sexta-feira, 3 de junho de 2016

Guia de Comercialização de Cortiça no Campo (DOWNLOAD DO PDF)


Capa_Guia_CortiaUm dos Resultados do Projeto "CORKNOW-HOW: CONHECIMENTO SUBERÍCOLA EM REDE" cofinanciado pelo FEADER - A Europa investe nas zonas rurais - no âmbito do Programa da Rede Rural Nacional.

Portugal é o principal produtor mundial de cortiça e esta é uma atividade com grande representatividade nas exportações nacionais. No entanto, diversos fatores estão a reduzir o valor económico dos Montados de Sobro, representando uma grande ameaça para a sustentabilidade destas importantes paisagens e, consequentemente, para territórios onde a sua influência é determinante enquanto motor de desenvolvimento económico. Os territórios produtores de cortiça sofrem, como a generalidade das zonas rurais, de forte êxodo de pessoas e de atividades económicas.

O reforço da competitividade dos produtores suberícolas, depende, entre outros fatores, da melhoria da qualidade do processo produtivo, da sustentabilidade do montado de sobro e da divulgação de métodos e práticas inovadoras aplicados às várias fases do ciclo de produção e comercialização da cortiça.

O Guia de Comercialização de Cortiça no campo pretende servir como apoio ao produtor suberícola, abordando as questões logísticas da tirada, forma de comercialização, técnicas de empilhamento, teor de humidade, custos de extração e de produção, produtividade, etc.


3 mil garrafas de vinho estagiam quatro meses em alto mar


por Ana Rita Costa- 2 Junho, 2016

No próximo dia 7 de junho cerca de 3 mil garrafas de vinho DOC Douro partem num navio bacalhoeiro rumo ao Canadá, onde estagiarão durante quatro meses, em alto mar. Depois deste período nascerá o Poseidon, o novo vinho do produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas, que decidiu aproveitar a 'boleia' de um navio de pesca para que o seu vinho estagiasse em alto mar.

"O vinho vai estagiar cerca de quatro meses em alto mar, a bordo do navio Coimbra. O desafio surgiu do Clube de Oficiais da Marinha Mercante, o qual aceitamos de imediato. Acredita-se que o 'vinho da volta', tal como era chamado, ganha características únicas, graças a um envelhecimento precoce, o qual é provocado pelo balanço e pela travessia oceânica", explica Manuel Dias, proprietário da Lua Cheia em Vinhas Velhas.

As garrafas, de uma Reserva Especial de 2014, já foram carregadas no navio e a partida acontece na próxima semana, a partir do Porto de Aveiro. A chegada ao Canadá, a St. John's, acontece no final de julho. Ao regressar a Portugal, em setembro, as 3 mil garrafas serão rotuladas e vendidas no mercado sob o nome de Poseidon.

Bruxelas dá três meses a Portugal para designar zonas especiais de conservação


LUSA 26/05/2016 - 13:45

País deve designar zonas senão o caso será submetido à apreciação do Tribunal de Justiça da UE

 
DANIEL ROCHA
 
A Comissão Europeia deu esta quinta-feira um prazo de três meses para Portugal designar as Zonas Especiais de Conservação (ZEC) nas regiões atlântica e mediterrânica, no âmbito da rede Natura 2000.

"Foi solicitado a Portugal que designasse sete ZEC na região atlântica até 7 de Dezembro de 2010 e 54 Sítios de Importância Comunitária (SIC) na região mediterrânica até 19 de Julho de 2012. Até à data, não foi designada nenhuma região", diz a Comissão Europeia, num parecer fundamentado divulgado esta quinta-feira.

O parecer estipula um prazo de três meses para resposta, sob pena de o caso poder ser submetido à apreciação do Tribunal de Justiça da UE. A Comissão Europeia salienta ainda que "as autoridades portuguesas não estabeleceram ainda as medidas de conservação necessárias para todos os sítios restantes",

Uma lacuna que Bruxelas classifica como "significativa" e que leva a uma "não correta protecção e gestão das áreas protegidas, além de constituir uma importante ameaça para o bom funcionamento e a coerência da rede Natura 2000 no seu conjunto".

Candidaturas para Investimentos em Produtos Florestais do PDR 2020 já abriram


por Ana Rita Costa- 30 Maio, 2016

O Ministério da Agricultura abre esta semana as candidaturas à 'Operação 4.0.1.' do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, que diz respeito aos Investimentos em Produtos Florestais. De acordo com o ministério, a medida tem uma dotação orçamental de 6 milhões de euros e pretende reforçar a capacidade produtiva das PME do setor florestal, promovendo a modernização do tecido empresarial.

Em comunicado, os responsáveis pela pasta da Agricultura explicam que se trata de "aplicar o Programa do Governo para esta área, tendo em conta que as opções políticas do Governo refletem uma grande aposta no setor, sobretudo ao nível da melhoria da produtividade das operações florestais".

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, refere que a prioridade é "recuperar o atraso na execução do PDR 2020, e isso está a ser conseguido". O Ministro tem referido que "as aprovações decorrem a um ritmo que ultrapassa as mil candidaturas por mês" e que "a execução está igualmente a entrar num ritmo de normalidade".

As candidaturas a esta medida estarão abertas até 16 de setembro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugura a 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Ribatejo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugura a 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Ribatejo no próximo sábado, dia 4 de Junho, às 11h30.

O certame, que, como é habitual, decorre no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, recebe, durante nove dias (de 4 e 12 de junho), a maior e mais antiga feira do setor Agrícola, este ano associada à temática da "Fruta Portuguesa".

A programação da FNA de 2016 é a mais completa e ambiciosa de sempre, prevendo-se uma adesão de cerca de 180 mil visitantes e 40 mil profissionais.

Com uma área útil de 33.115 m2, a FNA apresenta inúmeros motivos para uma visita de lazer ou de negócio. Para as famílias que procuram descontração e animação, o evento oferece gastronomia de qualidade, artesanato e vários espetáculos ao vivo. Para os profissionais, que pretendem desenvolver negócios e parcerias, a FNA é o mais importante ponto de encontro da Agricultura nacional, indispensável para trocar experiências, debater e refletir sobre o futuro do setor.

CNEMA
 

George Stilwell vence Prémio Veterinário do Ano


por Sónia Ramalho- 27 Maio, 2016

O médico veterinário George Stilwell foi o vencedor do Prémio Veterinário do Ano – Animais de Produção nos Prémios Veterinária Atual 2016. A iniciativa, promovida pela revista Veterinária Atual, revista editada pelo mesmo grupo que detém a revista VIDA RURAL, destaca os profissionais que, na opinião do júri, mais se distinguiram na medicina veterinária em Portugal.

Por se encontrar ausente do país, num congresso de medicina veterinária na Austrália, George Stilwell foi representado pelo filho Tomaz Stilwell, que recebeu o prémio e leu o discurso de agradecimento.

"Agradeço muito este prémio e fico honrado por haver colegas, pelo menos a maioria dos membros do júri, que votou no meu nome, que consideram que tive mérito no trabalho que tenho mantido nestas últimas três décadas".

"Faz em julho 30 anos que me licenciei e nestes anos tenho feito um esforço por melhor servir a nossa classe, os animais sob os meus cuidados, através de uma constante atualização científica e um esforço por seguir princípios de ética e deontologia que julgo imprescindíveis na nossa profissão".

"Daqui resulta o meu regresso à faculdade, depois de 15 anos de prática liberal, o meu interesse na investigação e na saúde e bem-estar animal e o meu envolvimento próximo em algumas organizações científicas e profissionais. Deste meu percurso resulta menos tempo para a vida familiar, mas se fosse diferente de certeza que não me sentiria suficientemente realizado. É por isso que gostaria de deixar uma palavra de agradecimento à minha família, que poderá ter sentido algumas ausências e falta de tempo, mas o apoio deles nunca faltou e a prova disso é o meu filho estar aqui hoje a representar-me".

UE perdeu 2,2 mil milhões com embargo russo


por Ana Rita Costa- 31 Maio, 2016

Com o embargo russo aos produtos agrícolas da União Europeia, a agricultura da UE perdeu cerca de 2,2 mil milhões de euros entre abril de 2015 e março de 2016. De acordo com o jornal Público, no período em análise, as exportações de bens agrícolas e alimentares da União Europeia para a Rússia atingiram os 5,5 mil milhões de euros, menos 29 pontos percentuais do que no período homólogo.

Um relatório publicado pelo Parlamento Europeu em 2015 já indicava que com o embargo russo se poderiam perder cerca de 130 mil postos de trabalho no setor agrícola, contudo, a Comissão Europeia, diz o Público, "desdramatiza" e refere que "a maioria dos setores afetados conseguiu encontrar mercados alternativos quer dentro, quer fora da Europa".

Entre os mais afetados estão os produtores de frutícolas, leite e suínos, com Portugal na dianteira a enfrentar uma das maiores crises.

De acordo com a publicação, "a Rússia era o segundo maior comprador de produtos agrícolas da União Europeia e 73% dos bens embargados eram fornecidos pelos Estados-membros da UE."


No que a Portugal diz respeito, a Rússia surge no 15º lugar enquanto um dos maiores clientes de produtos agrícolas, graças a produtos como o vinho e o azeite, que ficaram de fora do embargo.


Quase metade das colmeias dos EUA despareceram no último ano


por Ana Rita Costa- 24 Maio, 2016

Cerca de metade das colmeias dos Estados Unidos da América desapareceram no último ano. A conclusão é de um estudo realizado entre abril de 2015 e abril de 2016, financiado pelo Departamento de Agricultura dos EUA, e que mostra que 44% das colmeias que existiam há um ano atrás já não existem hoje.

De acordo com os autores do estudo, estes dados revelam um agravamento face ao período homólogo, em que as perdas de colmeias atingiram os 40%.

Entre os fatores que podem estar por detrás destas perdas, os investigadores indicam que os principais culpados poderão ser problemas sanitários, especialmente motivados por problemas de nutrição e pesticidas. Por outro lado, de acordo com os investigadores, poderão estar problemas de gestão e controlo do parasita 'varroa', que afeta as colónias de abelhas de mel.

Ministro pede uma PAC «mais justa entre Estados-membros e agricultores»



 31 Maio 2016, terça-feira  Política AgrícolaAgricultura

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, que participa, nos dias 30 e 31 de maio, no conselho informal de Ministros da Agricultura da União Europeia, em Eindhoven, na Holanda, pediu à UE uma Política Agrícola Comum (PAC) «mais justa e equitativa entre Estados-membros e agricultores».
PAC
Organizado pela presidência holandesa da União Europeia, este Conselho é o primeiro momento em que os ministros da Agricultura europeus se pronunciarão sobre os contornos da PAC para o período pós-2020.
«Existe a necessidade de tornar a PAC mais justa e equitativa entre Estados-membros e os agricultores», sublinhou Capoulas Santos, acrescentando que «é igualmente importante promover a discriminação positiva da pequena agricultura e das práticas agrícolas amigas do ambiente».
O governante concluiu, afirmando ainda que é preciso «assegurar a sustentabilidade económica, social e ambiental desta atividade [a agricultura] de importância vital para todos os cidadãos».

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Seminário CNA "Tratados de Livre Comércio - Impactos na Agricultura e Florestas" - Feira Nacional da Agricultura (Santarém)

Feira Nacional de Agricultura – 2016  –  Santarém

CNA  promove SEMINÁRIO
                       
      TRATADOS DE "LIVRE" COMÉRCIO – IMPACTOS  NA  AGRICULTURA  E  FLORESTAS
5 de Junho (domingo)  |   das 10h30   às  13 h  |   

CNA promove, no próximo Domingo, dia 5 de Junho, um Seminário (início às 10 h 30) sobre o tema "Tratados de Livre Comércio - Impactos na Agricultura e Florestas", no recinto da Feira Nacional de Agricultura (Sala Scallabis), em Santarém. 

Este Seminário pretende debater e esclarecer os Agricultores, e a população em geral, sobre os impactos dos "Tratados de Livre Comércio" – como é o caso do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento – o TTIP sigla em inglês – na Agricultura e nas Florestas.

São oradores Pedro Santos, da Direcção da CNA, e Miguel Viegas, Eurodeputado (PCP) e membro da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.
Após estas intervenções, há espaço para debate.

ANEXO: Cartaz / Programa

Coimbra, 1 de Junho de 2016
A Direcção da CNA

Governo prolonga prazo para apresentação dos Pedidos de Ajuda à Atividade Agrícola



O Governo decidiu prolongar o prazo de apresentação de Pedidos de Ajuda à Atividade Agrícola, no âmbito do Regime de Pagamento Único, por mais 15 dias.

Segundo o Ministro da Agricultura, a decisão foi tomada "tendo em conta que alguns agricultores não conseguiram apresentar os seus pedidos em tempo útil". Capoulas Santos adiantou ainda que "esta é uma forma de evitar penalizações".

O prazo, que terminava hoje, fica assim aberto até ao próximo dia 15 de junho, sem penalizações.

Lisboa, 31 de maio de 2016

terça-feira, 31 de maio de 2016

Acidentes com tratores causaram 28 mortos e 12 feridos graves desde janeiro

Maio 31
10:55
2016

A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, desde o início do ano, 28 mortos e 12 feridos graves em Portugal continental, devidos a acidentes com tractores agrícolas.

Coimbra foi o distrito com mais mortes nestes cinco meses (cinco), seguido de Braga (quatro), Leiria, Viseu e Castelo Branco (três mortos cada um), Beja, Bragança, Lisboa e Santarém (dois mortos cada um). Os distritos de Viana do Castelo e Vila Real registaram um morto neste período, perfazendo as 28 vítimas mortais, todas com idades acima dos 60 anos.

A GNR assume estar muito preocupada com este flagelo, que, em média, desde Janeiro, provocou quase seis vítimas mortais por mês e apela aos agricultores para que adoptem comportamentos de segurança.

A maioria dos acidentes acontece por capotamento do tractor, tendo como consequência o esmagamento do condutor. O 'arco de Santo António' poderia ter salvado muitos, se fosse usado na altura do acidente, alerta a GNR, referindo-se à barra de ferro em forma de U invertido que pode ser colocada no tractor, sobre a cabeça do condutor, mas não é obrigatória. Em caso de capotamento, esta estrutura pode impedir o esmagamento do condutor.

Esta força de segurança sublinha que tem levado a cabo diversas acções de sensibilização na sua área de actuação de norte a sul de Portugal continental e deixa outros conselhos aos agricultores.

Alertam para não esquecerem a manutenção do veículo, já que o seu mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes; utilizar os acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei; frequentar acções de formação teóricas e práticas; conhecer os riscos da condução de tractores agrícolas e circular com segurança.

A GNR apela, também, para que os agricultores não conduzam sob o efeito do álcool, fadiga ou com excesso de velocidade, pede para que sejam respeitados os limites do tractor, não o sobrecarregando e frisa que transportar passageiros 'à pendura' é proibido e perigoso.

 LUSA

Lista de 20 produtos portugueses a proteger no acordo de comércio UE/EUA

Maio 30
11:58
2016

Para evitar cópias norte-americanas, Portugal tem uma lista de 20 produtos com indicação geográfica que quer salvaguardar, no âmbito do acordo de comércio que está a ser negociado entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA).

A lista faz parte de um conjunto alargado de mais de 100 produtos europeus, que a UE incluiu nas negociações do tratado, segundo Pedro Velasco Martins, um dos negociadores do capítulo sobre propriedade intelectual, que será incluído no Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, mais conhecido pela sigla TTIP.

O jurista destacou que estão a tentar obter protecção para cerca de uma centena e meia de produtos com indicação geográfica, entre os quais 20 portugueses, lembrando que foi Portugal que criou o primeiro regime legal para uma indicação geográfica – a do vinho do Porto, na época do Marquês de Pombal.

Da lista constam 18 produtos agrícolas, entre os quais o Ananás dos Açores, a Pera Rocha do Oeste, os queijos de Nisa, São Jorge e Serra da Estrela, alguns azeites ou a Chouriça de Vinhais, bem como os vinhos do Porto e Madeira.

A lista foi definida, tendo em conta os produtos europeus mais valiosos em termos de vendas, já que os dez mais importantes cobrem dois terços das exportações totais, enquanto outros quase não transpõem as fronteiras do próprio país.

Portugal tem mais de 130 produtos registados como DOP (Denominação de Origem Protegida) ou IGP (Indicação Geográfica Protegida) na base de dados oficial da União Europeia.

O DOP e o IGP são classificações que identificam produtos ou géneros alimentares com o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos excepcionais, de um país, associando a sua qualidade ou características a um meio geográfico específico.

A 14.ª ronda negocial do TTIP deverá ter lugar em Bruxelas, em Junho, em data ainda por anunciar.

LUSA


Governo da Madeira quer tornar agricultura biológica predominante no arquipélago

Maio 30
11:55
2016

O Governo Regional da Madeira revelou que pretende tornar a agricultura biológica predominante na região, tendo definido medidas que visam o aumento da área em 7% e do número de agricultores em 10% ao ano, até 2020.

Segundo Ramiro Pereira, da Direcção de Serviços de Desenvolvimento Agrícola, responsável pela apresentação do Plano Estratégico 2016/2020 para o sector, querem sensibilizar as novas gerações de agricultores, no sentido de tornar a agricultura biológica predominante na Madeira a médio e longo prazo.

O documento foi aprovado em Conselho de Governo e, pouco depois, apresentado publicamente na feira "BIOlogicamente", que decorre no Funchal até 29 de maio.

Actualmente, o número de agricultores biológicos na região autónoma é de 110, contando com os que estão em fase de conversão, para uma área de cultivo de 150 hectares.

O objectivo geral do plano é impulsionar a agricultura biológica de forma significativa, quer em número de produtores, quer em área, considerando que a ilha do Porto Santo, por exemplo, tem condições para se tornar uma zona de produção 100% biológica.

O técnico afirma que é possível alcançar este objectivo, na medida em que o Porto Santo é uma área isolada e não está afectado pelas pragas e doenças mais complicadas. Acrescentou que a realidade fitossanitária permite-nos pensar que será relativamente fácil converter toda a ilha do Porto Santo ao modo de produção biológico, a médio e longo prazo.

Na Madeira, o modo de produção biológico predomina ao nível da fruticultura (43% do total), seguindo-se a horticultura (16%), os frutos secos (14%), a banana (9%), a vinha e pastagens, cada uma delas com cerca de 5%.

Ramiro Pereira salientou, no entanto, que a oferta de produtos biológicos é deficitária e, segundo os dados oficiais, em termos de área de cultivo, até regrediu um pouco.

LUSA

Quase metade das colmeias dos EUA despareceram no último ano


por Ana Rita Costa- 24 Maio, 2016Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
apicultura

Cerca de metade das colmeias dos Estados Unidos da América desapareceram no último ano. A conclusão é de um estudo realizado entre abril de 2015 e abril de 2016, financiado pelo Departamento de Agricultura dos EUA, e que mostra que 44% das colmeias que existiam há um ano atrás já não existem hoje.

De acordo com os autores do estudo, estes dados revelam um agravamento face ao período homólogo, em que as perdas de colmeias atingiram os 40%.

Entre os fatores que podem estar por detrás destas perdas, os investigadores indicam que os principais culpados poderão ser problemas sanitários, especialmente motivados por problemas de nutrição e pesticidas. Por outro lado, de acordo com os investigadores, poderão estar problemas de gestão e controlo do parasita 'varroa', que afeta as colónias de abelhas de mel.

Madeira: produção de banana regista recorde



 25 Maio 2016, quarta-feira  Hortofruticultura & Floricultura

Segundo os últimos números apurados, a banana adquirida pela GESBA – Empresa de Gestão do Setor da Banana no último quadrimestre ascendeu a 4.637.641 quilos.
bananas
Trata-se de um crescimento na ordem dos 23.25% (+874.934 Kg) quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
Os números agora dados a conhecer pela Direção Regional de Agricultura (DRA) da Madeira representam também o melhor quadrimestre de sempre da GESBA desde a sua criação.
Para este crescimento contribuíram todas as categorias principalmente a banana extra, adianta o executivo insular.

Rendimento agrícola da UE cai 4%



 30 Maio 2016, segunda-feira  Política AgrícolaAgricultura

O rendimento agrícola da União Europeia (UE) reduziu em termos reais 4% em 2015, de acordo com a segunda estimativa da Eurostat.
agricultura
Registaram-se grandes diferenças entre Estados-membros, como a Alemanha, com -26%; a Dinamarca, -19,7%; Roménia, com -17,9%; Luxemburgo, com -13,6; Bulgária, -12,1%; Finlândia, -11,6 pontos percentuais; República Checa, -10,8 pontos; Eslováquia, -10,5%; Polónia, -8,9 pontos; Hungria, -6,3; Áustria, -3,9; Países Baixos, -0,8% e os rendimentos por trabalhadora renuiu 2,1%.
O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, considera que estes resultados confirmam a má situação em que se encontram os produtores da UE, com preços baixos de mercado e altos custos de produção.
Para além disso, o embargo russo contribui para piorar a situação, tal como o colapso dos preços do petróleo e o abrandamento no crescimento da procura por parte da China. Por conseguinte, Pesonen considera ainda que a Comissão Europeia deve duplicar os seus esforços para encontrar novos mercados de exportação e aumentar as medidas de promoção e também garantir que a ajuda do pacote acordado em setembro chega aos produtores.
Fonte: Agrodigital

Produção de castanha em perigo


 30 Maio 2016, segunda-feira  Agroflorestal

A produção de castanha em Portugal está ameaçada pela vespa do castanheiro. Trinta autarquias decidiram combater a praga com recurso a parasitas.
vespa
Uma das medidas passa pelo lançamento de parasitas nos soutos e que deverá matar ou pelo menos reduzir esta praga nos soutos.
«O parasita pousa em cima destas galhas fura a galha e vai depositar os ovos junto à larva, sendo que as larvas do parasita alimentam-se das larvas da vespa, paralisando estas últimas», diz José Laranjo, presidente da RefCast - Associação Portuguesa de Castanha.
A doença já atingiu dez mil hectares em todo o país, sendo que o combate à vespa do castanheiro está a ser liderada pela RefCast, com o apoio da Direção Regional de Agricultura e Pesca do Norte e dos 30 municípios envolvidos.
Este ano haverá um atraso na produção e na colheita, garantem produtores.
Fonte: RTP

Anpromis organiza ações de formação sobre o milho


31 Maio, 2016

A Anpromis vai promover durante o mês de junho quatro ações de formação sobre o milho. De acordo com a organização, tratam-se de sessões práticas, em três diferentes zonas de produção, que têm como objetivo analisar o desenvolvimento da cultura "num ano marcado pela instabilidade atmosférica e pela heterogeneidade de diversas searas de milho".

As ações de formação serão ministradas pelo consultor agrícola Albert Porte Laborde, em castelhano, e estão limitadas a 35 pessoas por ação.

Assim, no dia 21 de junho realiza-se uma formação na zona de Vila do Conde, no dia 22 de junho realiza-se a segunda sessão em Coimbra, a 23 de junho a formação ruma à região de Santarém e no dia 24 de junho, para fechar as sessões, a Anpromis organiza a formação na região de Alqueva.

Abertura de Candidaturas para Investimentos em Produtos Florestais no âmbito do PDR 2020

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

O Ministério da Agricultura abre amanhã as candidaturas à Operação 4.0.1. do PDR 2020 – Investimentos em Produtos Florestais.

A medida tem uma dotação orçamental de 6 milhões de euros e tem como objetivo reforçar a capacidade produtiva das pequenas e médias empresas do setor florestal, bem como fomentar a modernização do tecido empresarial do setor.

O Ministro da Agricultura explica que se trata de "aplicar o Programa do Governo para esta área, tendo em conta que as opções políticas do Governo refletem uma grande aposta no setor, sobretudo ao nível da melhoria da produtividade das operações florestais".

Capoulas Santos sublinha que a prioridade é "recuperar o atraso na execução do PDR 2020, e isso está a ser conseguido". O Ministro tem referido que "as aprovações decorrem a um ritmo que ultrapassa as mil candidaturas por mês" e que "a execução está igualmente a entrar num ritmo de normalidade".

As candidaturas a esta medida estarão abertas entre os dias 31 de maio e 16 de setembro. Toda a informação poderá ser consultada no site da Autoridade de Gestão do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 - www.pdr-2020.pt

Lisboa, 30 de maio de 2016

Candidaturas para Investimentos em Produtos Florestais do PDR 2020 já abriram


por Ana Rita Costa- 30 Maio, 2016

O Ministério da Agricultura abre esta semana as candidaturas à 'Operação 4.0.1.' do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, que diz respeito aos Investimentos em Produtos Florestais. De acordo com o ministério, a medida tem uma dotação orçamental de 6 milhões de euros e pretende reforçar a capacidade produtiva das PME do setor florestal, promovendo a modernização do tecido empresarial.

Em comunicado, os responsáveis pela pasta da Agricultura explicam que se trata de "aplicar o Programa do Governo para esta área, tendo em conta que as opções políticas do Governo refletem uma grande aposta no setor, sobretudo ao nível da melhoria da produtividade das operações florestais".

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, refere que a prioridade é "recuperar o atraso na execução do PDR 2020, e isso está a ser conseguido". O Ministro tem referido que "as aprovações decorrem a um ritmo que ultrapassa as mil candidaturas por mês" e que "a execução está igualmente a entrar num ritmo de normalidade".

Ministério quer recuperar atraso do PDR 2020


por Ana Rita Costa- 30 Maio, 2016Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
PDR 2020

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, revelou na passada semana que pretende recuperar o atraso do Programa de Desenvolvimento Rural que se registou após "um excessivo período de candidaturas durante 2015, que entupiram todo o processo decisório".

Durante a sessão de assinatura dos protocolos de articulação funcional com os Grupos de Ação Local, o ministro da Agricultura sublinhou a necessidade de os pedidos de abertura de candidaturas a fundos comunitários serem lançados com brevidade.

"Espero agora que todos os Grupos de Grupos de Ação Local possam rapidamente proceder ao lançamento dos avisos para a abertura das candidaturas, para passar a aprová-las e a executá-las, porque queremos, tão depressa quanto possível, recuperar o atraso que encontrámos no Programa de Desenvolvimento Rural. Estabelecemos um conjunto de metas que nos permitam, eventualmente no horizonte de um ano, conseguir repor a normalidade dos cerca de 26 mil projetos que, entretanto, ao longo dos últimos dois anos e meio, se foram acumulando", explicou ainda Capoulas Santos.

Capoulas Santos revelou também que já tem "um calendário previsional para as decisões finais sobre um conjunto de concursos que foram sucessivamente abertos no ano passado" e afirmou a intenção de reprogramar o PDR 2020 "dentro do enquadramento regulamentar europeu" promovendo alterações que "vão ao encontro das opções políticas do Governo e que pretendem discriminar positivamente a pequena agricultura, que tem sido sistematicamente esquecida nos diferentes quadros comunitários e apoiar de forma mais empenhada o rejuvenescimento do empresariado agrícola".

Agricultura: Aprender com os erros, investir no conhecimento

AGRICULTURA: PRENDER COM OS ERROS, INVESTIR COM CONHECIMENTO
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por barlavento Maio 30, 2016

Muito tem mexido a agricultura do Algarve. Há histórias de sucesso e insucesso empresarial. Um dos fatores essenciais para as empresas progredirem é serem capazes de inovar. Aprenderem com os erros e investirem em conhecimento, experimentação e em parcerias com universidades e centros de saber.

No Algarve podemos identificar agricultores e produtores rurais inovadores, mas também organizações que se adaptaram aos desafios dos mercados, perceber as suas estratégias, as preocupações e as respostas que procuram, o segredo do negócio mas também o sentido de partilha. Há algo de comum em todos eles: um gosto enorme pelo que fazem.

Destaco os jovens agricultores, pela dificuldade que continua a ser o rejuvenescimento agrícola. Apesar de uma nova vaga de gente bem preparada, temos agora menos jovens na agricultura dos que tínhamos há 20 anos atrás. E sabemos como eles qualificam a atividade e estão associados a explorações mais bem dimensionadas. E têm espírito inovador.

Na agricultura de regadio temos investimentos muito interessantes. Jovens que introduzem novas variedades, como na romã ou no diospiro, que relançam produtos que tinham estagnado no mercado, como o abacate, que aplicam novas tecnologias em produções tradicionais, como na figueira e no medronheiro. Jovens que apostam em territórios muito complicados do nordeste algarvio, com solos pobres e com muito pouca água, que inovam na instalação de olivais e querem fazer da região o solar da azeitona de mesa. E que até nos ensinam a temperar as azeitonas britadas com azeite, há volta de um ensopado de borrego.

Temos jovens rurais que adotam modelos de agricultura alternativos, como a permacultura ou a agricultura biológica, que aderem a redes internacionais de voluntários para trocas de experiências e de trabalho na exploração, que transformam, em pequenas cozinhas, os seus produtos e os valorizam em compotas, trufas de figo, manteiga de alfarroba e amêndoa e azeites aromáticos e retiram das salinas não apenas flor de sal como sal líquido, procurando aproveitar tudo. Integram estilos de vida saudável e modelos de negócio rentáveis.

Percebemos, neste roteiro de jovens empreendedores, que conhecem as novas tendências da produção, mais amiga do ambiente, com uso racional de recursos, sem desperdícios, sempre à procura de ter mais qualidade com menos custos. Mas o que os distingue verdadeiramente é a inovação organizacional, a multifuncionalidade e a integração de atividades, a atenção aos movimentos sociais e à organização do trabalho, a perceção do mercado e a relação ativa com os clientes.

Tudo isto só é possível com apoio dos fundos comunitários. Por isso, é fundamental agilizar o Programa de Desenvolvimento Rural 2020. Já lá vão dois anos com um programa bloqueado, com decisões de partida erradas e escassez de verbas, sem uma orientação de prioridades, colocando em risco este ciclo de inovação em meio rural.

Termino com um desafio: instalar na região um Observatório de Inovação Agro-Rural, que permita medir, avaliar, acompanhar e transferir conhecimento e tecnologia, modelos de negócio e de organização empresarial.

Opinião de Miguel Freitas | Professor na Universidade do Algarve

CONFERÊNCIA A Produção de Leite de Vacas em Pastagens

Na próxima Quarta-feira, 1 de Junho, irá decorrer na Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE), a conferência intitulada ?A PRODUÇÃO DE LEITE DE VACAS EM PASTAGENS? organizada pela ESAE, a SPPF e a BEL Fromageries, com o apoio da HIPRA
Será também feita a apresentação do "Programa das vacas felizes" (https://www.youtube.com/watch?v=D6YAFLoEtts ) por dois dos seus mentores
(Eduardo Vasconcelos e Paula Gomes).

Programa:
09.15 | Sessão de abertura
09.30 | 1º Painel "Pastagens e produção de leite de vaca"
Moderador - Luís Alcino Conceição (ESAE-IPP)
Pastagens e produção pecuária em Portugal (Francisco Mondragão Rodrigues – SPPF)
Composição das pastagens para vacas leiteiras (Noémia Farinha – ESAE-IPP)
Bem-estar animal na produção de leite de vaca (Ricardo Romão – FMV-UL)
Estratégias de controlo da qualidade do leite em vacas em pastoreio (Luís Pinho - ICBAS)
10.50 | Coffee break - networking
11.15 | 2º Painel "Programa das vacas felizes"
Moderador - Maria da Graça Carvalho (ESAE - IPP)
Os pilares do programa das Vacas Felizes (Eduardo Vasconcelos – BEL)
Inovação e investigação no programa das Vacas Felizes (Paula Gomes – BEL)
Qualidade do leite de vacas em pastagens (José Teixeira – CEB-Universidade do Minho)
12.15 | Mesa Redonda – A produção de leite de vacas em pastagens - a certificação enquanto fator de competitividade
Moderador - Rute Guedes dos Santos (ESAE - IPP)
Diretor-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária
13.00 | Encerramento


domingo, 29 de maio de 2016

Tribunal obriga a reintegrar funcionários da Agricultura dispensados em 2007

PÚBLICO 27/05/2016 - 23:40

Decisão abrange 16 funcionários que tinham sido colocados na mobilidade especial.

 
Jaime Silva foi o ministro responsável pela dispensa destes trabalhadores. RUI GAUDÊNCIO
 
O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa deu razão a 16 funcionários do Ministério da Agricultura que contestaram a sua colocação na mobilidade especial em 2007. Passados quase dez anos, os serviços serão obrigados a reintegrar os trabalhadores (excepto os que entretanto se reformaram) e a pagar-lhes o salário que lhes foi retirado parcialmente.

A decisão foi proferida a 19 de Maio e considera que a colocação daqueles trabalhadores na mobilidade especial (mecanismo para onde eram enviados os trabalhadores excedentes, que entretanto passou a designar-se requalificação), decidida pelo então ministro Jaime Silva, teve "falta de fundamentação".

Em causa está uma acção colocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) em representação de um grupo de 16 funcionários dispensados pelo Governo de José Sócrates (PS) de serviços desconcentrados da Agricultura na região Norte.

O secretário-geral Sintap, José Abraão, disse à Lusa que a decisão do tribunal "demonstrou a injustiça e a irresponsabilidade que foram cometidas ao abrigo da lei da mobilidade especial, que colocou milhares de trabalhadores em casa com redução de salário, prejudicando os funcionários e os serviços públicos".

A decisão do tribunal anula o despacho do Director Regional da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e Pescas, publicado a 25 de Julho de 2007, que colocou em inactividade os trabalhadores considerados excedentários, auferindo 60% do salário.

"Agora estes trabalhadores têm direito a ser reintegrados nos respectivos serviços e a receber a diferença salarial, independentemente de alguns deles já poderem estar aposentados", disse José Abraão.

Os funcionários abrangidos pela decisão eram auxiliares de manutenção, tratadores de animais, auxiliares agrícolas, assistentes administrativos e técnicos.

ASAE apreende cerca de 900 litros de vinho e aguardente em Leiria

28/5/2016, 15:02

As apreensões decorreram na última semana, no âmbito do combate à distribuição e comercialização ilegal de produtos vitivinícolas.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou este sábado a apreensão de cerca de 900 litros de vinho e aguardente e 20 mil rótulos com informação irregular, num armazenista de vinhos do concelho de Leiria.

Em comunicado, a ASAE esclarece que a operação decorreu na última semana, no âmbito do combate à distribuição e comercialização ilegal de produtos vitivinícolas e resultou na apreensão de cerca de 900 garrafas de vinho tinto, vinho licoroso e aguardente bagaceira.

"Como principais infrações detetadas salienta-se a falta de inscrição obrigatória no IVV [Instituto da Vinha e do Vinho] para o comércio por grosso de vinho, derivados deste e subprodutos da vinificação e a inexatidão de menções obrigatórias na rotulagem, bem como inclusão nesta de menções não admitidas pela regulamentação aplicável", informa a ASAE.

O comunicado adianta que as apreensões ascenderam a um valor total a rondar os 2.000 euros, tendo sido instaurados dois processos de contraordenação.

Unidas na promoção do vinho português



Ana Isabel Pereira
28 Maio 2016 às 00:15

Na origem da marca D"Uva - Portugal Wine Girls, um chapéu sob o qual oito herdeiras de casas vinícolas, entre os 30 e os 40 anos, prometem valorizar e promover o vinho português, cá dentro e lá fora, está uma reportagem de Fernando Melo.

Ele chamou-lhes "princesas do vinho" e elas lembraram-se de usar esse pretexto para melhor divulgar aquilo que fazem, bem como o vinho português em geral.

São "produtoras que receberam e têm de dar continuidade a projetos vitivinícolas quase como uma herança". Foi nesse sentido que o jornalista e crítico de vinhos lhes colocou o epíteto, explica Catarina Vieira, da Rocim (Herdade do Rocim, no Alentejo, e Vale da Mata, em Lisboa). A enóloga conta que "houve muita gente a falar" desse texto e que foi esse o mote para o que veio a seguir. "O primeiro objetivo é dinamizar as nossas marcas", detalha Mafalda Guedes, que na Herdade do Peso (Sogrape, Alentejo) tem a seu cargo as vendas internacionais.

Rita Cardoso Pinto, da Quinta do Pinto (Lisboa), tem uma resposta mais contundente: "Simplesmente porque juntas somos melhores. Queremos mostrar aquilo que de melhor Portugal tem e um produtor individualmente tem muito mais dificuldade. Juntas conseguimos mostrar a diversidade portuguesa e valorizamos o património vitivinícola e o nosso património".

O facto de serem mulheres parece ser só um "pormenor", embora Maria Manuel Poças Maia note que "a mulher traz algum equilíbrio e sensibilidade ao setor" do vinho. A responsável pela viticultura da Poças Júnior lembra ainda que "o papel da mulher no mundo do trabalho nos dias de hoje" é diferente do que aconteceu no passado e que isso também permite que surjam projetos como o D"Uva. "Oficialmente, não há nada deste género no nosso país. Lá fora, sim", frisa.

"Somos todas mulheres, mas podíamos ser homens", diz, por seu turno, Rita Fino, da Monte da Penha. O objetivo, nota, é "ganhar escala" e "chegar além-fronteiras". Rita Nabeiro, diretora-geral da Adega Mayor, concorda: "A questão da promoção a nível nacional e internacional é o mais importante. E mais do que falar do que não está feito, queremos perceber e trabalhar sobre o que é possível fazer". "Temos muito trabalho a fazer e precisamos de colocar Portugal nas melhores cartas de vinho e de ter nas lojas uma estante com o nome "Portugal" e não "Outras regiões"", completa Francisca Van Zeller, que é responsável pelas vendas e pelo marketing da Quinta Vale D. Maria e da Van Zellers & Co.

Na apresentação das D"Uva, uma das muitas ações que a marca fará e que decorreu no Porto na última terça-feira, faltou uma "princesa": Luísa Amorim, diretora-geral da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo (Douro).



Portugal escapa ao desaparecimento global das abelhas


SOCIEDADE 29.05.2016 às 8h13


 
PSML / Susana Morais
Morreram quase metade das colmeias nos Estados Unidos ao longo do último ano e em boa parte da Europa a situação também é preocupante. Mas por cá há cada vez mais abelhas, apesar das múltiplas ameaças

RUI ANTUNES
"Se as abelhas desaparecem, o Homem sobreviverá apenas mais quatro anos". Esta citação atribuída a Albert Einstein está cada vez mais presente na cabeça dos apicultores norte-americanos, que no último ano voltaram a sofrer uma perda massiva de colmeias, desta vez na ordem dos 44%, bem acima do valor considerado aceitável nos Estados Unidos (até 20%).

A preocupação com o desaparecimento das abelhas estende-se à Europa, com a França a registar em 2015 uma produção de mel de 17 mil toneladas, contra as 32 mil que era habitual conseguir antes de 1995. Além da França, também Bélgica, Inglaterra e os países da Escandinávia apresentam números elevados de mortes nas colónias de abelhas (todos na casa dos 20 ou 30%), mas Portugal surge em contraciclo. Segundo os dados mais recentes do programa EPILOBEE, da Comissão Europeia, entre o outono de 2013 e o verão de 2014 o nosso país registou uma taxa de mortalidade nas colmeias inferior a 10%, a sétima mais baixa entre os 16 países da União Europeia analisados.

"O efetivo nacional passou de 566 mil colónias de abelhas em 2013 para 619 mil em 2015", adianta à VISÃO Manuel Gonçalves. O presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal destaca a importância dos mais de 50 milhões de euros investidos no setor através de apoios comunitários, o que impulsionou "a chegada à atividade de um grande número de jovens apicultores".

Paulo Russo, do departamento de zootecnia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, reforça esta ideia. "Em Portugal a mortalidade global nunca foi comparável à dos Estados Unidos. Pelo contrário, o efetivo tem vindo a aumentar em parte devido à adesão de um número elevado de jovens com projetos apícolas", sublinha à VISÃO o professor universitário.

Por norma, o número de abelhas diminui no inverno e é reposto até ao verão, quando o bom tempo traz mais alimento e a reprodução dispara. O drama nos Estados Unidos é que, no último ano, a taxa de mortalidade na estação mais quente foi idêntica à da estação mais fria.

"É normal haver mortes durante o inverno, mas o facto de os apicultores estarem a perder abelhas no verão é alarmante", comentou o cientista Dennis van Engelsdorp, que liderou o último estudo nacional realizado na América, em colaboração com o ministério da Agricultura.

A utilização de pesticidas, a contaminação das abelhas pelo ácaro Varroa ou o clima são alguns dos múltiplos fatores que podem explicar o fenómeno, subsistindo muitas divergências na comunidade científica sobre o peso de cada um no colapso das colmeias.

AS MAIORES AMEAÇAS ÀS ABELHAS EM PORTUGAL
Por cá, Manuel Gonçalves nota "uma maior dificuldade para repor as baixas" ocorridas durante o inverno, mas garante que os dados da Comissão Europeia para Portugal (taxa de moralidade de 18,1% em 2012-13 e de 9% em 2013-14) "estão em linha com a perceção dos apicultores no terreno". Ou seja: há anos mais problemáticos do que outros devido à complexidade que envolve a manutenção de uma colmeia.

Como salienta à VISÃO o professor António Murilhas, do departamento de zootecnia da Universidade de Évora, "o Varroa destructor continua a ser uma dor de cabeça praticamente a nível planetário", uma vez que não existe um tratamento 100% eficaz contra este ácaro. Ao disseminar parasitas pelas colmeias, obriga o apicultor a manter um controlo apertado para não deixar o problema alastrar-se a ponto de provocar a morte de todas as abelhas.

Outro foco de ameaça é a Vespa velutina (ou asiática), que desde 2012 se instalou no norte litoral do país e ataca as abelhas. O combate a esta espécie predadora requer muitas vezes intervenção especializada (para aniquilar os seus ninhos), o que levou a Assembleia da República a aprovar, na semana passada, uma campanha de informação sobre o que fazer quando se detetar um ninho. "Se algum dia esta vespa estiver presente em todo o país, pode causar prejuízos de 5 milhões de euros no setor apícola", alerta Manuel Gonçalves.

Já em relação aos pesticidas, "embora presentes", como assinala Paulo Russo, as suas implicações na morte das abelhas "não estão quantificadas" em Portugal. E entretanto, acrescenta António Murilhas, "surgem novos atores em cena, como o fungo Nosema ceranae", já identificado em várias colmeias dizimadas nos Estados Unidos e na Europa e que os cientistas suspeitam ter um efeito devastador quando interage com outro agente. Qual? Ninguém sabe ao certo.

Menos dúvidas oferecem as consequências de uma quebra acentuada da quantidade de abelhas no mundo. Sem a polinização pela qual são responsáveis, frutos como a cereja, o melão, a maçã ou o pêssego ficariam em causa, assim como muitos legumes, casos do nabo ou da abóbora. As plantas polinizadas pelas abelhas também poderiam desaparecer e, por conseguinte, os animais que delas se alimentam, interferindo assim em toda a cadeira alimentar. Daí a suposta declaração fatalista de Einstein sobre o futuro da Humanidade sem abelhas – suposta porque, na mesma medida em que não existem evidências irrefutáveis dos motivos que levam ao colapso das colmeias, também não há provas concretas de que o prémio Nobel da física em 1921 tenha algum dia realizado tal profecia.

Internacionalização da agricultura é “realidade que se afirma a cada dia”, diz Capoulas Santos

28/5/2016, 16:33

Depois de visitar a Feira Agrícola de Lamego, o ministro da Agricultura mostrou-se satisfeito por ter conhecido produtores apostados na exportação de frutas e vinhos.


O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, considerou este sábado que a internacionalização da agricultura portuguesa é cada vez mais uma realidade, com as exportações de produtos agrícolas e pecuários a cresceram 8% no último trimestre. "A internacionalização da nossa agricultura é uma realidade que se afirma a cada dia. No último trimestre, as exportações dos produtos agrícolas e pecuários cresceram 8 por cento, portanto, é um ritmo que queremos que no futuro não só se consolide, mas, se for possível, que aumente", defendeu.

No final de uma visita à Feira Agrícola de Lamego, Capoulas Santos sublinhou que encontrou um clima de grande otimismo entre os produtores, apesar das dificuldades conjunturais que atravessam, devido às adversidades climáticas. "Constatei um clima de grande otimismo, por parte de gente que está a investir, quer investir mais e acredita no futuro. Gente que está a exportar produtos que vão do vinho às frutas", referiu.

Aos jornalistas, disse que não é só importante ter boas plantações, como também boas condições para conservar os produtos. Este foi, aliás, um dos pedidos feito por um produtor de frutas, Joel Francisco, ao representante do Governo. "Gostaríamos de ter apoio financeiro para a construção de frio para melhor conservar a fruta. Temos apoio para a produção, mas falta para a conservação", sustentou.

Sobre o assunto, Capoulas Santos evidenciou que esses apoios já existem, destinados a todos os produtores. "Todos os produtores que pretendam investir, designadamente em infraestruturas de conservação, têm um apoio público que ronda os 50 por cento a fundo perdido, em investimentos que podem ir até aos 4 milhões de euros", apontou.

Na sua visita ao certame, que conta com mais de 150 expositores, uma outra produtora pediu a Capoulas Santos que "não deixe cair [a questão do] o glifosato". Questionado pelos jornalistas sobre o assunto, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural esclareceu que tomou a decisão de proibir um composto deste herbicida, que os estudos apontam como sendo possivelmente cancerígeno.

"Determinei a sua imediata proibição em Portugal e agora há um período de regulamento para aliviar o stock. A questão da utilização do glifosato está pendente na União Europeia, mas já anunciámos há alguns dias no Parlamento que tenciono manter o seu uso na agricultura, uma vez que é aplicado por profissionais com formação e seguindo regras de segurança em termos de saúde", acrescentou. Capoulas Santos disse, ainda, que irá legislar no sentido de determinar alguns limites à utilização desse produto, em áreas urbanas de maior concentração populacional.

"Vamos proibir nos centros urbanos com maior concentração de pessoas e continuar a permitir a sua utilização para fins agrícolas, desde que seja excluído esse componente que se considera possivelmente prejudicial à saúde", concluiu.

A planta que é uma alternativa ao sal: antes era uma praga, agora é uma erva gourmet



28.05.2015 às 9h007
 
A empresa Canal do Peixe explora o potencial económico da Ilha dos Puxadoiros mantendo o foco na sustentabilidade ambiental

Há um investimento na Ilha dos Puxadoiros, na laguna de Aveiro, para o cultivo de uma erva gourmet. Fresca, em conserva ou em pó. A Universidade de Aveiro já estuda outras potencialidades. Acompanhe nas próximas semanas as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO
A salicórnia é uma planta halófita. Cresce espontaneamente em ambientes salinos, como sapais. Outrora vista como erva daninha e utilizada para rações ou alimento de pescadores, sobretudo no norte da Europa, a Salicórnia é hoje alvo de estudo. As suas propriedades têm conduzido a um interesse económico e ao seu desenvolvimento comercial.

Mede entre 30 a 40 centrímetros, assemelha-se aos espargos verdes, daí ser apelidada de "espargos do mar." É igualmente chamada de "sal verde", sendo um tempero alternativo ao sal. Associada com frequência na confeção de peixe e marisco, conceituados chefs internacionais introduzem-na em pratos de carne, nomeadamente borrego.

Esta planta gourmet de cozinha de autor tem cultivo organizado, por exemplo, em França e no Reino Unido, e muito consumida na Holanda. Em Portugal não tem ainda expressão, apesar de ser encontrada ao longo da nossa costa, mais frequentemente nas margens dos canais da ria de Aveiro e Ria Formosa, no Algarve.

As suas características suscitaram a atenção da empresa Canal do Peixe, que se lançou num projeto de valorização e aproveitamento sustentado de produtos endógenos na ilha dos Puxadoiros, ao longo de 42 hectares da ria de Aveiro. Assente em quatro eixos: sal e flor de sal tradicional, aquicultura (produção de ostras),  turismo sustentável e salicórnia (fresca, em conserva e pó). São-lhe atribuídos valores nutricionais pelo teor de vitaminas A, C e D, proteínas, ácidos gordos, cálcio, iodo e magnésio.

À espera de certificação biológica 
O Canal do Peixe - criado em 2007 por sete amigos - fez um investimento de 50 mil euros na recuperação dos terrenos e máquinas para a colheita da salicórnia, revela o administrador Paulo Carpinteiro. Através de estudos de mercado e viagens que fizeram à Holanda e a França, os sócios perceberam que a salicórnia tinha valor. 

De recolectores, à mercê do que a natureza dava, passaram a semeá-la. O remanescente, que não é escoado em fresco, transforma-se em pickles e em pó, processo assegurado por um parceiro. Uma outra parceria, com a Universidade de Aveiro, testa outros derivados inovadores. O ciclo produção estende-se de março, início da sementeira, até novembro, fim da recolha de sementes. Entre maio e agosto decorre a "colheita".
"A participação no prémio era o passo que necessitávamos para evoluir para uma produção sistematizada", destaca o administrador, que diz terem ficado surpreendidos com a seleção para a final do Prémio Intermarché Produção Nacional 2014. O Canal do Peixe está no primeiro ano de produção. Têm o próprio ponto de venda, a Casa da Ria, em pleno centro de Aveiro, mas vendem noutras lojas gourmet. Querem a salicórnia em grandes superfícies. A certificação de método de produção biológico (MPB) está em andamento.


Sistema de Aconselhamento Agrícola e Florestal


Portaria n.º 151/2016, de 5 de maio https://dre.pt/application/conteudo/74539107
Criação do Sistema de Aconselhamento Agrícola e Florestal (SAAF)