segunda-feira, 30 de junho de 2014

Alentejo já colhe papoilas e vai ter fábrica para produzir morfina em Beja

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Publicado ontem às 20:11
Os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projeto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região.

Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as primeiras papoilas semeadas, em novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projeto da Macfarlan Smith.
Para «reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento», a empresa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem «os ingredientes para produzir uma boa colheita», conta à agência Lusa o diretor de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs.
Após os resultados positivos de experiências feitas pela Macfarlan Smith no Alentejo, a empresa obteve, em março de 2013, a licença do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para plantar papoilas na zona do Alqueva, para depois extrair e produzir morfina para fins medicinais.
A primeira colheita «parece ser bastante aceitável», congratula-se, indicando que a empresa quer dobrar a área de plantação no Alentejo para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016 e espera obter maiores concentrações de morfina por hectare de papoilas semeado na região em relação às obtidas nas plantações no Reino Unido.
No âmbito do seu plano de investimentos no Alentejo, a Macfarlan Smith está a construir a primeira fase da fábrica para produzir morfina para fins medicinais em Beja, a partir das papoilas semeadas na região através de agricultores locais.
A fábrica vai servir, numa primeira fase, para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, indica Jonathan Gibbs.

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