sábado, 28 de novembro de 2015

Já há vacas modificadas em laboratório para não terem cornos


     
Emanuel Costa Emanuel Costa | 27/11/2015 17:05 741 Visitas   

Ter vacas e bois sem cornos é o sonho de muitos criadores de carne ou produtores de leite 
Já há vacas modificadas em laboratório para não terem cornos


Uma empresa dos Estados Unidos conseguiu alterar o ADN de vacas em laboratório e criar dois vitelos que nunca terão cornos na vida. Parece 'coisa do demo' - apesar de haver outras raças que nunca os têm -, mas a inovação até pode ser positiva para a indústria de carne e leite, e para os próprios animais.

A inovação tem contornos positivos, uma vez que os cornos provocam acidentes todos os anos e a sua retirada traz sofrimento ao animal
Segundo uma notícia do New York Times (NYT), foi nas instalações da Recombinetics em Sioux Center, no estado norte-americano do Iowa, que os cientistas conseguiram alterar os genes de células bovinas para que 'perdessem' a predisposição para formar cornos. Essa alteração funciona até para as próximas gerações, tornando os dois vitelos machos num híbrido mais semelhente aos da raça Angus, uma das mais famosas do mundo e das poucas que não apresentam cornos naturalmente.

Esta notícia abre novamente a discussão em torno da "edição de embriões humanos", lembra o diário norte-americano, mas também tem contornos positivos. Os cornos nas vacas e bois causam frequentemente acidentes com as pessoas que lidam com esses animais.

Causam também feridas noutros animais que acabam por desvalorizar depois a sua carne ou a sua pele. E os processos de corte desses apêndice, mesmo que feitos ainda na fase de vitelos, podem ser dolorosos e ter sequelas nos animais.

Agências internacionais como a PETA têm exigido o recurso a métodos alternativos, como a escolha de raças naturalmente sem cornos ou a seleção de animais sem os mesmos – numa tentativa de expandir a criação de mais exemplares sem cornos –, de forma a evitar esses processos. Isto porque muitas vezes recorre-se a alicates e outras ferramentas de corte para os retirar, e nem sempre é feita a cauterização da ferida.

A Recombinetics, segundo o jornal norte-americano, afirma também que já conseguiu no passado 'editar' raças de porcos para engordarem e crescerem com menos quantidade de ração, e raças bovinas brasileiras para terem músculos maiores. Outras empresas estão a tentar desenvolver galinhas cujos ovos produzam apenas galinhas, para gerar mais ovos, e vacas que tenham apenas bezerros machos, que crescem mais rápido do que as fêmeas.

Já os chineses estão a desenvolver cabras cujo pêlo é maior, para produzir caxemira, e porcos mais pequenos que possam servir de animais de estimação.

O NYT lembra ainda que foi aprovada na semana passada pelo governo federal norte-americano a utilização de uma nova raça de salmão, geneticamente modificada para crescer mais rapidamente. É a primeira vez no país que se autoriza uma mudança deste tipo num animal de consumo humano.


Investigadores identificam gene essencial da cevada para a tolerância à seca

 18 Novembro 2015, quarta-feira  Grandes Culturas

Investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, identificaram um gene da cevada que permite à planta conseguir obter água armazenada a uma grande profundidade no solo durante os períodos de seca.

Segundo explicou a equipa de cientistas, o gene identificado impulsiona o crescimento de raízes estreitas, o que permite à planta desenvolver raízes mais rapidamente capazes de penetrar até à água armazenada em camadas profundas da terra, permitindo assim sobreviver em alturas de escassez de água.

Este descobrimento é a chave para o cultivo da cevada já que o maior desafio que o mundo enfrenta é a água. Os investigadores recordam que em períodos de seca nas camadas inferiores da terra existe água suficiente para cultivar plantas que contem com este sistema de raízes capazes de chegar às reservas. Este avanço significa que os produtores possam manter os rendimentos da cevada inclusivamente quando a escassez de água ameaça o cultivo.
"As nossas últimas descobertas demonstram que o gene que determina o crescimento de raízes estreitas proporciona uma vantagem de rendimento significativa", enaltece Hannah Robinson, lider do grupo de investigação.
Ler aqui.

IVDP: Produção de vinho no Douro cresce 15%


 
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) acaba de divulgar os resultados da produção da vindima de 2015. No total, a Região Demarcada do Douro produziu 290.041 pipas de vinho (550 litros cada), um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior.
 
De DOP Douro foram produzidas 107.556 pipas, de DOP Douro Espumante 312 pipas, de Regional Duriense 4.206 e de Moscatel do Douro 5.672 pipas.
 
No que respeita ao Vinho do Porto, na sequência do benefício de 111 mil pipas de mosto definido pelo Comunicado Anual de Vindima, aprovado pelo Conselho Interprofissional a 28 de julho, resultaram 140.823 pipas de Vinho do Porto.

DGADR: Código de boas práticas para produtores de hortofrutícolas frescos


Foi recentemente concluído e aprovado o "Código de boas práticas de Higiene na produção primária de hortofrutícolas frescos": http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/Codigo_Boas_Praticas_Higiene_PP_Hortofruticolas_Frescos.pdf

Destina-se a ser utilizado pelos agricultores que produzem produtos hortofrutícolas frescos para colocação no mercado e aos quais se aplicam as regras definidas para a produção primária conforme estabelecido no Anexo I do Regulamento (CE) n.º 852/2004. O código foi elaborado em conjunto pelas confederações de agricultores CAP, CNA e CONFAGRI, passa a constituir o Código Nacional de Boas Práticas nesta matéria e em breve constará da lista de códigos nacionais de boas práticas no portal da Comissão Europeia.

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO DO ANO INTERNACIONAL DOS SOLOS

Numa organização conjunta entre a DGADR, o INIAV e a Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo, realiza-se no próximo dia 4 de Dezembro, no auditório principal do INIAV, em Oeiras, a Conferência de Encerramento do Ano Internacional dos Solos. Este evento integrará um balanço das atividades realizadas ao longo do ano e um conjunto de intervenções orientadas para as diferentes perspetivas de governação dos recursos do solo.


A inscrição é gratuita mas obrigatória – aceda ao formulário online de inscrição: http://goo.gl/forms/xfEfbKlTUI


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Gumelo lança cerveja de cogumelos


por Ana Rita Costa- 10 Novembro, 2015


A Gumelo, empresa que dinamizou a produção de cogumelos a partir de borras de café, vai lançar este mês no mercado nacional e internacional a Gumelo UMA, uma cerveja de cogumelos.

Disponível em dois tipos de cerveja – a Porcini Weiss e a Porcini Dunkel -, a Gumelo UMA foi desenvolvida pela Gumelo e pela Faustino Microcervejeira, um dos principais produtores de cerveja artesanal em Portugal.

Tiago Marques, um dos fundadores da Gumelo, explica que o que levou à criação da cerveja de cogumelos foi "a nossa paixão por cogumelos que é tão grande como a nossa paixão por cerveja. Agora juntámos as duas e criámos uma cerveja artesanal com cogumelos."

Para produzir a UMA, a Gumelo desenvolveu uma forma de fazer um extrato líquido de cogumelos, que conserva a sua essência e os seus aromas. Este extrato é adicionado a uma receita de cerveja, desenvolvida para potenciar esta fusão.

"A Gumelo UMA, composta por trigo e aromatizada com extrato de cogumelos, é produzida apenas com ingredientes naturais, sem aditivos nem conservantes, e sem injeção artificial de CO2. O gás presente na cerveja é fruto do processo natural de fermentação", refere a Gumelo em comunicado.

A Gumelo UMA será comercializada em www.gumelo.com, em lojas gourmet, em lojas de presentes e em concept stores.

MEDIDAS URGENTES… OUTRAS POLÍTICAS AGRO-RURAIS…

CNA


Com um novo Governo e um outro Ministro da Agricultura, a CNA assinala que a importante mudança de Governantes deve agora abrir caminho a uma mudança de opções nas políticas agro-rurais concretas.
A situação muito difícil em que se encontram a Agricultura e o Mundo Rural Português, reclama que o novo Ministro da Agricultura e a nova maioria político-partidária na Assembleia da República, procurem dar resposta pronta e eficaz :
- Com mais apoios específicos à Agricultura Familiar e aos Jovens Agricultores;
- Com a limitação das Importações de Leite e de Produtos Lácteos, com a melhoria dos Preços da "intervenção" no mercado (compra pública) de Leite e Lacticínios para possibilitar escoamento, a melhores Preços à Produção, do Leite Nacional e também da Carne; com o prolongamento de outras medidas em curso de apoio aos Produtores Pecuários; com a criação de um sub-programa no quadro do PDR 2020, para o sector Leiteiro e com aumento das Ajudas às pequenas e médias Explorações.
- Com a reformulação de vários dos apoios destinados à Floresta Nacional e, nesta, às áreas comunitárias de Baldios. Fim à eucaliptização indiscriminada com a revogação da Lei da arborização e rearborização.
- Com mais verbas em Orçamento de Estado - 2016, para Agricultura e Mundo Rural. 
- Com a revisão e/ou revogação de Legislação imposta pelo Governo anterior e pela maioria que o apoiava na Assembleia da República, como a fiscalidade dos pequenos Agricultores, a Lei dos Baldios, a entrega da Casa do Douro a uma entidade privada, a Lei do Arrendamento Rural e outra legislação atentatória dos direitos e do património dos pequenos e médios Agricultores e dos Produtores/Proprietários Florestais.
- Com o fim da promiscuidade entre o Ministério da Agricultura, a CAP e os interesses de grupo dos maiores proprietários absentistas e do grande agro-negócio.
 
Mais a prazo:
- O aumento da Produção Nacional virada para o mercado agro-alimentar interno;
- A promoção dos mercados tradicionais e de proximidade. O progressivo abastecimento das Cantinas de Instituições Públicas através da produção familiar local.  A regulação legislativa e a fiscalização da actividade dos Hipermercados.
- O aproveitamento da "margem de manobra nacional" para corrigir algumas das más políticas concretas adoptadas na aplicação da PAC e do PDR 2020, por exemplo com a criação de um Programa específico para a Agricultura Familiar no PDR 2020. 



CNA  E  FILIADAS  -  SEMPRE  COM  OS  AGRICULTORES !
Da parte da CNA, espera-se que o novo Governo e a maioria que o suporta na Assembleia da República concretizem este sentido de mudança. 
Sim, é necessário tudo fazer para defender a Agricultura Familiar e melhorar os Rendimentos dos nossos Agricultores !   Para garantir a Soberania Alimentar do País.
Com esses objectivos, com propostas e reclamações fundamentadas, abertas ao diálogo democrático, a CNA e Filiadas – Sempre com os Agricultores ! – vão continuar unidas e em acção !


Coimbra, 26 de Novembro de 2015                      
A Direcção da  C N A

Bruxelas devolve 6,5 milhões à agricultura portuguesa


20 Novembro 2015, 15:39 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

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A Comissão Europeia decidiu reembolsar a reserva de crises agrícolas não utilizada de 2015. Mas de Bruxelas veio também esta sexta-feira uma factura: Portugal tem devolver 1,9 milhões de fundos.
Nas contas de "deve e a haver" do financiamento comunitário à agricultura, Portugal recebeu esta sexta-feira duas informações da Comissão Europeia: uma boa, que terá a receber 6,5 milhões de euros; outra má, que terá, como Estado-membro, de devolver 1,9 milhões de euros por utilização incorrecta dos fundos.

O reembolso de 6,5 milhões de euros que cabe a Portugal é parte de um total de 410 milhões de euros que a Comissão Europeia tinha guardado, de reserva para crises agrícolas, que não foi utilizada em 2015.

"Desde a reforma da Política Agrícola Comum [PAC] de 2013, tem sido deduzido anualmente um montante significativo aos pagamentos directos aos agricultores, no sentido de constituir uma reserva anual para eventuais crises agrícolas", explica o comunicado de Bruxelas. "Se não for utilizado até ao final do ano, esta reserva é devolvida aos agricultores". O que aconteceu no ano financeiro de 2015.

Portugal recebe factura de 1,9 milhões
Noutra decisão publicada esta sexta-feira no Jornal Oficial da União Europeia, a Comissão Europeia fez saber que 19 dos Estados-membros da União, um dos quais Portugal, utilizaram mal o financiamento disponibilizado, elegendo incorrectamente despesas ao Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e pelo Fundo Europeu Agrícola de desenvolvimento Rural (Feader).

Bruxelas "reclama aos Estados-Membros [visados] os fundos da Política Agrícola Comum (PAC) que foram gastos indevidamente", escrevem os serviços da Comissão, acrescentando que a medida "tem um impacto financeiro de 276 milhões de euros" no total.

No caso português, a quantia ascende a 1.906.177,80 euros e remete para "irregularidade" na aplicação da regulamentação, questões associadas à certificação e a "deficiências no Sistema de Identificação de Parcelas" - o parcelário agrícola é fundamental para a atribuição de verbas de ajuda directa - com pedidos efectuados ente 2009 e 2011, no anterior quadro comunitário de financiamento à agricultura (2007-2014).

A decisão abrange, além de Portugal, a Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Suécia e Reino Unido. "A aplicação da decisão sobre a Grécia foi adiada até 2017", acrescenta a Comissão.

Milhares de jovens encontram na agricultura alternativa ao desemprego


Milhares de jovens encontraram na agricultura uma alternativa ao desemprego em Manica e Zambézia, centro de Moçambique, através de iniciativas agrárias desenvolvidas pela Aro-Moçambique para os retirar do mercado de trabalho informal.

Lusa
ECONOMIA MOÇAMBIQUE
11:43 - 22/11/15
POR LUSA
   
A Aro-Moçambique, através do seu braço económico, a Agência de Desenvolvimento e Empreendedorismo (ADE), começou a apoiar os jovens na educação agrária e na criação de cooperativas nos distritos de Manica (província como o mesmo nome) e Gurué (Zambézia) para reduzir a "pressão social" e o desemprego e melhorar os seus rendimentos, disse à Lusa fonte da organização.

"A agricultura é uma alternativa para combater o desemprego na camada jovem", segundo Policarpo Tamele, presidente da Aro-Moçambique e também diretor-executivo da ADE.

Através do programa Juventude e Empreendedorismo, os jovens são chamados a desenvolver ações no agronegócio, baseado numa agricultura sustentável, e assim reduzir a exposição da população à fome e diminuir a importação de alimentos.

No âmbito do projeto, seis cooperativas estão a produzir cebola em quatro hectares de Penhalonga, localidade de Maridza, distrito e província de Manica, e os agricultores já foram ligados a uma rede de mercados e supermercados da região para colocarem a produção para venda.

O projeto, com apoio financeiro do Fundo do Desenvolvimento Agrícola (FDA), promove uma agricultura competitiva, desafiando os grupos de jovens a superarem-se uns aos outros e aumentarem a produção.

"Quando trabalhávamos isoladamente, a colheita era relativamente baixa. Agora, com educação agrária, apoios técnicos e sementes melhoradas, a produção cresceu e esperamos um bom rendimento financeiro", disse à Lusa Jonice Mahojo, uma jovem de 27 anos, mãe solteira, mantendo uma cebola de 300 gramas na mão.

Os insumos, incluindo as sementes, foram distribuídos às cooperativas de Maridza pela Aro-Moçambique e a assistência técnica é garantida pelo SDAE.

"Numa fase inicial, optámos pela cebola, depois vamos olhar para feijões e outras culturas, como batata-reno, que podem dar-nos altos valores económicos", espera Pioce Mazumba, outro membro da cooperativa de Maridza, que beneficiou também de um celeiro modelo para conservação da produção.

Esta zona tem no garimpo a principal atividade e os jovens agricultores tiveram que combater largamente a ação mineira ilegal, uma vez que a água dos rios para irrigação dos campos chegava poluída pelas ações de extração.

Os jovens agricultores usam um sistema de irrigação por gravidade, desviando água dos cursos ou nascentes dos rios, e que, após contornar os campos com a rega natural, volta à proveniência.

As autoridades já tinham manifestado preocupação com o garimpo e sua ocupação de terras agrícolas e poluição dos rios, mas o problema tem sido ultrapassado com novas políticas sobre práticas mineiras.

"Ficam conciliadas as duas atividades, embora exija-se, igualmente, a constituição de associações, no garimpo de modo a que a exploração seja sustentável e não volte a causar danos na produção alimentar", referiu Lucas Cerveja, do SDAE de Manica.

Simão Tazua, chefe da localidade de Maridza, elogiou por sua vez a iniciativa pelo seu efeito de troca de comportamentos destrutivos, como consumo de drogas e álcool, sob pretexto de falta de emprego, por uma atividade saudável e geradora de receitas.

"Quero encorajar a juventude a aplicar-se na produção alimentar, tirando proveito das faculdades criadas, sobretudo, das parcerias estabelecidas entre a Aro-Moçambique e a FDA" vincou Tazua.

Para Policarpo Tamele, o projeto ´é "uma almofada" para o arranque das iniciativas juvenis, prevendo um futuro com empresários a criar riqueza, a reduzir o desemprego e até "a pagar impostos".

Avisa contudo que o país precisa de fundos de arranque como alternativa à banca comercial, que, disse, mantém juros proibitivos para o setor, além de estratégias mais arejadas para apoiar jovens recém-graduados na agricultura.

Bolsas de estudo nas áreas de agricultura e ambiente


 24 de Novembro de 2015
Prazo de inscrições termina a dia 30 de novembro

A Sigeru, responsável pelo Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura – VALORFITO está a disponibilizar quatro bolsas de estudo para desenvolver teses de estudantes em trabalhos de investigação e desenvolvimento nas áreas da agricultura e ambiente. O prazo de inscrições termina no dia 30 de novembro.
 
 
O valor da bolsa é de 2000 euros, sendo que o pagamento será realizado por partes. A primeira delas será fornecida no início do trabalho, sendo 250 euros para o aluno e o mesmo valor para a instituição de ensino. Depois, é necessário que o primeiro e o segundo relatório sejam aprovados para a libertação de 1.000 euros e o valor remanescente será disponibilizado após o término do trabalho.
 
Para participar no projeto, o estudante deve ser finalista de Mestrado ou de Mestrado integrado de cursos relacionados com a engenharia agronómica e do ambiente. Os interessados devem enviar um plano de tese para o e-mail contacto.valorfio@sigeru.pt ou por CTT para a sede da Sigeru Lda. É necessário explicar o projeto em apenas uma folha A4, contendo objetivos, enquadramento, tarefas, orientador e qualquer outro tipo de informação relevante.

Chegada da agricultura pode ter tornado tom de pele dos europeus mais claro


24/11/2015, 12:46
Um estudo sugere que a chegada da agricultura à Europa contribuiu para a mudança para um tom de pele mais claro dos europeus.

Há pessoas mais altas do que outras ou com a pele mais clara. E isso tem uma explicação. Um estudo publicado esta segunda-feira na revista Nature revela qual a origem do tom de pele e da altura dos europeus modernos.

A equipa liderada por David Reich, um geneticista da Universidade de Medicina de Harvard, analisou os genes de 230 pessoas que viveram há 8.500 e 2.300 anos. Entre as amostras está ADN de pessoas de toda a Europa, incluindo dos Yamnaya, um povo com origem nas estepes russas e que entrou na Europa há, pelo menos, 4.500 anos. Para além disso foram também estudadas 21 pessoas que viveram na região da Turquia de Anatólia há 8.500 anos. Ou seja, pela primeira vez foram estudados os primeiros indivíduos que trouxeram as primeiras formas de agricultura para o velho continente.

A partir daqui, Reich, juntamente com a sua equipa, revelou uma evolução nos genes que pode explicar as mudanças do tom de pele dos europeus. Para se chegar a estas conclusões é importante perceber que as primeiras populações humanas de caçadores descendiam dos migrantes africanos, e tinham, por isso, a pele negra até há cerca de 9 mil anos, altura em que a agricultura começou a ser praticada na zona onde hoje é a Europa. Os agricultores chegados de Anatólia tinham já um tom de pele mais claro. Mas, mais tarde, surgiu uma nova variante genética que tornou a pele dos europeus ainda mais clara.

Ora, há muito que a comunidade científica dava por adquirido que a pele mais clara ajudava a atrair mais vitamina D através da luz solar em latitudes elevadas. Agora, Reich sugere que os primeiros caçadores, de pele escura, também o faziam, pela quantidade de vitamina D presente na carne que caçavam. Ou seja, a chegada da agricultura, que reduziu o consumo de vitamina D na carne, pode ter provocado uma alteração no tom de pele.

Mas há mais. Estes novos dados permitem também acompanhar e identificar a evolução da altura da população na Europa. Depois de analisar 169 genes ligados à altura, concluiu-se que os agricultores de Anatólia eram relativamente altos, mas os Yamnaya eram ainda mais altos. Em relação aos europeus, os do norte herdaram grandes quantidades do ADN dos Yamnaya o que os poderá ter tornado maiores. Já no sul do continente europeu as pessoas cresceram mais lentamente depois do aparecimento da agricultura.

Sem conseguir oferecer respostas concertas sobre as razões pelas quais a população no sul manteve um estatura mais baixa do que a população do norte, a equipa de Reich refere no entanto que esta evolução moldou as diferenças de altura até aos dias de hoje. 

Lusosem é pioneira na valorização do tremoço como alternativa cultural sustentável em Portugal


O tremoço (Lupinus) é uma das leguminosas mais ricas e com maiores benefícios na alimentação e saúde humanas e fonte importante de proteína na nutrição animal. A Lusosem é pioneira na experimentação de variedades e na análise da viabilidade agronómica do tremoço em Portugal.

A Lusosem participou, a 7 de Outubro, em Lisboa, num workshop do projeto +Lupinus, onde empresas e investigadores partilharam experiências sobre o estudo e utilização do tremoço, numa perspetiva transversal, abordando desde a melhoria genética da espécie, ao seu itinerário cultural, passando pela sua versatilidade como alimento e benefícios comprovados na prevenção de inflamações e do cancro do intestino.

Gonçalo Canha, responsável técnico da Lusosem, apresentou o itinerário técnico para a cultura do tremoço. A instalação da cultura deve ser feita em solos não calcários e bem drenados. Na escolha da variedade é importante ter em conta a finalidade a que se destina a produção (calibre, farinha ou blad), a precocidade pretendida, o clima da região e a disponibilidade de água. A data ideal de sementeira varia das regiões do Interior (Outubro a Novembro) para o Litoral (Novembro a Dezembro). O uso de semente certificada e inoculada com Rhizobium é fundamental para uma boa produção.
Na condução da cultura, o técnico da Lusosem salientou a necessidade de realizar um herbicida de pré-emergência e a importância de controlar pragas como a Áltica, bem como estar atento à Antracnose, a principal doença que pode afectar o tremoceiro. A rega por gota-a-gota ou aspersão é fundamental. A colheita é recomendada quando o tremoço tem um teor de humidade abaixo dos 15%, usando ceifeira-debulhadora.

As variedades selecionadas pelo projeto +Lupinus têm um bom potencial agronómico aliado a um elevado interesse comercial, apresentando-se assim uma cultura com grande interesse em Portugal.

Para João Neves Martins, investigador do Instituto Superior de Agronomia que há vários anos se dedica à pesquisa do tremoço, as principais vantagens agronómicas da produção do Lupinus são: a eficiência da cultura na produção de proteína; a sua qualidade como fonte de alimento no Verão (pastoreio) e adaptabilidade ao programa de culturas continuadas. Por outro lado, o Lupinus quebra os ciclos das doenças e pragas dos cereais, evita a erosão do solo e não necessita fertilização azotada, fixando azoto que fica disponível para a cultura seguinte.

Do ponto de vista agronómico, o Lupinus é uma cultura rústica que se adapta bem aos atuais desafios da agricultura sustentável. Ricardo Boavida Ferreira considera que o tremoço é uma alternativa viável para substituir a soja, leguminosa que a Europa importa em grandes quantidades dos EUA. Este investigador do ISA é um dos autores do estudo que veio a dar origem à produção de um fungicida natural à base de tremoço, que está ser produzido numa unidade industrial em Cantanhede e exportado para os EUA.
O potencial do Lupinus como alimento funcional é elevado e começam a surgir as primeiras provas científicas dos seus efeitos benéficos na saúde. Uma equipa de investigadores do ISA avaliou o potencial do tremoço como inibidor natural das inflamações do cólon e do cancro do cólon, tendo concluído que o tremoço apresenta um potencial bioativo superior a outras leguminosas e que a sua atividade inibidora, ao contrário das outras, persiste mesmo após a cozedura do tremoço.

Os primórdios do +Lupinus
O +Lupinus nasceu da união de esforços entre a Lusosem e um grupo de técnicos do ISA, a que se associou a Consulai como consultora, com o objetivo de testar diferentes variedades de tremoço (Lupinus albus), de forma a identificar as melhores produtoras de proteína, analisar a sua adaptação às condições de cultura em Portugal e fomentar a sua introdução nas rotações tradicionais, de sequeiro e regadio.

«O +Lupinus surgiu de uma vontade de encontrar variedades de proteaginosas, fixadoras do azoto atmosférico, que o agricultor possa utilizar de forma rentável, intercalando-as na rotação de culturas, reduzindo simultaneamente a aplicação de adubos azotados na cultura seguinte», explica António Sevinate Pinto, administrador da Lusosem.

A experiência do fundador da Lusosem com o tremoço começou há 24 anos por via do desenvolvimento de uma variedade – Misak –, em parceria com os investigadores do ISA. O projeto acabou por ficar na gaveta, mas despoletou novas iniciativas, levando a que em 2005 a empresa se envolvesse na produção de tremoço no Alentejo, tendo como cliente final uma indústria de alimentos para peixes. Mais tarde viria a nascer o +Lupinus, cuja evolução passará no curto prazo também pela investigação de variedades com alcaloide (tremoço amargo) e desenvolvimento de novas aplicações do tremoço.
Sobre a Lusosem:

A Lusosem tem como missão colocar à disposição dos agricultores portugueses uma gama de produtos e serviços em permanente evolução e adaptados às necessidades do mercado nacional, na área dos Produtos para a Proteção das Plantas e das Sementes Certificadas. Disponibiliza soluções inovadoras, eficazes e rentáveis e trabalha com o Setor de forma a otimizar a sua utilização segura, no maior respeito pelo Homem e Meio Ambiente.

Phil Hogan insiste na simplificação da PACa


por Ana Rita Costa- 17 Novembro, 2015

O Comissário Europeu da Agricultura, o irlandês Phil Hogan, propôs esta semana durante a reunião do Conselho de Ministros da UE, que se crie uma lista de medidas para simplificar a PAC. A simplificação da PAC tem sido, de resto, uma das questões prioritárias para Hogan.

Para o Comissário da Agricultura, é uma das mudanças mais importantes e mais urgentes diz respeito ao controlo. Segundo o responsável, a diminuição dos controlos in situ, dos atuais 5% para 1%, pode tornar a PAC mais eficiente. Mais, para Hogan, os sistemas de ajudas ligadas e de jovens agricultores podem ser mais simples e mais flexíveis.

O responsável pela agricultura europeia acredita que é possível reduzir as 200 normas atuais para apenas 40.

Capoulas Santos volta à Agricultura


25 Novembro 2015, 13:20 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

Antigo ministro de António Guterres para a Agricultura, Luís Capoulas santos volta às funções de ministro da tutela, após 10 anos como deputado europeu.
Aos 64 anos, Luís Capoulas Santos vai entrar, pela terceira vez, na porta do Ministério da Agricultura no Terreiro do Paço, como governante. 

Nos Executivos liderados por António Guterres, exerceu o cargo de secretário de Estado da Agricultura (de 1995 a 1998) e de ministro da tutela, entre 1999 e 2002, depois da saída de Fernando Gomes da Silva e antes de Sevinate Pinto (2002 a 2004), que o sucedeu já na liderança governamental de Durão Barroso. 

Saiu do Governo em 2002, mas não deixou a área da agricultura, quando, a partir de 2004, foi eleito, pelo PS, para o Parlamento Europeu, onde esteve durante dois mandatos, com presença quase contínua nas comissões de Agricultura e das Pescas entre 2004 e 2014. 

Com Assunção Cristas, ministra da Agricultura do Governo de coligação PSD/CDS-PP, teve, desde Junho de 2011, uma relação "diplomática" por força, também, ter sido escolhido pelo hemiciclo de Estrasburgo, no último mandato, para representar o Parlamento Europeu na avaliação e negociação com a Comisão Europeia da última reforma da PAC - Política Agrícola Comum. A sua saída do PE, em 2014, contudo, quebrou aquela relação institucional e intensificou as cores políticas das partes. Os efeitos nacionais do fim das quotas leiteiras na União Europeia (1 de Abril deste ano), motivou a última troca de críticas entre Cristas, o PS e  Capoulas Santos. 

Como Edite Estrela, Correia de Campos e Vital Moreira, ficou, na Primavera de 2014, de fora da lista do PS às europeias. Em reacção, disse: "O meu perfil não se enquadra nas prioridades que foram definidas, mas reconheço que é uma boa lista, e a prova disso é que foi aprovada por unanimidade" pela Comissão Política Nacional do PS a 24 de Março do ano passado. 

Licenciado em Sociologia, antigo técnico superior de agricultura e deputado da Assembleia da República (1991 e 1995), é desde 2013, membro da Assembleia Municipal de Évora (Capoulas Santos é natural de Montemor-o-Novo, tendo sido vereador da Câmara em 1976) e preside actualmente à Federação Distrital de Évora do PS.

Marrocos em alerta devido a surto de febre aftosa


por Ana Rita Costa- 17 Novembro, 2015

A região de Doukkala, em Marrocos, declarou estado de emergência devido a um surto de febre aftosa. A doença já se propagou por três províncias do país desde a primeira deteção de foco de doença, a 11 de novembro.

A Oficina Nacional de Segurança Alimentar de Marrocos (ONSSA) já anunciou entretanto medidas como a aplicação de quarentena em zonas suspeitas, a restrição de movimentos de animais e a proibição de concentração de animais.

Para além disso, já foram abatidos 42 bovinos e 74 ovinos e vacinados mais de 10 000 animais. De acordo com o Governo marroquino, em 2014, foram usadas cerca de 2,7 milhões de doses de vacinas para vacinar cerca de 3,34 milhões de cabeças de gado bovino.

Comissário da Agricultura defende que não haverá nova reestruturação no setor do açúcar


por Ana Rita Costa- 17 Novembro, 2015

Produtores europeus rejeitam aumento das importações de açúcar

Depois dos italianos terem reclamado durante o Conselho de Ministros da Agricultura da UE uma nova reestruturação para o setor do açúcar, Phil Hogan, Comissário Europeu para a Agricultura, frisou que essa reestruturação está fora de questão.

O responsável pela pasta da Agricultura na União Europeia lembrou que recentemente a UE investiu 6000 milhões de euros numa reestruturação desse mesmo setor e que a desaparição do sistema de quotas é já uma grande transformação.

Ainda assim, Hogan revelou-se disponível para criar um grupo de trabalho com especialistas com o objetivo de definir medidas para suavizar os efeitos do fim das quotas para o setor do açúcar.

Copa-Cogeca estima um aumento de 30 por cento na colheita de azeite

 23-11-2015 
 

 
As novas estimativas do Copa-Cogeca relativos à colheita de azeite para este ano são positivos, mas ainda com muita preocupação devido ao plano para aumentar significativamente o contingente de importação livre de taxas de azeite da Tunísia.

O grupo de trabalho "Azeite" do Copa-Cogeca publicou, esta semana, os novos resultados para a colheita de azeite, destacando, no entanto, a grande preocupação em relação ao aumento do contingente de azeite provenientes da Tunísia.

O presidente eleito do grupo de trabalho, André Pinatel, declarou que a colheita deste ano cresceu 30 por cento frente aos níveis do ano passado, marcado por uma grande seca. A qualidade também é boa em muitos países e os produtores europeus progrediram muito na melhoria da qualidade dos seus procutos, verificando-se um aumento da produção de azeite virgem na União Europeia, referindo ainda a importância dos consumidores estarem bem informados sobre a boa qualidade dos produtos e sua origem.

No entanto, assinalou André Pinatel, existe uma preocupação relacionada com a proposta da Comissão Europeia, que consiste em conceder à Tunísia um acesso adicional ao mercado da União Europeia (UE) com um contingente livre de taxas de 35 mil toneladas de azeite por ano durante um período de dois anos quando a UE dispõe de quantidades suficientes de produtos de boa qualidade e os preços estão baixos.

Para além disso, a proposta abrange todos os tipos de azeite tunisino, que não devem cumprir as rigorosas normas fitossanitárias e ambientais importadas à produção europeias e, desde logo, competirem directamente com a mesma.

O responsável falou ainda da necessidade de criar medidas para combater a Xylella fastidiosa dos olivais. Uma doença muito grave, pelo que se deve reforçar a investigação para alcançar a sua erradicação e lembrou o facto de os agricultores que são obrigados a aplicar medidas de erradicação deveriam receber uma compensação pela perda d rendimentos.

Fonte: Copa-Cogeca

Presença de casos da doença da Língua Azul na Áustria e Eslovénia

 23-11-2015 

 
Após quase seis anos sem a presença do vírus da Língua Azul, Áustria de detectou três focos do serotipo 4. Um em Burganland e outro em Steiermark, e todos em explorações de bovinos.

As autoridades da Eslovénia também informaram o surgimento de um foco da doença, mas sem indicação do serotipo, numa exploração de bovinos em Sobota, a noroeste do país, pela primeira vez na Eslovénia.

Não há conhecimento da origem da infecção, no entanto, o caso foi anunciado poucos dias depois da Áustria confirmar os três focos.

Fonte: Agrodigital

UTAD dá formação em exame inicial de caça selvagem a caçadores e médicos veterinários



 23 Novembro 2015, segunda-feira  AgroflorestalAgropecuária
caca
A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) aprovou, recentemente, os cursos de formação na área do exame inicial de caça dirigido a caçadores, gestores de caça ou outros e, também a médicos veterinários, ministrados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). 
Segundo o Regulamento (CE) nº 853/2004 de 29 de abril, a caça selvagem deve ser sujeita a um exame inicial no local da caçada a efetuar por alguém com formação adequada (caçador, guarda de caça ou gestor cinegético) com vista à deteção precoce de risco sanitário, antes da colocação no mercado das peças de caça para consumo humano. 
Paralelamente, vigora em Portugal um conjunto de medidas especiais de controlo higio-sanitário de tuberculose em caça maior (edital nº 1 de 2011 da DGAV) que estabelecem que deverá ser um médico veterinário a realizar o exame inicial, e que este «deverá frequentar uma ação de formação relativa aos procedimentos de examinação de caça». 
Neste sentido, a UTAD apresentou propostas de cursos de forma a ir ao encontro destes requisitos, tendo os mesmos sido aprovado pela DGAV. 
Madalena Vieira-Pinto, coordenadora cientifica desta formação, declarou que, «atualmente, a UTAD é a única instituição no país habilitada a formar caçadores e outros agentes, assim como médicos veterinários em exame inicial de caça selvagem». 
No comunicado de aprovação da formação, a DAGV saudou a UTAD «pelo esforço desenvolvido e empenho demonstrado na formação dos intervenientes no setor da caça selvagem em Portugal».

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fábrica de tomate em Mora processou 150 mil toneladas

23-11-2015 
 

 
A fábrica da Conesa Portugal, em Mora, no Alentejo, que produz derivados de tomate, cerca de 96 por cento dos quais para exportação, atingiu este ano a maior produção de sempre, ao transformar 150 mil toneladas de tomate.

«Esta fábrica existe desde 1966 e, este ano, fizemos a nossa maior campanha de sempre, em termos de volume», salientou à agência Lusa António Praxedes, um dos administradores da unidade industrial e responsável pela área agrícola da empresa.

Segundo o responsável, o anterior recorde de produção da fábrica tinha sido alcançado «há quatro anos», aquando do processamento de «113 mil toneladas de tomate». «Agora, ultrapassámos este número e atingimos as 150 mil toneladas», congratulou-se.

Esta fábrica de transformação de tomate, sediada na vila de Mora, no distrito de Évora, funcionou durante décadas como Sopragol, mas, há alguns anos, transformou-se na Conesa Portugal, após integrar o Grupo Conesa - Espanha.

Com um volume de negócios médio de 20 milhões de euros/ano, a fábrica produz derivados de tomate para indústria, sobretudo tomate triturado, concentrado e em cubos.

A matéria-prima é portuguesa, essencialmente de produtores «da zona de Évora», onde a empresa também possui uma exploração agrícola directa, «e do Ribatejo».

Sobre o aumento de produção, António Praxedes explicou que as condições climatéricas foram favoráveis e que, devido aos preços baixos de outras culturas, esta produção foi «mais rentável» para os agricultores.

«Portugal produz muito milho e arroz, mas os preços estão muito baixo e, então, devido a esta falta de alternativas culturais, o produtor optou pela cultura do tomate, que é mais rentável no momento», afirmou.

A unidade emprega 60 pessoas fixas, mas, nos meses da campanha, entre Julho e Setembro, em que o tomate é transportado para a fábrica e processado de imediato, tem «mais cerca de 250 trabalhadores temporários», disse.

Em Portugal, que tem «um dos melhores climas do mundo para a cultura do tomate», fica «menos do que cinco por cento da produção» da Conesa, que exporta quase todo o seu produto.

«Exportamos praticamente 96 por cento da nossa produção. O tomate produzido em Portugal é dos mais doces do mundo e de alta qualidade e conseguimos ser concorrenciais em termos mundiais», destacou António Praxedes.

A empresa, que prevê futuramente aumentar a capacidade da fábrica de Mora, num investimento que «não deverá ser inferior a cinco milhões de euros», vende para países como Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Áustria, Polónia, Eslovénia, Suíça, Arábia Saudita ou São Tomé e Príncipe, entre outros.

Fonte: Lusa

Melhor ano de sempre nas rolhas de cortiça



 23 Novembro 2015, segunda-feira  Agroflorestal
rolhas
Dos 12 mil milhões de garrafas com rolha de cortiça, 25% leva selo da fábrica da Corticeira Amorim. 
Na Corticeira Amorim não há dúvidas de que este será o melhor ano de sempre no que toca à venda de rolhas de cortiça. Se em 2009/2010 o setor parecia estar a entrar numa crise, todas as dúvidas de dissiparam. 
A empresa portuguesa, que é líder mundial no setor da cortiça, faturou com este produto 300 milhões de euros até ao final do terceiro trimestre e viu a margem de rentabilidade do negócio subir de 12,1% para 16%. 
Dos 18 mil milhões de garrafas que são colocados anualmente no mercado mundial, 66% levam rolhas de cortiça. Dessas (12 mil milhões), 25% leva o selo da fábrica da Corticeira Amorim. 
O sucesso não depende de um fator apenas nem é simples de explicar, mas há alguns fatores que ajudam a justificar a liderança da empresa portuguesa no mercado mundial: à exceção da matéria-prima, comprada a milhares de fornecedores, a Corticeira Amorim controla toda a produção e distribuição final. 
Fonte: Público 

Medidas Greening vão ser alteradas



 20 Novembro 2015, sexta-feira

O Comissário Europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, prometeu uma alteração das medidas do greening, mas avisou que essas alterações não seriam propostas antes de 2017.
Com esta posição, o Comissário tenta acalmar a voz de vários Estados-membros, que há meses reclamam uma revisão destas medidas.
Esta posição não agradou, no entanto, às organizações de produtores, que têm alertado para os problemas causados ao setor pelo sistema de greening e queriam propostas muito mais rápidas e não somente para 2017.
Continua a ser exigida uma simplificação dos controlos administrativos ao nível dos Estados-membros e uma maior flexibilidade na aplicação de eventuais penalizações.
Fonte: Agroinfo 

Investigadores desenvolvem método que acelera crescimento do tomate



 23 Novembro 2015, segunda-feira

Uma equipa de investigadores da Universidade de Washington University em Saint Louis, nos Estados Unidos da América, desenvolveu um novo método que aumenta a produção de tomate em 80%. 
Os cientistas conseguiram aumentar em 82% a produção deste fruto em plantas que foram polvilhadas com um spray de nanopartículas. 
Os especialistas foram ainda mais longe ao dar origem a exemplares de tomates com um conteúdo de substâncias antioxidantes acima da média. 
A nova técnica, desenvolvida pela equipa de Ramesh Raliya e de Pratim Biswas, recorre a óxido de zinco e a nanopartículas de dióxido de titânio para aumentar a capacidade da planta absorver luminosidade e minerais, uma vez que o dióxido de titânio facilita a concentração de clorofila nas folhas do tomateiro. 
A junção da substância melhora e acelera o processo de fotossíntese. A inovação fez também disparar a quantidade de licopeno (a substância antioxidante que dá a cor vermelha às frutas e aos legumes) dos frutos produzidos por este método «em entre 80% a 113%», garante um dos responsáveis pela experiência, tornada pública no início de novembro de 2015. 
Os especialistas acreditam que a nova técnica pode ajudar a alimentar os nove mil milhões de pessoas que se estima que habitem o planeta em 2050, consumindo menos água e menos recursos energéticos. 
«Daqui por 100 anos, existirão mais cidades e menos terra cultivada, mas necessitaremos de mais comida», justifica Ramesh Raliya. 
Fonte: Jornal Metallomics

Há uma empresa portuguesa de gomas saudáveis



 22 Novembro 2015, domingo  Indústria alimentar
gomas
Nuno Santos é engenheiro químico e, tendo em conta uma experiência pessoal na Associação das Escolas Jesus, Maria, José, no Porto, pensou em resolver um problema: o açúcar que era adicionado aos medicamentos infantis, com o intuito de as crianças tomarem os remédios. 
É assim que surge a Doctor Gummy, uma empresa nacional que quer fazer guloseimas com 0% de açúcar ou adoçantes, glúten, lactose, aromas e corantes artificiais, já que o açúcar dos medicamentos está a promover a criação de cáries, obesidade e diabetes infantis. 
Ao fim de cinco anos de investigação, em que se associou a laboratórios e universidades europeus, Nuno Santos testou folhas, cascas e raízes e criou algo que «engana o cérebro e o leva a acreditar que é doce», explica. 
Neste momento o produto está pronto, e as gomas serão as primeiras a ser comercializadas, estando já a ser produzidas por uma farmacêutica. 
Atualmente a empresa tem uma encomenda de 3,1 milhões de euros, por parte da grande distribuição nacional e da Pepsi, para o pequeno retalho. 
Mais ainda, há um distribuidor francês que pretende encomendar 42 milhões de euros, mas Nuno Santos está reticente, devido à capacidade de produção. 
Os lucros da Doctor Gummy serão reinvestidos ou entregues à solidariedade: «um negócio pode gerar receitas que servem para apoiar o setor social de forma sustentada». 
A verdade é que Nuno Santos não tem tido 'mãos a medir', sendo que tem ganho concursos na área da inovação, da saúde e do empreendedorismo. 
Nos dias 25 e 26 de novembro estará em Paris a discutir o projeto, com a possibilidade de se apresentar em Sillicon Valley. 
Fonte: Jornal de Notícias

Leite: apoio da UE é «insuficiente» e «mal direcionado»



 22 Novembro 2015, domingo  Agropecuária
leite

O presidente do Governo dos Açores considera que o pacote de ajuda de 500 milhões de euros da Comissão Europeia (CE) para o setor do leite se revela «insuficiente» e é «mal direcionado». 
«Não podemos de deixar de considerar como insuficiente e mal direcionada a resposta que a nível europeu foi dada a essa situação [crise do leite]», disse Vasco Cordeiro, na cerimónia comemorativa dos 40 anos da Associação Agrícola de São Miguel (AASM), na sede da instituição, na Ribeira Grande. 
O responsável máximo do executivo açoriano explicou que a insuficiência assenta no facto de os valores avançados pela CE - de 500 milhões de euros para todo o setor leiteiro europeu - terem baixado para 420 milhões, uma vez que 80 milhões foram canalizados para a carne de suíno, acrescentando que a verba atribuída a Portugal foi de apenas de 4,8 milhões. 
Vasco Cordeiro declarou que só o seu executivo, com base nas medidas que destinou ao setor agrícola no orçamento regional, a título de ajuda, disponibilizou verbas semelhantes a toda a ajuda da CE para o setor europeu e ao país. 
O líder do executivo açoriano especificou que a ajuda comunitária é mal direcionada porque «deixa inalteradas as causas da situação que vivemos», bem como «incólumes» as razões pelas quais o setor do leite, no quadro europeu, se encontra em dificuldades. 
«Nós temos é que aprofundar e enfrentar, de forma determinada, a nível europeu, a questão do mercado para os nossos produtos. E enquanto esse aspeto não for atendido e criadas medidas que possam, por via dessa procura de novos mercados, melhorar preços e rendimentos dos agricultores, estaremos, única e exclusivamente, a usar paliativos para aquilo que é a situação que se vive a nível europeu», declarou Vasco Cordeiro. 
Considerando que a agricultura, e de forma particular o setor leiteiro, enfrenta desafios que resultam de uma «conjuntura adversa» da parte de mercados importadores, o presidente do Governo dos Açores destacou que este fator tem pesado mais do que o aumento de produção de leite derivada do desmantelamento do regime de quotas no espaço comunitário. 
De acordo com dados do Observatório Europeu do Leite, citados por Vasco Cordeiro, entre janeiro e setembro de 2015, a produção nos 28 Estados-membros aumentou apenas 0,1%, em termos comparativos com período homólogo do ano anterior, o que deve motivar a procura das razões para o cenário atual. 
Vasco Cordeiro considera que se está perante uma retração do consumo e uma diminuição de importações em mercados da referência como a China e a Rússia, em que a queda do volume das exportações atinge os 40%, defendendo que a União Europeia (UE) não se pode alhear de um problema que tem «consequências devastadoras», devendo procurar as «respostas adequadas». 
O presidente da Confederação da Agricultura Portuguesa (CAP), João Machado, que também esteve presente na cerimónia comemorativa dos 40 anos da Associação Agrícola de São Miguel, afirmou que o setor investiu, nos últimos seis anos, mais de oito mil milhões de euros, quando «não havia crédito, ele era caro e nenhum outro setor da economia investiu, e enquanto as medidas de austeridade da 'troika' se faziam sentir no país.
Fonte: Lusa

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A apanha da azeitona

 22 Novembro 2015, domingo 

A oliveira está na moda e faz parte do embelezamento arquitetónico de espaços públicos, em jardins, casas ou edifícios. É uma árvore secular no nosso país, de grande implementação nos meios rurais, onde é uma importante fonte de rendimento.

Por estes dias, são muitas as pessoas que se reúnem para a apanha da azeitona, como é o caso de Proença-a-Nova.
No olival, começa-se de manhã e é até ao anoitecer. Chegam em carrinhas ou tratores, muitas vezes com o farnel para bucha, tiram-se sacas e panos para estender no solo, onde há-de cair a azeitona.
Preparado o terreiro, aqui não há descriminação, homens e mulheres cercam a oliveira e dão início ao movimento de mãos na ramagem, que pode também ser brejada com uma vara, muitas já elétricas que são uma preciosa ajuda.
É assim de oliveira em oliveira. Já em casa a azeitona é colocada no limpador, para retirar pequenos cavacos e folhas, para ser depois ensacada.
Proença-a-Nova é um dos concelhos com mais lagares em funcionamento. Apesar de muitos já terem fechado, ainda assim este ano são 26 os que estão a moer, um dos quais fica no Malhadal.
É um lagar à moda antiga, onde a mó principal é movida pela força da corrente da água da Ribeira da Isna. Nuno Fernandes está no exterior do lagar a descarregar azeitona, o início do processo de moagem começa com a lavagem.
Pelo meio, depois da moagem, fica uma massa pastosa que passa por uma batedeira para controlo da temperatura. Depois é encerado e prensado e dá o desejado líquido dourado, num processo que demora cerca de 1h15m. Depois é avaliado o grau de pureza.
Ana Domingos, da APABI- Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior, explica-nos que estes são por normas azeites biológicos e a classificação de virgem e virgem extra «depende das análises químicas e orgânicas», mas os sinais de um mau azeite são facilmente detetados.
Uma boa colheita requer alguns cuidados no olival ao longo do ano, como a poda em fevereiro/março e «ter cuidado com a traça na primavera», e colher azeitona no tempo certo. São assuntos que esta técnica vai abordar amanhã à tarde em Proença-a-Nova, numa iniciativa promovida pelo município, «para dar a conhecer as potencialidades do azeite» destaca o autarca, Paulo Catarino.
Para além disso haverá provas de degustação, e quem quiser pode começar o dia com uma caminhada pelos olivais onde pode observar a apanha da azeitona e participar.
Fonte: TSF

Ovibeja 2016: novas ferramentas de “Business to Business” em destaque



 20 Novembro 2015, sexta-feira  AgriculturaNegócios

A 33ª Ovibeja, que se realiza de 21 a 25 de abril de 2016, volta a investir na temática "Terra Fértil", uma mostra de inovação agrícola e de agronegócios que, transversal a toda a feira, potencia a partilha de experiências e revela as mais-valias dos investimentos na agricultura alentejana e do País.
Em comunicado, os promotores salientam que na edição de 2016 estarão em destaque «fatores diferenciadores da agricultura nacional com base em novos paradigmas e ferramentas inovadoras de B2B – Business to Business».
A programação vai dar prioridade a encontros diretos e a sessões de esclarecimento entre empresários e agricultores fomentando a criação de negócios. 

Produção mundial de leite reduz de forma significativa


  19-11-2015 
 

 
As principais regiões exportadoras de lacticínios, nomeadamente, União Europeia, Nova Zelândia, Austrália e Argentina, reduziram a sua produção de leite de forma significativa, pela primeira vez, em dois anos e meio.

Também como consequência da situação de mercado, a maior redução registou-se na Nova Zelândia, me Setembro, quando a produção caiu 7,5 por cento em comparação com o mesmo período de 2014. Para além disso, a Nova Zelândia prevê que esta campanha, de Junho de 2015 a Maio de 2016, a produção diminua cerca de cinco por cento.

No final de 2014 e durante o primeiro trimestre de 2015 também verifica-se uma quebra na produção de leite, mas devido, sobretudo, à União Europeia e à necessidade dos pecuários em reduzir a sua produção para ajustar as quotas leiteiras.

No início de Abril, já sem quotas, a produção voltou a aumentar de forma imediata e o crescimento disparou até um atingir um pico em Julho. A partir desta data, a produção mundial voltou a descer, primeiro devido à queda na Nova Zelândia, seguida pelas restantes regiões.  

Fonte: Agrodigital

PSD/Açores convida comissário europeu da Agricultura a conhecer produção leiteira

19-11-2015 
 

 
O líder do PSD/Açores convidou o comissário europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural a visitar o arquipélago em 2016 para conhecer a produção leiteira, uma visita que será antecedida por um grupo de peritos.

«Convidei o senhor comissário europeu a ir aos Açores para ver a realidade "in loco"», afirmou Duarte Freitas aos jornalistas após uma reunião, em Bruxelas, com Phil Hogan, acrescentando que esta visita vai ser precedida por um grupo de peritos da Comissão Europeia.

Duarte Freitas, que esteve acompanhado pela eurodeputada açoriana Sofia Ribeiro, referiu ter confirmado «a sensibilidade daquele responsável pelas matérias que preocupam o arquipélago, nomeadamente no sector do leite, que vive dias de muita aflição nos Açores». A quota leiteira na União Europeia foi abolida em Abril.

O líder social-democrata realçou a garantia recebida de que a União Europeia «já está a trabalhar numa nova forma de compensação aos produtores de leite, findo que está o sistema de quotas leiteiras, exatamente uma solução que o PSD/Açores já propôs em Abril», explicou.

«Trata-se de um mecanismo de protecção aos produtores de leite, que os possa apoiar quando os preços baixarem para além de um determinado nível. Pudemos igualmente confirmar uma grande convergência de pontos de vista sobre os problemas que a lavoura açoriana atravessa», acrescentou Duarte Freitas.

Em Julho deste ano, o líder do PSD/Açores afirmou ser preciso «acudir» às dificuldades geradas pela queda do preço do leite, considerando incompreensível que continuem por tomar na região medidas que todos defendem há anos, como a criação de um observatório regional do leite, um «lóbi em Bruxelas» e uma associação interprofissional do sector.

Em Bruxelas, Duarte Freitas referiu que «a revisão em curso do POSEI, programa destinado às regiões ultraperiféricas, poderá atenuar, de facto, alguns desses problemas, pelo que «a compensação face aos avultados investimentos que os produtores têm feito poderá acontecer a breve trecho».

Fonte: Lusa

Courgette – a cultura da moda


Novembro 12
10:06
2015

A courgette era até há alguns anos um legume praticamente desconhecido em Portugal. Neste momento, com as dietas alimentares, passou a estar na moda e é indicada por muitos nutricionistas como um bom substituto da batata, sobretudo para perder peso, aquando da elaboração das sopas.

Este súbito aumento do consumo motivou um aumento das importações, estando neste momento a agricultura portuguesa a responder a esta situação de mercado.

Neste momento existe um grande incremento da cultura na zona Oeste, sendo a cultura já considerada como a cultura da moda.

Esta cultura é fácil de fazer e é pouco dispendiosa, o que também a torna muito atractiva para os agricultores.

A cultura em Portugal só começou a ter expressão em 2011 e hoje situa-se ao nível das 20.000 toneladas em 655 hectares de cultura.

A resposta ao aumento do consumo foi de tal maneira rápida por parte dos agricultores, que, em 2014, já exportámos cerca de 11.800 toneladas, tendo sido importadas apenas 8.000 toneladas.

O Oeste tem óptimas condições para esta cultura, pois tem um clima muito ameno ao longo do ano, com pouco frio e poucas geadas no Inverno e sem temperaturas muito elevadas no Verão.

Parece, por isso, uma cultura com um bom potencial para desenvolvimento futuro na região.

COPA-COGECA quer mais investigação e investimento no uso da biomassa


Novembro 20
13:19
2015

O COPA-COGECA apoia a necessidade de desenvolver a utilização de biomassa, proveniente do sector agrícola e florestal.

Num comunicado de imprensa, o COPA-COGECA explica que é necessário acelerar a investigação e investir nas novas tecnologias, assim como, melhorar a cooperação e comunicação para desenvolver o potencial do sector.

Segundo o Secretário-geral do COPA-COGECA a biomassa proveniente da floresta e da agricultura tem um potencial que ainda não está explorado. Deve-se, assim, encontrar soluções para um melhor uso dos recursos existentes, envolvendo mais os agricultores e produtores florestais, aconselhando-os e promovendo a transferência de conhecimentos e da inovação, investindo nas novas tecnologias, desenvolvendo novos modelos económicos.

Reforço do combate às fraudes do sector alimentar na UE


Novembro 20
13:13
2015

A Comissão Europeia anunciou que foi recentemente lançado um instrumento informático que vai permitir um controlo mais fácil entre países, no sentido de melhorar o sistema transaccional europeu de luta contra as fraudes alimentares.

Com este sistema, está muito facilitada a troca de informações entre as autoridades dos diferentes Estados Membros que se dedicam à luta contra as fraudes alimentares.

Este programa vem no sentido das acções levadas a cabo pela Comissão desde o escândalo da carne de cavalo de 2013, que levou à criação de uma rede europeia de controlo dos produtos alimentares.

Eurodeputados querem legislação para controlar as práticas comerciais desleais


Novembro 20
13:07
2015

No dia 12 de Novembro, o Comité de Agricultura do Parlamento Europeu (Comagri) votou, por 29 votos a favor, 9 contra e 2 abstenções, uma proposta da eurodeputada irlandesa Mairead McGuinness, que exige uma legislação europeia que acabe com as práticas comerciais desleais e abusivas, que exercem uma pressão enorme sobre os produtores, e que haja uma maior coordenação entre países nesta área.

Nesta proposta, lembra-se o acordo voluntário feito no âmbito do Fórum da Cadeia Alimentar em 2013, que foi assinado pela grande distribuição, mas que não teve qualquer efeito prático, pois era voluntário e nunca foi cumprido.

O COPA-COGECA regozijou-se com esta decisão, pois há muito tempo que vem denunciando as medidas comerciais abusivas e o poder opressivo que a grande distribuição exerce sobre os produtores.

Fica claro, de uma vez por todas, que medidas voluntárias não têm qualquer resultado e que é preciso legislação concreta que resolva este problema.

Vamos agora ver como reage a Comissão, uma vez que a medida que anunciou foi a da criação de mais um Fórum de Alto Nível da Cadeia Alimentar que, se for igual ao primeiro, só serve para a grande distribuição enrolar e atrasar decisões que venham a pôr fim a esta situação.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Prologamento das medidas de apoio ao sector do leite, fruta e legumes

Novembro 20
12:39
2015

As medidas de apoio aos sectores do leite, das frutas e legumes vão ser prolongados para 2016, estando a Comissão a tratar dos últimos detalhes, no sentido de oficializar o processo.

As medidas para o leite já entraram em vigor em 1 de Outubro enquanto que, para as frutas e legumes, devem avançar na próxima semana.

No que diz respeito ao sector do leite, a intervenção pública foi prorrogada até 29 de Fevereiro de 2016 enquanto que, as ajudas à stockagem privada também tiveram igual decisão.

No que diz respeito às frutas e legumes, as medidas que terminaram em 30 de Junho de 2015 foram prorrogadas até 30 de Junho de 2016, cobrindo a maior parte dos produtos e onde estão incluídos os pêssegos e as nectarinas.

Estas medidas constam do apoio à retirada de produtos do mercado para distribuição gratuita em instituições, apoio à não-colheita, ou seja, receber para deixar a fruta na árvore e aquisição para outros fins que não sejam alimentação humana.

As quantidades vão ser distribuídas pelos Estados Membros face ao impacto que o embargo russo teve nas suas produções.

Imagem -briskpost.com 

Phil Hogan quer acabar com os receios que pairam no sector agrícola

Novembro 19
13:08
2015

O Comissário Phil Hogan afirmou, recentemente, que quer acabar com os receios que pairam no seio dos agricultores, face a eventuais penalizações nas ajudas directas, devido aos condicionalismos do greening.

Assim, defendendo o dinheiro público, considera que pode haver um equilíbrio para amenizar algumas possíveis multas que os agricultores venham a ser obrigados a pagar.

Desta forma, o sistema de controlos vai ser modificado para o próximo ano, permitindo às autoridades locais escolherem os sectores onde estes são mais eficazes, aliviando a pressão global sobre os agricultores.

Com o novo sistema, deixa de haver o sistema de múltiplas inspecções, que têm vindo a criar receios junto dos agricultores.

O sistema de penalizações também vai ser alterado, no sentido de serem melhor proporcionadas, defendendo, assim, as pequenas explorações.

Este sistema vai, no entanto, começar a ser aplicado progressivamente e não de um dia para o outro.

Sempre com a defesa dos dinheiros públicos, pretende-se ir de encontro aos agricultores, simplificando a sua vida.

Gigantes do agro-alimentar querem chegar a 100% de energias renováveis

Novembro 19
13:05
2015

Os colossos do agro-alimentar, tais como a Unilever e a Mars, anunciaram que o seu objectivo é chegarem a utilizar 100% de energia renovável no seu processo de fabrico.

Este objectivo é, também, partilhado por outros grupos do agro-alimentar, apesar das opções para atingirem este objectivo serem diferentes. Alguns estão apostados na biomassa, que começa a ser controverso, devido à sua concorrência com as culturas.

Os fabricantes de bebidas, por seu lado, têm vindo a fazer um esforço desde 1990, procurando fontes de energia alternativas, mais limpas, o que os levou a reduzir, até 2012, cerca de 22% na emissão de carbono.

A redução de emissões de carbono no sector agro-alimentar também tem sido possível devido aos investimentos feitos  numa melhor eficiência energética.

Neste momento, a grande aposta vem na produção de energia a partir de resíduos e lixo e algumas empresas já estão a produzir bio gás a partir destes produtos.

Não existe, no entanto, uma solução mágica e, hoje em dia, cresce o movimento que põe em causa os biocombustíveis, pois não aceita que se estejam a usar alimentos, que fazem falta para resolver o problema da fome no mundo, para os produzir.

Uma coisa é certa, todos estão apostados no desenvolvimento de combustíveis limpos de última geração, obtidos a partir de resíduos e desperdícios.

Itália reabre a autorização de plantio de oliveiras

Novembro 19
13:02
2015

O plantio de oliveiras está proibido em Itália, depois do aparecimento da bactéria Xylella fastidiosa, que dizimou milhões de oliveiras no sul do país.

O governo italiano está a trabalhar num programa para voltar a autorizar a plantação de novas oliveiras, cujos pedidos têm de ser apresentados ao Ministério, procurando, no entanto, aliviar a burocracia.

Pretende-se, assim, plantar variedades que estão testadas como resistentes à bactéria e estas plantações não estão limitadas às universidades que desenvolvem esta investigação, mas também aos agricultores.

A Comissão Europeia está a contribuir financeiramente para os programas de investigação, visando obter espécies resistentes.

Com o aparecimento desta doença, a produção de azeite em Itália teve um retrocesso, levando à importação de azeite, para fazer face aos compromissos internacionais, sendo que, também, a qualidade tem vindo a ser posta em causa.

Tratando-se de um sector muito importante para a agricultura italiana, este programa pretende vir a repor a produção aos níveis normais.

Egipto exige reabertura do mercado europeu aos seus cavalos

Novembro 17
15:04
2015

As autoridades egípcias exigem o levantamento do embargo europeu aos cavalos do seu país, situação que já se verifica há cinco anos.

A indústria de cavalos no Egipto tem registado um grande desenvolvimento nos últimos anos, com recurso aos melhores técnicos mundiais, sendo o país, neste momento, detentor dos melhores cavalos de puro sangue árabe do mundo.

A reabertura do mercado pode trazer um volume de exportação de 3 mil milhões de libras egípcias por ano.

Esta situação do embargo tem levado os maiores criadores a desenvolverem núcleos de produção fora do Egipto, por exemplo, na Europa, para poderem ter acesso aos mercados.

Neste momento, existem 650 explorações, com um efectivo total de 9.000 animais registados de puro sangue árabe.

O Egipto organizou recentemente o Campeonato Internacional de Puro Sangue Árabe, que contou com a presença de vários países, tais como Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Itália, Alemanha e Bélgica.

Duas pessoas internadas com botulismo alimentar em Lisboa


Ontem
Duas pessoas foram internadas, esta sexta-feira, num hospital de Lisboa, com botulismo alimentar, havendo ainda um terceiro caso suspeito.
 

ANDRÉ GOUVEIA/GLOBAL IMAGENS

Segundo a Direção-Geral de Saúde, a origem da doença estará no consumo de presunto preparado de forma artesanal, no Fundão, por uma família que vive em Lisboa.

Todas as pessoas que consumiram o mesmo presunto estão a ser observadas.

A DGS esclarece que esta situação não está relacionada com os casos diagnosticados em Trás-os-Montes e mantém o alerta para o consumo deste tipo de produtos confecionados de forma artesanal.

FAO declara 2016 Ano Internacional das Leguminosas


Nov 13, 2015


Alertar a sociedade para os benefícios nutricionais das leguminosas é um dos objectivos do Ano Internacional das Leguminosas (AIL) que se assinala em 2016, segundo declarou a 12 de Novembro a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

AnoInternacionaldasLeguminosas2016_LogoA iniciativa irá também alertar para a importância destas culturas na sustentabilidade agrícola e o seu contributo para uma segurança alimentar efectiva.

«O Ano Internacional das Leguminosas será uma oportunidade para potenciar o uso das leguminosas nas rotações agrícolas e discutir os desafios da comercialização», esclarece a FAO em comunicado.

Segundo a FAO, apesar dos seus grandes benefícios, o seu valor nutricional não é reconhecido e há centenas de variedades que podem ser cultivadas.

Os legumes são ricos em proteínas, contêm o dobro das encontradas no trigo e três vezes que as do arroz. Também são ricos em micronutrientes, aminoácidos e vitaminas do grupo B, elementos chave de uma dieta saudável.

Aprovados 33 novos programas de promoção


Novembro 16
15:15
2015

A Comissão Europeia aprovou, em 12 de Novembro, 33 novos programas de promoção para produtos agrícolas europeus.

Estes programas foram aprovados no quadro da regulamentação 2008, que será substituído a 1 de Dezembro e que previa uma parte das ajudas serem comunitárias e a outra dos Estados Membros. A partir de 1 de Dezembro o financiamento dos programas será totalmente comunitário e abrangerá uma maior linha de produtos, tendo, para 2016, um reforço de verbas, que irá totalizar 111 milhões de euros.

Vinte destes programas visam a promoção dos produtos agrícolas no mercado interno da União Europeia, enquanto 13 são para mercados externos, tais como a China, o Médio Oriente, a América do Norte, o Sudeste Asiático, o Japão, a Coreia do Sul, a África, a Rússia, o Cazaquistão, a Austrália, a Noruega e os Balcãs.

Grandes marcas de azeite italianas suspeitas de fraude


Novembro 16
15:14
2015

Foi aberto, no dia 10 de Novembro, pelas autoridades italianas, um inquérito de fraude contra várias marcas de azeite italianas, das quais algumas muito conceituadas, que são suspeitas de vender azeite de qualidade inferior por azeite extra-virgem.

Segundo o Ministro da Agricultura, Maurizio Martina, é importante clarificar o mais rapidamente possível esta situação, de modo a tranquilizar os consumidores e a manter a credibilidade do azeite italiano.

Sendo o segundo produtor mundial, a seguir à Espanha, a Itália é, também, o primeiro importador de azeites para misturar com o produto local, o que é uma situação que desagrada profundamente à Confederação dos Agricultores Italianos (COLDIRETTI), que afirma existirem cerca de duzentos e cinquenta milhões de oliveiras em Itália, que necessitam de 50 milhões de dias de trabalho.

Candidaturas ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha VITIS campanha 2016-2017

As candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS), Campanha 2016-2017, decorrem entre 15 de novembro e 15 de dezembro de 2015, sendo submetidas on-line na Área Reservada do Portal do IFAP, em O Meu Processo > Candidaturas > VITIS > Campanha 2016-2017 > Entregar/Alterar/Consultar.

Chama-se a atenção que previamente à submissão das candidaturas os viticultores que pretendam candidatar-se devem:

Proceder à sua inscrição como beneficiários IFAP para obtenção de NIFAP, ou procederem à atualização de dados, nomeadamente do NIB e/ou endereço eletrónico;
Efetuar a inscrição ou atualização dos dados da exploração, no Sistema de Identificação do Parcelário (iSIP) do IFAP;
Providenciar a atualização do Registo Central Vitícola, o pedido de emissão de direitos de plantação e a georreferenciação das parcelas (nos casos de relocalização de vinhas);
Obter os pareceres relativos às vinhas em área classificada e vinhas no alto douro vinhateiro (se aplicável) ou outros documentos constantes das normas complementares, necessários à correta submissão das candidaturas.
Para mais informação poderá consultar a Portaria n.º 357/2013, alterada pela nº Portaria 67/2014, de 12 de março e pela Portaria nº 219/2015, de 23 de julho, bem como o Aviso de Abertura de Candidatura

Agricultura: Portugal recebe quase €6,5 milhões de Bruxelas



 22 Novembro 2015, domingo

Portugal vai receber quase 6,5 milhões de euros de ajudas no âmbito do fundo de reserva para crises no setor agrícola, que reverte para os agricultores se não for utilizado, segundo um regulamento hoje adotado. 
Com base nas declarações de despesas, Portugal vai receber 6.448.884 euros de um montante de reembolsos total de 409,8 milhões de euros «da disciplina financeira aplicada no exercício financeiro de 2015», segundo o regulamento, que deve ser aplicável a partir de 1 de dezembro. 
Os montantes têm que ser pagos aos agricultores até 16 de outubro de 2016. 
«Desde a reforma da Política Agrícola Comum [PAC] de 2013, tem sido deduzido anualmente um montante significativo aos pagamentos diretos aos agricultores, no sentido de constituir uma reserva anual para eventuais crises agrícolas», explica o comunicado de Bruxelas. 
«Se não for utilizado até ao final do ano, esta reserva é devolvida aos agricultores». O que aconteceu no ano financeiro de 2015. 
Mas de Bruxelas veio também na passada sexta-feira uma fatura: Portugal tem devolver 1,9 milhões de fundos por utilização incorreta dos fundos. 
Ao todo são 19 dos Estados-membros da União, um dos quais Portugal, utilizaram mal o financiamento disponibilizado, elegendo incorretamente despesas ao Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e pelo Fundo Europeu Agrícola de desenvolvimento Rural (Feader). 
Bruxelas «reclama aos Estados-membros [visados] os fundos da PAC que foram gastos indevidamente», escrevem os serviços da Comissão, acrescentando que a medida «tem um impacto financeiro de 276 milhões de euros» no total. 
No caso português, a quantia ascende a 1.906.177,80 euros e remete para «irregularidade» na aplicação da regulamentação, questões associadas à certificação e a "«deficiências no Sistema de Identificação de Parcelas» - o parcelário agrícola é fundamental para a atribuição de verbas de ajuda direta - com pedidos efetuados ente 2009 e 2011, no anterior quadro comunitário de financiamento à agricultura (2007-2014). 
A decisão abrange, além de Portugal, a Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Suécia e Reino Unido. 
«A aplicação da decisão sobre a Grécia foi adiada até 2017», acrescenta a Comissão. 
Fonte: Lusa/Jornal de Negócios



Está aberta a submissão de Iniciativas na "Bolsa de Iniciativas para a constituição de grupos operacionais"

Publicado em segunda, 16 novembro 2015 23:09
 

Bolsa de Iniciativas para a constituição de grupos operacionais

A partir de hoje podem ser submetidas iniciativas por parcerias que pretendam desenvolver, em cooperação, um plano de ação para realizar projetos de inovação que respondam a problemas concretos ou oportunidades que se colocam à produção e que contribuam para atingir os objetivos e prioridades do Desenvolvimento Rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias pelo setor tendo em vista a produtividade e sustentabilidade agrícolas, conforme consideradas na PEI-AGRI.

A Bolsa de Iniciativas tem como objetivo:

Promover o encontro entre interessados em desenvolver iniciativas de inovação no sector, bem como a aglomeração destas iniciativas em torno de objetivos semelhantes; 
Preparar a constituição de Grupos Operacionais para o apoio previsto na ação 1.1., «Grupos Operacionais», do PDR 2020 e da Medida 16 – Cooperação, do PRORURAL+ e do PRODERAM 2020.

domingo, 22 de novembro de 2015

Jovens agricultores lideram procura de 15 mil hectares da Bolsa de Terras


20-11-2015 
 

 
A bolsa nacional de terras já integra quase 15 mil hectares de solos que são procurados especialmente por jovens agricultores, disse um responsável da entidade gestora nacional deste projecto criado há dois anos.

Realizado no ano passado, o primeiro concurso para conceder terrenos agrícolas e florestais, por compra ou arrendamento, «teve grande sucesso«»com a apresentação de 160 candidaturas, adiantou Norberto Correia à agência Lusa.

Este representante da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Entidade Gestora Nacional da Bolsa de Terras, falava a propósito de uma sessão de esclarecimento sobre esta matéria, que decorreu esta quinta-feira, na Lousã.

Criada pelo Ministério da Agricultura, em Maio de 2013, apenas para Portugal Continental, a bolsa «acaba por ser um bom repositório de terras» e revela «um crescimento consolidado», afirmou.

Após o concurso de 2014, a adesão teve «acréscimos significativos e consistentes» do lado da oferta, com o Alentejo a liderar as adesões, em número mais elevado «nas proximidades do Alqueva», sendo a abundância de água da barragem também determinante para um aumento da procura.

Nessa região, os interessados «são sobretudo espanhóis», com projectos nas áreas da olivicultura e da produção de frutos vermelhos, por exemplo, além de investidores oriundos da Holanda e do Reino Unido, entre outros países da União Europeia.

A adesão à Bolsa de Terras, que inclui propriedades do Estado, «é um processo voluntário para os privados» donos de campos de cultivo e terrenos com aptidão florestal que não estão a ser utilizados.

As terras podem ser compradas ou arrendadas por pessoas singulares ou colectivas, «sem qualquer restrição» quanto ao país de origem, desde que cumpram as exigências legais do Estado português, esclareceu Norberto Correia. «Entre Setembro e Outubro, houve um acréscimo de 100 hectares, na sequência das acções de sensibilização realizadas», salientou.

Em 31 de Outubro, a DGADR registou 14.800 hectares de terrenos disponibilizados por particulares e por organismos públicos, «dos quais 3.600 já foram transaccionados», o que equivale a uma taxa de cedência de 24 por cento. «Nos privados, 75 por cento das terras foram vendidas e as restantes arrendadas», informou.

O segundo concurso para atribuição de terrenos vai decorrer de 25 de Novembro a 10 de Dezembro, esperando a Entidade Gestora Nacional por «novas adesões e indicadores muito importantes» até ao final deste mês.

«Sabemos que há mais terras que não estão a ser utilizadas, incluindo as que pertencem a emigrantes», realçou. Até ao momento, segundo Norberto Correia, «não houve qualquer adesão» das assembleias de compartes dos baldios, situados sobretudo no Centro e no Norte.

Além das acções de sensibilização que está a promover de norte a sul do país, a DGADR vai contactar as embaixadas e consulados no sentido de divulgarem a Bolsa de Terras junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

A sessão de ontem foi organizada pela Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), na qualidade de Gestora Operacional da Bolsa de Terras, em colaboração com o Ministério da Agricultura.

Fonte: Lusa


Afinal o glifosato não é cancerígeno


Novembro 16
15:16
2015

A European Food Safety Agency (EFSA) publicou o tão esperado relatório sobre a probabilidade de o glifosato ser ou não cancerígeno, na sequência do anúncio, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considerou que este produto tinha forte probabilidade de provocar cancro.

O relatório da EFSA, pelo contrário, considera improvável que o glifosato constitua um perigo cancerígeno para o homem.

Como se sabe, a autorização para a venda do glifosato termina a 31 de Dezembro, tendo sido prorrogada até 1 de Junho, aguardando a Comissão este relatório para tomar uma decisão.

O Centro Internacional de Investigação do Cancro da OMS (IARC) classificou o glifosato como cancerígeno provável para o homem, que é o último degrau antes da classificação de produto cancerígeno. A EFSA reuniu o parecer dos peritos de todos os Estados Membros, e à excepção de um, todos foram unânimes em dizer que nem os dados epidemiológicos, nem os elementos obtidos em estudos em animais, demonstraram uma ligação entre a exposição ao glifosato e o desenvolvimento do cancro nos homens.

Em Bordéus investigam-se novas cepagens para fazer face ao aquecimento global


Novembro 17
15:03
2015

Bordéus é uma das regiões de maior prestígio vitivinícola da Europa e do mundo, mas, neste momento, os responsáveis locais do sector começam a ficar muito preocupados com o eventual efeito negativo que o fenómeno de aquecimento global possa vir a ter nas uvas produzidas e, consequentemente, na qualidade do vinho.

Para fazer face a esta situação, já está em marcha um plano de investigação para adaptar as vinhas às novas realidades climatéricas, que passa, necessariamente, pela introdução de novas cepagens.

As variedades mais precoces vão ser as mais atingidas e, dentro delas, está o Merlot, que ocupa uma grande parte da superfície de vinhas.

A ideia é de desenvolver bacelos que levem a produção de uvas de ciclo mais longo e as variedades que melhor se podem adaptar são o Cabernet Sauvignon e o Petit Verdot.

É, no entanto, necessário ir mais longe na investigação e, hoje, a grande aposta está no bacelo português "Tinto Cão", que é um bacelo utilizado nas vinhas do Porto.

Neste momento, muitos viticultores querem autorização para fazer ensaios em 1% a 2% da sua área de vinha, mantendo a denominação de origem do vinho.

As medidas do greening vão ser alteradas


Novembro 19
13:06
2015

O Comissário Phil Hogan prometeu uma alteração das medidas do greening, mas avisou que essas alterações não seriam propostas antes de 2017.

Com esta posição, o Comissário tenta acalmar a voz de vários Estados Membros, que há meses vêm reclamando uma verdadeira revisão destas medidas.

Esta posição não agradou, no entanto, às organizações de produtores, que têm alertado para os problemas causados ao sector pelo sistema de greening e queriam propostas muito mais rápidas e não somente para 2017.

Continua a ser exigida uma simplificação dos controlos administrativos ao nível dos Estados Membros e uma maior flexibilidade na aplicação de eventuais penalizações.

Imagem - thejournal.ie

Campanha inglesa de incentivo à compra de produtos nacionais



Novembro 20
13:23
2015

O grupo de distribuição Fodder está a lançar uma campanha nas suas lojas, no sentido de incentivar o consumidor a comprar produtos ingleses.

Assim, no que diz respeito ao leite e produtos lácteos, todos são rotulados com o país de origem e, existem grandes cartazes promovendo o produto inglês.

A campanha tenta mostrar o quão importante é para a sobrevivência do sector inglês do leite a preferência do consumidor pelos seus produtos.

Pretende-se que outras lojas adiram, pondo em destaque nas suas prateleiras estes produtos.

Entretanto, os produtores querem uma maior clarificação na rotulagem, de modo a que a rotulagem, autorizada na Europa, não provoque confusão no consumidor.

Imagem - express.co.uk

Situação do mercado agrícola europeu permanece critica

 19-11-2015 
 

 
Os presidentes da COGECA e do COPA alertaram os ministros da Agricultura da União Europeia sobre a tendência para uma baixa dos mercados agrícolas devido ao impacto do embargo russo às exportações.

A situação do mercado agrícola europeu permanece crítica, pelo que os representantes das duas organizações consideram ser necessárias medidas para aliviar a pressão nos sectores do leite e da carne de porco já no próximo mês de Dezembro e também para a simplificação da Política Agrícola Comum (PAC).

Na reunião de alto nível com a presidência luxemburguesa da União Europeia (UE), O presidente da COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia), Christian Pèes, destacou a importância do exercício de simplificação da PAC lançado pelo comissário europeus da Agricultura, Phil Hogan. Segundo Pèes, os procedimentos administrativos travam a inovação, a competitividade e a qualidade de vida.

Por conseguinte, o COPA e a COGECA transmitiram à Comissão Europeia (CE) uma lista global de propostas para simplificação da PAC, entre outras, ligadas às medidas "Greening", a norma das três culturas padrão, a definição de pastagem permanente e temporária e a ajuda ligada voluntária. Todas cruciais, segundo Christian Pèes, «para reduzir a burocracia e permitir aos agricultores continuarem a gerir o seu negócio».

Pèes instou ainda os ministros a permanecerem atentos nas conversações sobre o comércio internacional, lamentando os aumentos das tarifas impostos pela administração americana às exportações europeias de manteiga, considerando que demonstra a falta de compromisso por parte dos negociadores norte-americanos para concluir o acordo de livre comércio com a União Europeia (UE).

O presidente da COGECA, organização da qual a CONFAGRI faz parte, destacou ainda os benefícios de um acordo comercial global na Ronda de Doha sobre as conversações de liberalização do comércio mundial, acrescentando que os resultados da Conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Nairobi, entre 15 e 18 de Dezembro, serão decepcionantes.

O responsável pediu ainda à presidência da UE para fazer mais de forma a limitar as actividades de exportação das empresas estatais no Canadá e Austrália durante a Conferência ministerial.

Por seu lado, o presidente do COPA, Martin Merrild, declarou que é clara uma forte tendência em baixa no sector da carne de porco comunitário, em parte como consequência do veto russo às exportações e devido à falta de medidas a curto prazo para abordar a difícil situação do mercado, assinalando que o pacote de ajudas não basta para resolver os problemas no mercado da carne de porco.

Martin Merrild referiu também a sua preocupação em relação à situação do sector do leite europeu. Com a chegada do Inverno, o problema de liquidez agrava-se e os produtores estão sob pressão. O pacote de ajudas foi um passo na boa direcção para ajudar a melhorar a situação, pelo que se deve garantir que os Estados-membros aproveitem em pleno as medidas disponíveis, como por exemplo a possibilidade de antecipar os pagamentos directos aos agricultores, apelando a uma reflexão sobre o valor do nível do preço garantido pela rede de segurança da UE em tempos muito difíceis, concluiu o responsável.

Fonte: Copa-Cogeca