sexta-feira, 11 de julho de 2014

Gestora do Proder bate com a porta


MÓNICA SILVARES
09/07/14 00:05
A gestora do Programa de Desenvolvimento Rural, Gabriela Ventura, pediu a demissão.
A responsável já não está a exercer funções, sendo que a sua saída foi justificada pela sua indisponibilidade para continuar a exercer funções. "A saída de Gabriela Ventura prende-se com razões práticas e não de um desentendimento", disse ao Económico o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. Gabriela Ventura "não quis ficar para o próximo quadro comunitário", acrescentou o secretário de Estado, frisando que a responsável já tinha manifestado a intenção de abandonar cargo em Janeiro. No entanto, ambos acordaram que esta seria a melhor altura para sair já que é o momento de transição entre dois quadros comunitários e é necessário começar a preparar os sistemas informáticos, criar as estruturas antes do modelo de formalização dos fundos comunitários. Segundo apurou o Económico, a saída de Gabriela Ventura também pode estar relacionada com a nova fase no PS. Gabriela Ventura, tida como uma das mulheres fortes de José Sócrates, foi nomeada em Junho de 2009 depois de Carlos Guerra ter colocado o cargo à disposição quando foi constituído arguido no caso Freeport tendo para tal abandonado as funções de directora do Gabinete de Coordenação Internacional do Grupo Mota -Engil. E desde que o Governo de Passos Coelho tomou posse foi muitas vezes apontada como possível remodelável, mas acabou por se manter em funções. Diogo Albuquerque explicou que o ideal seria "ter a mesma máquina a assegurar a passagem do Proder para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR)", o programa operacional do Portugal 2020, mas não sendo possível este era o momento, até porque as candidaturas ao Proder estão suspensas. Esta decisão foi justificada pelo governante pela necessidade de criar um interregno de dois a quatro meses para analisar o 'stock' de candidaturas recebidas, antes de dar início ao novo quadro. De notar que na agricultura não há períodos específicos de concurso, mas sim concursos em contínuo. Com uma taxa de execução de 85%, Diogo Albuquerque espera, já em Setembro, conseguir antecipar apoios aos agricultores através do IGCP que depois são reembolsados pela Comissão Europeia ao nível dos seguros. Já os concursos para os apoios comunitários só devem arrancar em Novembro ou Dezembro.

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