sábado, 5 de julho de 2014

Arlindo Cunha defende proteção do comércio local



O antigo ministro da Agricultura Arlindo Cunha defendeu hoje a proteção do comércio local contra o grande poder detido pelas cadeias comerciais de grande distribuição, que "representam 85% da distribuição alimentar" em Portugal.

"O Governo devia usar o músculo regulador para impor certas regras. Hoje temos uma desintegração dos circuitos comerciais locais e precisamos de fazer algo para recriar as cadeias comerciais locais, isso é muito importante", disse o antigo ministro de Cavaco Silva durante comemorações do 30.º aniversário da OVIBEIRA - Associação de Produtores Agropecuários, que decorreram em Idanha-a-Nova.
"O país vive uma nova realidade incontornável, da grande distribuição que se estende de forma tentacular até às terras de baixíssima densidade, através de médias superfícies em que o que vendem não vem do próprio território", disse Arlindo Cunha.
O controlo de "85% da distribuição alimentar no país" é, para antigo governante, "um poder louco".
Arlindo Cunha defendeu ainda a necessidade urgente de rejuvenescer a estrutura etária da agricultura portuguesa, que é "das mais envelhecidas" da Europa.
Apesar de nos últimos três anos se terem instalado no setor mais jovens que na última década, o ex-ministro da Agricultura, referiu que "é muito perigoso ficar por aqui".
"O que fez a mudança foi a crise económica que o país vive e que fez com que muitos jovens vejam na agricultura uma oportunidade interessante. Mas, se não fizermos mais nada, terminados os cinco anos de presença obrigatória na exploração [agrícola], corremos o risco de muitos desses jovens se irem embora", alertou.
Para evitar que isso aconteça, Arlindo Cunha defendeu a criação de uma estrutura no âmbito do Ministério da Agricultura, "que enquadre muitos desses jovens, com formação superior e que vêm da cidade, para que não corram tanto risco de insucesso".
Dinheiro Digital com Lusa

Associação Agrícola cria centro de interpretação da agricultura


 
A Associação Agrícola de S. Miguel, nos Açores, vai avançar com a criação de um centro interpretativo da agricultura, para retratar o passado, o presente e perspetivar o futuro de um dos setores mais importantes da economia regional.

"Em relação ao centro de interpretação da Agricultura, que nós queremos no espaço do antigo restaurante [do recinto da associação em Santana, Ribeira Grande], nas duas salas, criar ali um espaço em que se retrate o que foi a agricultura no passado, o que é no presente e o que poderá ser no futuro", afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, Jorge Rita.

O dirigente associativo adiantou que a nova valência, que só deverá abrir ao público em 2016, contará com fotografias atuais e antigas, alguns utensílios de menor dimensão utilizados pelos agricultores no seu trabalho diário e quadros explicativos em português e inglês.
"Estamos a preparar um projeto para candidatarmos ao próximo quadro comunitário de apoio para recebermos os devidos apoios que estão adstritos a este tipo de medidas", disse Jorge Rita, sem adiantar quanto irá custar a concretização desta "ambição" da direção da Associação Agrícola de S. Miguel.
Segundo explicou, já foi constituída uma equipa para trabalhar neste projeto, que envolve a recolha de mais alguns utensílios agrícolas entre os associados e pequenas obras de adaptação do antigo espaço onde funcionava o restaurante da Associação Agrícola de S. Miguel antes da inauguração do novo pavilhão multiusos, também em Santana.
Jorge Rita estima que a nova valência possa criar mais cinco a seis postos de trabalho e atrair ainda mais turistas do que já atrai ao local onde está instalada a sede da Associação Agrícola de S. Miguel.
"Queremos aqui, em Santana, potenciar também o espaço e criar um roteiro turístico, principalmente às quintas-feiras", disse Jorge Rita, que pretende dar outras condições à tradicional feira semanal, apostando em melhores condições de higiene, novas bancadas para expor os produtos hortícolas e albergarias para os animais.
Ao centro interpretativo da agricultura e à tradicional feira, Jorge Rita soma o novo espaço do restaurante da associação, com horário alargado, a abertura em breve de uma loja com produtos 100% regionais e todo o espaço verde envolvente como motivos mais do que suficientes para justificar uma visita ao local.
Dinheiro Digital com Lusa


Suspensão no PRODER é um «ato de gestão normal»- Governo


O secretário de Estado da Agricultura assegurou hoje que a suspensão de novas candidaturas ao PRODER é um «ato de gestão normal», desdramatizando a reação do setor que ficou «em estado de choque» com a decisão.
«É um ato de gestão normal que o PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) faz e tem feito durante toda a [sua] vivência, quando começa a haver um fluxo de candidaturas muito grande, e nos últimos três meses houve o dobro das candidaturas», disse José Diogo Albuquerque, em declarações à agência Lusa.
O governante, que considera o aumento do número de candidaturas como um «bom sinal» para o setor, explicou que a suspensão vai permitir «fazer pontos de situação» para que se possa «dar resposta» aos agricultores.
Diário Digital / Lusa

Guia de Boas Práticas de Turismo de Habitação e de Turismo no Espaço Rural


Este Guia de Boas Práticas abrange um conjunto de recomendações e melhores práticas para uma adequada prestação do serviço, tendo em consideração o modelo nacional que recai sobre estas tipologias de empreendimentos turísticos e a sua especificidade, com vista a assegurar, preservar e valorizar as características que as tornam únicas e diferenciadoras.



Novo dispositivo para localizar gado via satélite


1 DE JULHO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Técnicos da fundação basca HAZI apresentaram ao setor pecuário daquela região espanhola um novo sistema de localização baseado em comunicações via satélite que permitirá conhecer instantaneamente a localização exata do gado quando se encontra no monte, diminuindo dessa forma o tempo que dedicam à procura do seu gado em zonas de difícil acesso.

O Vice Conselheiro da Agricultura, Pesca e Política Alimentar do Governo Basco destacou "o apio que o setor pecuário prestou no desenvolvimento da projeto. Trouxe o seu conhecimento e experiência profissional, uma informação imprescindível para chegar a uma ferramenta destinada a melhorar as suas condições de trabalho".

O objetivo do GEOPOS – nome dado a este sistema desenvolvido – é facilitar ao ganadeiro o trabalho de supervisão dos rebanhos em produções extensivas (reunião do gado, alimentação, atuações sanitárias, partos…). Para além disso, traz conhecimento acerca dos hábitos dos animais e permite definir alertas, via sms ou email, para avisar acerca de situações de inatividade ou saída do gado de zonas concretas que sejam definidas pelos próprios ganadeiros.

O sistema é composto por um dispositivo eletrónico que, colocado através de uma coleira no animal líder do rebanho, comunica via satélite con um sistema informático, que envia informação para que possa ser consultada diretamente pelo ganadeiro. A incorporação de painéis fotovoltaicos e baterias de alto rendimento consegue alargar a sua autonomia de forma ilimitada, pelo que o pastor não terá que se preocupar com a sua manutenção durante toda a campanha.

"Os Verdes" questionam governo sobre poluição suinícola no rio Maior



As unidades de criação suinícola, existentes ao longo das margens do rio, em particular nos concelhos de Rio Maior e de Santarém, são identificadas como "parte substancial do problema"
O Partido Ecologista "Os Verdes" anunciou hoje ter questionado os ministérios do Ambiente, da Agricultura e da Administração Interna sobre a poluição do rio Maior e a Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES) de Alcobertas, Rio Maior.

Num requerimento entregue no Parlamento, o deputado José Luís Ferreira lembra que o rio Maior "tem sido, em conjunto com a Ribeira dos Milagres, em Leiria, um dos cursos de água mais castigados, ao longo de décadas, pela poluição, em especial de origem suinícola".

No documento, endereçado aos três ministérios, José Luís Ferreira traça o retrato de um rio que foi fonte de desenvolvimento económico e que está hoje "abandonado à morte, convertido em mero passivo ambiental, problema de saúde pública, fonte de preocupação e de degradação da qualidade de vida das populações ribeirinhas".

As unidades de criação suinícola, existentes ao longo das margens do rio, em particular nos concelhos de Rio Maior e de Santarém, são identificadas como "parte substancial do problema", seja pelas "escorrências ou descargas, intencionais ou acidentais, de efluentes poluentes para o seu curso de água ou para ribeiras afluentes" ou pela "deposição de chorume no solo ou espalhamento em campo agrícola, poluindo a médio prazo os lençóis freáticos da sua bacia".

O deputado lembrou que em 1995 entrou em funcionamento uma ETES, na freguesia de Alcobertas, considerada pioneira por, não só tratar os efluentes, como permitir o aproveitamento de lamas inertizadas para fins agrícolas e do biogás para produção de energia para a própria estação e para a rede elétrica nacional.

"No entanto, hoje encontra-se inativa, abandonada e em degradação, apresentando riscos ambientais e de segurança, designadamente por se encontrar localizada em solos de elevada permeabilidade, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC)", frisa.

O deputado questiona o Ministério do Ambiente sobre o estado do rio e a identificação das fontes poluidoras, as razões por que a ETES entrou em degradação, quais as responsabilidades do Instituto da Conservação e da Natureza, o que levou à entrega da gestão deste equipamento à Junta de Freguesia, qual o envolvimento que admite assumir na resolução do problema, o que vai fazer para cessar a poluição e promover a limpeza do rio e em que ponto está a Estratégia Nacional para os Efluentes Agrícolas e Agroindustriais que em 2007 identificou a zona como de intervenção prioritária.

Aos ministérios da Agricultura e da Administração Interna, "Os Verdes" perguntam quantas suiniculturas estão identificadas na zona e quantas estão em laboração, quantas devidamente licenciadas, como estão a tratar os efluentes, quantas foram fiscalizadas nos últimos anos e se houve penalizações.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico 
 

Gin "lentamente" destilado 'nasce' no Alentejo por antigo professor

Graças a uma "tempestade perfeita" na vida, com desemprego à mistura, António Cuco passou de simples apreciador de gin para 'alquimista de sabores', há poucos meses, criando uma marca dessa bebida, lentamente destilada no Alentejo.

Trata-se de um gin "feito no Alentejo", em Reguengos de Monsaraz, mas de "caráter português", incorporando na receita maçã Bravo de Esmolfe oriunda de Sernancelhe (Viseu), explica à agência Lusa.

E o lema da marca assenta num 'jogo de palavras' que cruza a forma "100% artesanal" com que António fabrica a bebida com a 'reputação' dos alentejanos, que considera ser injusta, como 'filho da terra'.

Se fosse feito em Lisboa ou no Porto continuaria a ser lentamente destilado", diz, entre risos, realçando que o processo demora várias horas e que, na produção, só a máquina de engarrafar "é semiautomática".

Lançado no mercado no final de Abril, o "Sharish Gin" está a exceder todas as expectativas do empreendedor, já contactado para começar a exportar para Espanha, Suíça, Brasil e Angola.

"Começámos a produzir à volta de 150 garrafas por semana", mas, após cerca de dois meses de comercialização, "estamos com 500 garrafas por semana", o que faz com que os planos de vendas iniciais estejam "completamente ultrapassados", congratulou-se.

A empresa vai "duplicar a produção até final do Verão" e prevê atingir o objectivo de vendas traçado para o ano inaugural "nos primeiros três ou quatro meses", afirma.

Até final de 2014, ou seja, "um ano e meio antes do previsto", António quer expandir as áreas de armazenamento e fabrico e contratar mais funcionários, para o ajudarem a ele e à mulher.

Antes desta 'aventura, o empresário apreciava gin, mas só no copo, como consumidor. Há uns meses, recorda, uma "tempestade perfeita" levou à sua mudança de vida.

Após uma brincadeira com amigos, com uma tentativa para criar gin, mas que saiu gorada - "Eles gozaram" e disseram "isto mais parece uma açorda de peixe do rio", recorda -, António não desarmou. De forma autodidata, aprendeu as bases da produção da bebida e voltou 'à carga'.

Para recuperar cheiros e sabores da infância, foi buscar a maçã Bravo de Esmolfe, que comia na feira em Borba, com a bisavó, e a lúcia-lima, com que a avó de S. Manços fazia chá, juntando-as a botânicos, citrinos e outros ingredientes para chegar à formula final do seu gin.

Aí, os amigos deram-lhe o 'selo de aprovação' e contribuíram para o 'germinar' da ideia de que este sucesso caseiro poderia ser algo mais, até porque António, antigo professor de Turismo, estava desempregado.

"Sempre fui empreendedor, achei que havia aqui uma possibilidade de negócio e juntei tudo com uma 'tempestade perfeita'", pelo facto "de ter ficado sem trabalho", conta.

Recebeu o aval de especialistas, que gostaram das amostras que lhes levou, e criou a empresa com o apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional, colocando no mercado aquela que "é a quarta marca de gin nacional" e a segunda com origem no Alentejo (a outra chama-se "Templus").

Convicto de que, em Portugal, o consumo desta bebida "não é moda, é um culto" com apreciadores fiéis, António quer continuar a dedicar-se à 'alquimia de sabores' que, uma vez destilada, se transforma em gin e já tem novos produtos na 'calha'.

Um novo gin com pêra-rocha do Oeste, numa edição especial a lançar em "Outubro ou Novembro", e uma gama de cinco vodkas, uma neutra e as outras aromatizadas (maçã Bravo de Esmolfe, pêra-rocha, limão e tangerina), vão ser as novas criações.

Fonte:  Lusa

Portugal já pode exportar carne de porco para o Japão


Os empresários portugueses já podem exportar carne de porco para o Japão, anunciou ontem a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que espera vir a concretizar a venda deste produto para a Coreia do Sul.

"Para o Japão, o dossier da carne de porco está concluído, isso quer dizer que os empresários portugueses já podem exportar porco para o Japão. No caso da Coreia do Sul, o assunto está muito bem encaminhado", revelou a ministra da tutela à Lusa, a partir de Seul (Coreia do Sul).

Assunção Cristas, que falava no final de cinco dias de visita aos dois países, no âmbito do 'Roteiro do Mar', fez "um balanço muitíssimo positivo" desta deslocação, na qual a comitiva portuguesa se reuniu com dezenas de empresas que manifestaram interesse em investir na aquacultura e na agricultura portuguesas.

Além da aquisição de carne de porco, os dois países também mostraram interesse em investir na aquacultura em Portugal.

"Tivemos uma reunião específica com a associação japonesa de aquacultura e podemos atestar muito interesse dos empresários japoneses em conhecerem as oportunidades da aquacultura e em visitarem Portugal", afirmou Assunção Cistas.

Certa de que haverá visitas de empresários japoneses a Portugal "num futuro muito próximo", a ministra da Agricultura considerou que o facto de termos uma empresa japonesa que faz a engorda do atum -- a Tunipex, no Algarve -- vai contribuir para que outras possam deslocar-se ao nosso país.

Assunção Cristas revelou ainda que para além do ponto da situação feito com o Japão dos dossiers fitossanitários das aves a das cerejas, teve "uma belíssima reunião com o maior grupo empresarial da Coreia do Sul na área da restauração e das padarias" que manifestou interesse em adquirir vários produtos portugueses: porco preto, azeite, tomate e mexilhão.

"Na área de captação de investimento directo estrangeiro para Portugal fiquei muito optimista", salientou a ministra da Agricultura.

Fonte:  Lusa

Câmara de Lisboa vai plantar uma vinha

Julho 03
08:48
2014

O vereador da estrutura verde da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, assinou um contrato com uma empresa vinícola para a implantação de uma vinha em terrenos da freguesia de Marvila.

A iniciativa, que visa divulgar os vinhos da região de Lisboa, vai ocupar uma área de terreno de 3 hectares, que se encontrava desqualificada e sem aproveitamento.

Com este projecto, pretende-se trazer o campo mais para a cidade, constituindo, também,, uma mais-valia em termos ambientais, além de ser didáctica, pois pode vir a mostrar aos habitantes de Lisboa que desconhecem o mundo rural, a aprender como se produz vinho.

O Ministério da Agricultura mudou recentemente a denominação geográfica de origem para os vinhos da região da Estremadura para Lisboa, pois considerou que poderia ser uma mais-valia para a promoção nos mercados externos.

A empresa vinícola Casa Santos Lima – Companhia das Vinhas, S.A. terá a seu cargo todas as obras de implantação da vinha, bem como a casa de apoio e pagará, por ano, à Câmara Municipal, uma renda sob a forma de 600 garrafas de vinho e 100 garrafas de vinho à freguesia de Marvila.

O investimento previsto não deve ultrapassar os 100.000 euros.

Governo baixou o IVA da fruta desidratada, cogumelos e especiarias

ANA RUTE SILVA e PEDRO CRISÓSTOMO 05/07/2014 - 08:47
Não foi só o pão com chouriço que teve uma redução do imposto. IVA aplicado à fruta desidratada, produção de cogumelos ou especiarias desceu logo no início do ano.

 
O Governo fala na "valorização dos produtos primários" com esta descida do imposto MIGUEL MADEIRA

Depois de, em 2012, o Governo ter limitado o número de bens sujeitos à taxa reduzida de IVA – e, com isso, aumentado o imposto de valor acrescentado a dezenas de produtos alimentares – em 2014 a lista dos artigos com 6% de imposto está maior. Não foi só o pão com chouriço, nozes ou torresmos que passou a beneficiar de um IVA menor, também a fruta desidrata, a produção de cogumelos ou de especiarias baixaram de 23 para 6%.

Há dois anos, da charcutaria à mercearia, poucas foram as prateleiras que escaparam ao aumento do IVA. Ao abrigo do programa económico e financeiro acordado com a troika, o Governo limitou a aplicação da taxa reduzida de 6% a um "cabaz de bens essenciais" de produção nacional, como a vinicultura, a agricultura e as pescas. A fruta desidratada estava enquadrada na taxa normal (23%), mas o crescimento do mercado levou o executivo a reconsiderar.

No Orçamento do Estado (OE) para 2014, este produto passou a beneficiar da taxa reduzida. Não foi o único: o mesmo aconteceu com a produção de cogumelos, de especiarias, de sementes e de material de propagação vegetativa, e a exploração de viveiros, no âmbito de actividade de produção agrícola.

A descida, cirúrgica, entrou em vigor a 1 de Janeiro com o OE, mas passou despercebida – ao contrário do que agora aconteceu com a orientação dada para que o "pão especial", com chouriço, passas ou nozes ou torresmos, beneficie da redução que já estava prevista no código do IVA para o "pão e produtos de idêntica natureza, tais como gressinos, pães de leite, regueifas e tostas".

A opção por colocar estes produtos agrícolas ou alimentares na taxa reduzida contrasta com a estratégia seguida pelo Governo em relação a outros sectores que têm um grande impacto na arrecadação de receita de IVA, como a restauração, onde o imposto se mantém na taxa máxima desde 2012, contra um coro de críticas dos representantes dos empresários da hotelaria e restauração. No próximo ano, aliás, a taxa máxima do IVA vai voltar a aumentar, passando para 23,25%, uma diferença de 0,25 pontos percentuais face ao valor actual.

O Ministério da Agricultura justificou as alterações no IVA da fruta desidratada com a "correcção de uma incongruência" e a "valorização dos produtos primários". Também Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação, sublinha que, por exemplo, a fruta desidratada "tem um manifesto valor acrescentado, até do ponto de vista da saúde". "No caso do pão com chouriço, trata-se de um produto de economia local e é uma forma de promoção da pequena economia e da agricultura familiar", diz. E admitiu: "Há a intenção de olhar com atenção para estes dossiês e, dentro da possibilidade económica que vamos tendo, fazer essas correcções".

O PÚBLICO questionou o Ministério da Economia sobre o critério que esteve na base desta descida e se houve pressão por parte das empresas para que se concretizasse, mas o assunto foi remetido para o Ministério das Finanças. Este, por sua vez, não prestou esclarecimentos sobre a alteração relativa à fruta desidratada, que não estava prevista na proposta de orçamento apresentada em Outubro do ano passado, mas acabou por ser incluída no OE.

Não há dados discriminados que permitam perceber o impacto orçamental destas reduções. Mas sendo a fruta desidratada uma área de negócio ainda com pouca expressão no mercado, o seu peso no total da receita de IVA arrecada pelo Estado é, à partida, reduzido.

Apesar do peso crescente do IRS na execução orçamental, o IVA continua a ser o imposto que mais receita gera para os cofres do Estado. Até Maio, a execução chega aos 5848 milhões de euros arrecadados, mais 2,9% do que nos cinco primeiros meses do ano passado. Ao todo, o Governo conta que o encaixe com o IVA chegue este ano aos 12.915 milhões, mais de um terço de toda a receita fiscal prevista no Orçamento Rectificativo (35.820 milhões de euros).

O consumidor é cada vez mais sensível à responsabilidade social das empresas

Julho 01
08:25
2014

Nos últimos anos, tem vindo a assistir-se, em todo o mundo desenvolvido e, sobretudo, na Europa, a uma preocupação e orientação de escolha por parte do consumidor em matérias que vão para além da qualidade dos produtos alimentares.

Falamos, por exemplo ,nas garantias de segurança e na responsabilidade social das empresas noutros produtos. Temos em Portugal um exemplo de sucesso, a Duorum, que além de produzir vinho de alta qualidade, tem também um programa de produção com defesa da biodiversidade, através da protecção das aves em vias de extinção na zona do Douro.

Este trabalho começou há sete anos, com a plantação das primeiras vinhas e, actualmente, é com orgulho que os produtores vêm a fauna de aves em vias de extinção aumentar, contribuindo, assim, decisivamente para a sua preservação.

Devido à componente ambiental do projecto, a Duorum é a única vinícola do Douro assente na plataforma europeia Business & Biodiversity e tem recebido vários prémios de empreendedorismo e inovação a nível internacional.

Esta situação tem sido extremamente útil para a promoção de vinho em mercados como os Estados Unidos, o Canadá e a Escandinávia, onde as vendas não param de aumentar.

Pagamentos Junho 2014

Junho 27
15:04
2014

No último dia do mês de junho de 2014, conforme procedimento habitual, o IFAP irá proceder a pagamentos* num montante total de cerca de 104 milhões de euros.

Do conjunto das transferências efetuadas, destacamos os seguintes pagamentos:

PRODER: Medidas Investimento - 49,6 milhões de euros
PRODERAM: Medidas Investimento - 2,9 milhões de euros
POSEI AÇORES: Pescas - 3,2 milhões de euros
Regime de Pagamento Único - 17,4 milhões de euros
Prémio por Vaca em Aleitamento - 3,8 milhões de euros
Art.68º – Pagamentos Complementares - 2,7 milhões de euros
PESCAS - 4,9 milhões de euros
Relativamente aos pagamentos diretos da Campanha 2013, a fim de garantir o cumprimento do limite orçamental previsto no art. 8º do Reg. 73/2009, no que se refere ao limite máximo líquido fixado no anexo IV do mesmo Regulamento, foi aplicada uma redução linear de 1,30% sobre os referidos pagamentos aos beneficiários cujos montantes se encontravam sujeitos a ajustamento.

Para mais informações consulte Calendários de Pagamentos.

* Valores provisórios.

IFAP

Os pulverizadores vão passar a ter inspecções periódicas na UE

Julho 03
08:46
2014

Segundo a directiva comunitária, os pulverizadores que estão em funcionamento em 2014 vão ter que ser inspeccionados até 26 de Novembro de 2016. A medida deve atingir três milhões de pulverizadores.

A inspecção só pode ser feita se o pulverizador estiver totalmente descontaminado e devidamente engatado ao tractor, com todos os sistemas de protecção instalados.

Serão inspeccionados:

1 – Todas as protecções de segurança para o operador, como a do cardan de ligação e de todos os elementos móveis

2 – A bomba deve estar em perfeitas condições, assegurando uma pressão correcta, mistura do produto, correcta mistura e lavagem do reservatório

3 – A bomba deve fornecer as pressões correctas para a aplicação dos diferentes produtos

4 – Todos os difusores têm de estar em boas condições e devem debitar igual quantidade de produto

5 – O depósito não pode ter fugas, tem de ter um visor externo da quantidade e deverá ter um filtro que não permita a entrada de corpos estranhos

6 – Se houver um sistema de injecção dos químicos no depósito, o débito deste será testado

7 – Em todos os que recorrem a uma gestão electrotécnica, serão medidos os seus débitos para conferir se correspondem ao programado

8 – Nenhuma válvula de controlo pode apresentar a mínima fuga

9 – As barras de pulverização devem ter os aspersores afastados à medida correcta e assegurar que mantêm uma altura constante ao solo ao longo do seu comprimento

Porto quer roteiro de árvores classificadas


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Porto quer roteiro de árvores classificadas
O acervo de árvores classificadas como de interesse público é "generoso" e "motivo de orgulho" para o Porto, o que leva a autarquia a querer lançar em breve um roteiro dos mais de 230 exemplares monumentais existentes na cidade.
Atualmente há 237 árvores municipais, de sete espécies, classificadas como de interesse público no Porto, atributo que as dignifica e que lhes reconhece "caráter benéfico e valioso, não só para a cidade em si mas também para as suas comunidades, para as populações e para os visitantes", afirmou, em declarações à Lusa, Isabel Lufinha, engenheira do pelouro do Ambiente da Câmara do Porto.
Pelo seu desenho, porte, raridade ou interesse histórico e paisagístico, estes exemplares municipais estão protegidos enquanto monumentos vivos e são hoje "contadores de histórias", além de serem "elementos riquíssimos em termos botânicos".
A Ginkgo (ou nogueira-do-japão) no passeio das Virtudes, a Araucária (ou bunia-bunia) no jardim da Cordoaria, o Tulipeiro da Casa Tait, o conjunto de palmeiras no Passeio Alegre e a avenida dos plátanos, também na Cordoaria, são alguns exemplos de árvores classificadas cuja presença não passa desapercebida.
O Porto é uma cidade "extremamente verde" e "há que valorizar esse património", afirmou o vereador do pelouro do Ambiente e Inovação, Filipe Araújo, que acredita que "a breve trecho" será possível dar a conhecer aos munícipes e a quem visita a cidade o património arbóreo, através de um roteiro turístico, em formato digital ou em papel.
"Temos essa intenção, a ideia é ir recolhendo o maior número e a maior qualidade possível de informação associada a cada uma das árvores e fazermos um mapa, um roteiro turístico, mas desta vez com as nossas árvores classificadas", frisou também Isabel Lufinha.
Para Isabel Lufinha, à semelhança de um roteiro de monumentos de arquitetura, este sobre árvores classificadas faz todo o sentido, porque "é um valor patrimonial igualmente forte, igualmente válido e com muitos amantes, também".
A primeira classificação de árvores na cidade remonta a 1939, com um ulmeiro (Cordoaria), um pinheiro manso (avenida da Boavista) e um tulipeiro-da-virgínia com mais de 300 anos (escola pública João de Deus), sendo este o único dos três exemplares que ainda existe.
Mas foi em 2004 que ocorreu um "boom" de classificações de árvores da cidade, quando associações ambientalistas, em colaboração com a Câmara, decidiram impulsionar o processo, apresentando as candidaturas.
A preservação e manutenção destes seres vivos estão salvaguardadas, porque "qualquer intervenção tem que ter o parecer e autorização prévia da tutela [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas]", disse Isabel Lufinha, lembrando ainda que a lei estabelece um raio de proteção de 50 metros.
O vereador Filipe Araújo adiantou ainda que a autarquia tem já mais árvores em processo de classificação, porque ao querer dar este estatuto a mais espécies a Câmara está também "a reproduzir a importância que têm, a dar relevância e a valorizar a cidade".
A técnica da autarquia não tem dúvidas de que estas árvores monumentais "precisam de muita dedicação, vigilância e proteção".
"Devemos ter todos os cuidados que conseguirmos e soubermos ter, mas também somos mais cuidadosos com a saúde dos nossos avós do que com a nossa e é um bocadinho esse valor que permanece", concluiu.

Membros do Parlamento inglês preocupados com o possível aumento dos preços dos alimentos

Julho 02
12:22
2014

Membros do Parlamento inglês estão preocupados com a possível subida do preço dos alimentos, devido a alterações climatéricas e ao aumento da procura mundial, sobretudo na China e um inquérito que fizeram mostra que o Reino Unido pode vir a ter uma penúria de alguns produtos, se não forem tomadas medidas.

Aconselham, portanto, o governo a incentivar a produção de OGM's e deixarem este tema controverso para a União Europeia.

O consumidor deve ser informado que os alimentos OGM respondem a todos os padrões de segurança alimentar.

Outras medidas a tomar poderão passar por uma previsão meteorológica mais atempada e mais fiável, para prevenir os agricultores de eventuais acidentes naturais e, também, pelo incentivo aos agricultores para semearem maiores áreas.

A principal preocupação vem do possível aumento do custo da proteína vegetal, que acarretará aumento nos custos de produção do sector animal.

É, também, pedido aos grandes supermercados que comprem cada vez mais produtos ingleses.

Actualmente, o Reino Unido tem uma auto-suficiência alimentar de 68%, enquanto há vinte anos, tinha 87%.

Presidência Italiana dá prioridade à agricultura

Julho 02
12:17
2014

Os temas prioritários para a Presidência italiana, deste segundo semestre de 2014, são a segurança alimentar, na perspectiva da exposição universal de Milão em 2015, a renovação da geração de agricultores e os acordos comerciais internacionais.

A produção biológica, as regras de aplicação da nova Política Agrícola Comum, assim como as quotas leiteiras, são também dossiers que são considerados prioritários.

Estão previstos Conselhos de Ministros de Agricultura para 14 de Julho e 15 de Setembro, 28 a 30 de Setembro (informal), 13 e 14 de Outubro, 10 e 11 de Novembro e 15 e 16 de Dezembro.

Um dossier que será seguramente discutido na primeira reunião é o do leite, com a Presidência a querer preparar uma transição suave para o regime sem quotas leiteiras de 2015, cuja discussão não se afigura nada fácil.

A Itália quer ter um consenso até ao final do ano sobre a legislação da produção bio e, também, sobre as novas modalidades de distribuição de frutas nas escolas. A publicação dos últimos actos delegados, sobretudo no que diz respeito à autorização de plantação de vinhas também está em cima da mesa.

As negociações dos acordos internacionais, sobretudo com os Estados Unidos, receberão especial atenção, sobretudo no capítulo da salvaguarda das denominações de origem europeias.

No domínio da segurança alimentar, pretende-se que os 28 desbloqueiem o pacote "saúde animal e vegetal" sobre o qual o Parlamento já se pronunciou, excepto para as sementes e, a este dossier, vai juntar-se o referendo à clonagem.

No que diz respeito ao ambiente, os temas principais serão os OGM's e a afectação de terrenos para a produção de bio combustíveis

Temperaturas sobem a partir de segunda-feira

METEOROLOGIA

por Lusa, publicado por Marina AlmeidaOntemComentar

Temperaturas sobem a partir de segunda-feira
As temperaturas máximas vão começar a subir gradualmente a partir de segunda-feira, prevendo-se ainda precipitação no fim de semana no Minho e Douro litoral, disse hoje à agência Lusa a meteorologista Cristina Simões.
"Para o fim de semana ainda prevemos chuva em geral fraca, mas apenas no Minho e Douro litoral. As regiões do norte e centro vão continuar a ter alguma nebulosidade, enquanto no sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo", disse a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com Cristina Simões, as temperaturas não vão sofrer alterações significativas no fim de semana, variando entre os 22 e os 32/33 graus Celsius nas regiões do interior e no Alentejo.
"No domingo, as temperaturas sofrem uma ligeira descida e a partir de segunda-feira vão subindo gradualmente", adiantou, salientando que na segunda-feira já não está prevista precipitação.
Segundo Cristina Simões, estas temperaturas são normais para a época, não se prevendo para já tempo seco.
"Estamos no início do verão. Esta situação ocorre porque tem havido alguma nebulosidade e precipitação por causa de uma corrente de oeste que traz alguma humidade. Geralmente as situações de tempo mais quente estão associadas a vento de leste quente e seco, que para já ainda não se prevê", disse.
O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao final da manhã e para o final do dia e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do Cabo da Roca até final da manhã.
A previsão aponta também para vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste nas terras altas e no litoral oeste, em especial durante a tarde, neblina ou nevoeiro matinal, pequena subida da temperatura mínima e descida da máxima nas regiões do litoral norte centro.
Na Madeira, prevêem-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos nas vertentes norte e vento fraco a moderado de nordeste.
Para os Açores, prevêem-se períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco a moderado.
Quanto às temperaturas, em Lisboa, Braga e Faro prevê-se uma máxima de 26 graus Celsius, no Porto e na Guarda 22, em Évora 32, Beja 30, Castelo Branco 31, Bragança 28, Funchal e Angra do Heroísmo 24, Ponta Delgada 23 e Santa Cruz das Flores 25.
Risco elevado de radiação UV em todo o país
Quase todo o país apresenta hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), de acordo com o IPMA.
Segundo informação disponível na página do IPMA na Internet, as regiões de Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Horta e Angra do Heroísmo apresentam risco muito alto de exposição à radiação UV.
Também as regiões de Coimbra, Leiria e Ponta Delgada apresentam hoje risco alto.
Para estas regiões, o IPMA aconselha a população a utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protetor solar e a evitar a exposição das crianças ao sol.
Segundo o instituto, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança.

Adegga Summer WineMarket: Vinhos de 40 produtores à prova este sábado em Lisboa


Por Sandra Gonçalves
Adegga Summer WineMarket: Vinhos de 40 produtores à prova este sábado em Lisboa


Se gosta de vinho já deve ter ouvido falar no Adegga WineMarket. Se não, terá a oportunidade de ficar a conhecer o evento já este sábado, no Hotel Florida (Marquês de Pombal, Lisboa), entre as 15:00 e as 22:00 horas. Em entrevista ao Diário Digital, André Ribeirinho, mentor do projecto, contou que o evento, que já vai na sua 10ª edição, terá 40 produtores com os seus vinhos à prova. Mas há muito mais.
Além dos stands, que estarão distribuídos pelos dois terraços do hotel, haverá ainda provas de degustação de iguarias.

O visitante receberá à entrada um copo "tecnológico", cujo design foi premiado, o «Smart Wine Glass», que tem incorporado um chip que ajuda a lembrar quais os vinhos que foram provados.

E as surpresas não ficam por aqui. Segundo André Ribeirinho, foram criados dois espaços distintos: o Premium Room e o Adegga+Food. Outra das particularidades deste evento é que «o visitante pode provar todos os vinhos, optar pelos que mais gosta, efectuar a compra no local e receber as garrafas no conforto da sua casa». O que é sensato. Com tanta oferta de vinho pode ser desafiante deixar o local sem estar a cambalear.
O Adegga WineMarket é uma iniciativa já bastante consolidada; acontece três vezes por ano em Portugal – Natal, Primavera e Verão -, e já "viajou" até Bruxelas. Este ano regressará à capital da União Europeia e lá estarão representados cerca de 50% dos produtores nacionais.

André Ribeirinho gosta de convidar para o Adegga WineMarket «produtores que estão pouco à vontade com grandes eventos para que assim possam apresentar a sua produção num ambiente acolhedor e mais intimista». Uma mais-valia para quem produz e para quem frequenta, porque propicia momentos de boa conversa em torno de um bom copo de vinho.
Adegga Summer WineMarket
Data: 5 de Julho (sábado)
Horas: das 15:00 às 22:00 horas
Local: Hotel Florida (Marquês de Pombal, Lisboa)
Preços: 12 euros por pessoa no local / 10 euros por pessoa online (no site)

Mais informação em http://winemarket.adegga.com/.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Apresentação Oficial Portugal Agro 2014

No próximo dia 9 de Julho, quarta-feira, pelas 11h00, realiza-se na FIL – Feira Internacional de Lisboa o evento de apresentação oficial da 1ª edição do PORTUGAL AGRO – Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agroalimentar.

O evento contará com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, do presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, e dos Presidentes e Representantes de Associações Sectoriais e Entidades Parceiras do PORTUGAL AGRO, para assinatura de protocolos de colaboração mútua, com o objectivo de partilha de conhecimentos, organização e divulgação de acções paralelas de relevante interesse para o projecto.

Entidades Parceiras do PORTUGAL AGRO

ACOPE - Associação dos Comerciantes de Pescado 
ACOS - Agricultores do Sul
AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa 
AEP - Associação dos Escanções de Portugal
AERLIS- Associação Empresarial da Região de Lisboa
AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial
AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
AGROCLUSTER - Agrocluster Ribatejo
AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal 
AICC - Associação Industrial e Comercial do Café 
AIHO - Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste
AIP-CCI - Associação Industrial Portuguesa - Câmara de Comércio e Industria
AJAP - Associação de Jovens Agricultores de Portugal
ALIF - A Associação da Indústria Alimentar pelo Frio 
ANCIPA - Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares
ANIPLA - Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas
ANP - Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha
CASA DO AZEITE - Associação do Azeite de Portugal
CCIPD - Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada
CIP - Confederação Empresarial de Portugal
CNA - Confederação Nacional de Agricultura
CNJ- Confederação dos Jovens Agricultores e do Desenvolvimento Rural
CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal
COTHN - Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional 
DOCAPESCA - Portos e Lotas, SA 
EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva Sa
FENADEGAS - Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal
FENAREG - Federação Nacional de Regantes de Portugal 
FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares
FNAP - Federação Nacional dos Apicultores de Portugal
IACA - Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais
INOVCLUSTER - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro
INOVISA - Pólo de Tecnologia e Empresas
NERA - Associação Empresarial da Região do Algarve
NERBA - Associação Empresarial do Distrito de Bragança
NERBE - Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral
NERC - Associação Empresarial da Região de Coimbra
NERE - Associação Empresarial da Região de Évora
NERGA - Associação Empresarial da Região da Guarda
NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria
NERPOR - Associação Empresarial da Região de Portalegre
NERVIR - Associação Empresarial de Vila Real
PORTUGAL FRESH - Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal
UNAC - União da Floresta Mediterrânica
VINIPORTUGAL - Associação Interprofissional do Sector Vitivinícola 

Fonte:  FIL

Parlamento Europeu: Nuno Melo fará defesa dos interesses da agricultura portuguesa na UE


O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, diz que a indicação do eurodeputado Nuno Melo como único português na comissão de Agricultura é "muito importante para a defesa dos interesses da agricultura portuguesa" na União Europeia.

"É muito importante para a defesa dos interesses da agricultura portuguesa que um deputado europeu com o carisma, a experiência e a competência que Nuno Melo reconhecidamente tem possa ter influência prática nessa comissão onde se decidem tantas matérias relevantes na política agrícola comum com impacto imediato na vida dos agricultores portugueses", disse à Lusa Paulo Portas.

O presidente centrista destacou que "o facto de ser o único deputado português efectivo na comissão de Agricultura reforça as responsabilidades de Nuno Melo e confirma o empenhamento e o compromisso do CDS com a agricultura e os agricultores".

"A nomeação de Nuno Melo como efectivo para a importante comissão de Agricultura foi objecto de consenso positivo entre CDS e PSD e muito bem acolhida no Partido Popular Europeu", declarou o também vice-primeiro-ministro.

Os 21 deputados portugueses eleitos para o Parlamento Europeu vão integrar 16 comissões parlamentares na legislatura 2014-2015, sendo as de Assuntos Económicos, de Emprego e Assuntos Sociais e das Pescas aquelas que contam com mais eurodeputados de Portugal.

No quadro da sessão constitutiva da nova assembleia, após as eleições europeias de Maio passado, o Parlamento Europeu decidiu hoje quais os membros que vão integrar cada uma das 20 comissões e duas subcomissões, e apenas não há eurodeputados portugueses em quatro comissões, designadamente as de Comércio Internacional (que na anterior legislatura era presidida por um português, o socialista Vital Moreira), Controlo Orçamental, Cultura e Educação, e Petições.

Entre as comissões parlamentares que contam com mais deputados portugueses conta-se a de Assuntos Económicos e Monetários, que integra um total de 61 deputados, e onde Elisa Ferreira (PS) e Marisa Matias (Bloco de Esquerda) voltam a marcar presença, agora acompanhadas do novo deputado comunista Miguel Viegas.

Outras duas comissões contam com três eurodeputados portugueses: as de Emprego e Assuntos Sociais, com Maria João Rodrigues (PS), Inês Zuber (PCP) e Sofia Ribeiro (PSD), e das Pescas, com Marinho e Pinto (MPT), João Ferreira (PCP) e Ricardo Serrão Santos (PS).

Entre as várias "colocações" ontem votadas, Francisco Assis (PS) ficou na comissão de Assuntos Externos, Carlos Zorrinho (PS) na de Indústria, Investigação e Energia, Carlos Coelho (PSD) na de Mercado Interno e Proteção dos Consumidores, Nuno Melo (CDS-PP) na de Agricultura, Marinho e Pinto (MPT) na de Assuntos Jurídicos, Ana Gomes (PS) na de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, e Paulo Rangel (PSD) e Pedro Silva Pereira (PS) na comissão de Assuntos Constitucionais, de Desenvolvimento e de Orçamentos.

As presidências e vice-presidências das comissões parlamentares serão votadas na próxima segunda-feira, em Bruxelas.

Fonte:  Lusa

Bombeiros prevêem fase de incêndios “muito difícil” potenciada pelas falhas na prevenção


ANA BÁRBARA MATOS 04/07/2014 - 10:04

Nem o reforço dos meios de combate aos incêndios tranquiliza o presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, que retira das fases Alfa e Bravo uma "perspectiva assustadora".

 
Dirigentes garantem que falhas na prevenção de incêndios desmotiva os bombeiros FOTO: PAULO PIMENTA

 A fase Charlie começou na terça-feira e prolonga-se até 30 de Setembro. Nos dois primeiros dias foram registadas 50 ocorrências, substancialmente menos do que em período homólogo, para que contribui o estado do tempo, com temperaturas mais baixas e períodos de chuva.

Para esta fase mais crítica estão mobilizados 9697 operacionais (mais 360 elementos do que em 2013), 2220 equipas das diferentes forças envolvidas (Bombeiros, GNR, PSP, ICNF, entre outras), 2027 viaturas (mais 51 do que no ano passado) e 49 meios aéreos (eram 45 em 2013), além de 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR. As corporações de bombeiros foram também reforçadas com 2600 rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal).

Marta Soares diz que este é "o melhor DECIF [dispositivo de combate] desde sempre", mas não deixa de criticar o atraso na entrega de viaturas e a falta de equipamentos de protecção individual: "É um descuido grosseiro e grave", afirma.

O presidente da Liga, tal como já havia feito o ministro Miguel Macedo, mostra-se preocupado com o facto de a maioria das corporações enfrentar a fase mais crítica dos incêndios florestais sem equipamentos de protecção não inflamáveis. O dirigente assegura que a falha terá grande impacto na confiança e atitude dos bombeiros no terreno.

E da pedra se fez vinho

JOSÉ AUGUSTO MOREIRA 04/07/2014 - 11:45

Há dez anos que a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico foi declarada património mundial pela UNESCO. A classificação abarca vinhas heróicas criadas em solos de rocha vulcânica e onde se produzem vinhos únicos, tal como o sistema de cultivo em currais de pedra de lava.

 
MIGUEL MANSO

Nem sempre a fama fala mais alto. Numa altura em que a França ainda anda às voltas com a candidatura de Champanhe a património mundial e em que o Piemonte italiano - de onde saem os igualmente famosos espumantes de Asti - só há dias viu aprovada a classificação dos seus vinhedos, completa-se já uma década desde que a Paisagem Cultural da Vinha da Ilha do Pico consta da lista da UNESCO.

Foi em Suzhou, na China, que o Comité do Património Mundial aprovou a classificação do secular sistema de cultivo da vinha naquela ilha dos Açores, reconhecendo o valor de uma "paisagem extraordinariamente bela e feita pelo homem". Mesmo que então uma grande parte da zona a classificar estivesse votada ao abandono. O plano de gestão proposto pelo governo regional propunha, precisamente, um conjunto concreto de acções para a sua revitalização, no qual terá nestes dez anos investido já cerca de cinco milhões de euros.

E o balanço é claramente positivo. Quem o garante é o actual responsável pelo Parque Natural do Pico, Manuel Paulino da Costa, no cargo há três anos. "Conseguiu-se aquilo que à partida se apresentava como o mais importante, que era estancar o abandono", diz, explicando que, "ao mesmo tempo, foi já revitalizada uma boa parte da vinha" o que, em seu entender, terá deixado "garantidas as condições para que a zona se mantenha como paisagem viva".

Mas não é só o cultivo da vinha. Os programas de incentivo incluem também a reabilitação de muros e construções e, nos dois últimos anos, tem-se verificado uma multiplicação do número de candidaturas aos apoios públicos àquela actividade. Efeitos da crise? "Também, seguramente", concede o responsável, que aponta ainda para a crescente visibilidade deste património, para a cada vez maior afluência de turistas e ainda para o reconhecimento e valorização crescentes dos vinhos. E os números aí estão para o confirmar. Só no ano passado foram apresentados 50 projectos para revitalização e recuperação, ou seja quase metade dos 116 que surgiram durante os primeiros oito anos de funcionamento do sistema de incentivos. E neste ano, até há um mês atrás, tinham já dado entrada 15 novos projectos. Em muitos casos, incluem recuperação de antigas construções para turismo rural, o que para o director do parque representa a afirmação do projecto e a confiança no futuro por parte das populações.

No que respeita ao turismo os números são, de facto, animadores. Em 2011 registaram a chegada à ilha de cerca de mil visitantes, número que triplicou no ano seguinte a disparou já para os seis mil no ano passado. Não só, é claro, pela paisagem das vinhas, mas também pela observação de baleias e as caminhadas "à montanha", como por aqui é sempre designado aquele que nos seus 2351 metros é o ponto mais alto de Portugal. Na zona classificada há três percursos pedestres, tendo o da Criação Velha sido recentemente incluído na lista dos dez melhores do mundo, num ranking organizado por uma revista inglesa da especialidade

Beleza secular
No relatório sobre a candidatura, os técnicos do Icomos – o órgão consultivo no qual se apoiam as decisões da UNESCO – deixaram escrito que "a paisagem da Ilha do Pico é reflexo de uma resposta única à cultura da vinha numa pequena ilha vulcânica. Esta paisagem extraordinariamente bela feita pelo homem, composta por pequenos campos limitados por muros de pedra, é o testemunho de gerações de pequenos agricultores que, num ambiente hostil, criaram um modo de vida sustentável e um vinho muito apreciado".

Um legado que começou a ser construído já no tempo dos primeiros povoadores, no séc. XV. Foram as ordens religiosas, com saber acumulado noutras paragens, que para ali levaram culturas de tipo mediterrânico, como a vinha e a figueira.

A parte ocidental da ilha, inóspita e improdutiva porque dominada por solos de pedra de lava, permanceu, no entanto, praticamente abandonada. Foram, mais uma vez, os monges que aí começaram a erguer protecções para o plantio de videiras. E, com os seus conhecimentos de misturas de castas na fermentação, começaram a fazer vinhos muito apreciados, o que levou ao interesse das populações por essas áreas inóspitas para a produção de vinha.

A singularidade do cultivo resulta do complexo e geométrico reticulado de muros de pedra basáltica, que cria uma espécie de ninho protector onde cresce a videira. É o sistema de currais ou curraletas, que comunicam entre si por aberturas nas extremidades, permitindo a circulação dos trabalhadores. Há uma abertura em cada uma das extremidades da quadrícula, mas sempre desencontradas para assim impedir a circulação do vento e respectivos malefícios.

OGM: quando os cientistas se esquecem de fazer ciência

ANA GERSCHENFELD 04/07/2014 - 08:30
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são ou não uma ameaça para a saúde humana? Um artigo que concluía que sim – e que fora retirado de publicação por falta de provas e falhas graves – acaba de ser republicado sem motivo, deixando-nos mais longe da resposta.

 
O artigo sobre os efeitos dos OGM fora retirado da publicação DR

Gilles-Éric Séralini, cientista da Universidade de Caen (França) e autor principal de um controverso artigo que, supostamente, associava o cancro ao consumo de organismos geneticamente modificados (OGM) – mais precisamente de cereais transgénicos –, não parece estar interessado em tratar seriamente do assunto. Está convencido de que tem razão – e disposto a adoptar uma posição nada científica para ter a última palavra.

A prova disso: a saga do artigo assinado por ele e a sua equipa, que foi publicado, em 2012, numa revista científica; retirado de publicação, em 2013, pela própria revista e devido a diversas falhas graves; e, apesar de tudo, tornado a publicar há dias, numa outra revista. Só que, desta vez, sem passar por qualquer crivo científico de avaliação – e sem qualquer novo resultado que venha agora demonstrar a justeza das conclusões iniciais dos seus autores.

Muitos leitores lembrar-se-ão das horrorosas imagens de ratos de laboratório com tumores subcutâneos do tamanho de bolas de pingue-pongue que correram mundo em Setembro de 2012. Segundo a equipa de Séralini, que publicaria os seus resultados no mês seguinte de Novembro na conceituada revista Food and Chemical Toxicology, do grupo Elsevier, o estado de saúde dos animais devia-se a terem sido alimentados com uma variedade de milho transgénico, produzido pelo gigante Monsanto e geneticamente manipulado para ser resistente a um herbicida (já agora, também comercializado pela Monsanto).

A maneira como os resultados foram divulgados junto dos media também sugere fortemente que, já naquela altura, os autores queriam minimizar as eventuais controvérsias em torno do seu trabalho. Acontece que os jornalistas só tinham acesso antecipado aos resultados, se tivessem previamente assinado um acordo de confidencialidade que os tornaria passíveis, caso mostrassem o artigo a outros cientistas para recolher a sua opinião, de terem de pagar uma elevada indemnização aos autores. Nem as revistas científicas mais estritas proíbem os jornalistas de solicitar opiniões independentes acerca de resultados prestes a serem publicados.

A experiência realizada por Séralini e colegas (franceses e italianos da Universidade Verona) consistira em distribuir 200 ratos por 20 grupos de 10 animais e em alimentá-los, durante toda a vida (dois anos), com diferentes dietas. Em particular, enquanto certos grupos comiam diferentes doses de um tipo de milho transgénico chamado NK603, outros comiam diversas doses desse milho transgénico e ao mesmo tempo bebiam água que continha diferentes quantidades do herbicida, chamado RoundUp, ao qual o milho transgénico em causa é resistente. E outros ainda comiam alimentos não transgénicos mas bebiam água contaminada com diversos teores de herbicida. Animais que não consumiam nem alimentos transgénicos, nem herbicida serviam de referência para testar os efeitos do OGM e do RoundUp.

Conclusão dos cientistas: os ratos dos grupos alimentados quer com milho transgénico (com ou sem água "temperada" com herbicida), quer com dietas não transgénicas (mas contaminadas pelo herbicida), apresentavam mais problemas de saúde – e em particular maiores taxas de cancro – do que os outros. Ou seja, o milho transgénico era, segundo eles, tão perigoso para a saúde como o próprio herbicida que era suposto neutralizar.

Os opositores dos OGM saudaram logo o estudo como sendo a prova de que tanto esperavam para banir estes perigosos produtos do mercado para sempre. Mas rapidamente numerosos cientistas começaram também a questionar, em particular junto da revista, a forma como os resultados tinham sido obtidos.

Publicação, retractação

Um ano mais tarde, em Novembro de 2013, a Food and Chemical Toxicology dava razão aos críticos e "despublicava" o artigo de Séralini (que continua, contudo, a estar acessível no site daquela revista, com a palavra "RETRACTED", a vermelho, a barrar cada página do texto). A revista retirou o artigo depois de os autores se terem recusado a fazê-lo de motu proprio.

Os editores da revista escreveram então que não tinham detectado qualquer indício de fraude, mas sim falhas graves na metodologia utilizada pela equipa de Séralini. "Uma observação mais aprofundada dos dados revelou que, com o reduzido tamanho da amostra [de ratos], não é possível chegar a conclusões definitivas", lia-se no editorial então publicado para explicar a decisão da revista.

A estirpe de ratos utilizada também levantava problemas, uma vez que é particularmente propensa a desenvolver tumores malignos após os 18 meses de vida. Portanto, não era possível excluir que a mortalidade elevada observada nos grupos de animais tratados não fosse devida à variabilidade fisiológica natural destes animais e não a um qualquer efeito da alimentação. Podemos, aliás, perguntar-nos por que é que a revista não detectara estes problemas, no fundo bastante evidentes, na altura da avaliação inicial. Mas essa seria outra história.

FAO divulga lista de parasitas em alimentos e conselhos para evitar contágio


Nações Unidas recomenda cozinhar bem a carne e utilizar água limpa para lavar e preparar as verduras

2 de julho de 2014 - 14h44

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) publicou na terça-feira (01.07), em Roma, um relatório com os dez principais parasitas transmitidos pelos alimentos e uma série de recomendações para prevevir o contágio. Estes parasitas afetam a saúde de milhões de pessoas todos os anos, infetando tecidos musculares, causando epilepsia ou choques anafilácticos, entre outros problemas.

A organização com sede em Roma também assinalou que, na Europa, mais de 2.500 pessoas são afetadas anualmente por infeções parasitárias transmitidas por alimentos e, só em 2011, foram registrados na União Europeia 268 casos de triquinose e 781 casos de equinococose.

O relatório sobre os riscos dos parasitas transmitidos pelos alimentos inclui os nomes dos parasitas com maior impacto a nível internacional, o dano que produzem e onde podem ser encontrados. Entre eles, aponta para a "Taenia solium" (ténia do porco ou ténia armada), que se transmite através da carne de porco, ou o "Cryptosporidium spp", um protozoário cujo contágio se produz através da ingestão de produtos frescos, assim como do sumo de frutas ou leite.

Além disso, a FAO elaborou um relatório, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no qual são enumeradas uma série de medidas orientadas a reduzir o risco de infeções parasitárias. Entre estes conselhos, a FAO pede aos agricultores que vigiem o uso de adubos orgânicos, assegurando que a compostagem seja realizada corretamente e seja eliminada toda a matéria fecal.

Quanto aos consumidores, a organização das Nações Unidas recomenda cozinhar bem a carne e utilizar água limpa para lavar e preparar as verduras. Segundo o comunicado, a lista responde ao pedido do organismo mundial de normas alimentícias, a Codex (Comissão do Codex Alimentarius), que solicitou tanto à FAO como à OMS uma revisão da informação disponível sobre parasitas nos alimentos e sobre os seus efeitos na saúde pública.

Graças a este índice, a Codex desenvolverá agora uma série de normas que deverão ser aplicadas pelo comércio mundial de alimentos para que os países consigam controlar a presença destes parasitas na cadeia alimentar.

"Ao publicar esta classificação, esperamos poder aumentar a conscientização entre os responsáveis das políticas, os meios de comunicação e o público em geral acerca deste importante problema de saúde pública", diz Renata Clarke, responsável da Unidade de Inocuidade e Qualidade dos Alimentos da FAO.

Os dez principais parasitas

1. Taenia solium: Na carne de porco
2. Echinococcus granulosus: Em produtos frescos
3. Echinococcus multilocularis: Em produtos frescos 
4. Toxoplasma gondii: Na carne de pequenos ruminantes, suínos, bovinos, carne de caça 
5. Cryptosporidium spp.: Em produtos frescos, sumos de fruta, leite 
6. Entamoeba histolytica: Em produtos frescos 
7. Trichinella spiralis: Em carne de porco 
8. Opisthorchiidae: Em peixes de água doce 
9. Ascaris spp.: Em produtos frescos 
10. Trypanosoma cruzi: Em sumos de fruta

Por SAPO Saúde com agências

Algarve quer aproveitar biomassa para rentabilizar floresta regional



Entidades públicas, empresas e associações do Algarve formalizam hoje, em Loulé, a criação de um 'cluster' para incentivar a utilização do material resultante da limpeza da floresta para a produção de energia.

A biomassa pode ser um complemento "para aumentar a rentabilidade dos espaços florestais", segundo António Miranda, técnico do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), instituição envolvida no projecto.

Segundo este técnico, o abandono dos espaços florestais portugueses deve-se, muitas vezes, à falta de rentabilidade e aos custos associados à sua manutenção, o que poderá ser revertido com a rentabilização da biomassa.

Fonte:  LUSA

Cinco hospitalizados por manipulação de carne com antrax


por Lusa, publicado por Marina AlmeidaHoje1 comentário

Cinco pessoas foram hospitalizadas na Hungria depois de terem estado em contacto com gado contaminado com antrax e cuja carne foi entregue a uma empresa que fornece comida aos municípios, anunciaram hoje as autoridades húngaras.
De acordo com o Serviço Médico e de Saúde Estatal da Hungria os dois animais foram mortos de forma ilegal em Tiszafüred, 140 quilómetros a leste de Budapeste, sem que as autoridades tenham sido informadas de que estavam doentes.
Os serviços húngaros detetaram trechos de antrax nos restos congelados do gado, cuja carne foi tratada por uma empresa local que serve refeições em instalações municipais, entre eles um campo de férias escolar que por esta altura alberga 88 crianças. 
As autoridades sanitárias decidiram administrar antibióticos a todos os habitantes e animais de Tiszafüred que possam ter estado em contacto com a carne contaminada. 
O Serviço Médico e de Saúde húngaro assegurou que depois de tomar essas medidas preventivas, já não há perigo de contágio direto, de acordo com a agência MTI. 
O antrax é uma doença bacteriana grave que pode chegar a ser mortal, e que se transmite por vias respiratórias, através de carne infetada ou por feridas na pele. 

Leite: Portugal, Espanha e Finlândia são os países que pior recuperaram da crise de 2009

Nos últimos anos, os produtores de leite na UE têm visto as suas margens sofrerem variações importantes. Desde a crise de 2009, a margem bruta melhorou, mas esta melhoria não tem sido a mesma em todos os países, segundo o relatório sobre as explorações leiteiras que acaba de ser publicado pela Comissão Europeia, utilizando os dados de 2004-2011 da Rede de Contabilidade Agrícola e as previsões para 2012.

Em 2010 e 2011, a situação melhorou no sector do leite, na maioria dos estados-Membros da UE-27, com os preços atingiram o pico de 349 € / t, em média, entre 2007-10.

No entanto, nem todos os países têm melhorado na mesma proporção. A Irlanda é o país que melhor recuperou da crise, conseguindo duplicar o rendimento bruto. Considerando-se um índice de rendimento de 2004 = 100, passou de um índice de 49 em 2009 para 101 em 2011. Dinamarca, Países Baixos e Suécia também recuperaram muito bem, conseguindo duplicar as suas margens de 50, 57 e 47 em 2009 para 102, 108 e 90 em 2011, principalmente devido a melhores preços.

Pelo contrário, Portugal, Espanha e Finlândia são os que saíram pior da crise. Os seus rendimentos brutos pioraram desde 2009. A razão é que os preços do leite não conseguiram aumentar significativamente nestes três países desde 2009, mas tiveram de suportar um aumento muito significativo no custo dos alimentos, custo que em Espanha e Portugal representa 65% do total.

O caso da Finlândia é curioso porque, apesar da sua má recuperação da crise está entre os Top 3 de países da UE-15 com melhores margens brutas. O motivo é o pagamento ligado recebido pelos agricultores, no valor de 80 € / ton, pelo que a sua margem bruta chega a 162 € / tn. Os outros dois países do Top3 são a Itália  (produção de produtos lácteos com alto valor agregado ) e a Holanda, com margens brutas de 250 € / t e 167 € / t, respectivamente (incluindo os pagamentos ligados).

Alemania, que es el mayor productor de la UE, tiene el menor margen bruto medio con pagos acoplados, que llega a 107 €/tn como media. Le siguen España y Suecia con márgenes brutos de 109 €/tn y Portugal con 111€/tn. Estos serían los Down4 (los cuatro países con los peores márgenes brutos)

Alemanha, que é o maior produtor da UE, tem a menor margem bruta média com pagamentos ligados, que chega a 107 € / t, em média. Segue-se a Espanha e Suécia, com margens brutas de 109 € / t e Portugal 111 € / tn. Estes serão os Down 4 (os quatro países com as piores margens brutas).

Fonte:  Agrodigital

União Europeia apoia projectos em Angola com 210 ME nos próximos sete anos


A União Europeia prevê apoiar com cerca de 210 milhões de euros (ME) projectos de desenvolvimento em Angola, nos próximos sete anos, segundo informação confirmada hoje à agência Lusa por fonte da delegação europeia em Luanda.

Estas verbas inserem-se na nova programação de fundos comunitários, que vai vigorar até 2020, e abrangem essencialmente três grandes áreas de intervenção para projectos em Angola, indicou a mesma fonte.

Cerca de metade deste apoio financeiro europeu destina-se a projectos de Desenvolvimento Rural e Agricultura Sustentável, a realizar no país ao longo dos próximos sete anos.

Fonte:  Lusa

Porquê a AGROGLOBAL




Joaquim Pedro Torres

Foi em 2009 a primeira edição da AGROGLOBAL. Nessa altura a agricultura não era propriamente um setor de atividade muito considerado pela sociedade em geral. Os resultados negativos da nossa balança alimentar tinham, assim pensavam muitos, mais a ver com a "venda" da nossa agricultura nas negociações comunitárias e com a subsidiodependência e falta de profissionalismo dos agricultores do que com as nossas condições ambientais para a produção, em muitos casos adversas quando comparadas com as dos países com os quais concorremos no mercado.

Naquele ano essa avaliação era mais negativa que nunca e as soluções propostas eram, no mínimo, utópicas e demagógicas. Falava-se em revolucionar todo o sistema, de outras culturas, outros serviços, outros agricultores.

Uma visão distorcida e afastada da realidade mobilizou, desde logo, um grande numero de agentes do negocio agrícola:

"Devemos promover um novo evento, 100% profissional, que valorize o saber de experiencia feito de gerações de agricultores, que exiba os meios tecnológicos e científicos que um enorme conjunto de empresas coloca à disposição da produção de forma permanentemente renovada.

Que mostre que as Escolas e organizações de produtores estão perto do processo produtivo e que desempenham um papel cada vez mais importante no processo de desenvolvimento agrícola.

Vamos dar a conhecer a nossa luta dentro da UE para que as nossas especificidades sejam levadas em conta e o esforço efetuado para que as ajudas disponíveis sejam aplicadas de forma simples, pragmática e sem desperdícios.

Abordaremos todos os sistemas de produção, mesmo os das zonas menos competitivas, pois não poderemos esquecer que a agricultura tem impacto social e ambiental insubstituível.

Temos de o fazer de forma diferente, sem o habitual cunho rural/tradicional que domina os nossos certames. Em 3D, no campo excecional da lezíria do tejo, à escala real e de uma forma dinâmica e interativa".

E o projeto tornou-se realidade.

Na primeira edição logo 140 empresas mostraram, em 150 hectares cuidadosamente preparados ao longo de meses, os seus argumentos para uma atividade económica que se pretende cada vez mais eficiente.

Não é em todas as feiras que se vêm maquinas topo de gama a mobilizar, semear, colher e transportar aos olhos -e nas mãos - dos visitantes.

Não é também em todas as feiras agrícolas que se assiste a debates de elevado nível cruzando diferentes perspetivas sobre a agricultura.

Não é também em todas as feiras agrícolas, realizada a meio da semana e em local que não é de passagem ocasional, que se conseguem reunir tantos profissionais de um setor mobilizados pelo interesse em inovações tecnológicas, em produtos novos e serviços diferenciados.

Pela ultima edição da AGROGLOBAL passaram 15 000 visitantes, economistas, dirigentes associativos, governantes, ex-governantes, membros da oposição e referencias da opinião publica que connosco refletiram "refrescando" o nosso raciocínio mas também recolhendo e transmitindo para o exterior uma ideia mais real sobre um setor do qual o país muito tem a esperar neste momento difícil que atravessa.

Crescendo em todas as edições, prevê-se para a AGROGLOBAL 2014 a participação de cerca de 230 das grandes empresas da cadeia de produção agrícola de forma cada vez mais empenhada e dinâmica. Bancos, seguradoras, empresas de energia e comunicações também reforçaram a sua presença. As áreas de terreno trabalhadas aumentaram, haverá mais culturas, os colóquios serão ainda mais dinâmicos e vários acontecimentos de grande importância para o setor terão lugar na Agroglobal 2014.

A Agroglobal, hoje o congresso da agricultura nacional, está pois para ficar até porque agora ninguém tem duvidas que temos que voltar "a pôr os pés na terra".

Joaquim Pedro Torres 
Eng.º Agrónomo

Publicado em 04/07/2014

China tem stocks de milho gigantescos

Julho 01
08:23
2014

A China, que já tem em stock cerca de 60% do algodão do mundo e os maiores stocks de açúcar da última década, está a aumentar os stocks de milho para valores impressionantes.

Segundo as previsões do International Grains Council (IGC), os stocks de fim de campanha devem atingir as 80,6 milhões de toneladas, mais 3,4 milhões de toneladas do que previsto pelo Departamento Agrícola dos Estados Unidos.

Este aumento deve-se a uma boa colheita, às compras feitas pelo governo e a uma redução do consumo interno. Segundo a IGC, os stocks vão aumentar na campanha 2014-2015, podendo atingir as 87,3 milhões de toneladas, ou seja, o equivalente a 49% dos stocks mundiais de milho.

Apesar dos elevados stocks, o preço do milho na China continua muito elevado, devido à política de controlo de preços do governo. As importações por parte da China devem vir a descer.

Esta situação vai, com certeza, ter uma influência no mercado mundial do trading do milho.

Imunocastração de bovinos avança no Brasil

Julho 01
08:24
2014

Já é praticamente corrente, no Brasil, castrar os bovinos, pois a carne desses animais é preferida pelas indústrias de carnes.

Para a indústria, a carne do animal castrado tem melhor qualidade, é mais tenra, a carcaça tem melhor acabamento e a carne um melhor PH.

O método tradicional de castração pode tornar-se doloroso para o animal, se não for praticado com anestesia e analgesia correctas e é trabalhoso de realizar, pelo que muitos produtores estão a recorrer à imunocastração, em que só necessitam de injectar o animal.

Para os produtores e apesar do custo do produto, a castração também traz vantagens como fim da sodomia, que trazia normalmente brigas, que levavam a várias lesões nos animais, inclusive em caos extremos, a sua morte.

Segundo a empresa vendedora do produto veterinário para a imunocastração, o custo do mesmo, que varia no Brasil entre os 17 a 21 reais para as duas aplicações que são necessárias, é altamente rentável para os produtores.

Bollinger é a primeira casa de Champagne com certificado de viticultura sustentável

HOJE às 11:380
Bollinger é a primeira casa de Champagne com certificado de viticultura sustentável

A Bollinger, prestigiada casa de Champagne, acaba de receber um certificado de viticultura sustentável, o primeiro de sempre a ser atribuído na região. Este é um novo quadro de referência para os produtores, atribuído pelo Comité de Champagne, entidade oficial que reúne produtores, distribuidores e promotores dos vinhos da região.

 
A Bollinger, detentora da primeira vinha a receber esta distinção, reforça assim o seu compromisso para redução do impacto ambiental, já aplicável em várias fases do processo de produção dos seus vinhos. Este certificado é baseado em rigorosos critérios como uso de fertilizantes, manutenção dos solos, reciclagem de resíduos, preservação da paisagem natural e protecção da biodiversidade envolvente.
 
Para Jérôme Philipon, presidente e responsável pela casa Bollinger, este certificado «reconhece o esforço da Bollinger em respeitar o meio ambiente e em preservar as paisagens envolventes, reforçado pela candidatura da região de Champagne à UNESCO», para obter o estatuto de Património Mundial da Humanidade.
 
A Bollinger tem adoptado, nos últimos anos, diversas práticas amigas do ambiente, factor que também pesou na decisão do Comité de Champagne.
Em 2012, a Bollinger recebeu o certificado de Alto Valor Ambiental (Haute Valeur Environnementale – HVE), sendo também pioneira na região a obter esta distinção.
 
O trabalho árduo da Casa Bollinger para preservar o carácter e terroir de excelência destes vinhos já lhe valeu outros importantes reconhecimentos. Recentemente, a Bollinger foi eleita como «Marca de Champagne Mais Admirada» pela prestigiada revista Drinks Business. Um selo de garantia de qualidade superior deste Champagne, distribuído em Portugal em exclusivo pela Heritage Wines.

Gigantes das sementes vêem lucros cair

Junho 30
07:15
2014

A batalha pelo fornecimento de sementes de milho, nos Estados Unidos, levou a que os lucros da DuPont baixassem, mesmo com o aumento da venda de sementes de soja.

Devido às condições de mercado, os agricultores americanos optaram, este ano, por reduzir a área de milho e aumentar a de soja.

Esta situação não estava nas previsões da DuPont, que é a proprietária da Pioneer e provocou uma baixa da cotação das suas acções em Wall Street.

Este anúncio surgiu um dia depois da maior produtora mundial de sementes, a Monsanto, ter reportado uma descida de 12,6% dos lucros, para 721 milhões de dólares da sua operação com as sementes de milho, no trimestre Março-Maio, em que as vendas da semente de milho desceram 16,4%, para os 1,3 mil milhões de dólares.

Na próxima segunda-feira, o Departamento Agrícola dos Estados Unidos vai publicar as suas previsões da área semeada de milho nos Estados Unidos, que será seguramente inferior aos 95,365 milhões de acres do ano passado.

A ICANN não suspende a atribuição dos domínios .wine e .vin

Junho 30
07:13
2014

Conforme noticiámos, a União Europeia tinha pedido ao organismo que supervisiona a atribuição dos domínios na Internet (ICANN), que suspendesse a atribuição dos mesmos.

Esta posição foi apresentada na reunião magna da ICANN, que ocorreu esta semana em Londres.

Para grande decepção, o comunicado final da reunião vem dizer que se trata de um dossier sensível e, como não houve acordo sobre o mesmo, os processos de atribuição dos domínios continuam o seu curso normal.

A Federação Europeia dos Vinhos de Origem (EFOW) já reagiu energicamente, afirmando que, neste momento, a ICANN pode atribuir esses domínios a qualquer operador, a despeito das leis nacionais e internacionais.

Foi mesmo dado o exemplo de um operador, que não tenha nada a ver com o sector vinícola, adquira um domínio rioja.wine ou  bordeaux.vin e vendê-los no mercado, abrindo as portas às falsificações e, consequentemente, perca de valor dos vinhos de qualidade europeus.

A EFON pediu aos governos europeus e, especialmente, ao italiano que assume a Presidência da União Europeia no próximo dia 1 de Julho, que usassem todos os meios legais para bloquearem o acesso à Internet desses domínios.

O governo francês também reagiu muito duramente a esta decisão da ICANN, afirmando, mesmo, que este organismo não tem mais capacidade para decidir sobre estas matérias.

O governo italiano afirmou, por sua vez, que este será um assunto prioritário da sua Presidência e que tudo fará para defender os vinhos de qualidade europeus.

O impacto do apoio aos investimentos e à promoção relativamente à competitividade do setor vitivinícola não está claramente demonstrado


 02-07-2014 
 
Fonte: Tribunal de Contas Europeu

Um relatório publicado pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE) revela que não se justifica a necessidade de uma medida relativa aos investimentos específica do setor vitivinícola, uma vez que esse apoio já existe no âmbito da política de desenvolvimento rural da UE. O relatório questiona igualmente o papel das subvenções da UE na promoção dos vinhos, uma vez que foram frequentemente utilizadas para consolidar mercados, em vez de procurarem ganhar novos mercados ou reconquistar antigos.

"A coexistência de medidas semelhantes relativas aos investimentos no âmbito de dois regimes diferentes é uma fonte de complexidade que, em alguns Estados-Membros, deu origem a atrasos na execução ou a um âmbito excessivamente restritivo dos investimentos elegíveis", afirmou Jan Kinšt, o Membro do TCE responsável pelo relatório. "Além disso, quando a contribuição da UE incita as empresas a reduzir, de forma proporcional, o seu próprio financiamento destinado a medidas de promoção, torna-se, essencialmente, um subsídio parcial dos custos operacionais dessas empresas. Esta não constitui uma utilização eficiente dos fundos públicos."


Os auditores da UE constataram que não existem informações pertinentes e suficientes para demonstrar os resultados diretos atribuíveis a estas medidas. No caso da medida de investimentos, não é fácil dissociar os seus efeitos dos efeitos dos investimentos realizados no âmbito do desenvolvimento rural. No caso das ações de promoção, embora se tenha registado um aumento significativo das exportações de vinho para países terceiros em termos absolutos, a auditoria revelou que os vinhos da UE perderam quotas de mercado nos principais países terceiros visados pelas ações de promoção e que as exportações de vinhos da UE não elegíveis para apoio também aumentaram.

Entre 2009 e 2013, os Estados-Membros despenderam 522 milhões de euros de fundos da UE no âmbito da medida de promoção. Para 2014-2018, verificou-se um grande aumento dos fundos afetados aos Estados-Membros para esta medida (1,16 mil milhões de euros para a UE-27). Atendendo às dificuldades sentidas pelos Estados-Membros para despender o orçamento de 2009-2013 inicialmente destinado às ações de promoção, existe um risco de o orçamento de 2014-2018 ter sido fixado a um nível excessivamente elevado, pondo em risco a aplicação dos princípios da boa gestão financeira.

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) publica ao longo do ano relatórios especiais apresentando os resultados de auditorias selecionadas de domínios orçamentais da UE ou de aspetos de gestão específicos.


Rumores de que a Monsanto pode estar a comprar a Syngenta

Junho 26
08:23
2014

As acções da Syngenta dispararam ontem de preço, após a notícia de que tinham havido conversas a alto nível entre as duas empresas (Syngenta e Monsanto), sobre a eventual aquisição da Syngenta por parte da Monsanto, de modo a ser constituída a maior companhia de agro-químicos do mundo, num negócio que pode envolver qualquer coisa como 40 mil milhões de dólares.

A Monsanto, que é a maior produtora de sementes do mundo e a Syngenta já tinham tido conversas preliminares sobre um possível acordo que permitisse à Monsanto beneficiar da redução dos impostos na Suíça.

Apesar dos responsáveis se terem recusado a comentar estas notícias, vários analistas julgam este negócio possível e antevêem, até, mais fusões no sector, que possam envolver a BAYER e a BASF, que procuram alargar as suas operações.

Mitsubishi entra no negócio dos grãos na Austrália

Junho 26
08:21
2014

A Mitsubishi Corp entrou em força no negócio dos grãos na Austrália, ao assumir o controlo da Olam International business, no que foi o segundo grande negócio do gigante japonês nos últimos quatro meses.

A Mitsubishi Corp, com um valor bolsista de 35 mil milhões de dólares, pagou 64 milhões de dólares por 80% da Olam Grains Australia.

Esta é a segunda venda do grupo australiano Olam, que pretende equilibrar os seus balanços, mas apesar das dificuldades que atravessa, o grupo Mitsubishi quer dar um grande incremento ao negócio.

Este investimento é bem visto pelo governo australiano, que defende maior concorrência no mercado para desenvolver o potencial do país, no que diz respeito às culturas aráveis.

Por outro lado, a Olam Grains Australia é um dos três investidores na construção do terminal marítimo de Newcastle na Nova Gales do Sul, que será um dos maiores portos para a exportação de cereais.

A Mitsubishi Corp já controla o trade de 10 milhões de toneladas de grãos e quer duplicar esse valor até 2020. No último ano comprou a maioria do grupo brasileiro Ceagro aos argentinos da Los Globos, num negócio de 500 milhões de dólares.

Em Fevereiro deste ano, acordou uma Joint venture de 50%-50% na Malásia, na empresa Colcafé, uma subsidiária do grupo Nutesa, que é a maior empresa agro-alimentar da Colômbia, com o intuito de incrementar a produção de café naquele país.

Copa-Cogeca lança concurso de fotografia

02-07-2014 
 
Convite

Concurso de Fotografia

Importância e Realidade da Agricultura Familiar e das Cooperativas Agrícolas

O Copa-Cogeca lançou um concurso de fotografia aberto ao público para imagens que mostrem a importância e a realidade da agricultura familiar e das cooperativas agrícolas, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) promovido pelas Nações Unidas.

O concurso surge durante o AIAF e em pleno processo de implementação da nova PAC. Os prémios para os vencedores da competição serão apresentados no Parlamento Europeu a 22 de setembro. Serão dadas a provar as especialidades regionais e produtos de qualidade de toda a UE dos nossos membros, apresentando em especial a diversidade do setor dos cereais da UE, como por exemplo as variedade de pão e a utilização dos cereais noutros produtos como cerveja, destacando-se desta forma a posição de líder mundial na produção de cevada. O anfitrião do evento o Deputado Michel Dantin.


O evento fará parte da campanha "2014 CAP Counts!" sobre a nova Política Agrícola Comum (PAC) e sobre necessidade de uma PAC forte que responda às necessidades dos agricultores familiares e das cooperativas agrícolas, mostrando as medidas necessárias para o sector.

Envie as imagens e os seus dados de contacto para Amanda.cheesley@copa-cogeca.eu, até o final de julho. O vencedor receberá uma viagem de fim-de-semana para duas pessoas a Barcelona e os finalistas receberão um cesto de produtos de qualidade. Nós esperamos que participe neste evento emocionante.

Dez concelhos em risco elevado de incêndio

03-07-2014 
 


Fonte: Lusa

Dez concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Castelo Branco e Guarda apresentam hoje risco elevado de incêndio, avisa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página na Internet.

De acordo com o IPMA, em risco elevado de incêndio estão os concelhos Sabugal, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Penamacor, Covilhã e Vila de Rei (Castelo Branco), Mação e Sardoal (Santarém) e Monchique e Portimão (Faro).

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, variando entre reduzido e máximo.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 de cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registou na quarta-feira 28 incêndios, que foram combatidos por 527 operacionais, com o auxílio de 147 veículos.

O IPMA prevê para hoje no continente céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de muito nublado a partir da tarde, em especial no interior, aguaceiros e condições favoráveis à ocorrência de trovoada durante a tarde, em especial no interior das regiões norte e centro, onde poderão ser fortes.

Está também previsto vento fraco, soprando moderado a forte do quadrante norte nas terras altas até ao início da manhã e moderado de noroeste no litoral oeste e do quadrante oeste na costa sul, em especial durante a tarde e subida da temperatura máxima.

Quanto às temperaturas máximas, em Lisboa e em Castelo Branco prevêem-se 28 graus Celsius, em Évora 32, Beja e Braga 29, Porto, Bragança e Leiria 26, Faro, Portalegre, Viseu e Viana do Castelo 25, Guarda 22, Funchal e Santa Cruz das Flores 24 e Ponta Delgada e Angra do Heroísmo 23.

5 de Julho de 2014 – Dia Internacional das Cooperativas

03-07-2014 
 
5 de Julho de 2014 – Dia Internacional das Cooperativas
 
«Empresas cooperativas e o desenvolvimento sustentável para todos»
 
Comemora-se em todo o mundo, no próximo dia 5 de Julho, o 92º Dia Internacional das Cooperativas da ACI – Aliança Cooperativa Internacional e o 20º Dia Internacional das Cooperativas das Nações Unidas, data de grande significado para o movimento cooperativo internacional e para toda a economia social.

Este ano o Dia Internacional das Cooperativas aborda o tema das «empresas cooperativas e o desenvolvimento sustentável para todos».

As Cooperativas Portuguesas assinalam esta data através da realização de uma Sessão Solene, presidida pelo Secretário de Estado da Agricultura, que irá decorrer no Espaço Inovação na Zona Industrial de Vila Verde em Oliveira do Bairro, organizada pelas duas Confederações de Cooperativas Portuguesas – CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal e CONFECOOP - Confederação Cooperativa Portuguesa, e que conta com o apoio da CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social.

A iniciativa terá como cooperativa anfitriã a CALCOB – Cooperativa Agrícola de Oliveira do Bairro e Vagos, CRL., que neste dia inaugura uma nova unidade de processamento de produtos hortícolas.

A ACI é uma Organização não-governamental, independente, que agrupa, representa e apoia as Organizações Cooperativas de todo o mundo. Fundada em 1895, os seus 268 membros são organizações cooperativas nacionais e internacionais de todos os sectores da economia e de 93 países. No total, estas cooperativas representam cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo.
 
O sector cooperativo português é composto por mais de 2.200 cooperativas, distribuídas por 12 ramos – agrícola, artesanato, comercialização, consumo, crédito, cultura, ensino, habitação e construção, pescas, produção operária, serviços e solidariedade social.
 
Estima-se que o ramo agrícola, que integra 735 cooperativas, represente 46% do volume de negócios e 28 % do emprego total do sector cooperativo nacional. 
 
A participação no evento exige inscrição prévia.
Para informações e inscrição contactar a CONFAGRI:
 
Maria José Pinto: telef. 21 811 80 22 /00