sábado, 27 de fevereiro de 2016

Estará a PAC adaptada à realidade dos nossos dias?

Fevereiro 26
12:49
2016

O ano de 2015 foi, de uma maneira geral, um ano negro para a agricultura europeia, o que não empediu um aumento das exportações, mesmo com o embargo russo.

As crise que tem afectado os diferentes sectores levanta a questão de saber se a actual Política Agrícola Comum (PAC) é ou não a mais adaptada aos nossos dias e também qual será o futuro da agricultura europeia.

A última reforma da PAC teve uma forte componente ambiental e pretendeu vir a gerir os instrumentos necessários para a regulação do mercado.

Neste último ponto tem vindo a verificar-se ser um fracasso, pois a crise continua em vários sectores, com grandes desequilíbrios de mercado, tais como a carne de porco, o leite e as frutas e legumes.

Com uma economia cada vez mais globalizada a nossa PAC está completamente desactualizada.

Países grandes produtores agrícolas, como o Brasil, os Estados Unidos e a Índia já têm uma verdadeira política estratégica de apoio à sua agricultura e aos seus agricultores.

Parece então chegada a hora de um reflexo profundo, que deverá ser feito ao nível comunitário e ao nível nacional.

A nova PAC deve ser simples, clara, isenta de burocracia e aproveitar as potencialidades dos campos, incentivando a produção agrícola. Deverá proteger os agricultores, defendendo assim a continuidade do mundo rural.

França: Hollande recebido com protestos na Feira de Agricultura de Paris


27/02 11:49 CET   

Demissão foi a palavra de ordem à chegada do presidente francês à Feira de Agricultura que decorre em Paris este fim-de-semana.
Este protesto foi organizado pelos principais sindicatos franceses do setor agrícola que se queixa tanto das políticas nacionais como as vindas de Bruxelas. Por causa da baixa de preços, são muitos os agricultores que estão a abandonar a atividade. De acordo com os sindicatos, cerca de 40 mil explorações estão em situação de extrema urgência.

Um dos manifestantes garante que "há um ano que explicamos a nossa situação e Hollande não nos ouve. Estamos a morrer todos nas nossas explorações. Já olharam para o número de jovens agricultores que estão a desaparecer. Quem é que vos vai alimentar? No futuro não haverá ninguém".

Para além de Hollande, também o ministro da agricultura gaulês foi alvo do descontamento dos agricultures. O stand do ministério acabou mesmo por ser danificado. Duas pessoas foram detidas pelas forças de segurança no local.

Escassez mundial de açúcar em 2015/2016 maior que o previsto



 25 Fevereiro 2016, quinta-feira

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) reviu em alta a sua previsão de escassez no mercado mundial de açúcar para a campanha 2015-2016.
acucar
Em relação ao consumo, espera-se que supera a produção em 5,018 milhões de toneladas, segundo a última informação trimestral publicada esta semana pela OIA.
Esta situação de défice mundial de açúcar é consequência de uma baixa continuada da produção, já que o consumo, apesar de estar em crescimento segue num ritmo mais lento que nos anos precedentes.
Esta campanha a produção pode baixar 4,35 milhões de toneladas até 166,83 milhões.
Por seu lado, o consumo passava por um aumento de 2,96 milhões de toneladas até 171,85 milhões, o que supõe um aumento de 1,75%, o que é uma taxa de crescimento inferior à média dos últimos dez anos, de 2,01%.
Segundo a OIA, a desaceleração do crescimento estima-se em base das preocupações macroeconómicas persistentes que retardam a economia nos mercados emergentes e afundam o preço do petróleo.
Fonte: Agrodigital 

Bruxelas vai propor autorização do glifosato até 2031



 26 Fevereiro 2016, sexta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
O herbicida mais utilizado no mundo, o glifosato, tem vindo a ser alvo de forte controvérsia nos últimos tempos, depois da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter anunciado que era um produto potencialmente cancerígeno e, também, da suspeita lançada pelo partido ecologista alemão, de que podiam existir resíduos no leite. 
glifosato
Estas suspeitas levaram a Comissão Europeia a pedir uma avaliação de riscos à EFSA - European Food Safety Authority e o Governo alemão a pedir, também, uma avaliação a uma instituição credenciada. 
Toda esta situação levou à prorrogação de apenas seis meses da autorização de comercialização, autorização essa que termina em julho deste ano. 
Neste momento e depois de todos os relatórios terem sido negativos e indicado que os riscos inerentes ao glifosato eram negligenciáveis, a autorização de comercialização até ao ano de 2031, ou seja, mais 15 anos, como é normal neste tipo de produtos está em cima da mesa. 
Esta proposta está, no entanto, a ter a feroz oposição do grupo dos verdes do Parlamento Europeu, que consideram um escândalo e acusam Bruxelas de não ter em conta os vários estudos científicos entretanto publicados.
Fonte: Agroinfo

Área cultivada de agricultura biológica continua a aumentar



 26 Fevereiro 2016, sexta-feira  Agricultura Biológica

Segundo um relatório do Instituto para a Investigação da Agricultura Biológica (FIBL) e da Federação Internacional dos Operadores da Agricultura Biológica (IFOAM), a área cultivada mundialmente com agricultura biológica continua a aumentar.
agricultura biologica
Assim, a área total, em 2014, atingiu os 43,7 milhões de ha, ou seja, mais 0,5 milhões de ha que em 2013, sendo que as pastagens cobriram 27,5 milhões de ha, as culturas anuais 8,5 milhões de ha e as culturas permanentes 3,4 milhões de ha.
Nos últimos dez anos, estas áreas cresceram cerca de 50%.
A Austrália, com 17,2 milhões de ha, é o país com a maior área bio (dos quais 97% são pastagens), seguida pela Argentina, com 3,1 milhões de ha, dos Estados Unidos, com 2,2 milhões de ha, da China, com 1,9 milhões de ha, da Espanha, com 1,7 milhões de ha, da Itália, com 1,4 milhões de ha, do Uruguai, com 1,3 milhões de ha, da França, com 1,1 milhões de hectares e da Alemanha, com 1 milhão de ha.
Em onze países, mais de 10% da área cultivada é ocupada pelo bio, sendo que as percentagens mais elevadas são nas  Ilhas Falkland, 36,3%, no Liechtenstein, 30,9%, na Áustria, 19,3%, na Suécia, 16,2%, na Estónia, 16,4%, na República Checa, 11,1% e na Itália, 10,8%.
O mercado mundial de produtos biológicos deve ter atingido, em 2014, os 60 mil milhões de euros e é liderado pelos Estados Unidos, com 27,1 mil milhões de euros, seguido da Alemanha, com 7,9 mil milhões, da França, com 4,8 mil milhões e da China, com 3,7 mil milhões.
Fonte: Reuters

Alcoutim recebe Jornadas do Mundo Rural



 23 Fevereiro 2016, terça-feira  AgroflorestalAgricultura

Nos dias 4 e 5 de março de 2016, a Câmara Municipal de Alcoutim organiza, em colaboração com a Associação de Proprietários Florestais das Cumeadas do Baixo Guadiana, a primeira edição das "Jornadas do Mundo Rural".
mundo rural
evento decorrerá no Espaço Guadiana, em Alcoutim, e terá como temas centrais a Floresta e a Agricultura.
A iniciativa pretende «fomentar uma maior proximidade entre os produtores agrícolas e florestais, de forma a impulsionar os referidos setores neste território», informa o município, em comunicado.
Produção e proteção florestal, Diversificação dos Produtos Apícolas e Comercialização, o Pinhal Manso, produção agrícola, reconversão do olival, raça caprina algarvia, associativismo, apoios e fundos comunitários, serão alguns dos temas a debater nas jornadas.
Amândio Torres, secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Fernando Severino, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Valentina Calixto, diretora do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, Vítor Neto, presidente do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve e Miguel Freitas, professor universitário e ex-deputado à Assembleia da República, serão algumas das entidades presentes no evento que contará ainda com perto de duas dezenas de oradores.
Com abertura marcada para as 9h30 de sexta-feira, dia 4 de março, o evento tem participação gratuita e está aberto ao público em geral.
Para mais informações e inscrições contactar a Câmara Municipal de Alcoutim através do telefone 281540 564 ou do e-mail gabinete.florestal@cm-alcoutim.pt.

Valor do IABA da cerveja “já não é sinónimo de aumento de receitas fiscais”


por Ana Rita Costa- 25 Fevereiro, 2016

A APCV – Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja apresentou no passado dia 26 janeiro aos deputados de vários grupos parlamentares um estudo da Ernst & Young sobre o papel dos Impostos sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA) como contributo para as Receitas Fiscais do Estado e em particular sobre incidência desta fiscalidade no sector cervejeiro português. De acordo com o estudo, o nível atual de valor do IABA da cerveja "já não é sinónimo de aumento de receitas fiscais".

As conclusões do estudo foram apresentadas na Assembleia da República perante a presidente da Comissão Parlamentar de Finanças, Orçamento e Modernização Administrativa, Teresa Leal Coelho, do presidente da APCV, Rui Lopes Ferreira, do secretário-geral da APCV, Francisco Gírio, e do diretor da Ernst & Young Portugal, Carlos Lobo.

Segundo a APCV, o estudo revela que "nos últimos 15 anos, o Estado Português agravou sistematicamente o IABA da cerveja em detrimento de outras bebidas alcoólicas e que o nível atual de valor de IABA da cerveja, demasiado elevado, já não é sinónimo de aumento de receitas fiscais".

"O estudo da Ernst&Young recomenda que ocorra nos próximos OGE uma redução de 20% do IEC da cerveja como forma de aproximar o referencial tributário de uma estrutura fiscal mais eficiente e ao abrigo de um princípio de equivalência e arrecadação e receita fiscal", sublinha a APCV.

No próximo dia 22 de março o mesmo estudo será apresentado em Bruxelas aos deputados portugueses do Parlamento Europeu e à Representação Portuguesa Permanente junto da União Europeia.

As cheias e a erosão dos solos

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 25 de Fevereiro de 2016


Miguel Mota

O solo agrícola é algo muito precioso. É ele que está na base da agricultura, seja um pequeno canteiro de alfaces ou uma floresta. Leva dezenas ou centenas ou milhares de anos a formar, mas pode ser destruído em pouco tempo. Há que tudo fazer para o conservar e melhorar.
A área agrícola tem vindo a sofrer reduções muito grandes, com o incremento das áreas ocupadas pelas construções para habitação, indústria, estradas, caminhos de ferro e aeroportos. As recentes cheias, que assolaram várias regiões do país, vieram lembrar outro mal, que é a degradação do solo agrícola em consequência da erosão a que tem estado sujeito.
Aquelas imensas quantidades de água da cor de chocolate arrastam para o mar muitas toneladas da parte mais preciosa do solo de onde foi arrancada.
A melhor forma de combate, para evitar ou reduzir os males das cheias, é actuar sobre toda a bacia de recepção, a área onde cai a água que se vai acumular nas zonas mais baixas, a caminho para um rio ou o mar. Esse combate visa que toda ou parte da água caída nessa área se infiltre no solo. Nas zonas montanhosas, é normalmente possível com a arborização, de forma a conseguir reter a água. Também são úteis, para reter a água e reduzir a sua velocidade, as pastagens de montanha, quando é possível instala-las. Note-se que estas ações têm interesse económico, além da sua importância para evitar ou atenuar as cheias. E a água que se infiltra vai aumentar os aquíferos, um outro ponto importante. As lavouras segundo as curvas de nível são outra forma de evitar o escorrimento superficial.
Por várias vezes lembrei – e outros também o fizeram – que é muito importante a arborização da serra do Algarve, uma faixa de cerca de 100 km de comprimento e 20 km de largura, que vai da serra de Monchique até perto da fronteira com Espanha. Quase toda descarnada, apenas com alguns pontos arborizados é, em grande, parte pouco ou nada produtiva e incapaz de reter a água. Disso muito se ressentem os aquíferos da zona baixa, uma faixa de cerca de 20 km de largura. Monchique, a única parte bem arborizada, é uma boa indicação do que pode ser o resultado da arborização.
Quando, apesar do que se fizer, ainda muita água corre em ribeiras, especialmente com grande inclinação, há processos de correcção torrencial, para atenuar a velocidade  da água. No século XX Portugal teve um especialista nessa técnica, o Engenheiro Silvicultor Mário Galo, que deu um bom contributo para a correcção torrencial, através de pequenas barragens de lajes.
Naturalmente, quando a precipitação é muito intensa em curtos períodos ou é muito prolongada, como já tivemos este ano de 2016, mesmo com as melhores técnicas é impossível evitar muitos males.

Lidl e Portugal Fresh exportam 7,5 mil toneladas de pera rocha


por Ana Rita Costa- 25 Fevereiro, 2016

O volume de exportação de pera rocha para a Alemanha, no âmbito da parceria do Lidl Portugal e da Portugal Fresh, duplicou em menos de dois anos, para as 7,5 mil toneladas. Os resultados foram revelados à margem da inauguração de uma nova loja Lidl, em Sacavém, que serviu também para anunciar o estabelecimento de uma parceria entre as duas organizações.

Numa nota enviada às redações, o Lidl Portugal justifica estes números com "um esforço conjunto do Lidl Portugal e da Portugal Fresh em dar a conhecer a pera rocha, um produto genuinamente português, aos consumidores internacionais, tendo sido levada a cabo uma negociação com 15 organizações de produtores que abriu oportunidade a 1000 agricultores capacitados para o desafio." As 7,5 mil toneladas de pera rocha exportadas para a Alemanha na campanha de 2014-2015 equivalem a 54 milhões de unidades de pera rocha.

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, esteve presente na apresentação dos resultados, onde revelou satisfação com os resultados obtidos e elogiou a dinâmica do setor, sublinhando que o aumento das exportações de hortofrutícolas é uma das prioridades do Governo. "Celebramos hoje um importante contributo para a sustentabilidade do setor hortofrutícola nacional e para o crescimento das exportações no agroalimentar", referiu.

Segundo Pedro Monteiro, Diretor-geral de Compras do Lidl Portugal ,"o Lidl Portugal tem um papel relevante no acesso dos produtores nacionais a mercados externos, possível através do nosso universo de lojas. No caso da pera rocha, o nosso produto chegou e conquistou os consumidores alemães, permitindo duplicar as quantidades exportadas face à primeira campanha. Agora é essencial consolidarmos esta preferência pelo produto nacional".

O responsável aproveitou ainda para reforçar o compromisso do Lidl com o mercado português, revelando que "temos um compromisso de frescura com o consumidor e por isso privilegiamos o que é nacional, minimizando-se o tempo entre a colheita e a venda. 70% do volume de vendas de frutas e legumes correspondem a produtos nacionais".

Para Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, associação para a promoção do setor das frutas, legume e das flores, "o Lidl Portugal tem desenvolvido um trabalho notável de parceria que muito tem contribuído para que os hortofrutícolas portugueses atinjam resultados record no mercado internacional, sendo simultaneamente uma porta de entrada para os produtos portugueses em 27 mercados".

Os dados revelados mostram que nos últimos dois anos, o Lidl Portugal exportou cerca de 12 mil toneladas de pera rocha para cinco mercados, entre eles Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Irlanda, exportações às quais se somam ainda as exportações de frutícolas como a melancia, o melão branco, as framboesas e as amoras, que estão também a ganhar cada vez mais peso na balança de exportações da rede de supermercados.

Já nos vinhos, setor que está em crescimento dentro da insígnia, preveem-se exportações de cerca de 8 milhões de garrafas de vinho português em 2016 para 14 mercados, mais do dobro dos resultados obtidos em 2015.

Comissão Europeia anuncia últimas medidas de simplificação da PAC


por Ana Rita Costa- 26 Fevereiro, 2016

Phil Hogan, Comissário Europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, anunciou a última 'tranche' de medidas de simplificação da Política Agrícola Comum (PAC) que, entre outras coisas, se foca no sistema de sanções do regime de pagamentos diretos.

De acordo com a Confagri, esta modificação tem como objetivo reduzir a frequência dos erros involuntários e consequentemente proteger os fundos públicos, estruturando-se em três elementos: verificações preliminares de pedidos, que permitirão aos agricultores fazer correções nos seus pedidos de ajuda durante um período de até 35 dias após a data-limite de apresentação sem penalidades; simplificação do sistema de sanções administrativas para os pagamentos diretos; e introdução de um sistema de 'cartão amarelo' para as primeiras ofensas.

Como explica a Confagri, "o atual sistema de cálculo de sanções baseia-se em diferentes categorias que podem resultar em penalidades de mais do dobro da declaração." Com as alterações que serão introduzidas, "as diferentes categorias seriam substituídas por uma penalização simples, que é 1,5 vezes a área de excesso declarada".

Estas medidas serão agora sujeitas a análise do Parlamento e do Conselho europeus.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

França mantém-se como "potência" agrícola da União Europeia

23-02-2016 
 

 
A França, considerada historicamente como a nação que mais condicionou a construção da política agrícola comum, é o país da União Europeia com maior contribuição para o valor da produção agrícola no conjunto do espaço europeu, indicam números do Eurostat.

De acordo com dados de um "retrato" traçado pelo gabinete europeu de estatística, a produção da agricultura francesa pesa 18 por cento do total da União Europeia dos 28 (UE-28), seguida «à distância» pela da Alemanha, cuja quota é de 14 por cento, enquanto a Itália ocupa a terceira posição com um peso de 13 por cento.

Atrás dos três primeiros, a Espanha representa 10 por cento do total da agricultura europeia; logo seguida do Reino Unido, com oito por cento; Holanda, sete por cento e Polónia, com cinco por cento do total da UE, segundo dados que cobrem o período compreendido entre os anos 2000 e 2014.

De acordo com o documento, aqueles sete países respondem por cerca de três quartos do volume total da produção agrícola europeia, fundamentalmente a produção cerealífera.

Enquanto a França é líder nos cereais, incluindo arroz, a Alemanha é o país com maior produção de porcos, sector em que é secundada pela Espanha.

Fonte: Dinheirodigital

Lidl investe €5 milhões no Alentejo


15 de Novembro de 2013 por Rita Gonçalves

O grupo alemão Lidl inaugurou uma nova loja e reabriu outras duas no Alentejo, no último mês, com a criação de cerca de 40 postos de trabalho, num investimento global de cinco milhões de euros.

Nos "últimos 30 dias, reabrimos as lojas de Santo André (Santiago do Cacém) e de Portalegre e abrimos a nova loja de Estremoz", as quais empregam, no conjunto, "cerca de 40 pessoas", revelou à agência Lusa o administrador-delegado do Lidl em Portugal, Marin Dokozic.

O responsável precisou que estas três apostas envolveram, ao longo deste ano, um investimento total na ordem dos cinco milhões de euros e que, em 2014, deverá abrir mais uma nova loja, a segunda localizada em Évora.

"No próximo ano, está prevista a abertura da nossa loja de Évora", a qual vai "nascer" no centro comercial Évora Fórum, pelo que o seu início de funcionamento "está dependente" da conclusão da construção daquele espaço comercial.

No Alentejo, a primeira unidade do Lidl foi aberta em Grândola, há 18 anos. Hoje, a cadeia de distribuição alimentar de origem alemã já possui 18 lojas na região, onde "a procura está em linha com o resto do País".

Trata-se de "uma região do País em desenvolvimento", na qual "a proposta do Lidl, de qualidade ao melhor preço, se enquadra e responde às necessidades identificadas junto dos consumidores".

O administrador-delegado lembrou que, "só este ano", o grupo alemão assumiu um investimento para Portugal que totaliza os 45 milhões de euros, objectivo que deverá ser atingido.

 

Com Lusa


 

Primeiro supermercado de comida quase fora do prazo abre na Dinamarca

25/2/2016, 10:356.318 PARTILHAS

Chama-se WeFood e vende todos os itens com desconto de 50% porque o prazo de validade está prestes a terminar ou porque as embalagens estão danificadas. Abriu em Copenhaga.

Copenhaga tem um supermercado que é uma estreia mundial: o WeFood é a primeira superfície comercial do mundo a vender artigos alimentares com um desconto de 50%, porque o prazo de validade está prestes a terminar ou as embalagens estão danificadas. Abriu a 22 de fevereiro, conta o Quartz.

O objetivo do WeFood é o de acabar com o desperdício alimentar (estima-se que sejam desperdiçadas 1,3 milhões de toneladas de comida diariamente no mundo), atraindo consumidores conscientes e com menor poder de compra.

Para que o WeFood pudesse abrir, a iniciativa contou com o apoio de Eva Kjer Hansen, ministra que tutela a área da alimentação e que considera que a quantidade de comida que é desperdiçada é "ridícula". Para avançar com o supermercado, foi preciso alterar a legislação existente.

O desperdício alimentar tem sido uma das lutas da Dinamarca e a verdade é que o país já conseguiu reduzi-lo em 25%, quando comparado com os níveis de há cinco anos.

Em França, os supermercados também foram proibidos de deitar fora comida que não tenha sido vendida — e está a ser pedido aos restaurantes que coloquem a comida em recipientes. O Quartz conta que, nos Estado Unidos, os consumidores estão a desperdiçar mais 50% de comida do que o que acontecia na década de 90, por exemplo.

*Artigo atualizado às 15horas com indicação de que artigos seriam vendidos perto do fim do prazo de validade

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Meia centena de produtores mostra o melhor do mundo rural de Ponte de Lima

24-02-2016 
  
Meia centena de produtores vai mostrar, no próximo fim-de-semana, o melhor do mundo rural de Ponte de Lima na primeira edição da Feira 100% Agrolimiano lançada autarquia local, para promover os recursos endógenos do concelho.

«Cada vez mais é importante valorizar o mundo rural e os recursos endógenos e a Câmara Municipal tem que ser o elo de ligação entre os produtores locais e os distribuidores», afirmou hoje à Lusa o vereador do Turismo e Desenvolvimento Local, Paulo Sousa.

O responsável adiantou que outro dos objectivos do certame é «dar a conhecer os projectos agrícolas inovadores que existem no concelho, ligados ao mundo rural».

Como exemplos apontou, no sector dos fumeiros o presunto de peru que já está a ser exportado para o mercado árabe, as explorações de produção de caracóis, germinados, entre outros.

«Pretendemos dar a conhecer a dinâmica empreendedora que o concelho regista nesta área», sustentou Paulo Sousa. Cogumelos, vinho, enchidos, carne, leite cidra, frutos vermelhos são apenas alguns dos produtos locais que vão estar expostos na I Feira 100% Agrolimiano que incluirá exposições de animais, com destaque para a presença de coudelarias das raças Lusitano e Garrano.

O programa do certame, que vai reunir profissionais, distribuidores, empresários e consumidores, prevê ainda palestras e "workshops", actividades equestres, "showcookings", degustações e conferências.

Além deste certame, durante todo o ano, a Câmara de Ponte de Lima promove outras feiras para promover a lampreia do rio Lima, o vinho verde, o cavalo, a carne minhota, o porco e a gastronomia tradicional do concelho, como o arroz de sarrabulho, os petiscos e a doçaria típica.

Fonte: Lusa

Espanha substitui Alemanha como primeiro produtor de carne de porco da UE

24-02-2016 

 
De acordo com o último censo de suínos da União Europeia, que a Eurostat acaba de publicar, em 2015 o número de animais era de 28,37 milhões em Espanha, o que coloca este país à cabeça do ranking de produção da União Europeia.

Espanha coloca assim a Alemanha na segunda posição, país que tradicionalmente é o primeiro produtor e que agora cai com um total de 27,53 milhões e cabeças. Em 2015, Espanha aumentou o seu censo total em 1,8 milhões de cabeças, mais 6,8 por cento, enquanto a Alemanha reduziu em 803 mil toneladas, menos 2,8 por cento.

A maior parte dos países reduziram o seu censo. França e Dinamarca, na terceira e quarta posição, com 13,3 e 12,7 milhões de animais, mantêm-se estáveis enquanto outros, como Portugal e Itália, registaram pequenos aumentos.

Espanha aumentou o número de reprodutoras em 109 mil cabeças, até 2,47 milhões, o que supõe um crescimento de 4,6 por cento. Todos os grandes produtores reduziram o seu censo, apesar de pequenos aumentos em, Portugal, Itália e Áustria.

Fonte: Agrodigital

Colóquio do Milho juntou 300 produtores em Ponta Delgada

Milho
Isabel Martins- 23 Fevereiro, 2016

Cerca de 300 produtores estiveram reunidos no 8º Colóquio do Milho, organizado pela Anpromis, que levou a discussão sobre esta cultura a Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, Açores.

A escolha desta região para a organização do encontro anual de referência dos produtores de milho nacionais, justifica-se com o crescimento desta cultura nos Açores, onde a produção cresceu 50% nos últimos anos, chegando aos 11.000 hectares em 2014 (em 2007 a área rondava os 7.300 hectares). Luís Vasconcellos e Souza, na data do evento ainda presidente da Anpromis, referiu que a organização do colóquio em Ponta Delgada foi um "Ato de justiça para com os produtores de milho açorianos, os únicos que têm aumentado a produção e onde a área de milho tem crescido de forma sustentada e consistente".

Jorge Rita, Presidente da Federação Agrícola dos Açores, revelou na sessão de abertura que o setor agrícola representa 50% da economia açoriana e tem um papel decisivo na sustentabilidade social: "Tem sido afetado pela crise, mas não pode competir com dimensão ou escala, tem de apostar na qualidade, na marca Açores como marca mágica, na produção única das nossas pastagens".

Contributo do setor florestal para as exportações é superior ao das sociedades não financeiras


por Ana Rita Costa- 23 Fevereiro, 2016

O volume de negócios dos setores da madeira, cortiça e papel cresceu cerca de 5% em 2015, mais 3% do que o observado no conjunto das empresas. De acordo com o Jornal de Negócios, que cita dados da Central de Balanços do Banco de Portugal, o contributo do setor florestal para as exportações nacionais é superior ao conjunto das sociedades não financeiras.

Como refere o jornal, as empresas que operam em atividades de silvicultura, madeira e mobiliário, cortiça e papel são também mais autónomas financeiramente.

Em 2014, o setor florestal tinha cerca de 7000 empresas a operar, 2% do total das empresas nacionais.

Ao Jornal de Negócios, João Ferreira do Amaral, Presidente da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF), justifica a desempenho económico-financeiro da fileira com a "grande capacidade empresarial e de inovação que existe no setor. Há condições para manter e até desenvolver estas capacidades. O ponto essencial é que a produção florestal consiga ter as condições para corresponder com mais e melhor madeira e mais e melhor cortiça."

Ministro da Agricultura apoia parceria para a exportação de pêra rocha


NOTA DE IMPRENSA

O Ministro da Agricultura participa amanhã, dia 25, numa iniciativa conjunta da Portugal Fresh e da Empresa LIDL. Capoulas Santos apoia a parceria estabelecida entre estas duas entidades, tendo em vista a exportação de pêra Rocha para fornecimento das lojas LIDL na Alemanha.
Em causa está o fornecimento de pêra Rocha para a época 2015/2016, "um importante contributo para a sustentabilidade do setor hortofrutícola nacional e para o crescimento das exportações no agro-alimentar", considera o Ministro da Agricultura.
O Ministro fará uma visita às novas instalações LIDL, na Quinta São João das Areias, em Sacavém, a partir das 15:00H.
24.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Bruxelas estuda possibilidade de baixar taxas de juros aos agricultores



 24 Fevereiro 2016, quarta-feira  Política AgrícolaAgricultura
Um programa, que irá permitir aos agricultores terem acesso a empréstimos bancários com juros mais baixos, pode vir a ser posto em prática em junho de 2016, de acordo com fontes da Comissão Europeia (CE).
juros
Bruxelas avançou com esta iniciativa junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), depois de um estudo ter mostrado que o setor agrícola era o que pagava as taxas mais altas dos empréstimos bancários.
A média dos juros cobrados na Irlanda é de 6,56%, sendo que em França essa taxa é de 2,28%.
Na Alemanha, na Itália e em Espanha, as taxas de juro rondam os 3%.
Ainda não são conhecidos exactamente os termos desta operação, mas passará certamente por uma participação do BEI, em conjunto com uma entidade financeira local.
Fonte: Agroinfo

Esclarecimento sobre o uso não profissional de Produtos Fitofarmacêuticos


2016-02-24 em Notícias

Os utilizadores não profissionais (independentemente da dimensão da exploração agrícola), não necessitam de formação e podem adquirir produtos que estão identificados no sítio da DGAV.

Caso pretendam utilizar produtos de uso profissional (que dispõem da frase: "Este produto destina-se a ser utilizado por agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos."), então terão que ter formação obrigatória que os habilitem para obtenção de cartão de aplicador e neste caso aplica-se a Lei 26/2013.

Ainda, para melhor esclarecimento, informamos que a Lei n.º 26/2013 de 11 de abril, regula as atividades de distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional e resulta da transposição da Diretiva n.º 2009/128/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro. Esta Diretiva tem por objetivo uma utilização sustentável dos pesticidas, através da redução dos riscos e efeitos da sua utilização na saúde humana e no ambiente, promovendo o recurso à proteção integrada e a técnicas alternativas, designadamente não químicas, aos produtos fitofarmacêuticos.

De acordo com a Lei 26/2013 e relativamente à obrigatoriedade da formação, esta dependerá dos produtos fitofarmacêuticos em questão.

Os produtos fitofarmacêuticos dividem-se em 2 grupos:

Produtos fitofarmacêuticos de uso profissional, que são todos aqueles que dispõem da frase: "Este produto destina-se a ser utilizado por agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos." Todos aqueles que pretendam aplicar produtos fitofarmacêuticos de uso profissional, devem dispor de certificado da ação de formação em Aplicação de produtos fitofarmacêuticos.
Produtos fitofarmacêuticos de uso não profissional – A utilização destes produtos aplica-se em ambiente doméstico – plantas de interior, hortas e jardins familiares. Neste caso a formação não é obrigatória.
No caso de utilizador de produtos fitofarmacêuticos de uso profissional a formação é obrigatória.



Fonte: DGADR

Maputo registou no sábado a temperatura mais elevada dos últimos 65 anos

A capital de Moçambique registou no sábado a temperatura mais elevada (44.09 graus Celsius) dos últimos 65 anos, segundo a Estação Meteorológica do Aeroporto Mavalane, noticia hoje o jornal Notícias.
De acordo com o jornal moçambicano, com base na série de dados climáticos registados no período entre 1951 e 2016 disponíveis no Instituto Nacional de Meteorologia, uma situação "quase idêntica" ocorreu no dia 08 de outubro de 1951, quando a temperatura máxima na cidade atingiu os 44.8 graus Celsius.
Na origem do calor intenso do passado sábado esteve a "invasão" de massa de ar quente e seco continental com ventos a soprarem de noroeste a norte.
Estes ventos foram originados pelo sistema de baixas pressões localizado no interior da África do Sul, sendo que a persistência de ventos do quadrante norte foi influenciada pela acentuada descida de pressão atmosférica próximo da costa do extremo sul da África Austral.
No final da tarde de 20 de fevereiro, a formação de nuvens causou ventos fortes que atingiram os 60 quilómetros por hora, por volta das 21:00 locais (19:00 em Lisboa), tendo provocado impactos negativos em alguns pontos da cidade e província de Maputo.
De acordo com o jornal, o fenómeno El Niño - considerado pelos cientistas como um dos mais fortes do século XXI - e que ainda persiste na presente época quente e chuvosa de 2015/2016, condiciona o estado do tempo com ocorrência de dias muito quentes e escassez de chuva em algumas províncias de Moçambique, sobretudo na zona sul e na região Austral do continente africano.
Diário Digital com Lusa

Portugueses criam enzima que protege abelhas e colmeias



Grupo de investigadores da Universidade do Minho desenvolve enzima capaz de destruir a bactéria responsável pela doença Loque Americana, que afeta abelhas jovens e pode matar toda a população de uma colmeia.

4 mai 2015, 14:40 Redação / AR

Um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho desenvolveu uma enzima capaz de destruir a bactéria responsável pela doença Loque Americana, que afeta abelhas jovens e pode matar toda a população de uma colmeia. 

Num comunicado enviado à agência Lusa esta segunda-feira, o Centro de Engenharia Biológica (CEB) da academia minhota explica que a Loque Americana (AFB) é uma das "mais graves" doenças bacterianas que afetam abelhas em Portugal mas principalmente na Europa e na América do Norte. 

De acordo com o texto, o objetivo da investigação em curso é "desenvolver uma estratégia terapêutica para utilização em apicultura que constitua uma alternativa à administração de antibióticos nas abelhas". 

Isto porque, explica o CEB, "com a atual restrição à presença de resíduos de antibióticos no mel, impostas pela legislação da União Europeia, há uma dificuldade acrescida no combate terapêutico à AFB, impondo-se um desenvolvimento urgente de métodos antimicrobianos alternativos." 

A AFB começa por "afetar as abelhas jovens, as larvas, e rapidamente se espalha por toda a colónia de abelhas" e, alerta o texto, "se não for tratada, pode resultar na morte de toda a população da colmeia num curto espaço de tempo". 

Os investigadores, refere o CEB, "já confirmaram que a enzima desenvolvida tem capacidade para destruir a bactéria responsável pela Loque Americana nas concentrações que ocorrem no campo quando a doença se verifica, e que não é tóxica para as larvas". 

O produto em desenvolvimento deve, assim, ser aplicado oralmente às abelhas adultas para que o possam fornecer posteriormente às larvas e/ou por pulverização direta às larvas que se encontram nos favos. 

"Com isto, pretende-se que quando a bactéria em causa emergir dos esporos que a protegem no intestino das larvas, a enzima que anteriormente foi ingerida impeça a sua proliferação e consequente morte lavar", explana Ana Oliveira, investigadora do CEB. 

A próxima fase será a de "ensaios in vivo em larvas de abelha criadas em laboratório e posteriormente em colmeias naturalmente infetadas." 

O CEB da Universidade do Minho, em atividade desde 1995, é um centro de investigação que opera nas principais áreas da Biotecnologia e Bioengenharia apresentando como "principal objetivo" a integração entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a potenciar o desenvolvimento de bioprocessos industriais inovadores.

Aprovada primeira fonte pública de cerveja da Europa

JN | Ontem
Uma pequena vila na Eslovénia vai ter uma fonte de cerveja, no valor de 350 mil euros.

O município de Zalec, localizado a mais de 60 quilómetros da capital eslovena, Liubliana, trocou as tradicionais fontes de água por uma fonte de cerveja, na tentativa de atrair turistas para a região. O projeto foi discutido pela primeira vez em 2013 e foi aprovado, este mês, por dois terços dos representantes municipais.

Zalec é uma pequena vila rodeada de campos de lúpulo, planta usada na produção de cerveja, o que vai permitir que a bebida seja fabricada localmente.

Os visitantes vão poder encontrar uma grande variedade de cervejas eslovenas. A prova de três tipos de cerveja de 30cl, em canecas celebrativas personalizadas pelo designer Oskar Kogoj, custará seis euros, segundo o site esloveno "Dvevnik".

A construção da fonte vai custar 350 mil euros. Metade do valor vai ser pago pela câmara e o restante virá de doações privadas. "É verdade que a fonte não vai ser barata. Mas é um projeto em desenvolvimento, um produto turístico", afirma o presidente do município, Janka Kos.

Ainda que o custo e o potencial lucro estejam a ser alvos de controvérsia, Janko Kos espera que este projeto coloque no mapa o município muitas vezes esquecido.

A primeira fonte de cerveja da Europa ainda não tem data prevista para começar a matar a sede ao público.

Portugueses estão a mudar a dieta. Para pior



24.02.2016 às 15h0042

Pão, batatas, leite, porco e vinho estão no topo das preferências das famílias. Nutricionistas afirmam que as refeições têm muitas calorias e apelam para que fruta, hortícolas e leguminosas estejam mais à mesa. Começamos com um pedido: veja com cuidado a infografia (que é surpreendente, garantimos) que abre o artigo, na qual pode observar detalhadamente quantos quilogramas de cada alimento é que os portugueses mais consumiram em 2014 (ano mais recente dos dados disponíveis)

Entre os portugueses há a convicção de que têm bons hábitos alimentares — a dieta mediterrânica até é Património Imaterial da Humanidade, declarado pela UNESCO —, mas esta ideia é cada vez mais uma ilusão. Quando vão às compras, é o pão, as batatas e o leite que mais levam para casa, seguidos pela carne de porco e o vinho. Fruta, legumes, grão e feijão, por exemplo, tendem a ficar mais vezes na prateleira, isto é, fora do prato.

A identificação pormenorizada do que comem as famílias em Portugal está a decorrer, com a realização do segundo Inquérito Nacional Alimentar, mas a informação sobre os alimentos mais disponíveis para consumo (ver infografia) já identifica as tendências. "Permite, de forma indireta, inferir sobre o possível comportamento alimentar das populações" e, até agora, "são indicativos de que os portugueses podem estar a alimentar-se desadequadamente", explica Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Os dados mais recentes, da Balança Alimentar de 2012 e do Instituto Nacional de Estatística para 2014, mostram um "elevado consumo de alimentos pertencentes ao grupo da carne, pescado e ovos e ao grupo das gorduras", diz Alexandra Bento. Menos evidente mas também acima do que está definido na Roda dos Alimentos para Portugal está "o consumo nos grupos dos cereais, derivados e tubérculos e dos produtos lácteos". Ao invés, é insuficiente a ingestão "de alimentos pertencentes ao grupo da fruta, dos produtos hortícolas e das leguminosas".
A opção reduzida por pratos com feijão, grão, ervilhas ou favas é incompreensível para a maioria dos nutricionistas e médicos. "Como é possível, num país com excelentes leguminosas, baratas, nutricionalmente densas e portanto ricas em vitaminas e minerais, serem preteridas por alimentos ricos em gordura, mais caros e ambientalmente mais agressivos?", questiona António Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

As razões que levam os portugueses a optar sobretudo pela carne variam muito. No entanto, António Pedro Graça garante que "a insuficiente educação para a saúde, a falta de tempo e a economia familiar podem explicar muita coisa". O professor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto alerta ainda para perigos que a lista de alimentos disponíveis não mostra: "Não está lá, mas sabemos que os portugueses mais pobres tendem a alimentar-se pior, o que é duplamente mau." E "também não é visível na lista o grande drama da nossa alimentação: o sal e o açúcar adicionado".

A crescente informação sobre os malefícios de uma dieta pouco saudável — a OMS classificou o consumo diário de carne vermelha como um fator de risco de cancro — tem permitido algumas mudanças positivas, embora residuais. "O consumo de alimentos do grupo da carne, pescado e ovos continua elevado, mas teve um decréscimo especialmente em 2012 e o de hortícolas está a aumentar", salienta a bastonária dos Nutricionistas, que, ainda assim, lamenta a "ligeira diminuição ao longo dos anos no caso da fruta".

Com a dieta mediterrânica reduzida cada vez mais a um mero cliché, a saúde dos portugueses está também menos duradoura. O cancro do cólon, que os oncologistas relacionam diretamente com os maus hábitos alimentares, aumenta a passos largos, ultrapassando já os tumores malignos do pulmão e do estômago, assim como a hipertensão, a diabetes ou, mais óbvia, a obesidade. "Cada português tem disponível energia suficiente para satisfazer as necessidades de 1,6 a dois adultos", contabiliza Alexandra Bento. Por outras palavras, cada português come quase o dobro do que precisa.

Conceição Calhau, investigadora do Departamento de Bioquímica do Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina do Porto, admite que "os profissionais de saúde não têm comunicado de forma eficaz". A reduzida preferência pela fruta é um dos sinais dessa falta de eco. "Toda a comunicação é feita sobre a necessidade de consumir hortofrutícolas e isto parece não estar de modo algum refletido na balança de disponibilidades, que é também um reflexo do que o consumidor mais quer consumir." Na sua opinião, "a mudança a existir tem de ser política, com legislação".

Como é que se passou de uma dieta de excelência para uma alimentação desajustada? "Muitos anos de desprezo pelas questões da alimentação por parte da Saúde em Portugal, que agora está a mudar pela presença de profissionais e pela pressão pública", responde António Pedro Graça. E dá um exemplo da falta de atenção: "O segundo inquérito está a andar, mas o último datava quase 'criminosamente' de 1980."

Portugal afetado pela recolha europeia de Mars e Snickers


Operação foi desencadeada após um consumidor ter detetado um pedaço de plástico numa embalagem de Snickers comprada na Alemanha

A Mars Portugal anunciou que vai promover a recolha voluntária de determinados lotes de chocolates Mars e Snickers do mercado, depois de um pedaço de plástico ter sido encontrado numa tablete comprada a 08 de janeiro na Alemanha.

"A qualidade e a segurança alimentar são imperativos dos quais a Mars não abdica. Assim, a empresa decidiu promover, por precaução, uma recolha voluntária de determinado lotes das marcas Snickers e Mars", afirmou a representante portuguesa do grupo alimentar, em comunicado.

A decisão surge perante a possibilidade de algumas das barras de chocolate destas marcas poderem conter pequenos pedaços de plástico vermelho, segundo a Mars, que diz tratar-se de "um incidente isolado".

O grupo agroalimentarMars ordenou uma gigantesca retirada de chocolatesMars e Snickers em 55 países, depois de um pedaço de plástico ter sido encontrado numa tablete.

"Pelo que sabemos estão envolvidos 55 países", disse uma responsável do grupo para a Holanda, Eline Bijveld, à agência France Presse, adiantando que a recolha "apenas diz respeito aos produtos produzidos na Holanda" na fábrica do grupo Mars na cidade de Veghel (sul).

A decisão surge depois de um consumidor ter encontrado um pedaço de plástico vermelho numa tablete de Snickers comprada a 08 de janeiro na Alemanha.

Após se ter queixado à Mars, verificou-se que o plástico provinha da fábrica em Veghel, de uma capa protetora utilizada no processo de fabrico.

"Estamos a investigar o que é que aconteceu exatamente, mas não podemos ter a certeza de que o pedaço de plástico vermelho não se encontra noutro dos nossos produtos da mesma linha de produção", disse Bijveld.

Assim, o grupo decidiu de modo "voluntário" e "por precaução" ordenar a recolha de produtos em vários países, incluindo a maioria dos europeus, como Holanda, Alemanha, França e Reino Unido, bem como o Sri Lanka e o Vietname.

Segundo Bijveld, a retirada não se estende aos Estados Unidos.

Trata-se da primeira vez que a Mars tem de retirar produtos feitos na fábrica de Veghel, que abriu em 1963 e que emprega 1.200 pessoas.

A Mars Incorporated é um gigante norte-americano do setor agroalimentar, conhecido sobretudo pelos seus chocolates, mas que fabrica também arroz, massas e alimentos para animais domésticos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Anpromis elege nova Direção e mantém o rumo na defesa dos interesses dos produtores nacionais de milho e sorgo

José Luís Lopes, conhecido agricultor e dirigente agrícola no Ribatejo, sucede a Luís Vasconcellos e Souza na Presidência da Direção da ANPROMIS - Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo.

A eleição dos novos órgãos sociais da ANPROMIS para o triénio 2016-2018, decorreu no passado dia 18 de Fevereiro, numa Assembleia Geral realizada em Ponta Delgada.
Tomou posse a nova Direção da ANPROMIS-Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, dando continuidade ao projeto e à missão que desde a sua génese, a 31 de Maio de 1988, esteve na base desta associação: representar e defender os interesses dos produtores nacionais, participando, propondo, discutindo e debatendo todas as questões que afetam a produção de Milho e Sorgo em Portugal e constituir-se como um centro de apoio e informação aos produtores e suas organizações.

«Com momentos de maior ou menor fulgor e rentabilidade para os produtores nacionais, desde a fundação da Anpromis há 28 anos, o milho continua a ser a cultura arvense de referência em Portugal, estruturante na agricultura de regadio e exemplo ao nível da evolução tecnológica e produtividade alcançadas. A atual Direção da Anpromis tudo continuará a fazer na sua missão de defesa dos interesses da Fileira do milho, prosseguindo o caminho rumo à inovação e à competitividade do setor nacional do milho», afirma José Luís Lopes, recém-eleito presidente da Anpromis.

A Anpromis agradece todo o empenho e dedicação com que Luís Vasconcellos e Souza sempre defendeu os interesses dos produtores nacionais de milho ao longo dos últimos vinte e quatro anos. Na passada semana, tivemos oportunidade de manifestar publicamente o reconhecimento por toda a sua dedicação, numa pequena homenagem no âmbito do 8º Colóquio Nacional do Milho, a 18 de Fevereiro, em Ponta Delgada, onde o presidente cessante recebeu das mãos do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, e em nome da Direção da Anpromis, uma pequena lembrança simbólica de apreço pelo trabalho realizado.

Luís Vasconcellos e Souza retribuiu a homenagem com palavras sentidas e deixou-nos uma visão sobre os desafios que se avizinham no setor e na agricultura europeia: «O futuro da Europa agrícola é um desafio para todos nós, perante a emergência de outras potenciais mundiais (…) as mudanças vão ser mais radicais do que estamos à espera, porque a Europa está a ser vítima de fenómenos de globalização, como a desvalorização da moeda no Brasil e na Argentina».
Para o presidente cessante da Anpromis, «o desígnio dos agricultores europeus é serem mais eficientes na produção, única forma de conseguirem sobreviver neste mundo globalizado, e o desígnio da Europa é alinhar os seus interesses e organizar-se a nível económico, social e político para responder aos desafios».

Sobre os seus 24 anos na Direcção da Anpromis, dos 21 anos enquanto seu Presidente, Luís Vasconcellos e Souza definiu numa palavra a orientação que imprimiu na associação e que permitiu que a Anpromis seja hoje em dia reconhecida como um organização sólida e credível: «Independência foi a palavra-chave que sempre pautou a nossa atuação, alinhando os interesses da Anpromis com o interesse coletivo do setor».

Vídeo de homenagem ao trabalho desenvolvido pelo Eng.º Luís Vasconcellos e Souza ao longo dos últimos 24 anos, apresentado durante o 8º Colóquio Nacional do Milho

ORGÃOS SOCIAIS DA ANPROMIS PARA O TRIÉNIO 2016-2018
DIRECÇÃO
Presidente – Dr. José Luís Alves Lopes
Secretário – Eng.º Luís Fernando Bulhão Martins
Tesoureiro – Dr. Jorge Durão Neves
Vogal – Eng.º João Monteiro Coimbra
Vogal – Eng.º Pedro Miguel Branco Salgado Pimenta
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente – Eng.º Luís de Azevedo de Vasconcellos e Souza
Secretário – Eng.º José Maria Amorim da Costa de Oliveira Falcão
Secretário – Eng.º Joaquim Pedro Torres
CONSELHO FISCAL
Presidente – Sr. Pedro Maria Moreira de Almeida Seabra
Vogal – Eng.º António Condesso Pereira
Vogal – Eng.º António Gonçalves Ferreira

Agrikolage: a nova marca de soluções e infraestruturas auxiliares para a agricultura


23 Fevereiro, 2016

Chegou recentemente ao mercado nacional uma nova marca de soluções integradas de produtos para a agricultura: a Agrikolage.

A empresa, que fornece equipamentos e infraestruturas auxiliares, diz ter "uma forte componente 'Do It Yourself'", combinando agricultura com bricolage.

Numa nota enviada às redações, a marca refere que oferece uma gama de soluções 'low cost' e que pretende entrar no mercado com o objetivo de "sermos rapidamente uma marca de referência na área de equipamentos, estruturas e soluções para a Agricultura."

"Inicialmente estamos apostados na conquista do mercado nacional. Em simultâneo vamos entrar na Europa Central (Polónia) e Europa de Leste (Roménia)", com um projeto de internacionalização aprovado no âmbito do Portugal 2020.

Saiba mais sobre esta nova marca: http://www.agrikolage.com/

Pequenos frutos e romã entram no Centro de Frutologia Compal


por Ana Rita Costa- 23 Fevereiro, 2016

Já estão abertas as candidaturas para a 4ª edição da Academia do Centro de Frutologia Compal, uma iniciativa de formação que pretende ajudar empreendedores agrícolas a criar ou a expandir um negócio frutícola. As candidaturas podem realizar-se até 3 de março, em www.centrofrutologiacompal.pt, e no final serão premiados os três melhores projetos com uma bolsa de 20 mil euros.

Pela primeira vez este ano, podem candidatar-se empreendedores que produzem ou queiram produzir Romã e Pequenos Frutos, como Amora, Framboesa, Mirtilo e Morango. Podem ainda candidatar-se os que se pretendam instalar em frutas como: Alperce, Ameixa, Ameixa Rainha Cláudia, Cereja, Clementina, Diospiro, Figo, Laranja, Limão, Maçã, Melancia, Melão, Meloa, Marmelo, Pêssego e/ou Pera Rocha.

Do total de candidaturas submetidas, serão escolhidos os projetos de 12 empreendedores para participar na Academia que, nesta edição, conta com mais de 65 horas de formação.

Fruticultura, gestão agrícola, associativismo, marketing, tecnologia e sustentabilidade são alguns dos módulos em sala, que pretendem reforçar as competências técnicas e de negócio dos empreendedores. Para além da formação teórica e prática, estes empreendedores terão ainda oportunidade de integrar uma rede de networking, abrindo portas para novas colaborações e parcerias.

Oferta de produtos do Projeto Alqueva em nova plataforma eletrónica


por Ana Rita Costa- 23 Fevereiro, 2016


A EDIA e o NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral criaram uma plataforma eletrónica que tem como objetivo divulgar o potencial exportador de Alqueva. Destinada a potenciais importadores, a nova plataforma reúne informação acerca dos produtos e serviços da região de influência do Projeto de Alqueva.

Numa nota enviada às redações, a EDIA explica que "esta iniciativa, enquadrada no protocolo de cooperação assinado entre as duas instituições, tem por objetivo divulgar as potencialidades da região associadas ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, bem como a capacidade exportadora das empresas da região, tirando partido das dinâmicas criadas pelo projeto."

No fundo, a plataforma funcionará como um portefólio com um conjunto alargado de empresas onde constarão, para além dos seus contactos, a descrição da empresa e dos seus produtos ou serviços bem como um campo para contacto direto com a empresa por parte do potencial importador.

"Após a obtenção e carregamento da informação na plataforma, esta será utilizada para os contactos com os potenciais importadores dos mercados externos, fomentando desta forma as oportunidades de negócio internacionais. Aquando do contacto com os empresários estrangeiros será divulgada a oferta da região Alqueva e recolhida a potencial oportunidade de negócio que será disponibilizada aos empresários nacionais."

PETIÇÃO: Rastreabilidade e Destaque nos Produtos Nacionais





Para: Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República

A Produção Nacional tem vindo a sofrer grandes prejuízos fruto da entrada de produtos importados a preços abaixo daqueles a que os produtores nacionais conseguem produzir. Muitas vezes esses produtos são excedentes de produção de outros países que com esta redução de preço conseguem escoar para o nosso País em detrimento dos produtos Nacionais. Do mesmo modo é verdade, que o rigor e a qualidade com se produz em Portugal reflete-se na qualidade e na segurança dos produtos apresentados pelos nossos produtores existindo países, sobretudo fora da U.E., que não acompanham este rigor. 

Cada vez mais existe interesse por parte do consumidor em escolher produtos que transmitam segurança e ao mesmo tempo ajudem a economia do País, cada vez mais o consumidor que escolher produtos Nacionais. 

Infelizmente é difícil identificar visualmente a origem dos produtos nas prateleiras das grandes superfícies que apresentam a origem num formato pequeno e pouco apelativo. Existem também produtos de marca branca que variam consoante o lote, como é caso do leite e derivados, levando o consumidor muitas vezes a comprar produtos de outros estados membros pensando que estão a comprar produtos Nacionais. Mais grave ainda são os produtos que não apresentam a origem ou então é apresentada de forma duvidosa como é o caso da carne de coelho, de porco, entre outras, dado o país de origem e de abate poderem ser diferente. Não existe portanto uma legislação em vigor que proteja e defenda a escolha do consumidor. 

Deste modo, solicitamos a criação de uma legislação que garanta a rastreabilidade e assegure uma rotulagem de confiança. Ao mesmo tempo solicitamos a criação de uma legislação que obrigue o destaque e visibilidade dos produtos Nacionais nas grandes superfícies onde o consumidor posso facilmente identificar e optar por produtos Nacionais. 

Não estamos a pedir mais do que medidas que salvem a produção Nacional e contribuam para a economia do País.

Agricultura: cooperativas europeias apelam a soluções urgentes para os mercados da UE



 22 Fevereiro 2016, segunda-feira  Política AgrícolaAgricultura
Os dirigentes das organizações e cooperativas agrícolas de toda a Europa reuniram-se em Bruxelas para debater a situação dramática que afeta os mercados agrícolas na União Europeia (UE) e entregaram uma lista de medidas ao comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan.
agricultura
Durante o encontro, o presidente da COGECA, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, Thomas Magnusson, declarou que «os agricultores e as cooperativas agrícolas estão cada vez mais orientadas para o mercado e são mais competitivas, mas para muitos produtores é cada vez mais difícil manterem-se sempre que perdem um mercado chave para exportação e que não existam outras oportunidades.
«É positivo que o comissário da Agricultura, Phil Hogan, conduza ações comerciais internacionais para promover os produtos da UE e para abrir novos mercados, mas é necessário tempo para desenvolver as mesmas e obter resultados», sustentou o responsável, citado pela COPA-COGECA, em comunicado enviado às redações.
Thomas Magnusson disse que os agricultores a as cooperativas agrícolas precisam de «soluções urgentes, caso contrário, as economias das zonas rurais e a economia da UE no seu conjunto vão levar um terrível golpe».
«Necessitamos obter uma melhor retribuição do mercado. É inaceitável que os distribuidores espremam os agricultores ao oferecerem preços muito abaixo dos custos de produção. Os agricultores vêem-se obrigados a realizar fortes investimentos para manterem as normas europeias, que estão entre as mais exigentes do mundo, pelo que deveriam obter uma recompensa justa, sendo urgente uma cadeia alimentar sustentável que beneficie tanto os agricultores como os consumidores», concluiu o presidente da COGECA.
Por seu lado, o presidente do COPA, Martin Merrild, afirmou que os preços de origem estão sob o mínimo, em particular nos setores do leite, carne de porco, bovino, frutas e hortícolas e cereais.
A Política Agrícola Comum (PAC) não dispõe de suficientes instrumentos para fazer algo a este respeito. Merrild defende que são necessárias políticas contundentes e comuns, que proporcionem soluções imediatas a problemas de alcance europeu.
O responsável assinalou várias formas de melhorar a situação: «umas das principais prioridades da UE deve ser a abertura do mercado russo. Não deveriam ser os agricultores e suas cooperativas a pagarem as consequências da política internacional», conclui.

Porto: 350 produtores de vinho invadem Palácio da Bolsa



 22 Fevereiro 2016, segunda-feira  Viticultura
De 25 a 28 de fevereiro de 2016, cerca de 350 produtores de vinho invadem o Palácio da Bolsa, no Porto, na edição de 2016 da "Essência do Vinho".
vinhos
A iniciativa, que vai na sua 13.ª edição, conta com mais de mil vinhos em prova, com um vasto programa de provas comentadas, ações e formação e harmonizações gastronómicas, cujos pormenores podem ser consultados no site oficial da 13.ª Essência do Vinho.
Além de importadores de várias origens, a organização convidou especialistas de 13 nacionalidades que vão participar na escolha de um top 10 dos vinhos nacionais (seis tintos, dois brancos e dois generosos).
Em prova cega e sem prévio conhecimento dos vinhos selecionados. 

Ministro da Agricultura preside à apresentação dos novos prémios que incentivam agroalimentar



 22 Fevereiro 2016, segunda-feira 

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, irá presidir ao evento de apresentação dos novos prémios de incentivo ao setor agroalimentar nacional, promovidos pelo Clube de Produtores Continente.
batata 
A cerimónia terá lugar a 29 de fevereiro de 2016, pelas 15h00, na cooperativa de fruticultores - Frutalvor, nas Caldas da Rainha.
Os novos Prémios Clube de Produtores Continente pretendem fomentar «a excelência e inovação na produção nacional, reconhecendo o mérito dos produtores associados, nacionais e jovens universitários», adiantam os promotores.
A sessão, que irá reunir parceiros e produtores, contará ainda com a presença de Paulo Alexandra Ferreira, Secretário de Estado Adjunto e do Comércio e de Eunice Silva, administradora de Frescos da Sonae MC.

Museus do Vinho querem associação ibérica para defender património vinhateiro

 22-02-2016 
 

 
O Museu do Vinho de Alcobaça foi escolhido para coordenar a Rede Portuguesa dos Museus do Vinho e liderar uma comissão de trabalho que, entre outros objectivos, pretende criar uma associação ibérica daquelas estruturas.

A Rede Portuguesa dos Museus do Vinho (RPMV) «está ainda em fase de consolidação e de definição das ações a desenvolver», mas, entre elas, estará o objectivo de «alargar o seu âmbito à criação de uma associação ibérica dos museus do vinho», disse à agência Lusa Alberto Guerreiro, coordenador da rede.

Criada no seio da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), a rede pretende ser «uma estrutura de apoio aos municípios que já têm, ou que tencionam criar, museus do vinho», explicou o também director do Museu do Vinho de Alcobaça, que, além de coordenar a rede, lidera um grupo de trabalho para «definir as etapas a seguir para a sua consolidação».

O grupo, formado numa reunião realizada na passada semana, em Alcobaça, integra representantes da AMVP, do Museu do Douro, do Museu do Vinho da Bairrada, do Museu do Vinho de Bucelas, do Museu do Vinho Verde Alvarinho de Monção, do Museu do Vinho de Alenquer, da Quinta/Museu do Sanguinhal e do Centro Interpretativo do Vinho Verde de Ponte Lima.

As acções a desenvolver pela rede deverão ser definidas numa reunião agendada para o próximo dia 11 de Abril, em Bucelas. Alberto Guerreiro adiantou à Lusa que entre elas estarão «o desenvolvimento de projectos em rede e a elaboração de rotas enoturísticas, complementadas com a criação de uma página de internet para divulgação dos programas e iniciativas quer dos museus, quer os municípios com vinho, evidenciando a grande diversidade que temos em Portugal».

Tanto mais que, acrescentou, «o vinho é o primeiro produto agrícola português, desde os anos 30, do século XX» e, a par com «a maior implantação nacional e internacional» deste produto, os museus «têm conhecido um aumento de visitantes e gerado um cada vez maior interesse turístico».

A par com o apoio a adegas e museus em formação, a realização de colóquios e congressos é outros dos objectivos da rede que tem em mãos a organização do II Congresso Ibérico dos Museus do Vinho, a ter lugar no Museu do Douro, em Peso da Régua, no final de 2016.

Até lá, «vamos intensificar os contatos com congéneres espanhóis, com vista à criação da associação ibérica, porque faz todo o sentido a existência de uma estrutura mais ampla para a defesa do património vinhateiro e de uma atividade que tem uma dimensão histórica e cultural muito forte», afirmou Alberto Guerreiro.

A rede integra, para já, cerca de duas dezenas de museus, número que o grupo de trabalho estima que venha a aumentar com a inclusão de novas estruturas que estão a abrir no país, sobretudo em antigas instalações do extinto Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) cedidas a autarquias.

Fonte: Lusa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

«Pagamento das medidas agroambientais é sagrado»



 21 Fevereiro 2016, domingo  Política AgrícolaAgricultura

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, esclareceu este sábado (20 de fevereiro) que vão continuar a ser pagas as medidas agroambientais e a serem apoiados os projetos de investimentos agrícolas.

O governante falava na inauguração da sede social da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega de Veiros, no concelho de Estremoz, distrito de Évora.
Capoulas Santos aproveitou para prestar alguns esclarecimentos aos agricultores sobre notícias que surgiram e que considerou «sem fundamento», relacionadas com o IVA, as medidas agroambientais e os apoios aos projetos de investimentos agrícolas.
O ministro da Agricultura garantiu que vão continuar a ser pagas as medidas agroambientais e a serem apoiados os projetos de investimentos agrícolas.
«Apesar de no ano passado ter sido ultrapassado em quase 300 milhões de euros o orçamento que estava previsto para os contratos com os agricultores» para as medidas agroambientais, «o seu pagamento é sagrado», garantiu o governante.
Capoulas Santos referiu ainda que o Governo vai também continuar a apoiar os projetos de investimentos agrícolas.
O ministro da Agricultura esclareceu que surgiram «muitas candidaturas», em 2015, que fizeram ultrapassar «o valor disponível do orçamento para este ano», relacionado com estes apoios.
«Vamos aprovar todas as candidaturas por ordem de antiguidade e aquelas que não tiverem meios para ser aprovadas este ano têm de ser transferidas para o orçamento seguinte», explicou.
«Os agricultores podem estar tranquilos que o IVA para as máquinas agrícolas e para a prestação de serviços na agricultura se mantém na taxa de 6%, tal como está», reafirmou Luís Capoulas Santos.
Capoulas Santos visitou depois a estação elevatória, a Barragem de Veiros e o perímetro de rega do projeto de Aproveitamento Hidroagrícola de Veiros, inaugurado em maio de 2015, que envolveu um investimento público de cerca de 25 milhões de euros, com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
O Aproveitamento Hidroagrícola de Veiros, com uma rede de rega de 15 quilómetros de extensão e capacidade para 1.114 hectares de regadio, vai beneficiar a partir da campanha deste ano, cerca de 60 agricultores dos concelhos de Estremoz e do concelho vizinho de Monforte, no distrito de Portalegre, atualmente objeto de uma agricultura marcadamente de sequeiro.
O presidente da Junta de Freguesia de Veiros, Nicolau Almeida e o presidente da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega de Veiros, José Nuno Pereira, agradeceram a Capoulas Santos o seu empenho no projeto de Aproveitamento Hidroagrícola de Veiros, desde o seu início.
Capoulas Santos realçou que se tratou de «um momento de grande alegria» a inauguração da sede daquela associação de agricultores de Veiros.
Fonte: Lusa

Combustíveis são os oitavos mais caros da Europa


PEDRO ARAÚJO | Hoje às 00:40

Antes do aumento do imposto sobre produtos petrolíferos em seis cêntimos (7,4 cêntimos com IVA), o preço médio da gasolina em Portugal com impostos era o 9.º mais caro da União Europeia a 28 países e o 12.º no caso do gasóleo.
 
Combustíveis são os oitavos mais caros da Europa
Após o agravamento fiscal, que começou a vigorar no último dia 12, Portugal passou a figurar na 8.ª posição, tanto no gasóleo como na gasolina. Representou uma subida de quatro posições, no caso do gasóleo, e uma no da gasolina.

A vantagem para quem consome combustíveis em Espanha tornou-se ainda mais clara. A gasolina era mais barata no país vizinho em 18,6 cêntimos por litro do que em Portugal, a 8 de fevereiro, saltando para 23,6 cêntimos uma semana mais tarde.

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) envia, todas as terças-feiras, os preços médios verificados no dia anterior, o que sucedeu no dia 16. Assim sendo, o agravamento fiscal português implementado no dia 12, sexta-feira, já estava refletido nos preços que estavam a vigorar no dia 15, segunda-feira, confirmou fonte da DGEG. Os dados enviados para Bruxelas são sempre a média entre os combustíveis simples e aditivados. No dia 15, o gasóleo custava 1,046euro por litro e a gasolina 1,306euro.

O aumento em cerca de dois cêntimos por litro dos combustíveis a partir de hoje não será suficiente para que o Governo baixe o ISP. "Mais ou menos quatro cêntimos de aumento no preço dos combustíveis permitem-nos reduzir um cêntimo do ISP, porque essa diminuição é compensada com um aumento da receita do IVA. Este é o compromisso que nós assumimos, e é isso que pretendemos fazer: manter a neutralidade fiscal do imposto substituindo o IVA por ISP, sempre que haja variações significativas", explicou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, numa entrevista à TVI24 na última quarta-feira. Fernando Rocha Andrade reconheceu que a subida do imposto, embora não seja popular entre os contribuintes, foi uma escolha do Governo em função de alternativas piores, como um possível aumento do IVA ou a impossibilidade de reduzir a sobretaxa do IRS.

A Galp admite o cenário de os clientes preferirem abastecer-se em Espanha, onde também está presente, e os representantes do setor dos transportes alertaram para as perdas de receita fiscal que o Estado terá com a "fuga" para o país vizinho. O Governo prometeu uma majoração de 20% no IRC para as empresas que encham os depósitos em Portugal, mas, pelas contas de Renato Carreira, partner da Deloitte, o benefício fiscal a ser criado pelo Governo fica-se pelos 65% do aumento do ISP.

Comprando cem litros de gasóleo a um euro por litro, a despesa total é de 107,38euro, dos quais 20,08euro correspondem ao IVA suportado pela empresa. O valor dedutível é de 87,30euro e a empresa recupera 19,64euro.

Contas antes de impostos fazem diferença

Segundo os dados da Comissão Europeia, o ranking dos preços antes de impostos é um pouco diferente. Se antes da subida do ISP, o país tinha a 9.ª gasolina mais cara da Europa (0,42 euros por litro), na semana de 15 de fevereiro, desceu para 19.º lugar (0,38 euros por litro). Teríamos, contudo, um dos gasóleos mais baratos, figurando em 23.º lugar entre os mais caros da Europa (0,42 euros por litro, curiosamente o mesmo preço base da gasolina). Mais barato só em países como Espanha (0,40 euros por litro). O país vizinho até tem a gasolina mais cara (0,44 euros), se não for tida em conta a carga fiscal.

ARTIGO PARCIAL

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Camião-cisterna português que transportava leite foi bloqueado na segunda-feira, na Galiza

Produtores de leite exigem medidas para evitar incidentes como o da Galiza
LUSA 17/02/2016 - 14:09
Presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal fala em "acção de desespero dos produtores espanhóis".

 
AFP/ MIGUEL RIOPA

 Produtores da Galiza barram entrada de leite português

O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal defendeu esta quarta-feira no Porto que sejam tomadas medidas para evitar situações idênticas à que ocorreu na Galiza, ou poderá entrar-se no "olho por olho, dente por dente".

Carlos Neves referia-se ao caso de um camião-cisterna português que transportava leite e que foi bloqueado na segunda-feira, na Galiza, por produtores locais, que também despejaram o produto na estrada. "É necessário perguntar aos governos de Portugal e de Espanha se vão defender os produtores e vão colocar ordem nisto ou se vão continuar ausentes e deixar que entremos numa escalada de olho por olho, dente por dente, ou de fazer justiça pelos próprios meios", disse. Para o dirigente da APROLEP, o que se passou na Galiza foi "uma acção de desespero dos produtores espanhóis, mas esse desespero é o mesmo que os produtores portugueses estão a sentir".

Carlos Neves falava à margem de uma acção de "marketing directo", de contacto com os consumidores, para promover o leite, os produtos lácteos e todos os produtos agrícolas portugueses, realizada junto a um supermercado, no Porto. Considerou ainda que a retaliação "não é solução", mas admite que pode acontecer, "basta que um grupo se junte e organize algo idêntico". "Penso que os espanhóis estão a atirar para o alvo errado, estão atirar para o que é mais fácil, que é Portugal. Os próprios colegas espanhóis dizem-me que a importação de França é muito superior à importação de Portugal", sublinhou.

Carlos Neves salientou, a este propósito, que Portugal tem "um défice de 165 milhões de euros em relação a Espanha, ou seja, vão meia dúzia de camiões para Espanha e vêm dezenas, centenas de camiões com iogurtes, com leite já embalado, para Portugal". Presente da mesma iniciativa, o presidente da Associação de Produtores de Leite de Vila do Conde, Carlos Moreira, considerou que o que se passou na Galiza foi "má-fé" dos produtores locais, "porque estamos num mercado aberto". "Da mesma forma que eles têm o direito de trazer leite de Espanha ou de França para Portugal, nós também temos que levar o nosso leite para Espanha, até porque temos lá uma empresa que pertence à Lactogal", sublinhou.

Carlos Moreira entende, por isso, que "não foi uma boa atitude" e que os produtores de leite espanhol "devem contestar junto do seu Governo a diferença do preço entre a produção e o consumidor final, que é um disparate. Nós também o contestamos". "Há uma margem muito grande de lucro que fica entre a indústria e a distribuição", frisou.

Também o director-geral da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) criticou hoje a "guerrilha comercial" de Espanha ao leite português, sublinhando que o incidente registado na segunda-feira na Galiza poderá conduzir a "retaliações" dos produtores lusos.

A Organização de Produtores de Leite (OPL) de Espanha admitiu hoje à Lusa a possibilidade de ocorrerem novos bloqueios à entrada de leite português no país, mas demarcou-se do incidente com camião-cisterna, na Galiza.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do ministro da Agricultura referiu que "está a acompanhar o processo de identificação dos intervenientes e das circunstâncias em que ocorreu a situação". "Do resultado dessa diligência decorrerá, eventualmente, uma comunicação ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, no sentido de contactar as autoridades espanholas, caso se constate que houve qualquer procedimento incorrecto da parte destas", acrescentou.

Este protesto prende-se com o alegado incumprimento de normas legais na exportação de leite de Portugal para Espanha, nomeadamente no que diz respeito ao atestado de qualidade.

Intensificam-se as discussões sobre a nova legislação da produção bio

Fevereiro 15
13:21
2016

A Presidência holandesa do Conselho está a tentar chegar a um acordo com o Parlamento Europeu (PE) no que concerne a revisão da legislação sobre a agricultura biológica.

Este dossier já tem mais de um ano de discussão, parecendo que, finalmente, não existem grandes divergências entre as duas instituições sobre os pontos mais polémicos, que são os controlos, as importações e os resíduos de substâncias proibidas.

Existem, no entanto, algumas arestas a limar e, assim, no que diz respeito às importações, o Conselho quer instalar um sistema de equivalência, enquanto o PE admite um período transitório de importação de produtos que não cumpram totalmente a legislação comunitária.

Também ainda existe alguma discussão sobre a possibilidade de tratamentos com base em plantas tradicionais.

No que diz respeito às regras gerais de produção, são, sobretudo, as regras de gestão ambiental que geram maior polémica. Por outro lado, parece haver uma unanimidade de opinião no que diz respeito à inclusão da cortiça e do sal na lista de produtos biológicos.

Comissário Hogan está confiante com a decisão da OMC no processo contra a Rússia


Fevereiro 17
14:24
2016

O Comissário Phil Hogan mostrou-se muito confiante numa decisão favorável da Comissão no diferendo que tem, na Organização Mundial de Comércio (OMC), com a Rússia, devido ao embargo sanitário da carne de porco. O primeiro relatório é favorável à União Europeia, sendo que a decisão final sairá em Abril.

Esta situação não vem, contudo, resolver o problema do sector europeu da carne de porco, pois, após a decisão vem num período de tentativa de conciliação voluntária, que pode demorar até ao final do ano de 2016.

Findo este período e caso não haja acordo, espera-se uma condenação da Rússia em 2017, que ainda é passível de recurso, pelo que efectivamente só para 2018 poderão existir situações concretas.

Não é, portanto, uma solução para a crise do sector, sendo que o aspecto positivo é o da pressão sobre os russos, que poderão vir a abrir as suas fronteiras a um conjunto de países europeus.

Eurodeputado Miguel Viegas questiona Comissão Europeia sobre a crise na suinicultura

19-02-2016 
 

 
O eurodeputado do PCP, Miguel Viegas, dirigiu à Comissão Europeia uma pergunta com pedido de resposta escrita intitulada "Crise no Mercado da Carne Suína", na qual solicita esclarecimentos sobre a abertura e alargamento dos mercados de exportação, bem como o ponto de situação das relações políticas com a Rússia.

Miguel Viegas tem mantido constante e permanente contacto com a FPAS desde que tomou posse enquanto deputado ao Parlamento Europeu, sendo incansável defensor do sector nas instâncias europeias.

A pergunta na íntegra refere que «finalmente, o comissário Phil Hogan e os ministros, na última reunião de 15 de Fevereiro, reconheceram a gravidade da situação dos mercados do leite e da carne de porco

Ao nível do sector da carne de suíno, os preços ainda são muito baixos, oque demonstra a clara insuficiência das soluções aplicadas até ao momento. Neste quadro, pergunto à Comissão Europeia que resultados concretos podem ser apresentados ao sector no que toca ao alargamento do mercado de exportação. Pergunto igualmente se estão previstos apoios à exportação que permitam compensar as desvantagens competitivas que decorrem dos elevados custos de produção dentro da Europa e designadamente em Portugal. Pergunto finalmente qual o estado das negociações com a Rússia visando a reabertura deste importante mercado».

Fonte: FPAS

Obra hidroagrícola do Mondego é uma prioridade do Governo

19-02-2016 

 
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, disse hoje em Montemor-o-Velho que a obra hidroagrícola do Mondego é uma prioridade para o Governo.

O governante está esta sexta-feira a visitar a região do Mondego afectada pelas cheias do fim-de-semana e está durante a manhã reunido com autarcas, agricultores, associações de regantes e outros responsáveis agrícolas. Vai ainda hoje visitar a foz do rio Ega, junto à estação de comboios de Alfarelos e que foi o curso de água responsável pelo corte da linha do Norte.

«O Vale do Mondego continua a ser uma prioridade para nós, Governo, e será acomodado de acordo com as disponibilidades financeiras que temos neste quadro comunitário. Não venho prometer nada que não possa ser dado, mas também não tenho soluções mágicas e fundos ilimitados», disse.

Capoulas Santos disse estar «particularmente à vontade» para falar sobre o Vale do Mondego, dizendo que enquanto esteve no Governo foi responsável por 80 por cento da beneficiação, obra hidroagrícola, que se fez até hoje.

«Estou à vontade sobre o meu empenho e o meu currículo no Vale do Mondego. É um assunto que temos de estudar e configurar de acordo com a situação financeira que encontrámos e com as regras que estão definidas. Cheguei ao Governo com um concurso aberto para os regadios e com uma hierarquia de prioridades já definida. Temos de respeitar o que já está condicionado e estamos a fazer essa avaliação», disse.

De acordo com os agricultores, falta fazer cerca de metade de 13 mil hectares, nomeadamente os vales dos três rios da margem esquerda do Mondego: Arunca, Ega e Pranto. As cheias do fim-de-semana atingiram sobretudo os concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho e Soure.

Fonte: Lusa