sábado, 20 de junho de 2015

Homem morreu depois de ficar debaixo de trator em Barcelos


OLGA COSTA | Ontem

Um homem de 53 anos morreu, esta sexta-feira à tarde, ao ficar debaixo do trator que conduzia. O acidente aconteceu num terreno agrícola, no Lugar de Mereces, em Vila Cova, Barcelos.
 

OLGA COSTA/JNBombeiros de Barcelinhos nada puderam fazer por Rodrigo Freixo Novais

O jornaleiro de profissão, residente no Lugar do Outeiro, na mesma freguesia, estava a limpar um socalco de cerca de um metro e meio de altura quando o trator virou.

Chegados ao local, os elementos da corporação de Barcelinhos nada puderam fazer por Rodrigo Freixo Novais que se encontrava já cadáver. Contudo, para a remoção do corpo debaixo do veículo foi necessário recorrer a um outro trator. O alerta para a corporação barcelinense aconteceu às 16:15 horas, mas não se sabe para já quanto tempo antes terá ocorrido o acidente, uma vez que a vítima se encontrava sozinha e terá sido um vizinho que, ao passar na Rua Vila Romana, junto ao terreno agrícola onde aconteceu o acidente, avistou o trator tombado.

Rodrigo Freixo Novais era casado e não tinha filhos. Antes de ser jornaleiro, profissão que exercia há mais de um ano, a vítima "era projetista, mas a falta de emprego", disse um vizinho, obrigou-o a dedicar-se ao trabalho agrícola. "Ele, coitado, trabalhava dia atrás de dia, mal parava para comer", lamentou o mesmo vizinho.

No local estiveram nove elementos dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, com uma ambulância e uma viatura de desencarceramento. A VMER de Barcelos também foi chamada ao local. O cadáver foi transportado, pela mesma corporação, para a morgue do Hospital de Barcelos. A GNR local tomou conta do sucedido.

Só este mês e em circunstâncias semelhantes, Rodrigo Freixo Novais é a segunda vítima mortal, no concelho de Barcelos. No dia 1, Joaquim da Cruz Fonseca perdeu a vida também ao ficar debaixo de um trator, na freguesia das Carvalhas.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Estudantes criam trator telecomandado via telemóvel


Dois alunos da escola profissional agrícola de Mirandela criaram um equipamento para instalar nos tratores que permite operar a máquina através de telemóvel sem necessitar de condutor. Com este equipamento telecomandado é possível trabalhar em terrenos perigosos de maior inclinação evitando a morte do condutor em caso de capotamento.

O sabor da cereja


     
Pedro d'Anunciação Pedro d'Anunciação | 18/06/2015 11:31:19 2557 Visitas   

A rota das cerejas, própria para esta época, inclui Fundão, Castelo Novo, Alpedrinha, Covilhã, Belmonte 

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O sabor da cereja

Uma vez, numa mercearia ao lado do Gambrinus, em pleno Inverno, não resisti a comprar umas cerejas, que diziam importados do Chile: gordas, carnudas, de um encarnado muito escuro, enchiam o olho. E afinal sabiam a nada.

Até dia 23, é um elemento de destaque nas lojas lisboetas, em compotas, licores, pastéis, bombons, iogurte grego ou bolas de Berlim
Boas, boas, são as nossas, as de Junho (começam a aparecer em finais de Maio, mesmo em carros de rua). Vêm da Serra da Gardunha, que tem condições óptimas para o seu cultivo (frio, altura, microclima).

Foi nos anos 30 do Séc. XX que uma doença nos soutos de castanho levou os produtores locais a optarem pelo cultivo da cereja. A enorme procura fez com que ali se instalassem cada vez mais produtores, em propriedades pequenas, na década de 70.

As primeiras cerejas a serem colhidas e a aparecerem no mercado, ainda em Maio (quanto mais para o final, melhor), são as de Resende, da zona ribeirinha ao Douro. Umas duas semanas antes das da Serra. E por isso se começaram a realizar aqui festivais anuais da cereja, em 2002, agora fixados no fim-de-semana a seguir ao 4º domingo de Maio.

Mas a verdadeira cereja, a que aparece em  força, é a da Serra da Gardunha (ou do Fundão), em pleno Junho, estendendo-se às vezes pelo mês seguinte. Por isso as festas da cereja, nesta área, têm lugar em Junho: de 6 a 8, em Alfândega da Fé, e de 9 a 12 em Alcangosta.

A Câmara do Fundão veio já a Lisboa fazer um evento de promoção deste seu produto, em pleno centro da cidade, na rua do Carmo. E ali ficou anunciado que, de 17 a 23 de Junho, a cereja do Fundão vai ser o elemento de destaque nas lojas lisboetas. A Santini anunciou para essa altura um gelado de cerejas, mas haverá muito mais: além de compotas e licores diversos (a ginga é apenas uma espécie de cereja), pastéis de cerejas, bombons, iogurte grego de cereja, bola de Berlim de cereja, chá preto aromatizado, sabonete artesanal de cereja, sangria de cereja, pão de cereja e até pastéis de cereja.

Uma das vantagens da cereja é a sua difícil conservação (quando têm manchas acastanhadas já estão velhas e impróprias para comer), e a necessidade de a apanhar só quando está madura - porque não amadurece fora da árvore.

Temos assim uma fruta que só se come fresca - e que se vai sucedendo semana a semana, nos nossos mercados, segundo a espécie então em apanha: De Saco (talvez a mais encarnadona escura, firme e doce), B.Burlat, Hedelfingen, Brook's, Van, Summit, Sunburst, Maring, Sweetheart, Earlise, Skeena, Garnet e Bigalise.

Originárias da Ásia, não há agora produto mais nacional. A rota das cerejas, própria para esta época, inclui Fundão, Castelo Novo, Alpedrinha, Covilhã, Belmonte. Porque além do mais, a própria paisagem, com as flores das cerejeiras (consideradas sagradas na Índia), é deslumbrante. Mas trata-se de árvores, algumas das quais dão madeira nobre para móveis. 

Área plantada de milho no nível mais baixo dos últimos cinco anos


Por José Manuel Rocha

18/06/2015 - 15:49

Queda do preço no mercado levou os agricultores e diversificarem culturas.

  A área semeada de milho em Portugal caiu na campanha em curso para o nível mais baixo dos últimos cinco anos, a reflectir o facto de o valor da matéria-prima estar perto dos mínimos históricos e de os agricultores terem optado por fazer diversificação de cultura para garantirem o acesso a apoios comunitários.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma área de milho que atinge os 87 mil hectares, uma queda de cerca de 11 mil hectares face a 2014 e de 15 mil hectares em relação á média dos últimos cinco anos. A superfície semeada para milho de sequeiro não chega a 10 mil hectares e a de milho de regadio fica-se pelos 88 mil hectares.

Muitos agricultores optaram este ano por não semear milho de grão porque a cotação da matéria-prima nos mercados internacionais continua em níveis muito baixos, perto dos 170 dólares por tonelada – ou seja, praticamente metade do valor a que o produto era comercializado em meados de 2012.

Mas também há muitas explorações que decidiram realizar uma diversificação de cultura para garantir o acesso dos seus activos às ajudas agrícolas comunitárias que estão relacionadas com a protecção do ambiente. O chamado greening obriga à rotação de culturas para que a terra possa descansar e recupere os níveis ideais de nutrientes.

O baixo preço pago ao produtor está, também, na origem de uma redução na área plantada de batata de regadio, que deverá ficar este ano abaixo das 20 mil toneladas, o mesmo registo de 2012.

Quadro diferente está a viver o sector do tomate para indústria, que deverá atingir este ano a maior área plantada dos últimos 30 anos. Os valores contratados entre os produtores e as suas organizações e a indústria tomateira apontam para uma superfície global de 19 mil hectares, o que representa um aumento de cerca de 10% face a 2014.

O INE assinala que "a floração foi abundante e o vingamento dos frutos decorreu com normalidade", mas alerta que o tempo seco e quente, apesar de diminuir a pressão de algumas doenças criptogâmicas sobre a cultura, favorece o desenvolvimento da maior parte das pragas.

Para a cereja, o INE estima que a produtividade por hectare possa subir consideravelmente face a 2014 (cerca de 60%). A cultura beneficiou de condições climáticas muito favoráveis durante o mês de Maio, com vento forte que ajudou a monda dos frutos vingados – em quantidade excessiva e que poderiam pôr em causa a qualidade da colheita.

Em relação ao pêssego, a produtividade deverá crescer para um máximo histórico de 12 mil toneladas por hectare, e o rendimento unitário deverá conhecer um incremento de 5% face à campanha passada.

O ano será também de eleição nos cereais de Outono/Inverno, com a produtividade a aumentar para 2150 quilos por hectare no que toca ao trigo mole e para 2450 quilos no caso do trigo duro. Estes valores representam aumento de cerca de 5% face a 2014 e de 40% face à média dos últimos cinco anos, avança o INE.

A cevado deverá também conhecer aumentos de produtividade próximos dos 5% face a 2014 e de 47% face à média dos últimos cinco anos, enquanto na aveia os 890 quilo por hectares deverão ficar em linha com o que tinha acontecido na campanha anterior.

Oliveira da Serra é o melhor azeite o mundo pelo 2º Ano consecutivo

Segundo o concurso Internacional Mário Solinas

O melhor azeite do mundo é português e é de novo de Oliveira da Serra. A marca acaba de ser reconhecida no principal concurso oleícola internacional, Mário Solinas, com medalha Ouro no azeite Oliveira da Serra Lagar do Marmelo, na categoria Frutado Verde Médio. Uma distinção obtida pelo 2º ano consecutivo e que confirma o reconhecimento de qualidade obtido no ano anterior.
 
Este azeite nasceu no nosso olival, mais precisamente na nossa Sociedade Agrícola Murtigão, e tem uma elevada intensidade de aromas verdes, resultando num azeite harmonioso, equilibrado e persistente.
 
Também Oliveirinha da Serra, o mais recente membro da família Oliveira da Serra, conquistou o júri deste prestigiado concurso, tendo obtido a medalha Prata na categoria Frutado Verde Ligeiro. Neste mesmo concurso, foram igualmente premiados os azeites Oliveira da Serra Gourmet e Oliveira da Serra Selecção Ouro, quatro prémios que reforçam o reconhecimento da qualidade e características únicas deste azeite português a nível internacional.
 
Isabel Roseiro, Strategic Marketing Manager de Oliveira da Serra acredita que "o trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos anos, com a nossa aposta na agricultura e no olival português, é o fator chave para o garante da máxima qualidade dos nossos azeites Oliveira da Serra. Esta distinção em particular, para além de reforçar o reconhecimento da nossa qualidade, fortalece o posicionamento de Oliveira da Serra como a marca portuguesa mais premiada do mundo. Hoje temos mais de 180 prémios arrecadados nos últimos anos, fruto de uma forte aposta na agricultura portuguesa."
 
O Mário Solinas é o concurso internacional de referência dos azeites virgens extra, organizado pelo Conselho Oleícola Internacional, no qual participam anualmente azeites de diferentes origens como Portugal, Itália, Espanha, Grécia, entre outros.
 
Nos primeiros seis meses de 2015, Oliveira da Serra já recebeu mais de 40 prémios, fruto da qualidade dos azeites que produz no lagar de Ferreira do Alentejo, considerado pelo World's Best Olive Oil Mills, como o melhor lagar do mundo.

Fonte: gci

27-28 junho . III Encontro transfronteiriço de Tracção animal

27-28 junho . III Encontro transfronteiriço de Tracção animal - agroeventos

 27-28 junho . III Encontro transfronteiriço de Tracção animal - agroeventos
Nos próximos dias 27 e 28 de Junho em Vale de Frades (Vimioso - Portugal) e Santa Croya de Tera (Zamora - Espanha) irá decorrer o III Encontro transfronteiriço de Tracção animal . 

26-29 junho . 7ª Feira Nacional do Mirtilo

26-29 junho . 7ª Feira Nacional do Mirtilo - agroeventos

 26-29 junho . 7ª Feira Nacional do Mirtilo - agroeventos

Na 7ª Feira Nacional do Mirtilo em Sever do Vouga, de 26 a 29 de junho, venha com a família até um pomar de mirtilos e viva a experiência de apanhar mirtilos diretamente do arbusto. Apanhe os mirtilos para a cesta, pese-os no final, pague a quantidade que colheu e leve-os para casa. Destacar ainda a realização de Workshops de culinária, concurso do melhor pomar, para além da visita ao Campo Experimental de Pequenos Frutos ...

26-28 junho . Feira Nacional da Água e do Regadio


 26-28 junho . Feira Nacional da Água e do Regadio - agroeventos

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, definiu os dias 26, 27 e 28 de junho de 2015, para a realização da Feira Nacional da Água e do Regadio. O certame, que é marca nacional registada, terá lugar no Parque de Exposições e Feiras em Ferreira do Alentejo. Esta bienal está de regresso sob o tema OLIVOTURISMO.
Seminários, espetáculos musicais, colóquios, exposições prometem muita animação.

Tertúlias Agronómicas regressam ao Chiado

Tertulias

Jun 15, 2015

Depois de uma 1.ª edição das Tertúlias Agronómicas que encorajou o diálogo entre produtores, grande distribuição, autarcas e instituições públicas sobre o sector, a Frutas, Legumes e Flores volta a promover o evento. O local de eleição para discutir "A agricultura no século XXI em Portugal: Qual o melhor caminho?" é novamente a Fnac do Chiado, em Lisboa, a 2 de Julho.

Esta edição conta com as reflexões de Gabriela Ventura, gestora, João Vieira Pereira, subdirector do Expresso e director da Exame, José Burnay, Presidente do Conselho de Administração da Campotec, e Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite. A conversa, moderada por João Pereira, director da revista, terá início às 18h30.

As Tertúlias Agronómicas, que encorajam o debate de ideias como faziam os pensadores do século XIX também no Chiado, são abertas à participação de todos os interessados no sector agrícola e agro-alimentar.

Produtores de hortofrutícolas organizam-se


Jun 16, 2015Destaque Home, Notícias01

A interprofissional de frutas e hortícolas da Andaluzia, a Hortyfruta, está prestes a constituir-se como a representante dos produtores de hortofrutícolas espanhóis. Tudo indica que a organização, que passará a ser a Hortyfruta Espanha, tem o aval do Ministério da Agricultura espanhol e deverá ser reconhecida oficialmente até ao início do Verão.

Em Milão, Francisco Góngora, presidente da Hortyfruta, e Juan Colomina, director da Associação de Produtores de Frutas e Hortícolas de Almeria, a Coexphal, reuniram com os representantes da interprofissional francesa, a Interfel, e da sua equivalente italiana, a Ortofruta. As associações dos três países já concordaram em iniciar o processo de constituição de uma interprofissional europeia para o sector hortofrutícola.

O objectivo é defender os produtores europeus e adquirir mais poder de negociação com a grande distribuição.

Em Setembro, os responsáveis pelas associações interprofissionais dos restantes países europeus terão acesso a um seminário sobre o projecto de uma interprofissional europeia para o sector hortofrutícola e os passos necessários para o integrar.

24-26 julho . VI edição do Festival do Melão

24-26 julho . VI edição do Festival do Melão - agroeventos
 24-26 julho . VI edição do Festival do Melão - agroeventos

A VI edição do Festival do Melão irá decorrer em Alpiarça de 24 a 26 de julho de 2015, no parque do Carril, junto à ponte de Alpiarça. O evento é uma organização da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Alpiarça.

A ópera de dois músicos na produção biológica de goji fresco


15.06.20150

A Quinta dos Mochos também têm viveiros de goji. A planta que aguenta temperaturas entre -18ºC e 50ºC e gosta de terrenos arejados. Não sobrevive com água em excesso

Um cantor lírico e uma violetista iniciaram um projeto pioneiro. A Quinta dos Mochos, com certificação biológica, prepara-se para abrir portas à investigação científica e já caminha para uma plataforma de produtores. Acompanhe as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO

Teatro Nacional São Carlos, Gulbenkian, Orquestra Metropolitana. Palcos pisados por João Moura, cantor lírico de profissão, 40 anos, que nos últimos dez anos viveu intensamente a ópera. Hoje, define-se como um "agricantor".

Corria o ano de 2012, numa fase "muito boa da carreira", quis o destino que a temporada de Cosí fan tutte, de Mozart, fosse cancelada para o ano seguinte por causa dos cortes na cultura. Sem emprego e com três filhos viu-se obrigado a procurar outras opões.

A mulher Joana, 36 anos, toca viola de arco e ensina no Conservatório Regional de Setúbal. Já viviam a sul da capital, numa "quintinha" arrendada no Poceirão, contagiado pelo desejo dela. "A menina da cidade, que sempre viveu em Campo de Ourique, era apaixonada pela natureza", revela João Moura. A si, o campo não lhe era desconhecido. Cresceu entre as vinhas do avô em Rio de Moinhos, Penafiel. A música, surgida por hábito familiar em serões de domingo, levou-o ao coro da igreja e tornou-se numa adrenalina. Fez o curso na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo no Porto, passou por Barcelona dois anos, regressou e, em 2006, mudou-se em definitivo para Lisboa.


Investimento de 160 mil euros 
A desilusão com o meio artístico inundou durante algum tempo João Moura  que, entretanto, tinha iniciado um doutoramento em Artes Formativas. Sabia que voltar a dar aulas não o iria preencher. Foi quando olhou para o que tinham à frente – os animais, a horta e os pomares - e questionou se esta poderia ser a alternativa. "A agricultura surgiu como opção porque dependia praticamente de mim, dos meus braços, das minhas mãos. Não estou dependente de alguém que decida que precisa de um músico", justifica.

Investigaram como poderiam ter uma exploração moderna, com produtos diferentes, e fazer do modo biológico um sustento. Viram a produção de cogumelos em tronco e perceberam que necessitavam de outro espaço, ao mesmo tempo que surgiu a ideia de plantar goji, o fruto originário das montanhas do Tibete, que tem sido apresentado como um milagroso antienvelhecimento, pelo poder antioxidante e aminoácidos.

Foram ver terrenos e renderam-se a uma antiga suinicultura soterrada por silvas. "Adorei aquele caminho no desconhecido quando lá fomos a primeira vez". Deram-lhe o nome de Quinta dos Mochos. Fica a uma hora de Lisboa, em Pegões, no Montijo, num projeto agrícola de quase 160 mil euros, financiado por fundos comunitários em 60%. Receberam 40 mil euros de prémio jovem agricultor. A exploração tem 8 hectares, mais 2000 metros de área coberta de antigas pocilgas. Além de exploração, é ali que vivem, têm o escritório, os armazéns, a loja e pensam implementar turismo rural.

Goji fresco dura entre 10 a 15 dias 
São pioneiros na produção certificada biológica de goji fresco em solo nacional. Ao todo têm 12000 plantas. No final deste mês contam ter mais 8000 colocadas. Também desidratam o goji, aliás uma condição imposta para a viabilidade do projeto, já que esta era a única forma como se apresentava no mercado português. As ideias entre o casal fervilham. O desafio a uma panificadora resultou numa broa de milho com goji que pode ser adquirida no site da quinta ou mercearias, fazendo já parte do cardápio de alguns restaurantes da zona que alinharam com a mais recente "maluqueira" como descreve João Moura, bem disposto.  

"Já estamos com muitas encomendas de goji fresco. Começamos a partir da próxima semana", garante. O fruto tem despertado interesse e até visitas ao espaço. O goji fresco dura 10 a 15 dias mantido no frio. A apanha dura de junho a setembro, sendo a parte mais cara da produção. São precisas cerca de dez pessoas por hectare, todos o os dias, durante três meses, a apanhar baga a baga. "É um arbustro que dá todos os dias".

Este ano, a produção ainda vai ser limitada. João Moura garante que isso não é problema. Vão agora iniciar um teste de mercado através da parceria com um produtor no sul de Espanha, que diz ser o maior de goji fresco na Europa, para a representação exclusiva da fruta deles em Portugal.

Já criaram três postos de trabalho na quinta e ali está prestes a arrancar um projeto de investigação científica em parceria com a faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e uma consultora agrícola. "Temos todo o interesse em fazer a análise às suas propriedades, perceber como é que a planta reage aqui na Europa e qual é  a melhor forma de a produzirmos", explica, tendo em mente aplicações na cosmética e farmacêutica.

O empresário e empreendedor quer estar na linha da frente e acredita que o futuro passa pela organização de produtores. A caminho já está a ser concertada uma plataforma. Ainda não tem nome, mas são já dez os interessados em avançar. Se a união resultar, estima-se uma área de 70 hectares, que daqui a quatro anos poderá atingir as 1000 toneladas anuais.

Entretanto, João Moura vai cantando na Quinta dos Mochos, feliz da vida.

Investimento em zona de microclima que permite colher as maçãs mais cedo

Junho 18
12:41
2015

Vai ser realizado um investimento em 16 hectares, na região de Nelas, para produção de maçã, que se prevê que chegue mais cedo aos mercados.

Os promotores do projecto identificaram esta zona como tendo um microclima que lhes vai permitir chegar um mês mais cedo ao mercado e, assim, beneficiar, não só de melhores preços, como ganhar quota de mercado.

O montante do investimento irá rondar os 500.000 euros e as variedades a ser plantadas são a gala e a golden.

Uma grande vantagem de chegar mais cedo ao mercado é a possibilidade de escoamento imediato, reduzindo, assim, os custos com stockagem em frigorífico, bem como os custos financeiros da imobilização de stocks.

Este investimento prevê a criação de 16 postos de trabalho fixo e de mais do dobro em época de colheita.

A exploração situa-se em Vilar Seco, no Concelho de Nelas.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

É gestor, professor, comerciante e produtor. A agricultura convencional já faz parte do passado



16.06.20150

A necessidade aguça o engenho. Luís inventou uma tesoura, com uma régua no meio, para cortar os espargos à medida de 18 centímetros de altura
O cultivo de espargos em modo biológico permitiu finalmente a Luís Trindade garantir o escoamento de tudo o que produz. Volta-se agora para as laranjas e quer entrar nos hortícolas . Entretanto, já abriu a sua própria mercearia. Acompanhe as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO

Luís Trindade não é novo nisto. Há dez anos concorreu aos apoios comunitários para produção de espargos verdes. Entrou no mercado da grande distribuição, mas a produção convencional, numa propriedade em Alvito, a meio caminho entre Évora e Beja, não lhe garantiu a independência. Não tinha nem quantidade, nem preços para enfrentar o mercado ao lado de produtos importados, de Espanha e do Peru.

A exploração na posse da família há três gerações tem oito hectares, três dos quais ocupados com este fresco. A produção agrícola serviu sempre apenas para consumo pessoal. Ganhou  dimensão com o investimento de Luís. Nem tudo foi fácil. Foram  altos e baixos, associados a uma cultura sazonal, que dá dois meses por ano.

A agricultura surgiu depois da licenciatura em Gestão. Sem emprego, rentabilizar a exploração pareceu-lhe uma saída através da ajuda de fundos europeus. Entre os dois anos que demorou a plantação a entrar em produção, precisava de sobreviver. Encontrou saída a dar aulas numa escola profissional da zona. Esta era e continua a ser a principal fonte de receita. Luís Trindade acredita que as preocupações com a saúde passam inevitavelmente por uma mudança nos hábitos alimentares.

Resolveu rentabilizar por via da diferenciação com espargos biológicos. A mudança radical ocorreu em 2012. Desde o Algarve, passando por Lisboa ou Porto, os seus produtos são vendidos em lojas biológicas. Não quer entrar em mercados convencionais.

"Foi uma aposta ganha. Tenho o escoamento todo garantido", assegura Luís.

Apesar disso, não sabe se irá continuar com os espargos. A cultura dura entre 10 a 15 anos e a de Luís está a chegar ao fim, não sendo possível voltar a plantá-la no mesmo local. O objetivo poderá passar por reduzi-la ao mesmo tempo que se volta para outras. "A laranja biológica tem meses", revela, e em mãos já conta com projetos para outras variedades de hortícolas ou pomares ainda com pouca expressão. Mantendo-se no caminho do biológico, espera, finalmente, fazer disto a atividade principal. Aos 39 anos.

Os dias de aromas de Laura depois de treze anos na banca



17.06.20150



Laura está feliz: "Plantar, mexer na terra, dá-me liberdade de espírito"
Licenciada em Gestão de Empresas, Laura era bancária até que a profissão de que gostava deixou de lhe dar gozo. A estagnação levaram-na a abraçar um novo desafio: as ervas aromáticas e condimentares. Acompanhe as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO

Depois de 13 anos na banca, Laura Dias, de 39 anos, deu uma reviravolta na vida e hoje é de corpo e alma que cuida dos aromas da natureza. O investimento numa propriedade dos avós do marido, ao abandono há 60 anos, fê-los regressar às origens, embora Nuno, economista, ligado à área do turismo, mantenha a atividade em paralelo.

"O que eu fazia já não me dava gozo, não tinha como evoluir.  Gostava imenso do que fazia, mas fui perdendo o gosto pela banca. As coisas foram mudando, tínhamos que fazer reestruturações, dizer aos clientes muitas vezes não e isso deixava de fazer sentido", explica Laura Dias.

Na família de Laura, o avô era agricultor. Confessa que o cheiro da terra lhe permite ter a "mente livre". Sentia-se estagnada na carreira e há muito que desejava um novo desafio. Por isso, aproveitou umq altura de rescisões amigáveis e tomou a decisão. Queria abraçar a tempo inteiro o projeto de ervas aromáticas e condimentares. Começaram em 2011 e, a partir daí, desbravaram caminho num ápice. Apresentaram-se como jovens agricultores a fundos comunitários. Viabilizado o projeto, em 2013 já estavam a preparar o terreno e em dezembro faziam o primeiro teste. Em julho de 2014 produziam, faziam venda direta, e de porta a porta. Com o selo de certificação biológica entraram em lojas gourmet e biológicas. Estão espalhados no Algarve e em Lisboa em dois pontos de venda. Laura afastou-se da banca, mas não dos conhecimentos no terreno no que toca à gestão de empresas. "Agora podia aplicá-los na prática", frisa.

Em Murta, entre Estoi e São Brás de Alportel, crescem 35 espécies em dois hectares e toda a energia na propriedade é gerada por painéis solares. Inicialmente, a exportação esteve no horizonte. Rapidamente se aperceberam que queriam mais do que vender a granel. Ter uma marca própria associada a qualidade. No início deste ano, entraram em ervanárias e farmácias.

"Fomos os impulsionadores da malagueta Cayene, um forte estimulante do metabolismo e outro dos produtos estrela é a Stevia, usado como substituto do açúcar", salienta Laura. Outro dos destaques do trabalho deste casal passa pela valorização das aromáticas locais, como a Néveda, conhecida como erva das azeitonas (utilizada para temperar azeitonas ou caracóis) e o Tomilho Cabeçudo (requisitado em pratos de caça). As ervas que eram espontâneas no terreno foram recolhidas e transplantadas. 

Produzem, desidratam, embalam e vendem. Fecharam acordo com dois distribuidores na região. O mercado dos secos, para chás, curiosamente perdeu espaço para os cheiros frescos. Já têm uma rede na restauração e alguns chefs deslocam-se diretamente à exploração. "Querem qualidade na hora", diz. A exportação não está posta de parte. Por enquanto, sedimentar o mercado nacional, estabelecer mais parcerias com vista à inovação de produtos regionais com as aromáticas, e evoluir para o turismo são prioridades. 

Financeiros e amigos de infância querem ser a referência da framboesa

Os dois amigos ambicionam criar escala com um fileira de produtores para exportar
Rui César e Norberto Moreira são filhos da mesma terra, Castelo de Paiva. e andaram juntos na escola. A agricultura uniu-os e passaram de amigos a sócios. Com êxito: o seu modelo de negócio está a ser replicado por outros produtores. Acompanhe as histórias de produtores e produtos inovadores que estão a surgir e a evolução dos distinguidos no Prémio Intermarché Produção Nacional 2014, que este ano volta a ser um projeto do Expresso e da SIC Notícias.

Raquel Pinto
RAQUEL PINTO

"Queremos ser uma referência no norte do país, não só na comercialização, mas especialmente na produção". As palavras são de Rui César, amigo de infância Norberto Moreira, que um dia lhe fez uma "proposta tentadora" para criarem uma empresa de frutos vermelhos, depois de saber da exploração de um outro amigo em Valença.

Nasceram em 1972, colegas de escola, desde o primeiro ciclo até ao secundário, são da mesma terra. De Castelo de Paiva. O primeiro tem licenciatura em Economia e pós-graduação em gestão cultural, o segundo em gestão financeira. Ligações à agricultura só na geração dos avós. Produziam vinhos. Nunca imaginaram trabalhar na terra.

"Não fazíamos a mínima ideia de como é que se fazia. Fomos visitar produções em Huelva e Odemira, beber os conhecimentos junto dos melhores", conta Rui. Escolheram a framboesa, porque da análise que fizeram era aquele que "garantia mais retorno". Investiram antes mesmo da atribuição do subsídio comunitário a que concorreram. Tinham os dois 39 anos, há três anos atrás. Tinham também capitais próprios para avançar e acreditaram desde logo no empreendimento e resultados. O apoio financeiro veio a 50% num investimento acima de 280 mil euros.



Alugaram terreno da igreja

O terreno foi alugado à igreja paroquial da freguesia de Santa Marinha de Figueira, em Penafiel, por dez anos, com a perspetiva de renovação por mais dez.  "A comunicade local acarinhou o projeto", frisa o produtor. Ele e Norberto mantêm as suas atividades mas já não dá para não terem os pés fixos neste projeto. "Conseguímos estar de manhã a dar formação ou numa empresa de consultadoria e à tarde ir ver como está a apanha e ir ajudar a escolher meia tonelada de framboesa", explica. Mas uma ocupação a tempo inteiro seria "muito contraproducente" neste momento. Pretendem fazê-lo à medida "que os interesses, tipo de serviço, volume de negócio e tipo de transações" assim o justificarem.

Três anos depois têm três postos de trabalho e  mais 40 pessoas, como prestadoras de serviço, durante as campanhas, numa área coberta de 1,1 hectares, o equivalente à plantação de 25 mil pés de framboesa. O dia a dia exige acompanhamento no terreno, devido à falta de mão de obra especializada na região e a sazonalidade. "Todas as operações relacionadas com a framboesas, desde a fonte até ao embalamento exigem altos padrões de qualidade. O mais pequeno detalhe faz toda a diferença e pode pôr em causa o lote".

O total da exploração é de 2,5 hectares. Iniciaram-se com 7000 m2 de área coberta. Cresceram mais 30% do que o previsto. As framboesas diferenciam-se ao nível da textura, de sabor e de maturação.

Na exploração faz-se produção integrada. Obtiveram a certificação GlobalGAP 
Na exploração faz-se produção integrada. Obtiveram a certificação GlobalGAP
 Grandeur, Kwelli, Radiance são as variedades produzidas por estes agricultores empresários. Que garantem saber fazer tudo. Desde a fertilização à plantação, passando pela aplicação de produtos framacêuticos e colheita. "Não há nada na empresa que não tenhamos conhecimentos. Há operações que fica mais barato termos lá funcionários", explica.

A fruta segue para um entreposto comercial. No primeiro ano produziram 13 toneladas, no segundo ano 18 e este ano esperam chegar às 20 toneladas. Mas o mercado revela-se incipiente e a exportação direta para o norte da Europa é o caminho. Disso não têm dúvidas. Tendo esta meta definida, os dois produtores lançaram-se na criação de projetos de investimento e apoio técnico para instalação de outros produtores tendo por base o "exemplo em casa". "Estamos vender um serviço que temos para nós. Naquilo que  não sabemos tentamos ir buscar os melhores da região na área agrícola". Criar um fileira associativa na framboesa porque "o agricultor não consegue sobreviver sozinho, sem um fileira bem organizada e um sector agrícola cada vez mais profissional. "

O método profissional que utilizam está longe de ser feito a "olhómetro". A formação deste dois amigos fê-los transportar para o sector métricas e modelos que ainda não estão implementadas. Focam-se agora na replicação do seu modelo de investimento e produção para ganhar escala e vender melhor o produto.

Produtividade da cereja deve aumentar 60 por cento este ano

18-06-2015 
 

 
A produtividade da cereja, que beneficiou do vento forte que se fez sentir em Maio, deve crescer este ano cerca de 60 por cento, segundo as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística.

As perspectivas são de um bom ano, com a produtividade da cereja, ou seja a quantidade de frutos obtidos por superfície plantada, a subir consideravelmente face a 2014, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Após alguma apreensão devido à instabilidade do tempo, no início do mês de Maio, nas principais regiões produtoras, o vento forte terá beneficiado a produção desta cultura muito sensível às condições climatéricas, fazendo uma monda natural dos frutos vingados que poderiam comprometer a colheita.

O pêssego deve registar igualmente um aumento da produtividade, da ordem dos 5 por cento, antecipando-se que a actual campanha venha a ser uma das melhores dos últimos anos, à semelhança da anterior, com um máximo histórico de 12 toneladas por hectare.

Também positiva é a evolução do tomate para indústria, prevendo-se um aumento de 10 por cento na área plantada, bem como do girassol, de mais 15 por cento, que ocupa algumas áreas anteriormente semeadas com milho.

O mês de Maio foi o segundo mais quente dos últimos oitenta e quatro anos, sendo a precipitação inferior ao valor médio deste mês, principalmente nas regiões a sul do Tejo.

A conjugação das altas temperaturas com a falta de chuva acelerou a maturação dos cereais de Inverno, antecipando o fim do ciclo vegetativo das pastagens e forragens. Ainda assim esperam-se aumentos generalizados no rendimento dos cereais de Inverno, de mais 5 por cento no trigo e na cevada e 10 por cento no triticale e na aveia.

Fonte: Lusa

Baixo preço do milho e da batata levam a redução da área plantada

18-06-2015 
 

 
A superfície plantada de milho para grão e batata deve sofrer este ano uma redução, prevê o Instituto Nacional de Estatística, justificando a diminuição com o baixo preço pago ao produtor.

A superfície plantada de milho deverá ficar abaixo dos 100 mil hectares, reflectindo a queda na cotação desta "commodity" nos mercados internacionais e a obrigação de cumprir a prática de diversificação de culturas para acesso ao pagamento da componente ambiental dos pagamentos directos, "greening".

O preço corrente do milho caiu quase 50 por cento entre Julho de 2012 para Setembro de 2014, segundo dados do Global Economic Monitor Commodities, citados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os baixos preços pagos ao produtor e as dificuldades do escoamento da produção determinaram também a redução da superfície de batata plantada, com -5 por cento na batata de regadio, face a 2014.

Por outro lado, a falta de chuva deve condicionar a produtividade da batata de sequeiro, prevendo-se uma diminuição de 5 por cento na produtividade alcançada, face a 2014.

Fonte: Lusa

Ministra: Novos seguros agrícolas custam menos ao Estado e têm mais cobertura

18-06-2015 
 
 
O Governo aprovou esta quinta-feira um novo sistema de seguros agrícolas que, segundo a ministra da Agricultura, custa ao Orçamento do Estado quase metade do anterior modelo e oferece mais coberturas aos agricultores.

Em conferência de imprensa, no Conselho de Ministros, Assunção Cristas afirmou que o novo modelo de apoios à contratação de seguros agrícolas, que permite o recurso a fundos europeus, é «melhor para os agricultores, com mais coberturas, melhor para as seguradoras, porque têm a garantia de pagamento atempado das verbas em causa, e melhor para o Orçamento do Estado».

Quanto ao Orçamento do Estado, a ministra adiantou: «Reduzimos em cerca de 94 por cento aquilo que estava normalmente orçamentado para os seguros. Passamos de uma média de 14 milhões de euros para 830 mil euros de gasto de dinheiro público nacional por ano, e passamos a poder utilizar os fundos comunitários para ajudar a financiar este novo modelo».

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o novo sistema de seguros agrícolas inclui «um leque mais alargado de eventuais coberturas, abrangendo os seguros de colheitas, de animais e plantas, o seguro vitícola de colheitas e o seguro de colheitas de frutas e produtos hortícolas no âmbito dos fundos agrícolas europeus».

Assunção Cristas começou por considerar que Portugal tinha «um sistema antigo, oneroso para os agricultores, oneroso para o Orçamento do Estado» e que «penalizava muito o Ministério na parte das dívidas às seguradoras».

O Estado tinha «dívidas acumuladas de várias dezenas de milhões de euros», referiu, sem indicar um valor preciso. Segundo a ministra da Agricultura e do Mar, o Governo PSD/CDS-PP começou por «estancar o sistema que existia, e que além do mais era muito pouco atractivo para os agricultores, e tinha elegibilidades e coberturas que não eram as melhores».

«Estancámos com esse modelo, parámos com aumento da dívida às seguradoras, acertámos um plano de pagamento dessa dívida, portanto, pusemos também ordem na casa nessa matéria», disse.

«Depois, desenvolvemos em conjunto com Bruxelas a possibilidade de criar um novo sistema de seguros mais atractivo para os agricultores, que permitisse ter mais gente a aderir a esse modelo, que permitisse ter mais coberturas, com uma apólice comum a todas as áreas, e depois com a possibilidade de haver apólices específicas para sectores», acrescentou.

Segundo a ministra da Agricultura, a aplicação do novo modelo começou «com o sector da vinha, com as frutas e hortícolas» e agora no quadro do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 pode ser estendida «a todas as áreas», com «o financiamento de fundos comunitários».

Fonte: Lusa

Planos português e espanhol para o rio Douro visam melhorar qualidade da água

18-06-2015 
 

 
Os planos hidrológicos do Douro, que estão em preparação em Portugal e Espanha, têm o objectivo comum de aumentar o bom estado da massa de água, que actualmente se situa nos 63 por cento, afirmaram, na Régua, os responsáveis.

A Agência Portuguesa do Ambiente/ Administração da Região Hidrográfica do Norte (APA/ARH) e a Confederación Hidrográfica del Duero realizaram, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, uma sessão pública para debater os principais problemas e medidas de acção para a bacia do rio Douro.

Nos dois países estão, neste momento, em preparação os respectivos planos hidrológicos destinados a este rio que une Portugal e Espanha.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Produtores e cooperativas pedem normativa comunitária contra práticas desleais na cadeia alimentar

 18-06-2015 
  
O Copa-Cogeca solicitou, num debate de especialistas de alto nível organizado pela eurodeputada Sofia Ribeiro no Parlamento Europeu, que se introduza uma legislação europeia para erradicar as praticas comerciais desleais e abusivas na cadeia alimentar, alertando que se deve colocar um fim nas vendas a baixo custo.

O painel incluiu participantes de alto nível da Comissão Europeia (CE), do Parlamento Europeu (PE), de governos, do Copa-Cogeca e do sector da grande distribuição para debater como se pode garantir a equidade na cadeia de fornecimento alimentar.

Na sua intervenção, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, advertiu para o facto de a CE, há cerca de um ano, ter publicado uma comunicação sobre as praticas comerciais desleais «mas falhou ao assumir as suas responsabilidades, nomeadamente, em propor uma abordagem europeia para este problema». No seu lugar, os Estados-membros são encorajados a seguir as suas próprias abordagens que leva à fragmentação e políticas diferentes segundo os mercados.

Grandes distribuidores reconheceram que cometeram infracções e são objecto de investigação. Como um sistema puramente voluntário pode funcionar eficazmente neste ambiente e lutar contra as práticas comerciais desleais que não facilitam aos agricultores nem as cooperativas as condições que tão urgentemente necessitam para poder apresentar as suas queixas de forma anónima e reduzir o medo de possíveis represálias dos sues clientes. A não aplicação da normativa por uma terceira autoridade independente que possa impor sanções no caso de incumprimento é o principal problema de qualquer sistema voluntário.

Com o actual sistema, que existe já alguns anos, agora denominado "Iniciativa da cadeia alimentar", nada mudou realmente. Até agora, não se verificou um compromisso suficiente nem verdadeiras mudanças nas relações comerciais nas fases posteriores da cadeia. Ou seja, afirma Pekka Pesosen, «uma abordagem voluntária não basta», sendo necessários códigos voluntários suportados pela legislação.

A esta questão, o presidente do grupo de trabalho "Cadeia alimentar" e presidente da Associação de Agricultores Irlandeses (IFA), Eddie Downwy, disse que «a Irlanda à semelhança de outros Estados-membros, procura abordar os problemas relacionados com as práticas comerciais desleais, no entanto, não vai longe o suficiente. As vendas abaixo do custo não estão proibidas e não existe um defensor para garantir o cumprimento das normas».

Em conclusão, convém garantir rendimentos justos para os agricultores, sendo necessário uma legislação europeia que assegure a equidade não apenas no mercado interno de um Estado-membro mas também em todos os países-membros. O sector agro-alimentar será o motor do crescimento sustentável no futuro mas apenas com igualdade e transparência nas cadeias de fornecimento alimentar, razão pela qual a organização pede à Comissão Europeia que apresente uma abordagem legislativa em apoio da aplicação de códigos de boas práticas.

Fonte: Agrodigital

"Trator rodopiou e capotou"


Inclinação do terreno foi fatal para condutor de Valongo dos Azeites

Por: Redação / CF    |   ontem às 14:47
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 Um homem morreu esta quarta-feira de manhã  na sequência do capotamento do trator que conduzia numa quinta em Valongo dos Azeites, no concelho de S. João da Pesqueira, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. 

O comandante dos Bombeiros de S. João da Pesqueira, Paulo Esteves, explicou que o homem "ia a subir uma encosta em patamares" e, na traseira do trator, levava "uma alfaia a deitar sulfato". 

"A inclinação era bastante grande, o trator rodopiou e capotou", ficando em cima do condutor, acrescentou. 

O óbito foi declarado no local pelo médico que estava no helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sediado em Macedo de Cavaleiros e que se deslocou a Valongo dos Azeites. 

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu, além do helicóptero, estiveram no local sete veículos e 21 operacionais. 

Na quinta-feira, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) anunciou a intenção de propor ao Governo a criação de um plano de prevenção de acidentes com tratores e máquinas agrícolas, para travar uma "verdadeira tragédia" que vitima cerca de 50 pessoas por ano.

Acidentes com tratores preocupam agricultores


Em comunicado, a CNA considerou que os acidentes com maquinaria agrícola "são um dos piores problemas da agricultura familiar portuguesa", mas não são "uma fatalidade incontrolável". 

Dias antes, o grupo parlamentar do PS tinha questionado a ministra da Administração Interna acerca da sinistralidade envolvendo tratores, nomeadamente qual o orçamento de 2015 para ações de sensibilização e quais as datas em que ocorrerão. 

"Conforme os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Portugal continua a ser um dos países europeus com a taxa de mortalidade mais elevada relativamente aos acidentes com tratores", referiu o grupo parlamentar socialista. 

Segundo dados revelados em março deste ano pela GNR, três em cada quatro acidentes de trator resultam na morte dos passageiros e 70 por cento das vítimas resultam de capotamentos. 

Entre janeiro de 2013 e julho de 2014, a GNR registou 256 acidentes com tratores agrícolas no continente, que provocaram 115 vítimas mortais e 83 feridos graves, recorda a Lusa. 

Vitivinicultores concentram-se hoje na Régua em defesa da Casa do Douro



A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) promove hoje, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, uma concentração contra a entrega da gestão privada da Casa do Douro (CD) à Federação Renovação do Douro.

No final de maio, o Ministério da Agricultura e do Mar designou a Federação Renovação Douro (FRD) como a associação de direito privado que sucede à associação pública da CD, depois de um concurso ao qual foram submetidas duas candidaturas, a da FRD e a da Associação da Lavoura Duriense (ALD).
A Avidouro, associada da Confederação Nacional da Agricultura, apoiou a candidatura da ADL e vai agora sair à rua em protesto contra a escolha da Federação, a qual acusa de estar ligada à Confederação dos Agricultores de Portugal.
Dinheiro Digital / Lusa

Ministro diz que serão definidos novos níveis de caudais para situação de seca

ONTEM às 13:500

O ministro do Ambiente avançou hoje que Portugal e Espanha vão definir novos níveis de caudais dos rios comuns aos dois países, para situação de seca.
Jorge Moreira da Silva referiu que está prevista uma reunião de comissão da Convenção de Albufeira para "definir novos níveis de recurso hídricos" quando se verifica situação de seca.
"Não vamos esperar por essa ocorrência para avançar com a redução de utilização privada de recursos hídricos" e garantir que, por exemplo, as barragens fazem uma gestão adequada da água, tendo em conta a escassez deste recurso, explicou.
O governante está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, reunião em que foi questionado pela oposição acerca da gestão dos recursos hídricos em caso de seca.
O ministro avançou ainda que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a preparar medidas adicionais para enfrentar a escassez de água nos rios, como o reforço da fiscalização em relação a despejo de águas ilegais e extração ilegal de inertes.
"Não vamos esperar por uma [eventual] declaração de seca agrícola para avançar com as ações que estão a ser programadas pela APA", realçou.
Trata-se também de "definir caudais para regime de estiagem antes do período de seca", nomeadamente "o caudal mínimo necessário no Tejo", um rio com um regime hidrográfico irregular e um daqueles que está sujeito a maior pressão, em caso de escassez de chuva.
A 05 de junho foi anunciada a realização, em julho, da terceira Conferência das Partes entre Portugal e Espanha, que vai debater os planos das bacias hidrográficas.
A decisão foi tomada num encontro bilateral com a ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente espanhola, Isabel García Tejerina, que decorreu em Lisboa, no âmbito da Semana Azul.
No final da reunião, Jorge Moreira da Silva destacou a importância da realização da Conferência das Partes – Convenção de Albufeira, que irá realizar-se pela terceira vez em 17 anos, tendo a primeira decorrido em 1998 e a segunda em 2008.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a situação de seca agravou-se em maio, com seca severa em mais de metade do país e extrema em um por cento, no Algarve, existindo já défice de humidade no solo.
De acordo com o índice meteorológico de seca, em 31 de maio, 45% do território está em situação de seca fraca a moderada e 55% em situação de seca severa a extrema.
Diário Digital com Lusa

Portugal define medidas para enfrentar seca


Portugal define medidas para enfrentar seca


Portugal pretende definir novos níveis de utilização dos recursos hídricos, uma das medidas para enfrentar situações de seca, que incluem também o reforço da fiscalização, disse hoje fonte do Ministério do Ambiente.
A fixação dos níveis de utilização dos recursos hídricos é uma competência do Governo, mesmo para os rios que partilha com Espanha, acrescentou a fonte do Ministério.

Jorge Moreira da Silva esteve hoje na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local e salientou que não vai esperar a ocorrência de uma situação de seca agrícola para avançar medidas relacionadas com a gestão da água dos rios.
Apontou que está prevista uma reunião da comissão de gestão de albufeira para definir os novos níveis de recursos hídricos.

"Não vamos esperar por uma situação de seca para avançar com a definição dos níveis de utilização privada de recursos hídricos, que permitam, no caso dessa ocorrência, a redução desse uso" e garantir que, por exemplo, as barragens fazem uma gestão adequada da água, tendo em conta a escassez deste recurso.
Trata-se também de "definir caudais para regime de estiagem antes do período de seca", nomeadamente "o caudal mínimo necessário no Tejo", um rio com um regime hidrológico irregular e um daqueles que está sujeito a maior pressão, em caso de escassez de chuva.
O ministro avançou ainda que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a preparar medidas adicionais para enfrentar a escassez de água nos rios, como o reforço da fiscalização em relação a despejo de águas ilegais e extração ilegal de inertes, especificamente no rio Tejo.
A 05 de jun foi anunciada a realização, em julho, da terceira Conferência das Partes entre Portugal e Espanha, que vai debater os planos das bacias hidrográficas.
A decisão foi tomada num encontro bilateral com a ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente espanhola, Isabel García Tejerina, que decorreu em Lisboa, no âmbito da Semana Azul.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a situação de seca agravou-se em maio, com seca severa em mais de metade do país e extrema em um por cento, no Algarve, existindo já défice de humidade no solo.
De acordo com o índice meteorológico de seca, em 31 de maio, 45% do território está em situação de seca fraca a moderada e 55% em situação de seca severa a extrema.
Diário Digital com Lusa

Agricultura: cortes de água chegam ao «coração» da Califórnia



 15 Junho 2015, segunda-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

A Califórnia, nos EUA, precisou de quatro anos de seca contínua para decidir aprovar, em Abril de 2015, restrições obrigatórias ao uso de água em todo o Estado pela primeira vez na sua história.
Na semana passada, essas restrições chegaram ao coração mais protegido de sua economia: os agricultores com direitos sobre a água que remontam aos tempos da febre do ouro, há mais de um século.
A Comissão de Recursos Hídricos da Califórnia aprovou restrições na sexta-feira, dia 12 de junho, para 117 desses produtores. É o corte mais profundo da história para esses agricultores.
Os direitos dos agricultores sobre a água na Califórnia remontam, em alguns casos, a finais do século XIX, a época em que a febre do ouro colonizou, em poucos anos, os vales e beiras das montanhas do Estado em busca de metais.
Os novos proprietários de terras conseguiram permissão para desviar a água dos rios para suas propriedades com base em «quem chega primeiro, pode irrigar primeiro».
O Estado só começou a outorgar permissões oficiais de irrigação em 1914. Essa data é a que marca a diferença entre os chamados direitos dos mais novos e dos mais velhos para desviar água dos rios.
Em abril, o governador da Califórnia, Jerry Brown, anunciou os primeiros cortes obrigatórios de água da história do Estado. Até esse momento, as restrições nunca tinham superado os níveis de município e condado, mas a confirmação de que as reservas de neve caída no inverno estão abaixo de 5% da média, o que significa que os rios terão um caudal reduzido pelo resto do ano, desatou o alarme.
A Califórnia é o estado com maior produtividade agrícola dos Estados Unidos. As vendas de frutas e legumes atingem os 50 bilhões de dólares, sendo que aqui é produzido 2/3 de toda a fruta que consumida nos EUA.
Fonte: El País 

Seminário ACICO 2015: Tomar debate mercado de cereais e oleaginosas

 16 Junho 2015, terça-feira  Cerealicultura

A 25 de junho o hotel Templários, em Tomar, é palco do seminário 2015 da ACICO - Associação Nacional de Armazenistas Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas.

O evento irá discutir "O mercado de cereais e oleaginosas na campanha 2015/2016".
"A Qualidade das matérias-primas" e o "Valor económico e o seu impacto no campo e na fábrica" são outros dos temas em debate.  

Associação de pequenos frutos lança observatório de preços

 15 Junho 2015, segunda-feira  Pequenos Frutos
pequenos frutos

A Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial (AGIM) anunciou o lançamento de um observatório de cotações do mirtilo, morango, amora, groselha e framboesa.
O Observatório de Preços e Mercados de Pequenos Frutos, que será apresentado esta terça-feira (16 de junho) no lançamento da Feira do Mirtilo, em Sever do Vouga, está inserido no projeto do "cluster" dos pequenos frutos.
«Vai consistir numa plataforma online, onde vamos ter as cotações de cinco frutos nos mercados de Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha e Reino Unido, com atualização semanal», explicou José Manuel Silva, da AGIM.
De acordo com aquele técnico, a plataforma terá informações sobre os preços praticados relativos às produções de mirtilo, morango, amora, groselha e framboesa, não apenas de venda no mercado de produção, mas também na distribuição e no consumo.
«A informação que recolhemos, relativa ao mercado de consumo, tem por base os preços ao consumidor nas principais cadeias de hipermercados. Em relação aos preços do mercado abastecedor e à produção essa informação baseia-se em dados institucionais dos diferentes países», esclareceu.
O acesso à plataforma será gratuito para os associados da AGIM, podendo também ser acedida por outros agentes mediante o registo e pagamento de uma anuidade.
«A grande vantagem é que vamos compilar e atualizar semanalmente informação que até agora estava dispersa, podendo servir como guia para a tomada de decisões», salientou José Manuel Silva.
Trata-se de um repositório de informação estatística de produção e cotações, que é um novo instrumento para dar resposta às necessidades dos intervenientes na fileira dos pequenos frutos, relativamente recente em Portugal.
«Havia a necessidade de coligir essa informação, que se encontrava muito dispersa, e penso que será um auxiliar importante para a tomada de decisões de todos os agentes que se encontram nesta fileira, sejam produtores, comercializadores ou consumidores», justificou aquele técnico da AGIM.
Fonte: Lusa  

Associação da Lavoura Duriense interpões providência cautelar


Junho 17
14:29
2015

Após ter perdido o concurso para a concessão da gestão da Casa do Douro (CD), a Associação da Lavoura Duriense (ALD) interpões uma providência cautelar para travar a entrega da gestão a entidades privadas.

Esta providência foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela contra o júri do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), que escolheu a Federação Renovação do Douro (FRD) para dar continuidade à CD.

A providência foi aceite pelo tribunal, que vai agora analisar os fundamentos da decisão. Esta providência tem, assim, efeitos suspensivos da decisão.

Alguns dos problemas que levaram ao afastamento da ALD do concurso, por parte do júri, prendiam-se com a exclusão dos sócios que se inscreveram manualmente. Alexandre Ferreira, presidente da ALD, esclareceu que a Associação foi impossibilitada pela Comissão de Protecção de Dados de dar ao júri, os dados pessoais referentes aos sócios.

O representante da FDR referiu que tem "desconhecimento em absoluto da providência cautelar". Acrescentou, ainda, que a instalação na "nova Casa do Douro e do Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP)" está em curso.

Oportunidades para culturas horto-industriais em Alqueva apresentadas em Beja


por Ana Rita Costa
16 de Junho - 2015
 
O auditório da EDIA, em Beja, vai ser palco de uma apresentação sobre as oportunidades em culturas horto-industriais, nomeadamente do Brócolo e do Pimento, na região de Alqueva.

Esta sessão terá lugar no próximo dia 22, pelas 15 horas, e é uma organização da EDIA e da Monliz que contará com a participação do Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio, COTR.

A iniciativa contará com a participação de profissionais como Filipe Guerreiro dos Santos, Diretor Coordenador da DEAPR, Tiago Santos, Diretor Agrícola da Monliz, Francisco Efigénio , Departamento Agrícola da Monliz, Gonçalo Morais Tristão, Presidente do COTR e José Pedro Salema, Presidente da EDIA.

FAO quer prevenir desaparecimento da dieta mediterrânica


por Ana Rita Costa
16 de Junho - 2015
 
A dieta mediterrânica é considerada modelo de vida saudável e de sistemas alimentares sustentáveis, mas de acordo com um novo relatório da FAO e do Centro Internacional de Altos Estudos Agronómicos Mediterrânicos (CIHEAM), a região está a passar por uma "transição nutricional", afastando-se da antiga dieta. As organizações querem agora que seja implementado um programa de ação para apoiar dietas mais sustentáveis na região.

Segundo o relatório, "a globalização, o comércio de alimentos e as alterações dos estilos de vida, incluindo no que diz respeito ao papel que as mulheres desempenham na sociedade, estão a alterar os padrões de consumo no Mediterrâneo, deixando para trás as frutas e os legumes para um maior foco na carne e nos produtos lácteos."

Enquanto alguns países do Mediterrâneo meridional continuam a combater a desnutrição, outros países da região enfrentam cada vez mais os problemas da obesidade e do excesso de peso. Ao mesmo tempo, a região em conjunto assiste a um aumento das enfermidades crónicas devido à alimentação, que conduzem cada vez mais à debilidade e morte.

"A desnutrição continua a ser um problema significativo no sul do Mediterrâneo, assim como o atraso no crescimento – baixa estatura para a idade – em crianças abaixo dos 5 anos, nos países do Mediterrâneo meridional como oriental", defende a FAO.

A dieta Mediterrânica é associada ao consumo de óleo vegetal, cereais, vegetais e leguminosas e a um consumo moderado de peixe e carne. Por se basear em grande parte em hortícolas, o seu impacto no ambiente "é relativamente fraco, pois requer menos recursos naturais que a produção animal", indica a organização.

"A dieta mediterrânica é nutritiva, integrada nas culturas locais, sustentável a nível ambiental e compatível com as economias locais", explica Alexandre Meybeck, Coordenador do Programa de Sistemas Alimentares Sustentáveis da FAO. "Por este motivo é essencial que a continuemos a promover e apoiar".

As estimativas sugerem que atualmente apenas 10% das variedades de culturas tradicionais estão a ser cultivadas na região, sendo que uma grande parte foi substituída por um número limitado de culturas não nativas melhoradas.

Nesse sentido, a FAO e o Centro Internacional de Altos Estudos Agronómicos Mediterrânicos acreditam que "os responsáveis políticos, investigadores e a indústria alimentar precisam de aumentar a sua colaboração para compreender melhor os sistemas e tendências alimentares."

Para as organizações, são precisas campanhas de sensibilização para promover entre os consumidores a procura por produtos mediterrâneos tradicionais e um maior integração entre as atuais tendências alimentares e hábitos de consumo e a utilização de produtos locais em toda a região.

Para além disso, a colaboração entre a FAO e o CIHEAM pretende desenvolver casos de estudo locais sobre como aumentar a produção sustentável e promover a conservação da dieta tradicional.

Comunicado: O Setor Florestal mais uma vez esquecido no PDR 2020


por Anefa - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente


16 de Junho - 2015
 
Numa altura em que existe um deficit de matéria-prima que põe em causa milhares de postos de trabalho o Governo deixa cair mais uma vez o Sector Florestal. As medidas florestais do PDR 2020, que deveriam ter tido início em Março deste ano, apenas agora estão a começar e sóse conhece a regulamentação de duas das nove medidas associadas ao sector.

A chamada época de transição, iniciada no ano passado, cujo objetivo seria não fazer parar o investimento pode vir a tornar-se num pesadelo para o Setor. Um ano volvido, essas candidaturas não começaram sequer a ser analisadas e o pior é que nem sabem dizer aos investidores quando irão começar a ser aprovadas. A ANEFA questiona então de que serviu a época de transição?

E o PDR 2020 onde está? O único concurso florestal que abriu diz respeito à luta contra fatores bióticos (pragas e doenças) e abióticos (incêndios) e irá consumir mais de um terço destinado ao setor para o PDR 2020, sendo que, apesar de encerrar o concurso já no final do mês (não dando praticamente prazo para se prepararem devidamente as candidaturas, já que não se conheciam as regras), 90 % do orçamento desse concurso já se encontra comprometido com a referida época de transição. Uma boa altura para iniciarmos operações de prevenção contra os incêndios– o Verão.

Será este o destino que queremos dar à nossa floresta? Não chega o Sr. Presidente da República dedicar um dia à Floresta e pedir à Comunidade Civil que a preserve e cuide dela. A Floresta faz-se com Pessoas e Investimento, e esse Investimento só é possível se as "regras do jogo" forem conhecidas.Não nos podemos ainda esquecer que o investimento na Floresta é sazonal. Estes atrasos somam praticamente dois anos sem se investir na nossa floresta, colocando em causa a sustentabilidade dos espaços florestais e das próprias empresas, e esta é sem dúvida uma preocupação da ANEFA. Empresas que geram riqueza, que empregam milhares de pessoas e que se vêem uma vez mais à beira do abismo…

Infelizmente o actual Governo ainda não percebeu que o "superavit" do sector tem como base a própria Floresta, e que se ela não existir, passaremos a ter um deficit semelhante ao que acontece com a agricultura. Com a agravante de que a floresta não se "faz" de um ano para o outro... Parece que a ANEFA tinha razão quando disse que a saída do Sr. Secretário de Estado das Florestas e a extinção do cargo só iria trazer uma maior fragilidade ao setor.

Bragança recebe Jornadas de Lúpulo e Cerveja


por Ana Rita Costa
16 de Junho - 2015
 
Realiza-se no próximo dia 14 de julho, em Bragança, as Jornadas de Lúpulo e Cerveja, iniciativa organizada pelo Centro de Investigação de Montanha (CIMO) em parceria com a BRALÚPULO.

O evento realiza-se na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança e pretende debater temas como "Produção e mercado do lúpulo", "História do lúpulo em Portugal – Caracterização do setor produtivo atual", "A UNICER – uma ligação histórica entre a indústria e a produção. A importância do lúpulo no processo cervejeiro. Variedades de amargo e de aroma", "A cultura do lúpulo em Bragança. Aspetos agronómicos inovadores e potencial de expansão", "Biotecnologia associada ao lúpulo: técnicas de propagação e estudos de adaptação", "Novos mercados potenciais para o lúpulo - cervejaria artesanal", "Tecnologias de extração e preservação de essências. Desenvolvimento agroindustrial e transferência de tecnologia", "Extração de produtos naturais utilizando CO2 supercrítico", "Promoção da cultura do lúpulo em Espanha", "Extratos e compostos naturais de produtos de montanha com propriedades bioativas" e "Política Agrícola Comum 2014 – 2020. Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020. Parcerias Europeias de Inovação (PEI). Transferências de Tecnologia".

No dia 15 de julho realiza-se ainda um Workshop de Cerveja Artesanal dirigido a cervejeiros e a apreciadores de cerveja artesanal que ainda não tenham tido oportunidade para aprender a produzi-la. O objetivo "é divulgar o processo de fabrico de cerveja de alta qualidade, de uma forma simples, rápida, sem grandes custos e acessível a todos", refere a organização.

APCER e FIPA ensinam empresas agroalimentares a internacionalizar


por Ana Rita Costa
16 de Junho - 2015
 
A APCER e a FIPA vão promover no próximo dia 25 de junho, no Auditório Luís Morales, do AIP, em Lisboa, um seminário subordinado ao tema 'Ferramentas para a Internacionalização'.

A iniciativa, que tem como objetivo "dar a conhecer aos participantes os principais referenciais de certificação aplicáveis à fileira alimentar, nomeadamente os requisitos, vantagens, benefícios esperados, desafios na implementação e etapas no processo de certificação, contará com a participação de profissionais como Pedro Queiroz, da FIPA, Andreia Magalhães, da APCER, Rui Azevedo, da Cerealis, Alexandra Ribeiro, da Schreiber Foods e Paula Arês, da Sovena.

Em discussão estarão questões como "As normas BRC Food, IFS Food e FSSC 22000", "Exportar com a norma IFS", "Exportar com a norma FSSC 22000" e "Exportar com a norma BRC Food".

Ajudas da CE aos hortofrutícolas vão acabar


por Ana Rita Costa
16 de Junho - 2015
 
Os apoios dados pela Comissão Europeia ao sector dos hortofrutícolas devido ao embargo russo vão terminar no final deste mês.

A notícia foi avançada pelo Comissário Europeu para a Agricultura, o irlandês Phil Hogan, e já está a ser alvo de críticas por parte dos agricultores e produtores de hortofrutícolas.

Ainda assim, Phil Hogan procurou tranquilizar os produtores explicando que o apoio dado aos hortofrutícolas termina num momento em que a UE aposta em novos mercados para a exportação de produtos agroalimentares.

Recentemente, foi aprovado o Regulamento 1144/2014, que reduz as barreiras administrativas e estende o número de produtos que terão apoio à exportação. O México e os Estados Unidos da América são dois dos mercados que já estão nos planos estratégicos da UE.

DECLARAÇÕES DE EXISTÊNCIAS DE SUÍNOS




O IFAP disponibilizou informação estatística atualizada relativa às declarações de existências de suínos dos anos de 2014 e 2015. Esta informação pode ser consultada no menu Estatísticas do portal do IFAP: http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_estatisticas.

Preços do trigo e milho em subida nos mercados grossistas

16-06-2015 
  
No mercado internacional verifica-se uma tendência de baixa no preço dos cereais, devido às melhores expectativas de colheita de trigo nos Estados unidos.  

A informação de Junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta para uma produção de 57,72 milhões de toneladas enquanto a de Maio assinalava 56,81 milhões de toneladas.

Esta baixa tem vindo também a ser pressionada pelas existências mais elevadas do que o esperado e maiores números de exportação de trigo na Rússia, de 20 a 21 milhões de toneladas, e na Ucrânia de 10,5 a 11,5 milhões. O preço do milho também mantém uma disposição de baixa, promovida pela do trigo e por uma maior oferta do que a prevista.

Nos mercados grossistas, os preços do trigo branco e milho subiram pela quarta semana consecutiva. O preço do trigo branco, na semana de 8 a 14 de Junho, valorizou 0,56 euros a toneladas até os 187,53 euros.

O preço do milho aumentou em 1,12 euros a toneladas até os 175,5 euros e a cevada subiu 0,11 euros, até os 178,45 euros a toneladas e o trigo duro mais 12 euros até os 265 euros a toneladas, segundo os dados da Associação de Comércio de Cereais e Oleaginosas de Espanha.

Fonte: Agrodigital

UE: Mercados do açúcar directos ou indirectos devem ter sistemas de informação de preços independentes

16-06-2015 
  
A partir de 2017, desaparecem as quotas de açúcar na União Europeia e, por conseguinte, algumas normas chave do mercado vão mudar, como é o caso do sistema de informação de preços e controlo das exportações.

Na reunião do próximo dia 25 de Junho com o recentemente criado Grupo de Especialistas do Açúcar, na qual participam os Estados-membros e a Comissão Europeia, o fim das quotas será um dos temas em debate.

Actualmente, há dois mercados de açúcar claramente distintos, o mercado do uso directo do açúcar em alimentos e o de uso indirecto, como a fermentação, etanol e exportação. A Confederação de produtores europeus de levedura (COFALEC) defende que ambos os mercados devem ser monitorizados separadamente, mediante dois sistemas de informação de preços e com folhas de balanço actualizadas regularmente.

Na opinião da COFALEC, o desaparecimento das quotas de açúcar vai gerar um deslocamento da produção, com redução das culturas de beterraba em algumas zonas e aumento noutras, pelo que é necessário que o mercado seja o mais transparente possível.

De referir que os produtores de leveduras compram cerca de 800 mil toneladas equivalentes a açúcar por ano, das quais 80 por cento provenientes da União Europeia.

Fonte: Agrodigital

UE pode começar a exportar ovos para os EUA

 16-06-2015 
  
Os Estados Unidos da América vão começar a importar ovos da União Europeia, depois de mais de uma década de paragem.

A doença da gripe das aves que se propagou nos Estados Unidos impediu que a produção interna seja capaz de satisfazer a procura e também devido a uma grande pressão por parte da indústria alimentar dos Estados Unidos.

Sete países foram autorizados a exportar para os estados Unidos ovos secos, congelados ou líquidos destinados à industrial alimentar, entre os quais, Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda e França. Quanto aos países fora da União Europeia autorizados fora o Chile e a Argentina. Nos últimos anos, apenas o Canadá exportava para os Estados unidos.

O preço dos ovos nos Estados Unidos alcançou valores recorde devido à escassez de oferta. A informação de previsões do USDA assinalava que o preço médio previsto para 2015 era de 1,63 dólares a dúzia. Prevê-se que o preço dos ovos aumente 1,80 euros a dúzia no quarto trimestre. Em 2014, o valor médio foi de 1,42 euros, o que já foi um preço recorde.

Fonte: Agrodigital

UE: Acordo em Conselho sobre produção biológica

17-06-2015 
 

 
O Conselho de Ministros chegou a um acordo sobre a proposta da produção biológica. Os ministros acordaram a posição comum que o Conselho vai defender nas reuniões tripartidas entre o Parlamento Europeu, a Comissão e o Conselho.

O comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, espera que estas reuniões possam terminar antes do final do ano. A ministra da agricultura espanhola, García Tejerina, destacou os avanços dados sobre a proposta inicial da Comissão, que dificultava o desenvolvimento deste sector, já que introduzia limitações muito sérias, como a dificuldade de coexistência na mesma exploração de produção biológica e convencional.

Em matéria de substâncias não autorizadas na produção biológica, ficou resolvido que no caso da detecção de resíduos não permitidos num produto biológico, haja tolerância caso não se verifique intencionalidade por parte do produtor.

O controlo dos processos de produção dos produtos biológicos foi outra questão aprovada. Luz verde aqueles produtores que tenham um perfil de baixo risco, os controlos sejam feitos sobre o terreno com uma frequência máxima de dois anos e meio e nos restantes casos, a frequência será anual, sento também ajustado que, no prazo de trinta meses, antes de 31 de Dezembro de 2020, a Comissão apresente uma informação e no seu caso, propostas legislativas para ter um sistema harmonizado de controlos.

Os responsáveis assinaram também a importância de que as exigências a países terceiros sejam semelhantes às dos produtores europeus, já que isso oferece garantias aos consumidores de produtos biológicos e ao mesmo tempo protege os produtores comunitários de uma concorrência desleal.

Em relação à possibilidade de criar uma nova agência comunitária para a produção biológica, conforme solicitado por um grupo de eurodeputados, o comissário Phil Hogan acredita que não é necessário, pois na sua opinião esta aumentava a carga administrativa e maiores custos, defendendo que as estruturas existentes são suficientes.

Fonte: Agrodigital

Portugal quer exportar 900 milhões de euros de vinho por ano

17-06-2015 
  
O vice-primeiro-ministro Paulo Portas quer ver Portugal a exportar 900 milhões de euros de vinho por ano e destacou que as empresas estão a investir 100 milhões de euros anuais no sector, em parte para apoiar as exportações.

«Há quatro anos, exportávamos pouco mais de 600 milhões de euros de vinho por ano. Neste momento já estamos a exportar 730 milhões de euros, é um crescimento de 20 por cento», afirmou Paulo Portas, após uma visita ao salão internacional do vinho e das bebidas espirituosas de Bordéus, a Vinexpo.

O objectivo é agora chegar aos 900 milhões de euros, aproveitando também, segundo Paulo Portas, o novo quadro comunitário «para as empresas se internacionalizarem mais e exportarem mais».

Uma hora e várias provas depois de percorrer o mapa das regiões portuguesas em vinhos, o vice-primeiro-ministro elogiou as empresas que «competem de igual para igual» em feiras internacionais e comentou que o vinho é um dos «pilares das exportações» portuguesas.

«Temos de ter a noção que 20 por cento das exportações portuguesas são agro, sectores e dentro dos produtos agrícolas o vinho é o terceiro produto alimentar que Portugal mais e melhor vende no estrangeiro», declarou.

O governante salientou que «os fundos comunitários têm de ser colocados junto do investimento» e acrescentou que os investidores no sector do vinho investem, por ano, cerca de 100 milhões de euros, parte dos quais «para exportar».

Paulo Portas apontou o exemplo de França, país líder no mercado de vinho e que acolhe a Vinexpo, para onde Portugal exporta, por ano, 80 milhões de euros só em vinhos do Porto e do Douro.

Sublinhando que o «vinho não é um produto ultrapassado» e que «quando é antigo é bom», o vice-primeiro-ministro notou que «há muita gente no mundo a querer consumir vinho português» e que as empresas têm actualmente capacidade de fazerem promoção comercial e marketing.

Paulo Portas destacou que estão 80 empresas portuguesas numa das maiores feiras do mundo dedicada ao sector e que não pretende ser apenas uma vitrina: «os produtores estão aqui para fazer negócio».

Apelos aos «bons negócios» foram aliás as palavras mais repetidas pelo governante aos expositores durante a visita, em que aproveitou também para elogiar a qualidade dos vinhos portugueses junto de alguns interessados estrangeiros.

Fonte: Lusa

Acordo de comércio livre UE/EUA exclui carne tratada com hormonas

17-06-2015 
  
O acordo de comércio livre que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos exclui qualquer referência à carne tratada com hormonas, afirmou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus no Parlamento.

«A carne tratada com hormonas não é produzida nem comercializada na União Europeia (UE) e todos estamos conscientes de que o tratado não alterará isso. Sobre isso não há qualquer ambiguidade», afirmou o secretário de Estado, Bruno Maçães, durante uma audição conjunta das Comissões de Economia e Obras Públicas e dos Assuntos Europeus.

O TTIP, sigla inglesa pela qual é conhecida a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, envolve a abolição de barreiras alfandegárias e regulatórias em todos os sectores da economia, com excepção do audiovisual, e deverá criar a maior zona de livre-comércio do mundo.

Por outro lado, questionado pelos deputados sobre os organismos geneticamente modificados, o secretário de Estado referiu que a UE já permite a produção e comercialização destes produtos em 58 casos.

«A minha opinião é que esse procedimento seja alterado no futuro, mas não em resultado da negociação com os Estados Unidos», considerou, acrescentando que «há uma sede própria» para esse efeito.

Quanto ao impacto de um futuro acordo de liberalização sobre a economia portuguesa, Bruno Maçães admitiu que as negociações em cima da mesa colocam «dificuldades e desafios importantes» à indústria portuguesa de concentrado de tomate, mas também «uma série de oportunidades e vantagens» para estas empresas.

Respondendo a uma questão levantada pela deputada Carla Cruz, do PCP, sobre os alertas que têm sido lançados pela indústria portuguesa dos concentrados de tomate, o secretário de Estado afirmou que a União Europeia deve trabalhar a favor de uma «convergência para cima».

«A indústria de tomate nos Estados Unidos pode reutilizar a água de lavagem por várias vezes, mas na Europa não é possível», exemplificou, acrescentando que as autoridades comunitárias devem trabalhar para que as condições aplicadas aos produtores norte-americanos sejam tão exigentes como acontece com os europeus.

A mobilidade laboral temporária de trabalhadores para os Estados Unidos da América (EUA), para darem apoio a empresas portuguesas que actuam naquele mercado, é outra questão que preocupa o Governo no âmbito do futuro acordo.

Bruno Maçães admitiu ainda, «em abstracto», que o TTIP «pode colocar riscos para o modelo social europeu». «Temos de criar condições que garantam que o estado social é sustentável», sublinhou, considerando que para isso é fundamental «o crescimento económico».

Segundo o governante, prevê-se que no final de 2015 seja alcançado um acordo político nas linhas gerais do futuro acordo, que permita delimitar o que será o tratado.

Fonte: Lusa

"O Regadio potencia o Território e gera Emprego"

Ministro: Portugal vai poupar 92 milhões por ano com reforma do sector

17-06-2015 
 

 
O ministro do Ambiente disse, em Mafra, que Portugal vai poupar 92 milhões por ano e 4.100 milhões até 2045 com a reestruturação do sector da água, através da fusão de empresas.

«Estamos a falar de 92 milhões de euros anuais de poupanças nos custos operacionais até 2045. No total, os municípios pouparão 4100 milhões de euros nas tarifas que lhes são cobradas, disse Jorge Moreira da Silva à agência Lusa, à margem da inauguração da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Carvoeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa.

O governante adiantou que, após a fusão das 19 empresas multimunicipais, as cinco novas empresas, a principal medida do processo de reestruturação do sector, vão ser constituídas no dia 30, entrando as novas administrações em funções logo no dia 01 de Julho.

O ministro do Ambiente disse que a fusão vai permitir uma redução em 2/3 dos órgãos sociais das empresas e diminuir em 55 por cento os cargos de chefia e de direção, num processo de reorganização do grupo Águas de Portugal, que deverá estar concluído até ao final do ano. Além da poupança nos custos de funcionamento, a reforma vai permitir reduções nos tarifários da rede em alta, cobrados aos municípios.

O governante explicou que «a tarifa da água será inferior em 10 por cento e no saneamento inferior 16 por cento em relação ao que estava previsto», acrescentando que os próximos cinco anos vão ser de ajuste para se atingir um tarifário único no país.

«Vai originar um agravamento muito moderado em alguns concelhos do litoral. Estamos a falar da Grande Lisboa, com agravamentos de 0,20 euros no consumo médio de 10 metros cúbicos, o que, ao fim de cinco anos, significa um euro para os municípios e uma redução de três euros em municípios do interior, esclareceu.

Jorge Moreira da Silva explicou que a reforma do sector da água era essencial para a sua sustentabilidade financeira, numa altura em que as dívidas dos municípios são de cerca de 400 milhões de euros, e para garantir investimentos necessários, estimados em 634 milhões de euros, sobretudo nas redes municipais, em baixa.

Para o efeito, anunciou que Portugal vai poder beneficiar de 3700 milhões de euros em fundos comunitários. A ETAR da Foz do Lizandro, na Carvoeira, representa um investimento de 5,5 milhões de euros do grupo Águas de Portugal, através da empresa multimunicipal SIMTEJO.

Localizada a 1,5 quilómetros da foz do Rio Lizandro, vai tratar águas residuais de 28 mil habitantes das freguesias da Carvoeira e parte de Igreja Nova, Mafra e Ericeira, contribuindo para a melhoria das águas balneares, sobretudo das praias da Foz do Lizandro e de São Julião, bem como deste troço do rio.

A ETAR faz parte do subsistema da Foz do Lizandro, que integra ainda quatro estações elevatórias e 16 quilómetros de emissários. O investimento total neste subsistema é de 25 milhões de euros, dos quais seis milhões vão ser ainda gastos até 2018.

Fonte: Lusa

Eurostat: Emissões de CO2 baixaram 5,7 por cento em Portugal face ao ano anterior

15-06-2015 
  
As emissões de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis diminuíram 5,7 por cento em Portugal em 2014, face a 2013, ligeiramente acima dos 5,0 por cento de quebra registados na União Europeia, segundo o Eurostat.
 
Segundo as estimativas do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), as emissões de dióxido de carbono (CO2) recuaram no ano passado em 22 Estados-membros, com a Eslováquia à cabeça (-14,1%), seguindo-se a Dinamarca (-10,7%), a Eslovénia (-9,1%), o Reino Unido (-8,5%) e a França (-8,2%).
 
Portugal, com uma quebra de 5,7 pontos percentuais (p.p.) está em 11.º lugar na lista das reduções, tendo passado de 44.671 milhões de toneladas CO2 emitido para um valor estimado de 42.121 milhões de toneladas, uma quebra de 2.550 milhões de toneladas.
 
A Bulgária (7,1%), Chipre (3,5%), Malta (2,5%), a Lituânia (2,2%),a Finlândia (0,7%) e a Suécia (0,2%) são os países onde a emissões de CO2 provenientes dos combustíveis fósseis subiram no ano passado, em relação a 2013.
 
Fonte: Lusa

Acordo de comércio livre UE/EUA exclui carne tratada com hormonas

17-06-2015 
  
O acordo de comércio livre que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos exclui qualquer referência à carne tratada com hormonas, afirmou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus no Parlamento.

«A carne tratada com hormonas não é produzida nem comercializada na União Europeia (UE) e todos estamos conscientes de que o tratado não alterará isso. Sobre isso não há qualquer ambiguidade», afirmou o secretário de Estado, Bruno Maçães, durante uma audição conjunta das Comissões de Economia e Obras Públicas e dos Assuntos Europeus.

O TTIP, sigla inglesa pela qual é conhecida a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, envolve a abolição de barreiras alfandegárias e regulatórias em todos os sectores da economia, com excepção do audiovisual, e deverá criar a maior zona de livre-comércio do mundo.

Por outro lado, questionado pelos deputados sobre os organismos geneticamente modificados, o secretário de Estado referiu que a UE já permite a produção e comercialização destes produtos em 58 casos.

«A minha opinião é que esse procedimento seja alterado no futuro, mas não em resultado da negociação com os Estados Unidos», considerou, acrescentando que «há uma sede própria» para esse efeito.

Quanto ao impacto de um futuro acordo de liberalização sobre a economia portuguesa, Bruno Maçães admitiu que as negociações em cima da mesa colocam «dificuldades e desafios importantes» à indústria portuguesa de concentrado de tomate, mas também «uma série de oportunidades e vantagens» para estas empresas.

Respondendo a uma questão levantada pela deputada Carla Cruz, do PCP, sobre os alertas que têm sido lançados pela indústria portuguesa dos concentrados de tomate, o secretário de Estado afirmou que a União Europeia deve trabalhar a favor de uma «convergência para cima».

«A indústria de tomate nos Estados Unidos pode reutilizar a água de lavagem por várias vezes, mas na Europa não é possível», exemplificou, acrescentando que as autoridades comunitárias devem trabalhar para que as condições aplicadas aos produtores norte-americanos sejam tão exigentes como acontece com os europeus.

A mobilidade laboral temporária de trabalhadores para os Estados Unidos da América (EUA), para darem apoio a empresas portuguesas que actuam naquele mercado, é outra questão que preocupa o Governo no âmbito do futuro acordo.

Bruno Maçães admitiu ainda, «em abstracto», que o TTIP «pode colocar riscos para o modelo social europeu». «Temos de criar condições que garantam que o estado social é sustentável», sublinhou, considerando que para isso é fundamental «o crescimento económico».

Segundo o governante, prevê-se que no final de 2015 seja alcançado um acordo político nas linhas gerais do futuro acordo, que permita delimitar o que será o tratado.

Fonte: Lusa