sábado, 21 de fevereiro de 2015

Crédito Agrícola associa-se ao Centro de Frutologia Compal


por Ana Rita Costa
20 de Fevereiro - 2015

O Grupo Crédito Agrícola e o Centro de Frutologia Compal firmaram uma parceria de apoio à inovação e desenvolvimento do sector frutícola. O acordo, formalizado em protocolo, contempla um conjunto de vantagens financeiras, de crédito e de proteção disponibilizadas pelo Grupo CA aos participantes da iniciativa de formação Academia do Centro de Frutologia Compal, que tem por objetivo estimular a inovação no setor frutícola.

 
Entre estas vantagens, destacam-se as linhas de leasing e de crédito para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e agroindustriais e materiais de produção ou para investimento fundiário/agrícola.

Esta parceria permitirá igualmente que os participantes da Academia possam proteger o seu negócio com soluções de seguros beneficiando de reduções de custo nas anuidades, nos prémios finais e nas comissões de subscrições, aplicados em diversos produtos Vida e Não Vida.

"Este protocolo estabelecido com o Centro de Frutologia Compal está em linha com o core business do Grupo Crédito Agrícola e totalmente em acordo com a sua filosofia de apoio ao sector agrícola. Com esta parceria temos o objetivo muito concreto de conceder ferramentas de estímulo à inovação do mercado frutícola, valorizando o trabalho desenvolvido pelos empreendedores nacionais e o produto final de qualidade que conseguem colocar no mercado", explica Licínio Pina, presidente do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola.

UE aumenta consumo de energias renováveis

20-02-2015 
 

 
Em 2013, o consumo final de energia renovável aumentou em todos os Estados-membros da União Europeia. No seu conjunto, o aumento foi de 15 por cento à frente do objectivo de 12 por cento fixado pela Directiva de Energias Renováveis.

Em 2020, a União Europeia (UE) tem como objectivo gerar 20 por cento da sua energia a partir de fontes renováveis, com um crescimento de 27 por cento em 2030.

Por países, o comportamento foi variável. Enquanto na Suécia, Finlândia e na Áustria, o consumo de energia renovável supôs um terço do total da energia em 2013, em Malta, Luxemburgo, Países Baixos e no Reino Unido, a percentagem foi inferior a cinco por cento.

Neste panorama de aumento de consumo de energias renováveis verifica-se uma diminuição de 6,9 por cento do consumo de biocombustíveis na União Europeia entre 2012 e 2013.

O crescimento das energias renováveis tem vindo a impulsionar uma redução significativa das emissões de gases com efeito de estufa na Europa. Sem o desenvolvimento das energias renováveis realizado em 2005, as emissões de gases em 2012 poderiam superar em sete por cento as emissões reais, de acordo com uma informação da Agência Europeia do Ambiente.

Sem a utilização adicional de energia renovável a partir de 2005, o consumo de combustíveis fósseis da União Europeia seria superior cerca de sete por ceto em 2012.

Fonte: Agrodigital

Inação dos serviços do MAM provocará prejuízos de 14 ME aos produtores de leite

 20-02-2015 


- Aplicação da nova PAC 2015-2020-

Inação dos Serviços do Ministério da Agricultura e do mar (mam) provocará prejuízos de 14 milhões de euros aos produtores de leite
1.   A partir de 2015, os pagamentos diretos da PAC aos agricultores obedecem a novos princípios, decorrentes de uma reforma política substancial, debatida a nível comunitário nos últimos anos, mas cujos pormenores finais de implementação ainda se encontram em fase final de acerto.    
2.   Um desses novos princípios é a criação de um envelope específico de pagamentos aos agricultores, dependentes do respeito de um conjunto de práticas benéficas para o ambiente, nomeadamente de diversificação de culturas e de manutenção de uma área de interesse ecológico, o qual ascende a 30% do pagamento base de cada beneficiário.
3.   No caso dos sistemas culturais habituais na produção de leite, e de acordo com a regulamentação comunitária, estes produtores poderão solicitar a isenção dessas regras, caso mais de 75% da superfície arável da exploração seja ocupada com culturas herbáceas forrageiras na maior parte do ano.
4.   Não obstante a regularidades dos produtores face à legislação comunitária, pois é usual a prática dessas culturas herbáceas, a intenção da Administração em efetuar os respetivos controlos "in loco" nos meses de Maio a Julho de 2015 inviabiliza a confirmação de tais práticas, uma vez que tais culturas se encontram no terreno entre Outubro de 2014 e Abril de 2015 (outono-Inverno).
5.   Apesar de todos os nossos esforços de sensibilização dos serviços do MAM, não constatámos nenhum movimento concreto no sentido de apresentação desta especificidade nacional em Bruxelas, ao contrário de outros Estados-membro e regiões, os quais fizeram valer os seus argumentos, nomeadamente a Espanha, a Itália, os Países Bálticos e a Escandinávia. Acresce, que é já dado como adquirido nos meios comunitários que haverá flexibilidade no período de controlo in loco e nas respetivas normas, de forma a contemplar condições regionais particulares, desde que tais sejam devidamente comunicadas e explicitadas.    
6.   Sendo assim, caso nada seja feito em tempo útil ficarão os produtores de leite sujeitos a penalizações potenciais muito significativas, as quais, segundo os cálculos do próprio MAM, ascendem a 14 milhões de euros, apenas nas duas bacias leiteiras do entre Douro e Minho e da Beira litoral, num total de 719 unidades produtivas.    
7.   Seria trágico somar à dificílima conjuntura de mercado sectorial, uma perda tão substancial de fundos comunitários e de forma deveras inglória, decorrente da inércia dos serviços do MAM. Por outras palavras, a devolução de verbas a Bruxelas, devido a questões administrativas e burocráticas, consubstanciaria uma falha grave na defesa dos interesses nacionais.  
8.   Neste sentido, somos da opinião que apenas a intervenção decidida da Senhora da Agricultura e do Mar poderá solucionar esta questão, na medida em que uma matéria de carácter político, não pode ficar condicionada a questões de comodismo burocrático e administrativo dos Serviços.

Novo controlo pode levar a perda de 14 milhões de ajudas à agricultura, adverte Confagri



O presidente da Confederação das Cooperativas (CONFAGRI) advertiu hoje que Portugal pode perder 14 milhões de euros de ajudas à agricultura, se o governo persistir em mecanismos de controlo desajustados.


Manuel dos Santos Gomes falava aos jornalistas após reunir com o líder do principal partido da oposição, António Costa, a quem transmitiu as principais preocupações do setor, durante uma visita do líder do PS à Proleite.
A situação decorre da aplicação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) que integra a nova Política Agrícola Comum (PAC), o qual faz depender os pagamentos aos agricultores da diversificação de culturas e da manutenção de uma área de "interesse ecológico" por exploração.
Segundo Santos Gomes, o Ministério da Agricultura pretende fazer o controlo "in loco" nos meses de maio a julho, o que inviabilizaria a cultura forrageira habitual dos produtores de leite, já que a União Europeia não reconhece o milho-forragem como segunda cultura.
"Com o controlo entre maio e julho, tal como o Ministério da Agricultura o quer fazer, as explorações das bacias leiteiras de Entre Douro e Minho e da Beira Litoral, que representam cerca de 85 por cento do leite produzido em Portugal, ficam privadas de fazer os milhos forragem, porque a cultura de inverno vai desde outubro até março ou abril", explicou.
A regulamentação comunitária procura beneficiar os produtores em que mais de 75% da superfície arável da exploração seja ocupada com culturas herbáceas forrageiras na maior parte do ano.
Os produtores portugueses alegam que é usual a prática dessas culturas herbáceas, mas devido ao clima ocorrem durante o outono e inverno, pelo que não faz sentido o Ministério da Agricultura pretender confirmá-las no terreno na primavera-verão.
"Estamos descontentes com esta situação e esperamos que haja alguma pressão do governo para que a medida seja ultrapassada, porque se nada for feito perdem-se catorze milhões de euros de ajudas à agricultura portuguesa, quando países como a Espanha, a França e os Países Baixos já conseguiram que fossem reconhecidas as suas especificidades por Bruxelas", disse o presidente da Confagri.
Dinheiro Digital com Lusa

Um incrível vinho de 135 anos

por Teresa CostaOntemComentar

Um incrível vinho de 135 anos
Uma relíquia por 2 mil euros a garrafa.

Estão uns milhares de litros de vinho do Porto num tonel de madeira a repousar, ainda vivos, desde 1880, de uma colheita que se sabia valiosa, mas não imaginava ser notícia 135 anos depois. Pela primeira vez, parte dessa joia vai estrear-se no interior de 750 garrafas, feitas à mão, de onde partirão da família Vasques de Carvalho para outras paragens.

Enquanto Thomas Edison inventava a lâmpada incandescente nos Estados Unidos, na Régua, José Vasques de Carvalho era iluminado com a decisão de guardar boa quantidade da produção daquele ano, sem saber que seria o bisneto António a resgatá-la e a levá-la ao público, talvez em setembro, mas não a qualquer preço: "Nunca menos de dois mil euros a garrafa", pela qualidade e pela homenagem a cada geração que dela se privou e por ela zelou.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Presidente da República Cavaco Silva inaugura novo Radar Meteorológico do Norte

O Presidente da República inaugura hoje à tarde, em Arouca, o novo Radar Meteorológico do Norte, que resulta de um investimento de 2,85 milhões de euros e vai assegurar melhor cobertura ao território continental em caso de fenómenos extremos.

PAÍS Cavaco Silva inaugura novo Radar Meteorológico do Norte Lusa

07:29 - 18 de Fevereiro de 2015 | Por Lusa
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O novo equipamento do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a inaugurar por Aníbal Cavaco Silva ergue-se no Pico da Gralheira, a 1.100 metros de altitude, e foi apetrechado com tecnologia de polarização dupla, que lhe permitirá um desempenho superior ao dos restantes radares da rede nacional, instalados em Loulé e Coruche.

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Numa deslocação aos concelhos de Arouca e Anadia, o Presidente da República também vai inaugurar o Centro Escolar de Sangalhos e visitar o Centro de Alto Rendimento de Anadia, onde está previsto realizar uma intervenção.

A seguir ao almoço, Aníbal Cavaco Silva visita a Casa das Pedras Parideiras, na aldeia de Castanheira, em Arouca, seguindo depois para a Serra da Freita, para inaugurar o radar meteorológico.

Sérgio Barbosa, gestor do projeto do IPMA, explicou à Lusa que a tecnologia utilizada possibilitará um melhor serviço de "nowcasting", isto é, a emissão de diagnósticos meteorológicos mais imediatos, para maior "qualidade e antecedência dos avisos de tempo severo e maior segurança das populações perante catástrofes naturais".

A exploração operacional do novo radar deverá ter início ainda no primeiro trimestre de 2015 e será controlada remotamente, a partir da sede do IPMA em Lisboa, pelo que a estrutura dispensará presença humana nessa tarefa, exceto em contexto de manutenção do sistema.

Apesar disso, na torre de 47 metros de altura são esperados visitantes regulares, já que, numa parceria entre o IPMA e a Câmara Municipal de Arouca, o varandim do 10.º piso estará aberto ao público escolar e a grupos turísticos.

O acesso à torre implicará sempre reserva prévia junto da Associação do Geoparque de Arouca e irá facilitar a observação do território geológico envolvente, mas Sérgio Barbosa informou que, para o futuro, também está previsto para o local um núcleo museológico alusivo à meteorologia.

Ministra da agricultura considera jovens agricultores prioritários para o desenvolvimento do país

Por Jornal i com Agência Lusa
publicado em 12 Fev 2015 - 23:49

A ministra da Agricultura considerou hoje que os jovens agricultores são prioritários para o desenvolvimento do país, por isso deu prioridade às medidas de apoio à instalação de agricultores até aos 40 anos, cujas candidaturas começam dia 23.

"O Governo português percebe que os jovens agricultores são absolutamente prioritários para o nosso país", disse Assunção Cristas à agência Lusa no final do X congresso do milho.

Segundo a ministra, Portugal tem assistido a "um forte dinamismo dos jovens agricultores" e, por isso, o Governo deu prioridade política às novas regras para apoiar jovens agricultores, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), definidas em portaria publicada hoje em Diário da República.

Os apoios à primeira instalação de jovens agricultores (entre 18 e 40 anos) exigem que estes estejam enquadrados na categoria de micro e pequenas empresas, tenham adquirido a titularidade da exploração agrícola e apresentem um plano empresarial com a duração de cinco anos e respetivos investimentos.

O montante do apoio à instalação é de 15 mil euros (incentivo não reembolsável) que pode ser acrescido de 25%, 50% ou 75%, se o plano empresarial incluir investimentos superiores a 80, 100 ou 140 mil euros, respetivamente. Pode ainda ter acréscimo de 5 mil euros se o jovem for membro de um agrupamento ou organização de produtores reconhecidos no setor relacionado com a instalação.

"Há muita gente à espera, a preparar os seus investimentos. Muitos preferiram esperar pelas novas medidas para se instalar e por isso a nossa preocupação era pôr as medidas cá fora tão cedo quanto possível", disse a ministra da agricultura e do Mar lembrando que Portugal foi o primeiro Estado-membro da União Europeia a abrir a medida a jovens agricultores.

No encerramento do Congresso do Milho, Assunção Cristas elogiou o dinamismo do setor e o contributo que este deu para reduzir o défice do setor agro-alimentar, que nos últimos três anos e meio diminuiu 1.300 milhões de euros.

No final do encontro a ministra disse à Lusa que a produção de milho "tem tido anos excecionais" e tem dado "um contributo muito significativo" para o setor agro-alimentar.

"Este setor está forte e a crescer, está com um bom dinamismo. Todos os anos o nosso défice agro-alimentar tem diminuido, e também na área dos cereais, com a ajuda do milho", afirmou.

Luis Bulhão Martins, da direção da Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS), considerou que o congresso de dois dias, em Lisboa, foi positivo porque permitiu a cerca de 500 produtores discutirem temas importantes para o setor.

O comércio internacional, a variação excessiva dos preços do milho, que atualmente estão em baixa, Os efeitos da nova Politica Agricola Comum (PAC)no setor e os custos energéticos foram, segundo o dirigente associativo, as principais preocupações manifestadas pelos participantes.

Gabinete de apoio ao agricultor vai funcionar todas as segundas-feiras

FEV 19CENTRO, PORTUGALMEALHADAPOR GERSON INGRÊS

 
MEALHADA – A partir do próximo dia 2 de março, os agricultores e os empresários agrícolas do concelho da Mealhada vão poder contar com um dia por semana de atendimento para apoio e esclarecimento das suas dúvidas, realizado por um técnico superior da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC). O atendimento aos agricultores e empresários agrícolas vai acontecer todas as segundas-feiras, das 9h às 13h e das 14h às 17h na loja da Câmara Municipal, situada na Rua Branquinho de Carvalho, n.º 7. Uma forma dos agricultores e empresários agrícolas do concelho usufruírem de apoio especializado na sua área e manterem-se informados e esclarecidos sobre tudo o que diz respeito à sua atividade.

O gabinete de apoio ao agricultor vai funcionar às segundas-feiras, das 9h às 13h e das 14h às 17h num espaço da Câmara Municipal, situado na Rua Branquinho de Carvalho, n.º 7. Um serviço que já era prestado pelo técnico superior da DRAPC, Carlos Ribeiro, nas instalações da Cooperativa Agrícola da Mealhada – MEAGRI, mas que foi entretanto interrompido. O atendimento é agora retomado, através de um protocolo entre a Câmara Municipal da Mealhada e a DRAPC para a criação do Núcleo da Mealhada da Delegação de Coimbra da DRAPC, e passa a funcionar às segundas-feiras na Loja do Município.

Corticeira Amorim lucra €35,8 milhões no "melhor exercício de sempre"


Em 2014, a Corticeira Amorim subiu os lucros em 18% e as vendas em 3%. É o melhor exercício de sempre, diz a empresa.

Abilio Ferreira |
9:00 Quinta feira, 19 de fevereiro de 2015

A Corticeira Amorim fechou 2014 com um lucro de 35,8 milhões de euros e vendas de 560 milhões. O desempenho dos lucros é mais favorável, com uma subida de 18%, face a 2013. Já a faturação cresceu 3,3%.

Num comunicado enviado esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a corticeira refere que "a conjugação de uma melhor conjuntura económica em alguns dos seus principais mercados e a materialização dos investimentos e iniciativas realizadas em termos de eficiência operacional foram determinantes e culminaram no melhor exercício de sempre".

A empresa da família Amorim refere ainda uma "nova melhoria" no rácio da autonomia financeira, que "ultrapassa pela primeira vez os 50 por cento".

O recorde de vendas registado em 2014 conduziu a um resultado operacional (EBITDA- Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de  87 milhões de euros, um crescimento de 11% face a 2013.

Quatro mil milhões de rolhas

Por unidades de negócios, o sector das rolhas regista um novo acréscimo de vendas (6,9% em valor e 4,7% em quantidade), superando a barreira de 4 mil milhões de rolhas colocadas no mercado.

Também o negócio dos isolamentos teve um desempenho favorável com um aumento de 23% do volume de vendasm beneficiando do sucesso do aglomerado de cortiça expandida.

Já a unidade dos revestimentos registou uma queda de 4,6% (vendas de 116,36 milhões) face a 2013, "em resultado da situação política e económica do Leste Europeu".

Face aos resultados, o conselho de administração da Corticeira Amorim vai propor aos acionistas a distribuição de um dividendo bruto de 0,14 euros por ação.


SIC Notícias estreia magazine dedicado à agricultura com a Farol de Ideias


19 de Fevereiro de 2015 às 11:55:45, por PEDRO DURÃES

Selecção Agricultura, um magazine semanal sobre agricultura, é a nova aposta da SIC Notícias. A produção da Farol de Ideias estreia este sábado, dia 21 de Fevereiro. O objectivo do programa, o primeiro em televisão desde o fim do TV Rural em 1990, passa por "mostrar o novo momento do sector primário, desde as novas apostas de gestão agrícola até à conquista de novos mercados e a nova fileira biológica". O programa, com uma duração de 15 minutos, será exibido semanalmente aos sábados pelas 9h40, com repetições aos domingos às 14h40 e 1h40, às terças às 15h40 e às quartas pelas 2h30.

O programa estrutura-se na lógica da explicação/demonstração de um caso-estudo por semana,sendo que na primeira emissão o caso em destaque é o da Herdade do Vale da Rosa, que produz uvas sem grainha. Segue-se no número dois a BioBerço, uma empresa que produz frutos vermelhos, e no número três o Selecção Agricultura explica o sucesso mundial do tomate português. Nas primeiras emissões os patrocínios do Selecção Agricultura são da Portugal Fresh, ID Forest e N Incentivos.

Redução de 20% na produção de azeitona


Fevereiro 19
11:57
2015

O Instituto Nacional de Estatística (INE) estimou uma redução de 20% na produção de azeitona da última campanha, registando-se, também, uma redução na qualidade.

Esta diminuição fica a dever-se aos problemas fitossanitários que afectam os olivais, sendo que a maior quebra ocorreu nos olivais tradicionais.

Os olivais intensivos modernos também tiveram uma quebra, mas bastante inferior, devido a uma maior facilidade em efectuar os tratamentos.

Segundo o INE, a produção deve fixar-se nas 507 mil toneladas, enquanto em 2013 a produção foi de 634 mil toneladas.

Não podemos esquecer que 2013 foi um ano de produção recorde, sendo que a produção de 2014 ainda é 5% superior à média dos últimos cinco anos.

A qualidade do azeite foi também afectada pelas más condições para a produção de azeitonas, ficando a produção de azeite virgem abaixo do normal.

Em termos de cereais, o INE aponta para uma área semeada de Inverno semelhante à do ano anterior e, apesar de algum atraso na germinação, prevê um aumento na produção, sobretudo na aveia.

Portugal reforça posição na liderança de execução do PRODER

19-02-2015 
 
A taxa de execução do PRODER atingiu agora os 95 por cento e segundo dados recentes da Comissão Europeia, a taxa de execução em Portugal situa-se agora oito pontos percentuais acima da taxa média europeia de execução, de 87 por cento.
 
Recorde-se que em 2009 a taxa de execução em Portugal encontrava-se 10 pontos percentuais abaixo da média da União Europeia. Em 2013 passou para 4 pontos percentuais acima da média, e agora duplicou essa posição atingindo 8 pontos percentuais acima da média.
 
Dos 28 Estados-membros, Portugal fica agora à frente de países como Espanha, Itália, França, Alemanha ou Holanda. Estes dados são sinais, primeiro da dinâmica que a agricultura portuguesa está a ter e segundo do grande empenho e qualidade dos técnicos da administração pública que fazem a análise das candidaturas e dos pedidos de pagamento.
 
Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, presente na reunião de balanço do PRODER e do PDR 2020, com os técnicos envolvidos na análise das candidaturas onde entregou um louvor ao técnico que mais candidaturas analisou: «Estamos muito satisfeitos com a performance do Programa de Desenvolvimento Rural actual 2007-2013 (PRODER) e sobretudo dos nossos agricultores. Contamos atingir os 100 por cento de execução do atual programa até ao Verão, prosseguindo depois em exclusividade com a execução do PDR 2020. Portugal reforça a sua posição na liderança da execução dos fundos comunitários, e isto, reflecte-se na modernização da nossa agricultura. Estes resultados só são possíveis com o empenho dos técnicos dos vários serviços do Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) que fazem a análise dos candidaturas e de forma a agradecer este empenho tive muito gosto em atribuir um louvor ao técnico que mais se destacou no exercício destas funções. É de extrema importância que o trabalho das pessoas envolvidas seja valorizado, só assim existirá motivação para continuar o bom desempenho».
 
A reunião interna organizada pela AG PDR 2020 reuniu os técnicos dos vários serviços do MAM envolvidos directamente na análise de candidaturas e pedidos de pagamento. Nesta reunião de balanço e perspectivas dos programas, o Secretário de Estado da Agricultura atribuiu um louvor público ao técnico que analisou o maior número de candidaturas em 2014.
 
O técnico em causa, Carlos Ponteira exerce funções na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e analisou desde o início do PRODER um total de 1334 candidaturas.
 
Fonte: Gabinete Secretário de Estado da Agricultura

Novas normas sobre fertilizantes em França

19-02-2015 
 
O Ministério francês da Agricultura em vindo a trabalhar num decreto sobre comercialização e utilização de fertilizantes.

O objectivo do novo documento é modernizar e simplificar as regras aplicáveis a estes produtos, em especial no que se refere à sua definição, condições de importação e comercialização.

Com este decreto o Ministério francês quer criar um quadro jurídico mais claro na ausência de uma harmonização das normas jurídicas a nível da União Europeia. O rascunho do decreto encontra-se em consulta pública e espera-se que entre em vigor a 13 de Junho de 2015.

Fonte: Agrodigital

FAO doa 435 mil euros a Cabo Verde para programas de agricultura e pecuária

19-02-2015 
 

 
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura vai doar 435 mil euros a Cabo Verde para o programa de apoio à agricultura e pecuária e face ao mau ano agrícola no país, informou o Governo cabo-verdiano.

Em comunicado, o executivo indicou que a assinatura do acordo aconteceu na terça-feira entre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, e o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que se encontrava de visita oficial a Roma, após ter assistido, no sábado, no Vaticano, à investidura de Arlindo Furtado como primeiro cardeal do país.

O chefe do Governo cabo-verdiano afirmou que o pacote financeiro «vai permitir enfrentar este ano de seca, sendo que vai ao encontro do programa de Cabo Verde para a construção de uma agricultura sustentável, capaz de fazer face à aleatoriedade das chuvas».

Sobre as relações com a FAO, José Maria Neves sublinhou que «são extremamente importantes porque este organismo é um dos principais parceiros de Cabo Verde no desenvolvimento da agricultura, pecuária e pescas, que são setores estratégicos do país».

O anúncio desta ajuda foi feito em Dezembro pela directora-geral adjunta da FAO, a cabo-verdiana Helena Semedo, com a coordenação da área dos recursos humanos, após uma audiência, na Cidade da Praia, com o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Na altura, Heleno Semedo indicou também que 175 mil euros serão destinados a apoiar a reconstrução de Chã das Caldeiras, afectada pela erupção vulcânica na ilha do Fogo, que começou a 23 de Novembro e terminou a 08 de Fevereiro.

Na sua página oficial na internet, a FAO escreveu que vai fornecer a Cabo Verde sementes, alimentos para animais e equipamentos de irrigação, para ajudar milhares de pessoas, cuja segurança alimentar e meios de subsistência estão em risco, na sequência de uma queda acentuada na produção agrícola este ano devido à seca.

A FAO prevê ajudar 8.237 famílias rurais que são mais vulneráveis aos impactos da seca em Cabo Verde, que registou menos 65 por cento de chuva em relação ao ano anterior.

«Cerca de 30 mil pessoas precisam de assistência urgente e muitas das famílias mais vulneráveis perderam toda ou grande parte de suas colheitas de cereais em oito das ilhas mais afectadas em Cabo Verde», constatou a FAO.

Fonte: Lusa

Presidente da República salienta importância internacional dos vinhos portugueses

 19-02-2015 
  
O Presidente da República salientou que o reconhecimento de seis vinhos portugueses entre os 100 melhores do mundo demonstra a cada vez maior importância do sector a nível internacional.

«Os vinhos do nosso país são cada vez mais objecto de atenção e prémios internacionais», destacou Cavaco Silva, numa cerimónia de condecoração de personalidades da vitivinicultura, no Porto.

O Chefe de Estado lembrou que «a prestigiada revista Wine Spectator inclui este ano seis vinhos portugueses entre os 100 melhores do mundo, dois Portos, três do Douro e um do Alentejo, o que, só por si, coloca Portugal entre os mais destacados produtores mundiais».

«Internacionalmente, os vinhos portugueses têm-se afirmado como propostas diferenciadoras, apoiadas na diversidade e na singularidade das suas castas, a que se associa uma qualidade muito consistente e uma excelente relação qualidade/preço», disse.

Cavaco Silva destacou também como Portugal tem, actualmente, 47 regiões vitivinícolas, estando «reconhecidas e protegidas 33 denominações de origem e oito indicações geográficas».

Para o Presidente da República, «o vinho nunca foi apenas um produto agrícola», assinalando que, «muito mais que um bem da terra, o vinho tem sido, desde tempos imemoriais, um valor cultural revestido de simbologia impar».

«O vinho evidencia-se cada vez mais pela sua importância económica, com o seu peso nossas exportações a ser consistentemente reforçado. Na estratégia de internacionalização dos nossos vinhos, são fundamentais a consolidação de novos mercados e o reforço da imagem de elevada qualidade», assinalou.

Na cerimónia, que decorreu no Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Cavaco Silva, condecorou sete personalidades ligadas à vitivinicultura, recebendo Paul Symington o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

Paul Symington, da Symington Family Estates, sublinhou que, para ser possível «fazer valer» o vinho português num «mercado mundial saturado de vinhos e castas», é necessário promover e projectar o produto, associando-o à gastronomia e ao turismo.

Álvaro Castro (Quinta da Pellada), Anselmo Mendes (Alvarinho), Dirk Niepoort (Niepoort) e Jorge Dias (Gran Cruz Porto) foram agraciados com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

O grau de Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola, foi atribuído pelo Presidente da República a Olga Martins (Lavradores da Feitoria) e Sandra Tavares da Silva (Quinta do Vale D. Maria).

Fonte: Lusa

EUA planta mais soja e menos milho

19-02-2015 
  
Nos Estados Unidos, pela primeira vez, desde os anos 70, a superfície cultivada de milho vai diminuir pelo terceiro ano consecutivo, enquanto vai aumentar a de soja, de acordo com um estudo realizado por Bloomberg.

O milho continua a liderar, mas dois anos de grandes colheitas levaram a uma redução dos preços o que levou a cultura deste cereal deixar de ser atractiva. Para os agricultores, cultivar soja supõe perder menos dinheiro em comparação ao milho, tendo em conte que os custos de produção são mais baixos. A fertilização da soja são menos dois terços em relação ao milho, e as sementes e mão-de-obra representam apenas metade.

Segundo a análise de Bloomberg, as culturas de soja este ano, que se realizam entre Abril e Maio, serão superiores cerca de 2,8 por cento às da campanha passada, alcançando 34,4 milhões de hectares. Pelo contrário, as de milho reduziram 1,7 por cento, até os 35,6 milhões de hectares, ou seja, a menor superfície desde 2010.

Fonte: Agrodigital

UE aumenta importações de carne de frango nos primeiros 11 meses de 2014

 19-02-2015 

 
Entre Janeiro e Novembro de 2014, a União Europeia importou 776.612 toneladas de carne de frango, o que supõe um aumento de 3,4 por cento frente ao mesmo período do ano anterior.

O Brasil e a Tailândia continuam a ser os principais fornecedores, já que as suas exportações representam 90 por cento do total de carne de frango que chega ao mercado comunitário. No entanto. Os dois países tiveram uma evolução diferente em 2014, Enquanto o Brasil reduziu as suas exportações para a União Europeia em dois por cento até 464.587 toneladas, a Tailândia aumentou em 10 por cento, até as 231.325 toneladas.

Outros países fornecedores da União Europeia que registaram comportamentos destacáveis são o Chile, cujas importações reduziram 12 por cento até as 24 mil toneladas; Israel, com uma quebra de 62 por cento e a Ucrânia, que passou de não exportar nada em 2013 para registar saídas de 18.146 toneladas nos onze primeiros meses de 2014, isto devido ao acordo comercial entre a Ucrânia e a União Europeia.

Fonte: Agrodigital

Novas regras para pecuária passam a abranger veados e gamos

 19-02-2015 
  
As regras aplicáveis às explorações pecuárias vão passar a abranger espécies cinegéticas como veados, gamos e corços, além dos bovinos, caprinos e ovinos, segundo uma portaria do Ministério da Agricultura publicada em Diário da República.

O diploma estabelece um conjunto de normas regulamentares que visam o bem-estar e saúde dos animais, a salvaguarda da saúde e segurança de pessoas e bens, bem como a qualidade do ambiente e ordenamento do território.

As regras aplicam-se à detenção e produção pecuária, bem como actividades complementares, de bovinos, incluindo bisontes e búfalos; ovinos, incluindo muflões, uma espécie de carneiro selvagem; caprinos e espécies de "caça maior", como veados, gamos e corços, excluindo os javalis.

A portaria será aplicada «com as devidas adaptações» à categoria «outros ruminantes», sendo as condições particulares de cada espécie determinadas pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, no âmbito da condições higiossanitárias e de bem-estar animal e pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, no caso das espécies cinegéticas.

Anexo: Portaria nº42/2015, de 19 de Fevereiro 

Fonte: Lusa

Este foi o segundo mês de Janeiro mais quente desde que há registos


O mês de janeiro foi o segundo mais quente desde que há registo, segundo uma análise das médias globais da temperatura das superfícies terrestre e marítima, divulgou hoje o governo dos EUA.
O relatório mensal da agência norte-americana para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA, na sigla em Inglês) foi divulgado a seguir ao anúncio, feito em janeiro, por esta entidade, de que 2014 foi o ano mais quente nos registos.
"A temperatura média global nas superfícies terrestre e marítima em janeiro de 2015 foram as segundas maiores para o mês desde que os registos começaram a ser feitos em 1880", especificou-se no documento.
O mês de janeiro mais quente foi o de 2007, com uma temperatura média global de 0,86 graus Celsius acima da média do século XX.
Em janeiro último, a temperatura média excedeu a do século XX em 0,77 graus Celsius.
Diário Digital com Lusa

Isabel Jonet diz que os alimentos não são commodities


A presidente do Banco Alimentar contra a Fome não aceita a 'financeirização' dos bens alimentares.

23:03 Quinta feira, 12 de fevereiro de 2015
Isabel Jonet diz que os alimentos não são commodities

 D.R.
"Os alimentos não devem ser encarados como commodities porque, na verdade, não o são", defende Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome.

Aquela responsável, que participou num dos debates promovidos pela Anpromis, no âmbito do X Congresso do Milho, que hoje terminou em Lisboa, lembrou que em Portugal ainda há dois milhões de pobres, entre os quais muitos pequenos agricultores, e que "continuamos a não dar aos alimentos o seu devido valor".

Petróleo define o preço dos bens alimentares

Isabel Jonet respondia, assim, à convicção expressa por Hélder Muteia, representante da FAO em Portugal, também presente no debate, segundo a qual "cada vez mais o preço do petróleo define o preço dos alimentos".

Além disso, "é cada vez mais na bolsa de futuros de Chicago que, uns quantos especuladores financeiros, estabelecem os preços das matérias-primas alimentares para o resto do mundo, independentemente do que esses mesmos bens tenham custado a produzir aos agricultores", lembrou Lima Santos, professor do Instituto Superior de Agronomia. Por outras palavras, os bens alimentares estão, mais que nunca, sujeitos à forte volatilidade dos mercados financeiros.

Morrem 2,5 milhões de crianças à fome por ano...

O alto dirigente da FAO, organismo das Nações Unidas para a Alimentação, recordou os últimos números sobre a repartição de alimentos no mundo: 805 milhões de pessoas que passam fome, 100 milhões de crianças com baixo peso, 1,5 milhões de crianças com sobrepeso e, o mais chocante de todos, 2,5 milhões de crianças que morrem todos os anos devido a má nutrição. "São números que não dignificam nada a humanidade", concluiu Hélder Muteia.

...e continuamos a desperdiçar 1/3 dos alimentos 

Este responsável recordou que só a crise de 2010 atirou com mais 40 milhões de pessoas da condição de pobres para extremamente pobres. E, no entanto, um terço dos alimentos produzidos à escala global são desperdiçados. Ou seja, o mundo continua a não conseguir fazer chegar os alimentos a quem mais deles precisa.

Isabel Jonet fez questão de sublinhar que ao desperdiçarmos um bem alimentar estamos a cometer uma profunda injustiça, pois há muita gente que gostaria de ter algo para comer e não o consegue.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

COPA-COGECA abandona plataforma europeia sobre os grandes carnívoros

Fevereiro 16
16:50
2015

O COPA-COGECA resolveu abandonar a plataforma europeia de discussão sobre os grandes carnívoros, pois considera que a Comissão não tem atendido as queixas dos agricultores sobre os prejuízos causados pelos ataques dos grandes carnívoros.

Esta plataforma foi constituída para estudar e definir regras de convivência entre os humanos e os grandes carnívoros (lobos, urso castanho ou lince da Eurásia), mas verifica-se que as preocupações dos agricultores têm vindo a ser ignoradas, continuando os rebanhos a ser dizimados por estes animais.

O COPA-COGECA, que pretendia com a sua participação encontrar uma medida de equilíbrio entre a existência dos grandes carnívoros e o pastoreio dos rebanhos, acabou por vir a constatar que o interesse da plataforma cingia-se somente à protecção dos grandes carnívoros, cuja população não pára de aumentar.

Com o aumento da população destes animais, intensificam-se os ataques aos rebanhos em Portugal, em França, na Suécia e na Finlândia, tornando a situação inadmissível para os produtores pois, ameaçam a sua subsistência.

Feira de Agricultura de Paris sob o lema do clima

Fevereiro 17
09:08
2015

Vai realizar-se durante a próxima semana a Feira da Agricultura de Paris, que é um certame de grandes dimensões e sempre com grande carga política.

Este ano, o tema fundamental é o clima, pois o Presidente François Hollande quer organizar, no final de 2015, uma grande conferência mundial sobre o clima e o tema assusta o mundo agrícola.

O problema está em como reduzir as emissões de metano, sobretudo ao nível da produção pecuária.

O problema coloca-se, sobretudo, ao nível da produção de bovinos, a qual, se forem aplicadas as medidas de redução previstas, pode vir a ser obrigada a diminuir significativamente.

É certo que não existe maneira de reduzir as emissões de metano das vacas depois da ingestão de erva, mas também é verdade que, se não existirem vacas, os prados serão abandonados, o que também é negativo para o clima.

Estão, por isso, programados uma série de debates sobre o tema durante o decurso da feira, com a presença de peritos e organizações como a InVivo, que apresentará soluções agrícolas, enquanto a GDF SUEZ vai defender a metanização.

Curiosamente, as ONG's do clima vão estar ausentes dos debates.

Indentificadas centenas de novas castas em Espanha

19 Fevereiro, 2015 12:39 | Revista de Vinhos


Os resultados de um estudo liderado pela Comunidade de Madrid surpreenderam a comunidade vitivinícola do país vizinho: a Espanha poderá ter mais do dobro das castas autóctones até agora reconhecidas. Até agora – reporta o diário "El Mundo" – estavam identificadas 235, número que subirá para 536 se forem oficializadas as conclusões do trabalho levado a cabo por 25 centros de investigação e mais de 70 investigadores.

O trabalho implicou a análise de 1763 amostras e incluiu centenas de comparações de perfis de DNA. Todas as amostras foram comparadas umas com as outras, nomeadamente com as Comunidades vizinhas, de forma a evitar redundâncias. Foi a primeira vez que as 17 Comunidades espanholas se juntaram num trabalho deste tipo, o que permite antever um consenso alargado na conservação dos recursos genéticos da vinha em Espanha.

Com cerca de um milhão de hectares, a Espanha detém a maior área de vinha do mundo e é o terceiro maior produtor do planeta. 

Sogrape ganha no velho mundo e esmorece no novo mundo


Angola, Portugal e Reino Unido são os mercados em que a venda dos vinhos da Sogrape registam maior crescimento.

 
Abílio Ferreira |
11:22 Quinta feira, 19 de fevereiro de 2015

Nem sempre se pode ter o melhor de dois mundos. No caso da Sogrape, líder português no sector dos vinhos, conta com o melhor do velho mundo, mas no novo mundo o negócio esmorece.

E, por isso, é hora de regressar às origens e valorizar regiões ibéricos, como Douro, Rioja ou Verdes, perante o desempenho menos estimulante das marcas do novo mundo, depois da aposta na produção de vinhos na Argentina, Chile e Nova Zelândia.

Angola e Reino Unido prosperam 
Em 2014, a Sogrape registou desempenhos favoráveis nos dois mercados ibéricos - em Espanha conta com a empresa Lan, em Rioja. Do lado das perdas, estiveram os mercados do novo mundo e as segundas marcas das categorias em que opera.

Os mercados que revelaram maior prosperidade foram Portugal (+ 12%) Angola (+15%) Reino Unido (+11% e ainda EUA (+4%). 
O contributo da empresa argentina (Finca Flichman), sofrendo com a inflação no país e desvalorização da moeda , reduziu-se em  23%.

Já as perdas nos mercados francês (-31%) e belga (-16%) decorrem da estratégia adotada, no negócio do vinho do Porto, de negligenciar o segmento mais barato e os fornecimentos para marcas dos próprios distribuidores locais.

A lógica da Sogrape é de priorizar os mercados com preço médio mais elevado e  segmento premium, investindo nas marcas Sandeman, Ferreira e Ofley.No consolidado, a faturação  subiu 1,5%, em linha com o crescimento do mercado mundial do vinho, ficando nos 205 milhões de euros.

Angola não se ressente da crise 
Esta realidade levou a Sogrape a concentrar energias em quatro mercados - Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, de entre os 120 em que opera.

Apesar da evolução favorável (representa 12 milhões de euros),  Angola não figura ainda na lista de mercados prioritários. Com uma distribuidora própria, o grupo não se ressente por enquanto da crise de divisas que afeta o pais e os fornecimentos decorrem ao ritmo habitual. 

Por marcas, o Mateus Rosé é que mais fatura (14% do total), tendo o Reino Unido como principal mercado. Em 2014, revelou uma notável vitalidade, subindo 8%. Mas, a marca que mais cresceu foi a Casa Ferreirinha (+23%), uma marca que acolhe 12 vinhos do Douro distintos, entre os quais o Barca Velha. A Gazela (vinho verde) faz jus ao nome (+4%).

Fernando da Cunha Guedes, presidente executivo da Sogrape, nota que a nova focalização de marcas e mercados "visa reforçar vantagens competitivas e ganhar rentabilidade e relevância", e obedece a uma lógica "de valorizar as marcas que impulsiona a criação de valor, sem excluir nenhuma das que figuram no atual portefólio" 


Alemanha quer avançar com as negociações com o Mercosul

Fevereiro 18
09:15
2015

Durante uma visita ao Brasil, o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão exprimiu  a vontade do seu governo em ver avançar o mais rapidamente possível as negociações UE-Mercosul.

Estas negociações tiveram início em 2000, mas têm tido períodos de paragem, pelo que, ao fim de 15 anos, ainda não se chegou a nenhum consenso.

Ultimamente, o problema tem estado mais do lado do Mercosul, com os países que o constituem (Brasil, Uruguai, Argentina, Venezuela e Paraguai) a não se entenderem entre si, de modo a apresentarem propostas concretas para as negociações.

Neste momento, existem problemas com a Argentina e a Venezuela, que não estão muito interessadas num possível acordo. Do lado brasileiro, foi mostrado grande interesse num acordo e afirmam que estão à espera de propostas por parte da Comissão Europeia.

O grande bloqueio no acordo tem sido os produtos agrícolas, sendo o Mercosul bastante ofensivo para o mercado europeu.

Curiosamente, a União Europeia tem tentado a acreditação dos matadouros europeus de carne de porco para exportar para o Brasil e as autoridades daquele país tardam em enviar técnicos para realizar as inspecções.

François Hollande lança apelo aos agricultores

Fevereiro 18
09:18
2015

Pouco antes de abrirem as portas da Feira da Agricultura de Paris, o Presidente francês François Hollande lança um apelo aos agricultores franceses, para que se empenhem no caminho da agro ecologia, com uma agricultura mais competitiva e menos consumidora em energia e pesticidas.

Segundo François Hollande, não se pode avançar sem conciliar a economia com a ecologia e o grande desafio é utilizar a ciência e a tecnologia, para valorizar os recursos naturais e usar menos produtos nocivos, sendo esta a verdadeira definição de agro ecologia.

É a primeira vez que o Presidente toma a peito este tema, reconhecendo que os agricultores têm vindo a desenvolver grandes esforços, no sentido de proteger o meio-ambiente. Afirmou que as boas técnicas de produção deviam ser defendidas, para uma agricultura mais competitiva, mas menos consumidora de energia e pesticidas.

Foi, também, referida a construção da barragem de Sivens, que tem uma forte oposição dos ecologistas, mas que vai avançar, pois é imprescindível para a irrigação dos campos da zona.

Paris vai receber este ano de 2015 a Cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climatéricas, o que justifica este discurso.

E agora, como vamos vender o hambúrguer-proveta?

ALEXANDRA PRADO COELHO 17/02/2015 - 07:42

Mark Post, o "pai" do hambúrguer in vitro, esteve em Lisboa no encontro Tought for Food, e, com humor, discutiu com estudantes universitários vindos de todo o mundo as melhores formas de pôr à venda aquilo a que alguns chamaram "yuck". Dentro de seis, sete anos, a carne artificial estará nos supermercados, disse ao PÚBLICO.


Mark Post mostra o primeiro hambúrger criado em laboratório, apresentado em Londres em 3013

Como é que se vende uma coisa que ninguém parece particularmente interessado em comer? Esta é a grande questão, neste momento, para Mark Post, o criador do hambúrguer feito "in vitro", num laboratório, a partir de células estaminais de vaca. Perante um grupo de jovens de diferentes nacionalidades reunidos em Lisboa no último fim-de-semana para a cimeira Thought for Food, o cientista lançou a pergunta que o tem andado a obcecar: "Quantos de vocês comeriam este hambúrguer?" Quase todos (com excepção de dois) levantaram o braço. Encorajador?

No final, o PÚBLICO conversou com Mark Post, professor na Universidade de Maastricht, na Holanda, e perguntou-se se tinha ficado surpreendido com o número de pessoas dispostas a arriscar. "Sim, de certa forma fiquei. Mas este era um grupo jovem e com espírito de aventura. De qualquer forma, foi um número maior do que habitualmente acontece."

O "workshop" de Mark Post chamava-se "Como vender 'yuck'?" – uma brincadeira com a expressão usada por alguns jornalistas (que, sublinhou, nunca provaram o hambúrguer) para descrever esta carne, apresentada pela primeira vez publicamente em Londres em Agosto de 2013. Nessa apresentação confirmou-se que o hambúrguer parece carne e sabe a carne – Post mostra uma imagem das pessoas que o provaram e diz, sorrindo, que "ainda estão vivas". Mesmo assim, muita gente continua a responder à pergunta de Post dizendo que não está disposta a experimentar porque "não é natural".

"A verdade é que depois do lançamento em Londres, as reacções críticas ou negativas foram reduzidas", diz o cientista holandês. "A recepção foi tão boa quanto poderíamos esperar." Nos quase dois anos que decorreram entretanto, a abertura à ideia tem vindo gradualmente a aumentar. Mas não chegou ainda o momento de colocar esta carne à venda, e Post tem andado a pensar sobre a melhor forma de o fazer. Por isso, aproveitou o "workshop" de Lisboa para discutir mais uma vez o seu problema com jovens universitários que se apresentam como "inovadores" e que querem trabalhar em projectos que ajudem a alimentar o mundo em 2050, quando a população atingir os nove mil milhões.

Uma das duas pessoas que dizem que não estão dispostas a experimentar argumenta que "é desconhecido" e pode "não ser seguro". "Humm, isso é interessante", comenta Post, enquanto vai escrevendo os argumentos num quadro. "Diz que não é natural. O hambúrguer que compra no supermercado é natural?" "Não sei", responde a mulher, "é o que sinto neste momento". O cientista abana a cabeça, como quem diz que compreende. "Expressa-o como um sentimento, uma emoção. 'Yuck' é também isso. E claro que todos têm direito às suas emoções."

Relembra que o que está por detrás deste esforço de criar carne de forma artificial é a constatação de que a forma como se produz carne hoje em dia no mundo não é sustentável – e sê-lo-á ainda menos quando, como se prevê, o consumo aumentar muito em países como a China. "São precisos 50 mil litros de água para produzir um quilo de carne", afirma. Quando entrou no laboratório decidido a fazer um bife a partir de células estaminais extraídas do músculo de vacas, Mark Post não estava à procura de uma alternativa à carne. "Eu gosto de carne, e quero continuar a comer carne. É por isso que faço isto."

Na conversa com o PÚBLICO diz não ter dúvidas de que o hambúrguer feito no laboratório vai ser uma realidade dentro de alguns anos. "Não sou um vidente mas sou um optimista, e não tenho dúvidas de que acabará por acontecer, talvez daqui a seis, sete anos."

No início será um produto de luxo? (quando foi apresentado calculou-se que os seus 140 gramas custavam cerca de 250 mil euros). "Provavelmente sim, mas nos dois, três anos seguintes o preço começará a baixar muito rapidamente." E não receia que, depois de um primeiro momento em que toda a gente vai querer provar por curiosidade, o interesse desapareça e todos voltem a consumir carne normal? "Claro que muito depende das primeiras experiências, mas se for muito saboroso e valer a pena…"

No laboratório, Mark Post e a sua equipa estão a trabalhar para isso. "Temos mais flexibilidade [do que na carne normal] porque controlamos algumas variáveis com as quais podemos jogar para melhorar o sabor ou o valor nutricional. Podemos aumentar ou reduzir a quantidade de gordura, acrescentar fibras." Ainda não decidiu se vai por esse caminho, enriquecendo o hambúrguer com ómega 3 ou outros componentes. "Algumas pessoas aconselham-me a valorizar os benefícios em termos de saúde como estratégia de marketing, mas é mais complicado a nível de regulamentação e pode ter um efeito contrário. Provavelmente, o melhor será esperar que haja uma aceitação primeiro, e depois jogar o trunfo da saúde."

O futuro da pecuário em debate na 7ª edição das jornadas veterinários em Évora

O FUTURO DA PECUÁRIA EM DEBATE NA 7ª EDIÇÃO DAS JORNADAS VETERINÁRIAS EM ÉVORA
HVME
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME), em parceria com a Equimuralha, realiza nos próximos dias 6 e 7 de Março a 7ª edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora. As inscrições já se encontram abertas na página www.hvetmuralha.pt ou através do 266 771758.
Estas Jornadas apresentam um conjunto de seminários e workshops que se realizam no Évora Hotel e que, ao longo destes dois dias, irão abordar diversas questões acerca de ruminantes e equinos tendo em vista a melhoria da produtividade, de forma sustentável, dos sectores e contribuindo para o desenvolvimento rural. São ainda uma oportunidade para que investigadores, técnicos e outros profissionais dos sectores possam partilhar ideias, analisar e discutir o estado atual do conhecimento e das perspetivas futuras.
Na vertente dos ruminantes, o primeiro dia está subordinado ao tema "Enfrentar o Futuro da Pecuária: desafios e oportunidades" e culmina com uma mesa redonda, ao final da tarde, com diversas associações de bovinos (Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; Associação de Criadores de Bovinos Raça Alentejana; Associação de Criadores de Limousines; Associação Portuguesa de Criadores de Bovinos Raça Charolesa; Aberdeen Angus Portugal) para debater as diferentes oportunidades e desafios da evolução genética na produção de carne de bovinos em raças autóctones e exóticas. Durante todo o dia serão vários os oradores nacionais e internacionais que partilharão as suas experiências e conhecimentos, como é o caso do engenheiro agrónomo brasileiro Alcides Torres Júnior, Presidente da Associação dos Profissionais para a Pecuária Sustentável, que irá ministrar uma palestra intitulada "De Produtor a Empresário," ou do especialista espanhol em bovinos de carne, o Dr. Iñaki Espinoza, que irá apresentar a perspetiva espanhola na otimização da produtividade em bovinos de carne. A nova Política Agrícola Comum e novas oportunidades de financiamento europeu são também temas em destaque na sala dedicada aos ruminantes.
No segundo dia, o programa propõe seminários que se debruçam sobre questões que vão da inseminação até à eficiência e monotorização da produção, passando pelo bem-estar animal. Destinados apenas a médicos veterinários, vão-se realizar workshops como o de "Gestão de clientes e comunicação eficiente em medicina veterinária" ou o "Workshop Hipra: Curso Prático de diagnóstico de SRB em vitelos: da necrópsia à toracoscopia", orientado pelo Dr. Iñaki Espinoza.
As Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora destinam-se à comunidade em geral, a produtores, criadores, proprietários de animais de produção e cavalos, mas também a médicos veterinários e estudantes. Na sua última edição teve uma participação que superou os 400 participantes, consolidando-se como um evento de importância nacional.
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) e a Equimuralha são duas entidades de referência na região e entendem que para além dos serviços médico-veterinários que prestam à comunidade, devem ter um papel mais interventivo na sociedade ao nível pedagógico, nomeadamente através do desenvolvimento de diversas ações de formação.
O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) iniciou a sua atividade há 15 anos, na sequência de uma parceria entre três médicos veterinários. Em 2008 inaugurou as suas novas instalações, que incluem uma moderna área hospitalar para animais de companhia, uma área de animais de produção com cinco brigadas em serviço ambulatório, um laboratório clínico de apoio aos vários setores, uma área de apoio administrativo e uma área de formação. O Núcleo de Reprodução e Fertilidade e o Núcleo de Formação e Desenvolvimento, onde se inclui a realização das Jornadas, desenvolvidos recentemente, contribuem para a diversificação e prestação de serviços de excelência.
Considerado um projeto inovador na área da prestação de serviços veterinários diferenciados, o HVME engloba serviços de elevada qualidade a animais de companhia, animais de produção, animais silvestres e de zoo, e equinos, sendo os últimos prestados em exclusividade através de uma parceria com a Equimuralha.
A Equimuralha é uma empresa prestadora de serviços médico-veterinários especializada em equinos, a qual funciona em parceria com o HVME. Com serviços de reconhecida qualidade, a Equimuralha tem um corpo clínico constituído por dois médicos veterinários com internato realizado nos EUA em medicina e cirurgia de equinos, formação específica em patologias locomotoras no CIRALE em França, e várias publicações em revistas internacionais. É também já uma referência nacional em medicina estomatológica e dentária Equimuralha e colabora regularmente com a Universidade de Évora na docência aos alunos finalistas de medicina veterinária. Realiza as suas consultas em regime ambulatório para cujo efeito dispõe de equipamento espacializado, tal como radiologia computorizada e ecografia.
A equipa do HVME e da Equimuralha conta atualmente com um corpo clínico de 15 médicos veterinários, 5 enfermeiros veterinários e 3 auxiliares de veterinária, e com o apoio de uma área administrativa constituída por uma gestora, 3 administrativos e 4 recepcionistas.
Para consultar o programa das jornadas veja no site www.hvetmuralha.pt.
Contacto para inscrição nas Jornadas:
Telefone: 266 771758

Uso de fertilizantes vai superar os 200 milhões de toneladas em 2018


Terça, 17 Fevereiro 2015 13:46 tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte


O uso mundial de fertilizantes poderá aumentar acima dos 200,5 milhões de toneladas em 2018, cerca de mais 25% que o registado em 2008.

O consumo mundial de fertilizantes crescerá cerca de 1,85 até 2018, segundo informação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), sobre tendências e perspetivas mundiais dos fertilizantes para 2018.

Ao mesmo tempo, «a capacidade global de produção de fertilizantes, produtos intermediários e matérias-primas continuará a aumentar», de acordo com o estudo.

À medida que o potencial para produzir fertilizantes supere a utilização, o equilíbrio potencial mundial, um termo técnico que mede a quantidade disponível sobre a procura real, vai crescer para o nitrogénio, fosfato e potássio, os três principais fertilizantes do solo.

A utilização mundial de nitrogénio, com diferença entre o elemento básico e os fertilizantes, prevê-se que aumente cerca de 1,4%por ano até 2018, enquanto o uso de fosfato crescerá cerca 2,2% e cerca de 2,6% o de potássio.

Em comparação, estima-se que a oferta desses três importantes elementos cresça 3,7, 2,7 e 4,2 por cento por ano, respetivamente.

Fonte: Agrodigital

7ª Edição ADVID homenageia Michael Symington e atribui prémio a Investigadores da FCUP


16 Fev 2015 < Início < Notícias
A ADVID instituiu, desde 2007, um prémio anual para atrair investigadores de diversas áreas científicas para as especificidades técnicas, culturais e sociais da vitivinicultura da Região Demarcada do Douro
Em 2014 a partir de uma selecção de trabalhos feita pela Direcção da ADVID o Júri do Prémio decidiu atribuir o Prémio ADVID 2014 - Michael Symington, ao trabalho: "Different Phenolic Compounds Activate Distinct Human Bitter Taste Receptors"
Este trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - FCUP (Victor Freitas, Susana Soares e Nuno Mateus) e do Instituto Alemão de Nutrição Humana (Susann Kohl, Sophie Thalmann e Wolfgang Meyerhof), tendo como objectivo o estudo dos compostos responsáveis pela sensação de amargor e adstringência, aspectos dos mais discutidos e complexos em enologia.
Em cada ano o prémio homenageia uma personalidade marcante no desenvolvimento da Região do Douro. Em 2014 homenageia o Sr. Michael Symington, nascido no Porto em 1925, uma das principais figuras da família Symington, a qual se dedica há várias gerações ao Vinho do Porto e à Região do Douro, sendo a maior empresa familiar do sector.
"Michael Symington mostrou sempre perseverança na defesa do Douro, dos seus vinhos e suas gentes, juntamente com a sua mulher Elizabeth receberam no Douro inúmeras visitas do ramo dos vinhos e jornalistas, levando o Douro a todas as partes do mundo", explica nota enviada às redacções.
O valor do Prémio é de 5.000€ e a cerimónia de atribuição decorrerá na Assembleia Geral da ADVID,em Abril de 2015.

BOVINOS - INFORMAÇÃO RESIDENTE NA BD SNIRA




O IFAP disponibilizou informação estatística atualizada relativa aos animais da espécie Bovina, residente na base de dados do SNIRA, em 31.12.2013, 30.06.2014 e 31.12.2014.

Esta informação pode ser consultada no menu Estatísticas do portal do IFAP.

Viseu cria fundo de microcrédito para desenvolver a agricultura


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
O Conselho Estratégico de Viseu pretende desenvolver o sector agrícola do concelho através da criação de incentivos à fixação de jovens agricultores nas freguesias.

 
O objetivo do município é criar um fundo de microcrédito para desenvolver a agricultura do concelho.

"Com este documento, Viseu assume a sua ruralidade, admitindo que este sector pode ajudar a desenvolver a parte urbana do concelho, e está preparado para avançar com candidaturas ao Portugal 2020 - o próximo quadro comunitário de apoios", explicou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.

UE não vai criar mais medidas de apoio aos hortofrutícolas


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
A Comissão Europeia já fez saber que não vai introduzir mais medidas de apoio ao mercado no sector das frutas e legumes, um dos sectores mais afetados pelo embargo russo.

 
Aquela entidade considera que já pôs em marcha as medidas necessárias para apoiar o mercado e deposita agora fé no acordo de Minsk, uma vez que um cessar-fogo na Ucrânia pode permitir à União Europeia aliviar as sanções contra a Rússia, que, por seu lado, pode ter condições para levantar progressivamente o embargo.

A Comissão Europeia justifica esta decisão com o facto da extensão das ajudas ao primeiro semestre de 2015 ter permitido a retirada do mercado de 203 000 toneladas de frutas e 92 600 toneladas de legumes.

Mercado mundial de produtos biológicos continua a crescer


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
O mercado mundial de produtos biológicos cresceu 10% em 2013. De acordo com dados da Federação Internacional da Agricultura Biológica e do Instituto para a Investigação da Agricultura Biológica, as superfícies agrícolas utilizadas para a agricultura biológica cresceram cerca de 15% durante este período.

 
Em 2013 estavam certificados para a agricultura biológica 43,1 milhões de hectares, face aos 37,5 em 2012. Os países com maiores áreas biológicas são a Austrália, com 17 milhões de hectares, a Argentina, com 3,2 milhões de hectares, e os Estados Unidos da América, com 2,2 milhões de hectares. Neste momento, 40% das áreas biológicas estão na Oceânia, 27% na Europa e 15% na América Latina.

Para além disso, em todo o mundo, mais de dois milhões de pessoas trabalham no sector. Destas, 650 000 são na Índia, 189 610 no Uganda e 169 703 no México.

No que diz respeito ao volume de negócios, a agricultura biológica representa mil milhões de euros, sendo que o maior consumidor são os Estados Unidos da América, com 24,3 mil milhões, seguidos da Alemanha, com 7,6 mil milhões e de França, com 4,4 mil milhões.

Acréscimo alerta para declínio do peso da floresta na economia nacional


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2015
A Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal emitiu um comunicado onde defende que "as florestas e o setor florestal português têm sido vítimas de um declínio progressivo." Segundo a associação, o peso do setor florestal na economia, no emprego e no território era de 3,0% do PIB em 2000, valor que caiu para os 1,2% atuais.

 
"A desflorestação (perda de área florestal) é uma realidade mensurada oficialmente e em contra ciclo com a União Europeia. O abandono da gestão florestal, por manipulação dos mercados, é crescente. A proteção dos ecossistemas florestais está cada vez mais comprometida, com os incêndios, mas também pelo descontrolo no combate a pragas e a doenças. Com as alterações climáticas, os riscos acrescem substancialmente", explica a associação em comunicado.

Recentemente, o governo anunciou a sua aposta no desenvolvimento florestal, através da procura de meios para incentivar os agricultores a investir no setor e da aposta em alterações fiscais, a entrar em vigor em 2016 e 2017, no novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) e nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Nas alterações fiscais, a incidência ocorrerá em sede de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) e no Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

Apesar destas medidas, a Acréscimo refere que "todas estas apostas já foram ensaiadas no passado recente e sem alteração positiva. No IMI e no IMT, os resultados foram insignificantes, até porque é de difícil aplicação sem a conclusão do cadastro rústico (prometido para a atual legislatura). Bom seria uma adequação do Código do IRS à atividade florestal, a par do que já está em vigor no IRC para as florestas industriais, sabendo-se que a esmagadora maioria dos proprietários de florestas são pessoas singulares", conclui a organização.

Cidade Europeia do Vinho 2015 inicia-se este fim-de-semana em Reguengos de Monsaraz


FEV 17MADEIRAREGUENGOS DE MONSARAZPOR GERSON INGRÊS

 
REGUENGOS DE MONSARAZ – A partir do dia 21 de fevereiro Reguengos de Monsaraz será a Cidade Europeia do Vinho 2015, sucedendo a Jerez de La Frontera (Espanha). Esta distinção foi atribuída pela RECEVIN – Rede Europeia de Cidades do Vinho, que integra cidades da Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Portugal conhecidas pela qualidade da sua produção de vinho.

O programa de eventos tem início na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, pelas 11h, com a receção às comitivas no Salão Nobre dos Paços do Município, que pelas 17h vão visitar os enoturismos da Ervideira e da CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Às 21h, no Auditório Municipal, realiza-se o espetáculo inaugural, que integra o concerto de estreia da Orquestra de Câmara do Alentejo, o Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, o Coro Polifónico Eborae Mvusica e o Coral Públia Hortênsia de Castro.

No sábado, pelas 10h, na Biblioteca Municipal, inicia-se a reunião do Conselho de Administração da RECEVIN. Às 11h30 as comitivas vão visitar os enoturismos do Esporão e da Granacer.

Pelas 15h, o Salão Nobre dos Paços do Município vai receber os atos oficiais da Cidade Europeia do Vinho 2015 e será assinado o convénio entre o Município de Reguengos de Monsaraz, a RECEVIN e as anteriores Cidades Europeias do Vinho, nomeadamente Palmela (Portugal), Marsala (Itália) e Jerez de La Frontera (Espanha). Às 16h30, no Palácio Rojão, decorre a inauguração do espaço Vinho com Arte, um local para exposição, promoção, venda e provas de vinhos do concelho, que integrará a atuação do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz.

Reguengos de Monsaraz vai brindar à Cidade Europeia do Vinho pelas 17h30, na Praça da Liberdade, numa celebração que terá também música e degustação de produtos regionais. À noite, a partir das 21h, no Pavilhão Multiusos do Parque de Feiras e Exposições, realiza-se a Gala da Cidade Europeia do Vinho, que marcará o arranque oficial com a entrega da bandeira com a distinção de "Cidade Europeia do Vinho 2015" pela RECEVIN à Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

Neste espetáculo vão juntar-se três expressões musicais classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, nomeadamente o Cante Alentejano, o Fado e o Flamenco. Em palco vão estar o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Nayara & Ballet Flamenco de Sevilla e os fadistas António Pinto Basto, Teresa Tapadas e Gustavo Pinto Basto.

A Cidade Europeia do Vinho vai organizar durante o ano, entre outros eventos, a 1ª ViniReguengos, o Simpósio Europeu de Confrarias Enogastronómicas, o Congresso da Vinha e do Vinho, o Colóquio "Prospeção em Larga Escala e Conservação da Diversidade das Castas de Videira em Portugal", a Festa do Cante que integrará a conferência "Vozes Plurais Presenças Coletivas: Memória, Participação e Poéticas", passeios de barco no Lago Alqueva com provas de vinho, Mercado Esporão Slow Food Alto Alentejo, fins de semana temáticos em restaurantes e observações astronómicas noturnas com provas de vinho. A promoção dos eventos e dos vinhos do concelho será efetuada em feiras como a Bolsa de Turismo de Lisboa, ExpoVinis Brasil, ForumVini Munique e London Wine Fair, na ANA – Aeroportos de Portugal e em ações de formação em Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Suíça.

A Floresta Portuguesa vai ser o tema central da 52ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo

by João Baptista on 18 de Fevereiro de 2015 em Últimas

A Floresta Portuguesa é o tema central da 52ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira do Ribatejo, evento que decorre Centro Nacional de Exposições, em Santarém, entre os dias 6 e 14 de junho.

Ao longo de nove dias os visitantes vão conhecer o mundo agrícola português em todas as suas vertentes: maquinaria, equipamentos, serviços, factores de produção e, os produtos agro-alimentares que resultam das melhores e mais avançadas técnicas  e práticas agrícolas.

O debate dos principais temas da actualidade agrícola   estarão também presentes no ciclo de conferência "Conversas de Agricultura" que irão continuar a ser um importante pólo de atracção pelo grande número de colóquios e seminários realizados. Nas três últimas edições cerca de 6.000 profissionais participaram nestas iniciativas.

O evento volta a integrar o Salão Prazer de Provar que reúne no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros, e que contemplará várias iniciativas especialmente pensadas para juntar produtores, consumidores e profissionais. Em simultâneo, decorrerá a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, promovida pelo Nersant, e a Lusoflora de Verão – Exposição e Venda de Flores e Plantas de Portugal, organizada pela APPFN.

A Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo, apresenta-se, assim, como um espaço privilegiado de contactos e negócios, além de ser uma oportunidade para as empresas promoverem os seus produtos ou os seus serviços.

ENTRADAS

Bilhete Simples: 7,00 €  (Permite uma única entrada)

Cadernetas de 10 Bilhetes: 45,00 € (Cada bilhete permite uma única entrada. À venda até 5 de junho)

Livre-Trânsito: 20,00 € (O Livre – Trânsito permite visitar a feira a qualquer hora e várias vezes por dia)

Dia 8 de Junho: Entrada Gratuita

Todos os Dias: Entrada gratuita para crianças até aos 11 anos (inclusive)

Parque de Estacionamento: Gratuito

Nota: O Bilhete Simples, o Livre – Trânsito e as Cadernetas de Bilhetes permitem o acesso à Feira Nacional de Agricultura e aos espectáculos

Assunção Cristas: “Há muita gente a querer investir” em negócios agrícolas

18/2/2015, 21:40

Com foco nos jovens agricultores e a preparar legislação para apoiar mercados de proximidade e produção local, a ministra da Agricultura e do Mar avançou que não existe falta de investimento no setor.


Ministra diz que os jovens empresários agrícolas estão mais sofisticados
NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA


A ministra da Agricultura e do Mar disse esta quarta-feira que não sente que haja falta de investimento privado no setor agrícola, em Portugal. "Há muita gente a querer investir e vemos a banca interessada. As críticas que ouvia há três anos – de que era difícil obter financiamento bancário – já não ouço", disse Assunção Cristas ao Observador, à margem de uma conferência na AESE – Escola de Direção e Negócios.

A ministra explicou, durante a conferência que integrava uma sessão do GAIN – Programa de Direção de Empresas Agrícolas e Agroindustriais, que a prioridade do Governo era apoiar os jovens agricultores, agora com mais habilitações do que aquele que era o típico agricultor português, antes com 63 anos e quarto ano de escolaridade.

"Neste mandato, instalaram-se 5.596 jovens agricultores, pessoas que foram buscar os vários instrumentos que têm ao seu dispor" para lançar os seus próprios negócios, avançou a ministra, acrescentando que por cada empresa que encerra no país, nascem 6,7 novas empresas.

"Discriminamos favoravelmente os jovens agricultores. Utilizamos a maior flexibilização que as normas europeias nos permitem", para apoiá-los, referiu.

O Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), para apoiar jovens agricultores (entre 18 e 40 anos) vai abrir candidaturas a 20 de fevereiro. De acordo com a ministra, o programa comporta um prémio à instalação, a fundo perdido, que pode variar entre 15 mil e 31,5 mil euros. "Além disso, há uma majoração, um apoio ao investimento em concreto que, tipicamente, será de 50%, mas que pode ser mais se o jovem pertencer a uma organização de produtores, por exemplo", disse. Para poderem receber este apoio, os jovens têm de fazer um investimento mínimo na casa dos 55 mil euros.

"A medida está pensada para dar o incentivo máximo, garantindo, no entanto, que o jovem agricultor tem de pôr sempre uma parte do seu dinheiro, 10%. É uma maneira de termos também o compromisso do próprio jovem, de que se vai empenhar no projeto", explica ao Observador.

Além desta medida, o Governo está a trabalhar num diploma ligado aos mercados de proximidade, ou seja, aquele em que há uma venda direta do produtor ao consumidor. A nova legislação pretende, por um lado, simplificar medidas e, por outro, ajudar à venda direta.

"Há gente que vive da terra e que nem isso está a conseguir fazer. É preciso dar reposta a estas situações. Estamos a trabalhar em legislação que possa apoiar os projetos de proximidade. Se, por um lado, temos um mundo globalizado, também temos outro que valoriza a produção local. E temos de permitir que as pessoas deem resposta a estas duas situações", referiu.

Outro dos enfoques do Ministério passa por dar espaço aos pequenos produtores. Mas Assunção Cristas alerta: é preciso que se saibam organizar e concentrarem-se de forma a poderem ganhar escala, juntos. "Não é preciso as pessoas perderem a sua identidade, mas devem perceber que há estratégias para que sejam mais bem-sucedidas", disse, acrescentando que "não vale a pena querer transformar a realidade do país, se essa realidade é valiosa".

Assunção Cristas referiu ainda que o país está a assistir a uma transformação no setor: se por um lado o número de pessoas empregadas é menor, por outro, há cada vez mais empreendedores. "A atividade agrícola tem-se vindo a transformar. Tem menos empregados, mas mais empresas, mais jovens agricultores e mais sofisticados", referiu.

Exportações de cevada da UE podem alcançar recorde

17-02-2015 
 

 
As exportações de cevada comunitária seguem a um bom ritmo, apesar na última semana os certificados de exportação terem baixado em relação à semana anterior.

Na semana 33 da campanha de 01 de Julho de 2014 a 30 de Junho, foram solicitados certificados de exportação por 142 mil toneladas frente às 310 mil da semana 32. No entanto, nas primeiras 33 semanas da campanha o total exportado assinalou 5.546.078 toneladas.

Para esta campanha 2014/2015 espera-se que as exportações possam alcançar um valor recorde de oito milhões de toneladas devido à boa procura de cevada forrageira na China e na Arábia Saudita e de cevada para cerveja, também na China. Desta forma seria ultrapassado o recorde da campanha, na qual foram exportadas 5,7 milhões de toneladas.

Fonte: Agrodigital


Doenças provocam quebra de 20 por cento na produção de azeitona para azeite

18-02-2015 
 

 
Os problemas fitossanitários que afectaram os olivais tradicionais vão provocar uma redução de 20 por cento na produção de azeitona para azeite, cuja qualidade deve ser também inferior ao normal, estimou o Instituto Nacional de Estatística.

Nas previsões agrícolas divulgadas esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta que a actual campanha oleícola se deve fixar nas 507 mil toneladas, 634 mil na anterior campanha, ficando ainda assim cinco por cento acima da média dos últimos cinco anos.

A quebra de produção nos olivais intensivos, sujeitos a práticas culturais e cuidados fitossanitários mais adequados, foi menor do que a verificada nos olivais tradicionais, destaca o INE.

A qualidade do azeite produzido foi também afectada pelas condições deficientes de uma parte considerável das azeitonas recebidas nos lagares, ficando a proporção de azeite virgem extra obtido abaixo do normal. Já a área de cereais de Inverno deve manter-se face à campanha anterior.

As baixas temperaturas de Dezembro e Janeiro, apesar de terem retardado a germinação e crescimento dos cereais semeados nesses meses, beneficiaram o desenvolvimento dos já instalados, perspectivando-se um aumento de produtividade nestas culturas, que na aveia deve rondar os 15 por cento.

Anexo: INE - Previsões Agrícolas (31 de Janeiro de 2015)  

Fonte: Lusa


Presidente da República condecora sete personalidades da vitivinicultura

18-02-2015 
  
O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar esta quarta-feira, no Porto, sete personalidades ligadas à vitivinicultura, recebendo Paul Symington o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

À agência Lusa, a Presidência da República antecipou os sete nomes ligados ao sector do vinho que vão ser agraciados na cerimónia de condecoração que decorre às 19:30 horas, no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Porto.

Paul Symington, da Symington Family Estates, vai ser condecorado por Cavaco Silva Grande-Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

Álvaro Castro (Quinta da Pellada), Anselmo Mendes (Alvarinho), Dirk Niepoort (Niepoort) e Jorge Dias (Gran Cruz Porto) serão agraciados com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

O grau de Oficial da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Agrícola, será atribuído pelo Presidente da República a Olga Martins (Lavradores da Feitoria) e Sandra Tavares da Silva (Quinta do Vale D. Maria).

Fonte: Lusa

Plano nacional para recursos genéticos vegetais pronto este mês

16-02-2015 
 

 
O plano estratégico nacional para os recursos genéticos vegetais, que visa a conservação das espécies e a valorização económica da actividade agrícola, estará pronto até ao final deste mês.

O anúncio foi feito por Ana Maria Barata, responsável do Banco Português de Germoplasma Vegetal do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, durante uma visita do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Brito.

O governante afirmou que aquele plano estratégico irá beneficiar, desde logo, os agricultores portugueses, que terão acesso a recursos genéticos que lhes darão a possibilidade de porem no mercado produtos inovadores e diferenciados, logo mais competitivos.

«A nossa agricultura não é de quantidade, mas sim de qualidade. Deve apostar no tradicional. Para isso, precisamos dos nossos recursos genéticos, que são diferenciados», referiu Nuno Brito.

Ana Maria Barata garantiu que o plano estratégico estará pronto ainda este mês, pondo «todo o país a trabalhar em prol da conservação dos recursos genéticos». Instalado em Braga desde 1977, o Banco Português de Germoplasma Vegetal já realizou 115 missões de colheita, essencialmente no país, estando actualmente ali conservadas mais de 100 espécies, num total de 44.752 unidades. São, sobretudo, espécies para a alimentação e a agricultura.

«A nossa ambição é sermos um centro de competências de recursos genéticos em Portugal», afirmou Ana Barata. Quem efectuar «levantamentos» naquele banco tem de assumir que vai multiplicar as sementes, para assegurar a sobrevivência das espécies. «Os recursos genéticos vegetais são muito importantes, sobretudo neste momento tão complicado de alterações climáticas», disse ainda Nuno Brito.

Fonte: Lusa

Cooperativa Fonterra abre fábrica na Europa

 18-02-2015 
  
A cooperativa neozelandesa Fonterra já tem uma fábrica na Europa. Em conjunto com a empresa holandesa A-Ware Foods, abriu as suas primeiras instalações europeias na localidade holandesa de Heerenveen.

A nova fábrica, que ocupa 16 mil metros quadrados e emprega 50 pessoas, será dedicada à produção de ingredientes de lacticínios para nutrição infantil, prevendo uma produção de cinco mil toneladas de soro de leite e 25 mil toneladas de lactose por ano.

A Fonterra não quer perder o caminho para o mercado chinês, em especial de leites infantis, pelo que decidiu instalar-se na Europa para poder competir melhor.

Fonte: Agrodigital

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Secretário de Estado tranquiliza produtores de queijo Serra da Estrela sobre utilização de cardo


Posted by Claudia Trindade


O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Viera de Brito, tranquilizou hoje os produtores de queijo Serra da Estrela sobre a utilização do cardo na produção daquele produto tradicional.

Durante uma visita à feira do queijo de Seia o governante foi questionado pelos produtores e pelo presidente da autarquia sobre a diretiva europeia que determina que seja apresentado um pedido de autorização para o uso de qualquer enzima em produtos alimentares, como é o caso do cardo, utilizado na confeção do queijo tradicional daquela região.

"Entregamos no dia 24 de fevereiro próximo, o dossier na Comissão Europeia no sentido de que toda a parte analítica do cardo, que é importante não só para o queijo Serra da Estrela mas também para todos os outros queijos tradicionais, possa continuar a ser utilizado", disse hoje à agência Lusa o governante.

Segundo Nuno Viera de Brito, a diretiva comunitária obrigava a uma caraterização das enzimas, até 11 de março, assegurando que Portugal irá entregar o dossier "antes do prazo".

"Vamos entregar no dia 24, vai ser analisado, mas obviamente que temos estado a fazer [o processo] em companhia com a Comissão Europeia e, portanto, sim, [os produtores] podem estar tranquilizados e continuar a produzir bem o nosso queijo da Serra", afirmou.

O governante falou do assunto após o presidente da câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo, ter dito que a possibilidade de o cardo deixar de ser utilizado no fabrico do queijo era um cenário "ridículo", porque colocava em causa a sua produção pelos métodos ancestrais.

A garantia do secretário de Estado tranquilizou os produtores de queijo e também a Associação de Artesãos da Serra da Estrela que tem cerca de 700 associados nos vários setores, sendo cerca de 70 produtores de queijo.

"Estamos muitos mais descansados" disse à Lusa o seu presidente, João Amaral.

A indicação da entrega do dossier em Bruxelas, "garante que a questão não cai em saco roto" e merece a atenção do Governo, acrescentou.

"A acontecer prescindirmos do cardo para produzir o queijo da Serra da Estrela era estarmos a viciar o jogo, era estarmos a viciar o produto e era estarmos a dar indicação àquelas pessoas que mantêm os saberes sobre esta matéria, que não vale a pena preservar tradições porque a inovação ultrapassa de forma errada aquilo que é a tradição", declarou.

O produtor de queijo Pedro Gomes disse acreditar "que todas as entidades estão a fazer todo o esforço para tipificar" a enzima do cardo.

"Não deixaremos nunca de produzir queijo Serra da Estrela sem o cardo, que é o terceiro ingrediente fundamental, para além do leite e do sal, e, estou certo que o assunto será ultrapassado sem qualquer problema", concluiu.

Já o produtor Élio Silva referiu que o cardo "é essencial" para a produção do queijo, por isso ficou "mais descansado" após ouvir as declarações do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A mais recente "fotografia" da agricultura



Armando Sevinate Pinto

15/02/2015 - 11:40

Dados do INE mostram que Portugal perdeu 40.800 explorações agrícolas em cinco anos.


Foi há pouco tempo publicado pelo INE o resultado da mais recente "fotografia" do sector agrícola português, na sequência do "Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas", realizado em 2013. Este Inquérito, obrigatório entre recenseamentos gerais que se realizam de dez em dez anos, é a primeira operação censitária após o Recenseamento Geral Agrícola de 2009.

Ficou-se a saber que, em 2013, havia 264 000 explorações agrícolas em Portugal. Menos 40.800 do que em 2009, ainda que a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) tenha continuado a ser de cerca de 3,6 milhões de hectares (39,5% do território nacional). A dimensão média das explorações passou, assim, de 12 para 13,8 hectares, em quatro anos.

A dimensão média permanece regionalmente muito heterogénea, variando de um mínimo de 6,5 ha de SAU/ exploração, no Norte e Centro, a um máximo de 56,9 ha, no Alentejo, se não contarmos com o caso especial da Madeira em que é de 0,4 ha por exploração.

A SAU continua muito concentrada uma vez que, um pouco mais de 1000 explorações com mais de 500 ha de SAU, gerem mais de um milhão de ha, enquanto que 191.000 explorações (72% do número total), com menos de 5 ha, são responsáveis, apenas, por 340 000 ha (9,4% da SAU total).

Desde 2009, as explorações que deixaram a actividade foram quase exclusivamente de pequena e muito pequena dimensão, com áreas inferiores a 5 ha, sobretudo nas regiões de Lisboa e do Centro. O número de produtores singulares decresceu quase 15% enquanto que o número de sociedades agrícolas aumentou 47% e exploram 1/3 da SAU nacional, detendo praticamente o mesmo número de animais do que os produtores singulares.

A ocupação cultural da SAU sofreu, apenas, pequenas oscilações. A estrutura de base manteve-se muito aproximada da apurada em 2009, com cerca de 50% de pastagens permanentes (1), 30% de terras aráveis (2) e 20% de culturas permanentes (3). A área de terras aráveis decresceu 6,2%, em especial no que se refere aos cereais de Outono/Inverno, ao contrário do que aconteceu com as culturas permanentes e com as pastagens permanentes, cuja área aumentou, ainda que moderadamente.

Curiosamente e desmentindo uma opinião que, erradamente, se tem generalizado entre os portugueses, a "Superfície Agrícola Não Utilizada" (4), que em 2009 se estimava ser de 128.000 ha, sofreu uma redução de 21%, (27.000 ha) passando a representar apenas 2,7% da SAU total, quando atingia 3,5% em 2009 e 5,3% em 1999.

Quanto à "Dimensão Económica das Explorações", o INE confirmou que se mantêm as tendências de crescimento mas que continuam a existir grandes assimetrias. Para aferir esta dimensão e para a repartir por classes o INE utiliza o " Valor da Produção Padrão Total (VPPT) e concluiu que a média deste indicador atingiu 17.100 euros por exploração, o que representa um crescimento de 12,5% relativamente a 2009.

O Inquérito revela que as grandes unidades de produção (mais de 100.000 euros de VPPT), apesar de representarem apenas 3,3 % do número total das explorações, produzem anualmente 58% do VPPT nacional. Em contrapartida, mais de ¾ das explorações são muito pequenas, geram valores inferiores a 8000 euros e contribuem, apenas, para 11% do VPPT nacional.

A "Orientação Técnico/económica da Explorações" revela uma crescente especialização da agricultura. Em 70% das explorações, mais de 2/3 do seu rendimento provem exclusivamente de uma única actividade. São as explorações pecuárias as que apresentam maior dimensão económica, seguidas da horticultura e da floricultura.

Por outro lado, constata-se que a produção padrão de cada hectare regado é cerca de sete vezes superior à produção em condições de sequeiro. Em comparação com a União Europeia, verificou-se que a dimensão económica média das explorações nacionais apenas atinge 2/3 do valor alcançado na UE a 28, sendo que a produtividade da mão-de-obra nacional (14.000 euros por unidade de trabalho anual) fica a menos de metade da média europeia (31000), revelando, a partir deste indicador, um elemento negativo importante da nossa competitividade.

Os dirigentes das explorações portuguesas são comparativamente mais velhos do que na UE, uma vez que mais de metade tem mais de 65 anos, enquanto que na UE este indicador não ultrapassa os 30%.

Também se concluiu pelo inquérito que a população agrícola familiar, formada pelo produtor e pelos membros do seu agregado doméstico, quer tenham ou não trabalhado na exploração, é constituída por 674.000 indivíduos (6,5% da população total residente em Portugal).

Por outro lado, dos agregados domésticos dos produtores, apenas 6,2% declararam que o seu rendimento resultava exclusivamente da actividade na exploração agrícola, enquanto que, em 81% dos casos, os rendimentos provinham maioritariamente de origens exteriores às explorações. Praticamente 2/3 dos agregados declararam receber pensões de reforma, o que está naturalmente relacionado com a idade avançada da população agrícola, cujo índice de envelhecimento médio é cinco vezes superior ao da população não agrícola.

Uma interpretação pessoal dos resultados deste inquérito permite-me concluir que se verifica uma evolução estrutural na agricultura portuguesa, quase sempre no bom sentido. Maiores explorações, mais empresas, menos agricultores mas mais produtivos. Contudo, essa evolução é, não só, excessivamente lenta como muito insuficiente para nos permitir globalmente (em todos os sectores e regiões) enfrentar a concorrência global a que actualmente estamos submetidos.

Dito isto, é bom esclarecer que estivemos a falar essencialmente de médias. Como é evidente, as médias mascaram muito a realidade agrícola nacional que ainda é profundamente heterogénea, como ficou demonstrado pelos resultados expostos por este inquérito.

Temos hoje uma agricultura muito polarizada. Por um lado, uma agricultura que já tem muita influência, com poucos agricultores dispondo de estruturas produtivas favoráveis (áreas, regadio, aparelhos produtivos), moderna, profissionalizada, desenvolvida, competitiva e cada vez mais especializada, com resultados económicos significativamente superiores à média. Por outro lado, uma agricultura, ainda fortemente camponesa, com um elevadíssimo número de pequenos e muito pequenos agricultores, muito envelhecidos, pouco qualificados e auferindo de rendimentos baixíssimos que só tornam possível a sua sobrevivência, ainda assim bastante penosa, porque são complementados com outros rendimentos, designadamente reformas, com origem fora das explorações agrícolas. São duas realidades muito distintas, mas que são frequentemente amalgamadas dificultando qualquer tipo de análise útil e séria, bem como a apreensão pública da realidade agrícola nacional e, infelizmente, muitas vezes, uma acção política esclarecida.

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(1) Terras de pastagem que ocupam o solo por períodos superiores a 5 anos

(2) Terras de culturas temporárias, de sementeiras anuais, ou com intervalos que não excedam 5 anos, incluindo, por isso, os pousios.

(3) Culturas, como os pomares, os olivais e as vinhas que ocupam o solo durante largos períodos e dão origem a repetidas colheitas, excluindo-se as pastagens permanentes

(4) Segundo a definição do INE, trata-se de superfícies agrícolas anteriormente utilizadas mas que deixaram de o ser, por razões económicas, sociais ou outras.

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Engenheiro agrónomo (ISA)