'), os microverdes e as ervas mais finas são as espécies de maior consumo. As aromáticas vivazes ou com raízes mais profundas e as flores comestíveis, associadas a técnicas de economia de água (rega gota-a-gota, uso de telas anti ervas, mulshing, consorciação de culturas, são naturalmente as que consomem menos água".

Uma paleta vegetal

A empresa tem instaladas cerca de 250 plantas diferentes, "entre espécies e variedades de ervas aromáticas e de flores comestíveis", refere Graça Saraiva. Deste total apenas perto de 60 se encontram em produção, revela a agricultora. "As outras mantemo-las como 'energia potencial' ou como 'plantas de companhia'".

Graça Saraiva explica que a Ervas Finas é "uma espécie de jardim de biodiversidade com interesse alimentar, feito de ervas aromáticas, flores comestíveis, frutos silvestres, folhas bebé e microverdes, característicos da flora portuguesa e dos mais diversos lugares do planeta".

O cultivo é todo feito em modo biológico. Na exploração existe um espaço de 'interpretação e desenvolvimento', do qual faz parte uma cozinha experimental, onde se testam as ervas, as flores e outros ingredientes, com técnicas e procedimentos, que se traduzem em produtos genuínos e ensinamentos que se partilham". Com base nos resultados, a empresa apresenta as propostas à hotelaria e à restauração.

Para além das vendas das plantas alimentares, nas épocas de maior abundância a Ervas Finas produz geleias, xaropes, açúcares, infusões, condimentos e "outras maravilhas que pretende oferecer o ano inteiro aos seus clientes, como se fossem 'mimos em caixinhas'" – afirma Graça Saraiva.

A agricultora adianta que as espécies são selecionadas "pelo seu atual ou potencial gastronómico. Este potencial pode encontrar-se nas suas raízes, caules, folhas, flores ou sementes, no estado fresco ou preservado". Os objectivos da empresa passam por "confirmar ou descobrir este potencial, recorrendo a ensaios, parcerias ou a bibliografia especializada" – salienta Graça Saraiva.

Veja a reportagem completa na edição de outubro da revista Vida Rural.

França obriga a renegociar preços dos produtos alimentares se as matérias-primas subirem


por Ana Rita Costa
21 de Outubro - 2014
Foi publicado em França um decreto de lei que obriga os produtores e industriais, e por sua vez os industriais e os distribuidores, a renegociar os preços dos produtos caso ocorra um aumento elevado no preço das matérias-primas, tanto agrícolas como alimentares. A legislação aplica-se, sobretudo, ao leite, a produtos lácteos, a carne e a ovos.

 
Segundo o documento, entende-se como 'elevado aumento de preço' quando um preço é, durante três meses consecutivos, superior à média dos preços das últimas cinco campanhas.

O decreto entra em vigor em 2015 e já tem efeito sobre os contratos que estão a ser fechados para começarem em fevereiro de 2015. O novo regulamento obriga a que as cooperativas tenham em conta a evolução dos preços das matérias-primas e define que têm que ser os produtores, os industriais e os distribuidores a definir nos seus diferentes contratos as modalidades de aplicação.

5º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar realiza-se a 28 de outubro


por Ana Rita Costa
21 de Outubro - 2014
O 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, organizado pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, realiza-se no próximo dia 28 de outubro no Convento do Beato, em Lisboa.

 
O evento contará com a participação de personalidades como Assunção Cristas, ministra da Agricultura, Jorge Tomás Henriques, Presidente da FIPA, António Saraiva, Presidente da CIP, Nuno Netto, partner da Deloitte, Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal, Daniel Bessa, Diretor-geral da COTEC, João Abecasis, CEO da Unicer, António Casanova, CEO da Unilever Jerónimo Martins e António Simões, Presidente da Sovena.

Em discussão estarão temas como "A importância da indústria agroalimentar para o crescimento da economia", "Ambição 2020 - Na rota do crescimento", "O futuro dos Sistemas Alimentares", "O novo ciclo de competitividade e crescimento", "Responder aos desa­fios da economia", "Responder aos desa­fios dos consumidores" e "Responder aos desa­fios da sustentabilidade".

Para mais informações visite o site http://www.eventosfipa.com/

Compromisso junta entidades de várias áreas contra desperdício alimentar


Os municípios e entidades ligadas à educação, economia, saúde, agricultura e solidariedade social vão aderir na quinta-feira a um compromisso para tentar reduzir o desperdício alimentar, anunciou o secretário de Estado da Alimentação.
"É um compromisso que corre toda a sociedade e responsabiliza todos os segmentos" e irá ser proposto um conjunto de medidas e sugestões para que o comabte ao desperdício alimentar "seja mais lato", acrescentou Nuno Vieira e Brito, em declarações á agência Lusa.
O documento será assinado na quinta-feira, Dia Mundial da Alimentação, em Lisboa, durante o Fórum "Inovação Agroalimentar: Oportunidades e Desafios no Combate ao Desperdício", uma iniciativa que irá juntar em debate investigação, produção, transformação, distribuição, restauração, defesa do consumidor e organizações não governamentais (ONG).
"Irá ser assinado um compromisso ético relacionado com o desperdício alimentar", com a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e diferentes entidades governamentais de vários ministérios, da educação è economia, passando pela solidariedade social ou pela saúde, e entidades como a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ou a Direção Geral do Consumidor.
Com o objetivo de trabalharem para a redução do desperdício alimentar também aderiram ao projeto entidades privadas como a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, a Confederação dos Agricultures Portugueses (CAP), Confagri (cooperativas agrícolas), Condeferação Nacional da Agricultura (CNA), a associação de defesa do consumidor DECO, União das Misericórdias Portuguesas ou Banco Alimentar Contra a Fome, Associação Nacional de Municípios Portugueses e estabelecimentos do ensino superior.
O dia vai ser dedicado ao desperdício alimentar, com debate e várias apresentações relacionadas com algumas boas práticas para reduzir o desperdício alimentar nas áreas da produção, distribuição ou da segurança social, resumiu o secretário de Estado da Alimentação.
Durante o fórum serão apresentados projetos "muito positivos e que têm reduzido de uma forma muito clara" o desperdício alimentar, acrescentou Nuno Vieira e Brito.
Para os responsáveis governamentais, a produção e a distribuição são duas áreas que entendidas como fundamentais na tarefa de reduzir o desperdício de alimentos.

Três formas de manter 'certinhos' os níveis de colesterol


     
SOL             SOL | 20/10/2014 19:35:54 16348 Visitas   
Consumir grão só lhe faz bem
Foto: Shutterstock
Três formas de manter 'certinhos' os níveis de colesterol
Nunca devemos dispensar os medicamentos receitados pelo médico. Mas existem alguns hábitos que podem ajudar os níveis de colesterol a manterem-se no sítio certo – não muito baixo (já que ajuda no processo de digestão e na produção de vitamina D), nem muito alto (pois pode entupir as artérias e provocar doenças cardiovasculares).

De acordo com o médico Memeth Oz, citado pelo site da apresentadora Oprah Winfrey, existem três rotinas que devem fazer parte do nosso dia-a-dia, de forma a conseguirmos este equilíbrio:

1. Consumir muitas leguminosas: Feijões, lentilhas e grão ocupam o topo da lista. Ingerir pelo menos uma vez por dia estes alimentos ajuda a diminuir o 'colesterol mau' em pelo menos 5%.

2. Uma maçã por dia, não faz ideia do bem que lhe fazia: Um estudo realizado em 2013 comparou os resultados do consumo diário de estatina - fármacos usados no tratamento da hipercolesterolemia e na prevenção da aterosclerose – e de maçãs. Conclusão: têm exactamente o mesmo efeito no que diz respeito à prevenção de ataques cardíacos, enfartes e outras doenças cardiovasculares.

3. Mexa-se: Fazer exercício aumenta os níveis do 'colesterol bom', explica o médico norte-americano. De acordo com estudos recentes, citados pelo site, cada vez que o 'colesterol bom' sobe, o risco de doenças cardíacas diminui cerca de 3%. Dr. Oz recomenda pelo menos 30 minutos de exercício por dia, cinco vezes por semana. 

Setembro registado como o mês mais quente desde 1880



© Valentin Flauraud / Reuters
O passado mês de setembro registou a maior temperatura média global da superfície terrestre e oceânica do que qualquer outro  desde o início dos registos, em 1880, anunciou hoje um relatório do departamento do governo americano.
  
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Os mesmos registos, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, sigla em inglês), revelam que Setembro apresenta há 38 anos uma temperatura global acima da média do século XX.

"Com exceção de fevereiro, todos os meses de 2014 têm estado entre os mais quentes, com maio, junho, agosto e setembro a registarem as temperaturas mais altas", anunciou o relatório da NOAA.

No relatório lê-se que a maior parte da Terra estava mais quente em setembro que o normal, à exceção da parte central da Rússia, algumas áreas do leste e norte do Canadá e uma pequena região da Namíbia.

"O recorde de temperatura foi notório no nordeste da África, nas regiões costeiras  do sudeste da América do Sul, no sudoeste da Austrália, em partes do Médio Oriente e regiões do sudeste da Ásia", salienta-se no documento.

No que toca aos oceanos, a temperatura global média em setembro foi de 0,6 graus, acima da média do século XX, o valor mais alto para os meses de setembro.

Segundo o relatório, o valor recorde foi  medido nas maiores bacias oceânicas, especialmente as da região nordeste e equatorial do aceano Pacífico.


Lusa

Agricultura Costa do Marfim perdeu 3/4 da floresta em 50 anos


Mais de três quartos da floresta da Costa do Marfim desapareceram nos últimos 50 anos, devido à agricultura extensiva e à urbanização, disse hoje o primeiro-ministro do país, Daniel Kablan Duncan.
MUNDO Costa do Marfim perdeu 3/4 da floresta em 50 anos Lusa
21:41 - 20 de Outubro de 2014 | Por Lusa
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A floresta costa-marfinense conheceu uma "degradação contínua", passando de "16,5 milhões de hectares na independência", em 1960, para "dois milhões hoje", o que representa "menos de 13% do território", quando chegou a ser "78%", afirmou Duncan durante uma cerimónia pública.

A desflorestação e a prática de uma "agricultura extensiva e urbanização acelerada" contribuíram em muito para esta "degradação", deplorou o chefe do governo.

O executivo definiu uma política de "gestão durável e racional dos recursos florestais", para colocar "a cobertura do território acima do patamar internacional de 20%", anunciou Duncan.

Em 2008, a Sociedade Marfinense de Desenvolvimento das Plantações Florestais avaliou em 300 mil hectares a superfície florestal que desaparecia anualmente, devido à "exploração abusiva" da madeira, associada à produção de carvão ou ao corte de árvores para exportação.

A desflorestação é também causada pelos agricultores, que recorrem ao fogo para conseguir espaço para culturas de cacau, do qual a Costa do Marfim é o primeiro produtor mundial.

Algumas florestas classificadas, como a do Parque Nacional do Monte Peko, no oeste do país, ou a do Maraoué, no centro, desapareceram quase na totalidade em resultado da cultura do cacau.

A agricultura garante "mais de 30% do produto interno bruto, 70% das receitas de exportação e ocupa mais de 60% da população ativa", destacou Duncan.

Durante a campanha 2013-2014 do cacau foram recolhidas cerca de 1,74 milhões de toneladas de cacau, o que foi um recorde histórico para a Costa do Marfim.

Além do cacau, também a castanha de caju, da qual o país é o segundo produtor mundial, conheceu uma produção record este ano.

Agricultores queixam-se de quebras brutais na produção de castanha na Padrela


17-10-2014 17:17 | Norte
Fonte: Agência Lusa 
Valpaços, 17 out (Lusa) -- Agricultores da Serra da Padrela, distrito de Vila Real, queixam-se de "quebras brutais" na produção de castanha por causa do clima atípico, uma situação que preocupa muitas famílias que têm neste fruto "a única" fonte de rendimento.

Os produtores falam num "cenário desolador" que afetou principalmente as zonas mais altas e frias da Padrela e apontam o dedo ao clima instável que se sentiu neste verão, com dias frios e de nevoeiro, intercalados com calor.

"A situação está complicada. Não há castanha. Nós praticamente só vivemos da castanha e temos esta calamidade", afirmou aos jornalistas António Maia, 66 anos e agricultor de Vilarinho do Monte, na freguesia de São João da Corveira (Valpaços).

No ano passado, acrescentou, colheu cerca de "20 mil euros de castanha e este ano se fizer mil euros de castanha já é muito".

Enquanto fala, este lavrador abre um ouriço e mostra que o fruto "não vingou", não cresceu.

Ao seu lado, dezenas de outros produtores queixam-se também de "quebras brutais" na ordem dos "90%" e que, em alguns casos, "são totais".

"Na parte mais fria temos situações de perda de 100% na produção", afirmou o presidente da junta de São João da Corveira, Hernâni Sousa.

A Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela estende-se por cinco mil hectares, estendendo-se por freguesias de Valpaços, Chaves, Murça e Vila Pouca de Aguiar.

Nesta zona, segundo o autarca, a produção média anual de castanha ronda os "cerca de 10 milhões de quilos de castanha" o que representa um volume de negócios de vários milhões de euros.

"Isto é o investimento de um ano inteiro e serve para milhares de famílias passarem o resto do ano. Não há mais nada que compense o trabalho deles. Para muitos esta é a principal fonte de rendimento, a única talvez", salientou Hernâni Sousa.

Por isso mesmo, o presidente disse que "muitas pessoas vão ter sérias dificuldades para pagar as prestações à Segurança Social, as contas de água, luz e os estudos dos filhos". "Tudo isso depende diretamente do dinheiro das castanhas", frisou.

Como a produção é pouca, os produtores não estão também a contratar trabalhadores para a apanha. "É uma situação grave que afetou toda a gente. Direta ou indiretamente todos dependemos disto", sublinhou.

Enquanto olha para o souto "vazio de fruto", Teresa Santos, 47 anos, deixa cair algumas lágrimas pelo rosto.

"Estes castanheiros que estamos a ver são meus. Isto é um cenário desolador. Eu também é só do que vivo", referiu.

Com dois filhos e o marido desempregado, esta agricultora afirmou que era com o dinheiro da venda de castanha que se ia "governando de ano a ano".

No ano passado colheu à volta de 17 mil quilos de castanha e deu trabalho a mais quatro pessoas, búlgaros, que este ano já não pode contratar.

Era preciso, alertou, que "alguém lá no Governo" olhasse para "este grave problema" que está a afetar os produtores de castanha que "não têm outra fonte de rendimento".

Também o presidente da junta defendeu que é preciso ajudar os produtores. "Queríamos que olhassem para nós, que nos ajudassem de alguma forma, porque é uma situação muito difícil para milhares de famílias", salientou.

"Tenho castanheiros em que não se apanha lá nenhuma. Era a castanhinha que nos valia. Este vai ser um ano muito complicado para quem vive de uma pensão de 200 euros", afirmou Emília Teixeira, de 72 anos.

PLI // MSP

Lusa/Fim