sábado, 5 de dezembro de 2015

Governo quer criar banco de terras com património fundiário do Estado


Governo quer criar banco de terras com património fundiário do Estado


O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, avançou hoje que o Governo pretende criar um «banco de terras» com «património fundiário do Estado», que está ao abandono ou com «utilizações menos adequada».
«O que nos propomos fazer é criar um banco de terras onde possamos colocar todo o património fundiário do Estado», disse Capoulas Santos aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração da Feira Nacional de Agricultura Biológica - Terra Sã 2015, que decorre até domingo em Lisboa.
Na base desta iniciativa está a dificuldade no acesso à terra, apontado pelo ministro como um dos «principais problemas para o rejuvenescimento» do empresariado.
Diário Digital com Lusa

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Portugal aprova financiamento de 17 ME para projectos nos países de língua portuguesa

 30-11-2015 
 

 
Portugal já aprovou financiamento de 17 milhões de euros para projectos de países de língua portuguesa na área das alterações climáticas, principalmente de energias renováveis, água e saneamento, disse fonte da Agência Portuguesa do Ambiente.

«Temos um montante de financiamento já aprovado, e que tem vindo a ser desembolsado ao longo do tempo, a rondar 17 milhões de euros, com um conjunto muito significativo de projectos», avançou o director do departamento das Alterações Climáticas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Em declarações à Lusa, Eduardo Santos especificou que aqueles projectos abrangem áreas «bastante diferentes», desde estratégias de baixo carbono a planos para aproveitamento da biomassa florestal, de apoio ao saneamento urbano ou o mapeamento de fontes de energia renovável.

O programa de apoio ao desenvolvimento e cooperação na área das alterações climáticas foi criado em 2010, dirige-se a Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Timor-Leste e junta a APA e o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua na avaliação dos projectos propostos por aqueles países.

A iniciativa portuguesa teve origem nas decisões da convenção das partes das Nações Unidas para as alterações climáticas, visando a ajuda à capacitação dos países em desenvolvimento na mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças do clima, podendo concretizar-se através de financiamento ou de transferência de tecnologia.

«Neste momento, temos praticamente cobertos todos os países do programa e Moçambique foi aquele que apresentou um conjunto mais significativo de projectos», havendo propostas a beneficiar mais do que uma nação, segundo Eduardo Santos, que exemplificou com uma associação entre Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique para desenvolver em conjunto áreas de interesse comum, na vertente das alterações climáticas.

Os projectos financiados estão «praticamente todos» em concretização e a área da energia, principalmente as renováveis, é a mais concorrida, seguida das águas e resíduos.

O atlas para as energias renováveis em Moçambique foi o primeiro projecto a ficar concluído e conseguiu «resultados bastante interessantes, em termos de mapeamento num país riquíssimo em recursos renováveis», explicou Eduardo Santos.

Tratou-se de mapear o potencial de Moçambique nas energias renováveis com base no sol, vento, ondas e geotermia e identificar possibilidades de projectos a desenvolver, fornecendo ao Governo deste país um «instrumento importante» de decisão.

Também é em Moçambique o exemplo de um projecto que integra a componente transferência de tecnologia, aquele das «aldeias solares», que prevê a instalação de painéis fotovoltaicos em 50 localidades moçambicanas.

Além deste programa de cooperação, Portugal contribuiu com dois milhões de euros para o Fundo Verde do Clima, uma iniciativa internacional destinada a financiar a adaptação dos países em desenvolvimento às e que deverá ter um orçamento de 100 mil milhões de dólares até 2020.

Fonte: Lusa

Novo ministro da Agricultura da Argentina elimina retenções à exportação de cereais e carne


  02-12-2015 
 

 
O futuro presidente da Argentina, Mauricio Macri, nomeou Ricardo Buryaile para próximo ministro da Agricultura. Buryaile conta com uma vasta experiência em matéria de agricultura.

Antes de ser eleito deputado em 2013, foi vice-presidente das Conferências Rurais Argentinas (CRA). O futuro ministro já adiantou, em entrevista ao diário Clarín, que as retenções à exportação de soja vão reduzir em cinco por cento. Passando dos 35 por cento actuais para 30 por cento, com vista a uma diminuição anual de cinco por cento, ou seja, que desapareçam num prazo de sete anos.

Ricardo Buryaile a anunciou ainda que desde o primeiro dia vão ser eliminadas as retenções ao trigo, actualmente de 23 por cento; ao do milho, de 20 por cento; girassol estão nos 32 por cento e as da carne, em 15 por cento.

Fonte: Agrodigital

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

GNR termina campanha junto dos condutores de tractores agrícolas

Dezembro 01
13:58
2015

A sinistralidade com tractores agrícolas começa a ser uma preocupação no nosso país, com números que começam a ser alarmantes.

Assim, em 2014, registaram-se 210 acidentes, que provocaram 80 mortos e 79 feridos graves. Só no primeiro semestre deste ano tivemos 91 acidentes com tractores agrícolas, que provocaram 27 mortos e 27 feridos graves.

O capotamento é a causa mais frequente em acidentes com tractores agrícolas.

Para tentar melhorar a situação, a GNR lançou uma campanha nacional de sensibilização dos tractoristas, para uma série de boas práticas, no sentido de evitarem os acidentes.

Nestas práticas encontram-se a boa manutenção do tractor, a utilização dos acessórios de iluminação e sinalização, a frequência de acções de formação teóricas e práticas, não conduzir sob o efeito de álcool, ou fadiga.

Muito importante é o arco de segurança, vulgarmente conhecido por "Santo António", que deve estar instalado em todos os tractores, pois constitui um elemento fundamental de protecção do tractorista em caso de capotamento.

A campanha da GNR chegou agora ao fim, tendo tido uma boa receptividade e participação dos utentes.

UE aprova 33 novos programas de promoção para produtos agrícolas



 17 Novembro 2015, terça-feira  AgronegócioPolítica Agrícola

A Comissão Europeia aprovou 33 novos programas para promover produtos agrícolas, no valor global de 108 milhões de euros.

Estes programas têm como objetivo contribuir para a abertura de novos mercados para os produtores europeus e aumentar o consumo dentro da UE.
Estes programas foram aprovados no quadro da regulamentação 2008, que será substituído a 1 de Dezembro, data a partir da qual o financiamento dos programas será totalmente comunitário.
Vinte destes programas visam a promoção dos produtos agrícolas no mercado interno da União Europeia, enquanto 13 são para mercados externos, tais como a China, o Médio Oriente, a América do Norte, o Sudeste Asiático, o Japão, a Coreia do Sul, a África, a Rússia, o Cazaquistão, a Austrália, a Noruega e os Balcãs.
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Stoock: multi-sensor português para monitorizar culturas agrícolas



 18 Novembro 2015, quarta-feira  Agrobótica

O produto chama-se Stoock, e é uma ferramenta que cruza a gestão do terreno agrícola com a monitorização e parametrização física das culturas. A tecnologia permite, entre outras funções, detetar a humidade do solo, a humidade e a temperatura do ar, a velocidade do vento e a radiação solar, índice de evapotranspiração ou balanço hídrico das culturas.

O Stoock é um dos três projetos finalistas no concurso EDP Inovação é trata-se de um dispositivo energeticamente autossuficiente, que se integra na ótica da Internet of Things.
Bruno Fonseca, CEO da Agroop, empresa responsável pelo desenvolvimento do produto, afirma que o projeto apareceu para suprir uma necessidade já identifica pelos agricultores clientes da Agroop. De momento, o primeiro protótipo do Stoock deteta a humidade do solo, a humidade e a temperatura do ar, a velocidade do vento e a radiação solar. Contudo, está já em desenvolvimento um "segundo protótipo que será ainda mais funcional e que terá um menor número de sensores", adianta Bruno Fonseca.

Ainda segundo o promotor, "através da recolha destes dados e devido à comunicação com a Agroop Operacional (software para gestão de operações agrícolas), o sistema conseguirá calcular o índice de evapotranspiração e o balanço hídrico das culturas e assim garantir que as mesmas recebem a água exata à sua melhor evolução, evitando ainda desperdícios hídricos e energéticos muito significativos".
O Stoock está pensado para ser um aparelho muito fácil de configurar, tão intuitivo que o próprio agricultor não terá qualquer dificuldade em instalá-lo e integrá-lo com a aplicação, sem qualquer ajuda externa.

Para Bruno Fonseca, "o sistema combinado (Agroop Operacional + Stoock) será revolucionário, porque por um lado receberá informação produtiva e operacional dos agricultores e por outro detetará parâmetros físicos através do Stoock. O sistema, possuindo este tipo de informação conseguirá correlacionar as variáveis operacionais com as variáveis físicas e em pouco tempo identificará fatores críticos que contribuirão para o aumento ou diminuição da produtividade agrícola, nomeadamente aspetos relacionados com rega, fertilização, tratamentos, pragas, condições climáticas, custos de produção, etc. …"
Os primeiros testes no terreno, terão lugar no início do próximo ano e irão decorrer numa exploração em monocultura. Após validação algoritmica e técnica do sistema, irão desenvolver-se modelos de análise agronómica para outras culturas.

É tempo da Romã: benefícios e características do fruto



 19 Novembro 2015, quinta-feira  Fruticultura

A romã é uma das frutas mais antigas que se conhece e, provavelmente, a fruta com maior capacidade medicinal comprovada.

A romã, cujo nome científico é Punica granatum, é uma infrutescência da família das Punicáceas, originária do sul da Ásia, na Pérsia. Foi levada pelos fenícios para os países mediterrânicos, de onde se difundiu para o continente americano, chegando ao Brasil pela mão dos portugueses. A nível mundial, os maiores produtores são o Afeganistão, o Irão, Israel, Brasil, EUA, Itália e Espanha, sendo esta o maior exportador europeu.
Em Portugal, a região do Algarve concentra cerca de 80% da área e 95% da produção total de romã do continente. A maioria da produção provém de árvores dispersas, em bordadura, sendo relativamente reduzido o número de pomares extremes. A área de cultura, que tem vindo a decrescer, é atualmente de 108 ha e a produção anual ronda as 400 toneladas.
As variedades mais frequentes são a Mollar, a De Elche, a Dejativa - de origem espanhola – e a Asseria. Esta última é uma variedade tradicional da região algarvia, precoce e caracterizada por bagos carnudos, vermelhos e de graínha pequena.
Com um poder antioxidante potente, apresentando um teor elevado de vitamina C, flavonoides, pró-vitamina A, taninos. Estas substâncias são muito promissoras na prevenção de várias patologias e ajudam a controlar os níveis de colesterol.
O sumo de romã tem um conteúdo em polifenóis três vezes superior ao do vinho tinto e do chá verde, substâncias que ajudam a prevenir as doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.
Muitas são funções atribuídas a este fruto, onde se pode destacar:
– Ação antimicrobiana: a romã é eficaz na eliminação de bactérias prejudiciais ao nosso organismo;
– Melhora a função cardíaca: vários estudos apontam que o sumo de romã ajuda a prevenir a formação das placas de gordura nas artérias;
– Ação anti tumoral: a romã inibe o crescimento das células cancerígenas e aumenta a apoptose (morte celular) no cancro da mama, próstata e colon;
– Saúde óssea: alguma investigação refere que o sumo de romã diminui a perda óssea.
Quanto às vendas em Portugal para o exterior são praticamente nulas e Espanha é o principal fornecedor do mercado nacional, com uma quota que se estima ser de quase 100 %, situação que não tende a alterar-se, visto que, em Portugal, nos próximos anos, não se preveem investimentos nesta cultura.
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Castanha: empresários afirmam que preço desceu para valores "normais"



 19 Novembro 2015, quinta-feira  AgroflorestalAgronegócio

Perante as críticas dos agricultores, relativamente à descida de preço, os empresários transmontanos do setor da castanha defendem que, este ano, o preço regressou a valores normais, e que só desta forma se pode enfrentar a ameaça que constitui a castanha chinesa.

O armazenista Alcino Nunes sustenta que «a castanha este ano não está barata». «Vieram para preços normais, nos anos anteriores estava fora do normal e eram preços muito perigosos para a agricultura e para o país, porque abrimos as portas à China», frisa.
Alcino Nunes argumenta que a concorrência de preços mais baixos do país que é o maior produtor mundial das castanhas poderia pôr em causa o negócio na Europa. O empresário sedeado em Bragança refere mesmo que «se perdeu mercado e quantidades de venda por culpa de o ano passado estar tão cara».
Vasco Veiga, proprietário da Sortegel, garante que não está a comprar menos castanha. «Este ano, até agora, já comprámos a mesma quantidade que durante o ano passado inteiro», cerca de 8 mil toneladas. Mas admite que, neste momento, estão a fazer uma retração na compra, porque a castanha «não se está a conservar, está muito bichada».
«Quando vender a que tenho, volto para as compras», assegura, referindo que não tem capacidade de frio para conservar o produto, estando mesmo a alugar uma infraestrutura de conservação na Guarda para armazenar castanhas, até que o mercado internacional, que representa grande parte das transações da empresa, volte a ter capacidade de absorção.
«O mercado de fresco está bloqueado e no congelado a indústria também não está a comprar, por causa da entrada de castanha chinesa no mercado francês. O preço da castanha estava tão alta nos últimos anos que entrou castanha chinesa que substitui a nossa na indústria», defende Vasco Veiga.
António Reis, o mais recente comerciante de castanha em Bragança, adianta que outro motivo para a diminuição do preço é o facto de haver mais produção «não só em Portugal como em outros países». Considera também que nos últimos anos houve excessos que eram perigosos para o setor e criavam preços muito elevados para o consumidor final.
Há muitos produtores de castanha no concelho de Bragança que ainda não conseguiram vender o seu produto. Para além da diminuição do preço, e finalizada a colheita, o atraso dos compradores, que normalmente levam a castanha para as empresas que a transformam e exportam, está a preocupar os produtores.
Fonte: Jornal Nordeste/Agronegócios.eu.

Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça tornada pública


por Ana Rita Costa- 10 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
cortiça Amorim Cork Ventures

Foi apresentada publicamente na passada semana a Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça – Agenda 3i9.

A apresentação da Agenda 3i9 esteve a cargo da Equipa de Coordenação do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça, representada por António Gonçalves Ferreira (FILCORK – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça) e por Teresa Soares David (INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária).

A sessão foi presidida por João Machado, Presidente da CAP, que sublinhou a importância da fileira do sobreiro e da cortiça no panorama económico nacional e que congratulou o centro de competências do sobreiro e da cortiça pela iniciativa e pelo trabalho desenvolvido.

António Gonçalves Ferreira, por sua vez, referiu que o acrónimo "Agenda 3i9" pretende refletir o horizonte temporal de intervenção – o curto prazo correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, o médio prazo correspondente a três ciclos produtivos de nove anos, e a interligação de três componentes primordiais – investigação, inovação e interação entre linhas de atuação.

A Agenda 3i9 foi construída com base num processo participativo de auscultação dos parceiros do CCSC, que envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades, em reuniões sectoriais realizadas em julho de 2015. Como resultado, foram identificadas cinco ações de suporte facilitadoras, que potenciam sinergias entre os agentes e melhoram a partilha dos recursos, e elencaram-se um conjunto de ações de investigação prioritárias, que integram as linhas estruturantes de cinco planos funcionais: Plano Nacional de Melhoramento, Plano Nacional de Melhoria da Produtividade, Plano Nacional de Defesa contra Agentes Bióticos, Plano Nacional de Qualidade da Cortiça e Plano Nacional de Ação Territorial.

A Agenda 3i9 está disponível para consulta e download no site do INIAV (www.iniav.pt), da FILCORK (www.filcork.pt) e da UNAC (www.unac.pt).

Mercado dos produtos sem glúten “tem potencial de crescimento” nas marcas próprias


por Ana Rita Costa- 11 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Wabel-Grocery-Summit-apresentação-2015

Realizou-se nos passados dias 28 e 29 de outubro, em Paris, mais uma edição do Wabel Grocery Summit, evento que junta retalhistas e fornecedores de marcas próprias para colocar em discussão as tendências de mercado no segmento dos produtos alimentares.

Na edição deste ano, estiveram presentes retalhistas como a Ahold, Auchan, Carrefour, Delhaize, Intermarché e Tesco e contabilizaram-se cerca de 1200 reuniões B2B. O evento foi também marcado por três conferências ministradas por especialistas do setor que partilharam números do mercado de produtos alimentares e insignts sobre as principais tendências do setor.

Derya Lawrence, Research Analyst do Euromonitor International, explicou que apesar de estarem bem estabelecidas em mercados maduros como a Europa, "as marcas próprias ainda têm muito para crescer em mercados emergentes". De acordo com a especialista, "a preferência dos consumidores por marcas nacionais está a desvanecer, o que garante uma forte posição aos produtos de marcas próprias. Na maioria dos países, as marcas próprias continuam a aumentar."

Derya Lawrence mostrou também que fatores como inovação e desenvolvimento de produtos premium ainda desempenham um papel crucial no mercado de marcas próprias, que tem sido sobretudo impactado por tendências como o comércio justo, as intolerâncias alimentares e a origem dos produtos.

Manon Dupré, Trends & Innovation Consultant da Mintel, focou a sua apresentação no precisamente no mercado dos produtos sem glúten. Segundo o especialista, o mercado dos produtos sem glúten "ainda está a experienciar um forte crescimento na Europa, especialmente em Espanha, que tem sido o líder na inovação neste segmento. França, Alemanha, Itália e o Reino Unido, por outro lado, são hoje os maiores mercados neste segmento."

Para o especialista, na Europa, este crescimento tem sido impulsionado por uma maior rapidez no acesso à informação e pela procura e aumento das necessidades daqueles que por questões de saúde ou opção pessoal fazem uma dieta sem glúten.

Nos Estados Unidos da América, por outro lado, a expansão do segmento de produtos sem glúten está a ser motivada pela perceção de que estes produtos são mais saudáveis, com fatores como variedade e o controlo do peso a serem apontados como benefícios antes de fatores como a intolerância alimentar.

"Enquanto as empresas internacionalizam e trazem novos players para o mercado, existe ainda potencial para o desenvolvimento de mais marcas próprias de produtos sem glúten, nomeadamente de marcas com preços mais acessíveis", referiu.

No que diz respeito ao futuro do setor dos produtos alimentares, Manon Dupré aponta como tendências emergentes uma nova geração de produtos sem cereais e dietas alimentares à base de produtos crus, frutos secos, fruta e vegetais.

Giorgio Grana, Sales Manager Southern Europe da Ingredion Incorporated, reforçou esta ideia e revelou que o segmento dos produtos sem glúten está aqui para ficar, com os consumidores cada vez mais interessados em experimentar este tipo de alimentos à medida que a sua variedade e perfil de sabor se vai diversificando.

"O segmento está a tornar-se 'mainstream' não só devido à procura por parte dos consumidores que são celíacos, mas sobretudo devido a consumidores que procuram ser mais saudáveis ou que querem perder peso", defendeu.

Produção de batatas na Europa

Novembro 23
16:13
2015

Segundo um relatório da NEPG (grupo de Produtores do Nordeste Europeu), que compreende a Alemanha, a Bélgica, a Holanda, a Inglaterra e a França, as batatas mais tardias beneficiam muito das chuvas do fim do verão, tendo tido um bom desenvolvimento no final do ciclo.

Assim, é feita uma correcção às previsões de produção, com um aumento de 300.000 toneladas, para uma produção total de 25.157.000 toneladas (batata de consumo).

A Bélgica foi quem mais beneficiou desta situação climatérica, para prever uma produção de 51,2 ton/hectare, enquanto anteriormente, a produção era de 47 ton/hectare. No entanto, a produção total vai manter-se significativamente inferior à do ano passado, sendo, mesmo, inferior à média dos últimos cinco anos.

Regista-se, neste momento, uma procura crescente por parte da indústria e esta baixa de produção está a fazer aumentar a procura de batatas para consumo directo.

A desvalorização do euro está a tornar muito competitiva a batata europeia nos mercados tradicionais, apesar da produção da América do Norte ser superior à do ano passado.

Os preços vão, assim, ser seguramente bons, mas os produtores já estão com medo de, com estes preços, provocar um aumento de plantação para os próximos anos, com os produtores de beterraba a passarem para batata.

Candidatura das Caves de Vinho do Porto a património da humanidade apresentada no Verão de


2016
Novembro 23
18:34
2015

O presidente da Câmara Municipal de Gaia adiantou, hoje, que a autarquia quer apresentar a candidatura das Caves de Vinho do Porto a património da humanidade e tenciona fazê-lo já no próximo Verão, embora o prazo para a apresentação das candidaturas termine só em 2017.

A equipa que irá preparar a apresentação da candidatura, que pretende incluir o centro histórico de Gaia, maioritariamente ocupado pelas Caves de Vinho do Porto, já foi constituída, estando já concluído o estudo de ordenamento do território naquele espaço.

Desde Janeiro de 2003, a candidatura estava a ser preparada por uma comissão composta por técnicos da Fundação Hispano-Portuguesa Rei Afonso Henriques, que elaboraram os processos das classificações do Centro Histórico do Porto e do Douro Vinhateiro, atribuídas em 1996 e 2001, respectivamente.

Imagem - topvendas.pt

domingo, 29 de novembro de 2015

Cooperativa Agrícola de Pegões continua a bater recordes no mundo dos vinhos

 27-11-2015 
 

 
A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões é referência principal na região, bem como no país, no sector da produção vinícola.

Ao longo dos anos tem crescido exponencialmente, quer em termos de capacidade de vendas e exportação quer em termos de prestígio, somando inúmeras premiações nacionais e, sobretudo, internacionais.

A crítica especializada estrangeira coloca, de resto, a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões entre o meio da tabela das melhores 100 empresas do mundo neste segmento de mercado, considerando esta como a cooperativa número um de Portugal.

O enólogo Jaime Quendera, que no ano anterior já havia assinalado o melhor registo de sempre da cooperativa. Agora, volta a ter motivos para sorrir ainda mais, já que este ano ainda conseguiu ser melhor, tendo sido batidos todos os recordes da história da cooperativa.

«Este foi o melhor ano de sempre na história da Adega Coooperativa de Pegões, a todos os níveis, quer em facturação quer em premiações», disse ao DIÁRIO DA REGIÃO. Os objectivos para o futuro próximo mantêm-se elevados. «Sabemos que não podemos crescer tanto como neste ano, mas com certeza que em 2016 iremos continuar a crescer», adianta, assumindo que a aposta no mercado europeu é para manter como prioritária, destacando o desejo de crescimento nos mercados russos e chinês.

Este ano de 2015 fica marcado, para Jaime Quendera, pelas premiações alcançadas em dois concursos muito especiais: os prémios dos concelhos produtores de vinho; e o título conquistado na China.

No próximo dia 1, a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões vai receber, no Museu da Atalaia, a partir das 15:00 horas, as medalhas conquistadas no XIV Concurso Internacional La Selezione del Sindaco.

A Câmara Municipal do Montijo e a Associação dos Municípios Portugueses do Vinho vão realizar a cerimónia de entrega de distinções à cooperativa de Pegões, que arrecadou no referido certame 14 medalhas, duas grandes medalhas de ouro, nove medalhas de ouro e três medalhas de prata.

Pegões foi a cooperativa de vinhos com mais medalhas neste prestigioso concurso vínico, tendo sido a cooperativa e o produtor mais medalhado de todos os portugueses.

A XIV edição da Selezione del Sindaco decorreu no passado mês de Maio, em Oeiras. Este concurso enológico internacional, promovido pela Associação Italiana de Cidades do Vinho e pela Rede Europeia das Cidades do Vinho, é uma competição que envolve a participação conjunta de produtores de vinho e do município de proveniência das suas produções, com o objectivo de promover os produtores vinícolas e os territórios que produzem vinhos de qualidade.

Fonte: setúbal na rede

França atinge a melhor colheita de trigo de todos os tempos

25-11-2015 
 

 
Apesar de uma Primavera muito seca, França alcançou uma colheita de trigo de 71,33 milhões de toneladas, o que é o resultado mais elevado de todos os tempos.

Esta produção é consequência de uma maior superfície cultivada, em mais três por cento, mas sobretudo aos excepcionais rendimentos, que atingiram um valor recorde.

O rendimento médio para esta campanha foi de 7.900 quilos por hectare. O anterior registou um total de 7.790 quilos por hectare em 2014. Esta campanha, em algumas zonas do norte, como em Nord-Pas-de-Calais, chegou a superar os 10 mil quilos por hectare.

Fonte: Agrodigital

Viniportugal quer maior aposta na produção portuguesa de espumantes

Novembro 25
12:26
2015

A Viniportugal está empenhada numa campanha de sensibilização junto dos produtores de vinho nacional, para que apostem na produção de espumante, uma vez que neste momento as exportações deste vinho são residuais.

O controlo mundial dos vinhos espumantes é detido pelos vinhos brancos espumosos produzidos em França, na região de Champanhe, no entanto, segundo esta organização interprofissional, esse domínio pode ser destronado, devido à qualidade e potencial que temos para produzir este tipo de vinho.

Investir neste segmento e diversificar na oferta e vários mercados mundiais estão receptivos a importar estes vinhos portugueses.

Antigamente só a Bairrada tinha tradição de produção de espumante, sendo que hoje em dia outras regiões também estão a avançar inclusive a do vinho verde.

Espanha e Itália já vêem há alguns anos a investir neste segmento, pelo que Portugal tem aí um bom exemplo para avançar também.

O vinho francês da região de Champanhe atinge preços muito elevados, uma vez que o terreno para a plantação daquelas vinhas é do mais caro do mundo, pelo que um produto de qualidade semelhante e produzido em condições mais económicas, tem lugar no mercado mundial.

A Viniportugal vai continuar as suas campanhas de promoção do vinho português no estrangeiro, sendo previsto um orçamento de 800.000 euros para o Brasil, 780.000 euros para a China e 711.000 euros para o Canadá.   O programa também abrangerá a Noruega, a Suécia, o Reino Unido e a Alemanha.

Actualmente o maior importador de vinhos portugueses é a França, com 78 milhões de euros, seguido de Angola com 52 milhões de os Estados Unidos com 51,6 milhões (dados deste ano até ao mês de Setembro).

Lista de ministros da Agricultura de Portugal

Lista de ministros da Agricultura de Portugal

Esta é uma lista de ministros detentores da pasta da Agricultura em Portugal, entre a criação do Ministério da Agricultura a 9 de março de 1918 e a atualidade.

A lista cobre a Primeira República (1910–1926), o período ditatorial da Ditadura Militar, Ditadura Nacional e Estado Novo (1926–1974) e o atual período democrático (1974–atualidade).


Designação
Entre 1918 e a atualidade, o cargo de ministro da Agricultura teve as seguintes designações:

Ministro da Agricultura — designação usada entre 9 de março de 1918 e 5 de julho de 1932
Ministro do Comércio, Indústria e Agricultura — designação usada entre 5 de julho de 1932 e 24 de julho de 1933;
Ministro da Agricultura — designação usada entre 24 de julho de 1933 e 28 de agosto de 1940;
integrado no Ministério da Economia — entre 28 de agosto de 1940 e 15 de março de 1974;
Ministro da Agricultura e Comércio — designação usada entre 15 de março de 1974 e 16 de maio de 1974;
integrado no Ministério da Coordenação Económica — entre 16 de maio de 1974 e 17 de julho de 1974;
integrado no Ministério da Economia — entre 17 de julho de 1974 e 26 de março de 1975
Ministro da Agricultura e Pescas — designação usada entre 26 de março de 1975 e 4 de setembro de 1981;
Ministro da Agricultura, Comércio e Pescas — designação usada entre 4 de setembro de 1981 e 9 de junho de 1983;
Ministro da Agricultura, Florestas e Alimentação — designação usada entre 9 de junho de 1983 e 17 de outubro de 1984;
Ministro da Agricultura — designação usada entre 17 de outubro de 1984 e 6 de novembro de 1985;
Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação — designação usada entre 6 de novembro de 1985 e 31 de outubro de 1991;
Ministro da Agricultura — designação usada entre 31 de outubro de 1991 e 28 de outubro de 1995;
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas — designação usada entre 28 de outubro de 1995 e 17 de julho de 2004;
Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas — designação usada entre 17 de julho de 2004 e 12 de março de 2005;
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas — designação usada entre 12 de março de 2005 e 21 de junho de 2011;
Ministro da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território — designação usada entre 21 de junho de 2011 e 24 de julho de 2013;
Ministro da Agricultura e do Mar — designação usada entre 24 de julho de 2013 e 26 de novembro de 2015;
Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural — designação usada entre 26 de novembro de 2015 e a atualidade.


Felicidades ao novo Ministro da Agricultura

Novembro 25
12:22
2015

Tudo indica que Capoulas Santos vai ser o nosso Ministro da Agricultura. O Agroinfo não queria deixar passar a oportunidade de felicitar o Dr. Capoulas Santos e desejar-lhe o maior sucesso no desempenho desta função, que bem conhece.

Como portal de referência da agricultura nacional, o Agroinfo tem acompanhado ao longo da sua existência a acção da equipa do Ministério da Agricultura e acreditamos que todos os agricultores a devem ter considerado como positiva, bastando ver a taxa de execução do PRODER quando entraram em funções e a taxa de execução agora, que as abandonaram.

Um agradecimento pois para o trabalho realizado à equipa cessante.

Mas hoje o que importa é o que vai ser o funcionamento do Ministério da Agricultura.

Capoulas Santos já foi Ministro e é uma personalidade com grandes conhecimentos no sector, tendo desenvolvido um trabalho que consideramos notável enquanto eurodeputado.

Na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu foi um dos deputados de maior destaque na última legislatura e um dos eurodeputados portugueses mais conhecido e respeitado em todo o Parlamento Europeu.

Tem, julgamos, todas as condições para continuar o bom trabalho deixado pela equipa cessante e colocar ainda mais o Ministério da Agricultura ao serviço dos agricultores nacionais.

Pelo conhecimento pessoal que tenho do Dr. Capoulas Santos, julgo que vamos ter um grande Ministro. Parabéns Dr. Capoulas Santos.

António Tavares – Coordenador do Agroinfo 

Faz quarenta anos que os agricultores travaram o avanço da reforma agrária comunista

Novembro 25
12:18
2015

No dia 24 de Novembro de 1975, cerca de cinquenta mil agricultores concentraram-se, em Rio Maior, para protestar contra a reforma agrária que estava a ser levada em Portugal, instigada pelo Partido Comunista da altura e apoiada pelos militares do Conselho da Revolução.

Rio Maior foi o culminar de várias reuniões, como a de Santarém de 7 de Novembro de 1975, em que dois agricultores foram mortos e vários feridos. No dia 24 de Novembro, a mega manifestação culminou com o corte da estrada que ligava Lisboa ao Porto, o que causou grande impacto a nível nacional.

José Manuel Casqueiro, que tinha sido eleito Secretário-geral da CAP, veio a Lisboa com uma delegação de três agricultores, para apresentar um caderno reivindicativo ao Conselho da Revolução.

Neste caderno de treze pontos dizia-se, claramente, que se continuassem a ocorrer as ocupações selvagens das herdades, os agricultores iam começar a cortar as estradas.

Esta manifestação marcou um virar da página na "Reforma Agrária Comunista", a que se seguiu uma mudança política do país e o início da volta à normalidade da agricultura portuguesa.

Miguel Mota: A ciência em Portugal no século XX

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 26 de Novembro de 2015



Miguel Mota

O facto de se apresentar o que se fez em tempos recentes sobre a política científica, sugerindo que o que havia anteriormente seria quase nada, leva-me a escrever algo sobre a ciência em Portugal no século XX. Será certamente muito pouco – nem um artigo de jornal permite obra exaustiva – mas penso que pode mostrar que a situação –  que não era boa, como hoje ainda não é –  não era a nulidade que alguns pretendem insinuar.
Convém lembrar a investigação científica portuguesa que foi destruída nestes últimos quarenta anos, em obediência à lei – que parece que ninguém quer ver, mas é bastante evidente – que manda extinguir todas as instituições científicas públicas que não sejam das universidades.
(A não ser quando é possível roubá-las para dar a uma universidade, como já sucedeu). Ao que agora se fez de bom, há que descontar o muito que se destruiu.
Na falta de uma Bibliografia Científica Portuguesa, tentarei listar alguns casos de que tive conhecimento, uma pequena amostra que, espero, seja suficiente para mostrar que, nos três primeiros quartéis do século XX, a ciência em Portugal, não era o deserto que se tenta fazer crer e tinha alguma repercussão no estrangeiro.
Na  investigação médica contavam-se alguns casos com repercussão no estrangeiro, principalmente em França, ao tempo um país de boa ciência. Lembro que o único Prémio Nobel da ciência que existe em Portugal é desse tempo. 
Em 1936, com o ministro da Agricultura Rafael Duque, deu-se um grande passo em frente para a ciência em Portugal. Pelo Decreto-lei nº 27.207  foi criada a Estação Agronómica Nacional, destruída nestes últimos trinta anos. Não se tratou de uma simples alteração do nome da antiga Estação Agrária Central de Lisboa, como erradamente está escrito em publicação recente, mas da fundação de um instituto de investigação, em tudo comparável aos seus congéneres estrangeiros. No mesmo Decreto é criada a carreira de investigador científico, paralela à carreira do professorado universitário. Modelarmente delineada pelo Professor António Câmara, que deixou a sua cátedra no Instituto Superior de Agronomia para assumir a direção, em breve a Estação Agronómica dava ao país mais dinheiro do que o que nela foi investido. A solução do grave problema da maromba, uma doença das vinhas do Douro, é um bom exemplo.
A prova da excelência do modelo criado é que ele foi adoptado por todos os institutos posteriormente fundados, o primeiro dos quais, dez anos depois, foi o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
É natural que a produção de artigos científicos – hoje o principal factor de avaliação das universidades – não fosse tão abundante, até porque alguns desses trabalhos demoram anos. Muito está publicado em português. Mas a sua repercussão na economia foi muito grande. Portugal tem hoje muito menos dessa tão necessária investigação e a economia e as finanças estão como se sabe. Em 1973 o PIB crescia a 7%.
Em 1945, a Genética tinha quatro grupos activos, liderados por Abílio Fernandes e José Serra na Universidade de Coimbra, António Câmara, na Estação Agronómica Nacional, em Sacavém, mais tarde Oeiras, e Flávio Resende na Universidade de Lisboa. Esses grupos cresceram em número de investigadores e na década de 1950, pela sua produção científica, eram talvez o melhor da ciência portuguesa. Como exemplo, direi que em 1947, quando me encontrava no Departamento de Genética da Estação Agronómica, a elaborar a tese então necessária para se ser engenheiro agrónomo, dois cientistas desse Departamento publicaram na conceituada revista "Nature" um artigo que teve grande repercussão e originou mais investigação, principalmente na Suécia e nos Estados Unidos.
A partir da década de 1950, a Estação de Melhoramento de Plantas, em Elvas, produzia regularmente novas  e mais produtivas variedades de cereais e forragens que deram à agricultura um valor muitas vezes superior ao que o estado nela investiu. E se esses organismos produziam ciência de directa aplicação é porque também dispunham de laboratórios de genética, fitopatologia, química, estatística, microscopia electrónica e outros.
De tudo isto, após a destruição, restam migalhas, num organismo designado INIAV. Basta ver os nomes dos seus componentes, antigas estações e departamentos, para se perceber que quem o delineou não tinha a mínima noção do que é a investigação agronómica.


I Congresso Nacional das Escolas Superiores Agrárias

Organizado sob os auspícios do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), o Congresso das Agrárias, contando exclusivamente com a participação das Escolas Superiores Agrárias (ESAs), tem com propósito a promoção da atividade científica no domínio de atuação das mesmas e afirmação do Ensino Superior Politécnico. Trata-se de um evento com periocidade bienal a ocorrer sempre em local diferente e cuja organização ficará a cargo de duas ESAs territorialmente próximas.

Os objetivos passam pela análise e debate dos mais recentes resultados científicos desenvolvidos pelos docentes e investigadores, pela identificação de novas tendências nos domínios técnico-científicos das ESAs, bem como pela promoção da colaboração científica entre as instituições.

Os temas em debate abordarão áreas, desde a Agronomia, a Ciência Animal e a Zootecnia, o Ambiente e os Recursos Naturais e a Ciência e Tecnologia Alimentar.

Cada sessão/área é iniciada por uma conferência plenária proferida por um investigador convidado, seguida de sessões de comunicações orais proferidas por docentes e investigadores nas áreas temáticas em debate.
A Comissão Organizadora tem o prazer de convidar todos os colegas para participarem neste congresso e agradece, desde já, o envio de trabalhos e a realização da pré-inscrição no website do congresso.

 

O Congresso decorrerá a 2 e 3 de dezembro de 2015, no auditório Dionísio Gonçalves da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança.


Falta de acesso a dólares compromete campanha agrícola em Angola


27/11/2015, 10:05
Operadores do setor agrário angolano necessitam de pelo menos 24 milhões de dólares em divisas para garantirem a importação de fatores de produção agrícola para a presente campanha.

Operadores do setor agrário angolano necessitam de pelo menos 24 milhões de dólares em divisas para garantirem a importação de fatores de produção agrícola para a presente campanha e o setor vai ser priorizado na atribuição de reservas.

Para limitar os efeitos da forte crise cambial no país, decorrente da quebra das receitas com a exportação de petróleo, o Governo angolano decidiu criar uma comissão, liderada pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e integrando representantes dos ministérios da Agricultura, Pescas e Finanças, para priorizar a entrega de divisas a estes operadores.

"O BNA vai fazer uma venda dirigida e disciplinada aos operadores do setor agrário, por forma a adquirirem no mercado internacional fatores de produção e por via disto dinamizar a produção agrícola no nosso país", anunciou o secretário de Estado da Agricultura, Amaro Tati.

A medida agora conhecida, foi analisada na 14.ª reunião ordinária conjunta das comissões Económica e da Economia Real do Conselho de Ministros, realizada quinta-feira em Luanda, com a campanha agrícola 2015/2016 em análise.

Estas medidas, explicou o governante, visam precisamente "socorrer a campanha agrícola" angolana, que se iniciou entre setembro e outubro.

"Precisamos de pagar de pelo menos até 24 milhões de dólares [22,6 milhões de euros]de processos já em banco [pedidos de divisas para importar matéria-prima ou máquinas]. Por forma a garantir que a campanha agrícola viva um momento melhor", apontou Amaro Tati.

As dificuldades provocadas pela quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional desencadearam no último ano uma crise financeira e económica em Angola, também com fortes repercussões no mercado cambial, já que as divisas deixaram igualmente de entrar no país, pela diminuição das exportações de petróleo.

A disponibilização de divisas ao setor agrícola será monitorizada pela comissão liderada pelo BNA e terá de ser validade previamente pelo Ministério da Agricultura.

"Pede-se divisas para comprar fatores de produção para a agricultura. Compra-se tudo menos fatores para a agricultura. E isto é mau", advertiu o secretário de Estado, Amaro Tati.

O Governo angolano estima para 2016 um crescimento do setor da agricultura a rondar os 4,6%, com destaque para a reavaliação da produção esperada nos perímetros irrigados do Caxito Rega, Bom Jesus, Calenga, Mucosso, suportado pelo aumento da produção de cerais, raízes e tubérculos, leguminosas e oleaginosas, frutas e hortícolas.

Estudo: África arrisca crise ambiental


26/11/2015, 7:15
Um estudo australiano refere que os chamados "corredores de desenvolvimento" que procuram ligar África para impulsionar a produção agrícola e a exportação de minerais podem criar uma crise ambiental.

Os chamados "corredores de desenvolvimento" que procuram ligar África para impulsionar a produção agrícola e a exportação de minerais podem criar uma crise ambiental no continente, segundo um estudo australiano publicado esta quinta-feira.

"Acreditamos que estes corredores, que estender-se-ão ao longo de 53 mil quilómetros de comprimento, vão penetrar muitas áreas selvagens escassamente povoadas que são críticas para os ambientes naturais e para a vida selvagem em África", disse o principal responsável pelo estudo, William Laurance, da Universidade James Cook, da Austrália.

Um total de 33 "corredores de desenvolvimento", em projeto ou ativos, procuram interligar com estradas, linhas ferroviárias, terminais portuários e oleodutos diversas zonas da África subsariana para aumentar a produção agrícola, a exportação de minerais e a integração económica.

Estes corredores vão supor "o maior golpe em África de todos os tempos", já que, entre outros aspetos, podem "ameaçar ou degradar cerca de 2.000 parques e áreas protegidas", advertiu William Laurance, em comunicado.

O estudo, que foi publicado na revista científica Cell Press, avalia, entre outros aspetos, a distribuição das espécies selvagens em perigo, os ecossistemas únicos e a absorção do carbono na vegetação.

Os investigadores também levaram em consideração o tamanho das populações e o potencial agrícola de cada corredor.

O estudo conclui que seis dos corredores deveriam ser cancelados completamente e que outros 21 são "marginais", ou seja, que têm um impacto ambiental alto ou um baixo potencial agrícola.

Contudo, os corredores que causam maior preocupação aos cientistas são aqueles que penetram em florestas tropicais ricas em biodiversidade ou na savana equatorial.

"Ninguém tem dúvidas de que África precisa de desenvolvimento social e económico e uma melhor segurança alimentar", mas qualquer tipo de desenvolvimento deve "maximizar a produção agrícola sem degradar a incrível vida selvagem do continente nem as suas riquezas naturais", afirmou William Laurence.

Segundo a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), os corredores agrícolas em territórios ligados por linhas de transporte apresentam um "potencial para o desenvolvimento sustentável".

Sofreu AVC enquanto conduzia trator


CRA | Ontem
Um homem de 54 anos foi encontrado, este sábado, em Fafe, sentado em cima do trator que conduzia e sem qualquer reação.
 

Pelo que o JN apurou, junto de responsáveis das operações de socorro, o homem terá sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ficou sem reação e o trator só parou quando embateu numa árvore, não chegando a capotar.

O homem estava a demorar a regressar a casa e família decidiu partir à sua procura, encontrando-o sentado no trator.

No local estiveram os Bombeiros Voluntários de Fafe e duas equipas do INEM, a SIV e a VMER. A vítima foi transportada para o Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.