sábado, 9 de maio de 2015

Portuguesa Agroop angaria 80 mil euros em plataforma de financiamento Seedrs


LUSA 07/05/2015 - 12:41
 
Carlos Silva, co-fundador da Seedrs, satisfeito com o sucesso da operação. NUNO FERREIRA SANTOS
 
A Agroop, empresa tecnológica para o sector agrícola, foi a primeira start-up portuguesa a concluir com sucesso uma campanha de angariação de financiamento (equity crowdfunding) na plataforma de financiamento colaborativo luso-britânica Seedrs, ao levantar 80.000 euros de 133 investidores.

"A Agroop excedeu o objectivo de 75 mil euros [por 5% do capital], levantando 80.000 euros de 133 investidores nacionais e internacionais" e "mantém a campanha aberta a mais investidores", diz um comunicado divulgado esta quarta-feira, acrescentando que "este encaixe vai servir sobretudo para acelerar o processo de desenvolvimento do primeiro produto da empresa, a plataforma Agroop Operacional".

O documento refere ainda que a Agroop está avaliada em perto de 1,4 milhões de euros.

"Para mim, pessoalmente, é um grande marco ter uma empresa do meu país a estrear e concluir uma operação de financiamento, juntando-se a mais de uma centena de empresas europeias que já recorreram a este modelo de investimento. Acredito que outras empresas portuguesas podem encontrar financiamento de milhares de potenciais investidores, nacionais e internacionais", afirma Carlos Silva, co-fundador e presidente da Seedrs.

Por sua vez, o presidente executivo da Agroop, Bruno Fonseca, refere no comunicado que estas plataformas permitem à empresa "não só obter financiamento essencial para o lançamento do produto, mas ao mesmo tempo promovê-lo junto de potenciais clientes e parceiros".

A Agroop Operacional é uma multiplataforma na Internet (smartphone, tablet e computador) que vai ligar os produtores às suas associações, permitindo-lhes comunicar dados em tempo real, solicitar assistência remota, receber alertas climatéricos e de sanidade, quantificar os seus custos e até gerir recursos humanos.

A <i<start-up </i> (empresa recém-criada) quer apoiar estes agentes ao longo da sua actividade e dar-lhes a possibilidade de serem mais competitivos perante um paradigma agro-alimentar muito exigente.

A Seedrs é a maior plataforma europeia para este tipo de financiamento colaborativo, juntando hoje empresas e investidores numa plataforma online, abrindo assim a possibilidade a qualquer pessoa de investir em acções de novas empresas, Pequenas e Médias Empresas (PME) e <i>start-up</i>.

Tem escritórios em Lisboa, Londres e São Francisco e já angariou capital para mais de 100 empresas de vários países, incluindo Reino Unido, França, Espanha, República Checa e Suíça e agora Portugal.

A plataforma está aberta a investidores e empresas na Europa, aceitando campanhas e investimento em euros e libras e foi a primeira plataforma a nível mundial a ter a sua actividade autorizada e regulada, especificamente pela Financial Conduct Authority no Reino Unido.

Fundo Florestal Permanente: Apoio financeiro para a constituição de ZIF

 08-05-2015 
 

 
O Fundo Florestal Permanente estabeleceu a abertura a 18 de Maio de 2015 do apoio financeiro para a constituição de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF).
 
O mesmo insere-se no eixo de intervenção "Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais", previsto na subalínea i), da alínea c) do artigo 6.º do Regulamento do Fundo Florestal Permanente, aprovado pela Portaria n.º 77/2015, de 16 de Março.
 
A dotação orçamental é de 500,000€, sendo a data de encerramento das candidaturas a 15 de Junho de 2015.
 
No manual de procedimentos são descritas as despesas elegíveis e não elegíveis, e destacamos o limite máximo de apoio, concedido, em função da estrutura da propriedade ao nível dos concelhos abrangidos pela ZIF, ou seja superfície média < 5 hectares (ha), apoios até 6€/ha e superfície média >= que 5ha, apoios até 4€/ha.
 
É ainda definida uma grelha de critérios e pontuações, sendo majoradas as futuras ZIF nas freguesias classificadas como LI confinantes com a Zona Tampão relativo ao controlo do nemátodo da madeira do pinheiro por exemplo.
 
Cada entidade deve apresentar apenas uma única candidatura por ZIF a constituir, sob pena de rejeição liminar.
 
Mais informações no ICNF, disponível aqui.
 
Fonte: CONFAGRI

Agricultura biológica e simplificação da PAC em destaque no próximo Conselho de Agricultura

08-05-2015 
 


 
Na próxima segunda-feira, dia 11 de Maio, decorre, em Bruxelas, o Conselho de Agricultura da União Europeia. Os Ministros esperam chegar a um acordo na proposta de agricultura biológica, que é uma das prioridades da Letónia, actual presidência.

Esta proposta revê a legislação existente e a rotulagem para este tipo de produção. O Conselho também espera adoptar as conclusões sobre a simplificação da política agrícola comum (PAC). A presidência consultou os Estados-membros sobre o tema com base na sua experiência ao implementar a PAC reformada.

A declaração a 20 de Maio como Dia Mundial da Apicultura e a jornada celebrada em Copenhaga sobre o bem-estar do suíno serão outros temas em debate na reunião. Quatro países, nomeadamente, a Alemanha, Dinamarca, Suécia e Holanda prevêem apresentar ao Conselho um documento assinado em conjunto para promover melhorias no bem-estar dos porcos.

Fonte: Agrodigital

Índice de preços dos alimentos da FAO alcança nível mais baixo em cinco anos

 08-05-2015 
 

 
Os preços internacionais dos produtos básicos agrícolas continuaram a descer em Abril e as abundantes reservas deveriam compensar qualquer pressão de baixa por uma ligeira redução das colheitas mundiais previstas para este ano.  

O Índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) reduziu 1,2 por cento em Abril frente a Março, situando-se em 171 pontos, o seu nível mais baixo desde Junho de 2010 e menos 19,2 por cento em relação ao ano passado.

A maior descida verificou-se nos lacticínios, mas também diminuíram os preços do açúcar, cereais e óleos vegetais, ao contrário dos preços da carne, que subiram em Abril, o seu primeiro aumento desde Agosto de 2014.

O Índice de preços dos alimentos da FAO é ponderado pelo comércio que faz o seguimento dos preços dos cinco principais grupos de alimentos básicos nos mercados internacionais, nomeadamente, dos cereais, carne, lacticínios, óleos vegetais e açúcar.

É provável que os preços internacionais dos alimentos continuem sobre pressão para uma descida tendo em conta a grande oferta e a força do dólar norte-americano, segundo as Perspectivas Alimentares, a qual assinalou que «as variações das moedas e os acontecimentos macroeconómicos podem ter novamente importantes implicações para os mercados em 2015-2016».

Em relação às tendências e perspectivas do mercado de produtos básicos, vários anos com boas colheitas e da criação de reservas estratégicas significam um "superavit" de alimentos básicos. Como resultado, não se prevê que a queda na produção de cereais venha a ter impacto na disponibilidade de alimentos para consumo.

Fonte: Agrodigital

sexta-feira, 8 de maio de 2015

A AEPGA e o Dia Internacional do Burro

07-05-2015 
  
Há mais de uma década que a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) trabalha no sentido de conservar o Burro de Miranda, única raça autóctone portuguesa desta espécie, particularmente ameaçada de extinção, e de dignificar todos os burros do país, dando a conhecer o seu carácter dócil, a cultura que lhe está associada e os vários papéis que tão bem sabe representar, de professor, guia, terapeuta e, sobretudo, de amigo.

É por isso que a Associação convida todos os interessados a celebrar o Dia Internacional do Burro para relembrar o seu valor inestimável, não só aqui na Europa, onde essas novas facetas têm vindo a ser descobertas, mas também nos países em desenvolvimento, onde os burros são os principais companheiros de trabalho de milhões de famílias desfavorecidas que, no entanto, raramente têm o conhecimento ou os recursos para lhes garantirem uma vida com saúde e bem-estar.

No ano passado, convidaram a ilustrar orelhas de burro e a exibi-las com orgulho e não com vergonha, como aconteceu ao longo de séculos, desta vez, querem redobrar o desafio de criar ou reinventar um ditado que faça referência ao burro de forma positiva e não pejorativa, como acontece na maioria dos ditos populares portugueses. Porque afinal de contas, um burro carregado de respeito é um burro feliz!

Ao participar nesta acção, com uma fotografia a usar as orelhas e a empunhar um cartaz com um provérbio criado por cada participante é uma forma de passar a mensagem de que o burro é um companheiro precioso que merece ter uma vida com qualidade, saúde e felicidade, e de que o Burro de Miranda, em particular, precisa de protecção.

Para mais informações e download das orelhas de burro: www.diadoburro.pt

Fonte: AEPGA

Redução de diferença de preços entre trigo e milho

 07-05-2015 
 
Nos mercados internacionais tudo indica que, no caso do milho, a tendência futura será uma sustentabilidade dos preços. Vários factores promovem esta baixa em geral no preço dos cereais.

Para o milho, a menor superfície de culturas a nível mundial, sobretudo porque o preço não é atractivo, serva de contraponto à pressão para uma baixa, segundo a estimativa da Câmara agrícola de León.

Assim, espera-se que a produção mundial para a campanha 2015/2016 atinge as 915 milhões de toneladas, menos 40 milhões em relação á campanha de 2014/2015. No que diz respeito à Ucrânia, principal país fornecedor do mercado espanhol, os especialistas prevêem que passe de 28 milhões para 23 ou 24 milhões de toneladas na actual campanha.

Em relação ao trigo, as culturas a nível mundial apresentam um bom estado, o que favorece a baixa nos mercados internacionais. Espera-se que a Rússia retire o imposto à exportação de trigo em meados deste mês de Maio.

Os mercados também estão muito dependentes da evolução da gripe das aves nos Estados Unidos, doença que surgiu primeiro no Canadá em Dezembro passado. Mais de um milhão de aves foram abatidas, o que em conjunto com um menor consumo desta carne faz temer uma redução da procura de cereais para ração.

O leilão agro-pecuário de León, celebrado esta quinta-feira, está em consonância com a situação internacional e, por esta razão, verificou-se uma descida do trigo com quatro euros de baixa, fixando-se numa cotação de 169 euros e que tem contribuído para uma aproximação com o milho, de 161, 50 euros a toneladas. A cevada ficou nos 168 euros, o centeio nos 159 e a aveia nos 180 euros a tonelada.

Fonte: Agrodigital

Seminários no Biocant dias 14 e 15 Maio


2015.04.30
"Valor da diversidade genética para a viticultura e "Vinho & Vinha / 2020"
O Biocant vai organizar os seminários"VALOR DA DIVERSIDADE GENÉTICA PARA A VITICULTURA" e "VINHA & VINHO  / 2020", que decorrerão nos próximos dias 14 e 15 de Maio.
   
O Biocant – Centro de Inovação em Biotecnologia, assumiu em 2010 como estratégica a investigação aplicada ao sector vitivinícola, em toda a sua cadeia de valor, desde a vinha até ao vinho.

Neste âmbito, analisamos os problemas atuais do sector vitivinícola e procuramos responder a novos desafios, de forma a facilitar a transferência do conhecimento entre a academia e a indústria. Os resultados serão agora apresentados nesta sessão, onde também serão abordadas as perspetivas e desafios atuais para a fileira da vinha ao vinho. 

Reguengos de Monsaraz é palco de seminário sobre vinhos do Alentejo



 07 Maio 2015, quinta-feira  Viticultura
vinhos Alentejo

O caráter único e diferenciador que as castas alentejanas atribuem ao vinho é um dos temas abordados no seminário "Da diversidade das castas de vinho aos diferentes paladares. O consumo de vinho enquanto prática social".
O evento irá realizar-se a 8 de maio, a partir das 15h00, na Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz.
Marcam presença na iniciativa João Mota Barroso, Diretor na Comissão Vitivinícola Regional Alentejana e professor na Universidade de Évora, Rui Veladas, enólogo na Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, e Rosalina Pisco Mota, professora no Departamento de Sociologia da Universidade de Évora.
Os oradores irão abordar temas como o consumo de vinho enquanto prática social e transmitir conhecimentos sobre as castas portuguesas e autóctones do Alentejo.
A conferência é organizada pelo Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta, em parceria com o município de Reguengos de Monsaraz, e integrada na programação da Cidade Europeia do Vinho 2015.
Fonte: Lusa 

Em meio século Portugal reduziu produção cereais e Espanha triplicou



 07 Maio 2015, quinta-feira  Cerealicultura
cereais
Portugal produz hoje menos cereais do que há 50 anos, enquanto a vizinha Espanha, no mesmo período, quase triplicou a produção. Os dados foram esta quinta-feira (7 de maio) pelo GlobalStat, um novo portal apresentado em Florença.
Segundo o GlobalStat, uma organização da Fundação Francisco Manuel dos Santos e do Instituto Universitário Europeu, Portugal produzia 1,4 milhões de toneladas de cereais em 1961, passando para 1,2 milhões em 2013. Espanha passou, no mesmo período, de 7,5 milhões para 25 milhões.
A iniciativa conjunta, segundo o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Nuno Garoupa, representa «um programa de internacionalização progressiva» da Fundação, um dos objetivos da instituição, como explicou.
Pretende-se, disse, aumentar «o envolvimento da Fundação em atividades fora de Portugal» e, ao mesmo tempo, «permitir e facilitar futuros trabalhos, análises e discussões que centrem Portugal em comparação com o resto do mundo».
Disse ainda o presidente: «penso que é uma questão que preocupa o espaço público. O país continua a ser, até certo ponto, dominado por um discurso extremamente centrado em Portugal, extremamente isolacionista do resto do mundo, e a Fundação também tem um papel importante de contribuir para que esse espaço se abra, numa perspetiva mais comparada».
O portal junta dados dos últimos 50 anos de 193 países, provenientes de 80 instituições que vão da UNESCO à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), à Organização da Aviação Civil, à NATO ou à Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
E trata temas que podem ser comparados, como a demografia, a alimentação, a agricultura e a pesca, a energia, o desenvolvimento económico e o comércio, o ambiente, as atividades financeiras, a governação, os conflitos e os riscos, a mobilidade humana, a saúde ou o desenvolvimento tecnológico.
De forma fácil e rápida, os utilizadores podem ver quantos são os habitantes do planeta, quanto tempo se vive em cada continente, onde aconteceram os mais graves desastres naturais e quantas pessoas afetaram, quanto dióxido de carbono produz a Europa em comparação com a Ásia, qual a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, onde se vende a gasolina mais cara (Portugal tinha em 2012 das gasolinas mais caras do mundo).
«Se quiser comparar a evolução dos últimos dez anos do nosso produto [PIB] 'per capita' com indicadores de natureza social ou humana, neste momento tenho de saber onde os encontro, nos vários portais, do Banco Mundial, OCDE, Fundo Monetário Internacional, ONU, e até outras instituições sub geográficas. O que o portal permite é (…) encontrar estes indicadores todos, no portal e poder eu relaciona-los», explicou Nuno Garoupa.
De acordo com o responsável, o Instituto Universitário Europeu já tem um centro que está a preparar projetos nesta área, razão da aliança com a Fundação, que contribuiu fundamentalmente com a tecnologia. «Nós tínhamos a tecnologia, faltava-nos o capital humano, eles tinham o capital humano, faltava-lhes a tecnologia», afirmou.
Dessa relação «nasceu» hoje o GlobalStat, gratuito e com cerca de 500 indicadores à escala mundial. Em segundos pode, por exemplo, saber-se que o PIB que mais cresceu em 2013 foi o do Afeganistão e o da Serra Leoa.
E saber-se que, nesse ano, o PIB de alguns países baixou. Desde logo o do Sudão do Sul, que caiu quase para metade, seguido do Sudão, com menos 10,19 por cento. De todos os países do mundo, o terceiro com maior queda no PIB foi a Guiné-Bissau, com menos 6,71 por cento. Segue-se a Grécia, com menos 6,37, e depois Portugal, o quinto pior, com menos 3,23 por cento.
A Fundação foi criada em 2009 por Alexandre Soares dos Santos e tem como objetivo a promoção de estudos e análises sobre a realidade portuguesa. O Instituto Universitário Europeu foi criado em 1976 para desenvolver o património cultural e científico europeu.
Fonte: Lusa 

Mapa mostra onde se produz milho transgénico em Portugal



 07 Maio 2015, quinta-feira  Grandes Culturas

Foram precisas cinco ações em tribunal para a plataforma "Transgénicos Fora" ter acesso aos dados completos de 2005 até 2014, recolhidos pelo Ministério da Agricultura.Pela primeira vez, é possível conhecer localizações dos campos onde se cultiva milho "OGM" em Portugal. São mais de 8.500 hectares, divididos por áreas relativamente pequenas no Alentejo, Ribatejo e região Oeste, segundo um mapa divulgado esta quinta-feira pelo grupo Transgénicos Fora.
De acordo com o grupo, foram precisas cinco ações em tribunal para ter acesso aos dados completos de 2005 até 2014, recolhidos pelo Ministério da Agricultura.
Mapa de Cultivo de Milho OGM
Mapa de Cultivo de Milho OGM
Na página Transgénicos Fora é possível ver os mapas de 2013 e 2014 e aprofundar a informação até ao nível do concelho, com informação sobre as áreas cultivadas e os respetivos agricultores e empresas. Segundo os dados de 2014, a maior área foi cultivada pela Conqueiros Invest: 256 hectares no concelho de Santiago do Cacém. Mas há também muitas plantações com menos de 20 hectares - aliás, a grande maioria das explorações têm menos de 50 ha.
O grupo, que agrega várias associações ambientalistas e de agricultura biológica, argumenta que conhecer esta informação é fundamental "para a deteção precoce de eventuais problemas", na saúde dos ecossistemas e até das populações, razão pela qual a legislação europeia e nacional prevê a sua divulgação.
Na União Europeia há apenas um tipo de milho transgénico cujo cultivo é permitido - um tipo modificado geneticamente para resistir à praga da broca (MON810), produzido pela gigante Monsanto, que é usado em Espanha e Portugal.
Fonte: Diário de Notícias.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

França quer incentivar a armazenagem de carbono nos solos


Maio 06
11:59
2015

O Ministro da Agricultura francês Stéphane Le Foll anunciou, esta segunda-feira, o calendário do programa internacional de investigação para aumentar o stock de carbono nos solos (4 para 1000), no sentido de o integrar nas negociações sobre o clima na próxima conferência mundial do meio-ambiente, que se realiza este ano em Paris.

Esta iniciativa francesa insere-se numa estratégia, de modo a podermos ter meios de limitar o aumento da temperatura a 2º até ao final do século.

Intitula-se "4 por 1000″, pois pretende aumentar em 0,4% cada ano a quantidade de matéria orgânica nos solos agrícolas. Esta matéria orgânica é composta essencialmente por carbono.

Vários centros de investigação vão trabalhar no projecto, uma vez que parece ser evidente que a retenção de 0,4% de matéria orgânica compensa as emissões de gases com efeito de estufa, enquanto o inverso, ou seja, a perda de 0,4% de matéria orgânica nos solos, pode duplicar as emissões de gases.

Estamos, portanto, a discutir a maneira como a agro-ecologia contribui decisivamente para o ambiente.

Alimentar o planeta, grande desafio da EXPO Milan 2015

Maio 06
11:57
2015

O grande lema da exposição mundial EXPO Milan 2015, que abriu as suas portas a 1 de Maio, é encontrar soluções para alimentar correctamente todos os habitantes do nosso planeta.

Estima-se que em 2050, a terra conte com 9 mil milhões de habitantes, ou seja, mais 2 milhões que actualmente e se, neste momento, já se estima que 805 milhões estão mal alimentados, o desafio para 2050 é ainda muito mais difícil.

Duas visões se põem claramente, de um lado, há quem defenda um modelo multicultural com uma rotação das culturas, utilizando o máximo possível processos ecológicos que permitam defender o meio-ambiente e preservar a qualidade dos solos. Por outro lado, os grandes produtores e a indústria agroquímica defendem que só é possível alimentar todas as pessoas com um aumento considerável da produção alimentar, intensificando as monoculturas e recorrendo a sementes geneticamente modificadas.

Este debate toma ainda maiores proporções, numa altura em que a posição na Europa é cada vez mais contra os OGM's e as últimas propostas legislativas da Comissão sobre os OGM's vão nesse sentido.

Os opositores dos OGM's atacam esta tecnologia, dizendo que não existem OGM's que resistam à seca e este é o maior problema para as produções agrícolas, pelo que o seu interesse é nulo.

Vão ser seis meses de certame, onde certamente muito vai correr, mas onde os OGM's vão ser, seguramente, o ponto de maior discórdia.

 Imagem - grandain.com

Salvador Guedes está contra ELA. Este vinho do Porto com 200 anos também

6/5/2015, 11:57

Ex-líder da Sogrape lançou o "Todos Contra ELA" para ajudar quem, tal como ele, sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica. A 7 de maio, há leilão solidário na Torre de Londres: um Porto Ferreira de 1815.


Fernando Guedes, pai, com os filhos Manuel Guedes, Salvador Guedes e Fernando da Cunha Guedes

Quando o pai de Mafalda foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a filha não fazia ideia do que era. Nunca tinha ouvido falar da doença. Só depois percebeu que era a mesma que tinha surpreendido o físico Stephen Hawking aos 21 anos – uma doença neurológica degenerativa progressiva e rara, onde os neurónios responsáveis por conduzir a informação do cérebro aos músculos do corpo morrem precocemente. Não tem cura.

O pai de Mafalda é Salvador Guedes, na altura presidente executivo da Sogrape, empresa de vinhos que é a casa mãe de marcas como o Mateus Rosé, Gazela, vinho do Porto Sandeman ou Ferreira. Foi diagnosticado com ELA em julho de 2012 e em janeiro de 2015 passou a pasta da presidência ao irmão, Fernando da Cunha Guedes. A família uniu-se na luta. A Sogrape também.


"A Sogrape é como se fosse uma família e toda a gente vive esta doença como se fosse nossa e não só do meu pai", conta ao Observador Mafalda Guedes, gestora de mercado na Sogrape e a quarta geração da família na empresa.

Três meses depois de ter passado funções ao irmão, Salvador Guedes fez nascer o "Todos Contra ELA," projeto de angariação de fundos que revertem para a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA). Entre um ciclo de jantares-concerto, que o músico Miguel Araújo estreou a 23 de abril, um leilão solidário na Torre de Londres a 7 de maio: uma garrafa do mais antigo vinho do Porto da Ferreira, o Vintage 1815. Base de licitação: quatro mil libras, ou seja, cerca de 5.420 euros.

Com esta iniciativa, a Sogrape alia a responsabilidade social às celebrações do bicententenário da batalha de Waterloo, na qual o primeiro Duque de Wellington, Arthur Wellesley pôs termo ao império de Napoleão. Para comemorar a vitória, os ingleses batizaram o Porto Ferreira de 1815 com o nome "Waterloo Port". Por detrás do evento, Salvador Guedes.

"A ideia partiu do meu pai. É ele quem organiza tudo", explica Mafalda Guedes. No primeiro concerto solidário, que decorreu a 23 de abril, na Casa da Música, no Porto, o "Todos Contra ELA" angariou cerca de seis mil euros. Para participarem, os participantes pagaram 80 euros por pessoa.

"Até há bem pouco tempo, a APELA não tinha dinheiro nenhum. Algum do dinheiro que angariarmos com esta iniciativa vai para investigação e outra é para ajudar as famílias", explica Mafalda. O objetivo é que o "Todos Contra ELA" se torne numa associação, com psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, que ajude quem está doente.

"Nesta doença, a pessoa fica completamente dependente de outros. É preciso fisioterapia, cama articulada, terapeuta da fala, etc. O meu pai tem a sorte de poder suportar esses custos, mas outras pessoas não. Isto surgiu para ajudar as pessoas a lidar com esta doença, a dar-lhes melhor qualidade de vida. A elas e às famílias", afirma Mafalda Guedes.

À iniciativa juntaram-se outros nomes do panorama artístico nacional, como Paulo Gonzo, Pedro Abrunhosa, António Zambujo e Carminho. Há concertos agendados na Casa da Música e no Centro Cultural de Belém até setembro de 2015. Os artistas cedem a voz e o talento. As salas de espetáculo, o espaço.

"Isto [o Todos Contra ELA] é mesmo necessário. O meu pai conseguiu lidar com isto de uma forma… Nem eu sei onde é que ele vai buscar forças. Em julho de 2014, ele viajou para a Argentina, Chile e Nova Zelândia e concretizou negócios. Não baixa os braços", conta Mafalda Guedes.

Um leilão "emocional e histórico" na Torre de Londres

A ELA não tem cura. E paralisa o corpo humano numa mente sã. Foi ela quem prendeu Stephen Hawking a uma cadeira de rodas – a história foi recentemente contada em "A Teoria de Tudo", um filme realizado por James Marsh e que levou Eddie Redmayne a vencer o óscar de melhor ator, pela interpretação que fez do astrofísico. Também foi a ELA que tirou a vida a Zeca Afonso em 1987.

Fernando da Cunha Guedes, presidente da Sogrape, conta ao Observador que o leilão desta quinta-feira tem uma "carga emocional e histórica muito grande". Pela causa e pelo aniversário da batalha. "É uma doença muito dura, muito difícil. E os fundos vão ser todos doados para ajudar não só os pacientes, mas também as famílias", diz.

Na Torre de Londres, na quinta-feira, vão estar presentes apreciadores de vinho, colecionadores e apreciadores de arte em geral, da Europa, Angola ou Brasil. "Esta garrafa também é, de certa forma, uma obra de arte", diz Fernando da Cunha Guedes.

Na garrafeira histórica das Caves Ferreira, estão cerca de 30 mil garrafas produzidas com colheitas entre 1815 e 2011. Um legado que Dona Antónia – "a Ferreirinha", como era chamada – começou e que a Sogrape continuou quando adquiriu a Companhia Agrícola e Comercial dos Vinhos do Porto A.A. Ferreira, em 1987.

Entre os labirintos da garrafeira das caves Ferreira, bem perto do cais de Gaia, há vinho do Porto de todas as idades. Armazenadas à temperatura ambiente, a única luz que entra é a de duas lamparinas.

"Vamos guardando garrafas de vários anos. Cerca de 40 ou 50, porque isto não é um stock comercial, não é para vender. Tal como a Dona Antónia nos deixou este legado, a Sogrape tem a missão de o preservar", conta Fernando da Cunha Guedes.

Em 2011, nas comemorações do bicentenário de Dona Antónia, a Sogrape abriu uma garrafa de 1815. A próxima será leiloada em Londres. Quem a vai abrir (se é que vai) não se sabe, mas a APELA agradece, a Sogrape agradece. E Salvador Guedes também.

Vinha - Regime de Autorizações


06 Mai 2015 < Início < Destaques < Destaque

O sistema de autorizações de plantação vigora entre 1 de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2030.
As autorizações são válidas por um período de 3 anos e não são prorrogáveis.
Caso não instale a nova vinha no prazo de 3 anos, a autorização perde a sua validade e não poderá ser utilizada.
Assim, a reserva de direitos é extinta e a transferência de autorizações fica vedada.
São concedidas autorizações:
- Para novas plantações
Anualmente são disponibilizadas autorizações para novas plantações, correspondentes a um máximo de 1% da superfície total efetivamente plantada com vinha à data de 31 de julho do ano anterior, podendo este limiar ser reduzido a nível nacional ou regional.
O prazo para submissão de candidaturas não poderá ser inferior a 1 mês e a decisão é conhecida até 01 de agosto do mesmo ano.
As autorizações de novas plantações não beneficiam de ajudas ao VITIS.
- Para replantação
Aos produtores que tenham apresentado um pedido para arrancar vinha. A autorização é concedida no prazo de 3 meses a contar do pedido, para uma determinada superfície específica e para a mesma exploração;
A autorização pode ser concedida a viticultores que mantenham vinha velha e que se comprometam arrancar essa vinha até ao final do quarto ano, a contar da data de plantação das novas vinhas. Terão de prestar garantia;
Disposições transitórias
Os direitos de plantação concedidos antes de 31/12/2015 e não utilizados, desde que estejam válidos, têm de ser convertidos em autorizações para poderem ser utilizados a partir de 01 de Janeiro de 2016.
Tal conversão é feita a pedido dos viticultores.
Os direitos de plantação mantêm a validade que possuem. Depois de convertidos em autorizações a sua validade não pode ultrapassar 3 anos após a data da conversão.
No âmbito da divulgação que o IVV está a desenvolver sobre este tema, foram realizados workshops, nos dias 12, 13, 14, 20, 21, 22 e 23, de abril, nas Direções Regionais de Agricultura e Pescas, tendo-se registado uma grande participação dos técnicos regionais, com 180 presenças.
Após a apresentação, onde foram divulgadas as principais mudanças do atual regime que irá vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016, abriu-se um espaço de debate que possibilitou um melhor esclarecimento deste tema. 

Copa e Cogeca apresentam ao PE mudanças cruciais para garantir o funcionamento da nova PAC

06-05-2015 
  
O presidente do Grupo de Trabalho "Pagamentos Directos e Greening" do Copa-Cogeca, Udo Hemmerling, alertou que é inaceitável o risco dos agricultores perderem a totalidade do pagamento no caso de erros muito pequenos ao aplicar as medidas Greening no quadro da nova política agrícola comum.

O alerta foi feito numa audição organizada pela Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu. A CONFAGRI participou no Grupo de Trabalho, em Bruxelas, com a presença e participação do Engenheiro Domingos Godinho.

Udo Hemmerling, na sua intervenção, afirmou que querem «que a nova política agrícola comum (PAC) seja um êxito, em particular porque favorece a sociedade no seu conjunto, mas é necessária uma maior tolerância durante o primeiro ano da sua aplicação».

Ao apresentar os principais pontos identificados numa lista de propostas concretas, destacou que «as medidas greening são muito burocráticas e uma redução dos procedimentos administrativos seria benéfica para os agricultores alcançarem os benefícios ambientais desejados». O presidente do Grupo de Trabalho adiantou que recebem favoravelmente o processo de simplificação da PAC lançado este ano pelo comissário da Agricultura Phil Hogan e que participarão activamente no mesmo, referindo que uma das preocupações da organização foi atendida, com o prolongamento do prazo de apresentação do pedido de ajuda este ano. «Esperamos com impaciência mais soluções deste tipo para oferecer segurança jurídica aos agricultores», assinalou o responsável.

Afirmou ser «necessário, por exemplo, clarificar a definição de pastagens permanentes, baseada na sua utilização permanente durante cinco anos consecutivos e simplificar as normas relativas às superfícies de interesse ecológico para evitar que os agricultores devam retirar uma percentagem de terras da produção e penalidades», sublinhando que «perder até a totalidade do pagamento no caso de erros muito pequenos na hora de aplicar as normas do greening é uma pena muito severa para os agricultores. Uma redução do pagamento superior a 30 por cento é inaceitável em 2018», alertou.

O presidente do Grupo de Trabalho declarou ainda que convém aproveitar igualmente as oportunidades oferecidas pelos novos programas de desenvolvimento rural e deve-se garantir uma situação de igualdade em toda a União Europeia em termos de condicionalidade, concluiu.

Fonte: Copa-Cogeca

Alertas sobre vespa do castanheiro em Trás-os-Montes e Alto Douro

06-05-2015 
 

 
Trinta municípios da região de Trás-os-Montes e Alto Douro acolhem esta semana acções de sensibilização contra a vespa do castanheiro e de alerta aos produtores para a detecção, durante este mês, dos focos de infecção.

«Este mês é crucial e tencionamos apertar rigorosamente essa fiscalização aos soutos durante este período», afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida.

Depois de, em Maio do ano passado, ter sido detectado o primeiro foco da vespa do castanheiro em Portugal, na região de Barcelos, foi agora confirmado o primeiro caso desta praga em Trás-os-Montes, em Carrazedo de Montenegro, concelho de Valpaços.

Devido à importância que a produção de castanha representa para a economia transmontana, está a assistir-se a uma grande mobilização na luta contra a vespa que, à semelhança do que já aconteceu em outros países europeus, pode eliminar 70 por cento da produção nos próximos anos.

«A produção de castanha só no concelho de Valpaços representa cerca de 50 por cento de toda a produção da região de Trás-os-Montes. Em volume de negócios representa cerca de 30 a 40 milhões de euros por ano, para além da importância em termos de empregabilidade», salientou.

Sublinhou ainda que esta produção é o sustento de todas as populações da parte fria do concelho. No decorrer desta semana serão realizadas 30 sessões de sensibilização, uma por concelho, numa organização conjunta entre os municípios transmontanos e durienses, a Refcast, e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

Em Valpaços já decorreu uma acção de sensibilização e estão agora, segundo o autarca, a ser constituídas brigadas que irão percorrer «todos os soutos» para, pelo menos, «minimizar o efeito da vespa do castanheiro».

Estas brigadas serão criadas com o apoio das juntas de freguesia e constituídas por «duas a três pessoas», acompanhadas por membros das assembleias de freguesia, no sentido de «garantir que todo o trabalho é bem feito».

O objectivo é fazer a vistoria e retirar o material contaminado dos castanheiros, impedindo a propagação da praga. Os custos serão assumidos pelo município.

Estão também a ser contactados os produtores que residem no estrangeiro e só regressam à terra na altura da campanha, para que estes autorizem a entrada nos respectivos soutos.

«Queremos ainda esta semana começar a fazer este trabalho em grande escala, ajudando principalmente quem não o pode fazer, os agricultores mais idosos e os que residem no estrangeiro», frisou Amílcar Almeida.

Os alertas estão a ser principalmente direccionados para os produtores que plantaram castanheiros durante o último Inverno e as plantas tenham tido origem foram de Trás-os-Montes ou não se sabe a sua origem.

É que os focos desta praga foram detetados em novas plantações, feitas com castanheiros híbridos importados e sem os passaportes fitossanitários.

O presidente da Refcast, José Gomes Laranjo, já alertou para a «janela de oportunidade» que está aberta durante o mês de maio e explicou que durante este período será possível ver «os castanheiros infestados, mas a praga ainda não saiu do castanheiro para ir contaminar as árvores adultas que estão a dar fruto».

Esta vespa aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros. Só quando estes formam novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infectados, os ramos não conseguem dar mais fruto.

Os produtores têm até ao final do mês de Maio para fazer as inspecções semanais aos seus castanheiros e, se forem detectadas galhas infestadas, deverão retirá-las, metê-las num saco e queimá-las.

Fonte: Lusa

PRA-TØ: iniciativa de combate ao desperdício alimentar

Nota informativa | 

PRA-TØ - Boas Práticas e Atos pelo Desperdício Alimentar Zero

Iniciativa da Sociedade Civil e do Governo, o PRATØ tem como missão distinguir a implementação de políticas e modelos de boa gestão no combate ao desperdício alimentar, por entidades públicas e privadas, com e sem fins lucrativos, ou pessoa individual com boas práticas em responsabilidade social.

Este concurso, cujas candidaturas decorrem entre 1 de maio e 10 de junho, premiará o que de melhor se
faz no país no combate ao desperdício alimentar nas áreas:
 Iniciativa de Mobilização
 Melhores Práticas
 Voluntariado
 Receita das Sobras
 Comunidade Alimentar Sustentável

Os critérios de avaliação de candidatura diferem de acordo com a categoria, mas a originalidade e a criatividade da iniciativa/ação no combate ao desperdício alimentar é comum a todas.
Por iniciativa da Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar e Instituído com o Alto Patrocínio do Presidente da República, o PRATØ – Reconhecimento de Práticas e Atos pelo Desperdício Alimentar Zero foi apresentado em 4 de maio, em cerimónia que decorreu no Salão do Marquês do Ministério da Agricultura e do Mar, em Lisboa.
A cerimónia de lançamento contou com a participação da Reitora da Universidade de Évora e da Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios, que apresentaram iniciativas que tanto universidades como municípios têm já no terreno e que contribuem para a diminuição do desperdício alimentar.
Neste âmbito, outras ações e iniciativas estão previstas para breve, das quais se destacam aquelas que são dirigidas aos mais novos, nomeadamente através de ações de promoção, sensibilização e educação para a problemática do desperdício alimentar.



Candidaturas de 1 maio a 10 junho: regulamento: http://www.gpp.pt/destaques/regulamento_prato.pdf


19-20 maio . XVI Jornadas sobre Produção Animal

19-20 maio . XVI Jornadas sobre Produção Animal - agroeventos
 19-20 maio . XVI Jornadas sobre Produção Animal - agroeventos
As XVI Jornadas sobre Produção Animal, organizadas pela AIDA, terão lugar em Zaragoza nos dias 19 e 20 de Maio, no Instituto Agronômico Mediterrâneo de Zaragoza - Espanha

Comissão Europeia edita publicação que avalia PAC 2014-2020

 06 Maio 2015, quarta-feira  Política Agrícola

A Comissão Europeia (CE) acaba de editar uma publicação intitulada "Quadro de Acompanhamento e Avaliação para a Política Agrícola Comum".
O documento tem como objetivo fornecer uma visão geral sobre o acompanhamento e avaliação da Política Agrícola Comum (PAC) no período 2014-2020. 

Feira de Agricultura 2015: a montra da produção nacional chega em junho

06 Maio 2015, quarta-feira  AgroflorestalAgricultura

A 52ª Feira Nacional de Agricultura/62ª Feira do Ribatejo realiza-se entre 6 e 14 de junho de 2015, no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém.
A "Floresta Portuguesa" é o tema central do certame e inclui vários seminários e colóquios técnicos sobre diversas temáticas relacionadas com o setor.
Durante os nove dias do certame, os visitantes podem ficar a conhecer o setor agrícola português em todas as suas vertentes: desde a maquinaria, equipamentos, serviços, fatores de produção e também produtos agroalimentares.
O evento integra o Salão Prazer de Provar, que reúne no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros, incluindo várias iniciativas especialmente pensadas para juntar produtores, consumidores e profissionais.
Em simultâneo, decorrerá a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, promovida pelo Nersant, e a Lusoflora de verão – Exposição e Venda de Flores e Plantas de Portugal, organizada pela APPFN.
A Feira conta com a participação de várias personalidades, marcando a agenda política e económica ao longo dos nove dias do evento e contribuindo também para o debate em torno programas e das políticas do setor agrícola.
A AIFF – Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal vai estar presente na Feira com um espaço dedicado à floresta, contando com a participação de algumas das empresas mais representativas do setor.
Com um investimento global de um milhão de euros a Feira de 2015 apresenta «diversas inovações, disponibilizando condições de elevado nível, tanto a quem escolheu este evento para promover as suas marcas e produtos quanto para quem o visita», destaca a organização.
«A Nave C e a área de restauração exterior vão contar com "sistemas de arrefecimento" que permitirão a empresas e clientes um maior conforto térmico e as próprias ruas terão diversas "zonas de sombreamento" para comodidade de todos aqueles que as frequentam», informam os organizadores.
Na zona pecuária, acrescentam, «vão ser instaladas novas estruturas, que irão permitir melhores condições aos animais, melhor organização e concentração numa só zona dos efetivos em exposição com um novo layout. Deste modo, os visitantes poderão apreciar equinos, bovinos, caprinos, ovinos e suínos, entre outras espécies, sem percorrer grandes distâncias».
Concursos

Recorde-se ainda que os produtos premiados nos Concursos Nacionais, nomeadamente "Os Melhores dos Melhores", que decorreram entre dezembro de 2014 e maio de 2015, estarão em exposição no Salão Prazer de Provar, permitindo o contacto direto do consumidor com o que de melhor se faz no setor.
concursos
«Estas iniciativas foram realizadas em prova cega e tiveram como objetivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo e promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores», realça a organização.
No dia 7 de junho terá lugar a entrega de prémios dos Concursos organizados em conjunto com a Qualifica.
No dia 8 o destaque é dado ao Azeite, com a entrega de prémios do Concurso Nacional de Azeites de Portugal, organizado conjuntamente com o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo.
No dia 12 de junho, realiza-se a Entrega de prémios do Concurso Nacional de Mel e Embalagens de Mel que o CNEMA promove em conjunto com a FNAP – Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.
Na edição anterior a Feira Nacional de Agricultura recebeu a visita de 203 mil visitantes, incluindo 30 mil profissionais.
Seminários e Colóquios

Publicamos, na íntegra, a lista de seminários e colóquios que irão decorrer ao longo do certame:
O Futuro do Mundo Rural
"V Seminário – O Futuro dos Jovens Agricultores" (8 junho) - CAP
"ReDescobrir a Terra" (8 junho) - CAP
Agroalimentar
"Encontro Anual do Clube de Produtores Continente" (8 junho, Organização: Grupo Produtores Continente)
"Congresso do Azeite" (8 junho, Organização: CEPAAL – Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo)
Feira Nacional da Agricultura
Os novos mercados
"Estratégias de Internacionalização da Fileira Agro – Alimentar" (11 junho, Organização: CAP)
"IIIªs Jornadas da Associação Portuguesa de Enologia" – (12 junho, Organização: Associação Portuguesa de Enologia)
Desenvolvimento Sustentável
"Encontro Nacional de Regantes" (8 junho, Organização: FENAREG)
"Planeamento dos Recursos Hídricos" (12 junho, Organização: CAP)
"Impacto da Vespa velutina na Apicultura e na Biodiversidade" (12 junho, Organização: FNAP)
Floresta
"A Contabilidade e a Fiscalidade na Atividade Silvícola" (9 junho, Organização: CAP)
"Certifica + - É Garantir o Futuro" (9 junho, Organização: AIFF, APCOR, CELPA)
A "Dinâmica da ocupação florestal do território – Economia e Regulação" (11 de junho, Organização: CAP, ICNF, FNAPF, Forestis, Fórum Florestal, UNAC)
Segurança no Trabalho
"Tratores e Máquinas Agrícolas: Prevenção de Riscos Profissionais" (12 junho)
Técnica e Inovação
"Novas Tecnologias na Produção do Milho" (9 junho, Organização: Pioneer)
Fotos: Feira Nacional da Agricultura

Baião: primeira "aldeia do futuro" procura jovens agricultores



 06 Maio 2015, quarta-feira  Agricultura BiológicaAgricultura

A primeira "Aldeia do Futuro" nasceu em Baião, no Porto. É um espaço dedicado a quem pretende empreender no setor da agricultura. O projeto oferece formação aos jovens, apoio na procura ativa de terrenos e na criação do negócio.

Nasceu no norte do país, em Baião, a primeira "Aldeia do Futuro". O projeto pretende «valorizar o que Portugal tem de melhor» e impedir a fuga de talentos através da agricultura. Na prática, a ideia está em recuperar aldeias nacionais para que sirvam de incubadoras de projetos ligados à terra.
«É dirigido a jovens que querem abraçar novos desafios, um projeto de futuro e com futuro e que não querem ser 'obrigados' a deixar o seu país ou a abraçar profissões que não os realizem», explica António de Souza-Cardoso, presidente da AGAVI - Associação para a promoção da gastronomia e vinhos, promotora do projeto.
Para consolidar esta «nova vaga de agricultores», o projeto "Aldeia do Futuro" vai disponibilizar formação aos jovens agricultores e oferecer apoio tanto na procura ativa de terrenos como na «criação de negócio, logística, distribuição, embalagem, marketing e comunicação».
A iniciativa arrancou no final de abril de 2015 em versão piloto, no município de Baião, no Porto. «Quisemos iniciar na região Norte dado o estímulo grande que recebemos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, da Universidade do Porto e do Instituto Politécnico, para além das grandes associações empresariais com sede no Norte», afirma António de Souza-Cardoso.
Nesta primeira fase, o projeto tem 500 mil euros para recuperar a primeira aldeia que vai albergar novos empreendedores, bem como casos de sucesso que possam «ajudar e inspirar os novos agricultores».
Estão ainda a ser preparadas candidaturas a fundos comunitários para a criação de um centro de investigação, formação e germinação de novos negócios e de um centro de design, valorização e distribuição de produtos.
Entre os parceiros da iniciativa estão a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a ANJE, a AEP, a Câmara Municipal de Baião, o Turismo do Porto e Norte, entre outros. 
Fonte: Canal Superior

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Continua a ameaça da Xylella fastidiosa nos olivais

Maio 05
11:19
2015

A discussão sobre o programa de luta contra a bactéria Xylella fastidiosa, que está a destruir grandes zonas de olival no sul de Itália, continua muito acesa.

A Comissão Europeia pretende que a Itália adopte um plano de emergência para o arranque e destruição de todas as oliveiras contaminadas, que tem tido uma forte resistência italiana.

De realçar que, apesar das estimativas europeias se situarem nos 1,5 milhões de oliveiras, vários peritos afirmam que existem 11 milhões de árvores contaminadas.

Este assunto foi discutido no Parlamento Europeu e vários eurodeputados pronunciaram-se no sentido de que a Comissão tem que intervir mais energicamente para controlar a doença.

A preocupação cresce, também, em países como a França, a Espanha e Portugal, uma vez que, até hoje, não foi encontrado nenhum meio de combate à doença. A Tunísia junta-se, também, à preocupação crescente da propagação da doença.

É bom ter em linha de conta que esta doença não existia na Europa até ao seu aparecimento em Itália, em 2013, mas que está presente em quase todos os países do continente americano.

Toda esta situação faz levantar a questão do controlo sanitário de produtos vegetais provenientes daqueles países e que possam ser eventuais portadores da doença.

UTAD debate em julho desafios do setor agroalimentar



 05 Maio 2015, terça-feira  Ana Clara IndústriaIndústria alimentar
utad

A 4 de julho, a aula magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, promove uma iniciativa intitulada "40 anos de inovação agrária" e que visa debater, entre outros temas, as perspetivas e desafios do setor agroalimentar nos próximos anos.
Várias personalidades nacionais ligadas ao setor irão debater a temática com o «objetivo de mostrar bons exemplos no setor agrário e delinear estratégias de forma a cumprir este desafio nacional».
A "Agricultura e Equilíbrio da Balança Alimentar", a "Floresta e Internacionalização", os "Desafios do Setor Agroalimentar" e a "Internacionalização do setor agrário" compõem o primeiro painel do evento, durante a manhã, e que irá juntar inúmeras personalidades ligadas à Agricultura e especialistas na matéria.
O "Equilíbrio do setor agrário em 2020", "Inovação agrícola", "Inovação florestal", "Inovação animal" são outros dos temas em discussão durante a tarde.
«​Ao longo de 40 anos, desde a sua criação, que a matriz identitária da UTAD tem sido centrada nas ciências agrárias, além disso é conhecido que uma das apostas de Portugal está dirigida para atingir o equilíbrio da balança alimentar em 2020», recorda a instituição, em comunicado.

PROGRAMA

Cientistas e governantes mundiais querem redução de 20% nas emissões de nitrogénio até 2020


por Ana Rita Costa
5 de Maio - 2015
 
39 representantes de países de todo o mundo estiveram reunidos até ao passado dia 30 de abril no Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia para debater o nitrogénio, aquele que é considerado "o padrinho das alterações climáticas".

Os cientistas reunidos em Lisboa propuseram uma redução das emissões de nitrogénio em 20% até 2020 e defenderam que o custo associado à poluição por nitrogénio ascende a 320 milhões de euros por ano na Europa.

Os cientistas e os representantes de Governos e organismos internacionais, como a OCDE, UNEPE, UNECE, FAO, OMS e WMO, estão mandatados pelas Nações Unidas para apresentar, nos próximos quatro anos, orientações à escala global e regional, com vista à melhoria da gestão do nitrogénio, no âmbito do projeto 'Towards INMS-International Nitrogen Management System e da TFRN - Task Force on Reactive Nitrogen'.

"Estamos a reunir informação científica credível para mostrar aos políticos que melhorar a gestão do nitrogénio representa uma grande oportunidade para o mundo. Devemos avaliar a eficiência do uso do nitrogénio na Economia à escala global, procurando formas de maximizar a eficiência dos inputs de nitrogénio necessários à produção de alimentos e energia", explicou Mark Sutton, coordenador do projeto Towards INMS e investigador do Natural Environment Research Council, na Escócia, uma das entidades financiadoras.

As metas propostas pelos cientistas, e que já haviam sido divulgadas num relatório recente, intitulado "Our Nutrient World", implicam a redução das emissões em 20 milhões de toneladas de nitrogénio por ano até 2020, traduzida numa poupança líquida para o ambiente equivalente a 156 mil milhões euros por ano.

"A questão do nitrogénio está na ordem do dia, é bom que Portugal apanhe este comboio, mas que se posicione na primeira carruagem. Pertencemos a uma região – o Mediterrâneo - muito vulnerável à poluição por nitrogénio, e por isso, é importante aumentar a eficiência do uso do nitrogénio e reduzir os seus impactos negativos", afirmou Cláudia Cordovil, professora do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e cocoordenadora do Task Force on Reactive Nitrogen.

O nitrogénio ou azoto (N) é o 5º elemento químico mais abundante no Universo, 78% do ar que respiramos. Quando transformado, este elemento químico é usado em todo mundo na agricultura (como fertilizante), na indústria e nos transportes, mas quando em excesso é também uma fonte de poluição.

Fertilizantes mais verdes

"Considerando que 50% a 70% do nitrogénio fornecido às culturas agrícolas se perde no meio ambiente, a melhoria da eficiência dos fertilizantes é a chave para reduzir a poluição", consideraram os cientistas que reuniram em Lisboa. "Estamos a trabalhar com os fabricantes em novos métodos de preparação dos fertilizantes que minimizem a libertação de nitrogénio para a atmosfera, através da sua decomposição mais lenta no solo, portanto melhor aproveitados pelas plantas, o que significa que os agricultores estarão a adquirir um produto com maior valor", revelou Mark Sutton, acrescentando que "à medida que os agricultores usam melhor o nitrogénio, tornam-se menos vulneráveis à variação dos preços dos fertilizantes."

O cientista escocês defende ainda uma abordagem revolucionária ao problema, "em vez de destruir o nitrogénio, devemos capturá-lo e reintegrá-lo no circuito produtivo, dando origem a novos fertilizantes. Se pensarmos que por ano são emitidas para a atmosfera 40 mil milhões de toneladas de dióxido de nitrogénio, vemos que existe uma oportunidade de transformar um problema num negócio verde", conclui, apontando a necessidade de desenvolver técnicas para capturar o nitrogénio de forma mais barata.

Candidaturas ao Pedido Único terminam a 15 de maio


por Ana Rita Costa
5 de Maio - 2015
 
Já se pode candidatar ao Pedido Único 2015, nomeadamente ao Regime de Pagamento Base (RPB), Medidas Agro e Silvo-Ambientais e Manutenção da Atividade Agrícola. O prazo termina já no próximo dia 15 de maio.

A candidatura ao Pedido único pode ser efetuada diretamente pelo Beneficiário, de forma desmaterializada, na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", ou através das entidades reconhecidas, numa das salas de atendimento existentes para o efeito.

Para mais informações contacte o email ifap@ifap.pt ou visite o site www.ifap.min-agricultura.pt

Instituto Nacional de Investigação Agrária de Vila do Conde tem novos laboratórios


por Ana Rita Costa
5 de Maio - 2015
 
Vão ser inaugurados esta semana os novos laboratórios do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária de Vairão, em Vila do Conde, investimento que rondou os cinco milhões de euros.

O investimento resulta da necessidade de adaptação dos laboratórios do Ministério da Agricultura e do Mar às exigências de mercado, "permitindo trabalhar com ainda mais e melhores condições no apoio os agricultores e à agricultura nacionais", refere a secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.

"Este investimento permitirá começar a fazer nestes laboratórios um conjunto de análises que agora são efetuadas em laboratórios estrangeiros, o que diminui o custo destas análises e coloca o Estado português ainda melhor preparado para continuar a garantir a elevada segurança dos produtos do agroalimentar português, bem como fazer face a novos desafios e riscos alimentares emergentes na defesa da saúde dos consumidores", explica a secretaria num comunicado.

A inauguração dos novos laboratórios de elevado nível de biossegurança e dos novos equipamentos está marcada para o próximo dia 6 de maio e vai contar com a presença do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, acompanhado pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Intermarché lança segunda edição do Prémio de apoio à produção nacional


por Ana Rita Costa
5 de Maio - 2015
 
Arranca já esta semana a segunda edição do 'Prémio Intermarché Produção Nacional', iniciativa que visa reconhecer e premiar os melhores projetos implementados em Portugal nas áreas da Inovação, Sustentabilidade e respeito pelas Origens no sector primário. A APED junta-se a esta segunda edição como parceira.

 O Prémio Intermarché Produção Nacional é dirigido a todos os produtores nacionais e as candidaturas estarão abertas até ao dia 30 de junho, em www.premiointermarche.pt.

A segunda edição do prémio traz várias novidades, entre as quais se destacam o alargamento dos parceiros com a entrada da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), assim como das categorias que passam a incluir Produtos Biológicos e novas subcategorias de Produtos Processados. Assim, o Prémio Intermarché Produção Nacional permitirá aos produtores candidatarem-se às categorias de Carnes, Produtos da Pesca, Frutas, Legumes, Produtos Biológicos e Produtos Processados, através das subcategorias de Vinhos, Pão, Queijos e Charcutaria.

Aos melhores projetos em cada uma das categorias representadas será novamente assegurado o escoamento dos produtos durante um ano com a margem repartida entre o produtor e o Intermarché. Para além disso, será também garantida a visibilidade dos projetos e produtos vencedores em diversos meios, incluindo em loja.

A segunda edição do Prémio Intermarché Produção Nacional conta com o Apoio Institucional do Ministério da Agricultura e do Mar e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, e tem como parceiros associados a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Faculdade de Medicina Veterinária, o Instituto Superior de Agronomia e a Quercus. A EY Portugal é o auditor do projeto e a SIC Notícias e o Expresso os parceiros de media.   

Investigadores portugueses desenvolvem enzima que pode proteger abelhas e colmeias

  05-05-2015 
 
Uma equipa de investigadores portugueses do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho desenvolveu uma enzima capaz de destruir uma das mais graves doenças bacterianas que afectam as abelhas não só em Portugal como em toda a Europa e na América Latina.

A inovação nacional tem potencial para proteger as colmeias e evitar a morte precoce das colónias destes insectos. Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o CEB explica que esta enzima consegue combater a bactéria responsável pela Loque Americana (AFB, na sigla em inglês), doença bacteriana que começa por afectar as abelhas jovens, as larvas, espalhando-se, rapidamente, por toda a colónia e que, se não for tratada, pode levar à morte de toda a população da colmeia num curto espaço de tempo.

A enzima foi desenvolvida no âmbito de uma investigação feita pelo centro português com o objectivo de conceber «uma estratégia terapêutica para utilização em apicultura que constitua uma alternativa à adminitração de antibióticos nas abelhas».

O trabalho surgiu em consequência da necessidade de respeitar a actual restrição à presença de resíduos de antibióticos no mel imposta pela legislação da União Europeia, que acarreta «uma dificuldade acrescida no combate terapêutico à AFB», obrigando a uma busca «urgente» por métodos antimicrobianos alternativos.

De acordo com informações avançadas pelo CEB, a enzima deverá ser administrada oralmente às abelhas adultas para que estas a possam fornecer, posteriormente, às mais jovens, e/ou por pulverização directa às larvas que se encontram nos favos.

«Com isto, pretende-se que, quando a bactéria em causa emergir dos esporos que a protegem no intestino das larvas, a enzima que anteriormente foi ingerida impeça a sua proliferação e consequente morte larvar», explica Ana Oliveira, cientista do CEB envolvida nesta investigação.

Os investigadores já confirmaram, entretanto, que a enzima desenvolvida consegue destruir a bactéria responsável pela Loque Americana nas concentrações que ocorrem no campo quando a doença se verifica e que o composto não é tóxico para as larvas.

O próximo passo será a realização de ensaios "in vivo" em larvas de abelha criadas em laboratório e, posteriormente, em colmeias infectadas de forma natural.

Fonte: Boas Notícias

Produtores de leite dos Açores preparados para mercado sem quotas

05-05-2015 
 

 
O presidente do Governo dos Açores afirmou que os produtores de leite da região estão preparados para um mercado sem quotas leiteiras e que o executivo continuará a investir no sector, para ajudar a aumentar a sua competitividade.

«É algo, a liberalização do mercado europeu do leite, que deve merecer da nossa parte uma atenção particular, como tem merecido, mas sobretudo não nos podemos esquecer do percurso feito ao longo de anos, que contribuiu para que hoje a agricultura açoriana, nomeadamente do ponto de vista da produção, esteja bem preparada para este desafio ou, mais do que bem preparada, esteja em condições de dar o passo seguinte», afirmou Vasco Cordeiro, na ilha de Santa Maria.

O presidente do executivo regional considerou que «a produção respondeu de forma extraordinária aos desafios da qualidade e da quantidade», sabendo aproveitar e potenciar as oportunidades e condições que foram criadas ao longo de anos.

Da parte do Governo Regional, afirmou que continuará a haver um esforço de investimento em três componentes: abastecimento de água e de electricidade às explorações agrícolas e acessibilidades, através da melhoria e construção de caminhos agrícolas.

«Para além do muito que já foi feito no passado, continua a ser a via pela qual entendemos que podemos fortalecer as condições (…) para que o nosso tecido agrícola a nível regional tenha melhores condições de competitividade e (…) para desenvolver a sua actividade», defendeu.

Considerando que esta «parceria» entre público e privado tem uma «história de sucesso» a nível da agro-pecuária nos Açores, por o sector ter conseguido vencer diversos desafios do passado, Vasco Cordeiro disse ter confiança em que os desafios do presente e do futuro também serão superados com êxito, embora, alertou, isso não signifique que o caminho esteja «isento de esforço, de obstáculos ou, até, de eventuais contrariedades».

O presidente do Governo açoriano falava na ilha de Santa Maria, na inauguração de um furo, reservatório e ponto de abastecimento de água para a agropecuária, na freguesia da Almagreira, um investimento de 356 mil euros que prevê beneficiar 240 explorações agrícolas com uma área de 420 hectares.

Vasco Cordeiro afirmou que estão em curso ou em fase de adjudicação mais 30 empreitadas em diversas ilhas com vista ao abastecimento de água ou electricidade de explorações agrícolas ou relacionadas com caminhos rurais. No caso da infra-estrutura inaugurada, o furo vai ser gerido pela associação agrícola de Santa Maria.

Fonte: Lusa

Mau tempo destruiu 60 a 70 por cento da cereja de Resende

5-05-2015 
  
O mau tempo registado na segunda-feira destruiu entre 60 a 70 por cento da cereja do concelho de Resende, no norte do distrito de Viseu, disse à agência Lusa um produtor.

«Esteve um vento bastante forte e destruiu-nos uma grande parte da produção de cereja deste ano, se calhar entre 60 a 70 por cento», afirmou o presidente da associação de promoção CER Resende – Cerejas de Resende, Rogério Silva. As primeiras cerejas de Resende a serem colhidas são as da zona ribeirinha ao Douro e, só mais tarde, as da zona serrana.

O microclima duriense dá à cereja de Resende uma das suas principais vantagens, que é a de conseguir chegar ao mercado duas semanas antes do que a do resto do país. «Na parte ribeirinha já se andava a apanhar cereja, na parte serrana ela ainda estava mais verde», explicou.

Segundo Rogério Silva, a chuva já tinha rachado a cereja da parte ribeirinha «e agora, na parte serrana, que estava mais serôdia, ainda estava verde, veio o vendaval e destruiu entre 60 a 70 por cento».

Rogério Silva, que é um dos maiores produtores de cereja do concelho, considerou que, além da perda da produção deste ano, o vendaval de segunda-feira deixará consequências para os próximos anos, porque houve «árvores que ficaram danificadas». «O vento bateu muito e secou a ponta e isso é grave para o futuro», frisou.

O presidente da CER Resende contou que esteve com outros produtores de cereja que estão muito preocupados e «um pouco indignados com a natureza».

Fonte: Lusa

terça-feira, 5 de maio de 2015

COPA-COGECA pressiona Conselho de Ministros sobre a simplificação da PAC


Maio 04
12:10
2015

Apesar de este tema estar agendado para o próximo Conselho de Ministros de Agricultura, de dia 11 de Maio, não se esperam grandes novidades, devido às divergências já conhecidas, que separam os países.

O COPA-COGECA está muito preocupado com o possível não avanço do dossier, pelo que vai enviar uma carta à Presidência da Letónia, mostrando esta preocupação e sublinhando o facto de as novas regras dos pagamentos directos terem entrado em vigor só em 1 de Janeiro de 2015 e a maior parte dos programas de desenvolvimento rural ainda não estarem sequer aprovados.

O COPA-COGECA pretende, portanto, uma tolerância na aplicação das novas regras de aplicação do regime de pagamento de base, uma vez que não será justo penalizar em 30% um agricultor que cometeu uma infracção involuntária no sistema de greening, motivada por informações tardias e insuficientes. Considera também, que as penalizações são desproporcionadas face a pequenas infracções.

É necessário definir exactamente o que é um prado permanente baseado na regra dos cinco anos, devendo também ser possível manter o estatuto de prado temporário, se o agricultor quiser lá produzir erva.

As terras de pousio devem ser consideradas como terrenos aráveis, independentemente do seu coberto vegetal.

Quanto à Organização Comum de Mercado, a simplificação das regras não deve vir a pôr em causa o que já foi conseguido para o sector das frutas e legumes.

As organizações cooperativas defendem que os controlos devem ser melhor coordenados, de modo a evitar vistorias múltiplas, que só trazem mais encargos para o sector.

Fim da discussão do uso dos solos para os biocombustíveis


Maio 04
12:08
2015

O Parlamento Europeu (PE) votou favoravelmente, na sua sessão plenária de dia 28 de Abril, a proposta do Conselho, que visava limitar a 7% o uso da área agrícola para produção de biocombustíveis. Esta aprovação prevê que os estados-membros possam vir a limitar esta utilização abaixo dos 7%.

Esta deliberação impõe aos estados-membros a meta de 0,5% para os biocombustíveis de última geração, ou seja, produzidos a partir dos resíduos das culturas e dos lixos.

Esta nova regra tem como objectivo ajudar a cumprir o objectivo que se mantém para 2020, ou seja, a incorporação de 10% de biocombustíveis no transporte rodoviário.

Estas novas regras devem ser adoptadas pelo Conselho nas próximas semanas e entrarão em vigor em 2017.

Com esta decisão, terminou uma novela que começou há mais de um ano, com a proposta da Comissão de limitar a 5% do uso dos solos, seguida da posição do PE com 6% e das organizações profissionais, como o COPA-COGECA de 8%, para terminar num valor médio de 7%.

A decisão foi, no entanto, bem recebida por todos os sectores, uma vez que, acima de tudo, querem uma estabilidade legislativa, de modo a poderem ser programados correctamente a estratégia e os investimentos para a produção dos biocombustíveis.

Imagem - gizmag.com

O dossier OGM continua na ordem do dia


Maio 04
12:04
2015

Depois da apresentação da proposta da Comissão sobre a aprovação dos novos OGM's, que motivou protestos em todos os sectores profissionais europeus e do anúncio da aprovação dos 17 novos OGM's, que aguardavam decisão, surge, agora, a crítica a estas posições, por parte dos negociadores americanos do Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP).

Um representante americano refere-se à dificuldade das decisões de aprovação, pois isto vai criar em enorme problema, uma vez que a União Europeia negoceia em bloco e, com esta decisão, não pode garantir a decisão de todos os estados-membros.

A aprovação dos novos 17 OGM's, dos quais 11 pertencem à Monsanto, é vista como um gesto de boa vontade por parte dos americanos, mas não evita a confusão provocada pela possibilidade de os estados-membros poderem unilateralmente proibir os OGM's.

Entretanto, as culturas OGM's avançam fortemente na Ucrânia e com todos os acordos comerciais para apoio no governo daquele país, já há na União Europeia quem se questione se a Ucrânia não virá a ser o futuro celeiro OGM da Europa.

Entretanto, contrariando esta onda OGM, a Rússia prepara-se para discutir, na DUMA, uma lei contra a utilização dos OGM's.

EDIA recorre à energia solar para reduzir custos no regadio em Alqueva


CARLOS DIAS 04/05/2015 - 15:29
À medida que o preço da água sobe assiste-se ao abandono de plantações regadas. A cultura de milho é a mais afectada pelo aumento "proibitivo" do tarifário aprovado em 2010.

Estão a revelar-se problemáticas para o regadio do Alqueva as consequências da atribuição, em Outubro de 2007, do contrato de exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e Pedrogão e da subconcessão do domínio público hídrico à EDP. As contas subiram e os agricultores começam a não aguentar os encargos. Para tentar reduzir esta factura, a empresa responsável pela gestão de Alqueva vira as baterias para a energia solar.

O assunto foi debatidono colóquio "Sustentabilidade do Regadio na Península Ibérica" que decorreu durante a última Feira do Alentejo – Ovibeja, que terminou no domingo. Ficou patente, nas várias intervenções de especialistas e agricultores, como os custos da energia consumida pelo sistema de rega, conduz a um tarifário que torna cada vez mais difícil o acesso à água do Alqueva. "À medida que o seu preço aumenta, assiste-se à redução das áreas de cultivo", confirmou Paulo Macedo, presidente da Associação de Beneficiários do Monte Novo, o primeiro perímetro de rega de Alqueva com 7500 hectares, que entrou em funcionamento em 2007.

O agricultor deu conta do problema em 2014 e para 2015 espera-se que haja igualmente "alguma quebra" na área regada. O problema estende-se aos agricultores com explorações agrícolas no perímetro de rega da margem esquerda do Guadiana, que abrange uma área de regadio com 17.400 hectares, reportou José Saramago de Brito, presidente da Associação de Beneficiários Ardila/Enxoé, referindo que o preço da água para rega "vai sendo cada vez mais proibitivo".

As consequências observam-se em primeiro lugar na cultura de milho, que neste perímetro de rega terá em 2015 "menos 70% de área ocupada e uma das razões está associada ao preço da água", assinala o dirigente associativo.

O tarifário aplicado em Alqueva foi definido pelo despacho 9000/2010 e aprovado durante a gestão do ex-ministro da Agricultura António Serrano (PS). Estabelece os preços para o consumo de água vendida às associações de regantes e que se cifra nos 4,2 cêntimos por metro cúbico. Os fornecimentos directos às explorações agrícolas têm um custo de 8,9 cêntimos por metro cúbico quando se trata de abastecimento em alta e de 5,3 cêntimos no fornecimento em baixa. Os agricultores pagam no primeiro ano de rega metade do preço previsto no tarifário atrás referido e suportam um aumento de 10% durante cinco anos.  

O presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, não escamoteia a dimensão do problema, mas adianta que o custo energético "é muito elevado em Alqueva" e explica porquê: "Precisamos de 0,5 Kw/hora por cada metro cúbico colocado na rede de rega", o que faz com que a factura energética "ande em torno dos 5 cêntimos por metro cúbico". Depois somam-se todos os custos da operação, da manutenção dos equipamentos, de todos os serviços associados, e conclui: "Não há forma de baixar o custo da água".   

Pedro Salema imputa os elevados custos da energia ao facto do mercado dos operadores de energia "não funcionar", frisando que a EDIA tem feito concursos públicos todos os anos para comprar "quantidades enormes de energia e estranhamente aparece sempre o mesmo operador, com uma única proposta que tem ganho com preços que não são de facto muito interessantes".

O elevado peso dos encargos com a energia já tinha sido comentado pelo anterior presidente da EDIA, João Basto, quando referiu durante a edição da Ovibeja de 2012, que ao longo daquele ano foi vendida aos agricultores "um volume de água no valor de três milhões de euros mas teve de se pagar à EDP uma factura de 4,3 milhões de euros pela energia consumida na sua bombagem e transporte até aos blocos de rega".

O acordo estabelecido em 2007 entre a EDIA e a EDP previa que esta entidade pagasse à primeira 195 milhões de euros acrescidos de um encargo anual de 12,6 milhões de euros ao longo do período de vigência do contrato de 35 anos. Desta forma, a valência energética que é vital para a sustentação do regadio foi entregue à EDP e a EDIA passou a pagar a electricidade que consome no sistema de rega. Entre 2004 e 2006, quando as centrais hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão estiveram sob gestão da EDIA, foram realizados quase 34 milhões de euros com a venda de energia.

Para Pedro Salema existem dois factores essenciais para reduzir o tarifário. Em 2014 a EDIA distribuiu aos agricultores 100 milhões de metros cúbicos, quando tem à sua disposição 600 milhões de metros cúbicos. "Se chegarmos perto deste valor e trabalharmos no sentido da auto-produção com as energias alternativas nós podemos poupar cerca de 1/3 no custo energético".

24-26 junho . Encontro Anual das Ciências do Solo

24-26 junho . Encontro Anual das Ciências do Solo - agroeventos

 24-26 junho . Encontro Anual das Ciências do Solo - agroeventos

Encontro Anual das Ciências do Solo - Proteger as funções do solo, assegurar a vida na terra. De 24 a 26 de junho na Escola Superior Agrária de Castelo Branco. O ano de 2015 foi declarado pela Organização das Nações unidas (ONU) como o Ano Internacional dos Solos. Esta é, sem dúvida, uma excelente oportunidade para no âmbito da partilha e divulgação do conhecimento no Encontro Anual das Ciências do Solo.


14-18 junho . Vinexpo - O vinho e bebidas espirituosas exposição internacional

14-18 junho . Vinexpo - O vinho e bebidas espirituosas exposição internacional - agroeventos
 14-18 junho . Vinexpo - O vinho e bebidas espirituosas exposição internacional - agroeventos
A Vinexpo vai decorrer em Bordeaux - França, de 14 a 18 de junho. O vinho e bebidas espirituosas exposição internacional. Criado em 1981, a exposição Vinexpo se estabeleceu ao longo dos anos, como o evento chave para os principais operadores internacionais do sector do vinho e bebidas espirituosas.


06-09 maio . Expoliva, XVII Feira Internacional do Azeite e Industrias afins


 06-09 maio . Expoliva, XVII Feira Internacional do Azeite e Industrias afins - agroeventos
A Expoliva, XVII Feira Internacional do Azeite e Industrias afins, vai decorrer de 6 a 9 de maio em Jaén - Espanha. Ao longo das últimas três décadas do Simpósio de Expoliva temos assistido a profundas mudanças tecnológicas no desenvolvimento de sistemas e a expansão do cultivo, triplicando a produção de azeite. 



Exportações de vinhos portugueses crescem 1,1 por cento em 2014

04-05-2015 
 
As exportações de vinhos portugueses cresceram 1,1 por cento em 2014, face ao ano anterior, rondando os 730 milhões de euros, dos quais 55 por cento corresponderam a vendas para o mercado europeu, revela um estudo da consultora Informa D&B hoje divulgado.
 
O trabalho sobre o sector do vinho em Portugal realça «o crescimento contínuo das vendas de vinho português nos mercados externos» e lembra que as exportações se situaram perto dos 730 milhões de euros em 2014, face a 582 milhões contabilizados em 2009.
 
O comportamento anual das exportações entre 2009 e 2014 tem originado um aumento significativo do saldo positivo (em inglês "superavit") da balança comercial do sector, salienta o estudo.
 
Cerca de 65 por cento das exportações correspondem a vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP), destacando-se o vinho do Porto, com uma participação sobre o valor total próxima dos 45 por cento.
 
No conjunto dos países da União Europeia, o destaque vai para a França e o Reino Unido como os principais mercados de destino das exportações portuguesas para a Europa.
 
O trabalho especifica ainda que o volume de produção provisório de vinho na colheita de 2014-2015 se situou em 5,9 milhões de hectolitros, menos cerca de cinco por cento em relação à colheita de 2013-2014, em que tinha registado uma queda de 1,1 por cento.
 
A superfície vitivinícola em Portugal tem também seguido nos últimos anos uma tendência de redução.
 
Em 2013 situou-se em 224 mil hectares, o que representou menos 2,9 por cento do que no ano precedente e um retrocesso de seis por cento face a 2005.
 
O número de empresas com actividade no sector, por seu lado, cresceu no período de 2010 a 2013, situando-se nas 823 no último ano, enquanto o volume de emprego gerado se manteve na casa dos oito mil trabalhadores.
 
Cerca de 75 por cento das empresas produtoras de vinho em Portugal emprega menos de 10 pessoas e apenas cerca de 25 têm mais de 50 trabalhadores.
 
Fonte: Lusa

Vila do Conde acolhe I Seminário Ibérico de Ranicultura



 02 Abril 2015, quinta-feira  Agropecuária
Seminário-Ranicultura-2015

A criação de rãs é um negócio emergente na Península Ibérica, aproveitando o enorme mercado de importação existente em França, Suíça e Alemanha, e as condições de produção excelentes na regiões mais quentes. O consumo de carne de rã só se generalizou na gastronomia europeia por volta do século XVI, e apesar de proibido o seu consumo pelo livro Levítico da Bíblia, a procura do anfíbio não para de aumentar em todo o mundo.
Programa do I Seminário Ibérico de Ranicultura

Dado o crescente interesse por esta prática ainda desconhecida em território ibérico, as revistas AGROTEC e TecnoAlimentar, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Contamais Consultoria organizam o I Seminário Ibérico de Ranicultura, que terá lugar em Vila do Conde, no Campus Agrário de Vairão, no dia 8 de maio.
Com este seminário pretende-se partilhar com os empresários e investidores a experiência de produtores e técnicos internacionais, bem como os apoios ao investimento, rentabilidades possíveis e também as condições necessárias para o licenciamento.
O abate, a conservação e a transformação da carne e subprodutos serão também alvo de atenção neste seminário. Realizar-se-á também uma mesa redonda sobre "Legislação e Licenciamentos da Atividade", que reunirá as entidades legais e gestoras da prática de Ranicultura.
O Programa caracteriza-se pela participação dos maiores especialistas nacionais e internacionais nesta cultura.
9h | ABERTURA
António Fernando (Diretor da FCUP), António Malheiro (Diretor da Publindústria) e Manuel Cardoso (Diretor Geral DRAPN)
9h20 | ENSINO DA ZOOTECNIA NA FCUP
Orador - Eliana Barbosa (FCUP)
10h | AS RÃS ENDÉMICAS IBÉRICAS - ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Orador - Nuno Ferran (CIBIO)
11h | PAUSA
11h30 | RANICULTURA INDUSTRIAL NA EUROPA - O MODELO FRANCÊS
Orador - Yanick Ramage
13h | ALMOÇO
RÃ NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: PREPARAÇÃO, INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO
14h | RÃ NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: ASPETOS NUTRICIONAIS
Orador - Beatriz Oliveira (FFUP)
14h20 | CONSERVAÇÃO DE CARNE DE RÃ EM FRESCO E NO FRIO
Orador - Carla Barbosa (ESTG / IPVC)
14h40 | POSSIBILIDADES DE INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARNE DE RÃ
Orador - Manuel Rui Alves (ESTG / IPVC)
15h | PRAZOS DE VALIDADE E CONSIDERAÇÕES MICROBIOLÓGICAS
Orador - Luís Patarata (UTAD)
15h20 | ENQUADRAMENTO LEGAL DA COMERCIALIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO ALIMENTAR
Orador - Carlos Teixeira (Consultor)
15h40 | CARNE DE RÃ: ASPETOS CULINÁRIOS E GASTRONÓMICOS
Orador - Rui Pedro Lima (Consultor)
DEBATE
16h30 | PAUSA
17h | APOIOS AO INVESTIMENTO E À INVESTIGAÇÃO EM RANICULTURA
Oradores - Álvaro Mendonça (DGAV)*, José Botelho (DRAPN), Luísa Hipólito (DRAPN) e Lurdes Gonçalves (CONTAMAIS)
Moderador - José Augusto Ferreira
18h | A RANICULTURA NO BRASIL - RAZÕES DO SUCESSO DO SISTEMA
RANABOX
Orador - Claudio Aguiar (RANAMIG)
Inscrições

As inscrições no seminário devem ser efetuadas através do seguinte link: http://goo.gl/forms/DyxhVWe6mq.
Para mais informações: dina.contamais@gmail.com ou (+351) 258 488 341.
Os assinantes das publicações AGROTEC, TecnoAlimentar, Mundo Ganadero e Agricultura y Ganadería têm um desconto de 15€ na inscrição. Aproveite a oportunidade para se fazer já assinante das revistas técnicas para o setor agrícola e indústria Alimentar líderes em Portugal, clicando aqui.
Dia 9 de Maio irá realizar-se um seminário de um dia com Yannick Ramage, abordando em detalhe todos os aspetos técnicos envolvendo a produção industrial de rãs em cativeiro.

Governo avança com tomada de posse de terras sem dono conhecido



 04 Maio 2015, segunda-feira  AgroflorestalAgricultura
bolsa de terras

O Ministério da Agricultura e do Mar enviou para a Assembleia da República um projeto de Lei que aponta para a transferência das propriedades agrícolas ou florestais sem dono conhecido para o domínio do Estado.
A iniciativa do Governo é um desenvolvimento da lei que consagrou a Bolsa de Terras, em 2012, e tem como principal objetivo «dinamizar o uso da terra, em particular pelos jovens agricultores».
Ninguém sabe ao certo a área de propriedades abandonadas e sem dono conhecido. As estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para 100 mil hectares da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) nessas condições. A lei, diz a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, vai servir como um «tira teimas» sobre a dimensão do abandono de terras em Portugal.
Há décadas que em Portugal se discute o que fazer com amplas áreas do território que estão ao abandono, principalmente terras florestais de regiões sujeitas a fortes processos de desertificação.
Os agrónomos, os ambientalistas e os silvicultores têm apontado com frequência os custos desse abandono ao nível da propagação de pragas ou da dimensão dos incêndios.
A possibilidade de, como acontece em outros países europeus, o Estado tomar posse desses terrenos, proceder a «práticas silvícolas mínimas», cortar e vender madeira para ressarcir os encargos com a limpeza são discutidos com regularidade.
Nenhum Governo foi capaz de arriscar essa iniciativa e Assunção Cristas e a sua equipa demoraram dois anos a conseguir um projeto de lei que está longe de ser tão intrusivo na esfera da propriedade privada.
De resto, acredita a ministra, já hoje existe a possibilidade de privados, de gestores das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) ou das próprias autarquias poderem proceder a limpeza de matas ou de terrenos abandonados por terceiros, particularmente em casos em que a segurança da propriedade esteja ameaçada pelo fogo.
Com base nestes pressupostos, a proposta do Governo «é cautelosa e garantística», diz Assunção Cristas.
Na melhor das hipóteses, uma terra abandonada e sem dono conhecido será sujeita a várias diligências processuais para permitir que seja reclamada e só ao fim de 18 anos é que a sua matriz poderá ser registada em nome do Estado. O que não quer dizer que entre rapidamente na Bolsa de Terras e possa ser arrendada ao final de alguns meses após a sua identificação. «Só podemos dizer que defendemos a propriedade quando a valorizamos», diz Assunção Cristas, o que, como tese, significa que quem deixa as suas terras ao abandono corre o risco de as ver intervencionadas pelo Estado e ser obrigado a ter de disputar administrativamente a sua posse.
O processo começa com a identificação de terras sem dono conhecido, uma tarefa à escala nacional que envolve departamentos regionais do Ministério da Agricultura, câmaras municipais, juntas de freguesia e uma rede de gestores operacionais (GeOp) da Bolsa de Terras, como associações de agricultores dispersas pelo país.
Depois de identificada uma terra nas condições previstas pela lei, faz-se a publicidade sobre a intervenção nessas terras e concede-se 90 dias aos seus proprietários para reclamarem a sua titularidade, a publicitação faz-se à escala local, em sede nacional e envolve os consulados portugueses no estrangeiro.
Após estes 90 dias, as terras entram na Bolsa de Terras e podem ser arrendadas por um prazo de um ano até ao limite máximo de três anos.
No final deste prazo, procede-se a uma nova ronda de publicitação à procura de titulares dos terrenos que provem documentalmente o seu direito de posse.
Finda esta fase, e na eventualidade de permanecerem sem dono, as propriedades são inscritas no Sistema de Informação de Bolsa de Terras, condição suficiente para que a sua matriz seja registada em favor do Estado.
Mas só no final de um período de 18 anos é que o Estado assume a plena posse, neste período o Estado não as poderá vender ou onerar definitivamente. Se por acaso os legítimos donos aparecerem e comprovarem a propriedade do terreno, têm direito a «receber o montante correspondente às renda e ou a outros proveitos entretanto recebidos pelo Estado, deduzido o valor das despesas e ou benfeitorias necessárias realizadas no prédio».
Para o Governo, o efeito que esta legislação poderá ter na capacidade de oferta da Bolsa de Terras é desconhecida. Na situação atual, e após dois anos em vigor, a Bolsa cedeu 2865 hectares e dispõe ainda de quase 12 mil hectares para distribuir. A maioria destes terrenos, cerca de 7.892 hectares, tem aptidão exclusivamente florestal.
Fonte: Público