quarta-feira, 15 de agosto de 2012

França e EUA preocupados com aumento do preço dos cereais ponderam convocar G20 de emergência

13.08.2012 11:05
ECONOMIA


Culturas de milho no Kansas, EUA / Reuters

A França e os EUA estão prontos para convocar uma reunião de
emergência do G20 no caso de agravamento dos preços nos mercados
mundiais das matérias primas agrícolas, anunciou o ministro da
Agricultura francês. A situação de seca extrema que os Estados Unidos
estão a atravessar fizeram disparar os preços dos cereais.
"A França e os Estados Unidos estão atentos à evolução dos mercados e
estão prontos a reunir o Fórum de Reação Rápida em caso de
agravamento" da situação, segundo um comunicado do Ministério da
Agricultura francês, divulgado pelas agências de notícias.

Caso seja necessário, o Fórum reunir-se-á no início de Setembro,
avançou um porta-voz do Ministério à AFP.

O Fórum de Reação Rápida, criado pelos países do G20 em 2011, visa
conseguir uma resposta rápida e coordenada em casos de fortes pressões
sobre o mercado agrícola mundial, a fim de evitar, nomeadamente, as
intervenções unilaterais.

Está associado ao Sistema de Informação de Mercados Agrícolas da
agência da ONU para a Alimentação (FAO).

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/08/13/franca-e-eua-preocupados-com-aumento-do-preco-dos-cereais-ponderam-convocar-g20-de-emergencia

FAO pede mudanças na promoção de dietas sustentáveis e biodiversidade alimentar

"Apesar dos muitos sucessos da agricultura nas últimas três décadas, é
evidente que os sistemas alimentares e dietas não são sustentáveis",
afirmou a responsável pela Divisão de Proteção ao Consumidor e
Nutrição da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO), Barbara Burlingame, no prefácio do livro Dietas
Sustentáveis e Biodiversidade.


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Cerca de 1,5 bilhão de pessoas estão com sobrepeso ou obesas. Foto: ssandreta

Os países deveriam tomar medidas imediatas para promover dietas
sustentáveis e sua biodiversidade alimentar, como forma de melhorar a
saúde de seus cidadãos. Publicada na primeira semana de agosto em um
livro lançado em conjunto com a organização não governamental
Bioversity International, a avaliação é de uma agência da ONU que
trata do tema.

"Apesar dos muitos sucessos da agricultura nas últimas três décadas, é
evidente que os sistemas alimentares e dietas não são sustentáveis",
afirmou a responsável pela Divisão de Proteção ao Consumidor e
Nutrição da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO), Barbara Burlingame, no prefácio do livro Dietas
Sustentáveis e Biodiversidade.

"Enquanto mais de 900 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome,
muitas outras – cerca de 1,5 bilhão – estão com sobrepeso ou obesas.
Estima-se que dois bilhões sofrem de má nutrição de micronutrientes,
incluindo a vitamina A, ferro ou deficiência de iodo", acrescentou
Burlingame, destacando a ligação entre a má alimentação e doenças não
transmissíveis, como diabetes e doenças cardiovasculares.

O livro assinala que a entrada da agricultura industrial e do
transporte de longa distância fizeram carboidratos refinados e
gorduras acessíveis e disponíveis em todo o mundo, levando a uma
simplificação geral de dietas e dependência de um número limitado de
alimentos ricos em energia. No entanto, esses alimentos não têm a
qualidade de nutrientes e têm carbono pesado.

Segundo a FAO, apenas três culturas – milho, trigo e arroz –
atualmente fornecem 60% da energia da dieta a partir de plantas em
nível global. Além disso, como o rendimento das pessoas no
desenvolvimento de países aumenta, elas estão mais propensas a
abandonar tradicionais alimentos de origem vegetal em favor de dietas
ricas em carne, laticínios, gorduras e açúcar.

"Nossos sistemas alimentares precisam passar por transformações
radicais para uma utilização mais eficiente dos recursos e maior
eficiência e equidade no consumo de alimentos", destacou Burlingame.

Essa mudança de dieta e a excessiva dependência de determinadas
culturas têm tido um papel significativo na diminuição da diversidade
genética vegetal e animal, argumento a obra, observando que, de 47.677
espécies avaliadas pela União Internacional para a Conservação da
Natureza, 17.291 estão ameaçadas de extinção.

http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/fao-pede-mudancas-na-promocao-de-dietas-sustentaveis-e-biodiversidade-alimentar/

Obama anuncia medidas para aliviar sectores afectados pela seca

13-08-2012 às 14:140

inShareO presidente dos EUA, Barack Obama, vai anunciar esta
segunda-feira que o governo pretende comprar até 170 milhões de
dólares em carne suína, de cordeiro, de aves e de peixes para ajudar
os agricultores que sofrem com a seca, disse um representante da Casa
Branca.
As compras do Departamento de Agricultura vão acontecer através de
programas de assistência à nutrição, como bancos de alimentos.
Durante uma visita ao Estado de Iowa, o presidente vai pressionar que
o Congresso aprove legislação para dar ajuda de curto prazo a
produtores rurais atingidos pela pior seca nos EUA em mais de 50 anos,
que está a reduzir as perspectivas de colheita de soja e milho este
ano.
Além de importante produtor de grãos, o Iowa é um dos Estados sem
preferência tradicional pelos Democratas ou Republicanos, e onde o
partido de Obama pretende ganhar votos na eleição presidencial de
Novembro.
Na semana passada, governadores de dois Estados produtores de aves,
Maryland e Delaware, pediram ao presidente que reduza a mistura
obrigatória de etanol de milho à gasolina, dizendo que o cereal é
necessário para a ração animal.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=587385

Nestlé alerta para uma crise alimentar pior do que a de 2008 devido aos biocombustíveis

Por Agência Lusa, publicado em 14 Ago 2012 - 13:43 | Actualizado há 21
horas 56 minutos


O presidente da Nestlé afirmou hoje que o mundo enfrenta uma maior
crise do que a registada em 2008 devido à subida de preços dos
alimentos em consequência do aumento da terra dedicada à produção de
biocombustíveis.

"A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) chegou
às mesmas conclusões do que tenho vindo a dizer há muitos anos: que
não se ocupe a terra para a produção de biocombustíveis já que se
perde para a alimentação", disse o presidente da Nestlé, Peter
Brabeck-Letmathe, ao diário austríaco Wiener Zeitung.

Peter Brabeck-Letmathe referia-se à questão de a FAO ter
solicitado recentemente aos países para mudar as suas políticas sobre
os biocombustíveis devido ao perigo de uma crise alimentar.

A FAO tem vindo a alertar para o constante aumento dos preços dos
alimentos nos últimos anos, especialmente os cereais e o açúcar, já
que afetam os países em vias de desenvolvimento que dependem da
importação desses produtos para alimentar as suas populações.

"Por trás [do aumento dos preços] há grupos de pressão muito
fortes e altos subsídios e, por isso, prevejo uma crise alimentar com
consequências mais desastrosas do que aconteceu em 2008", frisou.

O presidente da Nestlé recordou que os mais afetados pelo aumento
dos preços são os cidadãos dos países mais pobres que dedicam 80 por
cento da sua remuneração à alimentação.

"A Europa pode aguentar a subida dos preços, mas em África e
grande parte da Ásia, a situação é diferente", observou.

http://www.ionline.pt/dinheiro/nestle-alerta-uma-crise-alimentar-pior-2008-devido-aos-biocombustiveis

Campanha do tomate com elevadas expectativas de rentabilidade

13 de Agosto, 2012

A indústria portuguesa de tomate, cuja campanha decorre em Agosto e
Setembro, espera manter este ano «o alto grau de competitividade» que
faz dela a segunda mais rentável do mundo, disse à Lusa fonte do
sector.
«Apesar dos tempos difíceis em que a economia portuguesa se encontra,
esperamos manter o alto grau de competitividade, qualidade, inovação e
desenvolvimento que caracteriza esta actividade», afirmou o
secretário-geral da Associação dos Industriais de Tomate (AIT), Miguel
Cambezes.

Segundo salientou, Portugal é actualmente «um dos maiores» produtores
de tomate do mundo e o quinto exportador mundial de produtos de
tomate, com vendas de 250 milhões de euros e um valor acrescentado
bruto de 80 por cento.

Em Agosto e Setembro, período em que decorre a campanha do tomate,
cerca de 1,2 milhões de toneladas são colhidas em Portugal para
posterior transformação, 95 por cento das quais têm depois destino a
mais de 40 países de todo o mundo, desde a Europa, ao Japão e América
do Sul.

No total, o sector gera 6.500 postos de trabalho directos e indirectos
no país, sobretudo em zonas do interior, sendo as empresas portuguesas
«reconhecidas em todo o mundo pela qualidade dos seus produtos»,
assegurou Miguel Cambezes.

De acordo com a AIT, o agricultor de tomate português é, em termos de
rendimento agrícola por hectare, o 2.º maior do mundo, só ultrapassado
pela Califórnia, nos EUA.

O lançamento, este mês e até ao final de Setembro, da campanha de
2012, é segundo Miguel Cambezes, «mais um período fundamental para um
sector que contribui positivamente para a balança comercial do país,
uma vez que exporta quase tudo o que produz».

Conforme salienta a associação, o sector português de tomate «está
ainda na linha da frente no que concerne ao equipamento que utiliza».

A prová-lo, aponta que «a última grande evolução tecnológica que o
sector conheceu foi uma máquina cujo protótipo foi desenvolvido em
Portugal» sendo que, «das 10 posteriormente instaladas no mundo
inteiro, quatro encontram-se no país».

«Nos últimos 10 anos foram investidos nas fábricas portuguesas um
total de 60 milhões de euros em modernização e inovação», adianta,
salientando que «o sector tem verificado um crescimento médio de cinco
por cento ao ano nos últimos 20 anos, prevendo-se que mantenha
idêntico nível de crescimento nos anos futuros».

Em média, nos últimos anos foram transformados 1,2 milhões de
toneladas de tomate, tendo a produção máxima chegado a atingir 1,4
milhões de toneladas.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=56762

Seca destruiu 5,5 milhões de hectares de culturas na Rússia

inShare

14 de Agosto, 2012

A seca destruiu 5,5 milhões de hectares de culturas na Rússia e os
prejuízos ascendem a mais de mil milhões de dólares, disse hoje o
ministro da Agricultura, Nikolái Fiódorov.
A superfície destruída, que se encontra concentrada em 21 das regiões
e repúblicas do país, representa 7,3 por cento do total (quase sete
mil explorações agrícolas), acrescentou o ministro, citado pelas
agências locais.

O estado de emergência continua em vigor em 17 entidades federadas,
das quais dez se dirigiram ao Governo central em busca de assistência
financeira para os produtores.

O Ministério da Agricultura destinará as ajudas estatais para a compra
de ração para as explorações de aves, vacas e porcos.

As regiões mais afectadas pela seca são as meridionais e as banhadas
pelo rio Volga, tradicional celeiro deste país.

Antes da seca, Fiódorov havia cifrado em 85 milhões de toneladas as
previsões para a colheita de 2012, face às 94,2 milhões de toneladas
no ano passado.

Segundo a imprensa local, a seca, que também afecta outros países como
os Estados Unidos, provocará no próximo ano um aumento dos preços do
pão e da farinha em todo o mundo, incluindo a Rússia.

Em 2010 a seca causada pela onda de calor mais abrasadora conhecida no
país destruiu mais de 11 milhões de hectares de culturas, ou seja, 26
por cento do total da colheita.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=56889

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Espanha: Produção de carne supera em 2012 valores registados antes da crise

13-08-2012




Segundo dados do Ministério de Agricultura de Espanha, no primeiro
trimestre de 2012 registou-se um aumento de produção de carne que
atingiu 1,5 milhões de toneladas.

Este valor corresponde a cerca de um aumento de três por cento em
relação a 2011, devido, sobretudo, à carne de porco, que cresceu mais
de cinco por cento, em grande parte em resposta ao bom andamento das
exportações.

Fonte: FPAS

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44461.aspx

Jovens agricultores apresentam 2.500 candidaturas

Crise poderá estar a provocar aumento do número de jovens
agricultores, admite Governo. 12-08-2012 22:21

Agricultores pedem medidas de emergência
O Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) recebeu, no último ano,
quase 2.500 candidaturas para jovens agricultores, um número que pode
ser justificado com a crise económica, revelou fonte do Ministério da
Agricultura.

De acordo com dados revelados este domingo pelo Ministério de Assunção
Cristas, entre Julho de 2011 e Julho de 2012, "deram entrada 2.478
candidaturas, a que corresponde um investimento de mais de 428 milhões
de euros".

Ministério cede Museu do Vinho à Câmara de Alcobaça

Publicado em 12 Agosto 2012 às 5:35 pm. Tags: Alcobaça, cedência, Museu do Vinho
O Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território cedeu o Museu do Vinho à Câmara de Alcobaça.
A informação foi adiantada há dias pela autarquia numa nota à
imprensa. Com a decisão, fica atendida uma pretensão da autarquia
iniciada em abril de 2006, no decorrer de uma visita às instalações do
então ministro da Agricultura, Jaime Silva.
Uma renda anual de 20 mil euros, e a cedência de longo prazo são os
termos do acordo. O presidente da Câmara disse no último sábado que o
espaço será concessionado a uma associação local ou a uma empresa.


http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2012/08/12/ministerio-cede-museu-do-vinho-a-camara-de-alcobaca/

Sumo de melancia pode vir a ser um biocombustível

Por Jornal i, publicado em 13 Ago 2012 - 16:23 | Actualizado há 3
horas 11 minutos


O sumo de melancia pode vir a ser utilizado como biocombustível no
futuro, revela um estudo. O processo passa por aproveitar as melancias
que não chegam a ser comercializadas e através dos compostos
açucarados do sumo produzir etanol.

"Aproximadamente um quinto das melancias que se cultivam têm marcas
que as tornam pouco atractivas para o consumidor", disse Wayne Fish,
co-autor do estudo e investigador do Serviço de Investigação Agrícola
de Lane, no estado de Oklahoma.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Comissão Europeia reúne-se para discutir aumento de preços de alimentos

13 Agosto 2012 | 14:59
Lusa

A Comissão Europeia vai reunir-se esta segunda-feira para debater a
subida dos preços dos produtos agrícolas como o milho, por culpa da
seca nos EUA, estando também o G-20 a preparar medidas de resposta à
situação.
"A direcção-geral de Agricultura vai convocar uma reunião hoje sobre a
situação", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia Patrizio Fiorilli,
numa conferência de imprensa, citado pela agência espanhola EFE.

Também hoje, o diário britânico Financial Times noticiou que os países
do G-20 estão a preparar-se para intervir, como resposta ao aumento
dos preços causado pela pior seca nos EUA dos últimos 50 anos e o
Julho mais quente desde que há registos.

PSD: Marcelo defende mudanças na Economia, Agricultura e Assunto Parlamentares

HOJE às 09:360

Antigo presidente do PSD e actual conselheiro de Estado, Marcelo
Rebelo de Sousa defendeu, domingo à noite, no seu habitual comentário
na TVI, a necessidade do primeiro-ministro Pedro Passso Coelho
"retocar" o Governo, uma vez que ministérios da Economia e da
Agricultura são «impossíveis tal como estão». De resto, defende o
comentador, também a pasta dos Assuntos Parlamentares, liderada por
Miguel Relvas, deve sofrer alterações.
No entender de Marcelo, uma das alterações, que deverão acontecer na
«segunda fase» da gopvernação, após a festa do PSD no Pontal, Algarve,
é «óbvia» é diz respeito à pasta da Economia, com o comentador a
defender que «é preciso repensar aquele ministério, é preciso alguém
que marque mais na Economia», já que Santos Pereira, o actual
ministro, «é curto para mobilizar os parceiros económicos e sociais».
De resto, no entender do ex-líder do PSD, também o ministério da
Agricultura deve ser repensado, dando à ministra Assunção Cristas
«outro tipo de pasta ou parte da pasta».

Algarve: Vento e mau combate às chamas permitiram que fogo alastrasse

Incêndios

O vento e um mau combate às chamas permitiram que o fogo que atingiu
São Brás de Alportel, Algarve, se tivesse alastrado por vários
hectares, tornando-se no quarto maior incêndio registado em Portugal,
disse este Sábado um investigador universitário.
11 Agosto 2012Nº de votos (0) Comentários (2)



"No primeiro dia, o incêndio esteva mais ou menos dominado, mas no
segundo dia teve uma propagação extremamente rápida. Em poucas horas,
o vento muito forte que se fez sentir fez com que aquele fogo se
tornasse o quarto maior incêndio de sempre em Portugal", disse à Lusa
Paulo Fernandes, professor do departamento de Ciências Florestais na
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
"Com vento, é muito fácil um incêndio propagar-se e este foi um
incêndio muito dirigido pelo vento", acrescentou.
Frisando não ter estado no local na altura do incêndio, em Julho, o
especialista já visitou a zona atingida pelas chamas e faz a sua
análise com base no que viu e no que leu.
"Pelo que vi no local, creio que houve muitas oportunidades de
combater melhor o incêndio. O combate podia ter sido melhor usando-se
outros meios, por exemplo. Neste tipo de incêndios são muito úteis os
meios mecânicos como as bulldozers e as máquinas de rasto. Também
podia ter sido feito contra-fogo nas áreas mais de flanco", defendeu o
professor.
Paulo Fernandes não atribui qualquer responsabilidade na propagação do
incêndio ao tempo de seca, alegando que é uma zona "muito árida, com
solos muito pobres".
"Não é uma zona com muito combustível", frisou o especialista,
acrescentando que "a vegetação daquela zona está adaptada à secura".
Contactada pela Lusa, a meteorologista Ilda Novo Simões disse que a
situação de seca, "conjuntamente com condições meteorológicas que
favoreçam a rápida progressão dos incêndios, como a secura do ar e a
intensidade do vento, aumentam a adversidade da situação para o
combate aos incêndios florestais".
Numa análise à situação meteorológica no Algarve, Ilda Novo Simões
indicou que, em Julho, "o índice de secura dos combustíveis situava-se
acima do percentil 90".
O incêndio que atingiu São Brás de Alportel consumiu 52 por cento da
área florestal do concelho, segundo um relatório da câmara municipal.
O município de São Brás de Alportel tem uma área total de 15.325
hectares, 7.168 dos quais foram dizimados pelas chamas.
Da área total ardida, 69 por cento estava classificada como área
florestal, 29 por cento dos terrenos estavam incultos, enquanto 1,47
por cento da área ardida era utilizada para a agricultura e 0,44 por
cento estavam dedicados a área social.
Pelo menos dez casas ficaram totalmente destruídas e mais de 60
famílias foram afectadas pelas chamas.
O alerta de incêndio foi dado a 18 de Julho, em Catraia, concelho de
Tavira, tendo alastrado durante 72 horas até São Brás de Alportel.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/algarve-vento-e-mau-combate-as-chamas-permitiram-que-fogo-alastrasse

Vendas de vinho do Porto geraram receitas de 138 milhões

Douro

As vendas de vinho do Porto geraram receitas de 138 milhões de euros
no primeiro semestre, mais seis milhões de euros do que no ano
passado, anunciou esta quinta-feira o Instituto dos Vinhos do Douro e
Porto (IVDP).
09 Agosto 2012Nº de votos (0) Comentários (0)



"Num período de contracção económica, um aumento nas vendas de vinho
do Porto é um sinal francamente positivo para as exportações
portuguesas, sobretudo tendo em conta o que representa este produto
bandeira", afirmou, em comunicado, o presidente do IVDP, Manuel de
Novaes Cabral.
Nos primeiros seis meses de 2012, as vendas deste produto aumentaram
4,2 por cento no mercado português e internacional, comparativamente
com igual período do ano passado.
O maior crescimento registou-se no Reino Unido, que comprou mais 22,6
por cento que no ano anterior, designadamente 11 milhões de euros, e
consolida a sua posição como o quinto maior mercado para o vinho do
Porto.
Holanda e Bélgica também contribuíram para o aumento das vendas.
Enquanto a Holanda comprou cerca de 18,2 milhões a Bélgica ascendeu
aos 15,6 milhões de euros.
Neste período, Portugal comercializou mais 16,6 por cento deste néctar
que é produzido na Região Demarcada do Douro, correspondendo a um
volume de negócios de 17,8 milhões de euros.
O IVDP anunciou ainda que, neste semestre, também o vinho DOC Douro
registou um aumento de vendas, nomeadamente 39 milhões de euros, mais
4,2 por cento que no período homólogo do ano anterior.
De acordo com o instituto público, o maior aumento registou-se em
Angola, que se posiciona, assim, no terceiro lugar no mercado desta
categoria com um aumento de 65 por cento, num total de dois milhões de
euros.
Contrariando a ligeira contracção sentida na venda de vinho do Douro
em Portugal, também a Alemanha comprou mais 25 por cento de vinho DOC
Douro neste primeiro semestre, ascendendo aos 1,9 milhões de euros.
Segundo o IVDP, registou-se um aumento do preço médio na ordem dos 3,9
por cento.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/vendas-de-vinho-do-porto-geraram-receitas-de-138-milhoes

GNR: Mais crimes contra o ambiente mas menos infracções no primeiro semestre de 2012

06-08-2012 às 10:180

A GNR registou no primeiro semestre de 2012 mais crimes contra o
ambiente do que no mesmo período do ano passado, a maior parte
relacionados com fogos florestais, mas detetou menos infrações
ambientais do que no período homólogo.
De acordo com dados do SEPNA - Serviço de Proteção da Natureza e do
Ambiente da GNR, no primeiro semestre de 2012 a GNR registou 1.314
crimes contra o ambiente, mais 725 do que no mesmo período do ano
passado, e 6.143 infrações ambientais, menos 2.427 do que no período
homólogo.

A maior parte dos crimes ambientais está relacionada com o
incumprimento de normas de prevenção de incêndios florestais,
nomeadamente a falta de limpeza de terrenos pelos respetivos
proprietários. Devido a estes crimes, no primeiro semestre deste ano,
a GNR registou 1.104 detenções (mais 732 do que no primeiro semestre
de 2011).

A pesca (87) e a caça (64 casos) são outros casos onde foram
registados crimes ambientais.

As principais infrações ambientais registadas pelo SEPNA estão
relacionadas com o desrespeito de leis sanitárias (875 casos), embora
nos primeiros seis meses deste ano tenham existido menos 1.045 casos
registados de incumprimentos destas normas do que no primeiro semestre
de 2011.
Na lista das infrações mais cometidas estão também as transgressões
relativas a resíduos (com 1.282, menos 148 do que no mesmo período do
ano anterior), contra a "flora, reservas, parques e florestas", com
739 infrações (menos 29), contra o "ordenamento do território" (com
720 infrações, menos 175) e relacionadas com a zona do litoral (216
infrações, mais 71 do que no período homólogo).

O não cumprimento das leis da caça (246 infrações, menos 114) e das
normas da pesca (340, mais 82), são outras das infrações assinaladas,
assim como a deteção de 140 casos de desrespeito pela convenção que
proíbe o comércio internacional de espécies da fauna e da flora
selvagem ameaçadas de extinção.

A GNR recebeu ainda 2.276 denúncias através da Linha SOS Ambiente, que
resultaram em 802 infrações detetadas.

Em 2011, a Guarda tinha registado um total de 1.559 crimes ambientais,
dos quais a maioria relacionada com incêndios (1.090), caça (202) e
pesca (108).

As infrações ambientais registadas no ano passado foram de 18.196,
sobretudo relativas ao incumprimento de leis sanitárias (3.506), às
normas de incêndios florestais (2.981), a resíduos (2.603), ao
ordenamento do território (1.648), a águas continentais (1.157) e à
"flora, reservas, parques e florestas" (1.265).
Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=586074

120 mil ovos para confecionar hoje uma omolete gigante

FERREIRA DO ZÊZERE

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas11 Agosto 2012

Uma frigideira de quatro toneladas de peso, que frita e pesa em
simultâneo, e 120 mil ovos, vão servir hoje de base à confeção de uma
omoleta gigante.
Conhecida como a "capital do ovo" graças a uma produção anual de 520
milhões de ovos, a Câmara de Ferreira do Zêzere está apostada em bater
um recorde do Guinness e ganhar notoriedade através da confeção da
maior omeleta do mundo (o recorde é detido pela Turquia, com um total
de 110.010 ovos).
Em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara disse que, ao
tentar bater o recorde, Ferreira do Zêzere "aguarda um aumento
considerável no fluxo de visitantes médio dos anos anteriores e um
retorno mediático de grande escala", tendo apontado como objetivo
estratégico a dinamização do turismo da natureza e em torno de
atividades culturais e riquezas patrimoniais.
"Queremos, de forma muito clara, bater o recorde do Guiness Book of
Records e obter o devido aproveitamento da exposição mediática",
assumiu Jacinto Lopes.
A iniciativa visa obter uma omoleta de 5,5 toneladas, a partir de 120
mil ovos, e reparti-la pelas 20 mil pessoas aguardadas para o evento,
que coincide com a tradicional festa do emigrante.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2715561

China vai liberar reservas estatais de arroz e milho

Objetivo do governo chinês é suprir demanda do mercado, informa a
Administração Estatal de Grãos do país

Agência Estado | 11/08/2012 12:45:48


O governo chinês vai liberar parte das reservas estatais de arroz e
milho antes da próxima colheita para atender à demanda do mercado,
disse ontem a Administração Estatal de Grãos do país. Os volumes não
foram especificados.

Na China, o arroz e o milho estão se tornando mais escassos antes da
colheita, que ocorre em setembro e outubro.

A decisão do governo chinês acontece um dia depois de a Organização
das Nações Unidas ter feito um alerta para a crise de alimentos .
Segundo a agência das Nações Unidas para Agricultura, a FAO, os preços
mundiais dos alimentos já subiram 6% por conta da seca americana.

http://economia.ig.com.br/2012-08-11/china-vai-liberar-reservas-estatais-de-arroz-e-milho.html

Relatório sobre fogo do Algarve sem conclusões

11.08.2012 - 11:54 Por Mariana Oliveira
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O incêndio na serra do Caldeirão consumiu cerca de 24 mil hectares
(Francisco Leong/AFP)
A Protecção Civil não faz qualquer avaliação da forma como foi
combatido um dos maiores fogos de que há memória no país.
Com vídeo

O relatório sobre o incêndio que devastou durante quatro dias a serra
do Caldeirão, no Algarve, no final de Julho, não apresenta conclusões,
nem uma avaliação crítica da forma como o fogo foi combatido. O
documento foi entregue em mão ontem pelo presidente da Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC), o general Arnaldo Cruz, ao
ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que tinha pedido até
ontem um relatório pormenorizado sobre o incêndio. O seu conteúdo só
deve ser conhecido para a semana.

"Não faz sentido haver conclusões, nem uma avaliação crítica. Não nos
vamos auto-avaliar", adiantou uma fonte da ANPC. A ideia era repetida
por outro responsável da autoridade. O relatório, que foi elaborado
por dois adjuntos do Comando Nacional de Operações de Socorro, é uma
descrição factual do que ocorreu entre 18 e 21 de Julho. São relatados
de forma sequencial os meios materiais e humanos activados e
justificadas as opções operacionais tomadas. No documento estão
vertidas informações recolhidas junto de dezenas de pessoas, entre
comandantes de bombeiros, pilotos dos meios aéreos, responsáveis do
Grupo de Protecção e Socorro da GNR e de outras forças que estiveram
no terreno.

"O ministro vai ler o relatório provavelmente durante o fim-de-semana
e antes de segunda-feira não se pronunciará sobre ele", assegura a
assessora de imprensa do ministério, Carla Aguiar. Miguel Macedo
comprometeu-se a enviar o documento para a Assembleia da República
quando esteve a ser ouvido na comissão parlamentar de Agricultura e
Mar na sequência de um requerimento apresentado pelo PCP. O ministro
disse então que o relatório tinha de "servir para tirar conclusões
para o futuro e anotar as imperfeições, a começar por aqueles que têm
a responsabilidade técnica". Contudo, não deve ser feita qualquer
alteração na estrutura operacional da ANPC antes do fim do período
mais crítico dos fogos, que termina a 30 de Setembro.

O incêndio do Algarve está entre os maiores fogos florestais de sempre
em Portugal, estimando a Autoridade Florestal Nacional que terá
consumido uma área aproximada de 24 mil hectares, cerca de 21.562 dos
quais em espaços florestais.

http://www.publico.pt/Sociedade/relatorio-sobre-fogo-do-algarve-sem-conclusoes-1558661

Liga diz ter relatório que confirma má coordenação dos incêndios no Algarve

Combate aos incêndios nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel

11.08.2012 - 19:11 Por Lusa
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Jaime Soares frisou que o relatório foi encomendado pela LBP a uma
pessoa "credível, competente e capaz" (Fernando
Veludo/nFACTOS/Arquivo)
O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) disse hoje que
possui um relatório que confirma ter havido "má coordenação e má
estratégia" no combate aos incêndios que afectaram os concelhos de
Tavira e São Brás de Alportel.
Com vídeo

Em declarações aos jornalistas à margem do funeral do bombeiro de
Figueiró dos Vinhos que faleceu na quinta-feira durante o combate a um
incêndio florestal naquele concelho, Jaime Soares frisou que o
relatório foi encomendado pela LBP a uma pessoa "credível, competente
e capaz", que não identificou.

"Não vou revelar o conteúdo, terei de o fazer primeiro aos meus pares
no Conselho Executivo [da LBP]. Mas uma coisa já posso dizer sem
qualquer dúvida, este nosso relatório contempla tudo aquilo que eu, há
dias, disse publicamente de má coordenação, má estratégia e que este
relatório vem confirmar", frisou.

Adiantou que o relatório também faz "propostas" para se conseguir
"erradicar o mais possível" a situação de incêndios florestais "que se
vive em Portugal ano após ano" e que o Presidente da Liga diz estar
directamente ligada ao "abandono" da floresta portuguesa. "Não podemos
deixar que isto se transforme numa catástrofe", frisou.

De acordo com Jaime Soares a floresta portuguesa "está abandonada, não
tem planeamento" e está "selvaticamente" tratada, causando problemas
aos bombeiros no combate a incêndios florestais, "sempre sujeitos às
mais altas situações de perigosidade".

Para o presidente da LBP ninguém deve ter "medo" de assumir que os
fogos florestais em Portugal "são de 75 a 85%" de origem criminosa.
"Não venham cá com os problemas de descuido e negligência, sabemos que
há negligência, mas a negligência também é crime", afirmou.

http://www.publico.pt/Sociedade/liga-diz-ter-relatorio-que-confirma-ma-coordenacao-dos-incendios-no-algarve-1558700?showVideo=1

domingo, 12 de agosto de 2012

Crise está a provocar aumento de jovens agricultores

12 de Agosto, 2012

O Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) recebeu, entre Julho de
2011 e Junho de 2012, quase 2.500 candidaturas para jovens
agricultores, um número que pode ser justificado com a crise
económica, revelou fonte do Ministério da Agricultura.
De acordo com a tutela, entre 1 de Julho de 2011 e até fim de Junho de
2012 «deram entrada 2.478 candidaturas, a que corresponde um
investimento de mais de 428 milhões de euros».

Afirmando que «sempre houve procura desta medida», a mesma fonte
admite que «a situação de crise económica e a situação do mercado de
trabalho tem seguramente um impacto no fenómeno fazendo aumentar o
número de candidaturas».

Desde que foi criado, em Dezembro de 2007, até Julho passado, o PRODER
já apoiou cerca de 4.500 projectos de instalação de jovens
agricultores, aos quais corresponde um investimento de 380 milhões de
euros e um apoio de 290 milhões de euros.

O Norte de Portugal é a zona de eleição dos jovens agricultores
apoiados pelo PRODER, com cerca de 55 por cento, tendo apenas 16 por
cento escolhido o Centro para se instalar.

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi escolhida por 12 por cento dos
jovens agricultores, Alentejo por 11 por cento e o Algarve foi a que
teve menor procura: seis por cento.

Os sectores hortofrutícola, a vinha e o olival são as áreas de
actividade com maior peso.

«A hortofruticultura representa 16 por cento dos projectos e 27por
cento do investimento aprovado até final de 2011, enquanto as culturas
permanentes, vinha e olival representam 53 por cento dos projectos e
33 por cento do investimento aprovado», indicou a fonte.

O PRODER é um instrumento estratégico e financeiro de apoio ao
desenvolvimento rural do continente, para o período 2007-2013,
aprovado pela Comissão Europeia.

Co-financiado pelo FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento
Rural aproximadamente em 3,5 mil milhões de euros, envolve uma despesa
pública de mais de 4,4 mil milhões de euros.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=56671

EUA: Obama quer nova lei agrícola para responder à seca, a mais severa em 50 anos

12:57 Sábado, 11 de agosto de 2012

Washington, 11 ago (Lusa) - O presidente norte-americano, Barack
Obama, pediu hoje aos membros do Congresso que aprovem uma lei
agrícola que ajude o setor a lidar com a seca que afeta o país, a mais
severa em meio século.

"Eles têm de aprovar uma lei que, não só ajude os agricultores e
proprietários agrícolas a responder a este tipo de desastres, mas
também faça as reformas necessárias e lhes dê alguma certeza ao longo
do ano", disse Obama na sua declaração semanal pela rádio e Internet.

"Essa é a melhor forma de ajudarmos as comunidades rurais neste
momento, e também a longo prazo", acrescentou


http://expresso.sapo.pt/eua-obama-quer-nova-lei-agricola-para-responder-a-seca-a-mais-severa-em-50-anos=f746341

Ameaça de nova crise alimentar mundial no horizonte

António Carneiro, RTP
10 Ago, 2012, 18:46 / atualizado em 10 Ago, 2012, 19:12


Lars Plougmann
O receio de que esteja iminente uma repetição da crise alimentar de
2007-2008 está a crescer a nível global. No mês passado, os preços dos
alimentos aumentaram seis por cento nos mercados mundiais e os
importadores estão a adquirir sofregamente a colheita de cereais dos
Estados Unidos o maior exportador mundial deste tipo de produtos. Uma
das principais razões está no facto de a produção dos EUA ter
encolhido este ano, drasticamente, devido à seca, fazendo os preços do
milho atingir novos recordes.
Um relatório governamental divulgado esta sexta-feira revela que um
sexto da colheita de milho dos Estados Unidos ficou destruída em
apenas um mês devido à pior seca dos últimos cinquenta anos.

O departamento da Agricultura dos EUA reviu em baixa as previsões para
a colheita deste ano, diminuindo em 16,9 por cento as estimativas de
julho.

No que respeita à colheita de soja, as previsões também foram revistas
em baixa, tendo havido uma redução de 11,7 por cento em relação à
estimativa feita no mês passado.

Estes números representam uma quebra, em relação a 2011, de 13 por
cento à produção de milho e de 12 por cento, no que respeita à soja.

A presente conjuntura já levou a subidas de entre 25 a 50 por cento
dos preços do trigo, do milho e da soja. Sendo que no caso dos últimos
dois cereais, os preços já ultrapassaram os da crise de 2007-2008.
"El Nino" piora situação

A somar-se às preocupações está uma previsão do serviço meteorológico
do Japão, segundo a qual o fenómeno meteorológico conhecido por El
Nino já se começou a produzir e deverá manter-se pelo menos até ao
inverno, o que faz supor a continuação de condições meteorologicas
desfavoráveis até o final do ano.

Estes dados aguçaram o apetite dos especuladores nos mercados mundiais
de alimentos que funcionam como os de qualquer outro produto de
consumo. O relatório do governo americano fez com que o preço de
referencia dos futuros sobre o milho subisse imediatamente mais de 3
por cento, atingindo um pico recorde de $8.4375 dólares por alqueire.

Face a este panorama, a agência alimentar da ONU está a pôr em guarda
os governos para que evitem o tipo de práticas comerciais que, em 2008
contribuíram para agravar a crise.

"Existe o potencial para que a situação se desenvolva da mesma forma
que em 2007/2008", disse à Reuters o economista e analista da
Organização da Alimentação e Agricultura Abdolreza Abbasian.
ONU adverte contra repetição das "más políticas"

"Espera-se que desta vez não se venham a produzir más políticas e
intervenção nos mercados através de restrições" disse Abassian " se
isso não acontecer, não assistiremos a uma situação tão séria como a
de 2007/2008. Mas se essas políticas se repetirem, tudo é possível".

Recorde-se que a crise de 2007/ 2008 foi provocada por uma mistura de
fatores que incluíam o alto preço do petróleo, a cada vez maior
utilização de biocombustíveis, o mau tempo e uma série de políticas de
exportação restritivas, proibições à exportação e aumento das tarifas,
que fizeram disparar os preços dos alimentos e estiveram na origem de
motins em mais de 30 países, do Bangladesh ao Haiti.

Segundo Abassian, desta vez, a existência de stocks abundantes de
arroz, a crise económica mundial e o facto o preço do petróleo estar
mais baixo do que em 2007/2008 pode ajudar a evitar uma subida
drástica do preço dos alimentos.

No entanto já há alguns sinais alarmantes, que incluem indícios de que
alguns governos estão antecipadamente a adquirir e a armazenar stocks
invulgarmente grandes de cereais numa espécie de "açambarcamento" a
nível estatal.

As exportações de milho dos EUA na última semana atingiram o segundo
pico mais alto dos últimos dez meses, encontrando-se incluída neste
número uma operação de aquisição única, quase recorde, feita por
importadores do México, que é o segundo maior importador a nível
mundial.
Ressurge o debate "alimentos vs combustíveis"

O perigo de uma repetição da crise alimentar, renovou o debate sobre a
produção de biocombustíveis que consome uma parte significativa da
produção de milho. No caso dos EUA, cerca de 40 por cento da colheita
destina-se habitualmente à produção de etanol.

O diretor-geral da Agencia das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura, José Graziano da Silva, apelou a uma "suspensão
temporária, com efeitos imediatos" do mandato federal dos EUA, que
obriga a as companhias americanas de combustível a garantirem que,
este ano, 9 por cento das suas reservas sejam compostas de etanol.

"Uma grande parte da colheita já de si reduzida vai ser reclamada pela
produção de biocombustíveis, para cumprir com os mandatos federais a
esse respeito, o que vai deixar ainda menos [milho] para os mercados
de alimentação de pessoas e gado" escreveu Graziano da Silva no jornal
Financial Times.

"Uma suspensão imediata, temporária desse mandato daria algum descanso
ao mercado e permitiria que uma porção maior da colheita fosse
encaminhada para utilizações alimentares e para o gado".

O diretor – geral da Agencia das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura, não é o único a pressionar os Estados Unidos para que
afrouxem as quotas de integração de etanol.

Esta semana, 25 senadores dos EUA pediram à Agência de Proteção
Ambiental, para que ajuste o mandato, e o executivo-chefe do gigante
de produção de cereais Cargill disse que deveria ser o mercado a ditar
a utilização de biocombustíveis.

Os primeiros a fazer apelos neste sentido tinham sido os criadores de
gado americanos, que são forçados a licitar contra os produtores de
biocombustíveis e assim têm de pagar mais para alimentar os seus
animais.

No entanto, a Agência de Proteção Ambiental ainda não recebeu nenhum
requerimento oficial para mudar as regras, o qual, ao abrigo da lei,
só poderia ser feito por um governador de Estado, ou por uma das
companhias que se dedicam à mistura de combustíveis.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=578320&tm=6&layout=121&visual=49

Escalada dos preços antecipa nova crise alimentar

Itália

Pedro Duarte
10/08/12 00:05



O mundo pode estar à beira de uma crise alimentar semelhante à de
2007/08, uma vez que os preços dos alimentos dispararam em Julho com o
clima imprevisível no globo.

O aviso foi feito ontem pela Organização para a Alimentação e
Agricultura das Nações Unidas (FAO).

"Existe o potencial para a situação se deteriorar como aconteceu há
cinco anos. Mas esperamos que agora não sejam implementadas más
políticas, como a restrição da venda de produtos no mercado. Se isso
acontecer, a situação não irá ser tão séria. Mas se as mesmas ideias
voltarem a triunfar, tudo é possível", afirmou o economista sénior da
FAO, Abdolreza Abbassian, citado pela Reuters.

A organização, com sede em Roma, sublinha que a situação de seca
extrema nos EUA, combinada com as fortes cheias no Brasil, o atraso da
monção na Índia e as dificuldades de produção na Rússia levaram a que
o índice de preços dos alimentos tenha subido 6% em Julho, depois de
terem descido nos três meses anteriores.

http://economico.sapo.pt/noticias/escalada-dos-precos-antecipa-nova-crise-alimentar_150064.html

Entenda a alta nos preços dos combustíveis e alimentos

10 de agosto de 2012 • 14h44 • atualizado 14h54

O aumento no preço dos alimentos e a já esperada alta dos combustíveis
voltaram a espalhar temores de uma crise de segurança alimentar em
vários países em desenvolvimento. A consequente volatilidade nos
preços das commodities agrícolas também poderá ter impactos nocivos em
várias economias.
Após três meses de queda consecutiva, o Índice de Preços dos Alimentos
da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
voltou a registrar alta. Ainda que o preço dos alimentos tenha
atingido seu pico em fevereiro, o custo final ao consumidor continua a
subir, o que tem ocasionado um aumento da inflação ao redor do mundo.
A culpa, quase sempre, tem sido creditada aos especuladores.
Para piorar o quadro, a seca que atinge as plantações de grãos no
meio-oeste americano e o cinturão do milho na região próxima à
Califórnia deu guarida às preocupações de que haja desabastecimento na
produção de trigo e, como resultado, um aumento no preço internacional
dessas commodities agrícolas.
Embora o preço dos combustíveis, outro elemento que pesa na conta da
inflação, tenha recuado aos valores do início deste ano, a provável
queda na oferta de petróleo o e crescimento da demanda dão indicações
de que o preço voltará a subir.
Embora produtores brasileiros tenham inicialmente visto com bons olhos
a seca americana, segundo dados do IBGE, a inflação oficial em julho,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
interrompeu a trajetória de queda e subiu 0,48%, acumulando alta de
5,2% nos últimos 12 meses, em grande parte pelo aumento no preço dos
alimentos e das bebidas.
Em meio à tamanha instabilidade de preços, a BBC preparou um
questionário para explicar o que está por trás desse cenário. Confira.
Quais são, atualmente, as principais pressões sobre o preço dos alimentos?
Até o último alerta da FAO, os temores sobre uma eventual escassez de
alimentos têm diminuído desde 2008, quando a alta dos preços causaram
protestos e manifestações ao redor do mundo. A FAO informou em julho
que "o fornecimento total e a situação da demanda em 2012 e 2013
permanece estável".
A entidade também apontou para um estoque "abundante" de arroz,
alimento que faz parte da mesa de muitos países asiáticos e também
indicou que há trigo e outros grãos disponíveis para exportação. Além
disso, estima-se que a produção mundial de cereais quebre outro
recorde neste ano, com 2,4 bilhões de t produzidas, um aumento de 2%
em relação à marca histórica alcançada em 2011.
No entanto, com algumas áreas dos Estados Unidos tradicionalmente
produtoras de grãos afetadas pela pior seca em 25 anos, os preços do
trigo, do milho e da soja têm aumentado rapidamente nas últimas
semanas. Somente o preço do trigo, por exemplo, subiu 35% nos últimos
meses.
E em relação ao preço de outros alimentos?
A FAO informou que os preços de todas as commodities agrícolas caíram
em junho, principalmente impulsionados pela queda registrada por
oleoginosas e gorduras. Isso porque, apesar do desespero dos
agricultores americanos em relação à colheira dos seus campos de
cereais, seus pares canadenses estão prevendo uma safra recorde de
colza, uma das principais fontes de óleo vegetal.
O Brasil, entretanto, vem sofrendo atrasos na colheita do açúcar, do
qual é o maior produtor mundial, por causa do excesso de umidade,
reduzindo os estoques e elevando os preços. Já na Índia, o segundo
maior produtor mundial de arroz e açúcar, há temores de que as chuvas
deste ano abaixo da média possam reduzir a produção após dois anos de
boas colheitas.
"É um desafio imenso para os agricultores alcançar a mesma performance
dos últimos dois anos", disse o ministro da Fazenda da Índia, Sharad
Pawar, no mês passado. "Neste ano, a chuva está brincando de
esconde-esconde conosco", brincou.
Qual é o peso dos especuladores?
O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, apontou o
dedo para a especulação dos mercados financeiros, dizendo que "mais
compreensão é necessária" para avaliar seu impacto na volatilidade dos
preços dos alimentos. "Não estamos falando de especulação relacionada
ao preço real dos alimentos e do normal funcionamento dos mercados de
futuros", disse.
"Estamos falando de especulação excessiva nos mercados de derivativos,
o que pode aumentar a oscilações de preços e sua velocidade",
acrescentou. "A volatilidade excessiva dos preços de alimentos,
especialmente na velocidade em que vem ocorrendo desde 2007, tem
impactos negativos sobre os consumidores e produtores pobres em todo o
mundo", afirmou Graziano.
A Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de inteligência da
revista britânica The Economist, também observou casos em que os
especuladores que aproveitam da escassez das matérias-primas como uma
oportunidade de investimento têm "ajudado a exagerar" na inflação dos
preços. O Movimento de Desenvolvimento Mundial (WDM) está empenhado em
frear tal aposta.
A entidade quer uma maior regulação da compra e venda dos contratos
futuros, quando a safra de uma mercadoria é vendida a um determinado
preço em um horário definido. Tal sistema foi criado para reduzir a
incerteza, garantindo tanto o preço de venda ao produtor quanto os
bens de que necessita o comprador. Na prática, trata-se de um
mecanismo que reduz o risco dos negócios.
Mas o WDM e outros organismos internacionais afirmam que a negociação
desses contratos, com ativos e ações, está pressionando o preço dos
alimentos para cima, impactando negativamente em especial os mais
pobres.
O que está acontecendo com o preço do petróleo?
O preço do barril de petróleo tipo Brent recuou desde abril, quando
foi negociado a US$ 125 (R$ 250) o barril. Os preços já não estão
muito acima da marca de US$ 110. No entanto, as tensões políticas
continuam a afetar alguns países produtores de petróleo no Oriente
Médio.
O Irã ainda ameaça bloquear o transporte do óleo através do Estreito
de Ormuz, por meio do qual cerca de um quinto do petróleo do mundo
atualmente passa, caso as sanções contra o país não sejam
interrompidas. Aliado a esta incerteza, está o aumento da demanda por
petróleo.
Analistas apontam, em particular, para a sede da China por energia
para alimentar suas fábricas e os milhares de novos veículos. No
Brasil, a alta da cotação do petróleo teve um impacto forte nas contas
da Petrobras, que registrou prejuízo de R$ 1,346 bilhão no segundo
trimestre deste ano, especialmente porque a estatal não tem repassado
o reajuste do preço internacional da commodity aos consumidores.
Apesar de o temor de que o repasse gere um ônus político, no âmbito
eleitoral, e econômico, contribuindo para a inflação, o governo parece
ter cedido a um novo reajuste no preço dos combustíveis até o final do
ano. Como os alimentos, é difícil escapar do impacto dos crescentes
preços do petróleo.
A alta não só afeta diretamente o custo do combustível e energia, mas
também impacta o preço de outros bens, uma vez que aumenta o custo de
produção e transporte. Como muitas economias ao redor do mundo ainda
lutam para lidar com uma dolorosa recessão global, os salários não
estão subindo para manter o ritmo. Assim, muitos estão realmente
sentindo o aperto.

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201208101744_BBB_81487055

"Se países não entrarem em pânico, o preço do arroz irá manter-se estável"

10 Agosto 2012 | 10:00
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt

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Concepción Calpe, economista da FAO diz que a segunda metade do ano
será marcada por uma "grande volatilidade dos preços dos alimentos". O
arroz poderá manter-se em níveis controlados, desde que os governos
não "entrem em pânico, como fizeram em 2008".
Concepción Calpe, economista da FAO diz que a segunda metade do ano
será marcada por uma "grande volatilidade dos preços dos alimentos". O
arroz poderá manter-se em níveis controlados, desde que os governos
não "entrem em pânico, como fizeram em 2008".

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=572827&pn=1

Lagar do Marmelo em Ferreira do Alentejo recebe visitas de consumidores todas as sextas-feiras

Sábado, 11 de Agosto de 2012


E que tal ir ao Lagar Oliveira Serra, localizado em Ferreira do
Alentejo, junto à Herdade do Marmelo, para conhecer o percurso do
azeite, desde a oliveira à mesa, num espaço criado para homenagear o
Olival português.

A Oliveira Serra deu vida ao maior olival do mundo, plantando mais de
10 milhões de oliveiras, uma por cada português, e construiu um lagar
único, onde pode conhecer os processos de apanha e seleção das
azeitonas, da prova e criação dos melhores lotes e de embalamento dos
nossos azeites.

Todas as sextas-feiras, há um guia para o receber e acompanhar na
visita, explicando passo a passo o processo moderno de produção do
azeite. A visita culmina com uma prova de azeites Oliveira da Serra,
os azeites portugueses mais premiados do mundo, para que saiba
distinguir os diferentes sabores e melhor adequar os nossos azeites
aos seus pratos.

Criado para evidenciar a beleza do olival português, o Lagar Oliveira
da Serra foi adaptado à morfologia do terreno, para manter a beleza da
paisagem original, dando a sensação de que a cobertura do edifício
levita sobre a copa das oliveiras.

Prepare-se para uma visita guiada, que nos transporta para uma viagem
ao mundo do azeite e cujo percurso contempla a visita ao Lagar
Oliveira da Serra, à barragem do Marmelo e aos olivais que circundam o
lagar.

Sobre o Lagar Oliveira da Serra:

Desenhado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon e inaugurado em 2008, o
Lagar Oliveira da Serra foi construído no coração do principal núcleo
de olivais, junto à Herdade do Marmelo, em Ferreira do Alentejo, para
que o tempo entre a apanha e a atracão da azeitona seja o menor
possível. Assim, garantimos as melhores características organolépticas
(sabor e aroma) dos nossos azeites.


Horário das visitas:

Todas as sextas-feiras das 11H00 às 13H00 e das 14H00 às 17H00.
Outros horários e grupos, mediante marcação.
Visitas Escolares: 213 153 066 ou lagar.oliveiradaserra@servicopedagogico.info
Outras Visitas: 214129334 ou oliveiradaserra.lagar@sovena.pt

Vai Passear - 9.8.2012

http://www.portaldoazeite.com/2012/08/lagar-do-marmelo-em-ferreira-do.html?spref=fb

Fogo em Chaves destruiu alfaias agrícolas e matou mais de 100 ovelhas

Um incêndio em Vilarinho das Paranheiras, Chaves, ativo desde as 13.47
horas de sábado, consumiu várias alfaias agrícolas e um rebanho de
gado com mais de 100 animais. Este domingo, ao início da madrugada,
estavam 183 efetivos no terreno a combater as chamas.


foto HENRIQUES DA CUNHA / GLOBAL IMAGENS/ ARQUIVO

Vento está a dificultar combate às chamas

Segundo Carlos Silva, comandante operacional distrital de Vila Real, o
fogo, no distrito de Vila Real, provocou também "danos ligeiros" numa
habitação. Contudo, explicou o responsável, já não existem casas em
perigo.

Carlos Silva acrescentou que a principal dificuldade dos bombeiros no
combate às chamas é o vento que está a impedir uma intervenção mais
rápida.

À 01.00 horas, havia uma frente ativa a ser combatida por 183
efetivos, auxiliados por 45 veículos.

Entretanto, o incêndio em floresta na localidade de Fontes, no
concelho de Abrantes, distrito de Santarém, que lavrava desde as 15.28
horas, foi dado como dominado às 17.45 horas. As chamas foram
combatidas por 136 homens, apoiados por 33 veículos e quatro meios
aéreos.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Vila%20Real&Concelho=Chaves&Option=Interior&content_id=2716062

Confederação de Agricultura diz que Governo terá de adoptar medidas de emergência face à seca

11.08.2012 - 11:09 Por Lusa, PÚBLICO
3 de 5 notícias em Economia« anteriorseguinte »

João Dinis disse que a falta de chuva prejudica as culturas agrícolas,
ou então obriga a gastos excessivos com rega mecânica
(Enric Vives-Rubio)
O dirigente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) João Dinis
defendeu neste sábado que o Governo terá de adoptar medidas de
emergência perante os prejuízos dos agricultores provocados pela
situação de seca extrema em que o país se encontra.

"Já no final de 2011 e início de 2012, houve bastante falta de chuva e
o país entrou em seca extrema e, agora, está de novo nessa situação",
disse à Lusa o dirigente da CNA.

Segundo o Instituto de Meteorologia, no final do mês de Julho, 58% do
território estava em seca extrema, 26% em seca severa, 15% em seca
moderada e 1% em seca fraca.

"As culturas de Outono/Inverno foram seriamente afectadas pela seca e,
agora, as culturas de Primavera/Verão afectadas estão. E, se isto
assim continua, lá teremos Outubro, Novembro e Dezembro também com
problemas por falta de chuva, por falta de água na agricultura",
observou João Dinis. "A falta de chuva prejudica as culturas
agrícolas, ou então obriga a gastos excessivos com rega mecânica, o
que faz disparar os custos de produção que, normalmente, já são
bastante caros."

Segundo o dirigente da CNA, o problema é que, além de "parte do país -
interior, sul, norte - estar em seca extrema, e de não se saber quando
é que vai chover, há também o calor que prejudica seriamente os
produtores pecuários e outras produções, como o próprio olival e a
vinha".

"Este ano vai ser um ano em que vai baixar a produção nacional da
generalidade das culturas, a começar por aquelas que não são de
regadio, que não são culturas intensivas, de estufa ou outras",
sublinhou. "Vamos ter uma quebra da produção agrícola nacional e os
agricultores que, no ano passado, já tiveram uma quebra bastante
grande, vão somar prejuízos em cima de prejuízos, até ao limite do
insustentável".

E "mesmo para 2013, veremos, porque as secas prolongadas, as secas
extremas, repercutem-se de um ano para o outro, não é só no ano em que
ocorrem", acrescentou.

Embora já tenha havido "uma ajuda aos produtores pecuários e algumas
ajudas de menor impacto a outro tipo de produções, do ponto de vista
da CNA e das suas filiadas, o Governo tem, de novo, de elaborar planos
de emergência para esta situação de seca extrema".

http://economia.publico.pt/Noticia/confederacao-de-agricultura-diz-que-governo-tera-de-adoptar-medidas-de-emergencia-face-a-seca-1558654

FAO pede suspensão da produção americana de etanol de milho

sexta-feira, 10 de Agosto de 2012 | 18:18
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O director geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
a Agricultura (FAO), o brasileiro José Francisco Graziano da Silva,
pediu aos Estados Unidos a suspensão da produção de etanol a base de
milho para evitar uma crise alimentar mundial, num artigo publicado
pelo jornal britânico Financial Times.


«Uma suspensão imediata e temporária da legislação americana, que
destina quotas das colheitas de milho para a produção do
biocombustível, daria um certo alívio ao mercado e permitiria destinar
mais grão para a alimentação humana e animal», destacou o director da
FAO.

A seca que afecta os Estados Unidos teve um grande impacto nas
colheitas e provocou fortes tensões nos mercados das commodities
agrícolas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou esta
sexta-feira que a colheita de milho de 2012 será a menor em seis anos,
com uma redução de 13% em relação a 2011, totalizando 10,8 mil milhões
de bushels (um bushel equivale a 25 kg).

O USDA já havia indicado esta semana que apenas 23% das plantações de
milho estavam num estado bom a excelente, devido às temperaturas de
Julho, as mais elevadas desde 1895, quando começou o registo, que
danificaram os cultivos de modo nunca visto antes deste ano para o
caso do milho e desde 2003 para a soja.

«Neste contexto, os preços dos cereais dispararam, com uma alta de
quase 40% desde 1 de Junho no caso do milho», afirmaram os analistas
do grupo de investidores CM-CIC.

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