sexta-feira, 26 de maio de 2017

Neste supermercado a comida é gratuita


25.05.2017 18:07 por Nuno Paixão Louro 265

A ideia é oferecer alimentos que estão em condições para ser consumidos, mas que estão fora, a acabar, o prazo de validade, em vez de acabarem na lixeira
 
Baseado na filosofia 'leve o que precisar, dê o que puder' foi criado em Sidney, na Austrália, um supermercado em que não há etiquetas de preços, nem promoções, simplesmente porque os clientes deste serviço não têm de pagar nada.

A ideia é combater o desperdício, evitando que comida de qualidade acabe no lixo em vez de ir parar às mãos de quem precisa. O pagamento pode até ser feito em abraços, porque, como garante a organização, "o amor não tem prazo de validade".

A OzHarvest, que idealizou a iniciativa pop-up, é uma organização australiana de solidariedade que recolhe comida em boas condições para ser consumida, mas que iria para o lixo, devido aos prazos de validade, e faz a ponte entre supermercados, restaurantes, hotéis, mercados e produtores, e as associações que a entregam a quem necessita. 



Governo quer Estatuto para Pequena Agricultura Familiar


24 DE MAIO DE 2017 - 17:34

O anúncio foi feito durante a interpelação do PCP sobre a necessidade de promover a Produção Nacional, depois de "mais de uma década perdida".


O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, anunciou que o Governo vai preparar o Estatuto para a Pequena Agricultura Familiar.

"Numa lógica horizontal, envolvendo vários ministérios para concentrar o conjunto das ajudas possíveis para defender e revitalizar este importante setor, não só económico mas também social", disse o ministro.

Antes, na interpelação agendada pelo PCP, Francisco Lopes tinha lamentado " mais de uma década perdida" na defesa da produção nacional.

"Por muito importante que seja o crescimento económico neste ou naquele trimestre, tal não pode servir para ocultar a necessidade de medidas que assegurem um desenvolvimento sólido e consistente", avisou Francisco Lopes.

Do lado do Governo, na abertura do debate, Manuel Caldeira Cabral, titular da Economia, citou os dados positivos da economia.

"Há um ano, a economia estava a crescer 0,9%, hoje está a crescer três vezes mais. Apanhámos um comboio a desacelerar e o comboio está hoje a acelerar e a crescer 2,8%", sublinhou Caldeira Cabral.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Prevenir fogo florestal combatendo a negligência


Foto: Artur Machado/Global Imagens


EDUARDO PINTO
20 Maio 2017 às 15:13


No rescaldo de cada época de incêndios florestais em Portugal nunca falta a discussão sobre a prevenção. Ou a falta dela. A verdade é que, apesar do reforço de meios e das medidas tomadas, o país arde todos os anos. E este ano a tragédia até começou cedo, com mais de 13 mil hectares já queimados, na sequência de quase cinco mil ignições.

Rogério Rodrigues, presidente do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), adianta, ao JN, que "é um erro dizer que no país não se faz prevenção estrutural", pois "gastam-se milhões de euros durante todo o ano". Reconhecendo a dificuldade em fazer repercutir esse investimento no balanço final de cada época, salienta que "há que apostar mais no homem". É que "quase todos os incêndios ocorrem por ação humana" e, "retirando a fatia ligada ao crime, a maior parte das ocorrências está relacionada com negligência".

Ora, bastou um mês de abril de "terrível secura, quase comparável a qualquer mês de verão", para se ter um cenário de "queimadas e queimas como se estivéssemos num normal período de primavera ou inverno". Isto gerou naquele mês deste ano um número de incêndios que consumiram uma área superior a 11 mil hectares. "Isto não pode acontecer num país com o nível de civilização que temos", vinca Rogério Rodrigues, reiterando que "é preciso apostar mais nas pessoas para retirar esse nível de negligência".

Não se pode limpar tudo

Sobre a limpeza de matas e florestas, o presidente do ICNF realça que "é um mito dizer-se que todo o centímetro quadrado tem de estar absolutamente limpo". Justifica que "é impraticável, é utópico e é contra a natureza". Sublinha que "esta precisa de todas as espécies e a biodiversidade também".

O presidente da associação ambientalista Quercus, João Branco, concorda que limpar tudo é uma tarefa difícil de concretizar, até porque é muito dispendiosa, pelo que "a solução global passa pelo cumprimento da legislação e da efetiva elaboração e execução dos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios. Não era preciso mais nada".

De acordo com João Branco, "as campanhas de sensibilização são importantes, mas são claramente insuficientes". É que "quando muito influenciam o número de incêndios que são causados por negligência". Porém, grande parte deles são intencionais e, quanto a esses, "a prevenção nada consegue", uma vez que "quem anda a atear fogos não é sensível aos argumentos usados nas campanhas. Muitas vezes, até há interesses por trás".

O mesmo responsável defende ainda que têm de ser implementadas medidas como "a silvicultura preventiva". Passam pela "limpeza e bom estado dos caminhos florestais e de aceiros", bem como a "criação de faixas de descontinuidade de combustível", e estão previstas na lei e nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios.

ASAE apreendeu 800 unidades de adubos e corretivos agrícolas


22/5/2017, 15:55

A ASAE instaurou seis processos de contraordenação e apreendeu cerca de 800 unidades de adubos e corretivos agrícolas, numa fiscalização a matérias fertilizantes que decorreu em todo o país.


MARIO CRUZ/LUSA


A ASAE instaurou seis processos de contraordenação e apreendeu cerca de 800 unidades de adubos e corretivos agrícolas, numa fiscalização a matérias fertilizantes que decorreu em todo o país, indicou esta segunda-feira fonte daquele organismo.

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adianta que foram fiscalizados 53 operadores económicos, tendo resultado da operação a instauração de seis processos de contraordenação e apreensão de cerca de 800 unidades de adubos e corretivos agrícolas, no valor aproximado de 1.700 euros.

Como principais infrações detetadas, a ASAE salienta o incumprimento dos requisitos respeitantes aos adubos, a falta de inscrição prévia no registo nacional de matérias fertilizantes não harmonizadas, a aposição indevida da marcação CE, o incumprimento dos requisitos obrigatórios de rotulagem e a falta de mera comunicação prévia.

Segundo a ASAE, a fiscalização decorreu em todo o país e teve como principal objetivo a verificação dos requisitos obrigatórios de comercialização das matérias fertilizantes.

Seca já afeta agricultura


23 DE MAIO DE 2017 - 23:09

O problema da falta de água na bacia do Sado já se fez sentir na produção agrícola de inverno mas vai ser mais grave nas culturas de primavera e verão, denuncia a Federação Nacional de Regantes.


Milhares de pessoas numa vigília de homenagem às vítimas


O presidente da Federação Nacional de Regantes, José Núncio, revelou à TSF que os agricultores já não estão a instalar muitas das áreas de terrenos com culturas de verão "porque não haverá água suficiente para as regar".

Milho e arroz vão ser as culturas mais afetadas e a alimentação dos animais pode vir a ser um problema.

"Não haverá pasto suficiente para armazenar para o verão e por isso vai ter que se recorrer a rações", explica José Núncio.