sábado, 20 de setembro de 2014

"Devo ser o único português que gostou do verão", diz Miguel Macedo


Publicado às 14.30
 
 
foto HUGO DELGADO/LUSA
"Devo ser o único português que gostou do verão", diz Miguel Macedo
Miguel Macedo durante a inauguração do novo Quartel dos Bombeiros de Riba de Ave
 

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O ministro da Administração Interna reagiu, este sábado, com humor ao relatório provisório que indica que 2014 foi o ano com menor número de incêndios na última década, afirmando que será "o único português que gostou" deste verão.

"Devo ser o único português que gostou do verão que tivemos até agora", referiu o ministro, à margem da inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, em Famalicão.

O relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que 2014 foi o ano em que se registou o menor número de incêndios da última década.

Segundo o relatório, entre 1 de janeiro e 15 de setembro registaram-se 6.958 ocorrências de fogo.

Em comparação com o mesmo período de 2013, as ocorrências de fogo diminuíram para mais de metade.

O relatório destaca ainda que 2014 é o terceiro melhor ano desde 2004 em termos de área de área ardida, com 19.021 hectares de espaços florestais destruídos pelas chamas.

Segundo o mesmo documento, os únicos dois anos com menor área ardida do que 2014, durante a última década, foram 2007 e 2008, com 18.755 e 12.659 hectares, respetivamente.


Entrada em vigor do acordo UE-Ucrânia atrasada

Setembro 17
11:13
2014
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👤por Agroinfo.pt

O acordo comercial UE-Ucrânia começa quase a ser um folhetim.

Concluído com o anterior Presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, esteve para ser assinado no final do ano passado, na Cimeira Europeia de Vilnius, não o sendo mesmo à última da hora, devido à pressão russa. A não assinatura do acordo provocou uma revolta popular na Ucrânia, que levou à queda do Presidente.

O novo Presidente, Petro Poroshenko, voltou às negociações, tendo tudo sido acordado com a União Europeia (UE) e a assinatura do tratado estava prevista para 1 de Novembro deste ano.

Neste momento e a pedido do Presidente ucraniano, a assinatura foi adiada para 2016, de novo devido à pressão russa.

O Presidente Poroshenko argumentou que esta assinatura iria ainda irritar mais os russos, numa altura em que começam a existir hipóteses de entendimento, com a abertura mostrada por Moscovo.

Esta atitude está já a provocar uma onda de ansiedade na Ucrânia, onde a população se começa a interrogar se o seu Presidente não estará a trair os ideais que levaram à sua eleição.

A situação começa a estar muito confusa, pois o apoio da Europa não é feito sem contrapartidas, o que começa a lançar dúvidas sobre as autoridades ucranianas, das vantagens de estar ligada à UE, em vez da Rússia.

Por outro lado, os russos já mostraram, com a anexação da Crimeia, que não estão para brincadeiras, pelo que o Presidente Poroshenko tem de gerir muito bem a sua estratégia para manter a soberania do seu país.

Fonte da imagem - ukrinform.ua

Guerra com tomates para protestar contra o embargo russo


Setembro 16
08:28
2014
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👤por Agroinfo.pt
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Aproveitando a ideia do festival popular espanhol "La Tomatina", em que os participantes atiram tomates uns aos outros, um grupo de jovens agricultores holandeses resolveu recriar,, em Amesterdão uma guerra de tomates para protestar contra o embargo russo.

Os participantes vão dispor de 10.000 kg de tomate para uma luta que durará uma hora.

Cada participante tem de pagar uma inscrição de 15 euros e o dinheiro apurado vai para ajudar os agricultores a atenuar os prejuízos causados pelo embargo russo.

A Holanda era um dos grandes exportadores de tomate para a Rússia, pelo que o impacto do embargo faz-se sentir muito intensamente.

ANEFA discute futuro da floresta a 9 de outubro

por Ana Rita Costa
19 de Setembro - 2014
A ANEFA lançou um ciclo de conferências comemorativos dos seus 25 anos que têm como objetivo discutir várias questões relevantes para o setor. A primeira conferência realiza-se já no próximo dia 9 de outubro, no Centro de Ciência Viva da Floresta de Proença-a-Nova, e irá discutir "Qual o Futuro da nossa Floresta?".

 
A conferência irá discutir temas como "Regime jurídico aplicável às ações de arborização e rearborização (RJAAR)", "Implicações do DL 96/2013 de 19 de julho / Principais indicadores das ações de arborização e rearborização", "Elaboração de projetos de (re)arborização", "O RJAAR e as espécies de crescimento rápido", "O RJAAR e a conservação da Natureza", "Novos modelos de silvicultura", "Resinagem – o renascer de uma atividade" e "Zonas de Intervenção Florestal".

As restantes conferências, que se realizam a 23 de outubro, a 6 de novembro e a 20 de novembro, irão abordar as temáticas "PDR 2014-2020: Desafios e Oportunidades", "Prevenção, obrigações e condicionantes das atividades florestais" e "Espaços Verdes e Jardinagem – Novas abordagens e tecnologias", respetivamente.

Regulamento de Informação ao Consumidor

por Ana Rita Costa
19 de Setembro - 2014
A FIPA- Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares vai promover no próximo dia 29 de setembro, no Hotel Vilá Galé Ópera, em Lisboa uma sessão de esclarecimento sobre a "Aplicação do Regulamento de Informação ao Consumidor".

 
Com a publicação deste regulamento relativo à prestação de informação aos consumidores sobre géneros alimentícios ficam estabelecidas as disposições a aplicar a todos os géneros alimentícios destinados ao consumidor final, incluindo os entregues por coletividade e os destinados a fornecer coletividades.

Esta sessão contará com a presença de Nuno Azevedo, da GS1 Portugal, de Teresa Carrilho, da DGAV e com Catarina Dias, da FIPA.

Para mais informações contacte formação@fipa.pt

Previsões agrícolas do INE apontam para boas campanhas nas pomóideas


Previsões Agrícolas

As previsões agrícolas, em 31 de Agosto, apontam para boas campanhas nas pomóideas, com o rendimento unitário da pêra a aumentar 5%, face a 2013, e o da maçã a manter-se acima das 20 toneladas por hectare. Também as prunóideas beneficiaram de condições favoráveis ao longo do ciclo, estimando-se a maior produção de pêssego da última década (44 mil toneladas) e o regresso da produtividade da amêndoa para valores normais. Em sentido oposto, o kiwi continua a ser afectado por problemas fitossanitários e fisiológicos, que têm nos últimos anos contribuído para uma redução significativa da produtividade desta cultura, prevendo-se uma diminuição de 15% face à campanha anterior. Na vinha esperam-se igualmente quebras de rendimento em praticamente todas as regiões vitivinícolas, que globalmente rondarão os 10%.

Quanto às culturas de primavera/verão, há alguma apreensão quanto aos efeitos que as condições climatéricas de Setembro poderão ter na colheita do tomate para a indústria, numa altura (final de Agosto) em que apenas cerca de 50% da produção foi colhida.

Gado, aves e coelhos abatidos

O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em Julho de 2014 foi 39 000 toneladas, o que corresponde a um decréscimo de 3,3% (+4,2% em Junho), devido ao menor volume de bovinos (-18,4%) e caprinos (-21,4%). Os ovinos e suínos apresentaram aumentos de 4,9% e 1,0%, respectivamente.

O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 26 800 toneladas, o que representa um acréscimo de 4,7% (+11,8% em Junho), resultante do maior volume de abate de aves: codornizes (+34,2%), patos (+27,0%) e galináceos (+5,9%), bem como de coelhos (+16,8%).

Produção de aves e ovos

A produção de frango em volume registou um acréscimo de 5,6%, com uma produção de 23 677 toneladas (+4,6% em Junho).Os ovos de galinha para consumo apresentaram um aumento de 7,1% no mês em análise (+12,2% em Junho), com uma produção de 8 301 toneladas.

Produção de leite e produtos lácteos

A recolha de leite de vaca foi 160,2 mil toneladas, o que representa um aumento de 5,3% (+3,0% em Junho).O total de produtos lácteos apresentou um acréscimo ligeiro de 0,2% (-7,3% em Junho), devido essencialmente ao aumento dos volumes de manteiga (+8,3%), queijo de vaca (+6,9%) e leite para consumo (+0,9%) produzidos no mês em análise.

Pescado capturado

O volume de capturas de pescado em Portugal diminuiu 28,8% (-10,0% em Junho), devido essencialmente à menor captura de peixes marinhos, nomeadamente "cavala" e "sardinha". Às 14 266 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 29 344 mil Euros, valor que representa uma diminuição de 0,8% (+3,5% em Junho).

Preços e índices de preços agrícolas

No mês de Agosto de 2014 as alterações mais significativas verificaram-se nos preços dos ovos (+7,3%), da batata (-78,9%), dos frutos (-19,2%), das aves de capoeira (-16,7%) e dos hortícolas frescos (-15,2%). Em relação ao mês anterior, as principais variações registaram-se na batata (+14,5%) nos hortícolas frescos (+9,8%) e nos frutos (-12,5%).

Em Junho de 2014 observou-se uma diminuição de 2,4% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente na agricultura e um aumento de 2,2% no índice de preços de bens de investimento. Em comparação com o mês anterior, assistiu-se a um decréscimo (-0,1%) no índice dos bens de consumo corrente ao passo que, no índice dos bens de investimento, não se registou qualquer alteração. 

Fonte:  INE

Parlamento Europeu: Nuno Melo recebe primeiro relatório atribuído pelo PPE no âmbito da agricultura

Na reunião de ontem do Grupo PPE, foi decidido atribuir ao português Nuno Melo, o primeiro relatório distribuído a um relator do PPE na presente legislatura, na Comissão AGRI.

Trata-se do Relatório sobre a "aplicação das disposições relativas às organizações de produtores, aos fundos operacionais e aos programas operacionais no sector das frutas e produtos hortícolas desde a reforma de 2007", que terá grande importância para Portugal, tendo em conta as especificidades do sector.

A Comissão poderá, com base nos resultados do presente relatório e do futuro debate, apresentar, numa fase posterior, propostas legislativas para rever o regime de ajudas da União para o sector das frutas e produtos hortícolas.

Pretende-se com este relatório:

- Reforçar as organizações de produtores criando uma maior diversidade de instrumentos de apoio ao sector das frutas e hortícolas;
- Prevenir e gerir crises de mercado;
- Melhorar o posicionamento das organizações de produtores na cadeia alimentar;
- Melhorar a qualidade dos produtos;
- Promover a concentração da produção;
- Melhorar a comercialização;
- Apoiar a investigação e tecnologia;
- Apoiar práticas ambientais mais sustentáveis;
- Diminuir a burocracia na aprovação dos programas operacionais.
Estrasburgo, 18 de Setembro de 2014

Fonte:  Gabinete do Eurodeputado Nuno Melo

Iniciativa da Tetra Pak, Ikea e Kingfisher de avaliação do impacte da certificação florestal FSC



A Acréscimo regista com agrado o anúncio pela Tetra Pak, Ikea e Kingfisher de uma iniciativa conjunta de avaliação da clarificação do papel do Forest Stewardship Council (FSC) na certificação florestal.

Desde há um ano que a Acréscimo tem vindo a solicitar a visita técnica a locais de eliminação de resíduos industriais em solos de florestas certificadas pelo FSC e geridas por empresas do setor papeleiro. Tal ainda não foi autorizado.

Apesar de presente em Portugal há mais de uma década, a evidencia da monitorização à eliminação de resíduos em florestas certificadas não tem feito parte da agenda nas auditoriais realizadas no âmbito do sistema FSC.

Para além dos impactos ambientais associados a esta prática, a aplicação de resíduos em silvicultura pode aportar consequências nefastas para a saúde pública.

Nas áreas florestais certificadas, apesar da emissão para os consumidores dos benefícios da aquisição de produtos de base florestal certificados, o facto é que o FSC não têm dado garantias quanto à monitorização dos potenciais impactos associados à aplicação de resíduos nas florestas que certificam, sobretudo nas florestas geridas ou detidas por grupos industriais, eles próprios produtores desses resíduos. O FSC manifesta grande fragilidade na sua atuação em Portugal. Esta atitude gera fortes dúvidas sobre o seu comprometimento quanto aos objetivos e às normas que o próprio sistema definiu. Importa ter presente que tais grupos industriais representam mais de 70% das florestas certificadas pelo sistema FSC em Portugal. Haverá aqui proteção aos seus clientes?

Apesar da sua presença em Portugal há longos anos, só recentemente, após intervenção da Acréscimo, o FSC argumenta ter dado início ao acompanhamento da aplicação de resíduos em solos de florestas certificadas. Todavia, só este acompanhamento é manifestamente insuficiente. A obrigação, de acordo com o FSC Internacional, terá de passar por exigir a monitorização contínua destas aplicações nos locais onde tenham ocorrido, reforçamos nós, logo a partir do momento em que o FSC tenha procedido à certificação (2007) das entidades que permitem a aplicação de resíduos nos solos sob sua gestão.

Para estar em consonância com os objetivos e as garantias que diz sustentar perante a Sociedade, o FSC tem de garantir a existência de instrumentos de evidenciação de monitorização contínua em áreas de floresta certificada sujeitas à aplicação de resíduos urbanos e industriais. As suas ações devem ter por suporte o conhecimento científico produzido por entidades independentes, que tenham por base os ecossistemas nacionais. Isso hoje não acontece.

Com o anunciado aumento da capacidade industrial no setor papeleiro em Portugal, a pressão sobre o FSC está definitivamente assegurada.

Lisboa, 19 de setembro de 2014

Incêndios florestais: 2014 foi o ano com menos incêndios da última década e o 3º com menor área ardida


O último Relatório provisório de incêndios florestais do ICNF refere que no período compreendido entre 1 de Janeiro e 15 de Setembro de 2014, se registou um total de 6.957 ocorrências (1.052 incêndios florestais e 5.905 fogachos), dos quais resultaram 19.021 hectares de área ardida, entre povoamentos (8.439ha) e matos (10.582cha).

Comparando os valores do ano de 2014 com o registo dos últimos 10 anos (2004-2013), destaca-se que se registaram menos 61% de ocorrências relativamente à média verificada no decénio 2004-2013. As ocorrências verificadas em 2014 são menores que o melhor ano do decénio.

Por outro lado ardeu menos 81% do que o valor médio de área ardida no mesmo período. O ano de 2014 é, até 15 de Setembro, o terceiro melhor ano desde 2004 em termos de área ardida com 19.021 hectares e espaços florestais destruídos pelas chamas. Os únicos dois anos com menor área ardida do que 2014 no período 2004-2014 são 2007 e 2008 com 18.755 hectares e 12.659 hectares, respectivamente.

Os distritos mais afectados, no que respeita à área ardida, foram Guarda, Portalegre, Bragança, Porto e Coimbra, com 5.200 hectares, 2.487 hectares, 2.136 hectares, 1.371 hectares e 1.259, respectivamente.

O maior incêndio ocorreu no dia 25 de Agosto em Nisa, distrito de Portalegre, e consumiu cerca de 2.268 hectares de espaços florestais.

Fonte:  ICNF

Um terço da produção de tomate pode estar perdida devido à chuva

O dirigente da FNOP e da Torriba adiantou que a diretora regional da Agricultura visitou os campos na quarta-feira, verificando a "situação difícil" gerada pelas chuvas que se têm sentido na região desde o passado dia 06
Cerca de 30% da produção de tomate para a indústria pode estar perdida, dada a impossibilidade de as máquinas entrarem nos terrenos alagados pela chuva, disse hoje à Lusa fonte da produção.

Gonçalo Escudeiro, da direção da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) e da Torriba, organização de produtores hortofrutícolas, afirmou à agência Lusa que a queda anormal de chuva numa altura em que ainda decorre a colheita deixou os terrenos saturados, impedindo o normal decorrer da campanha.

"Estamos muito preocupados. Num ano já difícil em termos agrícolas, com uma primavera fria e chuvosa, em que foi preciso muito profissionalismo da parte dos produtores, estamos com 30% da produção de tomate no chão e sem sabermos se aguenta até as máquinas poderem entrar nos campos para a colheita", afirmou.

Gonçalo Escudeiro afirmou que estão por colher mais de 4.000 hectares de um total de cerca de 17.400 hectares plantados, o que deixa preocupados não só os produtores mas também as indústrias transformadoras que já têm compromissos assumidos.

"São mais de 30 milhões de euros que estão no chão", disse, sublinhando a importância de ter sido possível conseguir a cobertura destas situações pelos seguros, embora ainda nem todos os produtores tenham aderido.

Gonçalo Escudeiro sublinhou o impacto para a economia da região e para as agroindústrias, tanto pela perda de tomate (85% da produção faz-se no Ribatejo), como do pimento, com uma estimativa de 50% de perdas.

O dirigente da FNOP e da Torriba adiantou que a diretora regional da Agricultura visitou os campos na quarta-feira, verificando a "situação difícil" gerada pelas chuvas que se têm sentido na região desde o passado dia 06.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Jovem agricultor morre em acidente de trator


Publicado às 16.11
ANTÓNIO ORLANDO
 
Um jovem agricultor morreu, esta tarde em Cinfães, na sequência de um acidente com o trator agricola que manobrava. A vitima de 36 anos, assistida pelos bombeiros de Nespereira e INEM acabou por não resistir. O óbito foi confirmado já no centro de saúde daquele concelho duriense.

O acidente ocorreu, carca das 12.15 horas, num caminho agrícola, no lugar da Lapa, na freguesia de Fornelos. O jovem agricultor, por razões que se desconhecem, terá perdido o controlo do trator e caiu com a maquina abaixo de um muro com cerca de 1,5 metros.

Na queda, o rapaz terá sido prensado contra os arames de uma ramada vinícola. Esse facto, no nosso entender, terá sido fatal", explicou ao JN, Paulo Soares.

No socorro à vitima os bombeiros mobilizaram nove homens apoiados por três veículos. A SIV de Cinfaes prestou apoio diferenciado. A GNR tomou conta da ocorrencia.

Vinho da Adega Cooperativa de Cantanhede eleito Melhor Tinto Português na Alemanha

Associada da Fenadegas vê vinho Baga CONFIRMADO 1991 reconhecido no concurso internacional Mundus Vini 2014

 

O vinho Baga CONFIRMADO 1991, da Adega Cooperativa de Cantanhede, associada da FENADEGAS (Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal), para além de ter sido galardoado com Medalha de Ouro, foi distinguido como Melhor Vinho Tinto de Portugal no prestigiado concurso internacional Mundus Vini 2014 (Alemanha).
 
Tendo como base a "Baga", uma casta ícone na região da Bairrada e em Portugal pelos vinhos distintos que origina, este vinho, da marca Marquês de Marialva, com 23 anos de idade, dos quais 20 são em garrafa, foi lançado pela Adega de Cantanhede com o objetivo de mostrar e afirmar o potencial da casta Baga e do distinto terroir da Bairrada, seu solar de excelência.
 
Este reconhecimento internacional, naquele que é um dos mais prestigiados e exigentes concursos mundiais, é o resultado do trabalho que a equipa de Enologia da Adega de Cantanhede dedicou à tarefa de ressuscitar da cave esta pérola, abrindo cada uma das cerca de 6.000 garrafas que ali repousavam. Apenas foram "confirmadas" cerca de 2.000, surgindo assim o nome CONFIRMADO. Com uma nova rolha e uma nova roupagem, este vinho apresentou-se ao mercado como MARQUÊS DE MARIALVA Baga CONFIRMADO 1991, capaz de continuar a perdurar no tempo e a surpreender durante vários anos.
 
A casta Baga – assumidamente encarada pela Adega de Cantanhede como uma das castas rainha da Bairrada, prova assim, uma vez mais, ser capaz, não só de ombrear com os melhores e ao mais alto nível, como de se destacar entre eles, tanto ao nível internacional (onde o CONFIRMADO já conta com 6 galardões) como ao nível nacional, onde também já foi galardoado com a medalha Grande Ouro no Concurso Vinhos de Portugal 2014.
 
Com mais este galardão, os vinhos espumantes da Adega de Cantanhede somam já 73 medalhas em 2014.

fonte: mediana

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ciolos promete aumentar as ajudas ao sector das frutas e legumes

Setembro 18
08:25
2014

O Comissário Ciolos prometeu um reforço das ajudas ao sector das frutas e legumes, atingido pelo embargo russo.

Já foram atribuídos 158 milhões de euros ao sector das frutas e legumes e mais 30 milhões de euros ao sector do leite.

Os primeiros pagamentos vão ocorrer em Outubro, devido à burocracia do processo.

As verbas estão a vir de um fundo especial criado pelos estados-membros e não deve ter influência no orçamento da Política Agrícola Comum para 2015. As ajudas foram suspensas quando a Polónia reivindicou uma ajuda de 145 milhões de euros, do pacote inicial de 125 milhões de euros.

Estas afirmações foram proferidas perante os Eurodeputados, que pressionaram bastante evocando as perdas de cada país. Vários Eurodeputados da Grécia, de Portugal e de Espanha afirmaram que os seus agricultores não tinham nada a ver com a política internacional da UE, sendo que Pablo Iglesias, de Espanha, afirmou mesmo que não tem especial simpatia por Putin, mas a política externa da UE não pode andar a brincar com os agricultores.

Os touros de lide podem deixar de ter apoios comunitários

Setembro 18
08:25
2014

A Comissão do Meio Ambiente do Parlamento Europeu (PE) adoptou uma proposta apresentada pelo Eurodeputado holandês Yohan Wayole, no sentido de suprimir todos os apoios comunitários ao sector dos touros de lide.

Esta proposta, para ter efeitos práticos, tem de ser aprovada em sessão plenária do PE e, depois, pelo Conselho de Ministros.

A actividade de criação de touros de lide abrange uma área de 1 milhão de hectares e é uma das criações animais em regime mais extensivo que temos, sendo que o regime extensivo é o que se pretende proteger.

Esta posição é vista com tristeza pelos criadores de touros de lide, como é lógico, que, no entanto, argumentaram que a raça pode vir a ser considerada em vias de extinção e, consequentemente, passível de receber mais apoios comunitários.

Para os opositores às touradas, esta decisão é uma vitória no sentido da abolição do espectáculo.

É preciso, no entanto, convencer o Plenário dos 750 Eurodeputados, o que não deve ser tarefa fácil.

Medidas excecionais e temporárias de apoio aos produtores de frutas e produtos horticolas da UE

Setembro 18
08:20
2014

A Comissão Europeia adotou um conjunto de Medidas Excecionais e Temporárias de Apoio aos Produtores de Frutas e Produtos Hortícolas da U.E., destinadas a estabilizar as condições de mercado, alteradas em consequência de elevados níveis de abastecimento, abrandamento do consumo, quedas significativas de preços e agravadas pela interdição por parte da Rússia à importação destes produtos.

A implementação das medidas tem caráter retroativo e um período de aplicação que termina a 30/09/2014, para o apoio aos produtores de pêssegos e nectarinas e a 30/11/2014, para o apoio aos produtores de outros frutos e vegetais abrangidos, de acordo com o estabelecido no procedimento de operacionalização.

Os beneficiários dos apoios são:

Organizações de Produtores (OP),  reconhecidas para os produtos abrangidos e com Programa Operacional (PO) em curso, que efetuem operações de retirada de mercado para distribuição gratuita destes produtos, independentemente do Programa Operacional prever estas operações;
Produtores dos produtos abrangidos, que efetuem operações de retirada de mercado para distribuição gratuita dos produtos provenientes da sua exploração, através de uma OP reconhecida para os produtos abrangidos e com Programa Operacional em curso, e com a qual estabeleçam um contrato para este efeito.
Os produtores membros de uma OP suspensa, de uma OP reconhecida para os produtos abrangidos sem PO em curso ou reconhecida para outros produtos, são considerados para todos os efeitos de aplicação desta medida como não pertencendo a uma OP, devendo, por isso, celebrar igualmente um contrato nos termos antes referidos.
Podem ser destinatários dos produtos retirados do mercado para distribuição gratuita, as entidades definidas nas alíneas a) e b) do n.º 4 do artigo 34º do Reg (UE) Nº1308/2013:

Fundações
Organizações caritativas
Instituições penitenciárias
Creches
Estabelecimentos de ensino (pré-escolar, primário ou secundário)
Colónias de férias infantis
Hospitais
Lares de idosos
Para este efeito, as entidades que pretendam ser destinatárias de produtos a retirar do mercado para distribuição gratuita, devem solicitar o seu reconhecimento, junto do IFAP, através da utilização de modelo próprio, devendo previamente efetuar, junto de uma entidade protocolada com o IFAP, o seu registo na base de dados de identificação de beneficiários (IB).

As entidades caritativas  reconhecidas pelo IFAP, como destinatárias de produtos retirados de mercado para distribuição gratuita no âmbito dos Programas Operacionais, não necessitam de apresentar novo pedido de reconhecimento.

As Organizações de Produtores interessadas em proceder às comunicações prévias de operações de retirada para distribuição gratuita, nos termos dos procedimentos divulgados, podem de imediato efetuar a sua comunicação para o endereço eletrónicoretiradas.fruta@ifap.pt, utilizando o modelo adequado, consoante pretendam efetuar retiradas de pêssegos e nectarinas ou de outros frutos e produtos vegetais abrangidos. Os modelos devem ser acompanhados dos ficheiros Anexo I e Anexo II (caso aplicável).

Atendendo a que, para beneficiarem das medidas de apoio, os produtores não membros de uma OP reconhecida para os produtos abrangidos e com PO em curso, devem, obrigatoriamente celebrar com estas um contrato, o IFAP disponibiliza uma minuta, que poderá ser utilizada para este efeito.

Atividade da resinagem está a ser relançada na Serra da Estrela


A resinagem está a ser relançada na Serra da Estrela e deverá «contribuir para a criação de postos de trabalho e para a limpeza e proteção da floresta», disse hoje à agência Lusa um dos responsáveis pelo projeto.
David Bizarro explicou que a iniciativa é do Baldio da Freguesia de Cortes do Meio, no concelho da Covilhã, que gere uma área florestal superior a 450 hectares, situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela.
Com esta aposta, a associação também pretende «promover a criação de receitas próprias».
«Este setor pode ter várias mais-valias e oportunidades. Primeiro, porque a resina tem cada vez mais procura - utiliza-se em vários produtos, como os cosméticos ou as pastilhas elásticas - e também porque é uma oportunidade para criar postos de trabalho e, simultaneamente, para contribuir para a limpeza e preservação da nossa floresta», sublinhou.
David Bizarro explicou que o projeto está «numa espécie de ano zero» e ainda se desconhecem as receitas que poderá gerar, mas «o objetivo é o de que permita pagar os salários e até aumentar o número de postos de trabalho».
Para já, e em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o projeto permitiu dar emprego a três pessoas, que receberam formação específica para desenvolverem a atividade.
A componente prática da formação, que foi alargada a outras pessoas, foi assegurada por resineiros de Trás-os-Montes, região que tem desenvolvido com maior incidência esta atividade.
«É verdade que na década de 1970 a resinagem chegou a ser uma das principais atividades económicas nacionais, mas atualmente na região estava absolutamente abandonada, pelo que para termos formação no terreno tivemos de ir buscar três resineiros de Trás-os-Montes», apontou.
Este responsável do Baldio da Freguesia de Cortes do Meio esclareceu ainda que, atualmente, a resina recolhida nos Cortes do Meio está a ser vendida a uma empresa de aglomerados de madeira que tem uma fábrica do Fundão.
O projeto, que está a ser desenvolvido desde abril e decorrerá «pelo menos até dezembro», altura em que a atividade deverá ser interrompida. Depois disso, é intenção do Baldio dos Cortes do Meio manter os postos de trabalho, encaminhando os novos resineiros para outras atividades necessárias na proteção da floresta.
Diário Digital com Lusa

Consumidores atentos às mensagens nas embalagens


por Ana Rita Costa
18 de Setembro - 2014
Os consumidores portugueses consideram as embalagens de cartão da Tetra Pak um meio de comunicação eficaz, pois estão acessíveis a todos e comunicam diretamente com os consumidores (98%). A conclusão é de um estudo promovido pela Tetra Pak sobre a perceção que os consumidores têm em relação às mensagens transmitidas nas suas embalagens. 

 
Os resultados revelam que, em Portugal, 66% dos inquiridos referem ter visto nas embalagens de cartão da Tetra Pak mensagens sobre as características dessas embalagens. Desses, 55% mencionaram em espontâneo aspetos relacionados com reciclagem, proteção do ambiente ou conservação dos produtos.

"A Tetra Pak tem vindo a realizar um grande esforço para promover a reciclagem junto dos consumidores e sensibilizar para a preservação do ambiente, seja através de mensagens nas suas embalagens, seja através de ações específicas, de que são exemplos a campanha "Sim, é no Amarelo" e a exposição interativa A Reciclagem das Embalagens, que já chegou a mais de 6 milhões de pessoas", explica Ingrid Falcão, responsável de Ambiente da Tetra Pak em Portugal.

De acordo com o estudo, mais de metade dos inquiridos afirma gostar e ter interesse por este tipo de mensagens nas embalagens, revelando recordarem-se do conteúdo das mesmas. Os inquiridos mostram-se ainda conscientes dos valores e benefícios das embalagens de cartão para alimentos, que acreditam ser uma boa opção pelo facto de serem recicláveis (81%), práticas (77%), higiénicas (75%), conservarem bem os alimentos (74%) e respeitarem o meio ambiente (72%). 

Agricultura: um recurso estratégico

 
Miguel Albuquerque

Ferramentas

A agricultura é um recurso estratégico da nossa Região e a diversidade dos nossos sistemas de produção agrícola têm hoje uma importância fundamental na criação de rendimento para as famílias, na manutenção da biodiversidade, na segurança alimentar e na valorização paisagística do nosso território.

Os produtos agrícolas regionais, reconhecidos pela sua excelente qualidade e sabor inconfundível, devem ser valorizados e promovidos junto do público consumidor e dos turistas que nos visitam, sobretudo num tempo em que um grande número de produtos híbridos importados, resultantes da produção massificada das grandes unidades agro-industriais, geneticamente manipulados e carregados de químicos, não têm sabor a coisa nenhuma e começam a ser rejeitados pelos consumidores mais esclarecidos e de maior poder aquisitivo.

Não é possível comparar o sabor (ou aroma) de um tomate do Porto Santo, de uma maçaroca de Santana, de um pero da Ponta de Pargo, de uma cenoura de Câmara de Lobos, de uma semilha de São Jorge… etc. – com os seus equivalentes, insonsos e desprovidos de sabor, importados pelas grandes superfícies.

Ou seja, hoje em dia, quer na chamada agricultura de subsistência assente em técnicas mais artesanais, quer na agricultura biológica ou ambientalmente sustentável, quer nas unidades de produção mais eficientes e mecanizadas promovidas por jovens empresários agrícolas, estão a surgir novos nichos de mercado e novas tendências de consumo junto do grande público, que começam crescentemente a valorizar a qualidade e a autenticidade do produto, em detrimento do preço.

Todavia, a sustentabilidade, crescimento, e sucesso da nossa agricultura exige um conjunto de medidas prioritárias e inadiáveis.

a) Desburocratização do sistema de apoio e de incentivos à actividade agrícola. (não é possível continuar a massacrar os agricultores e empresários agrícolas com a burocracia Kafkiana actualmente existente na gestão dos processos)

b) Adaptação da legislação nacional e europeia – vocacionada para a salvaguarda dos interesses dos grandes aglomerados agro alimentares europeus – à nossa especificidade regional e, sobretudo, à manutenção/preservação das práticas e processos ancestrais no domínio agrícola e agro-pecuário, desde que o produto final não ponha em causa a salvaguarda do interesse público. (a paranoia de exigências legais e regulamentares para criar artesanalmente uma galinha, um porco ou uma vaca, é de enlouquecer qualquer um)

c) Colocar os excelentes técnicos da Secretaria no terreno – como antigamente se fazia – a aconselhar e a acompanhar o agricultor com orientações técnicas credíveis que lhe permita tomar as melhores decisões.

d) Concluir rapidamente as obras de recuperação das estruturas de abastecimento e racionalização da água de rega – que já deviam estar concluídas há anos -, praticar preços moderados na gestão e distribuição da mesma, e colocar no terreno, junto dos agricultores – e não na profundeza dos gabinetes -, técnicos/funcionários aptos a gerir e resolver no terreno, os problemas que surgem, em diálogo e colaboração com os agricultores e associações de regantes.

e) Relançar e revitalizar a pecuária na Região como forma de reduzir as importações de carne e outros derivados que fazem parte da alimentação humana (leite, queijo, manteiga, requeijão) - criando uma marca regional – e aproveitando os meios existentes, designadamente recuperando a Estação Zootécnica do Porto Moniz e o Centro de Ovinicultura de Santana.

Ministro da Economia visita unidade da Vitacress em Odemira



Pires de Lima conhecerá a unidade agro-industrial, que é líder nacional na produção de folhas baby para salada e ervas aromáticas

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Na próxima segunda-feira, 22 de Setembro, às 15h00, António Pires de Lima, ministro da Economia, visita a sede da Vitacress Portugal – empresa que centra a sua actividade na produção, lavagem e embalamento de produtos hortícolas –, em Odemira.

 Conhecer de perto a unidade agro-industrial da região que lidera, a nível nacional, a produção de folhas baby para salada e ervas aromáticas é o objectivo do evento. A multinacional de capital português emprega, em Portugal, cerca de 250 pessoas e registou, em 2013, um volume de negócios que rondou os 21 milhões de euros.

A visita à unidade de embalamento, aos túneis de produção e às culturas a céu aberto será precedida de uma breve apresentação realizada pelo presidente da Câmara Municipal de Odemira, José Guerreiro, sobre o enquadramento económico da região. A iniciativa será igualmente acompanhada por um conjunto de representantes de forças locais.

Fonte:  Central de Informação

ASAE desaconselha mel nas chupetas de crianças com menos de dois anos


A ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica adverte os pais para não darem mel, nem colocarem nas chupetas, a crianças com menos de dois anos, sob pena de riscos para a saúde.

"Os pais deverão ser advertidos que não devem disponibilizar a crianças com idade inferior a dois anos, mel e chá de ervas não indicadas para alimentação infantil", lê-se na publicação semestral da ASAE "Riscos e Alimentos", dedicada ao mel, e baseada em estudos do departamento de alimentação e nutrição do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

As oito investigadoras do INSA relatam naquela publicação o primeiro caso de botulismo infantil em Portugal, uma doença neuroparalisante, rara e grave, e que em Novembro de 2009 foi confirmada a um bebé com um mês de idade.

O rapaz, filho de pais imigrantes da Moldávia e residente em Cascais, recusou-se a comer durante três dias e foi levado ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), onde se confirmou o diagnóstico de botulismo infantil, que ocorre quando esporos de bactérias germinam e produzam neurotoxinas do colon.

"O mel é um reconhecido veículo de esporos de Clostridium botulinum [nome da bactéria patogênica que pode gerar uma infecção alimentar]", explicam as investigadoras, adiantando que as causas primárias da contaminação do mel devem ser o pólen, o trato digestivo das abelhas, as poeiras e o solo.

Devido ao risco desta doença, as investigadoras condenam o hábito em muitos países de os pais colocarem mel na chupeta dos bebés para os manter mais calmos e criticam as revistas, sites e livros que aconselham a dar chá de camomila às crianças para aliviar dores de dentes e tratar cólicas infantis.

"Esta desinformação pode contribuir para o aumento do número de crianças em situação de risco", concluem as investigadoras, alertando que a água quente utilizada para preparar infusões de ervas habitualmente designadas como "chá" não destrói os esporos e pode até activar a sua germinação.

Fonte:  Lusa

Luís Ameixa apela ao Ministério da Agricultura que recue na Herdade dos Machados


Rádio Pax - 18/09/2014 - 00:06

Luís Ameixa apela ao Ministério da Agricultura que recue na Herdade dos Machados 

    
Luís Ameixa e Miguel Freitas querem saber se o Ministério da Agricultura "está disponível para suspender imediatamente as resoluções dos contratos e encetar um processo de diálogo com os rendeiros" na Herdade dos Machados.  

Os deputados socialistas questionaram o Ministério sobre a decisão de afastar os rendeiros.

Os parlamentares pretendem apurar "a razão de urgência para os diminutos prazos concedidos aos rendeiros para abandonarem as terras" e "quais os interesses do Estado que a decisão do Ministério da Agricultara visa salvaguardar".

Luís Ameixa e Miguel Freitas perguntam ainda "que destino pretende o Ministério dar àquelas terras e se "esta política de resolução de contratos, por parte do Ministério da Agricultura, vai ser aplicada em todos os contratos de arrendamento do Estado, ou é específica para os casos ligados à ex-reforma agrária".

Luís Ameixa afirma que falta "transparência" neste processo.


Ministério Público Acusados 14 arguidos por roubo de máquinas industriais e agrícolas


O Ministério Público acusou 14 arguidos que pertenciam a um grupo criminoso que, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, furtaram máquinas industriais e agrícolas em todo o país, indicou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
PAÍS Acusados 14 arguidos por roubo de máquinas industriais e agrícolas Lusa
14:32 - 17 de Setembro de 2014 | Por Lusa
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Segundo a PGDL, os 14 arguidos são acusados dos crimes de associação criminosa, furtos qualificados, recetação e detenção de armas proibidas.

O MP considera que ficou indiciado que uma parte dos arguidos constituiu um grupo organizado com a finalidade de "obter elevados lucros criminosos através do furto de máquinas agrícolas e industriais", que as vendiam a terceiros após a alteração dos respetivos números de chassis e placas de identificação.

A PGDL, na sua página na internet, adianta que o grupo planificava as ações, tinha estrutura hierarquizada e atuava em todo o país com especial incidência, ultimamente, na região oeste e zona sul do Tejo.

Os arguidos possuíam armazéns na Malveira, Samora Correia, Vila Franca de Xira, Covilhã e Loures para guarda as máquinas furtadas, além de terem tratores e reboques para transportar o material furtado.

Os furtos das máquinas industriais e agrícolas, que tinham um valor total não inferior a 350 mil euros, ocorreram entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.

Sete dos 14 arguidos estão em prisão preventiva desde fevereiro de 2014, data em que foram realizadas as buscas e detenções com a apreensão de grande quantidade de instrumentos ou produtos dos crimes praticados, indica ainda a PGDL.

Seguro garante aposta na agricultura

17.09.2014  15:19

Objetivo é evitar regressão no setor.
O candidato às eleições primárias do PS António José Seguro enalteceu esta quarta-feira o "excelente progresso" feito pelos produtores de leite em Portugal, garantindo uma aposta na agricultura para evitar uma regressão num setor fundamental para o desenvolvimento económico.


"Há muitas vezes a ideia que a agricultura exige uma permanência de 24 sobre 24 horas. Não é verdade. E por isso é necessário que todos nós, em particular os responsáveis políticos, tenhamos as respostas para que este setor não entre aqui numa regressão", sublinhou.


O secretário-geral do PS afirmou que um dos setores que deve contribuir para o desenvolvimento económico é o da agricultura. 

Ex-gestora do PRODER explica motivos da saída

16.09.2014  08:36

Gabriela Ventura vai ser ouvida esta terça-feira pelos deputados da Assembleia da República.
A antiga gestora do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), Gabriela Ventura, que foi exonerada do cargo em julho, vai ser ouvida esta terça-feira pelos deputados da Assembleia da República para explicar os motivos da sua saída.


A audição de Gabriela Ventura, a propósito da sua exoneração, foi pedida pelo PCP e aprovada pela Comissão de Agricultura e Mar a 24 de julho.


A antiga gestora do PRODER (programa que gere os fundos comunitários para a agricultura entre 2007 e 2013) tinha contrato com a administração pública até dezembro de 2015, altura em que o programa termina, mas foi-lhe comunicada a demissão em meados de junho, segundo noticiou na altura o 'Expresso Diário'.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Portugal é um dos países com maior número de acidentes com tractores da UE

Setembro 15
10:48
2014

O partido ecologista Os Verdes, apresentou um requerimento na Assembleia da República, onde solicita explicações sobre o elevado número de acidentes com tractores agrícolas, salientando que a maior parte ocorre dentro das explorações agrícolas.

Segundo dados fornecidos da GNR, entre Janeiro de 2013 e Julho de 2014, foram contabilizados 256 acidentes, dos quais resultaram 122 mortos e 83 feridos graves.

Uma das causas apontadas para este facto é o grande envelhecimento do parque de máquinas e, também, a idade avançada de muitos agricultores.

Em Portugal continuam a ser utilizados tractores com mais de 20 anos de trabalho, que muitas vezes têm manutenção deficiente e já ultrapassaram a sua vida útil.

Acresce que estes tractores antigos são normalmente operados por agricultores com mais de 65 anos, com pouca preparação e já com poucos reflexos, o que, junto a inclinações pronunciadas por vezes dos terrenos, faz o resto.

Actualmente, a maior parte dos tractores modernos já dispõe de sistemas de segurança, que oferecem uma protecção muito boa dos operadores. É, por isso, necessário renovar o nosso parque de máquinas agrícolas, mas isso só será eficaz em termos de segurança, se for dada correcta formação aos operadores.

Preços do trigo e da cevada voltam a subir


por Ana Rita Costa
16 de Setembro - 2014
Os preços do trigo e da cevada voltaram a subir esta semana. De acordo com a Associação de Comércio de Cereais e Oleaginosas de Espanha, o preço do trigo foi revisto para 181,97 euros por tonelada e o preço da cevada cresceu para 169,73 euros por tonelada.

 
Por outro lado, o preço do milho está em queda, tendo atingido os 174,21 euros por tonelada.

De acordo com os dados da associação, o trigo e a cevada têm sido os cereais que mais melhoraram a sua cotação, subindo 2,01% e 1,2%, respetivamente, enquanto o milho já caiu -0,6%.

Novas culturas, novas ideias de negócio


por Isabel Martins
16 de Setembro - 2014
Nos últimos anos o leque de culturas na agricultura nacional diversificou-se. Há novas oportunidades para quem chega de novo, mas também para quem quer reconverter ou alargar as suas opções culturais.Há novas formas de fazer culturas tradicionais e novos negócios em perspetiva. Para discutir todas estas questões e perceber a viabilidade e rentabilidade destas novas culturas, a revista VIDA RURAL organiza a conferência 'Novas culturas, novas ideias de negócio', que decorre dia 23 de outubro, em Lisboa. Será uma tarde de partilha de informação e debate sobre as opções mais pertinentes no atual panorama agrícola nacional. 

 
O amendoim pode ser uma alternativa de rotação às grandes culturas? Inês Vinagre, técnica da Torriba, vai responder a esta questão e partilhar a experiência desta organização de produtores na produção desta nova cultura na região do ribatejo.

Na fruticultura, Luís Manso, produtor de physalis, vai falar sobre os sucessos e erros no cultivo comercial desta fruta e na necessidade de criar escala para ganhar mercado.

A produção de cogumelos em tronco e em árvores micorrizadas é outro dos temas em destaque, a cargo de Miguel Ramos, da Mycotrend, que vai explicar as novas técnicas que permitem produzir espécies silvestres de alto rendimento.

Destaque ainda para a mesa redonda 'Onde está o mercado para as novas culturas?', com presenças já confirmadas de Miguel Mota, produtor de goji, Teresa Laranjeiro, produtora de figueira da Índia e David Barros, produtor de rebentos de vegetais. 

ISEG promove pós-graduação em Agribusiness


por Ana Rita Costa
16 de Setembro - 2014
O ISEG lançou uma pós-graduação na área de estratégia e empreendedorismo, a pós-graduação em Agribusiness. De acordo com a organização, "este curso foi concebido para responder às necessidades de pessoas que exerçam ou pretendam exercer funções no sector agroalimentar."

 
Este curso é uma parceria entre o ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), o ISA (Instituto Superior de Agronomia) e a Consulai e irá oferecer um prémio financiado pelo Crédito Agrícola ao melhor aluno.

 A pós-graduação inclui unidades curriculares como "Economia da Cadeia Alimentar", "Negociação e Técnicas de Vendas", "Estratégia, Inovação e Modelos de Negócio", "Marketing e Internacionalização de Produtos Alimentares", "Gestão de Pessoas", "Politica, Regulamentação e Incentivos ao Sector", "Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar" e "Contabilidade de Gestão" e conta com um corpo docente que inclui José António Rosseau, docente no IPAM, Luis Mira da Silva, vice-presidente do ISA/ULisboa e presidente da INOVISA, Pedro Miguel Santos, Diretor-Geral e sócio da Consulai e Carlos José de Almeida Noéme, professor no Instituto Superior de Agronomia.


Índice de preços dos alimentos da FAO desce para o nível mais baixo em quatro anos


por Ana Rita Costa
16 de Setembro - 2014
O índice de preços dos alimentos da FAO registou uma nova quebra em agosto, atingindo o valor mais baixo desde setembro de 2010. De acordo com a organização, o índice registou uma média de 196,6 pontos, uma queda de 3,6% face a julho.

 
Os lacticínios lideraram as quedas, com o índice da FAO para estes produtos a atingir uma média de 200,8 pontos em agosto, uma queda de 11,2% em comparação com julho e 18,9% em comparação com o ano anterior.

"A proibição por parte da Rússia no início do mês às importações de lacticínios de vários países contribuiu para a diminuição dos preços, enquanto a redução das importações de leite em pó integral por parte da China (o maior importador do mundo) também contribuiu para a incerteza nos mercados", refere a FAO em comunicado.

Também os preços para os cereais básicos continuaram a decrescer em agosto, atingindo o seu valor mais baixo desde julho de 2010. No entanto, o arroz contrariou a tendência geral nos cereais, com uma subida dos preços em agosto, refletindo o aumento da procura de importações e um clima desfavorável que afetou algumas colheitas na Ásia.

"A oferta de arroz parece ser ampla em todo o mundo, mas a produção está muito concentrada num pequeno número de países, e muitas vezes em propriedades dos governos. Isto significa que estes países podem influenciar muito os preços mundiais, e decidir se permitem que a oferta chegue ou não ao mercado", refere a economista da FAO, Concepción Calpe.

O índice dos óleos vegetais atingiu 166,6 pontos em agosto, 8% abaixo do mês anterior, o índice de preços do açúcar alcançou em média 244,3 pontos, uma queda de 5,7% em relação a julho, e o índice da carne alcançou uma média de 207,3 pontos, ou seja, 1,2% acima do valor registado em julho.

Importações chinesas de azeite caem 6% em 2013


por Ana Rita Costa
16 de Setembro - 2014
Durante a campanha de 2012/2013, as importações de azeite e de azeitona para a China caíram 6% em relação à campanha anterior. De acordo com os dados divulgados pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), registou-se uma grande quebra nas importações de azeite entre outubro de 2012 e abril de 2013.

 
No que diz respeito à proveniência das importações chinesas de azeite, 90% é de países da União Europeia, com Espanha a liderar, com 61% do total, seguida de Itália, com 22%, da Grécia, com 6%, e de Portugal, com 1%. Os restantes 10% são de países como Turquia, Austrália e Síria.

De acordo com o COI, 75% das importações chinesas de azeite correspondem à classificação 'virgem'.

VI Jornadas de Cunicultura ASPOC / UA

A Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) e a Universidade de Aveiro (UA) vão organizar nos dias 30 e 31 de Outubro as VI Jornadas de Cunicultura da ASPOC / UA na Universidade de Aveiro.

A Sexta edição do maior evento de Cunicultura nacional conta este ano com um Simpósio no dia 30 dedicado ao público académico com apresentações de carácter científico e novas perspetivas no futuro da cunicultura no que diz respeito ao desenvolvimento científico.

Já no dia 31, serão abordados temas de grande relevância para a atualidade do sector, como a temática da água, os planos de desmedicalização, controlo higio-sanitário em matadouros e a nova variante da Doença Vírica Hemorrágia. Por fim, será realizada uma mesa redonda com o tema "Legislação em Cunicultura: uma realidade com aplicação prática?".

De encontro às necessidades do sector, a ASPOC e a UA juntam este ano a este conjunto de temas atuais a promoção da "Carne de coelho, uma carne com futuro" com a realização de uma Semana Gastronómica de carne de coelho com restaurantes emblemáticos da cidade de Aveiro, contanto com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro e Associação Comercial do Distrito do Aveiro.

PROGRAMA VI JORNADAS DE CUNICULTURA ASPOC / UA

Simpósio Cientifico

30 de Outubro de 2014

16h00 – A UA como alavanca para novas perspetivas no setor da Cunicultura

17h00 – Apresentações Cientificas

20h00 – Jantar de Convívio


VI Jornadas da ASPOC / UA

31 de Outubro de 2014

08h30 Receção e entrega de documentação

08h45 Sessão de Abertura

09h15 Sessão I – Cunicultura, um futuro com segurança

- Controlo higio-sanitário de coelhos no matadouro – Anabela Ferreira (DGAV Coimbra)

- Desmedicalização um projeto para um futuro com qualidade – orador a confirmar (DGAMV)

- A Nova variante do vírus da DVH – Luis-Javier Merino (Laboratórios Ovejero)

- Abordagem prática para a nova variante do vírus da DVH – Marta Busquet (Hypra)

11h00 Pausa para café

11h30 Sessão II – A Importância da água em Cunicultura

- Medição e correcção dos parâmetros bioqímicos da água – orador a definir (UA)

- Higienización del agua: un factor clave en la rentabilidad de las explotaciones cunícolas - Maria Lobera (OX-CTA)

12h30 Mesa Redonda Legislação em Cunicultura: uma realidade com aplicação prática?


 

Estudo mostra poucas diferenças na saúde de vacas criadas de forma convencional e biológica


por Ana Rita Costa
16 de Setembro - 2014
Um estudo recentemente publicado mostra que não existem grandes diferenças na saúde das vacas e no teor nutricional do leite produzido por vacas criadas de forma convencional e por vacas criadas de forma biológica. A investigação da Universidade de Oregon descobriu ainda que muitas das explorações analisadas não cumprem os padrões determinados pelos programas de bem-estar de bovinos usados nos EUA.

 
"Embora haja diferenças em como as vacas são tratadas nas explorações em modo biológico, os resultados para a saúde são similares ao das convencionais", refere Mike Gamroth, um dos autores responsáveis pelo estudo.

No total foram analisadas cerca de 300 explorações leiteiras dos EUA, 192 biológicas e 100 convencionais. O projeto, que durou cinco anos, avaliou aspetos da saúde das vacas leiteiras incluindo nutrição, limpeza do animal, outras condições e analisou amostras de leite.

Os resultados mostraram que um em cada cinco rebanhos cumprem os padrões de higiene, que 30% dos rebanhos cumprem os critérios para condição corporal, 26% das explorações bio e 18% das convencionais cumprem as recomendações para alívio da dor durante a descorna, 4% fornecem às vitelas doses recomendadas de colostro, 88% não têm um plano integrado de controlo de mastite e 42% das explorações convencionais cumprem os padrões para tratamento de claudicação.

O estudo revelou ainda que as vacas de explorações biológicas produzem 43% menos leite por dia do que as vacas nas explorações convencionais. O leite dos efetivos em modo convencional e modo biológico também mostrou poucas diferenças nutricionais, segundo os investigadores.

Rolha de cortiça valoriza preço médio do vinho nos EUA


por Ana Rita Costa
17 de Setembro - 2014
De acordo com dados da AC Nielsen, o papel da rolha de cortiça na valorização do vinho nos EUA saiu reforçado no último estudo. O preço médio dos vinhos com rolha de cortiça foi de 12,99 dólares, um valor superior em 4,09 dólares (+ 46%) ao dos vinhos vedados com vedantes alternativos.

 
Segundo a análise da evolução de vendas do TOP 100 de marcas premium nos Estados Unidos da América desde 2010, registou-se um crescimento de 30% na quota de mercado dos vinhos com rolha de cortiça, enquanto nos vinhos vedados com vedantes alternativos esse crescimento foi de 9%.

Em comunicado, a Corticeira Amorim refere que se analisadas as vendas anuais por marca, regista-se um aumento de 7% nos vinhos com rolha de cortiça relativamente ao ano anterior, praticamente duplicando o crescimento global do TOP 100 de marcas premium, na ordem dos 4%.

Carlos Jesus, diretor de comunicação e marketing da Corticeira Amorim, refere que "estes números são encorajadores pois os EUA são um mercado muito relevante para o setor da cortiça e um importante definidor de tendências a nível internacional. Sendo atualmente o maior mercado mundial consumidor de vinho, estes dados são ainda mais relevantes se tivermos em conta que os EUA apresentam um grande potencial de crescimento de consumo per capita."

Vinhos: Moscatel de Favaios ganha duplo ouro e prata na Mundus Vini


A Adega de Favaios acaba de ser, uma vez mais, reconhecida na 15ª edição da MUNDUS VINI Great International Wine Awards 2014, com duplo ouro Moscatel de Favaios 1980, medalha de ouro para o Moscatel de Favaios 10 Anos e prata para o Moscatel de Favaios Reserva.

Para Gina Francisco, directora comercial e de marketing da Adega de Favaios "este é mais um desafio ultrapassado pela Adega de Favaios, que com muito orgulho anuncia que, uma vez mais, o nosso portfolio de vinhos sai reconhecido e vencedor. Projetando uma vez mais a reconhecida qualidade dos produtos no mercado internacional, e levando Portugal cada vez mais longe."

Fonte:  LUSA

Tetra Pak(R) associa-se a iniciativa para avaliar impacte do FSC™


A Tetra Pak®, líder mundial em soluções de tratamento e embalagem para alimentos, está a trabalhar com a Kingfisher e a IKEA na promoção dos benefícios do abastecimento de madeira sustentável de fontes legais e responsáveis, e na clarificação do papel da certificação do Forest Stewardship Council (FSC™) na oferta destes valores. 

Criado em 1993, o FSC é uma organização independente, não-governamental, sem fins lucrativos, que promove a gestão responsável das florestas a nível mundial. Nas últimas duas décadas, o sistema FSC tem sido amplamente reconhecido por adoptar processos que envolvem múltiplos parceiros e pela cuidada definição dos critérios sociais e ambientais na gestão florestal. Contudo, tem sido um desafio para as empresas que oferecem produtos com certificação FSC quantificar e demonstrar o valor do sistema para uma melhor gestão das florestas mundiais.

Esta iniciativa dos três membros fundadores - Kingfisher, Tetra Pak e IKEA -, com uma duração de dois anos, pretende desenvolver uma metodologia para analisar o impacte da certificação FSC, permitindo às empresas que possam compreender o valor que obtêm por especificar a certificação FSC no cartão e na madeira nas suas políticas de compras.

Dennis Jönsson, Presidente e CEO da Tetra Pak referiu: "Em média, as nossas embalagens contêm 70% de cartão obtido da fibra de celulose. A certificação é importante para nós porque nos confere a possibilidade de assegurar que nos abastecemos junto de florestas geridas de forma responsável. Isto requer, necessariamente, um padrão de certificação que garanta aquilo que promete. Enquanto apoiantes de longa data do FSC, estamos orgulhosos de ser um dos parceiros fundadores desta iniciativa." 

A iniciativa é apoiada pelo Sustainable Trade Initiative (IDH) e coordenada pelo International Social and Environmental Accreditation and Labelling Alliance (ISEAL). É independente do FSC, mas está desenhada para ser útil à organização ao proporcionar uma ferramenta que demonstra a sua contribuição para os valores social, ambiental e económico das florestas mundiais. Os ensinamentos desta iniciativa serão partilhados com outros sistemas de certificação e outros sectores além da silvicultura, cobertos por mais de 20 sistemas de certificação membros do ISEAL.

Fonte:  GCI

II Encontro dos Orizicultores Portugueses

APOR - Associação Portuguesa dos Orizicultores



Mais de uma centena de orizicultores principalmente do Vale do Mondego e Vale do Sado, reunidos no dia 12 de Setembro 2014 no II Encontro Nacional de Produtores de Arroz realizado em Benavente, numa iniciativa promovida pela APOR - Associação Portuguesa dos Orizicultores com a colaboração da Associação dos Agricultores do Distrital do Setúbal, exigem que a senhora Ministra da Agricultura cumpra as promessas feitas em Dezembro de 2013 numa reunião com a APOR no Ministério da Agricultura.

Nesta iniciativa participaram como convidados, para além da Câmara Municipal de Benavente, a ANIA - Associação Distrital dos Industriais de Arroz, a CNA - Confederação Nacional da Agricultura, a DRALVT - Direcção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, assim como representantes dos Grupos Parlamentares do Partido Ecologista "Os Verdes" e do Grupo Parlamentar do PCP. Os outros Grupos parlamentares apesar de convidados não se fizeram representar.

Passados nove meses da dita reunião com a Ministra da Agricultura as promessas não cumpridas, a saber :

- Campanha de promoção do arroz carolino nacional;
- o Ministério da Agricultura fazer reuniões com a indústria e distribuição para sensibilização em relação ao escoamento e preços á produção;
- Intensificar a fiscalização ás Importações;
- Proibições de Dumping – (preços de venda inferiores aos preços de custo na produção );
- A intenção de se imporem contratos obrigatórios na compra do arroz á produção;
Os produtores de arroz presentes neste Encontro aprovaram um Caderno de Conclusões que foi entregue ao senhor Presidente da Câmara de Benavente e que vai ser enviado aos Órgãos de Soberania, Presidente da República, Primeiro-Ministro, Assembleia da República, entre outros.

Nestas conclusões os orizicultores dizem á Senhora Ministra da Agricultura e ao Governo que quem não cumpre o que promete, não merece a nossa credibilidade nem apoio.

Reclamam que o preço do arroz á produção tem de uma forma faseada e com a maior rapidez, de ser pago aos produtores a 40 cêntimos/Kg.

Querem a valorização do arroz carolino nacional (considerado o de melhor qualidade nos países produtores na União Europeia), junto dos consumidores.

Reclamam escoamento da produção nacional de arroz, e uma intervenção do governo nas importações desnecessárias.
É grave o que se passa com a produção nacional de arroz; os industriais forçados ou não pelas grandes cadeias de distribuição, nos preços à produção em 2013 pagaram menos cerca de 15% em relação ao ano de 2012, ou seja preços entre os 25 e 28 cêntimos/Kg.

Em 2008 por exemplo o preço á produção rondava os 40 cêntimos/kg , um preço justo, tendo em conta as nossas despesas. Os custos com um hectare de arroz andam na ordem dos 2.000/ha, quando pelo que nos ofereceram o rendimento não chegou aos 1500 euros/ha (tendo em conta uma média de produção de 5.000 Kg/ha no Baixo Mondego, sendo ligeiramente mais alta no Sul).

Assim não podemos trabalhar. Na cadeia da produção/comercialização do arroz, os produtores continuam a ser os que menos recebem e os que mais gastam.

Se o Ministério da Agricultura e o Governo não tomarem medidas concretas na defesa da produção nacional de arroz, podem contar com a luta dos produtores de arroz e das suas organizações.

PortugalFoods e Mercacenter juntas para mais uma edição da iniciativa Sabor de Portugal



Na acção promocional participam 33 empresas nacionais do sector agroalimentar e bebidas, com cerca de 300 produtos.

A PortugalFoods, marca-chapéu do sector agroalimentar português, volta a organizar, em parceria com a cadeia líder de supermercados do Principado de Andorra, Mercacenter, mais uma edição da 'Sabor de Portugal', em Andorra.

Na acção promocional, que se encontra a decorrer desde sábado e se estende até ao próximo dia 13 de Outubro em todas as lojas da cadeia andorrana, participam 33 empresas nacionais do sector agroalimentar e bebidas, com cerca de 300 produtos.

Nuno Vieira e Brito, Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, e Paulo Teles da Gama, Cônsul Geral de Portugal em Barcelona, estarão de visita à Sabor de Portugal no dia inaugural da acção, a 16 de Setembro.

Esta é já a 2.ª edição da acção promocional Sabor de Portugal que, em 2013, entre 17 de Setembro e 13 de Outubro, integrou 23 empresas agroalimentares portuguesas e viu, em apenas uma semana – fruto do sucesso junto dos visitantes –, desaparecer das prateleiras os diversos produtos nacionais.

De salientar que as exportações nacionais para Andorra cresceram 11% no primeiro semestre de 2014, face ao período homólogo do ano passado.

O Principado de Andorra não é um membro pleno da União Europeia, mas usufrui de um relacionamento especial com a Comunidade, desde 1990. Entre as partes foi estabelecida uma união aduaneira, em vigor desde 01 de Julho de 1991, que abrange os produtos dos capítulos 25 a 97, do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). Em conformidade, Andorra suprimiu os direitos aduaneiros e os encargos de efeito equivalente às importações provenientes da União Europeia.

Das terras do Principado de Andorra, apenas 2% são aráveis, o que restringe fortemente a sua produção agrícola e explica o facto de os alimentos serem quase todos importados. O país funciona como plataforma para os mercados catalão e do sul de França – pela passagem anual de cerca de um milhão de consumidores permanentes destes países –, e apresenta a mais baixa taxa de desemprego do mundo, com 0,01%. Importa ainda sublinhar que mais de 16% da população residente em Andorra é de origem portuguesa, sendo, por isso, premente solidificar e aumentar a relação comercial entre Portugal e o Principado.

Fonte:  MediaGate


Valorização de resíduos em silvicultura – mera eliminação de resíduos ou adequado programa de fertilização florestal?

Paulo Pimenta de Castro

O regime da valorização de lamas de depuração em solos de uso agrícola ou silvícola é definido a nível comunitário pela Diretiva n.º 86/278/CEE, do Conselho, de 12 de junho, transposta para o regime jurídico nacional pelo Decreto-lei n.º 118/2006, de 21 de junho, revogado pelo Decreto-lei n.º 276/2009, de 2 de outubro.

O que refere a propósito o Ministério da Agricultura:

Informa que a utilização destes resíduos em solos de uso agrícola ou silvícola está sujeita a licenciamento, tendo por base dois instrumentos de planeamento e gestão: o plano de gestão de lamas (PGL) e a declaração do planeamento das operações (DPO). O PGL, que deverá ser aprovado pela DRAP territorialmente competente, evidenciará a aptidão dos solos para a aplicação destes resíduos, demonstrando que a mesma é compatível com os objetivos definidos no DL n.º 276/2009 e preverá destinos alternativos adequados quando não seja possível a aplicação da totalidade dos resíduos. A DPO, que deverá ser apresentada às DRAP anualmente para respetiva aprovação, definirá as parcelas que irão ser sujeitas à utilização e a conformidade com o PGL respetivo. Ou seja, existe um "código da estrada" e são emitidas "cartas de condução".

Reforça que, a compatibilização entre as caraterísticas destes resíduos e dos solos alvo de valorização é avaliada aquando da receção da documentação para aprovação do PGL e posteriormente das DPO. Ainda de acordo com o Ministério, na análise do PGL, as DRAP têm em consideração a caraterização dos resíduos a aplicar, assim como a descrição das caraterísticas dos solos e dos sistemas de cultura. Refere ainda o Ministério que, na DPO são apresentados, como documentos anexos, as análises aos solos e as análises aos resíduos tendo em conta os parâmetros e a frequência legalmente previstos e, para além disso, as quantidades de resíduos autorizados para valorização são estimadas sempre de acordo com o preceituado no Manual de Fertilização das Culturas do INIAV, tendo em atenção a cultura a que se destina.

Esquecem os responsáveis do Ministério que, apesar do excelente e exaustivo trabalho produzido pelo Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva, integrado no INIAV, o manual em causa não é de aplicação a culturas silvícolas, nem às lenhícolas. Mais, desconhecem-se estudos científicos independentes, realizados a nível nacional, sobre os potenciais impactos da aplicação destes resíduos em ecossistemas florestais. Mesmo ao nível da produtividade em culturas silvícolas e lenhícolas, não se conhecem estudos nacionais desenvolvidos por entidades independentes.

O regime jurídico aplicável prevê que sejam assumidos diversos compromissos pelo requerente (produtor ou operador de gestão de resíduos); de entre eles, salienta-se o de notificar a DRAP territorialmente competente, com pelo menos três dias de antecedência, da data de aplicação dos resíduos, bem como o local e a quantidade. Argumenta o Ministério que, graças a estas notificações, as DRAP podem acompanhar localmente os procedimentos de valorização destes resíduos.

Importa ter em conta que, sobre este tipo de resíduos, ao Ministério do Ambiente compete a fiscalização à sua produção, ao transporte e à gestão, muito embora vários estudos ponham seriamente em causa a eficácia do seu desempenho. Tais estudos referem do desconhecimento do destino de cerca de 50% dos resíduos produzidos no país. Já ao Ministério da Agricultura compete a fiscalização na designada valorização destes resíduos em culturas agrícolas e florestais. Mas, será que as DRAP dispõem de meios para acompanhar devidamente as operações de eliminação de resíduos em culturas agrícolas e, sobretudo, nos de uso silvícola e lenhícola? Quanto às eventuais atividades de fiscalização desenvolvidas pelas DRAP, desconhecem-se relatórios públicos que abranjam as superfícies florestas, designadamente as geridas por grandes players industriais, como a Portucel Soporcel e a Altri. Ou seja, existe um "código da estrada", são emitidas "cartas de condução", mas não sabemos se o "código" é respeitado. Ou seja, sabemos que o país é pródigo na produção de legislação, mas também sabemos que peca constantemente na não fiscalização do seu cumprimento.

Em todo o caso, nas ações de fiscalização a desenvolver no âmbito do Ministério da Agricultura, tem de estar em causa não só o acompanhamento dos procedimentos de aplicação dos resíduos nos solos, mas sobretudo a monitorização subsequente e periódica aos potenciais impactos nos ecossistemas e para as populações rurais.

Acontece ainda que, no que respeita à aplicação destes resíduos em solos de uso silvícola ou lenhícola, muitos deles são depositados em solos objeto de certificação florestal. Mas, será que as entidades certificadoras dispõem de normativos, do FSC (Forest Stewardship Council) ou do PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) – reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, sobre a aplicação destes em ações de valorização como fertilizante orgânico em florestas certificadas? Seguem os normativos e grupos de trabalho do CEN (Comité Europeu de Normalização - CT 308) neste domínio? Justificam a sua ação (ou inação) em estudos científicos independentes realizados em ecossistemas nacionais? O FSC e o PEFC têm a noção de que, para além dos impactos económicos e ambientais, pode estar em causa a saúde pública?

O Ministério e os sistemas de certificação florestal têm de nos esclarecer: A aplicação de resíduos nos solos de uso agrícola ou florestal é uma mera operação de eliminação de um problema municipal ou industrial, ou reveste-se de um adequado programa de fertilização das culturas? Nas áreas florestais, tal carece de uma resposta clara, baseada em estudos científicos independentes, desenvolvidos para as nossas culturas e nas nossas condições edafoclimáticas.

Importa ainda ter em conta que, a aplicação de resíduos em áreas florestais geridas por empresas industriais, sem uma fiscalização transparente por parte das entidades oficiais, mais ainda na ausência de requisitos específicos em auditoria de certificação florestal, acaba por colocar em causa a credibilidade dos esforços que muitos outros fazem na aposta no reconhecimento público da melhoria contínua da sua gestão florestal.

A Diretiva que define o regime de aplicação destes resíduos nos solos é de 1986, quer o FSC quer o PEFC já deveriam ter anunciado requisitos específicos sobre a aplicação destes em florestas certificadas. Mais, o facto de em Portugal as áreas sob gestão da indústria papeleira, produtora destes resíduos, representarem mais de 60% da área certificada, reforça a urgência de assegurar a credibilidade da sua intervenção. Em causa está não só a verificação do cumprimento das disposições legais, mas mais ainda, a verificação da monitorização subsequente dos potenciais impactos sobre a saúde pública, a fauna e a flora, nos solos e nos aquíferos, e na biodiversidade.

Impactos nefastos na aplicação destes resíduos em culturas florestais podem ainda condicionar ou inviabilizar investimentos futuros nas áreas submetidas à aplicação de resíduos.

Paulo Pimenta de Castro 
Engenheiro Silvicultor 
Presidente da Acréscimo, Associação de Promoção ao Investimento Florestal

Publicado em 16/09/2014

A adega futurista da Gran Cruz vai entrar no primeiro teste a sério


MANUEL CARVALHO 16/09/2014 - 11:14
A maior exportadora de vinho do Porto investiu 16 milhões num projecto para juntar ao volume a criação de vinhos de ponta.

 
Dois ou três funcionários podem gerir uma adega capaz de armazenar 22 milhões de litros de vinho ADRIANO MIRANDA

A vindima do Douro está a entrar no auge e a enorme adega da Gran Cruz prepara-se para processar quase sete mil toneladas de uvas. Um desafio facilitado por um sistema de automação baseado em 35 km de tubos e em mais de 100 de cabos de dados que a colocam na vanguarda da tecnologia. A Gran Cruz, a maior exportadora de vinho do Porto, investiu 16 milhões no projecto para juntar ao volume a criação de vinhos de ponta do Porto e Douro.

Tubos. Curtos ou compridos, na horizontal ou na vertical, tubos fixos e tubos suspensos de longos braços que traçam o limite de uma semicircunferência, tubos de inox nus ou revestidos com camisas de borracha que condicionam a sua temperatura, tubos no interior, no exterior ou debaixo de terra. Os tubos são a alma da adega futurista da Gran Cruz que começou por estes dias a funcionar pela primeira vez em pleno no Alto Douro.

São, ao todo, uns cerca de 35 quilómetros de tubos que ligam os pontos de recolha de mosto às cubas vinificadoras e daqui às gigantescas unidades de armazenamento que podem acolher até 360 mil litros de vinho. Gerir as ligações deste emaranhado seria um quebra-cabeças até para a mais disciplinada das equipas. Mas os riscos de se enviar vinho branco para uma cuba de vinho do Porto, ou de misturar água das limpezas com o vinho em evolução, são remotos: um sofisticado software, que exigiu a instalação de mais de 100 quilómetros de cabos de dados, torna essa tarefa mais rotineira e rigorosa.

Nos últimos anos, aproveitando a vaga exportadora que, entre 2004 e 2013 duplicou o valor das vendas de vinho português para o estrangeiro (excluindo o Porto e o Madeira), nasceram adegas de ponta um pouco por todo o país. Mas é difícil encontrar um lugar tão vanguardista e arrojado como a adega que a empresa detida pelos franceses da La Martiniquaise construiu a escassa distância de Alijó, mesmo no limite da fronteira Norte da região demarcada – a inauguração fez-se em Junho com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.

O administrador da empresa em Portugal, Jorge Dias, que foi académico, pioneiro da nova vaga da viticultura regional e passou pelo Governo e pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, justifica o desenho final da obra, e a sua complexidade, com uma correlação de prioridades. "Foram dois anos de projecção e um ano de construção", afirma.

Há muito que Jorge Dias e a sua equipa estudavam adegas de ponta um pouco por todo o mundo. Chegado à empresa em 2009, Dias tinha por missão dar uma nova vida a um gigante que, apesar de ser líder do mercado do vinho do Porto, com uma quota global de 23%, carecia de uma imagem de qualidade capaz de rivalizar com as suas concorrentes directas. Apesar de exportar em volume mais do que qualquer outra empresa, apesar de ter uma posição dominante no mercado francês que justifica a maior fatia de um volume de negócios que ronda os 75 milhões de euros, a Gran Cruz era vista como uma empresa passiva.

Desde então, a Gran Cruz surpreendeu com o lançamento de reservas de Porto branco antigas ou com o clássico Colheita de 1985 e lançou os seus primeiros vinhos do Douro. Tornou-se uma marca de referência no "novo" Porto Pink (rosé) e já é a terceira marca que mais vende em Portugal. Ao mesmo tempo, criou o Espaço Porto Cruz, na marginal de Vila Nova de Gaia, o que, em conjunto com a nova adega, fez subir o investimento para 25 milhões de euros.

Um sistema flexível
Quando o projecto arrancou e a equipa da Gran Cruz se sentou à mesa com o arquitecto Alexandre Burmester e os engenheiros da Afaconsult, era necessário pensar num projecto capaz de responder às diferentes fases da vida da adega ao longo do ano. "Fizemos um excelente trabalho de grupo e o arquitecto foi capaz de perceber bem as nossas necessidades", diz Jorge Dias.

Esteticamente, o enorme edifício impõe-se na paisagem do planalto duriense pelas suas curvas ondulantes. No seu interior, uma estrutura sem paredes, rematada com uma enorme cobertura térmica, surpreende. "O arejamento de um equipamento destes é fundamental", diz Jorge Dias. No interior, o que domina é a tonalidade metálica do aço inoxidável com que se fazem as cubas, as escadas, as plataformas e os tubos.

Todo o projecto foi feito por técnicos portugueses, incluindo a automação – estiveram envolvidas a Progresso, a Perfinox e a Cambra Systems. Só o software de gestão da rede de ligações entre as diferentes componentes da adega foi adquirido no estrangeiro.

A definição do projecto tinha como orientação a procura de um sistema flexível e prático, ajustado às necessidades de uma unidade de grande dimensão. Num dia normal, a adega consegue receber até 200 toneladas de uvas de mais de mil viticultores da região. No final de cada vindima, passarão pela adega umas 6600 toneladas de fruta que logo no início se dividem em duas categorias: a maior parte, umas 6000 toneladas, entra na linha principal de produção; mas as uvas restantes, de melhor qualidade, entram numa linha autónoma e recebem um tratamento mais cuidadoso para poderem dar origem a vinhos do Porto de categoria superior (Vintage, LBV ou vinhos com indicação de idade ou de data de colheita), ou reservas de vinho do Douro. "Na prática são duas adegas numa", explica Jorge Dias.

XXXVI Reunião de Outono da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (SPPF)

XXXVI Reunião de Outono da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (SPPF), subordinada ao tema "Pastagens e pastoreio numa área protegida: caprinos nas Serras de Aires e Candeeiros", que se realiza a 4 de Outubro de 2014, em Chão - Alcobertas.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Meteo: Chuva, vento e trovoada continuam até domingo


A chuva, a ocorrência de trovoadas e o vento forte vão continuar pelo menos até ao próximo domingo, altura em que deverá registar-se uma melhoria, disse esta segunda-feira à agência Lusa a meteorologista Ângela Lourenço.

De acordo com a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a previsão do estado do tempo aponta para continuação de aguaceiros fortes acompanhados de trovoada até ao próximo fim-de-semana.

«As regiões mais favoráveis para a ocorrência de precipitação forte são as do norte e centro, a partir da tarde, mas todo o território poderá ter precipitação pontualmente forte e acompanhada de trovoadas. Esta situação vai continuar», adiantou.

Fonte:  Lusa

Antigo milho de sequeiro continua a dar pão na Serra da Lousã

Foto: Lusa / Paulo Novais


O cultivo do milho predominou durante séculos nos campos de regadio de Portugal, mas uma variedade anã adaptada às terras de sequeiro continua a dar pão a pequenos agricultores da Serra da Lousã.

Debaixo de sol, José Carvalho chega a casa esbaforido, ao fim da tarde, e vai direito à capoeira para tratar a sua galinha de pescoço pelado, que debica o denominado milho gatanho com avidez.

Logo abaixo, na Quinta da Cachaça, arredores da Lousã, não falta água para regar um extenso viveiro com milhares de árvores de frutos. Só que este operário da construção civil, de 51 anos, vive com a família num planalto árido.

Quando muito milho de regadio ainda está no campo, em meados de Setembro, José e alguns vizinhos do lugar da Rogela já colheram o congénere de sequeiro há mais de um mês.

Trata-se de uma variedade de milho amarelo, rasteira, que só bebe água da chuva, se a houver, e que produz uma única espiga. «Por pouco que produza, sempre dá para sustentar as galinhas», afirma à agência Lusa José Carvalho, que cultiva este cereal há mais de 20 anos, seguindo uma tradição familiar.

Possui agora apenas uma galinha gorda de crista rubra, mas já teve dezenas de aves, alimentadas com este grão doirado e as couves do quintal. Lançado à terra em Março, a tempo de fruir da generosidade pluvial dos céus, o gatanho cresce no meio de uma vinha castigada pelo estio. «Eu não tenho hipótese de ter aqui outro milho. É uma maneira de aproveitar estes terrenos», refere o produtor, ao defender que esta variedade deve ser preservada.

Idêntica opinião tem Filipe Seco, que abandonou o curso de Comunicação Social para se dedicar à agricultura biológica. O vegetariano Filipe Seco, de 34 anos, produz o seu próprio pão, a tradicional broa de milho, com a «boa farinha» do gatanho da sua exploração do Ribeiro Branco. «É uma variedade antiga que não se deve deixar cair no esquecimento. Por ser de sequeiro, semeia-se um bocadinho mais cedo e não precisa de ser regada», afirma.

Com esta e outras variedades tradicionais, «há aqui a própria semente», destaca, ao admitir que, na cultura extensiva do milho, «as pessoas preferem semear um híbrido ou um transgénico» devido à elevada produção.

Membro da associação "Colher Para Semear", rede portuguesa de variedades tradicionais, com sede em Figueiró dos Vinhos, Filipe Seco também aposta num milho de regadio, o pata-de-porco multicolorido, que garante produções mais vantajosas. «Não semeio para vender. É para alimentar as minhas galinhas e para fazer o meu pão», regozija-se.

Aos 78 anos, Maria Cortez mantém uma leira de milho gatanho, onde obteve dez alqueires, 110 quilos em Agosto. Já chegou a colher 50 alqueires deste milho, mas «o javali deu em comê-lo todo», na zona da Rogela.

«O milho híbrido dá muito, mas para broa não o quero. Este milho tem outro sabor», revela Maria Cortez, que cultiva o gatanho com ajuda do filho, José Orlando, e do neto.

José Orlando Cortez, de 53 anos, aprecia a broa que a mãe coze no forno de lenha, bem como as papas de milho com sardinha assada. «E broa desta com um bocadinho de presunto ainda melhor», graceja, ao mesmo tempo que exibe uma espiga abocanhada pelo porco-bravo.

O investigador Louzã Henriques, que associa o «povoamento tardio» das terras altas da região à abundância de água e ao cultivo do milho, após os Descobrimentos, realça que os montanheses cuidavam cada pé de milho «como se fosse um filho».

Nos solos mais pobres da Serra da Lousã, «para ver se aquilo dava um bocadinho de pão», semeavam centeio ou milho gatanho, segundo o etnólogo.

Fonte:  Lusa

Candidaturas ao PDR abrem a 15 de Novembro

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, anunciou que as candidaturas para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), que vai suceder ao PRODER, abrem no dia 15 de Novembro.

O anúncio foi feito na "escola de quadros" do CDS-PP, o acontecimento da "rentrée" política centrista que decorre em Peniche, numa intervenção de Assunção Cristas sobre "como a terra e o mar se tornaram políticas ´cool'".

A ministra da Agricultura anunciou igualmente a aprovação de um diploma para "agilizar a execução do Promar", o programa operacional da pesca, na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

Através desta simplificação, poderão, por exemplo, ser aceites candidaturas antes atribuição de licenças, mas também de melhor agilização entre serviços, referiu a ministra.

Relativamente ao Programa de Desenvolvimento Rural, Assunção Cristas salientou a importância de ter sido negociado com a União Europeia um «período de transição», uma medida que disse ser inédita e que vai permitir a abertura imediata de candidaturas para este «dinheiro novo».

«Conseguimos convencer a União Europeia devido à nossa elevadíssima taxa de execução», declarou, referindo que a execução do PRODER ultrapassa os 90 por cento, quatro pontos percentuais acima da média comunitária.

Cristas recordou que actualmente as candidaturas estão «em pausa» dada a «avalanche» de 1.600 candidaturas mensais, estando em avaliação se voltarão a abrir. A ministra explicou aos cerca de 150 jovens que participam na «escola de quadros do CDS» que todos os países do mundo, com excepção da Nova Zelândia, subsidiam a agricultura, combatendo a ideia de uma «subsídio-dependência» do sector, uma das questões que lhe foi dirigida.

Fonte:  Lusa