segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Copa-Cogeca solicita medidas que garantam um fornecimento seguro de alimentos

03-10-2014 
  
O Copa-Cogeca destacou, na reunião dos ministros da Agricultura da União Europeia, medidas que beneficiem o fornecimento seguro de alimentos para a população mundial, que irá aumentar em dois milhões de pessoas em menos de 40 anos.

Na reunião informal dos ministros da Agricultura da União Europeia (UE), celebrada no dia 30 de Setembro, o Copa-Cogeca solicitou medidas que beneficiam o ambiente e simultaneamente sejam viáveis a nível económico para responder às necessidades de uma crescente população mundial.

As declarações foram proferidas enquanto os ministros debatiam um novo documento apresentado pela presidência italiana sobre "Como pode contribuir a agricultura da UE para o desafio da segurança alimentar».

No encontro em Milão, Christian Pèes, presidente da Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia (COGECA), organização da qual a CONFAGRI faz parte, sublinhou a importância do tema em debate, tendo em conta que «num mundo em que cerca de 805 milhões de homens, mulheres e crianças passam fome e no qual a população mundial cresce em cada dia que passa, alcançar a segurança alimentar e a estabilidade de forma sustentável é um grande desafio global para o qual não nos podemos permitir fracassar».  

Ao destacar os âmbitos de urgente actuação, Christian Pèes afirmou que «a estabilidade do mercado deve melhorar para que os agricultores e as cooperativas agrícolas possam realizar planos de produção. É preciso gerir a volatilidade cada vez maior dos preços agrícolas e fornecimento de matérias-primas e fazê-lo com redes de segurança efectivas para os agricultores e com acesso a ferramentas eficazes que protejam os agricultores dos riscos».

«O facto de operar num mercado global onde os preços europeus estão alinhados com os preços mundiais, também significa que necessitamos de mais informação sobre o mercado e maior transparência a nível global. Com sinais pontuais sobre as acções e os preços agrícolas no sector poderá reagir mais rápido. O sistema de informação sobre os mercados agrícolas é uma primeira iniciativa positiva. O Serviço Europeu de Acção Exterior facilitará uma boa base que permita começar a criar uma rede europeia de informação independente acerca do estado da agricultura e dos alimentos a nível mundial», declarou o responsável.

O presidente da COGECA continuou, assinalando que «as organizações de produtores, como as cooperativas agrícolas também devem ser encorajadas, pois permitem aos agricultores unir as suas forças para comercializar os seus produtos e, em última instância, aumentar a eficiência da cadeia alimentar. Mediante a compra de matérias-primas juntos e agrupando a oferta, as organizações de agricultores podem fazer frente à volatilidade extrema do mercado, tanto em termos de matérias-primas como de resultados, o que também cria valor adicional e maiores benefícios».

Por seu lado, a vice-presidente do COPA, Maira Dzelzkaleja, disse que «a crescente procura alimentar mundial, também a pouca disponibilidade de terras agrícolas e de recursos hídricos, assim como as alterações climáticas e as condições políticas instáveis, como o recente embargo comercial, não facilitam as coisas. Os recursos naturais são finitos. Além disso, as alterações climáticas não provocam apenas alterações de temperatura a longo prazo, mas também geram fenómenos meteorológicos extremos com mais frequência e maiores probabilidades de obter más colheitas».

A responsável afirmou que «satisfazer o crescimento da procura de alimentos e rações com maior qualidade e diversidade e com benefícios sanitários é, por conseguinte, um grande desafio, mas possível de enfrentar com um esforço adequado e imediato».

Para concluir, Christian Pèes declarou que «assegurar que os agricultores e suas cooperativas tenham melhores rendimentos com os seus produtos e disponham de suficiente segurança alimentar e estabilidade para investir no futuro será, em primeiro lugar, a melhor forma para reduzir a fome e garantir a segurança alimentar a longo prazo».

Fonte: Copa-Cogeca

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