sábado, 11 de outubro de 2014

«Ter terra abandonada é um luxo a que o país não se pode prestar»

2013-05-29 às 18:48

«Lanço o apelo a todos os privados, proprietários de terras que não podem trabalhar essas terras, que confiem no sistema da Bolsa de Terras», afirmou a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, na abertura da conferência «O uso da terra e o combate à desertificação» e lançamento da Bolsa de Terras, em Lisboa.

Sublinhando que «ter terra abandonada é um luxo a que o País não se pode prestar», a Ministra quer que esta medida também seja uma forma de combater a desertificação em Portugal, uma vez que «58% do nosso território está vulnerável a este problema».

A Bolsa de Terras entra hoje em vigor, com o objetivo de «facilitar o encontro entre a oferta e a procura de terras para fins de exploração agrícola, combater o abandono, contribuir para aumentar a dimensão das explorações, aumentar o volume e o valor da produção agroalimentar nacional e contribuir para a identificação de terras abandonadas e para a recolha de informação relevante para a elaboração do cadastro», segundo o Diário da República.

Assunção Cristas lembrou que «a grande maioria das terras que podem integrar a bolsa pertence a privados, não sendo necessário vendê-las, podem arrendá-las ou fazer uma parceira com quem as vai cultivar». Além disto, «o Governo quer criar benefícios fiscais para beneficiar quem fizer bom uso da terra ou a coloque à disposição para que outros o façam».

«Esta não é uma bolsa de terras de um Ministério ou de um Governo. É, sim, a Bolsa de Terras de todos um País», concluiu.

Bolsa de terras já abriu


A Bolsa Nacional de Terras já pode receber ou disponibilizar terrenos pertencentes ao Estado, autarquias e quaisquer entidades públicas ou privadas.

Vítor Andrade |
12:56 Quarta feira, 29 de maio de 2013
Bolsa de terras já abriu

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, apresenta hoje a Bolsa Nacional de Terras. A partir de agora esta bolsa fica apta a receber ou disponibilizar terrenos pertencentes do Estado, das autarquias e de quaisquer entidades públicas ou privadas.

Entre outros objectivos, a bolsa de terras visa facilitar o encontro entre a oferta e a procura de terras para fins de exploração agrícola, combater o abandono, contribuir para aumentar a dimensão das explorações, aumentar o volume e o valor da produção agro-alimentar nacional e contribuir para a identificação de terras abandonadas. Os interessados poderão obter mais informações em http://bolsadeterras.dgadr.pt/ .

Alguns críticos desta iniciativa garantem que o que pode vir a acontecer é que terras abandonadas que venham a ser colocadas na bolsa, podem logo a seguir ser resgatadas por alegados donos. A verdade é que a falta de organização cadastral, que afeta todo o país, poderá jogar em desfavor desta iniciativa.


"Atentado ambiental": Sobreiros abatidos em Tibães, Braga


HojeComentar

GNR foi chamada ao local
GNR foi chamada ao local Fotografia © Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens
O presidente da Junta de Mira de Tibães, em Braga, classificou hoje de "atentado ambiental" o abate de mais de uma dezena de sobreiros na freguesia, sublinhando que quem licenciou a operação "não sabia o que estava a fazer".
"Além de se tratar de uma espécie protegida, estamos a falar de sobreiros seculares", disse José Magalhães à Lusa.
Acrescentando que a licença para o abate foi emitida em nome de um particular, o autarca disse ter "sérias dúvidas" acerca da propriedade daquele terreno, admitindo que o mesmo possa estar no domínio público.
"É uma questão que no decorrer da próxima semana vamos tirar a limpo", afirmou.
Segundo José Magalhães, a licença foi emitida pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e abrange um total de 16 sobreiros, dez dos quais foram hoje abatidos.
A população da freguesia foi "surpreendida" pelo abate e concentrou-se no local para contestar o avanço dos trabalhos.
Chamada ao local, a GNR, e ainda de acordo com José Magalhães, "nada pôde fazer", uma vez que o abate estava licenciado.
Os sobreiros estão num caminho de acesso à extinta Companhia Fabril do Cávado.
"É um caminho desde sempre utilizado pela população da freguesia, para caminhadas, para BTT, para acesso à ciclovia", referiu o presidente da Junta.
A justificação dada no local a José Magalhães é que o abate terá sido determinado por alegadamente os sobreiros poderem colocar em risco a segurança dos transeuntes, face a eventual queda de galhos.
No entanto, o autarca garantiu que "só um ou dois" é que teriam os galhos secos, estando todos os outros "a produzir fruto".
"A opção pelo abate puro e duro só tem um nome: atentado ambiental", criticou.
A Coordenadora Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda (BE) já anunciou que vai solicitar, através do seu Grupo Parlamentar, esclarecimentos "urgentes" sobre o abate.
Segundo o BE, "quem solicitou a licença foi o proprietário de uma quinta contígua" ao caminho.
"Os sobreiros estavam localizados em fila e paralelos ao caminho, não causando nenhum estorvo ou transtorno, razão pela qual não se compreende a razão para emissão da autorização especial de abate", acrescenta o BE, em comunicado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Gasóleo Colorido e Marcado


Portaria N.º 206/2014, de 8 de outubro
Segunda alteração à Portaria n.º 117-A/2008, de 8 de fevereiro, que regulamenta as formalidades e os procedimentos aplicáveis ao reconhecimento e controlo das isenções e das taxas reduzidas do Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP).



Portugal autoriza plantação de cannabis para produzir medicamentos no Reino Unido


Isabel Gaspar Dias
09 Out, 2014, 09:27 / atualizado em 09 Out, 2014, 09:28

A Autoridade Nacional do Medicamento confirma ao jornal Público que é a primeira autorização deste género no país.
A decisão tem por base a convição de que a espécie de cannabis em causa tem uma concentração muito baixa da principal substância psicotrópica.

É a primeira vez que Portugal autoriza uma plantação de cannabis destinada à produção de medicamentos. A licença tem validade por um ano, mas pode ser renovável, se o Infarmed assim o entender.

Falta de matéria-prima condiciona crescimento de indústrias florestais - estudo



A falta de matéria-prima condiciona o crescimento das indústrias florestais e é "desastrosa para a competitividade das empresas", conduzindo ao aumento das importações, conclui um estudo sobre o setor florestal que será hoje apresentado em Lisboa.

O estudo, encomendado pela Associação para a Competitividade das Indústrias da Fileira Florestal (AIFF) ao Instituto Superior de Agronomia e à Universidade Católica, adianta que a atual tendência de diminuição da área florestal e aumento da área de matos/improdutivos levará a um "aumento significativo" das importações, "fazendo prever a inevitabilidade do encerramento de unidades industriais".

Entre os efeitos diretos e indiretos, contam-se o aumento do desemprego e abandono do território real "potenciando riscos como incêndios e dispersão de pragas e doenças por ausência de intervenção no território".

Cuba: Encontro da Agricultura Familiar Alentejana



O novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para o período 2014-2020 será o tema principal do 17.º Encontro da Agricultura Familiar Alentejana, que vai decorrer no sábado, a partir das 10:00, no Centro Cultural da vila de Cuba. 

O encontro é organizado pelo Ruralentejo - Conselho para o Desenvolvimento Rural do Alentejo em colaboração com a Delegação Regional do Alentejo da Confederação Nacional da Agricultura e a Câmara de Cuba. 

Segundo a Ruralentejo, os apoios para a agricultura familiar em Portugal, o estatuto da agricultura familiar alentejana e a problemática no preenchimento do Registo de Existências e Deslocações (RED) de ovinos/caprinos são os outros temas a abordar no encontro.

Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva cria polo na Aldeia da Luz

Depois de em Junho do ano passado a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), o Centro de Excelência e Valorização de Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a empresa "Monte do Pardieiro" terem criado a "Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva", PAM, outra exploração, o "Canteiro da Luz", junta-se ao projecto criando um polo no perímetro de rega da Aldeia da Luz, concelho de Mourão.

A "Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva" é uma unidade de demonstração e divulgação de produção de PAM, projectada para, em pequena escala, produzir durante todo o ano, por forma a divulgar junto dos agricultores interessados, as diferentes espécies, as operações culturais a realizar, os factores de produção necessários, bem como os processos de comercialização.

O "Canteiro da Luz", tal como o "Monte do Pardieiro", é uma empresa que tem como objectivo a produção de PAM, localizada no Perímetro de Rega da Aldeia da Luz, estando vocacionada para a realização de acções de demonstração e divulgação destas culturas.

O "Canteiro da Luz" é uma empresa que, por se situar numa região a Norte do "Monte do Pardieiro", vem complementar esta parceria descentralizando a oferta dos já conhecidos "Dias Abertos…" regularmente desenvolvidos nas explorações e que visam a divulgação e sensibilização para esta alternativa cultural, estimulando e oferecendo opções para o aproveitamento de pequenas parcelas agrícolas.

Fonte:  EDIA

Presidente do IVDP recebe a mais alta condecoração do estado francês


13 de outubro, segunda-feira, 17h30, IVDP no Porto
 
O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP), Manuel de Novaes Cabral, vai ser condecorado com o grau de Chevalier de la Légion d'Honneur no dia 13 de outubro, às 17h30, no IVDP, no Porto. Trata-se da mais alta condecoração do Estado francês e é atribuída ao presidente do IVDP como reconhecimento pelas atividades que tem desenvolvido ao longo da sua vida pessoal e profissional, em prol da aproximação entre Portugal e França e, particularmente, na promoção da língua e cultura francesas. A sua ação no âmbito da reativação da Aliança Francesa no Porto, da qual é atualmente presidente, é um exemplo claro desse contributo, bem como o programa que tem sido desenvolvido pelo IVDP para promoção do vinho do Porto em França junto das escolas de hotelaria. A condecoração será entregue pelo Embaixador de França em Portugal, Jean-François Blarel.
 
O presidente do IVDP considera esta condecoração "uma honra, mas sobretudo um compromisso para a continuidade de divulgação da língua e da cultura francesa". E acrescenta: "Recebo esta condecoração numa altura em que sou presidente do IVDP, não podendo deixar de destacar o vinho do Porto como um elemento da cultura portuguesa que é um ponto de encontro com França pelas estreitas relações que são estabelecidas com o país que é desde 1963 o primeiro mercado de vinho do Porto bem como o trabalho desenvolvido por toda a equipa do IVDP na certificação, controlo, defesa e promoção do Vinho do Porto e do Douro no mundo ".
 
A Ordem Nacional da Legião de Honra (Ordre National de la Légion dHonneur) foi instituída em 1802 e é atribuída como recompensa dos méritos eminentes militares ou civis à nação francesa. Manuel de Novaes Cabral tinha já sido condecorado com o grau de Oficial da Ordem do Mérito Agrícola de França, em 2005.

IVDP

Restruturação do Sector Florestal permite um maior crescimento económico do País

Primeiro Estudo Prospectivo apresentado em Congresso Nacional 


Qual será o cenário de Desenvolvimento Florestal em 2071? E que Política de Desenvolvimento Florestal é necessária para a Economia Portuguesa de Futuro? Estas duas questões são respondidas no Estudo Prospetivo para o Sector Florestal  Ficheiro em formato PDF (1075 KB), apresentado no III Congresso Anual da Associação Para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF) – "Indústrias de Base Florestal: acrescentando (o) futuro".

No Estudo Prospetivo da AIFF, primeiro estudo desta natureza, simula-se a evolução da produção nacional das três espécies mais relevantes, em termos de área e de abastecimento industrial, na floresta portuguesa: eucalipto, pinheiro bravo e sobreiro, que representam, no seu conjunto, 72% da área florestal nacional.

Os resultados do Estudo mostram que existe uma grande diferença entre a oferta e a procura para cada uma das espécies analisadas (eucalipto, pinheiro bravo e sobreiro), ou seja, a procura é sempre superior à oferta.

No Estudo são simulados dois cenários para o futuro florestal, o de manutenção e o de desenvolvimento. No Estudo são destacados os benefícios do último, tanto para as indústrias de base florestal, como para a sociedade em geral.

O cenário de desenvolvimento florestal mostra ser possível reduzir significativamente os valores de importação, contribuindo para a sustentabilidade das empresas do setor e, consequentemente, para o País.

"O desenvolvimento dos sectores da fileira florestal e a sua atual posição nos mercados mundiais estão seriamente ameaçados pelo facto da floresta portuguesa não estar a corresponder satisfatoriamente enquanto fornecedora de matéria-prima" comenta João Ferreira do Amaral, Presidente da AIFF.

Por outro lado, o Estudo demonstra a necessidade de se inverterem as atuais tendências, criando condições que atraiam capital para o setor, promovam o aumento da produtividade dos povoamentos já instalados, contribuam para a existência de novas áreas plantadas e reduzam o risco de incêndio e de ataques de pragas e/ou doenças dos espaços florestais, através do aumento da sua resiliência.

Para isso, é necessário implementar 4 reformas estruturais na produção florestal, que são elas: a promoção e capacitação das formas de gestão florestal agrupada, profissional e certificada; o desenvolvimento da investigação, da formação e da extensão; a criação de condições favoráveis para a rentabilidade individual da produção florestal, através de incentivos ao investimento; a reforma estrutural do modo de governação do setor florestal.

O Estudo Prospetivo para o Sector Florestal teve como objetivo definir e apresentar propostas de políticas públicas para o setor florestal, e avaliar os custos e benefícios, de forma a promover o aumento da disponibilidade de matéria-prima nacional que satisfaça as necessidades da indústria e as exigências do mercado.

A nível económico, o setor florestal representa um forte contributo, uma vez que é fortemente exportador de bens transacionáveis e que as indústrias florestais são líderes de mercado em alguns segmentos. O Valor Acrescentado Bruto do setor florestal representa 1,2% do Produto Interno Nacional.

O valor acrescentado nacional representa mais de 70% do valor acrescentado total, devido ao facto de se tratar de uma atividade económica que usa como matéria-prima a madeira e a cortiça proveniente, preferencialmente, da floresta portuguesa.

Em 2011, o conjunto das empresas que compunham o setor florestal foi responsável por um volume de exportações superior a 4 mil milhões de euros (9,9% do total nacional) e contribuiu com mais de 1,8 mil milhões de euros para a balança comercial portuguesa. No presente contexto de forte retração económica, as exportações do setor florestal português registaram um crescimento de 40,8%, entre 2004 e 2011.

A floresta, e as três fileiras associadas, desempenham importantes funções ao nível dos três pilares da sustentabilidade (económico, social e ambiental), contribuindo para o crescimento económico do País, com particular impacto nas exportações de bens e para o processo de reindustrialização, para a fixação das populações em zonas mais desfavorecidas e com maior risco de desertificação, para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, para a melhoria da qualidade da água e para a conservação dos solos, habitats e da biodiversidade.

Para se entrar num novo ciclo de mudança é fundamental redefinir o papel da floresta para a sociedade, para a economia e para o País, o que implica uma maior consciencialização da relevância e riqueza da floresta, nas suas múltiplas funções diretas e indiretas, e não resumir a importância do setor ao flagelo dos incêndios e a zonas lúdicas.

FENALAC inaugura nova sede e promove o consumo de leite Português, com a presença da Sra. Ministra da Agricultura e do Mar



No próximo dia 10 de Outubro, a FENALAC – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite - irá inaugurar a sua nova sede na cidade do Porto, numa cerimónia que contará com a presença da Senhora Ministra da Agricultura e do Mar.

Paralelamente, a FENALAC desenvolverá, na ocasião, uma iniciativa pública de promoção do consumo de leite. A iniciativa visa a sensibilização da população em geral para a relevância do consumo de leite, reforçando a importância para a saúde de beber leite todos os dias, durante toda a vida. Por outro, será divulgada a relevância económica e social da fileira láctea em Portugal e o impacto positivo do consumo de leite e de produtos lácteos na economia nacional e na criação de emprego.

A FENALAC é a entidade que representa o sector lácteo cooperativo nacional, sendo constituída por quatro grandes organizações cooperativas – Agros, Proleite, Lacticoop e Serraleite que, em conjunto, agrupam 70 cooperativas de base e apresentam um volume de negócios superior a 352 milhões de euros.

O universo da FENALAC foi responsável pela recolha de 863 mil toneladas de leite em 2013 (66% do total do continente), proveniente de 3200 produtores de leite associados.

Os operadores representados pela FENALAC têm uma função importante na dinamização de zonas rurais no território nacional e na promoção do emprego, além da sua presença relevante no mercado lácteo, pois agregam marcas cooperativas com grande notoriedade pública.

Os objetivos da FENALAC passam por representar nacional e internacionalmente o sector, defender os seus direitos e interesses, promover a informação, a assistência e o estudo sobre o leite e participar ativamente na formulação e aplicação da legislação sectorial.

A produção de leite em Portugal representava 730 milhões de euros em 2013, o equivalente a 31% da produção animal e a 13% da produção agrícola. A indústria do leite e lacticínios apresenta um volume de vendas de 1,3 mil milhões de euros, sendo o segmento mais importante (15%) da Indústria Alimentar.

A criação de emprego direto e indireto do sector lácteo deverá atingir os 50 mil postos, sendo de destacar que a maior parte dos quais estão em zonas rurais altamente carenciadas do ponto de vista económico e social, reforçando assim a importância dos mesmos na fixação das populações.

FranceAgrimer organiza conferência sobre cereais em Lisboa

Outubro 06
08:27
2014

O FranceAgrimer organizou uma conferência em Lisboa, no dia 3 de Outubro, para apresentação dos balanços cerealíferos mundiais, com especial destaque para a colheita francesa de 2014.

Estiveram presentes, além dos responsáveis daquele organismo, vários representantes de empresas francesas de venda de cereais. Assim, com a presença de vários importadores nacionais, o grande foco da conferência foi sobre o trigo panificável, uma vez que, devido às chuvas que se abateram sobre a França, no início de Julho, registaram-se muitos problemas de qualidade nesse trigo.

A primeira apresentação, do Sr. Christophe Babarit, focou o balanço mundial de cereais, confirmando uma produção recorde a nível mundial, acima do consumo, o que irá seguramente levar ao aumento dos stocks mundiais.

Na segunda intervenção, do Sr. Andre Barlier, sobre a qualidade da colheita francesa, assistimos a uma apresentação que não fugiu ao problema da qualidade dos trigos panificáveis franceses, tentando, no entanto, defender a teoria de que, apesar de não terem as especificações técnicas dos anos anteriores, a que os operadores estavam habituados, podiam perfeitamente ser usados para panificação.

Seguiu-se uma mesa redonda para debate, em que o Presidente da Associação Portuguesa de Indústria de Moagem e Massas levantou o problema da falta de homogeneidade dos trigos já recebidos em Portugal, o que tem causado prejuízos. A resposta foi de que estão a trabalhar para evitar esse problema, que hoje já não se deve pôr.

Questionados sobre qual o destino que pensavam dar ao trigo, dito de classe intermédia, que apareceu em grande quantidade este ano, ou seja, o trigo que não obedece às especificações tradicionais para panificação, mas que, por outro lado, é bom demais para alimentação animal, a resposta foi de que iriam continuar a tentar vendê-lo para panificação.

A Conferência terminou com a intervenção do Sr. Rémi Haquin, que apresentou, em breves linhas, o programa francês para o aumento da produtividade e melhoria da qualidade do trigo.

Pagamentos Setembro 2014

Outubro 07
11:43
2014

No final do mês de Setembro de 2014, conforme procedimento habitual, o IFAP procedeu a pagamentos* num montante total de cerca de 143  milhões de euros.

Do conjunto das transferências efetuadas, destacamos os seguintes pagamentos:

Medidas Investimento - 52,2 milhões de euros
PRODER: Medidas Agro-Silvo Ambientais - 41,8  milhões de euros
PRORURAL: Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas - 7,5 milhões de eurosPRODERAM: Medidas Investimento - 1,8 milhões de euros
Novo Regime da Vinha - 17,1 milhões de euros
Seguro Vitícola de Colheita - 3,8 milhões de euros
Fundos Operacionais – Frutas e Produtos Hortícolas - 2,8  milhões de euros
PESCAS - 8,6 milhões de euros
*Valores provisórios

Declaração de movimentação externa de ovinos e caprinos – Saídas


Outubro 08
13:49
2014

Encontra-se disponível na Área Reservada do Portal, na plataforma iDigital, a aplicação para comunicação on-line da movimentação externa de ovinos e caprinos – saídas, com ligação ao TRACES "(Trade Control and Expert System).

Sempre que existam saídas de ovinos e caprinos para a UE ou países terceiros, os detentores de ovinos e caprinos devem proceder à comunicação do movimento à base de dados SNIRA, no prazo de 7 dias úteis após a saída dos animais.

A declaração de movimentação externa de ovinos e caprinos (saídas) poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP para o efeito ou em qualquer departamento dos serviços veterinários regionais.

Para mais informações consulte o Manual do Utilizador da Declaração de Movimentação Externa.

Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP, através do endereço de correio eletrónicoifap@ifap.pt ou ainda no Atendimento Presencial na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa ou pelo Call Center 217 513 999.

FAO insta Europa a apoiar a nutrição e a agricultura sustentável

02-10-2014 
 

 
Os governos europeus devem ajudar a combater a fome e desnutrição a nível global, já que não fazê-lo vai aumentar os fluxos migratórios e avivar conflitos, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

José Graziano da Silva disse que a «insegurança alimentar e o conflito andam de mãos dadas», assinalando que os fenómenos climatéricos extremos, os problemas de áfrica, Médio Oriente e agora o surto de Ébola na África Ocidental tendem a espalhar-se para além das fronteiras nacionais e para outras regiões num mundo globalizado, muitas vezes através da migração forçada.

As passagens de fronteiras ilegais são um tema de preocupação na Europa e outras partes do mundo», sublinhou Graziano da Silva na reunião informal de ministros da Agricultura da União Europeia, em Milão, acrescentando que é uma responsabilidade comum ajudar a contruir alternativas e o desenvolvimento agrícola e rural sustentável nos países de origem deve estar na base».

O responsável instou os ministros da União Europeia a considerar a desnutrição como um problema público que necessita uma acção concertada.

«A fome é a face mais deplorável da desnutrição, mas não é a única, adiantou o director-geral da FAO, referindo que «cinco por cento da actividade económica mundial perde-se anualmente e que mais de dois milhões de pessoas sofrem de má-nutrição, deficiências de micronutrientes ou fome oculta, que podem manifestar-se sob a forma de obesidade».

O responsável disse contar com a participação constructiva dos ministros da UE na segunda Conferência Internacional sobre Nutrição (CIN2) que a FAO e a Organização Mundial de Saúde (OMS) recebem em Roma, de 19 a 21 de Novembro. A agricultura é uma parte fundamental dos esforços para melhorar a desnutrição, declarou Graziano da Silva.

Fonte: Agrodigital

Família chinesa produz vegetais asiáticos no Alentejo


por Maria Luísa Ferrão
7 de Outubro - 2014


Já foram lojistas mas o 'bichinho' da agricultura falou mais alto. Escolheram o Alentejo para produzir hortícolas e instalaram-se em Montemor-o-Novo, há cerca de três anos, com um projeto de produção de vegetais asiáticos para abastecer os restaurantes chineses da região de Lisboa. Uma exploração que aposta na agricultura familiar.

 
Li Yonggang e Chen Guangsong são cunhados e os seus avós eram camponeses na China. Escolheram Portugal para viver. Chen chegou em 2000 e começou por trabalhar numa loja, enquanto Li veio dois anos mais tarde, também trabalhar no comércio. No entanto, a afinidade com a agricultura que ganharam na China sempre os acompanhou e, assim que foi possível, mudaram de ramo de atividade para se sentirem mais livres.

São eles os cérebros deste projeto, cujo investimento rondou os 300.000€, e que consiste na produção de hortícolas chinesas em estufa e ao ar livre.

O terreno escolhido para a instalação do projeto Proder ao abrigo da medida "Inovação e desenvolvimento empresarial" tem cerca de 9 ha e foi comprado pela família. Li Yonggang chegou à Fazenda da Lagoa do Passa Figo há cerca de três anos. Ao longo do tempo foram percebendo que em Portugal não havia produtores de couves chinesas e que todos os legumes que consumiam eram importados, sobretudo de Espanha. " Não conseguíamos comprar legumes com qualidade, com aquele sabor a fresco", diz Li. Então, como já tinham alguma experiência de horticultura adquirida na China, começaram por fazer uma pequena horta onde plantavam couves chinesas e outros vegetais. Aos fins de semana, a família, composta por cerca de vinte e dois membros, já contando com as crianças, deslocava-se à fazenda para ajudar nas mais diversas atividades da horta com marca oriental. " Nós, chineses, estamos mais habituados aos vegetais que se produzem na Ásia. Eu até como os vegetais portugueses, mas gosto mais dos chineses", acrescenta Li. Com o passar do tempo, a horta ao ar livre começou a ser pequena, dado que começou a haver procura pelos produtos que cultivavam.

Veja a notícia completa na edição de outubro da revista Vida Rural. 

Novo Comissário da Agricultura quer reforma intercalar da PAC


por Ana Rita Costa
8 de Outubro - 2014
O novo Comissário da Agricultura, o irlandês Phil Hogan, foi ouvido esta semana no Parlamento Europeu, onde apresentou uma proposta para uma reforma intercalar da PAC e para a simplificação das regras do Greening.

 
Durante a audiência, que teve como principal objetivo 'testar' as suas competências para o cargo para o qual foi eleito no mês passado, Phil Hogan prometeu empenhar-se no desenvolvimento de uma agricultura moderna, orientada para o mercado e apoiada na investigação.

Entre as suas prioridades, o novo Comissário destacou a simplificação da Política Agrícola Comum (PAC), em particular as normas do Greening, bem como uma revisão intercalar da PAC: "um dos meus compromissos como novo Comissário será o de examinar toda a legislação sobre a PAC, para ver o que pode ser simplificado, sem pôr em causa nem a eficácia da política agrícola nem a boa gestão financeira", defendeu.

Sobre o embargo russo, Phil Hogan assumiu que se trata de um grande desafio e que a aposta deverá passar por estabilizar os mercados internos e procurar outros mercados alternativos à Rússia.

No que diz respeito ao fim das quotas leiteiras, questão que tem gerado muita preocupação em Portugal, o irlandês considera que esta medida "vai colocar o sector em melhores condições de responder às solicitações do mercado interno e externo."

Queda de ninho de vespa asiática em escola fere criança


Rapaz, com cerca de 14 anos, foi transportado ao hospital de Viana do Castelo «por meios escolares» onde foi «medicado, encontrando-se bem de saúde»

Por: Redação / AM    |   hoje às 14:06

A queda de um ninho de vespa asiática, esta quarta-feira, na Escola Básica e Secundária de Barroselas, em Viana do Castelo, provocou ferimentos numa criança e levou à evacuação do estabelecimento de ensino, disse à Lusa fonte dos Bombeiros Municipais. 

De acordo com a mesma fonte, o rapaz, com cerca de 14 anos foi transportado ao hospital de Viana do Castelo «por meios escolares» onde foi «medicado, encontrando-se bem de saúde». 

Segundo aquela fonte o rapaz «estaria nas proximidades do vespeiro quando ele foi detetado pelas crianças da escola após a queda da árvore, devido ao vento que se faz sentir». A fonte dos bombeiros municipais adiantou que, «quando caiu ao chão o ninho, que não estava sinalizado pela corporação, partiu-se». 

A evacuação dos cerca de 600 alunos da escola teve início cerca das 10:45, e foi decidida por precaução, estando no local duas viaturas dos bombeiros e outras tantas da GNR, decorrendo a operação de destruição do ninho. 

Contatado pela Lusa o presidente da Associação de Pais adiantou «alguns jovens foram recolhidos pelos pais, calmamente, e os que não tiveram essa possibilidade estão concentrados na cantina escolar». 

«As crianças estão calmas. Está tudo controlado. A evacuação decorreu com tranquilidade». 

Segundo números revelados em agosto passado pela Câmara de Viana do Castelo, os bombeiros municipais registaram desde novembro de 2012 cerca de 448 ninhos de vespa asiática, dos quais 216 só nos primeiros oito meses deste ano. 

De acordo a autarquia, dos 216 ninhos desta espécie predadora georreferenciados este ano no concelho 27 foram destruídos por populares e 63 pelos bombeiros municipais.

Autarquia responsabiliza Governo 

A Câmara de Viana do Castelo responsabilizou o Ministério da Agricultura e do Mar pela evacuação numa escola do concelho devido à queda, no seu interior, de um ninho de vespa asiática, que causou ferimentos numa criança. 

«Este incidente de hoje deveu-se exclusivamente à incapacidade do Ministério da Agricultura de resolver um problema que foi sinalizado há quase dois anos e para o qual o Ministério da Agricultura andou a assobiar para o ar», lê-se em comunicado autárquico enviado à agência Lusa. 

No documento a câmara municipal liderada pelo socialista José Maria Costa garante que «já alertou o Ministério da Agricultura para serem tomadas medidas eficazes e urgentes para este grave problema que afeta a saúde públicas e a economia local».

"A autarquia lamenta que, durante os últimos dois anos, o Ministério da Agricultura não tenha tomado as devidas precauções e as iniciativas esperadas, mobilizando esforços no combate à praga, apesar das inúmeras insistências de várias entidades", sustentou o município na nota à imprensa. 

A Lusa contatou o Ministério da Agricultura e do Mar no sentido de obter esclarecimentos, mas sem sucesso. 

No documento, a Câmara adianta que a praga da vespa asiática, maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional, "está identificada no Alto Minho desde 2012, tendo sido alvo de alertas para a necessidade de intervenção concertada entre os diversos atores, com especial incidência para o combate à praga". 

Só no concelho de Viana do Castelo e, de acordo com números revelados pelo município, «já foram exterminados mais de quinhentos ninhos vespeiros num esforço dos serviços de proteção civil e bombeiros municipais». 

«Há a lamentar que o Ministério da Agricultura continue a manifestar total incapacidade e um certo alheamento a esta situação grave que pode por em causa a saúde pública mas também a atividade apiária e agrícola da região norte». 

Segundo a autarquia «até à data, tem sido inúmeros os casos de aparecimento da vespa asiática na região norte com elevados prejuízos para a agricultura e, em breve, para a polinização porque grande parte das abelhas foram exterminadas».

PSD/Açores propõe plano estratégico de combate às pragas na agricultura


Lusa/AO online / Regional / Hoje, 15:23
Luis Rendeiro
   
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O grupo parlamentar do PSD no parlamento dos Açores vai propor ao Governo Regional que elabore um plano estratégico de combate às pragas, tendo em conta o "crescimento descontrolado" de várias espécies que têm tido consequências nas produções agrícolas.
 
"Faltam na região dados rigorosos e atualizados que ajudem a implementar estratégias adequadas de ação sobre este problema. As medidas de controlo populacional que têm sido postas em causa na região surgem de forma avulsa, pontual e sempre com uma incidência territorial bastante limitada", salientou o deputado do PSD Luís Rendeiro.

Em causa, segundo os social-democratas, estão espécies como o pombo-torcaz, o pombo comum, o melro-preto, o pardal, o rato, o coelho, as gaivotas, as térmitas de madeira seca e vários insetos, cujas populações "cresceram sem controlo, por falta de predadores naturais e de medidas integradas de controlo populacional".

Os deputados do PSD alegam que estes animais são hoje um "flagelo" para a agricultura e para a população, provocando também "desequilíbrios ambientais".

Luís Rendeiro lembrou ainda que o crescimento descontrolado destes animais pode trazer problemas de saúde pública, já que alguns são portadores de doenças, como é exemplo o rato, que transmite a leptospirose.

"Uma adequada estratégia de combate às pragas permitirá à região evitar as crescentes perdas económicas, tão prejudiciais à nossa agricultura, permitirá uma maior segurança ao nível da saúde pública e garantirá uma maior sustentabilidade ambiental e segurança das populações", pode ler-se no projeto de resolução dos social-democratas, entregue na Assembleia Legislativa dos Açores.

Também a nova legislação que regula a comercialização e utilização de produtos fitossanitários e pesticidas obriga, na opinião do deputado do PSD, "a que haja uma nova forma de atuar".

Para Luís Rendeiro, o Governo Regional deve criar um plano estratégico de combate às pragas, em colaboração com as autarquias locais e outras organizações não-governamentais, mas também com a Universidade dos Açores, que "detém os meios técnicos e o conhecimento científico indispensáveis para apoiar e sustentar um plano desta natureza".

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cantinho das Aromáticas vence galardão máximo no Great Taste Awards


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014
O Cantinho das Aromáticas venceu a distinção máxima no Great Taste Awards 2014, concurso de produtos alimentares. A empresa portuguesa venceu três estrelas para o seu lote reserva de limonete e uma estrela para o seu lote reserva de erva-príncipe.

 
Dos cerca de 10 000 produtos que deram entrada no Great Taste Awards 2014, foram concedidas três estrelas apenas a 153 produtos, nas diversas categorias.

Em comunicado, o Cantinho das Aromáticas refere que "não há melhor forma de premiar o nosso projeto e o constante trabalho de equipa que aqui desenvolvemos bem como toda a investigação, conhecimento e partilha que temos levado a cabo. Somos caso de estudo no país e já fazemos parte da história recente da agricultura portuguesa, pelo nosso trabalho como agricultores."

A empresa portuguesa refere ainda que agora espera "conquistar um lugar de destaque nas melhores lojas mundiais de produtos alimentares de elevada qualidade."

Agricultores portugueses recebem 865 mil euros para compensar embargo russo


Lisboa, 08 out (Lusa) Os agricultores portugueses deverão receber, até ao final do ano, cerca de 865 mil euros de compensações financeiras para fazer face ao embargo russo, disse hoje o secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito.

Este apoio insere-se no âmbito do primeiro pacote de ajudas aprovado pela Comissão Europeia, no valor de 125 milhões de euros, estando a ser recebidas atualmente candidaturas para um novo pacote de 165 milhões de euros, anunciado no dia 30 de setembro, explicou Nuno Vieira e Brito à Lusa, à saída da comissão parlamentar de Agricultura e Mar.

O Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar esteve hoje na Assembleia da República a esclarecer os deputados sobre o impacto do embargo nas exportações agrícolas portuguesas.

Inovação rural

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Francisco Sarsfield Cabral OK, opiniao
Uma série de debates regionais sobre o tema "porque nos fazem os inovadores acreditar no Portugal rural?" culmina em Lisboa numa sessão na Fundação Gulbenkian. 08-10-2014 6:13 por Francisco Sarsfield Cabral
 
Com uma população agrícola idosa e pouco instruída e com solos e clima em geral pouco favoráveis ao cultivo da terra, a agricultura – dizia-se – seria algo para esquecer, pelo menos enquanto factor de progresso da nossa economia. 

Essa visão negativa começou a mudar com a opção pela agricultura de jovens bem preparados. E muitos deles já com sucesso. Surge, agora, um livro sobre a inovação no mundo rural, de quatro docentes da Universidade da Trás-os-Montes e Alto Douro. Aí se detecta um "rural inesperado", muito diversificado e composto por "pessoas e organizações que vêem soluções onde quase todos vêem problemas". Um rural desconhecido, de centenas de pequenas e muito pequenas organizações (na sua maioria empresas). 

Uma série de debates regionais sobre o tema "porque nos fazem os inovadores acreditar no Portugal rural?" culmina em Lisboa numa sessão na Fundação Gulbenkian na tarde da próxima segunda-feira. Claro que não podemos cair no exagero oposto ao tradicional e ver na agricultura a salvação do país. Mas é provável que a nossa agricultura, ou parte dela, tenha mesmo futuro. 

Futuro da Agricultura - Posição da COGECA



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No âmbito do Congresso "A Reforma da Nova PAC e a Agricultura Familiar: Crescimento e Emprego nas Zonas Rurais", realizou-se esta Terça-feira, dia 7 de Outubro, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para apresentar as reflexões relativas ao futuro da agricultura europeia e as respostas que a nova PAC pode trazer para responder às necessidades das explorações e das Cooperativas Agrícolas.

Na conferência de imprensa, a seguinte posição da COGECA foi apresentada pela Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, na qualidade de Vice-presidente:

"Considero firmemente que os agricultores familiares devem ter acesso à terra e aos recursos naturais.

Os agricultores precisam de formação e educação adequadas.

É primordial conseguir de igual maneira que homens e mulheres possam desenvolver condições favoráveis para eles próprios, para as suas famílias e suas comunidades.

Os jovens agricultores precisam de receber apoio para fazer face às dificuldades, sobretudo àquelas referentes à sua instalação.

Práticas desleais e abusivas na cadeia alimentar devem ser evitadas, de modo a que os agricultores tenham a possibilidade de obter um rendimento justo no mercado.

Os produtos abrangidos por indicações geográficas (IG) precisam de ser reconhecidos e protegidos em todo o mundo para proteger contra imitações. Para alguns produtores isto é crucial para manter o valor acrescentado ao nível da exploração agrícola.

Precisamos de lutar contra alimentos falsificados e contra a agro-pirataria.

É igualmente indispensável criar as condições necessárias para favorecer a criação e desenvolvimento de Organizações Produtores, tais como as Cooperativas Agrícolas, para que os agricultores possam unir os seus esforços para a comercialização dos seus produtos e conseguir um valor acrescentado, para obterem melhores receitas e assim melhor fazerem face à extrema volatilidade nos mercados.

O papel das Cooperativas Agrícolas deve ser plenamente reconhecido, por proporcionarem resposta às necessidades das explorações familiares em matéria de acesso ao mercado,  bem como a inclusão social e económica nas regiões onde estão implantadas.

Mas é preciso também responder às necessidades das Cooperativas para aumentar a sua competitividade, para que possam fazer face ao mercado internacional."

Lisboa, 7 de Outubro de 2014

Fonte:  Confagri

Demite-se mais um secretário de Estado: qual é a dúvida?

ACRESCIMO

Através de nota oficial da Presidência da República, o País tomou conhecimento de mais uma demissão, na presente legislatura, de um secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

O Governo informa que as competências da Secretaria de Estado serão assumidas pela ministra Assunção Cristas e pelos secretários de Estado restantes.

Com efeito, a alegação atribuída ao eucalipto, de que seca tudo ao seu redor, pode bem ser atribuída, e aqui com fundamento indiscutível, à ministra Assunção Cristas.

Mas afinal qual é a dúvida subjacente a mais uma demissão?

Esta é a ministra que aposta numa inconsistente e inconsequente Estratégia Nacional para as Florestas, baseada num ultrapassado diagnóstico de 2006.

É também neste consulado que se aposta num formato de apoios públicos que, de acordo com o histórico do modelo, pouco ou nada contribui para o desenvolvimento florestal, muito pelo contrário, só tem fomentado incêndios.

Esta é a ministra que não disfarça a sua estratégia, a de promoção dos mercados em concorrência imperfeita, em benefício de interesses financeiros associados à atividade industrial no setor papeleiro. Nunca será demais lembrar a sua "estrela guia" na tutela das florestas e do desenvolvimento rural, publicada na Imprensa em maio de 2012.



Lisboa, 3 de outubro de 2014

Pinhal Interior Sul de Portugal é a região mais envelhecida da UE - Eurostat



A região do Pinhal Interior Sul, onde estão localizadas Sertã e Proença-a-Nova, era em 2013 a mais envelhecida da Europa, com a proporção de idosos a representar quase um terço da população total, divulgou hoje o Eurostat.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, que publica estes dados a propósito do início da Semana Europeia das Cidades e Regiões, em Bruxelas, o ano passado 32,4% da população do Pinhal Interior Sul (que engloba os concelhos de Vila de Rei, Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova) tinham mais de 65 anos, o que tornava esta região a mais envelhecida da União europeia (UE). Em segundo lugar aparecia a região grega de Evrytania, com 32,2% de idosos.

Também a região portuguesa da Beira Interior Sul (no Centro de Portugal e que abarca Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão) estava entre as mais envelhecidas, com 27,9% de população idosa.

Crédito Agrícola premeia os melhores em inovação no setor agrícola


por Ana Rita Costa
8 de Outubro - 2014
O Grupo Crédito Agrícola já anunciou os vencedores das cinco categorias do "Prémio Inovação Crédito Agrícola", num evento que contou com a participação da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas. Esta iniciativa, promovida pelo Crédito Agrícola em parceria com a INOVISA, pretende potenciar a inovação no sector primário.

 
Na categoria Inovação Empresarial o vencedor foi a CleanBiomass, um projeto baseado na ferramenta CLEAN-R1 de limpeza florestal e terrenos abandonados que permite reduzir o risco de incêndio florestal e produzir energia renovável a custos reduzidos.

Na categoria Investigação e Inovação Tecnológica, o prémio foi atribuído a um grupo de investigadores da Universidade do Algarve, que tem em desenvolvimento processos sustentáveis para a produção ecológica de fibras têxteis a partir de recursos agroflorestais, que englobam a criação de novos sistemas e processos de dissolução e conversão de celulose em fibras têxteis.

Na categoria Empreendedorismo e Inovação Social, o projeto Fruta Feia foi o galardoado pelo júri. O objetivo desta cooperativa de consumo é reduzir o desperdício alimentar e ajudar os agricultores a escoar a produção hortofrutícola rejeitada devido à aparência.

Na categoria Agricultura Familiar e Micro Empresas destacou-se a produção de Forragem Verde Hidropónica, uma biomassa vegetal "saudável, sem pesticidas e com elevado valor nutritivo para a alimentação animal que se produz rapidamente e a baixo custo."

Na categoria Projeto de Elevado Potencial Promovido por Associado do Crédito Agrícola, foi distinguida a máquina autónoma de classificação de fruta com colheita automática, da responsabilidade de uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, e que integra diversas tecnologias, nomeadamente inteligência e visão artificiais, GPS e robótica.

Crédito Agrícola lança concurso de vinhos

O Grupo lançou também recentemente, em parceria com a Associação de Escanções de Portugal, o "I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola". A iniciativa destina-se a produtores e a cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

A concurso estarão vinhos brancos e tintos produzidos em Portugal, agrupados por região vitivinícola e diferenciados por produtores e cooperativas. Para cada região vitivinícola e para as categorias "Vinho Branco" e "Vinho Tinto", assim como "Produtores" e "Cooperativas" será atribuída a distinção Tambuladeira dos Escanções de Portugal, nas categorias de ouro, prata e bronze.

O concurso decorrerá na Feira Portugal Agro, de 20 a 23 de novembro, na FIL, em Lisboa.

Adegas Cooperativas apoiam novas restrições de publicidade a bebidas alcoólicas

FENADEGAS integra as 40 associações que aderiram ao novo código de auto regulação para a comunicação de álcool


A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (FENADEGAS) integra o grupo das 40 entidades que, recentemente, assinou o novo Código de Auto-Regulação da Comunicação Comercial em Matéria de Bebidas Alcoólicas – Vinhos e Bebidas Espirituosas. A não utilização de protagonistas com menos de 21 anos de idade em anúncios de bebidas alcoólicas e de figuras públicas com particular notoriedade junto de menores, estabelecendo ainda que nomes, logótipos e marcas das bebidas não apareçam na roupa, brinquedos ou outros produtos concebidos para menores, são alguns dos itens defendidos pela FENADEGAS. Para Basto Gonçalves, presidente desta Federação, "o código vem reforçar valores desde sempre defendidos pela FENADEGAS, através de medidas que transmitem ao público a importância do consumo moderado de álcool e os cenários em que deve ou não ser consumido".
 
As medidas defendidas no documento foram assumidas pela FENADEGAS a quem se juntaram mais 39 entidades, como é o caso de associações e empresas ligadas à indústria do álcool, que subscreveram o novo código, assinado a 6 de outubro, no Palácio da Foz, em Lisboa, num evento promovido pelo Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP).

Seguros agrícolas são «a resposta certa» aos prejuízos no tomate, diz Assunção Cristas



A ministra da Agricultura defendeu hoje que a "resposta certa" para os prejuízos que os produtores de tomate da região de Setúbal estão a ter nas colheitas deste ano são os seguros agrícolas.

"Sem prejuízo de mais avaliação e de mais informação que venha a ser recolhida, o que posso dizer é que a resposta certa é a dos seguros agrícolas. Os seguros de colheita são a melhor forma de nos precavermos deste tipo de situações", afirmou a ministra Assunção Cristas em declarações aos jornalistas, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios no setor.
Questionada sobre uma eventual ajuda da parte do Estado, pedida pela Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS), a governante sublinhou que "o Estado apoia através dos seguros e apoia também no PDR2020 [Programa de Desenvolvimento Rural], através dos seguros, e isso é um apoio muito importante porque é a forma de nos precavermos quanto a estas situações".
Assunção Cristas disse ainda que não marcou por enquanto uma reunião com a AADS, mas está "a avaliar de muito perto" os problemas na colheita de tomate. "Prontamente farei uma visita ao local ou à zona do Ribatejo, que está também muito penalizada", prometeu.
No final de setembro, a AADS anunciou que iria pedir uma reunião com a ministra da Agricultura, para solicitar ajuda do Governo para fazer face aos prejuízos na produção de tomate deste ano. Na altura, a associação avisou que 90% da produção de tomate, nos concelhos do Montijo e de Palmela, está praticamente perdida".
Dinheiro Digital com Lusa

Simpósio Nacional de Culturas Agroindustriais Potencialidades e Perspetivas


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014

A Sociedade Portuguesa de Ciências Agrárias (SCAP) e a Associação Portuguesa de Horticultura (APH), em colaboração com a Universidade de Évora, vão realizar no próximo dia 31 de outubro, no Auditório da Universidade de Évora, o "Simpósio Nacional de Culturas Agroindustriais Potencialidades e Perspetivas".

 
Durante a iniciativa serão discutidos temas como "Politicas Agrícolas na nova PAC", "A evolução da Produção Hortícola no último decénio", "Hortoindustriais no Alentejo", "Gestão diferenciada de pragas e doenças no tomate de indústria através de técnicas de agricultura de precisão", "A competitividade da fileira de produção do tomate de indústria em Portugal e a nível global", "Potencialidades da Agricultura de Precisão na cultura do milho", "Tecnologias de secagem mista e obtenção de novas texturas em fruta" e "Alqueva: Uma Nova Terra de Oportunidades para as Culturas Agroindustriais".

Para mais informações contacte o Tlm 936 378 549/50 ou o email secretariado@scap.pt

UTAD promove workshop sobre Patologia Veterinária


7 de Outubro - 2014
A UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vai promover nos próximos dias 24 e 25 de outubro, no Auditório de Ciências Florestais, um workshop sobre Patologia Veterinária.

 
O workshop irá debater temas como "Fenómenos cadavéricos", "Técnica de necrópsia em mamíferos e aves domésticos e selvagens, répteis e peixes", "Recolha e envio de material para laboratório", "Linguagem no relatório de necrópsia", "Descrição macro e microscópica das lesões da pele" e "Descrição macro e microscópica das lesões do aparelho genital do macho e fêmea".

Para mais informações contacte o email workshopvetpatol.2014@gmail.com

Workshop “Ano Vitícola 2014 - Balanço Final”


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014

A ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense vai realizar no próximo dia 15 de outubro, no Auditório do Solar do IVDP, no Peso da Régua, o workshop "Ano Vitícola 2014 – Balanço Final".

 
Durante o evento serão apresentadas as principais ocorrências climáticas e o respetivo impacto na disponibilidade hídrica da videira, na evolução do ciclo vegetativo, nos aspetos fitossanitários e na maturação da uva. O objetivo é a discussão prévia dos dados recolhidos pela equipa técnica da ADVID e inclusão dos contributos dos seus associados, no sentido da elaboração do documento final "Balanço do ano vitícola 2013-2014".

Para mais informações contacte o 254 312 940

Brio investe 2,1 milhões em dez novas lojas


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014
O The Edge Group vai investir cerca de 2,1 milhões de euros até 2016 na abertura de dez novos supermercados biológicos Brio em Portugal. A quarta unidade em Lisboa abre já na próxima semana.

 
"Temos neste momento um plano fechado entre os acionistas para abrir, além desta quinta loja, mais dez supermercados. A ideia é chegar ao final de 2016 com 15 supermercados Brio", diz José Luís Pinto Basto ao Diário Económico.

O presidente do The Edge sublinha que este investimento será feito com o próprio 'cash-flow' da empresa e tem como objetivo chegar a áreas como Algarve e Porto.

"O consumo biológico ainda é um mercado de nicho e precisa que haja um número considerável de população para justificar a existência de uma destas lojas. A nossa melhor loja neste momento é a loja do Estoril, que é onde existe uma grande densidade de residentes estrangeiros", justifica José Luís Pinto Basto.

Atualmente, 90% das compras dos supermercados Brio são feitas a produtores nacionais, "e é assim que deve ser, por isso digo que o nosso crescimento tem de ser acompanhado pelo crescimento da produção e dos agricultores. Temos parcerias com produtores a quem damos anualmente previsões do que esperamos consumir de determinados produtos e eles já produzem em função dessa nossa procura", refere o presidente do The Edge Group ao mesmo jornal.

A rede de supermercados biológicos pretende atingir até ao final do ano uma faturação de 3,1 milhões de euros, um crescimento de 38,3%.

Biotecnologia em Horticultura em discussão


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014

No âmbito da iniciativa "Um Dia Com…", levada a cabo pelo CEBAL, decorrerá no próximo dia 9 de outubro, no auditório da EDIA, a palestra intitulada "Aplicações de biotecnologia em Horticultura - abordagens para facilitar a vida do agrónomo", tendo como convidada Mariana Mota, Professora no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa. 

 
Durante o evento estarão em discussão questões como a utilização de marcadores moleculares para caracterização genotípica, a identificação de contaminações por organismos fitopatogénicos, a conservação e multiplicação de germoplasma para manutenção de genótipos-elite, bem como para obtenção de plantas com estado sanitário melhorado (termoterapia) ou mesmo de plantas transgénicas.

Neste contexto, as atividades de investigação de Mariana Mota, que visam o desenvolvimento de ferramentas de apoio à produção que permitam um ganho de eficiência ao longo da cadeia em diferentes áreas da Horticultura, vão estar em destaque, assim como alguns exemplos de trabalhos por si desenvolvidos.

Agricultores alentejanos preocupados com saída de Francisco Gomes da Silva


por Ana Rita Costa
7 de Outubro - 2014
A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) diz-se preocupada com a decisão, anunciada pelo ministério de Agricultura, de não substituir Francisco Gomes da Silva no cargo de Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas.

 
A federação refere que "como o regadio e a floresta são fundamentais para o sector agrícola e também para a própria economia nacional", espera que esta decisão não se traduza em perdas para estes setores.

"Sobre as funções desempenhadas pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Francisco Gomes da Silva, a FAABA considera ser de destacar e enaltecer o grande empenho que colocou na evolução do sector do regadio em geral, o contributo significativo que prestou para a normalização do processo de conclusão do regadio do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, assim como a sua intervenção ao nível do sector florestal", conclui a organização em comunicado.

"Alvarinho, Origem Ameaçada", reportagem sobre a ameaça aos vinhos de Monção e Melgaço


António Jorge
06 Out, 2014, 14:11 / atualizado em 06 Out, 2014, 21:21

A sub-região vinícola de Monção e Melgaço tem denominação de origem controlada, desde 1973, para a casta do vinho alvarinho.
Nestes dois concelhos existem cerca de dois mil viticultores, que se sentem agora ameaçados pela recente decisão, votada pelo conselho geral da região dos vinhos verdes, que exige o fim da denominação de origem controlada de Monção e Melgaço.

Alvarinho, Origem Ameaçada, é a grande reportagem de Antônio Jorge que cruza os argumentos desta estória cujo desfecho é ainda desconhecido.

Ministra da Agricultura defende recurso aos seguros


Lusa
07 Out, 2014, 21:19

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, considerou hoje que é necessário aumentar o recurso aos seguros agrícolas, para que os preços possam baixar.
"Quantos mais agricultores fizerem seguros, mais generosos podem ser", referiu a governante, questionada pelos jornalistas sobre as queixas no setor quanto ao aumento dos custos, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios agrícolas.

Assunção Cristas lembrou que o Governo fez uma transformação do sistema de seguros no setor agrícola, o que se refletirá no PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), que tem o início de candidaturas previsto para dia 15 de novembro.

"O PDR2020 vai contar pela primeira vez com seguros apoiados pelos próprios fundos comunitários", sublinhou, acrescentando que o Governo espera que nalguns domínios, possam existir apólices de seguros ajustadas aos produtores.

"Não tenho dúvidas de que o caminho é por aí, muito mais do que dar pontualmente apoios que na prática funcionam como um desincentivo a que os agricultores façam os seus contratos de seguro", defendeu a governante, que apontou também a solução dos seguros para os prejuízos recentes na colheita de tomate.

"Com certeza que os seguros não apoiam tudo. Há sempre uma margem de perdas que não são apoiadas sob pena de serem incomportavelmente caros, mas isso também é o que está dentro do risco próprio do agricultor", avisou.

No final de setembro, a Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate (APPT) anunciou que queria reunir-se com a ministra da Agricultura, para a sensibilizar para os elevados custos dos seguros e o preço baixo pago à produção, face aos prejuízos sofridos no setor.

A ministra esteve hoje presente na cerimónia de entrega dos prémios "Inovação Crédito Agrícola", patrocinados pelo banco Crédito Agrícola em parceria com a Inovisa, com o objetivo de incentivar a inovação no setor.

Os prémios, que foram atribuídos em cinco categorias, foram entregues à CleanBiomass (categoria Inovação Empresarial), ao projeto Fruta Feia (Empreendedorismo e Inovação Social), e à produção de Forragem Verde Hidropónica (Agricultura Familiar e Micro-Empresas).

Quanto à categoria de Investigação e Inovação Tecnológica, os premiados pertencem a uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve, ligada ao desenvolvimento de processos para a produção de fibras têxteis a partir de recursos agro-florestais.

Já na categoria Projecto de Elevado Potencial Promovido por Associado do Crédito Agrícola, foi distinguida a máquina autónoma de classificação de fruta com colheita automática, da responsabilidade de uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra.

Cada um dos vencedores recebeu 5000 euros do Crédito Agrícola, passando a dispor também de condições especiais no banco.

Acção de divulgação sobre o Rhynchophorus ferrugineu (Escaravelho da Palmeira)

DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO



A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte com a colaboração da Câmara Municipal de Aveiro, vão realizar uma acção de divulgação sobre o Rhynchophorus ferrugineus, no dia 13 de Outubro no Pequeno Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, no Cais da Fonte Nova, em Aveiro. O evento, de entrada livre, é especialmente dirigido a todas as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia do Distrito de Aveiro, sobretudo aos técnicos ligados aos espaços verdes, mas também ao público em geral.

Em Portugal este insecto foi detectado pela primeira vez em 2007 no Algarve, tendo a primeira ocorrência no distrito de Aveiro sido assinalada em palmeiras da espécie Phoenix canariensis no ano de 2013. Actualmente encontra-se disperso por diversas regiões do território nacional. Os insectos adultos asseguram, através do voo, a sua dispersão para novas plantas hospedeiras.

A palmeira das Canárias, P. canariensis, e a palmeira-tamareira, P. dactylifera, são utilizadas como ornamentais desde há longa data, encontrando-se espalhadas de norte a sul do País e, poderão estar em risco caso não sejam tomadas as adequadas medidas de contenção e erradicação.

Provavelmente relacionada com as condições climáticas dos dois últimos Invernos, a rapidez da recente expansão da sua área de distribuição na região centro levanta sérias preocupações, procurando-se com esta acção coordenar esforços para combater o insecto e impedir a sua dispersão a novos locais.

Fonte:  DRAPC

Campanhas de milho e arroz comprometidas


Posted by Claudia Trindade

Um fungo na cultura do arroz e as chuvadas que foram fatais para o milho estão a deixar os agricultores do Baixo Mondego bastante apreensivos. Sensivelmente desde julho que os agricultores se depararam com um fungo que está a destruir o arroz, tendo de imediato iniciado os processos de tratamento..
A Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho (CAMV) e a Associação de Agricultores do Vale do Mondego (AAVM) solicitaram quinta-feira, uma reunião com caráter de urgência ao secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, e à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro.
José Armindo Valente, presidente da CAMV, acompanhado de José Pinto da Costa, da AAVM, falaram com o DIÁRIO AS BEIRAS sobre o fungo – piricularia –, que já causou prejuízos em cerca de 50 por cento das culturas de arroz, localizadas nos vales secundários do Mondego, nomeadamente Arunca e Pranto e no leito principal. Num universo de 6.000 hectares foram tratados cerca de 80 por cento, tendo resultado num benefício de 20 por cento, declararam.
"O fungo é provocado pelo excesso de humidade, bem como está associado a poucas horas de luz e a baixas temperaturas, o que beneficia o seu desenvolvimento", explicaram José Armindo Valente e José Pinto da Costa. A piricularia destrói completamente a base da panícula provocando a morte total dos seus bagos.

Informação completa na edição impressa

PSD move guerra contra Cristas em nome da “palavra sagrada” de Sá Carneiro

HERDADE DOS MACHADOS
6/10/2014, 12:11139 PARTILHAS
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Sociais-democratas vão entregar no Parlamento projeto de resolução para defender rendeiros da Herdade dos Machados, a quem o fundador do PSD deu terras. Ministra da Agricultura quer mandá-los embora.

© Hugo Amaral


ASSUNÇÃO CRISTAS
HERDADE DOS MACHADOS
PSD
Francisco Sá Carneiro está no meio de mais uma zanga entre PSD e CDS. O grupo parlamentar social-democrata prepara-se para apresentar na Assembleia da República um projeto de resolução para travar a retirada de terras aos rendeiros e sua entrega ao proprietário da Herdade dos Machados, em Moura, o último reduto da reforma agrária do ex-primeiro-ministro e fundador do PSD.

"Acredito no Estado de direito. Sá Carneiro deu a sua palavra e essa palavra é sagrada", afirmou ao Observador o deputado e líder do PSD-Beja, Mário Simões, acrescentando que vai visitar esta semana os rendeiros da Herdade dos Machados e que depois irá apresentar no Parlamento "um conjunto de recomendações ao Governo".

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, indicada pelo CDS, enviou em junho cartas aos rendeiros reformados da Herdade (que tem ao todo 53) a pedir que entreguem as terras.

"Corei de vergonha quando fui confrontado com essas situações", acrescentou o deputado. Entre as recomendações ao Governo, os sociais-democratas vão querer que fique claro a possibilidade de os reformados permanecerem nas terras e de os descendentes destes rendeiros poderem herdar o contrato de arrendamento.

"Vamos clarificar de uma vez por todas. Isto não pode ficar ao sabor de cada Governo. As terras da Herdade dos Machados são do Estado. Sá Carneiro indemnizou a Casa Agrícola Santos Jorge. É bom não esquecer. Portanto, se um rendeiro não quiser mais a sua parcela de terra, esta pode ir para a bolsa de terras do Estado", sublinhou Mário Simões, lembrando que Sá Carneiro, "figura de grande apreço e estima", "assumiu o direito de transmissão para os descendentes". "Não se pode notificar as pessoas de um dia para o outro para saírem", insistiu.

Depois de tomar posse, a ministra da Agricultura pediu um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) para saber até que ponto podia mandar embora os rendeiros da Herdade dos Machados e devolver as terras ao proprietário original. A PGR impediu qualquer quebra do contrato de arrendamento, admitindo, porém, que esse contrato não passe para os descendentes. Depois disso, o Ministério da Agricultura fez uma interpretação da lei original no sentido de que os rendeiros reformados deixassem de reunir condições para explorar a terra e enviou cartas a pedir que entregassem as parcelas de terreno. Em alguns casos, tratava-se de pessoas que já estão reformadas há oito anos.

Mário Simões não quer tecer considerações sobre Assunção Cristas. "Há lóbis", limita-se a dizer.

No Governo de Durão Barroso (2002 a 2004), o então ministro da Agricultura Sevinate Pinto também tentou acabar com os contratos de arrendamento daqueles rendeiros. Mário Simões recorda que, à data, era militante de base e pouco pôde fazer.

"Esta é uma questão de ética", explica, explicando a indignação que agora sente.

Em resposta a um requerimento da deputada do BE, Helena Pinto, sobre o destino a dar às terras que sejam retiradas aos rendeiros, o Ministério da Agricultura respondeu no dia 3, sexta-feira, que o Governo "decidirá caso a caso, e atendendo ao interesse público, qual a afetação mais adequada, de entre as legalmente possíveis, a atribuir a tais terras".

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Prevenção é, para já, a única arma para combater vespa do castanheiro


Áudio É preciso evitar a entrada da vespa do castanheiro na região transmontana


Insecto chinês já destruiu quase metade da produção de castanha europeia. Só na próxima Primavera poderão entrar em acção os parasitóides, insectos também oriundos da China, capazes de exterminar esta vespa. 06-10-2014 19:15 por Olímpia Mairos
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A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte está a pedir aos agricultores transmontanos para adquirirem apenas castanheiros devidamente certificados a fim de prevenir a entrada da vespa do castanheiro na região. 

Trás-os-Montes é maior produtora de castanha no país. Possui 30 dos 35 mil hectares de soutos. 

Paula Carvalho, subdirectora-geral de Alimentação e Veterinária, apela, por isso, aos produtores da região para que "adquiram plantas devidamente controladas, com as etiquetas de certificação e de passaporte fitossanitário" e, aquando da sua chegada, "solicitem aos serviços regionais de agricultura uma inspecção ao material, antes de procederem à sua plantação".

"Só assim podemos prevenir a entrada de árvores afectadas", alerta. 

Grandes quebras de produção
O primeiro foco deste parasita (o "dryocosmus kuriphilus") com origem na China, foi detectado em Junho, na região de Barcelos, mas Paula Carvalho teme que a praga se possa estender a outras regiões, com graves prejuízos para os produtores, e manifesta preocupação em relação a Trás-os-Montes, que é a principal produtora de castanha. 

"Estamos extremamente preocupados porque a experiência que tem acontecido em outros países, nomeadamente Itália e França, que são os mais afectados, são quebras de produção que podem atingir os 70%", frisa. 

A subdirectora-geral de Alimentação e Veterinária sublinha ainda que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte "tem vindo a desenvolver trabalho de vigilância dos soutos", adiantando que a prioridade vai para os mais recentes. "São os de maior risco porque poderão ter vindo com plantas contaminadas e importa, agora, verificar todas as novas plantações", diz.
 
Os serviços do Ministério da Agricultura prometem estar vigilantes e asseguram que, caso seja detectado algum foco, "há medidas que podem ser tomadas dentro dos condicionalismos da biologia desta praga, que é complicada de controlar". 

O ciclo da vespa 
A praga da vespa do castanheiro tem um ciclo anual e é na altura da Primavera que são visíveis os sintomas na árvore: formam-se galhas (semelhantes aos bogalhos dos carvalhos) que têm as larvas lá dentro. Inicialmente, as galhas são de cor verde-clara, passando a cor rosada. 

Entre meados de Maio e final de Julho saem as vespas. Põem mais ovos, que vão passar o Inverno na árvore, desenvolvendo-se na Primavera seguinte. Desta forma, prejudicam a formação de novos ramos, e, consequentemente, a formação dos frutos. Em plantas jovens a praga pode mesmo conduzir à morte. 

A luta biológica parece ser a única arma de destruição, mas em Portugal só deverá começar a ser testada na próxima Primavera. Nessa altura, serão largados os primeiros parasitóides, insectos também oriundos da China, capazes de exterminar esta vespa.

Sistema de deteção incêndios no Gerês emitiu mais de 1.300 falsos alarmes



O sistema de deteção automática de incêndios florestais instalado no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), emitiu, entre julho de 2013 e agosto deste ano, 1.323 falsos alarmes e 228 alarmes verdadeiros.

O Forest Fire Finder (FFF) foi adquirido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) à empresa portuguesa NGNS Ingenious Solutions, através de um contrato por ajuste direto de perto de um milhão de euros.

O sistema, composto por 14 detetores, foi instalado em julho de 2013.

Miguel Macedo faz "balanço positivo" da época crítica

INCÊNDIOS


O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, fez hoje um "balanço positivo" da época crítica em incêndios florestais, considerando que "o tempo ajudou", mas o dispositivo de combate também esteve preparado.

"Os dados são muito positivos, temos um dos melhores anos das últimas décadas, quer em número de ocorrências, quer em área ardida. Estamos evidentemente satisfeitos, acho que o tempo ajudou, mas o dispositivo esteve também preparado para ocorrer com eficiência às ocorrências", disse aos jornalistas Miguel Macedo.

O ministro da Administração Interna, que hoje fez um balanço da fase "charlie" do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF), que terminou a 30 de setembro, adiantou ainda que "os resultados são fracamente positivos em relação aos objetivos" traçados no início da época de fogos.

Agência Lusa

Grupo de investigadores internacionais visitou povoamentos de pinheiro bravo infectados pela doença da murchidão no concelho de Tábua

Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais

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A FNAPF - Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais acolheu no passado dia 2 de outubro, em Tábua, a visita de campo de cerca de 25 investigadores oriundos de vários países da União Europeia que estão a estudar formas de combater com maior eficácia a doença provocada pelo nemátode da madeira do pinheiro, responsável pela morte, nos últimos anos, de largos milhares de árvores.

A desenvolver investigação no âmbito projecto europeu REPHRAME, os especialistas, que escolheram Portugal e Espanha para o meeting final, visitaram alguns povoamentos florestais afectados pela Doença da Murchidão do Pinheiro que estão a ser intervencionados no concelho de Tábua, pela CAULE - Associação Florestal da Beira Serra, uma Associada da FNAPF.

O grupo teve oportunidade de observar "in loco" os trabalhos que estão a ser executados, nomeadamente de prospecção, marcação e erradicação de árvores sintomáticas, destruição de sobrantes e colocação e monitorização de armadilhas para captura do insecto vetor da doença, tendo concluído que na região da Beira Serra, a CAULE está a realizar um "trabalho gigantesco".

Coordenador do projecto, o britânico Hugh Evans deu nota da pesquisa que tem estado a ser realizada no âmbito do REPHRAME, cuja informação "ajuda o trabalho que está a ser executado aqui". "Parece ser uma tarefa impossível identificar todas as árvores infectadas numa área tão vasta e pertencente a tantos proprietários diferentes", constatou ainda o investigador, confessando-se "particularmente interessado" em estudar "os insectos que transportam o nemátodo de árvore para árvore" e encontrar formas eficazes de o controlar. O projeto é financiado pela União Europeia e está a decorrer há 3 anos e meio, contando com onze parceiros em oito países diferentes.

Também o Chairman da Confederação Europeia da Indústria de Madeira, CEI – Bois, Marc Michielsen considerou este trabalho "muito importante" para um sector que emprega 2,5 milhões de pessoas em toda a Europa, num total de mais de 380 mil empresas.

O presidente da FNAPF, José Vasco Campos, salientou igualmente a importância do trabalho que possa ser desenvolvido pela Investigação, uma vez que se trata de um problema que assume dimensões "muito graves" não só em Portugal, como em toda a Europa. "Tudo o que contribua para que a doença diminua é muito importante para nós, produtores florestais", afirmou Vasco Campos que fala em centenas de milhares de árvores intervencionadas pela CAULE – marcadas, cortadas e destrúidos os seus resíduos - de forma a "conter esta doença, o que felizmente está a acontecer nesta região", garante. Apesar de dar a situação como controlada na área de intervenção desta Associação, o presidente da FNAPF entende que "todos estes estudos podem ser muito úteis para o nosso objectivo comum, que é termos um pinheiro bravo resistente ao nemátodo", pelo que "nesse aspecto a investigação é fundamental", considerou.

Os Agricultores e as suas Cooperativas têm demasiados desafios pela frente e altamente preocupantes

Iniciou esta segunda-feira, 6 de Outubro, o Congresso para debater a nova PAC  e a Agricultura  Familiar e de que forma poderão contribuir para o Crescimento e o Emprego nas zonas Rurais.

O primeiro Seminário abordou os desafios económicos que os agricultores e as suas cooperativas terão que enfrentar e como a nova PAC lhes dará respostas.

A Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, da CONFAGRI, na qualidade de Vice-Presidente da COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia), participou neste Seminário e apresentou algumas das conclusões:

-Os agricultores e as suas Cooperativas têm demasiados desafios económicos pela frente e altamente preocupantes, como por exemplo, o elevado custo dos factores de produção, os elevados custos de energia, a extrema volatilidade dos mercados, a crise resultante do embargo russo e a gestão dos riscos, resultantes das condições e alterações climatéricas.

No que diz respeito aos fertilizantes, há  5  países que controlam mais de 50% da capacidade global de produção  de fertilizantes e a Europa não está neste ranking. São eles a China, a Rússia,  os Estados Unidos, o  Canadá e  a Índia. É muito preocupante que a Europa esteja cada vez mais dependente do exterior na importação dos fertilizantes.

No respeitante à energia, constatou-se que a agricultura europeia é um sector com forte consumo de energia, sendo que os custos podem representar 20% do conjunto dos custos de produção. Há assim um grande desafio para uma agricultura durável, havendo necessidade de gerir bem esta questão, pois a Europa não é concorrencial face aos Estados Unidos. Um estudo entre 2005 e 2012, constatou que o preço do gás diminuiu nos EUA 60%, enquanto que na Europa aumentou  30%.  O preço da  electricidade, por sua vez,  diminuiu 44% nos EUA e aumentou 38% na Europa. Ora, tem-se que lutar contra as força que vão contra o desenvolvimento de energia na Europa e os Estados-membros devem harmonizar e aproveitar o seu potencial. É urgente mudar de orientação na União Europeia em relação à energia.

Lisboa, 6 de Outubro de 2014

Agricultura e o trabalho sazonal imigrante Reunião de membros das organizações ECVC em Portugal



As políticas agrícolas e comerciais, nacionais e comunitárias, conduzem à destruição da mão-de-obra familiar e incentivam a exploração de mão-de-obra sazonal imigrante (e migrante)

Foi isto mesmo que concluíram, a CNA – Confederação e Nacional da Agricultura, a Confédération Paysanne (Confederação Camponesa / França) e o Sindicato de Obreros del Campo (sindicato de trabalhadores agrícolas de Andaluzia - Espanha), no âmbito de uma visita destas organizações a Portugal, para tratar do tema dos trabalhadores agrícolas imigrantes.

Ao mesmo tempo que diminui, todos os anos, a população agrícola familiar, assistimos a uma crescente procura de mão-de-obra agrícola sazonal e imigrante (e, em Portugal, também de Portugueses migrantes).

Esta realidade é fruto de uma política praticada por sucessivos governos e por políticas Comunitárias que têm vindo a promover, em Portugal, mas também em Espanha e em França, uma agricultura industrializada, concentrada, virada para a exportação, capaz de "competir" nos mercados mundiais mas em detrimento da pequena agricultura, da agricultura familiar e do comércio e produções locais.

Este tipo de explorações super-intensivas e industriais recorrem a mão-de-obra imigrante, mal remunerada e sem direitos, nomeadamente através de certos intermediários, os novos "negreiros".

No contexto neo-liberal, nesta globalização tipo "lei da selva", as Pessoas são em geral consideradas como uma mera "mercadoria" (factor de produção), com a agravante de, no caso, o serem e quanto ao mais baixo preço, melhor…

Esta orientação política, para além de destruir a população agrícola familiar, só em Portugal e segundo o INE, entre 1999 e 2009 esta população perdeu 443 mil indivíduos, tem levado também a situações de exploração humana, que roçam a escravatura, de uma população imigrante trazida da Europa de Leste mas também de Africa e da Asia.

Na verdade, a tão badalada "competitividade" da agricultura industrial deve-se em grande parte ao "dumping" financeiro (comercializar abaixo do custo de produção) criado pela concentração de grande parte das ajudas públicas, ao rendimento e ao investimento nestas sociedades, mas também, ao "dumping" social, com a sobreexploração de trabalhadores sazonais imigrantes (e migrantes).

Este é um fenómeno perverso que se tem agravado com as políticas comerciais da UE, sustentadas na assinatura de tratados de livre comércio, nomeadamente com países que produzem a baixo preço à custa de mão-de-obra barata e com reduzidos direitos sociais, de que é exemplo Marrocos, onde até há pouco tempo um salário mínimo agrícola garantido era de 50 Dirhams por dia, qualquer coisa como 4,5 €.

A CNA, a Confédération Paysanne e o SOC apelam, no ano Internacional da Agricultura Familiar, promovido pelas Nações Unidas, para uma mudança efectiva nas políticas, agrícolas e comerciais, nacionais e comunitárias, no sentido de se subalternizar uma política comercial a uma política agrícola e alimentar que:

- Relocalize produções e consumo;
- Inverta a desvalorização generalizada dos preços dos alimentos e reponha a perda de rendimento a que os Agricultores Europeus estão sujeitos há mais de três décadas;
- Reponha uma justa distribuição do valor acrescentado pelos vários agentes da cadeia alimentar;
- Aposte nos modos de produção sustentáveis e que garantam uma efectiva segurança alimentar na Europa e no Mundo.
CNA, SOC e Confédération Paysanne manifestam a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores imigrantes explorados. Nossas organizações vão continuar a lutar contra todas as formas de repressão e negação do trabalho e pelos direitos sociais fundamentais.

Coimbra, 6 de Outubro de 2014

Confederação Nacional da Agricultura
Confédération Paysanne
Sindicato de Obreros del Campo

Fonte:  CNA

Parlamento Europeu: Nuno Melo questiona novo Comissário designado para a agricultura, em audição, no Parlamento Europeu



Quinta-feira, no Parlamento Europeu, durante a audição ao Comissário designado para a agricultura, Phil Hogan, o Eurodeputado Nuno Melo questionou o novo Comissário acerca da importância do apoio aos jovens agricultores e qual seria o impacto no orçamento da PAC.

Em resposta ao Eurodeputado, Phil Hogan garantiu que a renovação geracional do tecido agrícola será uma prioridade e que o estabelecido no orçamento da PAC será para manter, com a possibilidade de reintegração de outros fundos europeus, inscritos, nomeadamente, no Horizonte 2020.

Principais medidas inscritas na agenda do novo Comissário para a Agricultura:

- Defesa do orçamento, trabalhando simultaneamente com o Comissário do Orçamento
- Redução da burocracia
- Garantia de uma revisão intercalar da PAC
- Criação de mais postos de trabalho nas zonas rurais
- Garantia de proximidade com os Estados-membros
- Criação de mais fundos para os jovens agricultores

Fonte:  Gabinete do Eurodeputado Nuno Melo

Assunção pela floresta



Paulo Pimenta de Castro

Na sequência da demissão de mais um secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, o segundo nesta legislatura, Assunção Cristas informa que vai assumir a tutela das florestas. Mas, será que nunca a deixou de assumir?

Efetivamente, foi ela que protagonizou todos os eventos propagandistas que o Governo assumiu no domínio das florestas. Sempre que havia máquina fotográfica e câmara de filmar, lá estava a ministra, uma espécie de propagandista de boas intenções. Todavia, nas épocas de incêndios de 2012 e 2013 foi contudo a banhos, desapareceu do mapa mediático.

Mas, quais são as boas intenções do consulado da ministra Assunção Cristas?

Um diploma legal que garante à perpetuidade os preços baixos à produção de rolaria de eucalipto (o DL n.º 96/2013 ou Diploma Portucel).

A garantia do funcionamento dos mercados em concorrência imperfeita (a anunciada plataforma de acompanhamento dos mercados segue para promessa eleitoral).

A persistência numa Estratégia Nacional que nada tem de "defesa da lavoura e dos contribuintes" (o lema de campanha do seu partido). Ainda por cima, baseada num diagnóstico do seu antecessor Jaime Silva (nem isso conseguiu mandar atualizar).

A contínua proliferação de pragas e de doenças pelos espaços florestais (a sanidade ocupa um vão de escada no Ministério).

O gravíssimo problema de escassez de matéria prima para a indústria de maior valor acrescentado agudizou-se.

Assiste-se ao fomento de negócios financeiros, de retorno rápido, associados ao esgotamento dos recursos florestais, já que não está prevista no seu seio, ou não é garantida pelo Estado a renovação de tais recursos.

Um cadastro rústico cuja conclusão foi remetida para comissão faz-que-torce.

Um "nim" quanto aos PROF e ao PNDFCI (ou sim, ou sopas, o deixa andar é que não é politicamente aceitável).

A liquidação dos Serviços Florestais do Estado, quando estes são cada vez mais essenciais ao desenvolvimento das florestas (esmagadoramente privadas e carentes de apoio técnico).

Ou seja, a ministra vai agora revelar-se de corpo inteiro, sem subterfúgios. Veremos assim que, no fundamental, não será mais do que foi Jaime Silva.

04/10/2014

Paulo Pimenta de Castro 
Engenheiro Silvicultor 
Presidente da Direção da Acréscimo, Associação de Promoção ao Investimento Florestal

Publicado em 06/10/2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Adega de Borba investe um ME em nova adega para vinhos topo de gama

03-10-2014 
 

 
A Adega de Borba, no Alentejo, abriu na vindima deste ano uma nova adega para vinhos topo de gama, num investimento superior a um milhão de euros, revelou a empresa.

A nova adega, situada no interior do novo edifício da empresa, permite a produção de vinhos de «categoria superior», através de novos processos «altamente sofisticados e de elevada capacidade tecnológica».

A infra-estrutura permite a seleção da uva bago a bago e a vinificação em pequenos lotes, «de forma a optimizar as cinéticas de fermentação» e o aumento da capacidade do estágio do vinho em tonéis «em condições de excelência».

Para o director executivo da empresa, Manuel Rocha, «a nova adega de vinhos "super premium" vem confirmar a estratégia da empresa de aumentar o volume de vendas de produtos de imagem e de grande valor acrescentado pelo reforço da qualidade». «Este é um passo muito importante, que irá posicionar os nossos vinhos num patamar de reconhecimento ainda mais superior», realçou.

O investimento na nova adega de "vinhos topo de gama" insere-se no âmbito do processo de modernização da Adega de Borba, co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

 As uvas escolhidas para a nova adega, segundo a empresa, provêm de vinhas previamente seleccionadas, que cumprem um conjunto de pré-requisitos qualitativos durante a maturação, nomeadamente a concentração de açúcares, a cor (antocianinas), a acidez e o potencial de envelhecimento (polifenóis).  As castas seleccionadas são vindimadas de forma manual e transportadas para a adega em caixas.

A Adega de Borba, que produz anualmente um milhão de caixas de nove litros, sendo «um dos dez maiores produtores nacionais do sector», reúne cerca de 300 viticultores, que cultivam cerca de dois mil hectares de vinha, dos quais, 70 por cento de uvas tintas e 30 por cento de uvas brancas, nos concelhos alentejanos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa. Fundada em 1955, foi a primeira de um conjunto de adegas cooperativas constituídas no Alentejo.

Fonte: Lusa