segunda-feira, 25 de junho de 2018

Estremoz: Grupo João Portugal Ramos inaugura centro de engarrafamento num investimento de 5 milhões e meio de euros

Estremoz: Grupo João Portugal Ramos inaugura centro de engarrafamento num investimento de 5 milhões e meio de euros (c/som e fotos)

Publicado em Reportagens  23 junho, 2018

Sexta-feira, dia 22 de junho, decorreu em Estremoz, na Adega Vila Santa, a inauguração do centro de engarrafamento do grupo vinícola João Portugal Ramos, na presença do Ministro da Agricultura, das Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

Em declarações à RC, o governante aponta que este surge como "um ato de modernização, de geração de maior competitividade, criação de mais riqueza e de mais emprego no Alentejo".

O grupo João Portugal Ramos, aponta, tem apresentado um crescimento sustentado ao longe de mais de 25 anos, sendo este investimento "um passo mais" numa trajetória de sucesso.

Capoulas Santos defende que "quando as empresas portuguesas são bem-sucedidas, é o país que é bem-sucedido", pelo que o ministério da Agricultura tem que "continuar a estimular e a incentivar este esforço de dinamismo e criação de riqueza no nosso país".

O produtor João Portugal Ramos, fala à RC deste investimento de cerca de 5 milhões e meio de euros, que assim concentra nada do grupo, em Estremoz, o engarrafamento de toda a produção de vinhos do Alentejo, Douro, Beiras e Vinhos Verdes.

Este surge como o "sexto investimento que fizemos em Estremoz", tendo o primeiro tido lugar em 1993.

O centro de engarrafamento vem permitir uma racionalização de recursos, concentrando o engarrafamento "das várias regiões onde estamos presentes", assim como a "melhoria de algumas condições de vinificação".

"O setor vitivinícola […] tem vido a desenvolver-se" tendo uma importância crescente para os produtores portugueses e para o país, aponta, tendo vindo "a ter um lugar na cena internacional dos vinhos que não tinha de há uns anos para cá".

A centralização do engarrafamento levou o grupo a «alinear» linhas de engarrafamento nas outras regiões em que está presente (Douro e Beiras), ainda assim, o produtor garante que foram gerados até cinco postos de trabalho.

Com um investimento de 5 milhões e meio de investimento, o projeto gera até cinco postos de trabalho.

O empresário concluiu apontando que a linha de engarrafamento existente requeria "algumas melhorias", surgindo este projeto "numa perspetiva de racionalização de economia".

Ministro destaca "notável trajeto" da agricultura. Hoje é setor "pujante"


O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, destacou hoje, no Alentejo, o "notável trajeto" da agricultura portuguesa, depois da adesão à União Europeia, "contra todos os profetas", que vaticinavam o seu fim após a integração.

 Ministro destaca "notável trajeto" da agricultura. Hoje é setor "pujante"
   
"O que os agricultores portugueses demonstraram, 30 anos depois, é que foi possível competir, estruturar, ajustar e tornar a agricultura, que era associada ao passado e a um certo fracasso, num setor que é hoje pujante e cresce duas vezes mais do que o resto da economia", afirmou Luís Capoulas Santos.

O governante falava na inauguração do novo centro de engarrafamento do grupo João Portugal Ramos Vinhos (JPRV), em Estremoz, no distrito de Évora, que representou um investimento de 5,5 milhões de euros, com comparticipação de fundos comunitários.

Observando que a agricultura tem atualmente "uma performance notável no campo das exportações", o ministro lembrou que o setor "evoluiu imenso do ponto de vista da tecnologia, da produção e do marketing" e que "venceu as barreiras da exportação", dando como o exemplo o facto de os vinhos portugueses terem conseguido "ultrapassar o estigma negativo" que tinham no estrangeiro.

"Sem os fundos comunitários, os caminhos, as eletrificações, os regadios e sem o investimento na agroindústria, na formação e na organização, não teríamos a agricultura que hoje temos", salientou o ministro, que tutela as pastas da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

Segundo o governante, "não teria sido possível fazer isso sem os fundos comunitários e sem a continuidade das políticas que a Política Agrícola Comum determinou".

Para o futuro, o novo desafio que está pela frente, referiu o ministro, passa pela "negociação do novo ciclo".

"O Governo já disse que o objetivo é garantir o mesmo nível de apoios que temos atualmente, o que não é tarefa fácil", reconheceu.

Quanto ao novo centro de engarrafamento, o produtor e enólogo João Portugal Ramos disse que o investimento pretende contribuir para "uma série de melhorias e centralização de serviços do grupo", considerando que "o setor tem evoluído muito em Portugal e que o país começa a chegar a um nível inimaginável" na área dos vinhos.

O presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, congratulou-se com a inauguração do novo centro de engarrafamento do JPRV, afirmando que este grupo empresarial "é um dos principais a contribuir para o desenvolvimento do setor do vinho no concelho".

A sede do grupo JPRV, a Adega Vila Santa, nos arredores de Estremoz, foi a localização eleita para centralizar a maioria das operações, passando a engarrafar, no mesmo local, todas as produções dos vinhos do Alentejo, Douro, Beiras e Vinhos Verdes.

Empregando atualmente cerca de 140 pessoas, o grupo, que tem sido distinguido com prémios internacionais, exporta para mercados como a Suécia, Estados Unidos, Brasil, China, Polónia, Angola, Bélgica e Canada.