sexta-feira, 11 de julho de 2014

Governo baixa IVA da fruta desidratada


por Ana Rita Costa
8 de Julho - 2014
O Governo aumentou a lista de produtos alimentares sujeitos a uma taxa de IVA de 6%. A fruta desidratada, os cogumelos, as especiarias, as nozes, o pão com chouriço e os torresmos são alguns dos produtos que baixaram de 23% para 6% no início deste ano.

 
De acordo com o Executivo, o crescimento do mercado foi o que levou o Governo a reconsiderar a integração da fruta desidratada no grupo de produtos sujeitos a uma taxa de 6% de IVA.

No Orçamento do Estado para 2014, a produção de cogumelos, de especiarias, de sementes e de material de propagação vegetativa, e a exploração de viveiros, no âmbito de atividade de produção agrícola, passaram também a ser taxados a 6%.

De acordo com o jornal Público, o Ministério da Agricultura justificou as alterações no IVA da fruta desidratada com a "correção de uma incongruência" e a "valorização dos produtos primários". Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação, sublinha que a fruta desidratada "tem um manifesto valor acrescentado, até do ponto de vista da saúde". 


CAP promove seminário sobre gestão das margens das linhas de água nas explorações agrícolas


por Ana Rita Costa
8 de Julho - 2014
A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal vai promover no próximo dia 14 de julho, na sua sede, em Lisboa, um seminário subordinado ao tema "Gestão das linhas de água nas explorações agrícolas".

 
O programa da iniciativa inclui o debate dos temas "Funções e qualidade de ecossistemas ribeirinhos", por Teresa Ferreira (ISA), "Limpeza e manutenção de linhas de água", por Helena Alves (ARH Tejo), "Reconhecimento da propriedade privada sobre terrenos situados nas margens", por Laudemira Ramos (MAOTE) e "A multifuncionalidade das margens das linhas de água: Obrigações, Limitações e Apoios", numa mesa redonda que contará com a participação de Manuela Matos (APA), Pedro Teixeira (DGADR), Paula Sarmento (ICNF) e Eduardo Diniz (GPP).

O encerramento do seminário estará a cargo de João Machado, Presidente da CAP e de Miguel de Castro Neto, Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza.

Para mais informações contacte alouro@cap.pt.

Agricultura Amiga de ministro gere 4 mil milhões


 Braço direito de Pires de Lima nomeada gestora do Proder. 

Cristas e Portas terão ficado desagradados com Gabriela Ventura e nomearam para gestora do PDR Patrícia Cotrim (foto pequena) amiga de Pires de Lima


Produção de gado e biocombustível vai aumentar na próxima década

Num relatório de duas organizações internacionais divulgado hoje conclui-se que a produção de gado e de biocombustível vai aumentar, relativamente à produção de cereais, na próxima década e em todo o mundo.

No relatório "Perspectivas Agrícolas 2014-2023" da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica (OCDE) e do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a alteração do padrão na alimentação humana e a procura crescente de biocombustível vão levar a uma menor produção dos cereais primários na alimentação: trigo e arroz.

A actividade agrícola vai voltar-se para a produção de cereais secundários, como aveia, milho, cevada e sorgo, e plantas oleoginosas, como soja e colza, para responder ao aumento da procura para alimentação e combustível.

Apesar de os cereais continuarem a ser dominantes na dieta humana, o aumento do rendimento `per capita`, a urbanização e a alteração dos hábitos alimentares contribuem para uma mudança para dietas mais ricas em proteínas, gorduras e açúcares.

Assim, "os preços dos cereais deverão baixar durante um ou dois anos, e depois estabilizar em níveis superiores ao do período anterior a 2008". Em contrapartida, os preços da carne, laticínios e peixe vão aumentar, mas em termos reais e a médio prazo, os preços dos cereais e produtos animais vão sofrer uma desaceleração, indica.

A produção mundial de peixe vai beneficiar sobretudo pelos avanços conseguidos na aquacultura, nos países em desenvolvimento. Os constantes elevados custos, num contexto de procura estável, vai manter o preço do peixe acima da média histórica, impedindo um aumento do consumo deste produto, na próxima década, refere.

O aumento da produção vai ser garantido sobretudo pelos países em desenvolvimento na Ásia e América Latina, sustendo também uma subida do comércio mundial, embora a um ritmo inferior relativamente à década anterior.

O continente americano "vai reforçar a posição como região exportadora, quer em valor como em volume, enquanto África e Ásia verão aumentar as importações para responder à procura", indica.

A aplicação de reformas - como a da Política Agrícola Comum (PAC) da UE em 2013 e a lei agrícola nos Estados Unidos - permitiram uma melhor adaptação dos mercados às exigências da procura e da oferta, de acordo com o relatório.

Neste relatório, a FAO e a OCDE centram a sua atenção na Índia, "o segundo país mais povoado do mundo, com o maior número de agricultores e também com o maior número de pessoas sem segurança alimentar".

O documento sublinha que a nova lei de Segurança Alimentar indiana é a iniciativa mais importante para o direito à alimentação aprovada até ao momento no país.

A legislação coloca mais de 800 milhões de pessoas a beneficiar de rações subsidiadas de cereais.

A produção agrícola indiana registou um forte crescimento anual na última década devido aos subsídios concedidos para o uso de fertilizantes, pesticidas, sementes, água e luz, refere.

O relatório prevê que a Índia se transforme no primeiro produtor mundial de leite, ultrapassando a UE, especialmente na produção de leite em pó desnatado.

O estudo não pretende ser uma projecção do futuro, mas um cenário plausível baseado em condições macroeconómicas, políticas agrícolas e comerciais, indicadores meteorológicas, tendências produtivas a longo prazo e desenvolvimento dos mercados internacionais.

Fonte:  Lusa

Clínicas de plantas apoiam 700 produtores do centro de Moçambique

Cerca de 700 pequenos agricultores dos distritos de Vanduzi e Manica, no centro de Moçambique, estão a beneficiar de cinco clínicas de plantas, para reduzir as perdas agrícolas por problemas fitossanitários.

As clínicas, a maioria a funcionar de forma móvel e com consultas grátis, conferem capacidades de diagnóstico e tratamento das doenças e das pragas que afetam as culturas das machambas (quintas) dos camponeses.

Trata-se de "um projecto inovador que vai ajudar o camponês a lidar com as doenças e pragas, o que vai resolver um sério problema de perdas agrícolas", disse Antónia Vaz, chefe da repartição de Proteção de Plantas, na Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural, ligado ao Ministério da Agricultura.

Fonte:  LUSA

O investimento PRODER e as exportações florestais

Paulo Pimenta de Castro

O Ministério da Agricultura e do Mar publicou recentemente, através da Autoridade de Gestão do PRODER, um documento que divulga os resultados obtidos pelo PRODER, intitulado: 2007/2013 Investimento PRODER: Prova de Força. No documento vêm expressos os resultados do Programa em investimento nas florestas, no montante indicado de 600 milhões de euros, 57% dos quais envolvendo ações diretamente associados à produção florestal, 27% associados à recuperação dos sistemas produtivos tradicionais e á proteção dos habitats naturais e 16% vinculados à defesa da floresta contra os incêndios e ao combate às pragas e doenças.

O Ministério, através dos seus responsáveis políticos, tem dado grande enfoque às florestas e ao setor florestal, designadamente pelo seu desempenho ao nível das exportações, estas assumidas como fator chave para a recuperação da situação económica do País. Aqui, as fileiras lenhosas, das madeiras e do mobiliário e da pasta celulósica, assumem as posições cimeiras, seguidas da fileira da cortiça.

Importa pois analisar da correlação entre os apoios do PRODER às florestas portuguesas, com as necessidades de desempenho ao nível das exportações nacionais de bens de base florestal.

Será caso para perguntar: dará a bota com a perdigota?

De acordo com o documento acima mencionado, o investimento com apoio do PRODER terá tido intervenção em cerca de 170 mil hectares, sendo que cerca de 74,8 mil hectares corresponderam a intervenções com sobreiro, 49,3 mil hectares a intervenções com pinheiro manso, 17,0 mil hectares a intervenções com eucalipto, 13.6 mil hectares a intervenções com pinheiro manso e os restantes 15,3 mil hectares a intervenções com outras espécies.

Embora pareça evidente um ajustamento entre as intervenções com recurso a sobreiro com as necessidades industriais e as exportações de produtos obtidos com base cortiça, evidencia-se um aparente desajuste com as exportações de bens lenhosos, muito embora estes assumam os dois lugares cimeiros nas exportações de base florestal, a fileira das madeiras e do mobiliário e a fileira da pasta celulósica e do papel.

Será de presumir que o investimento com apoio do PRODER se insere numa nova estratégia para futuras exportações de base florestal? Inserem-se, por exemplo, os investimentos com pinheiro manso nessa estratégia? A mesma está expressa onde, na Estratégia Nacional para as Florestas? Essa estratégia, que obteve o apoio do PRODER, está inserida numa lógica interprofissional, ou seja, resulta de um acordo de mercado estabelecido entre a produção e as respetivas indústrias transformadoras?

Todavia, embora as exportações setoriais tenham um relevo considerável na economia nacional, mais importante do que averiguar da existência de uma estratégia na base dos apoios concedidos pelo PRODER neste domínio, importa quantificar qual o retorno económico, social e ambiental concretizável com o esforço da Sociedade, já que é isso o que o PRODER representa.

Em Programas congéneres e anteriores ao PRODER, ocorridos antes de 2007, resultaram panoramas algo sombrios quanto os retornos expetáveis do esforço da Sociedade. Da despesa pública realizada através desses Programas, existentes desde 1989, não tem sido possível visualizar resultados positivos significativos.

Curiosamente, a área de florestas em Portugal regrediu nos últimos 30 anos, numa proporção quase igual á que agora o PRODER alega ter apoiado. Nesses mesmos 30 anos, o risco do investimento agravou-se, não apenas com os incêndios florestais, mas também com um incontrolável impacto das pragas e das doenças. No setor florestal, o emprego registou uma queda abrupta, o peso nas exportações diminuiu mais de dois pontos percentuais, o peso do setor no PIB evidenciou igualmente uma quebra e o valor económico e ambiental das florestas tem vindo a registar um declínio.

Por estas razões, importa que o Ministério esclareça qual o papel do PRODER em contrariar este histórico e quais os retornos expetáveis do esforço que a Sociedade concretizou entre 2007 e 2013. O documento acima citado nada esclarece neste domínio. Quanto dos 600 milhões de euros são despesa pública e qual o retorno obtido ou a obter com a mesma? Qual o acréscimo expetável ao nível das exportações?

Paulo Pimenta de Castro 
Engenheiro Silvicultor
Presidente da Direção da Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal

O mercado dos pequenos frutos

O interesse pelos pequenos frutos tem aumentado muito nos últimos tempos e tem conduzido a um crescente número de projectos de investimento e a um aumento exponencial da área plantada com estes produtos.

Muito do debate em torno do subsetor resume-se maioritariamente a questões técnicas e agronómicas, carecendo de uma visão mais comercial. A apetência edafoclimática para a produção de frutos de qualidade superior é evidente, mas sentimos que muitos projectos assentam em pouco conhecimento técnico, mas sobretudo muitos deles são pouco sustentados do ponto de vista da relação com o mercado.

Tentámos compilar um conjunto vasto de dados sobre a evolução da produção nacional dos pequenos frutos e sobre o comportamento do consumo e dos consumidores.

A CONSULAI, através da sua área de Mercados e Internacionalização, espera deixar um contributo útil para todos aqueles que pretendam saber mais sobre uma fileira em franco desenvolvimento.

Pode descarregar em formato PDF ou ver em baixo em formato e-book.

Fonte:  Consulai

Norte-americanos e chineses preferem rolhas de cortiça


por Ana Rita Costa
8 de Julho - 2014
A rolha de cortiça é o vedante preferido dos chineses e dos norte-americanos. As conclusões são de um estudo do CTR Market Research realizado no mercado chinês e de um estudo da revista Wine & Spirits realizado nos Estados Unidos da América.

 
O estudo realizado no mercado chinês revela que 84% dos consumidores de vinho preferem a rolha de cortiça como vedante, enquanto apenas 36% opta pela cápsula de alumínio, 11% escolhe o plástico e 8% seleciona o vidro. Para além disso, para 85% dos chineses a cortiça está associada a vinho de qualidade.

Já o estudo realizado pela Wine & Spirits sobre o mercado norte-americano, cujos resultados foram também reforçados pela Nielsen Tracking Surveys, refere que em 2013 as marcas de vinho com rolha de cortiça foram responsáveis por 90% das vendas do "Top 50 Restaurants Brands". Na distribuição, o preço médio das marcas de vinho premium top 100 com rolha de cortiça é superior.

Preço da batata cai devido ao excesso de produção

por Ana Rita Costa
8 de Julho - 2014

O excesso de produção de batata na Europa está a 'empurrar' o preço para baixo em quase todos os países da UE. De acordo com os dados da UE, a produção média deve estar neste momento nas 32 toneladas por hectare, mais 4,9% do que a médias dos últimos cinco anos, e o Reino Unido, a França e a Holanda são os países onde a produção aumentou mais.

 
Na Holanda, nos últimos dois meses, os preços já caíram entre 40 a 56 euros por tonelada para valores entre os 90 e os 109 euros. No Reino Unido, por sua vez, o preço da batata caiu 70% face à colheita anterior, passando para 110 libras (138 euros) por tonelada.

Em França a área semeada aumentou 3,6% para 121 400 hectares e na Alemanha o crescimento foi de 2,3%, para 81 165 hectares, a maior área semeada dos últimos 30 anos.

JORNADAS DE EMPREENDEDORISMO AGRÍCOLA Conferência de encerramento em Lisboa



Conferência de encerramento em Lisboa
A conferência de encerramento das Jornadas de Empreendedorismo Agrícola, "Que agricultura queremos para Portugal?", terá lugar no Sheraton Lisboa Hotel, no próximo dia 16 de julho, quarta-feira, das 9.30 às 13.00.
A iniciativa é aberta ao público e o acesso é gratuito, sendo imprescindível a inscrição através do e-mail:conferencias@ciconteudos.pt, até ao dia 14 de julho. Os lugares são limitados à capacidade da sala.
As Jornadas de Empreendorismo Agrícola, promovidas pelo Diário de Notícias e o Jornal de Notícias e apoiadas pelo Millennium bcp, iniciou-se dia 28 de fevereiro deste ano, na Casa da Música, no Porto. Durante seis meses, a ideia foi mostrar o que de melhor se está a fazer no sector agrícola, de norte a sul do país, dar a conhecer protagonistas, casos de sucesso e boas estratégias que possam ajudar a criar negócios e oportunidades com futuro.
Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral e Beira Interior, Oeste, Alentejo e Algarve, foram os locais escolhidos para as passadas conferências, de forma a trazer ao projeto um olhar distinto de cada área de Portugal. As jornadas culminam com esta conferência em Lisboa, onde será feito o balanço de toda a iniciativa.

FAABA e ACOS contra exoneração de Gabriela Ventura


Ana Elias de Freitas - 10/07/2014 - 07:05 -  Imprimir

A FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo e ACOS – Agricultores do Sul já se pronunciaram contra a exoneração de Gabriela Ventura, das funções de gestora do PRODER.


 Castro e Brito: Saída de Gabriela Ventura é um grande prejuízo
A FAABA e a ACOS – Agricultores do Sul consideram que aquela decisão representa um prejuízo para a agricultura nacional, reagindo assim, ao anúncio do Ministério da Agricultura de afastamento da gestora do PRODER, Gabriela Ventura, dizendo que se ficou a dever ao facto, da mesma não ter aceitado o convite para continuar no próximo programa de desenvolvimento rural.

A Voz da Planície chegou à fala, com Gabriela Ventura, que confirmou a sua exoneração das funções de gestora do PRODER, para as quais estava nomeada até 2015.

Castro e Brito, presidente da FAABA e da ACOS – Agricultores do Sul, comentou esta decisão do Governo, dizendo que foi uma surpresa e uma decepção, e que a mesma representa, uma agressão aos "homens da terra", explicando as razões da sua afirmação e relevando o trabalho "assinalável" que Gabriela Ventura fez no desempenho das suas funções e no relacionamento com associações e agricultores. Acrescentou que aquilo que está bem, não se muda, deixando críticas a algumas coisas que diz correrem menos bem, no Ministério da Agricultura e que permanecem.

Gabriela Ventura, que fazia a gestão do PRODER, o programa que gere os fundos da Política Agrícola Comum para o desenvolvimento rural para o quadro comunitário 2007-2013 e que está em fase de transição até ao final de 2015, para o novo período financeiro 2014-2020, foi demitida das suas funções. A exoneração causou estranheza ao sector, como ouvimos frisar Castro e Brito, por se entender, para além das razões que enumerou, que esta é a pior altura para se promover uma mudança de cadeiras.

Évora: Agricultura familiar e sustentabilidade dos territórios rurais em debate


Quarta, 09 Julho 2014 08:40
agriculturaA agricultura familiar e sustentabilidade dos territórios rurais são os temas que vão estar em debate durante um seminário que se realiza hoje na Universidade de Évora, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar.

O evento está a decorrer na sala 131 do Colégio do Espírito Santo.
O seminário conta com a participação de investigadores e especialistas de áreas relacionadas em dois painéis e uma mesa redonda, abordando temas como "Potencialidades e Dificuldades da Agricultura Familiar no Alentejo", "Boas Práticas da Agricultura Familiar" e "Viabilidade da Agricultura Familiar".

Este seminário é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Economia Agrária, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional, Direção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo, Federação Minha Terra e da Animar.

A Universidade de Évora é a anfitriã, através dos seus dois centros de investigação mais vocacionados para o efeito: Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) e Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia (CEFAGE).

Alcácer do Sal: Arroz carolino é importante para a economia da região



O Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal reúne esta quarta-feira, dia 09 de julho, com o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. A reunião a pedido do Município tem como principal objetivo a defesa da cultura do arroz carolino como prioridade máxima para o desenvolvimento económico da região.

O autarca vai acompanhado pelo Engº.José Mota Capitão, da APPAROZ e pelo Engº. Francisco Vacas, Presidente da Associação de Agricultores de Alcácer do Sal. O concelho tem seis mil hectares de arrozal dos 27 mil que existem no país.
 
Os produtores pretendem a defesa do arroz de Alcácer do Sal através da criação de uma IGP (Indicação Geográfica Protegida). A nova Política Agrícola Comum (PAC) é outro assunto que a delegação liderada por Vítor Proença vai abordar com o governante. "Há menos ajudas previstas e se não existir apoio aos agricultores do concelho para a produção de arroz, não existe alternativa, porque os solos têm um ph elevado, muito salinizados", esclareceu o autarca que pretende ainda abordar com o Secretário de Estado da Agricultura a redução das importações de arroz, assim como a implementação de uma fiscalização apertada nos portos.
 
"Hoje mistura-se muito arroz produzido na região com outros provenientes de outras zonas do mundo, tal como a Tailândia", adiantou o Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal que defende a denominação de origem do arroz de Alcácer, acrescida de um conjunto de medidas de apoio e incentivo à produção nacional.

Quarta-Feira, 9 de Julho de 2014
Esta e outras noticias em destaque nos Noticiários Regionais da Rádio Sines

Gestora do Proder bate com a porta


MÓNICA SILVARES
09/07/14 00:05
A gestora do Programa de Desenvolvimento Rural, Gabriela Ventura, pediu a demissão.
A responsável já não está a exercer funções, sendo que a sua saída foi justificada pela sua indisponibilidade para continuar a exercer funções. "A saída de Gabriela Ventura prende-se com razões práticas e não de um desentendimento", disse ao Económico o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. Gabriela Ventura "não quis ficar para o próximo quadro comunitário", acrescentou o secretário de Estado, frisando que a responsável já tinha manifestado a intenção de abandonar cargo em Janeiro. No entanto, ambos acordaram que esta seria a melhor altura para sair já que é o momento de transição entre dois quadros comunitários e é necessário começar a preparar os sistemas informáticos, criar as estruturas antes do modelo de formalização dos fundos comunitários. Segundo apurou o Económico, a saída de Gabriela Ventura também pode estar relacionada com a nova fase no PS. Gabriela Ventura, tida como uma das mulheres fortes de José Sócrates, foi nomeada em Junho de 2009 depois de Carlos Guerra ter colocado o cargo à disposição quando foi constituído arguido no caso Freeport tendo para tal abandonado as funções de directora do Gabinete de Coordenação Internacional do Grupo Mota -Engil. E desde que o Governo de Passos Coelho tomou posse foi muitas vezes apontada como possível remodelável, mas acabou por se manter em funções. Diogo Albuquerque explicou que o ideal seria "ter a mesma máquina a assegurar a passagem do Proder para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR)", o programa operacional do Portugal 2020, mas não sendo possível este era o momento, até porque as candidaturas ao Proder estão suspensas. Esta decisão foi justificada pelo governante pela necessidade de criar um interregno de dois a quatro meses para analisar o 'stock' de candidaturas recebidas, antes de dar início ao novo quadro. De notar que na agricultura não há períodos específicos de concurso, mas sim concursos em contínuo. Com uma taxa de execução de 85%, Diogo Albuquerque espera, já em Setembro, conseguir antecipar apoios aos agricultores através do IGCP que depois são reembolsados pela Comissão Europeia ao nível dos seguros. Já os concursos para os apoios comunitários só devem arrancar em Novembro ou Dezembro.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Portugal, um "país produtor de excelência"



A PortugalFoods promoveu, em Junho, a primeira edição do PortugalFoods@ME, uma iniciativa de promoção e internacionalização de Portugal, nas suas vertentes empresarial e de investigação científica e tecnológica agroalimentares, que teve lugar em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com a associação responsável pela inovação e internacionalização das empresas do sector agroalimentar português e as insígnias participantes, o balanço da acção PortugalFoods@ME é "muito positivo".

"O interesse deste mercado relativamente a produtos dirigidos à saúde e bem-estar, mas que conservam a sua autenticidade, é muito vincado e evidente", esclarece Ondina Afonso, directora executiva da PortugalFoods. "Os visitantes mostraram-se muito surpreendidos e agradados com a oferta de Portugal e também com o potencial tecnológico do país. No final, Portugal foi percepcionado como um país produtor de excelência, nos produtos e no conhecimento", acrescenta.

Cerealis, Chocolame, Conserveira do Sul, Derovo, Heldani Foods, Imperial, Maxiprimus, Pure/Primor, Senras Diary e Sunlover foram as empresas portuguesas participantes.

Paula Martins, responsável de exportação da Chocolame, empresa de sobremesas e produtos de confeitaria, sublinha que "o contacto in loco com diversos agentes de mercado e a visita a algumas lojas das cadeias de retalho da região permitiu confirmar o posicionamento do produto". A linha Bolos de Chocolate e Biscoito Chocolame, "uma gama inovadora elaborada com ingredientes naturais e cujo processo de fabrico segue as normas de segurança alimentar IFS (International Food Standard)" foi, segundo a representante da marca, a mais apreciada da Chocolame entre os visitantes da PortugalFoods@ME: "Tivemos a oportunidade de constatar que o mercado do Médio Oriente, designadamente a região dos Emirados Árabes Unidos, procura produtos importados de excelente qualidade. E Portugal tem produtos excelentes. É, por isso, extremamente motivador alimentar esta descoberta e registar a surpresa e o reconhecimento, muito positivo, destes mercados."

A Chocolame aposta na presença em mercados internacionais – Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Angola, Suíça e Rússia – há cerca de dois anos. Em relação ao Médio Oriente, e concretamente aos mercados dos Emirados Árabes Unidos, Israel e Turquia, a empresa assegura estar "ainda em fase de contactos e prospecção". A profissional reconhece, contudo, que "a participação nestas acções de promoção é de extrema importância para a construção da notoriedade, divulgação da qualidade e apresentação do caráter inovador dos produtos portugueses"

Também Jorge Leitão, director geral da Maxiprimus, refere que "o mercado do Médio Oriente ainda não tem peso no volume de negócios" da empresa. Todavia, estima que, num futuro a curto e médio prazo, este mercado possa vir a representar 10% das vendas anuais. A consolidação da presença da Maxiprimus na SIAL Middle East – Abu Dhabi, em Novembro de 2013, e a sua participação na acção PortugalFoods@ME permitiu à empresa confirmar que as suas sobremesas ultracongeladas e de 5.ª gama têm o seu espaço nesta zona do globo, assegura o director geral da Maxiprimus. Os preços competitivos, a apetência do sector para um tipo de oferta de qualidade superior e os prazos de validade alargados são, segundo o responsável, alguns dos factores que poderão ajudar a explicar o sucesso da marca no Médio Oriente.

Quanto aos produtos da Maxiprimus que mais impressionaram os visitantes, Jorge Leitão destaca "a linha fondant, com os seus Petit Gâteau de Chocolate, Black & White e Caramelo, a par dos Pastéis de Nata e do novo Toucinho do céu".

No total, foram estabelecidos, no âmbito do PortugalFoods@ME, cerca de 40 contactos entre as empresas e universidades presentes e diversos importadores e distribuidores do Médio Oriente, que resultaram nos primeiros passos para a concretização de negócios e parcerias. Foram ainda efetuados contactos com a ADFCA (Abu Dhabi Food Control Authority), organismo influente no registo e na aprovação de novos produtos para importação nos Emirados Árabes Unidos, e com decisores da sociedade económica, na área alimentar.

"Sabemos hoje que, no contexto cultural dos Emirados Árabes Unidos, é relevante a continuidade e consistência da nossa presença local, assim como a repetição dos contactos estabelecidos para obter a adesão e participação deste mercado em acções de divulgação e promoção de Portugal e para credibilizar a marca-país", afirma Isabel Oliveira, responsável pela área de internacionalização da PortugalFoods.

Ao nível do saber e do conhecimento, a equipa da PortugalFoods teve oportunidade de visitar e reunir com investigadores de duas entidades do ensino superior emirati. "Foram efectuadas abordagens evidenciando o potencial tecnológico nacional das universidades portuguesas, com o objectivo de despertar o interesse deste mercado" relativamente a possíveis parcerias, focadas na Inovação e no Desenvolvimento Tecnológico, com Portugal, destaca Ondina Afonso. Também Isabel Braga da Cruz, responsável pela área de conhecimento da PortugalFoods, refere que Portugal fez "xeque-mate ao apresentar produtos alimentares das empresas portuguesas e associadas da PortugalFoods, que resultaram de parcerias conjuntas entre as empresas e as universidades portuguesas".

Recorde-se que a PortugalFoods esteve presente nas duas últimas edições do SIAL Middle East e encontra-se já a preparar a presença colectiva para a edição de 2014, que tem lugar em Novembro.

A acção PortugalFoods@ME reuniu dez empresas do sector agroalimentar nacional e recebeu a visita de grandes importadores e distribuidores do Médio Oriente, autoridades oficiais e reguladoras e representantes das entidades do sistema científico local. Também a Comunicação Social e diversos opinion makers da região marcaram presença na iniciativa.

Monção e Melgaço pedem reunião "urgente" com ministra por causa do Alvarinho


Os autarcas de Monção e Melgaço anunciaram hoje ter pedido à ministra da Agricultura e do Mar uma reunião, "com carácter de urgência", para defender a manutenção da exclusividade da produção de alvarinho naquela sub-região.

Em comunicado conjunto hoje enviado à Lusa, os socialistas Augusto Domingues (Monção) e Manoel Batista (Melgaço) "mostram-se abertos ao diálogo e à conciliação de interesses, ressalvando o reconhecimento internacional do vinho Alvarinho produzido na sub-Região de Monção e Melgaço, bem como a importância do setor para a economia local".

Na reunião, solicitada por carta enviada quarta-feira à Ministra Assunção Cristas, os dois municípios far-se-ão acompanhar de elementos da Associação de Produtores de Alvarinho (APA).

As duas autarquias têm vindo a assumir "preocupação" com a possibilidade de a "denominação exclusiva" de produção de vinho alvarinho, vir a ser "alargada" à restante área da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

Garantem que "a manutenção dessa exclusividade é fundamental", não apenas "como garantia da singularidade e da fama já conquistada" para o vinho alvarinho, mas "também pela extrema importância que tem para a economia local".

Além de Assunção Cristas, os autarcas pediram ainda uma audiência à Comissão Parlamentar de Agricultura e do Mar, para "debater argumentos a favor da manutenção da exclusividade de produção de vinho da casta Alvarinho".

Estes contactos, explicam no comunicado conjunto, surgem na sequência da aprovação, no passado dia 25 de Junho, pela CVRVV de uma proposta de alargamento da produção da "Casta Alvarinho" a todos os concelhos que a integram.

No sábado os dois municípios vão promover um seminário onde pretendem reafirmar a importância da manutenção da exclusividade da produção de vinho alvarinho característico daqueles dois concelhos do Alto Minho.

O encontro intitulado "Monção e Melgaço, um `terroir` uma marca - Contributos para caracterização e promoção dos seus vinhos" é organizado em parceria com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), a Associação de Produtores de Alvarinho, a Confraria do Vinho Alvarinho e a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (Adriminho).

Segundo números de 2013 da Associação de Produtores Alvarinho, a actividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária (Monção e Melgaço), onde são produzidos seis milhões de quilogramas daquela uva, anualmente.

A selecção "das melhores" dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho e representa um volume de negócios da cerca de 25 milhões de euros.

A exportação representa 10% do total das vendas anuais do vinho alvarinho, sobretudo para mercados da América do Norte e norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses, como a França.

Trata-se também da casta cuja uva "mais rende ao produtor", com excepção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a "matéria-prima mais cara" do país, garantem os produtores.

Fonte:  Lusa

Viana exige "intervenção urgente" do Governo no combate à vespa asiática


A Câmara de Viana do Castelo aprovou ontem uma proposta a exigir ao Governo "uma clarificação urgente de quem deve coordenar e quais os meios a afectar" no combate à praga da vespa asiática.

"Atendendo à dimensão preocupante que o problema está a tomar na região norte, solicita-se à senhora Ministra da Agricultura e Pescas que seja implementada uma estratégia nacional e uma acção concertada das diversas entidades, clarificando as competências e criando uma equipa de intervenção que permita combater esta praga que está a pôr em causa a apicultura e a saúde pública", lê-se na proposta aprovada hoje à tarde na reunião ordinária do executivo.

A vespa asiática é maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004, tendo alastrado até agora por todo o país.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do ano seguinte e depois de se instalar também no norte de Espanha.

Na exigência que vai seguir para o ministério de Assunção Cristas, o município lembra que a protecção civil municipal foi a entidade que começou em 2012 a destruir dezenas de ninhos sinalizados.

A destruição dos ninhos, normalmente através de fogo, era assegurada pelos serviços municipais de protecção civil, envolvendo a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), associações de apicultores e bombeiros.

"No ano de 2013 a atribuição dessa tarefa deixou de ser clara uma vez que, se por um lado o plano de acção relativo à vespa velutina, da autoria da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, prevê que compete aos serviços de Protecção Civil accionar os meios necessários à destruição dos ninhos, acontece, por outro lado, que em Dezembro de 2013 a Autoridade Nacional de Protecção Civil emitiu um comunicado declinando toda a responsabilidade nesta matéria atribuindo-a, nesse mesmo documento, à DGAV", sustenta o município.

No entanto, a autarquia socialista garante receber "com muita frequência" da DGAV denúncias de novos ninhos, "juntamente com a informação reiterada de que a destruição dos mesmos não é da sua competência".

Além do problema da biodiversidade, ao "prejudicar a alimentação" de outras espécies, trata-se, segundo os apicultores, de uma vespa "mais agressiva" que faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer.

De acordo com dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) cada ninho pode albergar até 2000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos 6 novos ninhos, o que motiva, diz o município "uma propagação muito preocupante".

"Este problema ultrapassa os limites do concelho, havendo já casos nos concelhos limítrofes e em toda região norte pelo que as medidas de combate a esta praga terão que ser rapidamente e com clareza concertadas a nível nacional", remata o município

Fonte:  Lusa

Douro vai produzir 105 mil pipas de vinho do Porto este ano

A Região Demarcada do Douro vai produzir 105 mil pipas de vinho do Porto este ano, mais cinco mil do que na campanha anterior, anunciou nesta quarta-feira o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

O conselho interprofissional do IVDP fixou em 105 mil o número de pipas (550 litros cada) a beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto).

Em 2013, foram produzidas 100 mil pipas de vinho do Porto na mais antiga região demarcada do mundo.

A fixação do benefício foi o principal resultado do comunicado de vindima aprovado nesta quarta-feira pelo conselho interprofissional, o qual "introduz pequenos ajustamentos nos coeficientes para as diferentes classes de vinha".

Segundo informou o instituto público, o comunicado de vindima foi aprovado com o acordo dos representantes da produção e do comércio.

"Mesmo num momento particular para o Douro, como o que agora se vive, os representantes da produção e do comércio chegaram a acordo, facto que merece ser destacado pela nota positiva que transmite e que espero que seja benéfico para a região", afirmou o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral.

Refira-se que a Assembleia da República vota quinta-feira uma alteração aos estatutos da Casa do Douro (CD), a principal representante da produção na região duriense.

Sob proposta do Governo, a CD deixará de ser uma associação de direito público e inscrição obrigatória para os viticultores, para passar a ser uma associação de direito privado e de inscrição voluntária.

Esta iniciativa parlamentar está inserida num plano delineado pelo Governo para resolver a dívida de cerca de 160 milhões de euros da instituição duriense, e que ainda passa por um acordo de dação em cumprimento, que visa a entrega de vinho para pagamento da dívida.

Para a fixação do benefício, o interprofissional avalia um conjunto de factores técnicos, designadamente os níveis de vendas de vinho do Porto nos últimos meses e as projecções para o resto do ano de 2014, o nível de stocks existentes e as intenções das compras dos comerciantes até ao final do ano.

O benefício é a principal fonte de rendimento dos viticultores durienses.

Em dez anos, o benefício foi reduzido em 45 por cento, de 145 mil pipas em 2001 para as 85 mil em 2011. A redução entre 2010 e 2012 atingiu as 25 mil pipas.

Fonte:  Lusa

Florestas – PRODER em 37,6% após 2013

De acordo com o último relatório de execução do PRODER (2007/2013), nas ações de apoio às florestas, a despesa pública paga até final de 2013 ascende a pouco menos de 165,7 milhões de euros.

Tendo em conta a proposta inicial do PRODER aprovada pela Comissão Europeia, era estimada a realização de cerca de 440,8 milhões de euros de despesa pública. Assim, a taxa de execução financeira realizada é de cerca de 37,6%, ou seja, pouco superior a 1/3 das expetativas anunciadas e aprovadas em 2007.

Apesar da fraca execução, mais ainda tendo em vista a reconhecida importância das florestas e dos setor florestal em Portugal, reconhece-se a recuperação da execução conseguida nos últimos dois anos.

Em todo o caso, a taxa de execução do Programa não é o aspeto essencial dos apoios públicos às florestas. O aspeto essencial passa sim por saber quais os impactos do investimento nas florestas, concretizado com financiamento público, no acréscimo ao contributo das florestas e do setor florestal para o PIB, às exportações, para o emprego, no combate ao êxodo rural ou, entre outros, para a melhoria da sustentabilidade dos ecossistemas florestais portugueses. O mesmo é dizer, qual o retorno económico, social e ambiental do esforço da Sociedade, concretizado através do PRODER, em prol das florestas e do setor florestal?

Este aspeto essencial assume especial destaque quando da futura entrada em vigor do novo Programa de Desenvolvimento Rural a vigorar entre 2014 e 2020, onde estão previstos os futuros apoios às florestas. A proposta do Governo para o PDR 2020 foi já submetido para aprovação pela Comissão Europeia.

Importa ainda ter em conta que, antes do PRODER, outros programas contiveram ações de apoio público às florestas, integrados também no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), a vigorar desde 1989.

A preparação do PDR 2020 teve na sua base o histórico dos programas que o antecederam em termos de retorno económico, social e ambiental? Se existir um diagnóstico dos apoios da PAC às florestas portuguesas, as autoridades temem em torná-lo público?

Todavia, a Sociedade tem direito à resposta a um conjunto vasto de questões sobre os apoios da PAC às florestas em Portugal:

- Em termos genéricos:

Existem estudos de avaliação de desempenho, ao longo dos 28 anos decorridos de apoios da PAC às florestas em Portugal?

Na sequência dos fundos públicos investidos nas florestas portuguesas, quais os retornos para a Sociedade, quer em termos económicos, mas também nos planos social e ambiental?

Quais os impactos dos fundos da PAC ao nível dos principais riscos que se têm colocado às florestas em Portugal nos últimos 28 anos, concretamente no que respeita aos incêndios florestais, mas também às pragas e às doenças?

Quais os impactos dos fundos da PAC ao nível dos números expressos nas Contas Económicas da Silvicultura, publicadas pelo INE? Como explica o Ministério da Agricultura o declínio progressivo do peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura no VAB nacional registado nos últimos 28 anos? Apesar dos apoios concedidos às florestas e ao setor florestal, qual a explicação para a forte redução do emprego no setor florestal, de mais de 160 mil postos de trabalho, ao longo dos últimos 28 anos?

Apesar dos significativos apoios públicos às florestas em Portugal, como explica o Ministério da Agricultura a desflorestação ocorrida no País nos últimos 28 anos, em mais de 150 mil hectares e em contraciclo com a União Europeia?

- Em termos específicos:

Nos apoios atribuídos desde 1989, quais as áreas por espécie florestal, por região e por Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que resultaram dos investimentos cofinanciados pelos fundos públicos?

Houve interseção de áreas objeto de cofinanciamento público entre os diferentes QCA, ou seja, houve áreas intervencionadas por mais do que uma vez e para o mesmo tipo de investimento (florestação-incêndio-reflorestação)? No caso das interseções, quais as áreas envolvidas e os montantes financeiros envolvidos?

Face aos montantes investidos pelos fundos públicos em pinheiro bravo, como se explica a regressão de área desta espécie em Portugal nos últimos 28 anos (menos cerca de 390 mil hectares?

Face aos montantes investidos pelos fundos públicos em sobreiro, como se explica a manutenção de área desta espécie em Portugal ao fim destes 28 anos?

- Quanto ao futuro:

Como será mensurado o retorno económico, social e ambiental esperado no apoio público às florestas a inscrever no PDR 2020, a suportar por fundos da PAC e do Orçamento do Estado entre 2014 e 2020?

Face às crescentes preocupações decorrentes das Alterações Climáticas, manifestadas desde longa data quer a nível nacional quer internacional, mais recentemente no quadro das próprias Nações Unidas, qual o impacto do PDR 2020 na mitigação dos impactos negativos do aumento de riscos daí decorrentes, designadamente ao nível dos incêndios florestais e da desertificação?

Perante um novo pedido de esforço da Sociedade em prol das florestas, agora através do PDR 2020, estas questões assumem especial importância. Por esta razão, a Acréscimo irá insistir nas mesmas até que sejam obtidas respostas coerentes por parte do Ministério da Agricultura.

Lisboa, 9 de julho de 2014

Nova PAC retira "teia burocrática" de cima dos pequenos agricultores


A nova Política Agrícola Comum (PAC) vai "simplificar" os apoios aos pequenos agricultores e retirar a "teia burocrática" que estes enfrentavam, destacou ontem o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva.

"Houve um grande esforço de simplificação de tudo o que está ligado aos pequenos agricultores, no âmbito do 1.º pilar da PAC, que tem a ver com as ajudas directas e que entra em vigor a partir de 01 de Janeiro de 2015", disse.

Segundo o governante, o objectivo é "retirar de cima dos pequenos agricultores a teia burocrática grande" que enfrentavam e "simplificar todos os pagamentos e apoios", entre outras vertentes.

"E dá-se também fôlego às iniciativas LEADER, que têm caráter local, acabando por estar relacionadas com as explorações agrícolas", acrescentou.

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural falava à agência Lusa em Évora, depois de participar no seminário "Agricultura Familiar e Sustentabilidade dos Territórios Rurais", na universidade local.

Alertando tratar-se de um conceito vasto, Francisco Gomes da Silva afirmou que "a agricultura familiar não se esgota na pequena agricultura", pois, abrange, igualmente, "grandes explorações".

"Hoje em dia, quase toda a agricultura portuguesa é agricultura familiar", embora o país tenha uma grande diversidade de explorações agrícolas, e a nova PAC pretende simplificar" a vida de "todos os agricultores", sublinhou.

"Houve uma preocupação grande, não só dentro da PAC, mas também no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, para adequar os instrumentos e subir os níveis de apoio", por forma a mostrar que "a agricultura é importante para o país e que não podemos descuidá-la", disse.

O seminário em Évora inseriu-se nas comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), decretado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo a FAO, a agricultura familiar inclui todas as actividades agrícolas de base familiar (operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar) e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural.

O secretário de Estado afirmou que um dos grandes desafios deste ano internacional passa por "ficar a conhecer melhor" o que é a agricultura familiar em Portugal, para melhor direccionar os instrumentos de política pública para o sector.

O seminário na cidade alentejana foi da responsabilidade da Associação Portuguesa de Economia Agrária, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional, Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo, Federação Minha Terra e da Animar.

Fonte:  Lusa

PORTUGAL AGRO chega à FIL em Novembro com o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura e do Mar

Com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e representantes de 45 entidades ligadas maioritariamente aos sectores da agricultura das várias regiões do País, realizou-se esta manhã a apresentação oficial do PORTUGAL AGRO 2014. O evento, que levará à FIL a maior representação de sempre da produção nacional do sector, decorrerá entre 20 a 23 de Novembro.

PORTUGAL AGRO é o novo projecto da Fundação AIP, organizado através da AIP – Feiras Congressos e Eventos, para os sectores ligados à agricultura. De 20 a 23 de Novembro a 1ª edição do evento vai dar a conhecer, para profissionais e público, a essência de Portugal e o que de bom se produz por cá, do campo até à mesa.

Na apresentação desta manhã a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, revela que acarinhou a ideia deste projecto desde da primeira hora 'por ser um evento que nasce da terra e a homenageia, porque mostra a agricultura portuguesa na sua diversidade e na sua riqueza e porque tem uma forte vocação empresarial a que não é alheia a dimensão internacional', enaltecendo igualmente o facto da Fundação AIP, através da AIP – Feiras Congressos e Eventos, 'trilhar novos caminhos, juntando actores de várias proveniências e abrindo ao público uma mostra que convida a várias experiências para todas as idades e perspectivas'.

Mais do que um evento de produtos agrícolas das regiões, o PORTUGAL AGRO trata-se de um projecto transversal a todas as fileiras do sector, que promove a capacidade produtiva nacional, os vários operadores económicos, a excelência dos produtos, dos recursos nacionais, e da tradição aliados à inovação e dos vários eventos sectoriais dispersos pelo país.

O PORTUGAL AGRO tem como objectivo aumentar a visibilidade de um sector que apresenta um enorme potencial de internacionalização e que é hoje fundamental para a da economia do país, pretendendo ser um reflexo do país tal como pode ser projectado internamente e para o exterior, com todas as suas regiões, características, potencialidades e raízes.

O evento promoverá a mostra e venda dos produtos e raças autóctones das várias regiões de Portugal distribuindo-se em espaços como o Passeio dos Sabores, Passeio da Horta, Espaços Pedagógicos, e Gastronomia, onde serão realizadas diversas degustações, provas e divulgação dos vários eventos do sector espalhados pelo país. O evento contará também uma completa programação lúdico-cultural, com a realização de diversas animações e espectáculos.

O público profissional terá a oportunidade de participar em diversos eventos técnicos e conhecer no espaço de Exposição produtos e serviços para a fileira agro, máquinas, equipamentos e tecnologias.

O PORTUGAL AGRO conta com o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura e do Mar, o patrocínio oficial da Caixa de Crédito Agrícola e o envolvimento operacional de meia centena de entidades e organismos regionais e sectoriais.

Sector agroalimentar português com forte potencial de crescimento

As exportações do agroalimentar cresceram 7,8% em 2013 e no período de 2007 a 2013 em média também acima dos 7%, mais do dobro do total da economia em matéria de exportações. De sublinhar o facto da taxa de cobertura das importações pelas exportações ter vindo a progredir sustentadamente ao longo dos últimos anos, de 53,3% em 2011, para um valor acima dos 60% em 2013.

De salientar que Espanha, Angola, Rússia, África do Sul, Brasil, Holanda, Estados Unidos, são alguns dos vários mercados que se têm revelado mais atractivos na procura de produtos agroalimentares portugueses.

Fonte:  FIL

Bruxelas reclama a Portugal devolução de 1,27 milhões de euros de despesas agrícolas

Portugal terá que devolver a Bruxelas 1,27 milhões de euros por irregularidades em despesas de fundos da Política Agrícola Comum (PAC), anunciou hoje a Comissão Europeia, que reclama um total de 57 milhões de euros a 15 Estados-membros.

No exercício anual de liquidação de contas sobre despesas da PAC, Bruxelas reclama a restituição de 57 milhões de euros de fundos irregularmente gastos pelos países, mas, uma vez que alguns montantes já foram recuperados, o impacto financeiro da decisão de hoje é de 52 milhões de euros, sendo a França a principal "responsável" por esta diferença, com 20.04 milhões de euros de correcção.

O valor de correcção apurado para Portugal foi de 5,7 milhões de euros, o que quer dizer que Bruxelas reclama agora a devolução do montante de 1,27 milhões de euros por atrasos de controlos no terreno no quadro do desenvolvimento rural.

Fonte:  Lusa

Casa do Douro: Viticultores protestam quinta-feira frente à AR contra "lei-roubo"

Uma delegação da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) protesta na quinta-feira, em frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra a aprovação da "lei-roubo" que vai alterar os estatutos da Casa do Douro (CD).

"Os partidos do Governo estão a aproveitar a situação difícil que as políticas de sucessivos governos criaram à CD para agora a virem privatizar. A CD é uma associação pública", afirmou hoje, em comunicado, a direcção da Avidouro.

Os deputados votam quinta-feira uma alteração dos estatutos da organização da lavoura duriense, com sede no Peso da Régua, que se transformará numa associação de direito privado e de inscrição voluntária.

Esta iniciativa parlamentar está inserida num plano delineado pelo Governo para resolver a dívida de cerca de 160 milhões de euros da instituição duriense, e que ainda passa por um acordo de dação em cumprimento, que visa a entrega de vinho para pagamento da dívida.

A Avidouro crítica a alteração de estatutos da CD, que deixará de ser uma associação de direito público e de inscrição obrigatória, alegado que esta iniciativa vai levar "à extinção" da organização.

"Ora, isto também visa colocar o valioso património desta instituição e da lavoura duriense, a começar pelo stock de vinho do Porto, sob controlo dos grandes interesses económicos que reinam no Douro", acrescentou ainda a associação.
E, enquanto dentro da AR se vota a nova lei, uma delegação da Avidouro marcará à frente da AR numa acção simbólica de protesto contra a "lei-roubo" da CD.

Na terça-feira, na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, garantiu que "as alterações já anunciadas para a CD irão avançar, mesmo que não receba uma contraproposta da instituição quanto ao projecto em cima da mesa".

A ministra defendeu que a alternativa à aplicação do projecto de alterações anunciado pelo Governo seria "a insolvência pura e dura, seja a pedido do Fisco e Segurança Social, seja a pedido de um qualquer credor privado".

Por sua vez, o presidente da CD, Manuel António Santos, referiu que a instituição duriense mantém aberta a porta do diálogo com o Governo e garantiu que apresentou uma contraproposta ao acordo de dação que foi entregue como um "ultimato".

O dirigente frisou que a proposta, tal como está, "não serve".

É que, segundo disse, as propostas do Governo (dação em cumprimento e alteração legislativa), a serem aceites, "beneficiariam uma associação privada que, a partir de 01 de Janeiro, receberia património avaliado em 30 milhões de euros", entre a sede, delegações, armazéns ou os 30% do capital social da Real Companhia Velha.

Ainda porque, esta proposta "beneficia as empresas do sector do vinho do Porto, já que os preços fixados para os vinhos da instituição são inferiores aos preços médios de venda à saída do entreposto de Gaia, e assenta ainda "numa avaliação pouco credível" que foi feita ao stock.

Manuel António Santos frisou que o Governo exige que seja a CD a suportar, durante 25 anos, os custos de armazenagem dos vinhos que vierem a ser entregues ao Estado para pagamento da dívida.

Apesar de se dizer aberto ao diálogo, o presidente garantiu que a organização vai lutar contra a "sua extinção". 

Fonte:  Lusa

Rede de ciências agrárias vai nascer nas três universidades da região Norte


Uma rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte vai ser criada pelas universidades do Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro e Minho, num investimento de quatro milhões de euros que estará concluído até final de 2015.

Em Abril deste ano, estas três universidades do Norte assinaram um memorando de entendimento, sendo esta rede criada com o objectivo de estimular a inovação no sector agrícola o primeiro resultado efectivo desse acordo.

Em informação avançada à agência Lusa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) antecipa que esta rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte deverá estar concluída em final de 2015, sendo o investimento de quatro milhões de euros, 80% dos quais do FEDER, pelo "ON.2 -- O Novo Norte".

A Universidade do Porto terá que criar em Vairão "um espaço que concentre os vários centros de saberes da universidade e que sirva de apoio ao ensino laboratorial, desenvolvendo investigação científica especialmente direcionada para hortícolas e flores".

A criação de um Centro de Segurança e Inovação Tecnológica no Setor Agroalimentar acontecerá na Universidade do Minho, estando prevista "a aquisição de diversos equipamentos para complementar os meios já disponíveis e incrementar as atividades de investigação".

Já na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro serão requalificados os laboratórios de análises de alimentos para submissão a processos de acreditação de metodologias de ensaio, estando ainda prevista a mudança de laboratórios da universidade para um novo edifício, já existente, que "reúne condições de excelência para a criação de laboratórios de referência".

Fonte:  Lusa

Agricultor perde telemóvel em silo de cereais e recebe telefonema do Japão 9 meses depois


Um agricultor do Estado norte-americano do Oklahoma, EUA, estava a trabalhar na sua quinta quando deixou cair o telemóvel num silo com cerca de 130 toneladas de grãos de cereais. Nove meses depois, o telefone apareceu no Japão.

Conselho Interprofissional IVDP aprova comunicado de vindima 2014


 
A Região Demarcada do Douro vai transformar 105.000 pipas (550 litros) de mosto generoso em vinho do Porto, com pequenos ajustamentos nos coeficientes para as diferentes classes de vinha. Este é o principal resultado do comunicado de vindima para 2014 aprovado hoje pelo Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) com o acordo da produção e do comércio.
 
O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, afirma que "mesmo num momento particular para o Douro, como o que agora se vive, os representantes da produção e do comércio chegaram a acordo, facto que merece ser destacado pela nota positiva que transmite e que espero que seja benéfico para a Região".
 
A consulta integral do comunicado anual de vindima está disponível, a partir de 10 de julho, em www.ivdp.pt
 
Sobre o IVDP
Embaixador dos Vinhos do Porto e Douro em todo o mundo, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) é um instituto público, integrado na administração indireta do Estado, com jurisdição sobre todo o território nacional. A missão fundamental do IVDP é promover os vinhos do Porto e do Douro em Portugal e no mundo, garantir o controlo da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, regulamentando o processo produtivo, bem como a proteção e defesa das denominações de origem Douro e Porto e da indicação geográfica Duriense à escala global.

fonte: mediana

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ministra da Agricultura admite reabertura de candidaturas no PRODER

Redação

Assunção Cristas, ministra da Agricultura, admitiu esta terça-feira a reabertura de candidaturas ao regime de transição do PRODER durante um «curto período».

As candidaturas haviam sido suspensas no passado dia 30 de junho, com a ministra a referir-se na altura a «pausa para permitir fazer um ponto da situação».

Este terça-feira, na comissão parlamentar Agricultura e Mar, Assunção Cristas explicou que as candidaturas passaram, nos últimos meses, de seis mil para 12 mil por mês.

Agricultura Assunção Cristas: Alterações na Casa do Douro avançarão mesmo sem acordo

A ministra da Agricultura garantiu que as alterações já anunciadas para a Casa do Douro irão avançar, mesmo que não receba uma contraproposta da instituição quanto ao projeto em cima da mesa. 08 de Julho 2014, 18h57Nº de votos (0) Comentários (0)   "Temos um modelo muito claro mas abertura para o afinar, mas mesmo que a Casa do Douro não envie uma contraproposta teremos de avançar, porque como está não serve ninguém", indicou Assunção Cristas, durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Mar. A ministra defendeu que a alternativa à aplicação do projeto de alterações anunciado pelo Governo seria "a insolvência pura e dura, seja a pedido do Fisco e Segurança Social, seja a pedido de um qualquer credor privado".

Presidente da Casa do Douro diz que mantém aberta porta do diálogo com governo


No entanto, sublinhou, a proposta, tal como está, "não serve"
O presidente da Casa do Douro (CD) afirmou hoje que a instituição mantém aberta a porta do diálogo com o Governo e garantiu que apresentou uma contraproposta ao acordo de dação, entregue pelo executivo "como um ultimato".

Manuel António Santos reagia às declarações da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que, na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, assegurou que "as alterações já anunciadas para a CD irão avançar, mesmo que não receba uma contraproposta da instituição quanto ao projeto em cima da mesa".

"Temos um modelo muito claro mas abertura para o afinar. Mesmo que a Casa do Douro não envie uma contraproposta teremos de avançar, porque como está não serve ninguém", indicou Assunção Cristas.

O Governo delineou um plano para resolver a dívida de cerca de 160 milhões de euros da instituição duriense que passa por um acordo de dação em cumprimento.

O plano visa a entrega de vinho para pagamento da dívida e ainda uma alteração estatutária de associação pública e de inscrição obrigatória para os viticultores para uma associação de direito privado e de inscrição voluntária.

A alteração legislativa será votada na quinta-feira na Assembleia da República.

"Lamentamos imenso que a senhora ministra da Agricultura tenha produzido essas afirmações. Apesar dos documentos nos terem sido enviados sem qualquer diálogo prévio connosco e apesar de o documento que respeita à dação em cumprimento vir como um ultimato, nós respondemos e a nossa carta encerra uma contraproposta", afirmou à agência Lusa Manuel António Santos.

O dirigente garantiu que a CD está disponível para a "reabertura do diálogo" com o Ministério da Agricultura.

"Se a senhora ministra está cheia de boa vontade e entende que alguma coisa ainda se pode fazer, nós estamos disponíveis e de boa-fé para tentar encontrar uma solução", frisou.

No entanto, sublinhou, a proposta, tal como está, "não serve".

Segundo a direção da CD, as propostas do Governo (dação em cumprimento e alteração legislativa), a serem aceites, "beneficiariam uma associação privada que, a partir de 01 de janeiro, receberia património avaliado em 30 milhões de euros", entre a sede, delegações, armazéns ou os 30% do capital social da Real Companhia Velha.

Além disso, esta proposta "beneficia as empresas do setor do vinho do Porto, já que os preços fixados para os vinhos da instituição são inferiores aos preços médios de venda à saída do entreposto de Gaia, e assenta ainda "numa avaliação pouco credível" que foi feita ao stock.

Manuel António Santos frisou que o Governo exige que seja a CD a suportar, durante 25 anos, os custos de armazenagem dos vinhos que vierem a ser entregues ao Estado para pagamento da dívida.

Apesar de se dizer aberto ao diálogo, o presidente garante que a organização vai lutar contra a "sua extinção".

O responsável salientou ainda que o Governo tem esquecido, em todo o processo, "a sua própria responsabilidade na dívida da CD" e frisou que, após 1999, quando foi eleito pela primeira vez para a direção, a instituição "sempre conseguiu resultados anuais positivos, absorvidos totalmente pelos encargos assumidos anteriormente com avales do Estado".

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Inovação em Portugal Rural - Detetar, medir, valorizar


Esta publicação resulta do projeto RUR@L INOV, iniciativa conjunta da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e da  DGADR, já está disponível em formato pdf. 

Floresta Amazónica cresceu após mudanças climáticas há 2.000 anos


Floresta Amazónica cresceu após mudanças climáticas há 2.000 anos


Faixas da Amazónia podem ter sido pradarias até uma mudança natural para um clima mais húmido há cerca de 2.000 anos ter levado à formação da floresta tropical, de acordo com um estudo que desafia a crença comum de que a maior floresta tropical do mundo é muito mais velha.
A chegada de doenças europeias após Cristóvão Colombo ter cruzado o Atlântico em 1492 também pode ter acelerado o crescimento de florestas com a morte de populações indígenas que utilizavam a região para agricultura, escreveram os cientistas na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
«O ecossistema dominante era mais como a savana do que a floresta tropical que vemos hoje», disse John Carson, que liderou a pesquisa na Universidade de Reading, em Inglaterra, sobre o sul da Amazónia.
Os cientistas disseram que uma mudança para condições mais húmidas, talvez causadas por alterações naturais na órbita da Terra ao redor do Sol, levaram ao crescimento de mais árvores a partir de há 2.000 anos.
Os cientistas estudaram aterros feitas pelo homem, descobertos recentemente após o abate de árvores na Bolívia, que incluíam valas de até 1 quilómetro de comprimento e de até 3 metros de profundidade e 4 metros de largura.
Eles encontraram grandes quantidades de pólen de relva em sedimentos antigos de lagos próximos, sugerindo que a região era coberta por uma savana. Também encontraram evidências de plantações de milho, o que aponta para a agricultura.
A Amazónia tem sido tradicionalmente vista como uma floresta tropical primitiva e densa, povoada por populações caçadoras-colectoras. Nos últimos anos, no entanto, arqueólogos descobriram indicações de que povos indígenas viveram na selva densa, mas conseguiram abrir espaço de terra para agricultura.
O estudo publicado na revista PNAS sugere uma nova ideia de que a floresta simplesmente não existia em algumas regiões.
As «descobertas sugerem que, em vez de ser uma floresta de caçadores-colectores, ou de desmatadores de florestas em grande escala, os povos da Amazónia de há 2.500 a 500 anos eram agricultores», disse a Universidade de Reading em comunicado.
Carson disse que, talvez, um quinto da bacia da Amazónia, no sul, pode ter sido savana até essas transformações naturais, ao passo que floresta cobriria o território restante.

População informada pode ajudar mais a prevenir incêndios florestais


O Instituto Português do Mar e da Atmosfera vai emitir boletins sobre incêndios florestais para toda a população, disse hoje o seu presidente, defendendo que as pessoas informadas estão em alerta e podem ajudar mais a prevenir os fogos.
"Estamos articulados com todas as instituições e vamos começar a emitir boletins específicos para a prevenção dos incêndios, em articulação com o resto dos organismos do Ministério da Agricultura e da Autoridade Nacional de Proteção Civil", referiu à agência Lusa Jorge Miranda.
"Hoje temos uma população que está muito mais informada e [isso] pode aumentar a sua capacidade de alerta", frisou o presidente do IPMA.
O especialista em geofísica acredita que todos os temas de defesa civil necessitam de meios tecnológicos a nível central e local, mas "mais do que tudo, de uma atuação inteligente das populações".
Jorge Miranda avançou que o IPMA vai ter produtos adicionais de previsão para as instituições que operam no terreno e "os avisos normalizados vão ser transmitidos pelas televisões de forma clara".
Por outro lado, na página da internet do instituto está a ser melhorada "significativamente" a informação relacionada com os incêndios florestais.
Com o objetivo de manter todos informados sobre os elementos climáticos que podem ser relevantes para a prevenção de fogos nas florestas, o IPMA vai lançar uma aplicação gratuita para ´android´ e ´iphone´ que permite ter previsões hora a hora, incluindo sobre o vento.
"Este é sempre um assunto polémico, porque não é complicado prever as regiões onde o risco de incêndio é maior, a questão é que durante muito tempo houve uma gestão deste processo que foi no sentido de mitigar a transferência de informação", apontou o presidente.
Segundo Jorge Miranda explicou que devido a uma percentagem "algo significativa" dos incêndios ter origem criminosa, ao divulgar dados sobre o potencial de incêndio, "na verdade, estava a dar-se informação que podia ser utilizada por criminosos para levar a cabo de uma forma mais eficiente a sua ação" e por isso a opção tomada nos últimos anos.
O fogo florestal "é o único risco natural em que o excesso de informação pode ter um efeito contraproducente", admitiu.

O eucalipto

O CONVIDADO

por JOSÉ MARTINO, ENGENHEIRO AGRÓNOMO07 julho 20141 comentário

O que têm em comum José Manuel Casqueiro, Ferraz da Costa, Carvalho da Silva, João Proença, Ludgero Marques ou Rocha de Matos? O facto de terem liderado por longos períodos grandes associações socioprofissionais, fossem elas a CAP, a CIP, a CGTP, a UGT, a AEP, a AIP.
O problema das longas lideranças está em que o seu líder passa a confundir-se com a associação. E os seus interesses pessoais e políticos passam a estar umbilicalmente ligados à estratégia da associação que lidera. Este é um grande problema nacional. Tem raízes no nosso sistema corporativo, vulnerável a lóbis e interesses particulares.
O que se passa no associativismo agrícola? Será que os superiores interesses socioprofissionais dos sócios de cada instituição são acautelados? Os especialistas na história das agriculturas de Portugal costumam indicar como prática de longo prazo que são considerados bons dirigentes associativos aqueles que são recebidos, muito rapidamente, quase no dia-a-dia, pelos mais altos responsáveis políticos do Ministério da Agricultura e conseguem obter subsídios para as respetivas associações. Assim sendo, conseguem quase perpetuar-se à frente das associações. Este estado da arte interessa ao poder político? Certamente que sim, pois torna o associativismo mais permeável à condução conjuntural dos interesses políticos. Qual o estado da arte atual? Devo dizer, em abono da verdade, que esta situação já foi pior. Hoje, no mundo rural, onde a CAP ocupa um lugar central ao nível associativo, a liderança de João Machado é discreta e o seu protagonismo dividido com o secretário-geral, Luís Mira. Não acho mal. O que acho mal é a CAP continuar a ocupar no espaço mediático um lugar quase único no que diz respeito ao setor agrícola. A CAP tem uma longa e profícua história de defesa do mundo rural. Teve homens que marcaram a sua trajetória, como José Manuel Casqueiro e Rosado Fernandes, mas existe muito mais associativismo para lá da CAP. Pequenas associações estão a crescer com esforço e com determinação em contribuir para a economia nacional.
A RefCast, da castanha, em Vila Real, ou a AGIM, do mirtilo, em Sever do Vouga, são exemplo de tenacidade, de trabalho, de competência e de sucesso. Deviam também poder ter direito aos seus 15 minutos de fama. Seria uma justa homenagem a quem, na sombra, tem criado valor acrescentado, riqueza e postos de trabalho. É por isso falsa a imagem de que o associativismo agrícola reside apenas na CAP, que tudo seca ao seu redor. Seria, aliás, uma sugestão que deixava aqui ao presidente da CAP, João Machado, e ao seu secretário-geral, Luís Mira, fazer valer a sua influência, como associação, para fazer que os holofotes mediáticos se voltassem para outras realidades associativas.
O associativismo agrícola precisa de acompanhar os novos tempos da agricultura, tornar-se mais moderno, rigoroso e credível. Deve prestar contas, ser mais organizado, e os seus representantes devem estar sujeitos a limitação de mandatos. Cabe ao Estado legislar no sentido de adequar as regras do associativismo agrícola à luz do empreendedorismo agrícola, com o objetivo da transparência, da eficácia e do mérito.
E, porque não, a CAP assumir a realização de um congresso das associações de agricultura? No momento em que estamos a passar do ProDer 2007-2013 para o PDR 2014-2020, teria toda a acuidade organizar um evento desta dimensão.

Moscatel de Setúbal: Seis anos a brilhar!

 O Moscatel de Setúbal – Venâncio da Costa Lima volta a brilhar em França, no Concurso Muscats du Monde 2014, sendo distinguido novamente com medalha de OURO!

Ganha novamente a medalha mais valiosa deste concurso, o que prova a qualidade superior (e constante) deste Moscatel de Setúbal, ao longo dos anos.
É importante referir que este vinho encontra-se disponível com uma relação qualidade/preço imbatível, o que faz dele um dos vinhos nacionais mais medalhados deste concurso, ao preço mais acessível.
Este vinho torna-se assim, uma referência nos vinhos generosos portugueses!



 Moscatel de Setúbal:

            "Património Nacional que se bebe" (David Lopes Ramos)

" (…) é que Moscatéis não faltam pelo Mundo fora, mas Setúbal é difícil de igualar". (João Paulo Martins e João Afonso, Revista de Vinhos, Março 2011)



Mais informações em: www.muscats-du-monde.com


terça-feira, 8 de julho de 2014

Primavera deste ano foi a nona mais quente desde 1931 em Portugal

Primavera deste ano foi a nona mais quente desde 1931 em Portugal


A última primavera em Portugal Continental correspondeu à nona mais quente desde 1931, e os valores médios da precipitação foram inferiores ao normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O boletim climatológico do IPMA referente aos meses de março, abril e maio indica que a primavera de 2014 foi caraterizada por "valores médios da quantidade de precipitação inferiores ao normal e valores da temperatura mádia do ar, superiores".
De acordo com o IPMA, o trimestre, com uma temperatura média de 14,9 graus centígrados, foi superior ao normal, com um desvio de mais 1,3 graus centígrados, em relação a valores médios.
Esta primavera correspondeu à nona mais quente desde 1931, tendo sido a mais quente em 1997, refere o IPMA, avançando que "valores da temperatura média superiores aos registados nesta primavera ocorreram apenas em cerca de 10 por cento dos anos".
O boletim indica também que o valor médio da quantidade de precipitação no trimestre de março a maio, 191.6 milímetros, foi inferior ao valor médio com um desvio de menos 19.8 milímetros.
O IPMA classificou a primavera de 2014 como "normal".
O documento adianta que o mês de abril registou "valores de temperatura média e de precipitação superiores ao normal".
Como "fenómenos relevantes" da última primavera, o IPMA destaca a ocorrência de duas ondas de calor, uma entre 05 e 17 de abril, que se registou em Bragança, Miranda do Douro, Castelo Branco e Vila Real, e outra entre 28 de abril e 18 de maio, que ocorreu em especial nas regiões do interior.
O outro "fenómeno relevante" destacado pelo IPMA é a queda de neve na Serra da Estrela a 24 de abril e entre 20 e 23 de maio.
Diário Digital com Lusa

Alcácer do Sal: Arroz carolino é "prioridade máxima" para a economia da região


O presidente da autarquia de Alcácer do Sal, Vítor Proença, e os representantes do Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (APPAROZ) e da Associação de Agricultores do concelho vão reunir-se esta quarta-feira com José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, para defender a "cultura do arroz carolino como prioridade máxima para o desenvolvimento económico da região".
 
As entidades locais querem a certificação do arroz de Alcácer do Sal, concelho que, de acordo com a autarquia, tem "a maior área de cultivo de arroz do país", com seis mil hectares de arrozal dos 27 mil que existem em Portugal. "O número de produtores de arroz é estável, mantêm-se nos 300", explicou Vítor Proença em Abril, no âmbito da realização do "Encontro da Orizicultura Portuguesa".
 
Vítor Proença, José Mota Capitão, da APPAROZ, e Francisco Vacas, presidente da Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, vão reunir-se com José Diogo Albuquerque no próximo dia 9. Os produtores locais querem a criação de uma Indicação Geográfica Protegida, certificação da União Europeia para produtos gastronómicos e agrícolas produzidos numa região.
 
De acordo com a autarquia, a delegação espera também abordar a nova Política Agrícola Comum (PAC) neste encontro. "Há menos ajudas previstas e se não existir apoio aos agricultores do concelho para a produção de arroz, não existe alternativa, porque os solos têm um ph elevado, muito salinizados", salientou Vítor Proença. O presidente quer também discutir com o Secretário de Estado da Agricultura "a redução das importações de arroz e a implementação de uma fiscalização apertada nos portos".
 
"Hoje mistura-se muito arroz produzido na região com outros provenientes de outras zonas do mundo, tal como a Tailândia", refere o presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, que defende "a denominação de origem do arroz de Alcácer, acrescida de um conjunto de medidas de apoio e incentivo à produção nacional".
 
Foto © CMAlcácer do Sal

Vila Real: A cereja quer-se no topo

Foi com uma sobremesa à base de cereja que o restaurante Bons Tempos abriu as portas ao Verão. Hanami, uma delícia à base de cereja, é a mais recente aposta do restaurante para pontuar as refeições de Verão.

Desenvolvida pela EHTD, a sobremesa vai passar a constar na ementa do restaurante vila-realense. "Sempre que for possível ter o produto, porque não há todo o ano, iremos apostar nesta sobremesa. É uma receita excelente que dá origem a uma sobremesa deliciosa", considerou Alexandra Amorim, proprietária do espaço.

 O nome desta iguaria – Hanami – deriva de um vocábulo japonês que transporta o comensal para o imaginário das cerejeiras em flor e a sua pausada contemplação. Na receita estão envolvidos outros produtos locais como a amêndoa ou a azeitona.

A apresentação da sobremesa aconteceu na passada sexta-feira, dia 4, e Romeu Sequeira, presidente da Amijóia, considerou que foi uma óptima oportunidade para divulgar o que de melhor se produz no concelho de Lamego. "É muito importante podermos apresentar a qualidade da nossa cereja na cidade de Vila Real e neste espaço ao ar livre que nos foi cedido pelo restaurante Bons Tempos. Para nós, é crucial ter parceiros na área da restauração porque os derivados da cereja da Penajóia são uma excelente alavanca de promoção deste produto."

A acção teve como parceiros a Amijóia - Associação dos Amigos e Produtores de Cereja da Penajóia, a EHTD Lamego - Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, a Douro Alliance e a Quinta Seara d'Ordens.

Alexandra Amorim sublinha que desde que o Bons Tempos abriu portas, privilegia a filosofia de dar a conhecer os produtos endógenos de excelência. "Todos os pratos que constam da carta têm como base os produtos da região. Neste caso, foi a cereja mas fazemos o mesmo com a castanha, o azeite e todos os produtos locais que apresentem a qualidade que exigimos."

O restaurante Bons Tempos vai iniciar uma série de actividades ao ar livre, utilizando o seu espaço exterior (jardim), tendo já marcado para 25 de Julho um jantar vínico com os néctares de Domingos Alves de Sousa.

Fonte:  Notify

Douro prevê produzir 221 mil a 235 mil pipas nesta vindima

A Região Demarcada do Douro (RDD) poderá produzir nesta vindima entre 221 mil e 235 mil pipas de vinho, prevendo-se uma ligeira quebra neste "ano atípico" em que o frio e o calor se intercalaram.

Os dados foram divulgados hoje, no Peso da Régua, pela Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).

A directora geral da instituição, Rosa Amador, afirmou que esta expectativa de colheita aponta para uma produção mais baixa do que a de 2013 (entre as 233 mil e as 253 mil pipas).

A responsável advertiu, no entanto, que o resultado final da próxima vindima vai depender das condições climáticas e fitossanitárias que se registarem até Setembro.

As previsões da ADVID são efectuadas com base no modelo pólen, recolhido na fase de floração da videira, entre Abril e Junho, nas três sub-regiões do Douro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

Já depois da floração da videira ocorreram alguns problemas de bagoinho e desavinho, que, segundo Rosa Amador, poderão levar a "produções ligeiramente mais baixas do que as previstas agora".

Rui Soares, da Real Companhia Velha, disse à agência Lusa que este tem sido "um ano um pouco atípico".

"As condições durante a floração foram muito invulgares. Tivemos temperaturas baixas, tivemos bom tempo, tivemos um pouco de tudo e isso reflectiu-se na quantidade de uvas. Neste momento há uma diminuição. Temos menos uvas em relação a 2013", salientou.

O ano até estava a ser calmo em termos de doenças, mas o frio e a chuva de Junho originaram condições para o desenvolvimento de doenças como o oídio e o míldio.

"Estamos neste momento numa fase crítica de tratamentos, é preciso trabalhar muito na vinha", sublinhou.

Também o Grupo Sogevinus perspectiva "uma quebra ligeira" na produção, principalmente na zona do Baixo Corgo, onde se está a verificar uma "forte pressão das doenças".

"Está a ser um ano relativamente difícil a nível do tratamento de doenças e na gestão do coberto vegetal. A chuva veio influenciar negativamente", afirmou Márcio Nóbrega, técnico de viticultura da Sogevinus.

Na sua opinião, a elevada precipitação poderá atrasar um pouco a fase do pintor, que corresponde à mudança de cor da uva.

O Douro está também preocupado com as alterações climáticas, que poderão originar, segundo o técnico da ADVID Igor Gonçalves, aumentos de temperatura e redução na precipitação, bem como períodos mais longos desses índices.

Estas condições acumuladas têm implicações ao nível do desenvolvimento da videira, pelo que a associação e parceiros estão a definir estratégias que passam, por exemplo, pela rega deficitária nas zonas mais quentes e secas, ou seja, fornecer o mínimo de água para que a planta sobreviva.

No âmbito do projecto "ClimeVineSafe" está a ser investigada também aplicação de caulino, uma espécie de protector solar que se coloca nas videiras, permitindo, segundo Igor Gonçalves, que não absorvam tanto a radiação e protegendo-as a nível fisiológico.

No final do ano deverão ser apresentados resultados deste projecto, que envolve ainda as universidades de Vila Real e Aveiro.

Fonte:  Lusa

Suspensão do Regime de Transição do ProDeR

 AFLOeste – Associação Interprofissional da Floresta do Oeste

COMUNICADO


A AFLOeste – Associação Interprofissional da Floresta do Oeste, na qualidade de associação de nível regional, vem por este meio expressar a nossa consternação face à suspensão do Regime de Transição do PRODER, pois a mesma põe em causa o desenvolvimento florestal da região e mergulha o setor num período de tempo indeterminado em que não é possível tornar elegíveis investimentos a realizar.

Convém relembrar que as medidas de apoio ao setor florestal tiveram uma taxa de execução muito reduzida e que só recentemente foi possível adequar as medidas às necessidades dos produtores e proprietários florestais. Mais concretamente, o atual Regime de Transição do PRODER estava a permitir recuperar muito do investimento florestal e, dessa forma, contribuir para o reforço da importância económica, social e territorial da floresta.

O facto de terem entrado muitas candidaturas ao abrigo do regime de transição sempre foi apontado como uma conquista do Ministério e um resultado muito positivo para o setor.

Isso mesmo foi reafirmado recentemente, num seminário na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, pelo Vice-Primeiro Ministro, Dr. Paulo Portas e pela Ministra da Agricultura e do Mar, Dr.ª Assunção Cristas. Para além das cerca de 2.000 pessoas presentes nesse evento, o setor aplaudiu o facto da transição entre Programas Comunitários de Apoio ser feita sem interrupções, que no passado marcaram muito negativamente todo o setor.

Esta suspensão do Regime de Transição, sem que esteja assegurada a elegibilidade das despesas até ao arranque do próximo PDR, é recebida por isso como uma traição a todos aqueles que querem investir numa época recessiva.

A AFLOeste solicita à tutela que, por um lado, reponha o Regime de Transição do PRODER, pelo menos de uma forma temporária mas devidamente divulgada, e que procure garantir a elegibilidade dos investimentos florestais que possam ocorrer entre a suspensão do Regime de Transição e o início do próximo PDR.

Arruda dos Vinhos, 7 de Julho de 2014

A Direcção da AFLOeste

«Lisbon Family Vineyards» reúne três produtores na promoção dos seus vinhos



Três dos produtores vitivinícolas de referência de Lisboa – Quinta de Chocapalha, Quinta do Monte d'Oiro e Quinta de Sant´Ana – juntaram-se para um projecto comum que se apresentou pela primeira vez ao público, num momento de celebração que incluiu provas verticais dos seus vinhos mais especiais.

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Lisbon Family Vineyards é o nome do grupo que reúne três produtores da região vitivinícola de Lisboa – Quinta de Chocapalha, Quinta de Sant´Ana e Quinta do Monte d'Oiro. A união destes produtores pretende canalizar as sinergias conjuntas em prol da promoção e valorização dos seus vinhos, todos eles oriundos da região de Lisboa. Este domingo, dia 6 de Julho o grupo fez a sua primeira apresentação ao público, num ambiente descontraído e de convívio, na Quinta de Sant´Ana, onde os seus vinhos gastronómicos puderam mostrar todo o seu potencial.

Os três projectos vínicos têm em comum a abordagem à vinificação e a vontade de se aproximar do consumidor final partilhando a paixão e conhecimento da região. A ligação destas três famílias, que se conhecem há muito tempo, todos com projectos próprios bem-sucedidos, surge agora num momento estratégico em que pretendem divulgar o que a região de Lisboa tem para oferecer: as suas especificidades, as suas riquezas e a sua complexidade, a história e a modernidade.

As três Quintas acreditam que têm muito mais a oferecer trabalhando juntas, potenciando as características que já têm em comum: as três produzem vinhos gastronómicos cuja qualidade é constantemente premiada a nível nacional e internacional; são três negócios familiares que produzem vinhos com personalidades próprias que realçam o terroir específico onde todos os seus vinhos são produzidos; as três quintas podem ser visitadas e os vinhos provados nas respectivas adegas, já que se encontram a menos de 1h da cidade de Lisboa.

Fonte:  Chefs Agency

Aprovados 22,2 milhões de euros para o regadio das Baixas de Óbidos

O Governo aprovou um investimento de 22,2 milhões de euros para a construção da rede de rega das Baixas de Óbidos, projecto que vai irrigar 1.300 hectares de terrenos e servir um milhar de agricultores.

"É o maior investimento de sempre aprovado para o concelho, depois de muitas reuniões e muita pressão junto deste e de anteriores governos para concretizar um projecto aguardado há décadas", disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques.

De acordo com o autarca, a verba de 22,2 milhões de euros foi aprovada na sexta-feira pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, assegurando assim "o financiamento de 100% do projecto", candidatado ao regime de transição do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural).

A rede de regadio das Baixas de Óbidos foi concebida para irrigar 1.300 hectares de terrenos agrícolas e servir cerca de mil agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral.

Integrada no Projecto Hidroagrícola das Baixas de Óbidos, a rede é aguardada desde 1978. O regadio está agregado à construção da Barragem do Arnóia, obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005, e parada desde então devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

"O caderno de especificações está concluído e estimo que em breve se iniciem os preparativos para o lançamento do concurso público internacional e que a obra se possa iniciar ainda este ano", afirmou o presidente.

A expectativa da autarquia é que "a rede de rega esteja pronta a funcionar dentro de dois anos e meio", acrescentou Humberto Marques, sublinhando a importância do equipamento que "irá potenciar em duas a três vezes a produção hortícola e frutícola do concelho e da região".

Destinado em 60% a pomares e 40% a hortícolas, o projecto permitirá, por exemplo, aumentar a produção média de pêra rocha de 12 toneladas (em sequeiro) para 40 toneladas por hectare, em regadio.

"É um investimento com impacto na economia regional e nacional, no aumento do rendimento dos produtores, no número de empregos que se podem criar, mas também contribuindo para o Produto Interno Bruto e para o aumento das receitas do próprio Estado", concluiu Humberto Marques.

Fonte:  Lusa