terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os Agricultores e as suas Cooperativas têm demasiados desafios pela frente e altamente preocupantes

Iniciou esta segunda-feira, 6 de Outubro, o Congresso para debater a nova PAC  e a Agricultura  Familiar e de que forma poderão contribuir para o Crescimento e o Emprego nas zonas Rurais.

O primeiro Seminário abordou os desafios económicos que os agricultores e as suas cooperativas terão que enfrentar e como a nova PAC lhes dará respostas.

A Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, da CONFAGRI, na qualidade de Vice-Presidente da COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia), participou neste Seminário e apresentou algumas das conclusões:

-Os agricultores e as suas Cooperativas têm demasiados desafios económicos pela frente e altamente preocupantes, como por exemplo, o elevado custo dos factores de produção, os elevados custos de energia, a extrema volatilidade dos mercados, a crise resultante do embargo russo e a gestão dos riscos, resultantes das condições e alterações climatéricas.

No que diz respeito aos fertilizantes, há  5  países que controlam mais de 50% da capacidade global de produção  de fertilizantes e a Europa não está neste ranking. São eles a China, a Rússia,  os Estados Unidos, o  Canadá e  a Índia. É muito preocupante que a Europa esteja cada vez mais dependente do exterior na importação dos fertilizantes.

No respeitante à energia, constatou-se que a agricultura europeia é um sector com forte consumo de energia, sendo que os custos podem representar 20% do conjunto dos custos de produção. Há assim um grande desafio para uma agricultura durável, havendo necessidade de gerir bem esta questão, pois a Europa não é concorrencial face aos Estados Unidos. Um estudo entre 2005 e 2012, constatou que o preço do gás diminuiu nos EUA 60%, enquanto que na Europa aumentou  30%.  O preço da  electricidade, por sua vez,  diminuiu 44% nos EUA e aumentou 38% na Europa. Ora, tem-se que lutar contra as força que vão contra o desenvolvimento de energia na Europa e os Estados-membros devem harmonizar e aproveitar o seu potencial. É urgente mudar de orientação na União Europeia em relação à energia.

Lisboa, 6 de Outubro de 2014

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