sábado, 19 de abril de 2014

Novo clube quer divulgar a Maçã de Alcobaça

Criado e promovido pela Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça

  
                 Maçã de Alcobaça Nasceu o Clube da Maçã de Alcobaça, em www.clubedamaca.pt, que tem como objetivo divulgar a Maçã de Alcobaça e promover a interação e a especificidade de todos os intervenientes ligados a esta fileira, desde o produtor ao consumidor.

   O Clube da Maçã de Alcobaça, criado e promovido pela Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça (APMA), tem como ferramenta de suporte um portal na internet – www.clubedamaca.pt – onde os interessados a partir dos 16 anos, se podem fazer membros do Clube e ter acesso a informação privilegiada sobre a maçã e as suas características únicas de sabor, sobre os produtores e o seu saber fazer quase milenar, sobre os técnicos que garantem a responsabilidade, a racionalidade e a qualidade da maçã e sobre os consumidores e utilizadores que sabem consumir e selecionar receitas culinárias e muito mais...

   Para além da informação privilegiada, os membros do Clube da Maçã de Alcobaça vão poder receber, em primeira mão, novidades tecnológicas e ambientais e convites para os eventos promovidos pelo Clube, assim como beneficiar das Parcerias que o Clube terá com outras Entidades.

   O Clube da Maçã de Alcobaça inclui também as Organizações de Produtores membros associados da APMA e os seus produtores agregados, que são responsáveis pela criação de 2500 postos de trabalho, dos quais mais de 250 trabalhadores qualificados da área da engenharia agrícola e alimentar, produzindo 50 milhões de quilos, equivalente a 400 milhões de maçãs e um volume anual de negócios de aproximadamente 50 milhões de euros.

   "Fazer parte do Clube da Maçã de Alcobaça é promover e participar no Crescimento e Autonomia Alimentar de Portugal", refere a APMA.

Acidentes de trator continuam a matar


POR: ONDA LIVRE · 08/04/2014 · 0 COMENTÁRIOS


 Trator-Capotado-Yamar
Os acidentes de trator não param de fazer disparar os números de mortes no distrito de Bragança.

Esta manhã, um homem perdeu a vida, em Freixo de Espada à Cinta.

O idoso com 82 anos andava à lenha numa propriedade agrícola, à saída da vila, numa zona de terreno íngreme.

Ao que apuramos, a máquina terá capotado, projectando a vítima, e em seguida passado por cima, causando profundas lesões no crânio.

O relações públicas da GNR de Bragança, adianta os pormenores deste acidente.

microfone

Um homem com 82 anos perdeu a vida, após o trator que conduzia ter capotado.

Quando os bombeiros chegaram ao local, já estava cadáver.

Refira-se que esta é já a quinta vitima mortal, este ano, no distrito de Bragança.

No socorro à vítima estiveram duas viaturas dos Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta, seis elementos da corporação, a ambulância de Suporte Imediato de Vida de Mogadouro e ainda o Helicóptero de emergência médica do INEM, sediado em Macedo de Cavaleiros.

As causas do acidente estão agora a ser averiguadas pela GNR.

Escrito por ONDA LIVRE 

25 Abril: Nova reforma agrária tem partidários mas em versão moderna


ARTIGO | DOM, 06/04/2014 - 09:51

Geradora de profundas divergências políticas, a Reforma Agrária, que envolveu a ocupação de um milhão de hectares no sul do país, continua hoje a ter partidários, mas de um modelo distinto, 40 anos após o 25 de Abril.
Fernando de Oliveira Baptista, ex-ministro da Agricultura nos IV e V governos provisórios de Vasco Gonçalves (1975), lamentou que o mundo rural esteja hoje "de costas voltadas para a agricultura e para o espaço que o rodeia", sobretudo no Alentejo.
Assiste-se a um "novo fenómeno", ao do Alentejo "cheio de cercas" com o espaço "vedado à sociedade", observou à agência Lusa, defendendo, sem recorrer à expressão reforma agrária, uma "nova relação" com a terra.
A Reforma Agrária arrancou no final de 1974, com as primeiras experiências de ocupação de terras, e ganhou força no ano seguinte, prosseguindo até 1976.
No total, foram ocupados mais de 1,1 milhões de hectares no Alentejo, Setúbal e concelhos dos distritos de Lisboa, Santarém, Faro e Castelo Branco.
"A Reforma Agrária deu-se num certo contexto. Depois, inverteu-se a relação de forças políticas e, além das leis feitas contra ela, foi atropelada politicamente", defendeu Oliveira Baptista, hoje professor catedrático aposentado do Instituto Superior de Agronomia (ISA).
O que não "apaga" o facto de que a Reforma Agrária tenha sido "um momento muito marcante" do 25 de Abril, frisou.
Só que o Alentejo de hoje "caracteriza-se por uma agricultura capitalista, em que grande parte das grandes propriedades vive de subsídios sem contrapartida produtiva e onde a agricultura familiar tem cada vez mais dificuldades", alertou.
"Não podemos viver prisioneiros de meia dúzia de pessoas que detêm a terra e a cerca. Há que estabelecer uma nova relação com o espaço e, tarde ou cedo, a sociedade urbana e rural vai tomar consciência disso", disse.
Quase 40 anos depois, a Reforma Agrária, não isenta de episódios de violência, como a morte de dois trabalhadores agrícolas em Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo), mantém-se um assunto sensível.
As apreciações variam consoante o lado da "barricada", seja entre "latifundiários" e trabalhadores agrícolas ou entre partidos políticos.
Até no seio da esquerda não é pacífica. PCP e PS "esgrimem" acusações acerca do papel de cada um em políticas que acabaram por ditar o "fim" do movimento.
"A Reforma Agrária e a liquidação do latifúndio, independentemente do modelo de gestão da terra, constavam dos programas de todos os partidos, com exceção do CDS", disse José Soeiro, interveniente no processo de ocupação de terras e antigo deputado do PCP por Beja.
Só que o PS, no I Governo Constitucional, "encostou-se à direita e os resultados da destruição da Reforma Agrária estão à vista", acusou o comunista, autor do livro "Reforma Agrária: A Revolução no Alentejo".
Visão distinta tem o socialista Capoulas Santos, eurodeputado e antigo ministro da Agricultura de António Guterres (1995 a 2002).
Com a chamada "Lei Barreto", de António Barreto, o Governo de Mário Soares tentou "enquadrar legalmente o processo", mas o executivo "durou muito pouco tempo" (1976-1978) e foi "derrubado por uma união dos comunistas com a direita", levando "ao liquidar definitivo da Reforma Agrária, com os governos da Aliança Democrática (AD)", argumentou Capoulas Santos.
Já para Pedro Lynce, deputado do PSD eleito por Évora e professor emérito do ISA, cujas herdades de família foram ocupadas, o fim do movimento foi ditado por "o modelo coletivista adotado" ser "errado" para Portugal.
"Não guardo rancor da Reforma Agrária, foi feita no espírito de uma certa ideologia, errada e não adaptável a um sistema de mercado aberto nem a Portugal, que tem um clima mediterrânico", afirmou.
Divergências à parte, José Soeiro, Capoulas Santos e Oliveira Baptista invocam os ganhos alcançados com a Reforma Agrária, como a garantia de emprego, melhores salários, horários de trabalho ou equipamentos sociais.
A interrupção do processo é que teve "consequências desastrosas", sobretudo no Alentejo, hoje "desertificado, envelhecido e empobrecido", disse José Soeiro, apologista de "uma nova reforma agrária e não apenas numa lógica de estruturação agrária".
"É preciso usar os subsídios comunitários para apoiar quem quer produzir aquilo de que o país precisa, não a Europa", disse.
Capoulas Santos defende também outra reforma agrária, mas a sua visão "nada tem a ver com coletivizações da terra". Importa sim "conciliar sociedade, produção e respeito pelo ambiente", objetivos plasmados na nova Política Agrícola Comum (PAC), explicou.
É também com este modelo que Pedro Lynce disse concordar: "A questão fundiária e a fobia do latifúndio não são questões da atualidade. A primeira versão da Reforma Agrária não tem lugar no Portugal de hoje. Um modelo baseado no equilíbrio entre produção, ambiente e emprego, isso sim".

Agrolex assina contratos de exportação de 11 milhões de euros

Ana Brito

03/04/2014 - 16:40

Empresa agro-industrial do Cartaxo estabelece parceria com príncipe e empresa saudita.

A Agrolex assinou contratos de exportação de rações e maquinaria agrícola produzida em Portugal com um valor potencial de 11 milhões de euros, revelou ao PÚBLICO fonte oficial do gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

Os acordos de parceria assinados com o príncipe Turki AlSaud Est e a Nadec, uma das maiores empresas agro-alimentares do Golfo, dão à Agrolex acesso aos mercados da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Koweit, Oman, Egipto e Jordânia, revelou a mesma fonte.

Os acordos prevêem ainda investimentos do príncipe saudita em terrenos rurais em Portugal, com vista à produção e exportação para aqueles mercados.

Também a Prebuild e a Sistrade assinaram contratos de parceria no decurso da missão empresarial de Paulo Portas a Riade, em que estão representadas 45 empresas portuguesas.

A Prebuild, grupo de empresas da área da construção, com actividade em Angola, Moçambique e Ghana, assinou um acordo de cooperação com o grupo saudita Dnanir para o desenvolvimento económico nas áreas de construção civil e obras públicas de edifícios, infra-estruturas, indústria e serviços. O valor potencial dos negócios é de 7,8 milhões de euros.

Já a Sistrade, que actua na área do software e serviços de consultoria, estabeleceu uma parceria com a Arabian Printing and Publishing, grupo que já está presente noutros países do Golfo e especializou-se em tecnologias sofisticadas de impressão de segurança.

No âmbito desta missão empresarial a Riade, também a cadeia de ginásios Vivafit e a empresa de mobiliário de luxo Frato assinaram contratos com empresas sauditas.

Paulo Portas esteve esta quinta-feira no Fórum Empresarial Portugal-Arábia Saudita, onde desafiou as Câmaras de Comércio Sauditas a organizar, juntamente com o Aicep, uma missão de empreendedores da Arábia Saudita a Portugal. Uma missão "muito profissional, muito focada, sem perda de tempo, mas com tempo livre para também conhecer Portugal", disse o vice-primeiro-ministro.

Mirandela Homem gravemente ferido em acidente com trator agrícola


Um homem sofreu hoje ferimentos graves na sequência de um acidente com um trator agrícola em Mirandela, distrito de Bragança, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro local.

PAÍS Homem gravemente ferido em acidente com trator agrícola Lusa

14:44 - 18 de Abril de 2014 | Por Lusa

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De acordo com a mesma fonte, o acidente ocorreu na aldeia de Miradeses, perto das 10:00, tendo o ferido, com cerca de 65 anos, sido transportado de helicóptero para o Hospital de Vila Real.

De acordo com as informações recebidas no CDOS de Bragança, acrescentou a fonte, o trator "despistou-se, capotou e terá passado por cima da vítima".

Os acidentes com tratores mataram, desde o princípio de 2014, seis pessoas no distrito de Bragança, o dobro das vítimas registadas em todo o ano anterior, divulgou na quarta-feira a GNR.

No ano de 2013, a Guarda registou três vítimas mortais em acidentes de trator em trabalhos agrícolas, enquanto desde 01 de janeiro de 2014 até quarta-feira já tinham sido contabilizadas seis vítimas.

Os dados foram divulgados pelo comandante distrital da GNR, Sá Pires, que considerou esta realidade "uma quase calamidade", num debate sobre o problema na rádio Brigantia, de Bragança.

Para o comandante Sá Pires, a solução para o problema "tem de depender dos operadores das máquinas adotarem medidas de segurança".

Uma dessas medidas passa por não retiraram do trator o chamado "Arco de Santo António" que protege o condutor, evitando que fique esmagado debaixo da máquina.

Em caso de capotamento, que continua a ser a principal causa dos acidentes, este arco evita ou minimiza os resultados, concretamente o esmagamento, segundo aquele responsável.

Figueira da Foz: Homem ficou ferido com gravidade Homem esteve dois dias preso em trator



Manuel Rascão, de 85 anos, foi encontrado em agonia com as pernas presas na máquina. 

17 de Abril 2014, 18h36Nº de votos (0) Comentários (1) Por:Bruno de Castro Ferreira   

Um homem, de 85 anos, esteve dois dias preso debaixo de um trator, ferido com gravidade e ao frio, numa propriedade agrícola em Portela, Figueira da Foz. O homem viria a ser encontrado ontem, ao final da manhã, por populares, junto da máquina agrícola, numa agonia desesperante. Manuel Costa Rascão cumpriu a rotina diária e na segunda-feira saiu de sua casa, na aldeia de Amieira, para ir buscar lenha numa propriedade florestal. Depois de recolher lenha que meteu na caixa acoplada ao trator, regressou a casa, mas, por motivos desconhecidos, despistou-se num local ermo. O homem ficou com as pernas e os pés presos na máquina agrícola, não conseguiu soltar-se nem pedir ajuda. Restou-lhe, assim, a esperança de pessoas poderem vir a passar no sítio onde ficou imobilizado. Isto acabou por acontecer ontem, por volta do meio dia, quando populares se aperceberam do homem caído no chão, junto ao trator. Estes chamaram de imediato os bombeiros. No local esteve também uma equipa médica do INEM. A vítima recebeu os primeiros socorros, foi imobilizada e depois transportada de ambulância para o Hospital da Figueira da Foz, onde fez, então, vários exames e ficou internada. Apesar de estar muito debilitado, resultado de ter passado muito tempo ferido ao frio e ao calor, Manuel Costa Rascão não corria ontem risco de vida. Na aldeia de Amieira, toda a gente ficou surpreendida com a capacidade de resistência do idoso. "Ele andava sempre de trator. Mesmo quando ia às compras e ao médico era sempre de trator, que era as suas pernas", adiantou ao Correio de Manhã uma habitante da referida localidade. A GNR já tomou conta desta ocorrência.

Copa-Cogeca satisfeita com aprovação por co-decisão dos actos delegados para a PAC

17-04-2014 
  
O Copa-Cogeca acolheu com satisfação o facto de tanto o Conselho como o Parlamento Europeu terem aprovado os actos delegados para a nova política agrícola comum (PAC), destacando que esta demonstra o funcionamento de um processo de co-decisão.
 
Christian Pees, presidente da Cogeca, organização da qual a Confagri faz parte, referiu que «agora cabe aos Estados-membros introduzir as modalidades a nível nacional», um processo que vão acompanhar de perto de forma a garantir a redução da burocracia, que os agricultores tenham condições de concorrência equitativa e que o sector agrícola europeu seja viável nos próximos anos.
 
O responsável adiantou ainda que «vão trabalhar exaustivamente para uma nova PAC com sucesso, que os agricultores e suas cooperativas tenham capacidade para fornecer alimentos de qualidade e ao mesmo tempo proporcionar bens e serviços ambientais cruciais, crescimento e emprego».
 
Christian Pees concluiu afirmando que querem «garantir aos agricultores, silvicultores e suas cooperativas um melhor lucro e retorno do mercado pela ampla gama de serviços que oferecem à sociedade».
 
Fonte: Copa-Cogeca

Filipe Duarte Santos: “Não há maneira de fazer parar isso”

ENTREVISTA
RICARDO GARCIA 31/03/2014 - 07:29
Especialista diz que a incidência crescente dos fenómenos meteorológicos extremos é o maior sinal de alerta quanto ao impacto futuro das alterações climáticas.

 
"Mesmo quando o nível médio do mar tiver subido um metro, continuará a haver cépticos", diz físico DANIEL ROCHA
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O físico Filipe Duarte Santos, da Universidade de Lisboa, foi um dos revisores do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC). Coordenador dos primeiros estudos multidisciplinares sobre o impacto das alterações climáticas em Portugal, foi agora escolhido pelo Governo para rever a estratégia de gestão das zonas costeiras. O especialista avisa: a subida do nível do mar é inexorável.

Qual é a principal nova mensagem deste relatório do IPCC?
O mais importante são as implicações das alterações climáticas sobre a segurança alimentar a nível global. No quarto relatório [de 2007] não estava dito com tanta clareza. Este quinto relatório evidencia uma preocupação muito grande nessa área a médio e longo prazo.

Quais são os sinais de alarme?
São sobretudo os fenómenos meteorológicos extremos. Por exemplo, uma seca grave numa região que desempenha um papel importante no abastecimento de cereais. Um caso concreto foi a grande seca e onda de calor na Rússia em 2009/2010. A Rússia deixou de exportar e isso teve repercussões mundiais, os preços aumentaram. Como tudo indica que no futuro teremos fenómenos extremos mais frequentes, o impacto na produção agrícola será significativo.

As ondas de calor serão um dos principais impactos no Sul da Europa. Está a ser feito o suficiente em termos de adaptação em Portugal?
Tem sido feito um trabalho bastante bom pela Direcção-Geral de Saúde e pelo Instituto Ricardo Jorge. Existe um sistema de alerta, o Ícaro, que é bastante bom. Mas temos falhas que resultam também da situação de permanente crise que se está a viver. Se há uma onda de calor e se há um hospital em que o ar condicionado avaria ou não existe, para os doentes é uma coisa dramática. Num hospital deve ser uma prioridade ter um ar condicionado.

Sabendo que o mar vai avançar em Portugal, devemos proteger ou demolir as construções em zonas de risco?
Há três tipos de resposta. Uma é a protecção. É o que se faz na Holanda: eles têm uma linha, que é a da costa em 1990, que consideram como "fronteira da guerra". Vão defendê-la, decidiram não recuar. Não é uma estratégia que se possa adoptar para a toda a costa portuguesa. Outra opção é acomodar, ou seja, uma protecção mais flexível com a ajuda da natureza, iniciativas de defesa sem obras de engenharia pesadas. E finalmente há outra estratégia que é a retirada. Mas tem de ser muito bem pensada, tem de ser um processo feito com a participação das populações. E a informação é essencial. Sem que as pessoas tenham um conhecimento do que se está a passar e do que se irá passar com a subida do nível do mar, o diálogo é extremamente difícil.

O IPCC diz que com um grau a mais na temperatura global haverá impactos importantes. Isto significa que o limite de dois graus adoptado internacionalmente já não é seguro?
Há um artigo recente que calcula qual é a subida do nível médio do mar que está comprometida com um aumento de um grau na temperatura global. É de 2,3 metros, ao longo de muitos séculos. Não temos maneira de fazer parar isso. Na Costa da Caparica, há 126 mil anos, quando a temperatura global era dois graus mais elevada do que agora, o nível médio do mar era cerca de quatro metros mais alto. É muito arriscado dizer que está tudo bem até dois graus.

Os relatórios do IPCC põem um ponto final nas vozes cépticas quanto ao aquecimento global?
Creio que não. Depois de tudo o que de muito positivo resultou da utilização intensiva de energia através dos combustíveis fósseis, custa muito à humanidade, ou pelo menos a certos sectores, que haja certos limites ao nosso desenvolvimento. Isto é compreensível e toma formas muito diversas, como a de pessoas que defendem que não há alterações climáticas ou de que há imensas dúvidas sobre as alterações climáticas, sem grande fundamento científico. E tudo isto é alimentado por pessoas que fazem disso uma forma de visibilidade. Portanto, não vai calar os cépticos. Fazem parte da nossa diversidade cultural, é um fenómeno que nos vai acompanhar nos próximos 100, 200 anos. Mesmo quando o nível médio do mar tiver subido um metro, continuará a haver cépticos. 

25 % dos agricultores desistem de apoios

25% DOS AGRICULTORES DESISTEM DE APOIOS
Rádio Cova da Beira


por Paula Brito

Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco registou uma redução de 25% de pedidos de ajuda ao RPU – Regime de Pagamento Único. Os receios dos pequenos agricultores relativamente à nova lei fiscal estão na origem deste decréscimo que, segundo Mesquita Milheiro, corresponde a cerca de 450 agricultores e a um total de 315 mil euros que a região deixa de receber para apoiar a agricultura, sobretudo familiar.


"Tem a ver com o receio desta nova lei fiscal, medo de perder reformas, sabem que se inscreverem nas finanças têm que passar facturas, têm que ter contabilidade, as coisas complicam-se na vida de um micro agricultor, mas é preciso ver que estamos a falar de um pequeno subsídio (RPU) que os agricultores recebem e que serve para manter vivo o mundo rural" justifica o presidente da direcção da Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco. Mesquita Milheiro sublinha a contradição entre esta medida do governo e os objectivos da Europa com a nova Política Agrícola Comum "a reforma da PAC vem dizer que é importante manter o mundo rural vivo, que os agricultores deveriam ser considerados como prestadores de um serviço público, agora o nosso governo vem cortar essas hipóteses à pequena agricultura nas aldeias." 
O governo adiou pela terceira vez a entrada em vigor das novas regras fiscais para os agricultores - 31 de Maio é a nova data. Mesquita Milheiro tem esperança que em vez de adiar, desta vez, o governo acabe com esta alteração "eu acredito que vá recuar porque acredito que o bom senso vai prevalecer porque não há razão nenhuma para isso, vão chegar à conclusão que o Estado perde mais do que recebe com isso". 
A preocupação foi levada à assembleia geral da Associação distrital de agricultores de Castelo Branco que aprovou por unanimidade as contas relativas ao ano passado. A Associação terminou 2013 com um resultado líquido positivo de cerca de 56 mil euros.   

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O futuro da agricultura portuguesa

 Opinião

Miguel Mota

18/04/2014 - 04:57


Durante anos, como consequência de péssimas políticas, Portugal andou a destruir a sua agricultura e a apregoar que essa actividade não tinha futuro. O máximo de intensidade da destruição – que já vinha de vários governos anteriores – foi atingido no Governo PS de Sócrates. Chegou ao cúmulo de devolver a Bruxelas muitos milhões de euros destinados à nossa agricultura.

Em 2011, com o Governo de coligação PSD-CDS, entrou em funções uma nova equipa ministerial na Agricultura. Não conhecia pessoalmente nenhum dos seus membros, e, apenas de nome, o eng.º Campelo (tive com ele uma longa conversa em princípios de 2012).

A ministra, uma jovem formada em Direito, era uma incógnita. Mas, além de travar a destruição que vinha sendo feita, mostrou, nalgumas aparições na TV e, principalmente, num Prós e Contras, uma determinação e uma informação que foram uma agradável surpresa. Nasceu a esperança de a agricultura ter encontrado alguém com a capacidade para a transformar, de forma a contribuir, mais do que até então, para a economia nacional. Um bom encorajamento dado aos jovens agricultores teve resultados muito positivos. Assim os jovens que agora se instalaram tenham a preparação técnica suficiente para bem gerirem a complexidade das empresas agrícolas.

Revertendo os antigos rumores de que a agricultura não tinha futuro em Portugal, passaram a ouvir-se, de todos os lados – até, recentemente, do Presidente da República –, os maiores elogios à importância da agricultura.

Tudo isso bastou para que a produção agrícola aumentasse e o PAB (Produto Agrícola Bruto) entrou a subir, enquanto o resto da economia portuguesa estava a descer.

Infelizmente, alguns casos e sintomas recentes não seguiram o rumo que considero essencial para um progresso maior e sustentável da nossa agricultura. A investigação agronómica e a extensão rural, as alavancas fundamentais para o referido progresso, não foram consideradas. Numerosas nomeações de chefias por critérios de militância partidária, e não de competência, comprometem o futuro de todos esses organismos. A extinção de serviços públicos essenciais, na senda de Sócrates, bem continuada por Passos Coelho, é outro sintoma grave. Tem razão Nicolau Santos quando diz que "este Governo odeia tudo o que cheire a Estado". A fúria das privatizações – a tal privataria –, até de sectores que os países declaradamente capitalistas não abdicam, agrava esse comprometimento e faz pensar num futuro negro para o que chegou a ser uma esperança de grande melhoria para a pobre economia nacional.

Penso como a agricultura teria crescido muito mais e continuaria a crescer se, nestes três anos, em vez dos erros apontados, se tivesse feito o que considero essencial e expressei em numerosos escritos ao longo de muitos anos. Lembro que a enorme importação de produtos agrícolas alimentares, que muito pesa na nossa economia, bem poderia, nestes três anos, ter sofrido uma redução significativa. Se a reactivação e reorganização de alguns serviços essenciais tivesse sido feita – mesmo só com a "prata da casa" – logo a partir do Verão de 2011, a subida do PAB teria sido maior. Muitos desses produtos importados são de culturas anuais, pelo que as melhorias conseguidas poderiam ter tido grande valor neste período de três anos, melhorando muito a nossa balança comercial. Não seria necessário esperar 30 anos, como no caso de um pinhal, para ter muito bons resultados.

É perfeitamente natural que o país importe bananas ou mangas. Mas é uma prova de incapacidade, do Ministério da Agricultura e, em parte, dos agricultores, ver os nossos supermercados a abarrotar de produtos estrangeiros como batatas, cebolas, alhos (vindos da China!) feijão-verde, rabanetes (vindos da Holanda!), cenouras, tomates, pimentos, melões, melancias, etc. Deviam pensar no que isso pesa de forma negativa na economia portuguesa.

Em tempos antigos, costumava dizer que o agricultor é o único empresário que fabrica um produto em que corre sérios riscos (não controla o clima, e chuva, temperatura e luz são factores da maior importância), coloca esse produto no seu balcão e pergunta "quanto é que me dão?" Por vezes ainda se queixava de que "não aparece cá ninguém para me comprar os produtos". Hoje, com os supermercados, o problema é diferente, mas o agricultor continua a ser o grande explorado.

A solução parece ser o estabelecimento de boas cooperativas, dado que apenas os grandes proprietários – e nem sempre – conseguem ter quantidade de produto suficiente para se impor no mercado. Temos algumas a funcionar razoavelmente, principalmente para a fruta e para o vinho, mas é necessário generalizar o sistema. A maior tentativa nesse sentido foi o Cachão, o Complexo Agro-Industrial do Nordeste Transmontano. Foi criado pelo engenheiro agrónomo Camilo Mendonça em 1964 e atingiu muito boa dimensão, transformando e vendendo os produtos da região, e empregando mais de mil pessoas.

No início, talvez em 1963, Camilo Mendonça, no antigo Café Bugio, no largo em frente à Igreja Matriz de Oeiras, falou-me dos preços miseráveis por que eram pagos aos agricultores os produtos da região, as batatas e as cerejas, o gado e as nozes, etc., produtos que eram depois vendidos por muito mais alto preço. E ele considerava que era necessário inverter tão má situação e passar para as mãos dos agricultores, em associação, o justo valor. Por desentendimentos com Salazar, tinha-se afastado da política – a sua actividade até então – e ia dedicar-se a essa obra, na província onde nascera e onde tinha casa, Trás-os-Montes.

Visitei duas vezes o Cachão, sempre guiado por ele. Na primeira visita, mostrou-me onde seria a leitaria, o lagar de azeite, o tratamento das frutas, etc., algumas já no começo das construções. Na segunda visita, já várias estavam em funcionamento e nos mercados apareciam produtos do "Nordeste", como o azeite e outros. Não que não tivesse sofrido ataques e até sabotagens daqueles a quem estava a estragar tão bom negócio. E nem sempre teve o apoio dos associados, talvez por não terem a noção de que era aquela a única forma de saírem da mediocridade em que viviam.

Com o 25 de Abril, veio o colapso e o Camilo Mendonça, um terrível "fascista"... foi para o Brasil, de onde só voltou mais tarde, muito doente, às portas da morte, que não tardou.

Hoje, o Cachão é uma pequenina amostra do que foi e do que podia ser. Se os agricultores e a equipa governamental da Agricultura não quiserem aprender a lição, a economia de Portugal é que vai sofrer. Desnecessariamente.

Investigador coordenador e professor catedrático, jubilado

Ferido grave em acidente com trator em Mirandela


Publicado às 14.44
 
Um homem sofreu ferimentos graves, esta sexta-feira, na sequência de um acidente com um trator agrícola em Mirandela, distrito de Bragança.

O acidente ocorreu na aldeia de Miradeses, perto das 10.00 horas, tendo o ferido, com cerca de 65 anos, sido transportado de helicóptero para o Hospital de Vila Real.

De acordo com as informações recebidas no Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança, o trator "despistou-se, capotou e terá passado por cima da vítima".

Os acidentes com tratores mataram, desde o princípio de 2014, seis pessoas no distrito de Bragança, o dobro das vítimas registadas em todo o ano anterior, divulgou, na quarta-feira, a GNR.

Clonagem de medronheiros

Agricultura: Método inovador para aumentar a produção 

Plantas selecionadas na serra estão a ser reproduzidas em centros de experimentação Hoje, 15h24Nº de votos (0) Comentários (1) Por:José Carlos Eusébio   

Os melhores medronheiros do Algarve estão a ser clonados. O objetivo é atingir altos níveis de produtividade, permitindo assim aumentar o rendimento dos agricultores. Ricardo Jacinto, engenheiro florestal, está à frente de um centro de experimentação privado que custou meio milhão de euros, na zona de Bensafrim (Lagos), e que está a clonar medronheiros pelo método de estacaria caulinar, ou seja, a reprodução é feita através da parte vegetativa de "exemplares extraordinários" – um método mais barato do que a clonagem 'in vitro'. "Fizemos os testes no ano passado com exemplares selecionados no Algarve e este ano já temos uma produção mais a sério", explica Ricardo Jacinto, adiantando que o objetivo é fornecer milhares de medronheiros de "alta produção e com maior resistência" por ano. Um único medronheiro selecionado deve produzir cerca de 15 quilos de fruto e pode dar origem a milhares de exemplares, através da clonagem. José Paulo Nunes, produtor de Monchique e presidente da Associação de Produtores de Aguardente de Medronho do Barlavento Algarvio, já tem "medronheiros clonados plantados". E acredita que este método "vai melhorar a quantidade e qualidade dos frutos".

Vírus da gripe das aves detectado no Japão idêntico ao da Coreia do Sul


18-04-2014 05:06 | Mundo
Fonte: Agência Lusa 
Tóquio, 18 abr (Lusa) -- O Ministério da Agricultura do Japão confirmou hoje que a estirpe do vírus da gripe das aves detetado no sudoeste do país é a H5N8, a mesma que afetou em janeiro a Coreia do Sul onde as autoridades sacrificaram 11 milhões de aves.

A análise genética realizada quando surgiram as suspeitas de gripe na quinta de Taragi, em Kumamoto, sudoeste do Japão, apenas confirmou que vírus do tipo H5.

Até agora as autoridades de Kumamoto já exterminaram 112.000 aves para conter o vírus cuja presença foi confirmada no último domingo.

JCS // JCS

Lusa/fim

Miranda do Douro quer recuperar Posto Zootécnico abandonado pelo Estado


Lusa
17 Abr, 2014, 22:13

A Câmara de Miranda do Douro avançou com um processo de "reversão de propriedade" do Posto Zootécnico de Malhadas (PZM) junto da Direção Geral do Tesouro, após o abandono da unidade por parte do mistério da Agricultura.
"A autarquia cedeu ao ministério da Agricultura terrenos para a instalação do posto, tendo em vista o melhoramento e produção de animais de raça bovina mirandesa. Porém o Ministério da Agricultura abandonou as instalações, e estamos agora a exercer o direito de reversão da propriedade", disse hoje à Lusa o autarca de Miranda do Douro, Artur Nunes.

A unidade zootécnica foi criada em 1913 e está instalada numa área com cerca de 50 hectares, dotada de estábulos, uma unidade logística constituída por dois edifícios, posto de recolha e análise de sémen, áreas de pastagem entre outros equipamentos.

"Estamos a aguardar que a todo o momento seja feita a escritura de reversão dos terrenos e dos imóveis para a autarquia, para depois podermos investir no melhoramento de todos o espaço e edifícios daquela unidade pecuária", acrescentou.

O PZM esteve sob a tutela do Ministério da Agricultura até 1993, tendo passado para a gestão de duas associações de produtores pecuários da região, que se mantém até hoje.

Após a conclusão da parte burocrática, a autarquia promete avançar com a revitalização do PZM, equipamento que foi ao longo de décadas "fundamental" para o apuramento de raças autóctones da região trasmontana.

Artur Nunes acrescentou ainda que a finalidade para que a unidade zootécnica foi criada tem-se vindo a perder ao longo dos tempos.

"Agora, a pretensão é transformar a unidade num centro de investigação na área da produção animal e manutenção das três raças autóctone existente no concelho ", adiantou.

O autarca disse que "o concelho é rico em raças autóctones como é caso da raça bovina mirandesa, ovinos de raça churra galega mirandesa, porcos bísaros ou burro mirandês".

"Para que o projeto tenha "sucesso", é importante criar parcerias com instituições como a Universidade de Trás -os - Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico de Bragança, entre outras", sustentou Artur Nunes.

"No fundo, a ideia passa por revitalizar o setor pecuário, como instrumento de combate à crise que está a afetar a agricultura na região e no país", acrescentou Artur Nunes.

Ao lado do PZM está instalado um centro de formação na área da agricultura, que a autarquia pretende "interligar" com esta unidade de investigação na área da agropecuária.

Os edifícios apresentam deficiências estruturais ao nível da instalação elétrica, água, ou condições de segurança.

O assunto volta a ribalta, numa altura em que os escritórios das duas associações que se encontram instaladas no Posto foram assaltadas e segundo a GNR foram levados dois cofres em ferro fundido estado no seu interior cerca de 1.500 euros em dinheiro.

Companhia das Lezírias aumenta lucros


17 Abril 2014, 08:58 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt


A empresa de capitais públicos aumentou lucros. Tem na venda de vinhos e azeite a principal área de negócio.
É a maior exploração agrícola do país com uma área de 18 mil hectares. Está situada no Ribatejo e é totalmente detida pelo Estado. A Companhia das Lezírias, que já esteve em anteriores Governos na lista de privatizações, manteve-se, com o actual Executivo, fora dessa listagem. E ainda assumiu no ano passado, a 2 de Agosto, a gestão da Coudelaria de Alter, no Alentejo. 
 
A integração da Coudelaria teve, segundo informa em comunicado a empresa, um impacto negativo nas contas da Companhia das Lezírias de 245 mil euros, devido ao programa de reestruturação que está a ser feito.
 
"A integração da Coudelaria de Alter é uma responsabilidade adicional que merecerá a nossa maior atenção, reestruturando e procurando melhorar os resultados da exploração", assume a empresa em comunicado, citando o presidente da Companhia das Lezírias, António Saraiva.
 
Mesmo com esse impacto negativo, a Companhia das Lezírias teve um lucro de 668 mil euros, mais 6% que no ano precedente. O resultado operacional subiu 13,2%. Sem a Coudelaria, o EBITDA ter-se-ia situado nos 2,16 milhões de euros.
 
As vendas totalizaram 4,8 milhões de euros, mais 21% que em 2012, atribuindo a empresa este crescimento à venda de vinhos e azeite (mais 36% para 1,12 milhões de euros), aos produtos florestais (mais 39% para 864 mil euros) e ao milho (mais 65% para 542 mil euros).
 
A empresa assume que a área de vinhos e azeite "vai consolidar-se em 2014 como a principal área de negócio, representando 25% das vendas". Com o objectivo de crescer na exportação, acrescenta a empresa, "foi investido mais de meio milhão de euros na reabilitação da adega da Herdade de Catapereiro".
 
(Correcção: A Companhia das Lezírias tem uma área de exploração agrícola de 18 mil hectares e não de 18 mil metros quadrados)

Ovelhas e cabras “manifestam-se” na Ovibeja contra a sua própria extinção



Carlos Dias

16/04/2014 - 23:45

Só na última década desapareceram do Alentejo mais de 200 mil animais.


Falta de apoios, baixos preços pagos aos produtores e falta mão-de-obra, são as razões apresentadas.

Com o recurso ao caricato, vai realizar-se no próximo dia 30 de Abril, uma "manifestação" de ovelhas e cabras na Feira do Alentejo-Ovibeja, seguindo-se a sua deslocação por um antigo caminho utilizado em tempos idos pelos efectivos pecuários que se deslocavam entre as terras baixas do Alentejo meridional e as terras altas do Maciço Ibérico.

A iniciativa tem um duplo sentido: recordar um pouco da história regional associada aos percursos da transumância (deslocação periódica de gado) de e para o Alentejo, e alertar a opinião pública e a tutela para o desaparecimento anual de uma média de 20 mil ovinos e caprinos, só na região alentejana.

O argumento escolhido pelos dirigentes da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), uma "manifestação" de ovinos e caprinos, vai socorrer-se ainda das mensagens reivindicativas e da decoração "artística" doa animais, a forma encontrada para "bulir" com as consciências, "daqueles que não se importam com aquilo que se passa no campo" assume Castro e Brito presidente da ACOS.

O dirigente associativo descreve como ao longo da última década, a região perdeu 200 mil animais de um efectivo que chegava ao milhão.

"Se não actuarmos, em poucos anos não temos um único dos animais símbolo regional", adverte Castro e Brito.

O efectivo pecuário destes pequenos ruminantes " está a desaparecer" devido há escassez de apoios, aos preços baixos pagos ao produtor e também porque são cada vez menos as pessoas para darem assistência aos animais.

A estes constrangimentos junta-se a nova gastronomia que tem marginalizado os pratos tradicionais "porque o borrego dá trabalho a cozinhar" conjectura o presidente da ACOS.

O historiador José António Falcão que ao longo dos últimos 30 anos tem feito o levantamento do património artístico e religioso do Baixo Alentejo, também investigou as interligações entre a actividade pecuária e a fundação de alguns dos principais santuários do território.

"De facto, perscrutando com atenção o passado, acede-se a uma visão clara da estreita articulação entre o património edificado, as vias privilegiadas para os rebanhos – as canadas reais – e a prática religiosa".

É hoje evidente que durante séculos, a circulação de efectivos pecuários "transformou-se num dos principais recursos económicos do Baixo Alentejo", patente na regulamentação expressa em forais e outros documentos emanados da Coroa.

Com o incremento da agricultura extensiva, a partir dos meados do século XIX, sucederam-se "rudes golpes para a prática da transumância", salienta Falcão, frisando que "muitos proprietários rurais", beneficiando da pouca capacidade de intervenção das instâncias locais, começaram a limitar a circulação nas antigas canadas.

"Foi o princípio do ocaso de uma civilização pastoril" que hoje se reflecte no rápido desaparecimento dos animais, um fenómeno que a da ACOS e o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, se propõem inverter para "defender e revelar o património associado à prática transumante, desde a paisagem à gastronomia, o que deve constituir uma das prioridades da nossa região" conclui António Falcão.

Governo quer nova taxa em produtos com alto teor de açúcar ou de sal



Luís Villalobos

16/04/2014 - 07:14

(actualizado às 12:57)

Medida, anunciada ontem, está a ser muito contestada pela indústria.
Consumidores poderão assistir ao aumento de preços de alguns produtos


O Governo pretende aplicar o pagamento de uma taxa adicional sobre produtos que tenham impacto nocivo na saúde, abrangendo assim os que contêm altos teores de açúcar, de sal, e alimentos vulgarmente considerados como "comida de plástico", que podem provocar aumentos excessivos de peso.

De acordo com informações recolhidas pelo PÚBLICO, a ideia é aplicar um modelo que tem ganho adeptos em alguns países, onde já existem as chamadas fat tax. Esta terça-feira, a Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou apenas que uma das metas do Governo passa por reduzir as dívidas acumuladas no sector da saúde, através de poupanças conseguidas com a racionalização da despesa. No entanto, conforme afirmou a ministra, até aparecerem resultados palpáveis dessa estratégia "poderão ser equacionados contributos adicionais do lado da receita, designadamente na indústria farmacêutica, ou de tributação sobre produtos que têm efeitos nocivos para a saúde". 

Falta, no entanto, perceber para onde irão as receitas arrecadadas, já que uma taxa, ao contrário de um imposto, pressupõe a utilização de um determinado serviço por parte do Estado. Uma hipótese é as verbas irem para o orçamento do Ministério da Saúde, aliviando assim os encargos do Orçamento do Estado. Seja como for, as pessoas irão pagar mais pelos produtos visados.

A ideia de uma fat tax tem ganho adeptos a nível europeu. Na Finlândia, desde 2011 cobram-se taxas extraordinárias por produtos como doces, chocolates e gelados. Em França, desde 2012 os consumidores pagam mais por bebidas com adição de açúcar e com adoçantes artificiais, enquanto a Hungria aplica desde Setembro de 2011 uma taxa adicional sobre vários produtos considerados nocivos para a saúde, como bebidas energéticas, produtos açucarados pré-embalados e aperitivos salgados.

Já a Dinamarca aplicou uma contribuição que penalizou o custo dos produtos com gorduras saturadas, mas acabou por recuar passado um ano, após ter verificado que havia pressão nas vendas transfronteiriças deste tipo de produtos e que, ao mesmo tempo, a medida tinha levado à destruição de postos de trabalho.
 
CIP pede "sensatez" ao Governo
Reagindo à intenção do Governo de tributar "produtos nocivos para a saúde", o presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) criticou a medida, defendendo que os ganhos têm de ser obtidos com a redução de gastos.

Em declarações à Lusa, António Saraiva aconselhou "sensatez" quanto à intenção da criar novas taxas em produtos como o tabaco, o álcool, o sal ou os refrigerantes. "Deve haver algum cuidado na taxação ou no lançamento de novos impostos", referiu hoje António Saraiva, acrescentando que os responsáveis da indústria sempre disseram que "os ganhos têm de ser obtidos através da redução de gastos e não pela arrecadação de impostos".

Admitindo que o consumo excessivo de certos produtos pode ser nocivo para a saúde, o líder da CIP lembrou que existem programas de aconselhamento e outras medidas para evitar que as pessoas cometam excessos.
"É uma difícil equação entre hábitos de saúde e produção deste tipo de produtos, mas alguma sensatez deve existir", sublinhou.

António Saraiva lembrou ainda a necessidade de "acautelar" os postos de trabalho dos que trabalham naqueles sectores de actividade e a arrecadação de receitas que já representam, considerando "excessiva" a intenção de voltar a aumentar o imposto do tabaco.

O presidente da CIP reiterou também que "medidas excessivas de taxação" podem levar "ao abandono ou redução drástica do seu consumo e logo da sua produção".

Indústria apreensiva
O presidente da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) também já manifestou a sua preocupação com a medida que, garante, vai causar uma maior queda das receitas. "A nossa preocupação com o aumento de qualquer tipo de carga fiscal ou imposição de novas taxas sobre bebidas alcoólicas é a de que só vai resultar numa maior depressão das receitas", disse à agência Lusa o presidente da ANEBE, Mário Moniz Barreto, admitindo que a associação "não estava à espera" deste anúncio do Governo.

Os produtores de sal partilham as mesmas críticas. Luís Horta Coreia, presidente da cooperativa de produtores Terras do Sal pediu ao Executivo de Passos Coelho para não aplicar a taxa ao sector e apelou, antes, à sensibilização para um melhor uso deste ingrediente. Em declarações à Lusa, Luís Horta Correia considerou que a indústria do sal em Portugal não está a ser "acarinhada", frisando que devia ser incentivada, já que se trata de um produto considerado "de excelência".

Workshop sobre figueira-da-índia


por Ana Rita Costa
15 de Abril - 2014

O Centro de Ciência Viva do Algarve vai promover, no próximo dia 26 de abril, a oficina de ciência "A Figueira-da-índia e o Figo de Pita". Esta oficina será ministrada por Margarida Vieira (ISE - UALG).

 
A figueira-da-índia é um cato que é subespontâneo em muitos locais de Portugal e dá como fruto os figos de pita. É frequente ver o figo de pita em estado selvagem nas beiras das estradas mas, segundo a organização desta oficina de ciência, "está em transição avançada para um uso agrícola e comercial cujo desempenho começa a surpreender."

Esta oficina de ciência tem como objetivo ensinar os participantes a confecionar o figo de pita em caviar, compota e geleia.

Para se inscrever contacte o emailinscricoes@ccvalg.pt ou os telefones 289 890 920/22.

Azeite Oliveira da Serra Vintage considerado o melhor da Europa


por Ana Rita Costa
11 de Abril - 2014
O Azeite Oliveira da Serra Vintage foi considerado o melhor azeite da Europa no Sial Canadá, tendo recebido o prémio Coup de Couer. Para além desta distinção, este ano, os azeites Oliveira da Serra Lagar do Marmelo e Oliveira da Serra Ouro foram também reconhecidos nos concursos Monde Selection e Ovibeja.

 
Para Isabel Roseiro, Strategic Marketing Manager de Oliveira da Serra, "os seis prémios conquistados já este ano e, em especial, o reconhecimento do Sial Canadá, deixam-nos muito satisfeitos, uma vez que é nosso objetivo fazer azeites cada vez melhores e estes resultados provam que isso é possível. Estes prémios são importantes para Oliveira da Serra mas também para Portugal, porque significa que conseguimos posicionar o azeite português como um dos melhores do mundo."  

Segundo a marca, já em 2013 a Oliveira da Serra tinha batido um recorde ao nível dos prémios arrecadados, "tendo-se tornado o azeite português mais premiado a nível nacional e internacional."

O jardim das aromáticas

16 de Abril, 2014por Adriana Miranda Ribeiro

No século XIV a Quinta do Paço assistiu a um dos maiores romances de que há memória: D. Pedro e D. Inês viveram aqui dois dos mais felizes anos da sua relação. Dessa época, curiosamente, resta apenas um pombal. Hoje a história de amor é outra e tem como protagonista Luís Alves, um dos mentores do Cantinho das Aromáticas. O projecto tem sido exemplar a vários níveis: recebeu, por exemplo o 1.º Prémio de Inovação para a Sustentabilidade (EBAEpis) - European Business Awards for the Environment 2011, na categoria Processo.
Luís Alves, que parece ter poucas dúvidas sobre o terreno que pisa, começa por explicar: "Os últimos dois anos vão ficar para a história da agricultura em Portugal. É diferente do que aconteceu quando aderimos à União Europeia. Hoje a maior parte dos novos agricultores são licenciados ou possuem outras formações superiores, e sabem que nas suas áreas não terão saída nos próximos anos. Percebo que há uma consciência generalizada de que a vida de ontem já acabou. Ninguém sabe bem qual é o caminho, mas todos querem traçar um, que por vezes passa pelo regresso às raízes e à terra". Romantismos à parte, o empresário frisa que é possível viver, "e bem", da agricultura, apesar de ser uma actividade que exige resiliência e conta com um sócio de humores flutuantes: São Pedro. "Isto não é para gente racional, porque é imprevisível e implica pensar a médio e longo prazo. Não tem retornos rápidos. Há que semear e cuidar para mais tarde colher".

Nesta quinta pratica-se agricultura biológica, que recupera práticas e técnicas tradicionais, sem descurar a mais recente tecnologia. O ecossistema composto pelo lago, flora e fauna tornam o ciclo natural biológico e auto-sustentável. Além das dezenas de espécies de aromáticas, é possível ver a passear livremente raças de bovinos autóctones (barrosãs), cavalos (garranos), burras (mirandesas), e ainda ouriços-cacheiros, morcegos, inúmeras espécies de aves e até abelhas. Estas funcionam como bioindicadores infalíveis. Duarte Reis, apicultor, é um dos dez colaboradores que compõem a equipa. Enquanto nos faz uma visita guiada pelo local, e nos dá a cheirar algumas espécies, aponta: "Ao estarmos rodeados por uma estrutura urbana, é fácil sermos invadidos por insecticidas dos vizinhos. Mal reparamos numa alteração na reprodução das abelhas, percebemos que temos uma questão a resolver".

A 'época alta' das aromáticas começa na Primavera quando as espécies são plantadas ou semeadas. "Dois ou três meses depois fazemos os primeiros cortes e depois fazemos seis a oito cortes, por cada aromática. Nunca de manhã muito cedo, por causa da humidade, que estraga o processo de secagem. A secagem dura 48 horas e depois embalamos", explica Duarte Reis. "Isto alarga o prazo de vida das aromáticas, tornando a actividade empresarial confortável e viável. Em vez de três semanas, passam a durar três anos".

A concorrência não assusta

Com 12 anos de vida, este projecto agrícola tem como filosofia 'partilhar para crescer'. Luís esclarece: "Partilhamos tudo. E o nosso conhecimento é oferecido já há muitos anos no nosso blogue. Temos também um programa de voluntariado nacional, através do qual as pessoas podem passar aqui o tempo que quiserem e assistem e participam em todos os processos de produção. Todos os actuais produtores de ervas aromáticas nacionais passaram por cá como voluntários".

Ao contrário do que seria de esperar, a futura concorrência não constitui uma ameaça, pelo contrário: "O mercado para este tipo de produto não é o dos 'chazinhos' e dos condimentos. O verdadeiro mercado para estas matérias-primas não existe em Portugal. É o da indústria farmacêutica e da cosmética. Os maiores compradores são os alemães, onde está a indústria farmacêutica concentrada, tal como a França e Itália, pela cosmética e culinária. Quem se dedica às aromáticas tem que ter consciência que o produto é exportável. Aqui em Portugal as vendas são pontuais". Sendo uma das dificuldades da exportação a falta de volume de produção há, desde 2008, células de agricultores que se organizam. "Cada um envia a sua parte, facturando individualmente. Desta forma até os mais pequenos vendem. A logística é a parte mais complicada da exportação. Ao partilharmos informação tornamos a logística mais ágil e eficiente".

A disseminação de conhecimento é outra das grandes preocupações da empresa e tem dado origem a parcerias com universidades e estagiários, que aparecem com propostas de pesquisas em diferentes áreas. Consequentemente, a etapa seguinte será levar avante uma investigação na análise sensorial de infusões, que contou com 240 mil euros de apoio por parte do QREN, e que promete uma pequena revolução no mundo das infusões e do conhecimento sobre a matéria das aromáticas. "Já sei tanto sobre elas e ainda assim precisava de mais algumas vidas para saber tudo. Mas em Portugal ainda há pouca informação e pouca investigação", desabafa o empresário. "No chá, a segmentação do mercado é grande. Há chá quase ao preço do ouro e há chá acessível. De cada parte da planta do chá - a Camellia sinensis - obtém-se uma qualidade diferente", explica. "Com as infusões misturam-se as várias qualidades, independentemente do tipo. Neste trabalho de investigação queremos segmentar a qualidade das ervas. Por exemplo: só colhemos as pontas das plantas nos dias mais compridos de Verão, que é quando a planta recebe óleos e açúcares concentrados. Com isso conseguimos logo uma análise sensorial completamente diferente. Queremos concentrar-nos mais no prazer que dá e menos nos efeitos medicinais. Como no vinho. Vamos criar reservas. Vai ser o primeiro trabalho do mundo nesta área. Vai dar que falar", promete o jovem agricultor.

Aberta ao público de segunda a sábado, a quinta tem disponível um pequeno espaço de venda de produtos de produção própria, um programa regular de workshops temáticos (que vão da aromaterapia à culinária) e visitas guiadas à comunidade. Os portões estão abertos para quem quiser (re)descobrir a magia das aromáticas.


Comissão Europeia contra fraudes na internet no setor do vinho


por Ana Rita Costa
15 de Abril - 2014
A Comissão Europeia notificou o organismo mundial que gere a atribuição de domínios na Internet (ICANN) porque considera inaceitável a utilização de nomes como ".vin" ou ".wine" sem protecção das denominações de origem.

 
Alguns operadores utilizavam estas designações para registar domínios na Internet, inviabilizado assim que as marcas registadas em zonas de denominações geográficas protegidas o pudessem fazer, causando grandes prejuízos e confusões junto do consumidor.A Comissão Europeia usa o argumento de que nos acordos ao nível da Organização Mundial de Comércio está perfeitamente consagrada a salvaguarda dos produtos com denominação geográfica protegida e que a ICANN não está a respeitar estes acordos.

Na última sessão do ICANN ainda não foi possível chegar a consenso porque esta entidade refere que não pode evitar o registo de certos domínios só porque isso pode colidir com denominações geográficas protegidas.

Esta questão vai voltar a ser discutida na Cimeira da Internet, que se realiza nos dias 23 e 24 de abril em São Paulo, no Brasil.

AgroIN Fórum: Gerir para incentivar, inovar e internacionalizar


por Emília Freire
16 de Abril - 2014
No Fórum AgroIN ficou claro que a agricultura está IN, como afirmou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. Mas o agricultor de hoje tem de ser, sobretudo, gestor e os desafios estão em incentivar a equipa para trabalhar de forma mais eficiente, inovar em produtos e processos, cooperar em cadeia para criar valor, escala e dimensão e poder estar no mercado global, internacionalizando.

 
A 9 de abril, cerca de 300 participantes, assistiram ao longo do dia no Centro de Congressos do Estoril a apresentações e debates de vários agentes ligados aos agronegócios, na 1ª edição do AgroIN Fórum, organizado pela VIDA RURAL e pela IFE, falando das apostas e experiências das suas empresas, mostrando que a cadeia agrícola tem tudo para ser um dos motores da recuperação da economia nacional.

E falamos de cadeia agrícola porque na abertura do dia de trabalhos o economista Augusto Mateus deixou uma análise, quase provocatória, para lançar o debate, afirmando que "continua-se a falar de setores, mas isso não existe, não é assim que funciona a economia, o que há são cadeias de valor é nelas que o gestor agrícola tem de trabalhar, cooperar". O economista frisou igualmente que "a empresa isolada, e o segredo como alma do negócio, morreu. É necessário responder à concorrência com cooperação com os que são parecidos connosco".

Saltamos agora da abertura para o encerramento, onde Nuno Vieira e Brito destacou que "olha-se hoje para a agricultura como uma oportunidade de negócio e como possibilidade de ajudar Portugal a sair da situação difícil dos últimos dois anos" e informou que a estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar se baseia nos quatro 'Is': Industrialização; Inovação; Investigação e Internacionalização.

Para isso, Jorge Tomé, presidente da Comissão Executiva do BANIF, assegurou que a banca, nomeadamente a instituição que dirige, está muito empenhada em conhecer melhor a atividade agrícola, falando com associações e produtores, para disponibilizar, da melhor forma, fundos que ajudem a impulsionara a agricultura nacional.

Os 'Is' também já tinham estado no centro de algumas das intervenções anteriores do AgroIN, na mesa redonda moderada pela diretora da VIDA RURAL, Isabel Martins, onde participaram José Manuel Gomes, diretor comercial da Casa de Prisca; Gonçalo Andrade, administrador da Lusomorango; Manuel Évora, administrador da Luís Vicente e presidente da Portugal Fresh; e Pedro Atalaya, diretor da ANPOC e produtor de cereais btp, com destaque para a Inovação, mas também na apresentação de Carlos Gonçalves, administrador da Mendes Gonçalves e na mesa redonda moderada por Luís Mira, presidente da Inovisa; e onde participaram Aristides Sécio, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP); João Miranda, CEO da Frulact; e Manuel Rocha, CEO da Adega de Borba, sendo que aqui o maior destaque foi para a Internacionalização.

De Organizações de Produtores e cooperação entre produção e transformação falaram também Eduardo Vasconcelos, da Bel Portugal e Mauro Cardoso, da Monliz. Enquanto Luís Ramos, chefe de divisão de estatística do Gabinete de Planeamento e Políticas, Francisco Avillez, da Agroges e Jorge Soares, administrador da Campotec, ajudaram a perceber melhor as contas da agricultura, as candidaturas e montagem de projetos agrícolas e a forma de reduzir a conta de cultura.

Por último, um painel polémico onde se discutiu a relação entre a produção e a distribuição, nomeadamente à luz da nova lei, onde participaram Domingos Santos, presidente da FNOP e da Frutoeste; Duarte Pirra Xarepe, advogado da SRS Advogados; Francisco Espregueira Mendes, sócio da Telles de Abreu e Associados; Joaquim Candeias, diretor comercial-direção comercial alimentar do Intermarché e Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

Veja a reportagem completa na edição de abril da revista VIDA RURAL

CALtalks Agribusiness divulga casos de sucesso na Ovibeja


por Ana Rita Costa
16 de Abril - 2014

A CALtalks Agribusiness, que se realiza no próximo dia 1 de maio na 31ª edição da Ovibeja, no Auditório NERBE, em Beja, vai colocar casos de sucesso e ideias inovadores do setor agroalimentar em discussão.

 
Com um painel de oradores composto por personalidades como Nuno Vieira e Brito, Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Manuel de Castro e Brito, Presidente da ACOS, Jorge Correia Santos, Presidente da CAL, José Luiz Tejon, especialista em marketing agrícola, Adriano Casal Ribeiro, mentor da marca JoseGourmet e Miguel Rangel, Diretor Geral do grupo NUTRE S.A., este evento vai debater temas como a Internacionalização, a Inovação, o Branding, o Empreendedorismo, os Nichos de Mercado, o Financiamento e a Importância do marketing agroalimentar.

Para mais informações sobre esta iniciativa organizada pela Câmara Agrícola Lusófona, contacte o telefone 21 3018426 ou o email info@calusofona.org.

A salsicha é de porco? Não, é de peixe

5 de Abril, 2014

Investigadores portugueses encontraram uma forma de fazer salsichas de peixe, com sabor a carne, uma alternativa que aproveita sobras e peixe de aquicultura, que tem menos gordura e previne doenças, disse hoje um dos cientistas responsáveis pelo enchido.
Rogério Mendes, investigador do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), avançou à Lusa que o objectivo era procurar soluções para aproveitar todo o peixe capturado, assim como o desperdício do pescado processado, em filetes ou postas, por exemplo, e dar novas utilizações às espécies produzidas em aquacultura.

"Pegamos num peixe que tem um sabor fraco, neste caso, a pescada, fomos ver o que a salsicha de carne tradicional tinha e fomos retirando componente a componente e substituindo por outros até conseguir um conceito relativamente novo", explicou.

O resultado foi uma salsicha feita com peixe, com sabor, consistência e apresentação semelhante à tradicional, mas com menos gordura e com fibras vegetais, com um prazo de validade para ser consumida entre 40 a 50 dias, porque está pasteurizada e refrigerada, podendo também vir a ser enlatada.

Esta nova alternativa "tem um sabor idêntico àquele da carne porque a salsicha tradicional não sabe a carne de porco, sabe a fumo e é esse fumo que é o segredo", relatou Rogério Mendes.

Quando concluíram que o sabor não é da carne, é do fumo, os investigadores colocaram a hipótese de fazer o mesmo com peixe, conferindo-lhe esta característica, como acontece com as salsichas tradicionais que já não seguem a receita tradicional e deixaram de passar pelo fumeiro.

O investigadores foram eliminando as características que diferem entre as duas matérias primas e compensaram o facto de o peixe ter um tecido mais mole, introduzindo fibras vegetais, para obter a consistência e textura desejadas, mais parecidas com a carne, e com isso conseguiram uma vantagem relacionada com as suas propriedades.

"Essas fibras vegetais têm um papel positivo na prevenção de algumas patologias como o cancro do cólon, fazem a regulação da flora intestinal e podem reduzir o colesterol", referiu o cientista.

Por outro lado, "era muito importante que este produto não tivesse a gordura que o outro tem e pensamos utilizar um outro tipo de fibras que mantém na boca a mesma sensação de oleosidade e que são usadas nos iogurtes magros", acrescentou.

A salsicha tradicional tem um teor de gordura superior a 20% e a nova salsicha tem cerca de 0,4%.

Os especialistas do IPMA começaram por trabalhar com pescada, mas já experimentaram outros peixes que se prestam a este tipo de aproveitamento, como alguns de aquacultura, entre os quais dourada, robalo e corvina.

"Têm funcionado sem problemas o que quer dizer que pode justificar não só aproveitar desperdícios, mas também produzir peixe para este fim e diversificar", concluiu Rogério Mendes.

Agora resta esperar que algum empresário, da indústria do pescado ou da carne processada, decida investir nas salsichas de peixe com sabor a carne.

Lusa/SOL

Frutas e legumes portugueses em destaque na Feira de Berlim



Actualmente em Portugal cerca de 40% dos legumes e flores produzidos em território nacional. 16-04-2014 15:43

Portugal vai ser o país convidado de honra da Feira de Berlim, o maior certame de frutas e legumes do mundo, que se realiza em Fevereiro do próximo ano. 

O anúncio foi feito esta manhã, pela ministra da agricultura, Assunção Cristas, que esteve presente numa acção de promoção e frutas e legumes portugueses, no Largo de Camões, em Lisboa. 

A ministra sublinhou que as exportações neste sector têm vindo a aumentar, na ordem dos 10% é um sector em que Portugal tem condições para se afirmar, a nível mundial: "No ano passado praticamente chegou aos mil milhões de euros de exportações, desde 2000 até agora têm crescido a um ritmo anual que quase toca nos 10%. Isto quer dizer que Portugal tem todas as condições para se afirmar a nível mundial como um país de origem de frutas e legumes de elevadíssima qualidade, diferentes pelas suas características, com mais valor." 

"Isso é muito positivo para a nossa economia e para os agricultores que se empenham neste sector e que dão o seu melhor diariamente", diz ainda a ministra. 

Actualmente em Portugal cerca de 40% dos legumes e flores produzidos em território nacional. 

Portugal participa há cinco anos na Feira de Berlim, mas na edição do próximo ano será o país convidado de honra e, por isso, será parceiro na divulgação e promoção do sector das frutas e legumes. 

À margem da iniciativa, a ministra Assunção Cristas recusou adiantar pormenores sobre a medida anunciada ontem pelo Governo de poder vir a taxar alimentos considerados nocivos para a saúde.


Azeites Virgem Extra da CARM foram triplamente premiados em diferentes concursos de destaque mundial e voltam a estar à venda em Portugal

A Casa Agrícola Roboredo Madeira (CARM) teve dois dos seus azeites distinguidos pelo New York International Olive Oil Competition (NYIOOC). O Azeite Virgem Extra CARM Premium, um blend, alcançou  uma vez mais, a medalha de ouro, com intensidade média; ao mesmo tempo que o Azeite Virgem Extra CARM Grande Escolha foi distinguido com a medalha de prata, na categoria de  intensidade robusta.

Num outro concurso, o BIOL Prize, que decorre em Itália, e avaliou este ano 425 azeites, oriundos de 17 países, o Azeite CARM Grande Escolha foi o distinguido com o prémio BIOLKIDS. O painel de jurados que atribuiu este prémio era composto por 600 crianças, provenientes de 26 escolas de províncias italianas, que ficaram responsáveis por atribuir o prémio para o melhor azeite para jovens palatos, onde a CARM foi vencedora.

"Os azeites CARM têm acumulado diversas distinções de relevo a nível internacional e estas mais recentes, relativa à produção de 2013, vêm cimentar a posição da CARM como um dos melhores produtores de azeite Português a par dos melhores a nível mundial" afirma Filipe Roboredo Madeira, administrador da CARM e responsável pela área dos azeites na empresa.

Esta distinções surgem numa fase em que o Azeite Virgem Extra CARM vai estar novamente à venda em Portugal, através do Gourmet do El Corte Inglês, depois de um período de cinco anos em que foi totalmente direcionado para exportação.  

Fonte:  Chefs Agency

Vinhos: Alvarinho português líder de vendas nos EUA

O 'Pouco Comum' da Quinta da Lixa, empresa produtora de vinhos verdes mais nomeada nos últimos 10 anos, é o Alvarinho mais vendido no mercado norte-americano.

A exportar este vinho para os EUA há apenas 3 anos, em 2013, foram 7 mil as garrafas de 'Alvarinho Pouco Comum' que levaram a que a Quinta da Lixa fosse líder de vendas neste mercado, mas o objectivo, dentro de 5 anos, é atingir a meta das 100 mil garrafas exportadas.

"Só começamos a exportar o 'Alvarinho Pouco Comum' para o mercado norte-americano há 3 anos e a evolução, em termos de vendas, tem sido óptima. Começamos por exportar 1.200 garrafas no primeiro ano, 2 mil no segundo e o ano passado já fomos a empresa portuguesa mais exportadora de Alvarinho para os EUA, pelo que temos fortes perspectivas de crescimento no médio e longo prazo", afirma Óscar Meireles, administrador da Quinta da Lixa.

A estratégia para penetrar no mercado passa por colocar o vinho no maior número de Estados possível, com grande enfoque nas garrafeiras e na restauração de alto nível, e fazer apresentações a jornalistas, chefes de cozinha, responsáveis de distribuição e respectivas equipas de venda.

Para alcançar estes objectivos, em 2014, a Quinta da Lixa vai investir €250 mil euros em promoção só no mercado norte-americano, pois não é só no 'Alvarinho Pouco Comum' que a empresa de vinhos verdes quer continuar a crescer.

"O nosso objectivo é continuar a crescer tanto neste como em todos os outros vinhos que temos no mercado, é claro que sendo o Alvarinho uma casta de referência e este um dos nossos vinhos bandeira queremos continuar a liderar as vendas de Alvarinho Português para o mercado, daí a nossa aposta no aumento da área de vinha própria com a casta Alvarinho.", explica o responsável.

Recorde-se que os EUA são já o maior mercado de exportação da Quinta da Lixa, que registou um crescimento de 12% de 2012 para 2013, com um total de 350 mil garrafas comercializadas, e que prevê um crescimento de 10% em 2014.

Fonte:  PressMedia

Espécies exóticas invasoras: “Os danos e os prejuízos continuam a aumentar”


Estima-se que as espécies exóticas invasivas custem à União Europeia cerca de 12 mil milhões de euros por ano. Foto: ©BELGAIMAGE/Science


A biodiversidade na Europa enfrenta diversas ameaças e as espécies de plantas e animais importadas de outras partes do continente ou do mundo são uma delas. "As espécies exóticas invasoras são a segunda maior ameaça à biodiversidade, logo após à perda contínua de habitats e são responsáveis pela extinção de espécies" explicou o relator Pavel Poc.

O Parlamento aprovou, a 16 de Abril, novas regras para gerir e prevenir a introdução e a propagação de espécies exóticas invasoras na Europa.

A globalização e o transporte internacional ajudaram a propagação das espécies. Algumas desta espécies "exóticas" são inofensivas, outras prejudicam a fauna e a flora locais ameaçando seriamente a biodiversidade e os ecosistemas.

"As novas medidas devem prevenir a introdução de novas espécies exóticas na UE e vão ajudar a evitar a propagação das espécies já introduzidas na Europa", afirmou o eurodeputado checo do S&D, Pavel Poc.

Será criada uma lista de espécies exóticas invasivas que causem preocupação à União Europeias. As espécies incluidas na lista não poderão ser introduzidas, transportadas, colocadas no mercado, oferecidas, mantidas, cultivadas ou libertadas no ambiente.

"As medidas para minimizar os efeitos das espécies exóticas invasoras vão ser coordenadas entre os Estados-Membros e vão aplicar-se a toda a UE, o que as tornará mais eficazes" explicou Poc.

Algumas destas espécies podem ainda ser uma ameaça à saúde humana. Podem causar problemas de saúde como asma ou alergias e são potenciais transmissores de doenças, como o dengue transmitido pelo mosquito tigre asiático que surgiu pela primeira vez na Europa em 1979, através de um carregamento de mercadorias da China.

"Estima-se que as espécies exóticas invasivas custem à União Europeia cerca de 12 mil milhões de euros por ano e que os prejuízos continuem a aumentar" afirmou Poc.

Fonte:  PE

Comissão lança um observatório do mercado do leite

Comissão Europeia

Comunicado de Imprensa



Dacian Cioloș, Comissário europeu para a agricultura e o desenvolvimento rural, inaugura hoje um novo observatório europeu do mercado do leite. Depois de trinta anos de regime de quotas de leite, cuja extinção está programada para 31 de Março de 2015, o observatório terá por missão reforçar a capacidade da Comissão em seguir o mercado do leite e dos produtos lácteos e ajudar o sector a adaptar-se ao seu novo ambiente. O observatório visa o aumento da transparência e o fornecimento de dados precisos sobre o mercado, por forma a que os actores da cadeia de aprovisionamento do leite possam tomar as decisões comerciais, e a Comissão as decisões políticas. Com a sua inauguração hoje às 16h00, o Observatório europeu do mercado do leite permitirá às partes interessadas no sector do leite e dos produtos lácteos dispor de um interface único que dá acesso a uma enorme quantidade de dados brutos. Será também responsável pelo acompanhamento e análise das tendências actuais e passadas ​​nos mercados europeus e mundiais do leite e produtos lácteos, e, em particular, da produção, do equilíbrio entre a oferta e a procura, dos custos de produção e das perspectivas comerciais.

O Comissário Ciolos afirmou a este respeito: "A nova PAC reforça o papel das partes interessadas a fim de assegurar um desenvolvimento equilibrado do sector do leite. Para que eles possam cumprir a sua missão, precisamos de transparência tanto na obtenção dos dados como de precisão na análise de mercado. O verdadeiro valor acrescentado do observatório residirá no exame construtivo de diferentes análises de mercado. Para a Comissão e os Estados-Membros, esta é uma ferramenta valiosa para a tomada de decisão."

Inspirado por uma ideia originalmente proposta pelo Comissário Ciolos na conferência sobre o mercado do leite, que foi realizada em Setembro de 2013, o observatório fornecerá dados com toda a transparência, que serão complementados por análises de mercado, relatórios sobre as perspectivas de curto prazo e as previsões de médio prazo, bem como reuniões em intervalos regulares, de uma comissão económica. Esta última, constituída pelas partes interessadas do mercado do leite e dos produtos lácteos, vai analisar os dados e enriquecê-los com elementos preciosos e comentários que não são diretamente dedutíveis das estatísticas. Além disso, as reuniões do Observatório do mercado do leite serão objecto de relatórios, que também estarão disponíveis para o público.

Contexto

A abolição do sistema de quotas leiteiras em 2015, acordada em 2008 no âmbito do "exame de saúde" da PAC, resultará no surgimento de um novo ambiente para os operadores económicos, habituados desde 1984 a operar na base um sistema de quotas. Para preparar o sector para este novo ambiente, foi desenvolvida uma série de novos instrumentos no contexto do «pacote leite» de 2012, incluindo a cooperação entre produtores de leite e produtos lácteos. Além disso, o sector do leite e produtos lácteos foi objecto de intensas discussões no ano passado durante as negociações sobre a reforma da PAC; o acordo final (MEMO/13/621) aumenta a orientação para o mercado, proporcionando aos agricultores, num contexto de incertezas externas, uma rede de segurança reforçada com base - principalmente - na execução dos pagamentos directos, mas também na introdução de ferramentas de gestão de risco no quadro de programas de desenvolvimento rural, bem como a criação de uma nova reserva, de gestão flexível, permitindo, em caso de dificuldades, lidar com as crises de mercado.

Ovibeja é montra e centro nevrálgico do agribusiness



"Terra Fértil" revela-se na 31ª edição da Ovibeja como o tema central da feira e acrescentou inúmeros projectos, produtos e serviços inovadores, aos quais se alia uma grande presença de máquinas e equipamentos agrícolas de ponta no Campo da Feira.

Hortas reais no espaço virtual, forragens hidropónicas e pastagens semeadas biodiversas, culturas de microleafs, de uvas sem grainhas, de papoilas para a indústria farmacêutica, amendoins, ervas aromáticas, pérolas de azeite, cogumelos gourmet, vinho com pegada de carbono nula, sabonetes de mel e leite de cabra serpentina, são apenas alguns dos muitos produtos em destaque. Este espaço vai contar com testemunhos, na primeira pessoa, de agricultores locais que apostaram na inovação, por exemplo no olival, hortícolas de regadio, romã, entre outros.

O projecto "Terra Fértil" vai estar patente ao público no Pavilhão Sabor Alentejo e compreende, além de produtos inovadores, projectos de investigação e de inovação, agricultura de precisão e factores de produção, exemplos de excelência de associativismo, cooperativas e infraestruturas.

Transversal a toda a Ovibeja, Terra Fértil revela-se também no Campo da Feira, um campo agrícola de produção, investigação e demonstrações com empresas de produtos, serviços e equipamentos de ponta, de entre os quais se destacam tractores com GPS, Moto 4 e, entre outros, drones, veículos aéreos não tripulados.

Mas o agribusiness revela-se também através de colóquios e mesas redondas organizadas pelos participantes na feira com a presença de especialistas nacionais e internacionais.

A reflexão sobre temas da actualidade é, de resto, uma nota distintiva da Ovibeja que, durante todos os dias, apresenta uma grande variedade de áreas de abordagem. Entre muitos outros, destaca-se "O Futuro da PAC – Desenvolvimento Rural e Pagamentos Directos", promovido pela organização da Ovibeja. Entre os convidados, já confirmados, estão os Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, e da Agricultura, José Diogo Albuquerque, o ex-Ministro da Agricultura, António Serrano e o deputado ao Parlamento Europeu, Capoulas Santos. Os oradores são Gabriela Ventura, do PRODER, Eduardo Dinis, do Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) e Luís Mira, da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal.

Fonte:  ACOS

Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva promove “Dia Aberto”



A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva vai promover, no próximo dia 22 de Abril, um DIA ABERTO para demonstração prática dos métodos de propagação destas plantas.

Esta atividade terá início com a apresentação dos participantes às 10:00 horas, no Monte do Pardieiro, junto a Messejana, no concelho de Aljustrel, seguindo-se uma visita ao Monte.

Entre as 11:30 e as 13:00 horas haverá lugar à demonstração prática de propagação de plantas aromáticas e medicinais.

A participação é gratuita e para tal basta dirigir-se ao local no dia e hora marcada.

A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva foi criada pela EDIA, pelo CEVRM - Centro de Excelência e Valorização dos Recursos Mediterrânicos e pela empresa "Monte do Pardieiro", com o objetivo de dinamizar a agricultura de regadio associada à pequena propriedade, e fornecer apoio e enquadramento aos projetos instalados e a instalar neste setor.

Esta Academia é uma unidade de demonstração e divulgação de produção projetada para, em pequena escala, produzir durante todo o ano, por forma a divulgar junto dos agricultores interessados, as diferentes espécies, as operações culturais a realizar, os fatores de produção necessários, bem como os processos de comercialização.

Numa altura em que se verifica a existência de um conjunto de interessados na área as "Plantas Aromáticas e Medicinais" (PAM), este DIA ABERTO vem permitir um maior contacto com realidades já instaladas e ao mesmo tempo a recolha de experiências em contexto real e aplicação prática de técnicas associadas àquela tipologia de agricultura.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Último passo dado para a implementação da nova PAC

Abril 15
14:32
2014

A aprovação dos actos delegados no Conselho de Ministros da Agricultura, esta segunda-feira dia 14, constitui a última etapa para pôr em macha a nova Política Agrícola Comum (PAC), pois vai permitir aos estados membros elaborar as regras ao nível nacional, para estarem preparados para a total aplicação da PAC, em 1 de Janeiro de 2015.

Na ausência de objecções por parte, também, do Parlamento Europeu, os actos delegados serão publicados ao mesmo tempo das medidas de execução correspondentes, o que permite as modalidades da execução da prática ao nível nacional e regional.

Os onze actos delegados que completam os quatro regulamentos de base, são:

a) Pagamentos directos

b) O sistema integrado de gestão e controlo às condições de recusa e retenção dos pagamentos directos, o apoio ao desenvolvimento rural e a condicionalidade

c) As exigências relativas aos produtos agrícolas que beneficiam das ajudas à stockagem privada

d) Os sectores das frutas e legumes frescos e transformados

e) As medidas de acompanhamento do programa de distribuição de frutas e legumes nas escolas

f) Os programas de ajuda ao azeite e às azeitonas de consumo

g) Os programas de ajudas nacionais ao sector da vinha e do vinho

h) O apoio ao desenvolvimento rural

i) Os organismos pagadores e outras entidades, a gestão financeira, o apuramento de contas, as garantias da utilização do euro

j) As despesas com as intervenções públicas

l) A redução linear dos pagamentos em 2014 e a disciplina orçamental para o ano civil de 2014

Portugal exporta quase 40% da produção de frutas e legumes


16 de Abril, 2014

Quatro em cada dez frutas, legumes e flores produzidos em território nacional são exportados, foi hoje divulgado, em simultâneo com o anúncio de que Portugal será, em 2015, parceiro oficial da maior feira mundial do sector.
Os dados são da associação Portugal Fresh, que hoje organizou uma acção de promoção no Largo Camões, em Lisboa, com bancas de frutas e legumes portugueses ao dispor de quem passava, para anunciar a parceria com a Fruit Logistica, que vai decorrer entre 4 e 6 de Fevereiro de 2015, em Berlim.

O presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, sublinhou que o sector exporta 38% da produção e factura cerca de 2,6 mil milhões de euros, destacando que este foi "um dia histórico para a agricultura portuguesa", porque Portugal vai estar em destaque num certame que ocupa 17 campos de futebol e recebe 65 mil visitantes de 141 países.

A ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, assinalou que o facto de Portugal conseguir ser parceiro da feira alemã no seu quinto ano de participação dará "oportunidade" para reforçar as acções de promoção e divulgação dos produtos nacionais e continuar a impulsionar o crescimento do sector.

Segundo a Portugal Fresh, as exportações de frutas e legumes cresceram 26% nos últimos três anos.

Assunção Cristas sublinhou que as frutas e legumes nacionais têm "margem de progressão" no mercado alemão, onde facturam cerca de 18 milhões de euros, mas acrescentou que o objectivo é diversificar os destinos.

"Estar em Berlim não é apenas olhar para o mercado alemão "ou europeu, afirmou, acrescentando que as exportações para o Brasil, por exemplo, atingem já os 40 milhões de euros anuais.

África do Sul, América Latina e Ásia são algumas das regiões onde os produtores concentram as atenções, apontou.

A ministra avançou que está em curso um processo de acreditação "para abrir o mercado do Japão às cerejas".

Assunção Cristas não quis comentar a possibilidade de haver novas taxas sobre os alimentos, depois de a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ter sugerido, na terça-feira, tributação adicional sobre "produtos que têm efeitos nocivos para a saúde".

Lusa/SOL

Golegã quer reativar ensino agrícola


 A Escola Mestre Martins Correia na Golegã em pareceria com a Agrotejo e Agromais 
pretende reativar o ensino profissional agrícola já no próximo ano letivo. 

Tendo por base a sua inserção predominantemente agrícola, com fortes potencialidades 
de desenvolvimento e empregabilidade, a Escola Martins Correia em parceria com a 
Agrotejo e Agromais está a ultimar esforços para implementar já no ano letivo de 
2014/2015 um curso profissional de produção agrícola. 

Com o apoio da Agrotejo, Agromais e inúmeras explorações agrícolas, estão reunidas 
condições para atingir o sucesso já atingido nos anos 80, agora com a possibilidade de 
maior nível de formação em contexto de trabalho. 

A capacitação de novos quadros para o setor agrícola será um trunfo importante na 
inovação e modernização do setor agrícola da região, dos mais evoluídos e competitivos 

Este curso terá como requisitos de entrada o 9º ano de escolaridade e idade máxima no 
momento da matrícula 25 anos. 

Estão previstas ainda compensações no âmbito do POPH, nomeadamente subsídio de 
refeição e alojamento (desde que fundamentado). 

Uma vez que as inscrições serão limitadas, aconselhamos a todos os candidatos a 
manifestação da sua preferência com a maior brevidade possível através dos seguintes contactos:

Agrotejo – Engª Carla Petulante: 249979060 

Escola Mestre Martins Correia: 249979040 

Golegã, 16 de Abril de 2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Portugueses pouco preocupados com a origem dos produtos que consomem

16-04-2014 
  
Um estudo conclui que os portugueses preferem comprar produtos frescos nacionais, pela sua qualidade, mas preocupam-se pouco com a região de origem e estão indisponíveis para pagar um pouco mais pela produção de agricultura biológica.
 
O estudo "Consumo Consciente: Percepção do Consumidor Português» é apresentado hoje na 2.ª Conferência Fórum do Consumo, em Lisboa, e pretende avaliar o que sabem os portugueses sobre consumo consciente, responsável e sustentável.
 
Realizado pela empresa de estudos de mercado GfK Metris, entre 07 e 18 de Março, o inquérito abrange 1.208 pessoas residentes em Portugal continental, com idade igual ou superior a 18 anos.
 
Quarenta por cento das pessoas auscultadas preferem comprar produtos frescos portugueses e não importados, devido à sua maior qualidade (71%) e frescura (30%), e porque, deste modo, ajudam a economia nacional (43%).
 
Quando os inquiridos vão às compras, porém, apenas 12 por cento têm a preocupação de verificar quem produz, qual a região de origem dos produtos ou a certificação de qualidade e apenas uma margem de 10 por cento se importa de pagar um pouco mais por um bem de agricultura biológica.
 
O Fórum do Consumo é uma organização que se propõe analisar e debater a temática do consumo. O programa da 2ª Conferência Fórum do Consumo inclui intervenções sobre consumo solidário, sustentável e na geração sénior.
 
Fonte: Lusa

PE vota medidas contra doenças animais e pragas

15-04-2014 
 

O Parlamento Europeu vota esta terça-feira três propostas que procuram prevenir e fazer frente a doenças animais, assim como evitar a introdução de pragas perigosas na União Europeia.
 
Os eurodeputados também propõem medidas para reforçar os controlos a longo da cadeia alimentar, combater a fraude e melhorar a segurança alimentar. As novas norma relativas a doenças animais destacam a prevenção, por exemplo, no que diz respeito à criação de animais e ai uso mais responsável dos medicamentos veterinários.
 
O Parlamento pediu para a Comissão autorizar que adopte medidas urgentes contra as doenças animais com maior impacto na saúde pública e na produção agrícola, como a Língua Azul, a peste suína ou a gripe das aves.
 
Para evitar a entrada de pragas causadas por um aumento do comércio e alterações climátics, os membros da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu propõem substituir a lista negra de plantas e produtos vegetais de certos países ou regiões aos quais se proíbe a entrada na União Europeia, por uma "lista positiva" de espécies que não supõem um risco para a agricultura comunitária e, portanto, possam entrar no bloco.
 
Por seu lado, a comissão do Meio Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar pede um reforço das regras que regulam os controlos ao longo da cadeia alimentar, para além de maio transparência e uma melhor aplicação de sanções dissausivas.
 
Fonte: Agrodigital

Açores querem «aproveitar e relançar» potencial da vinha

  15-04-2014 
 
O Governo dos Açores quer «aproveitar e relançar o potencial» vitivinícola das ilhas, disse o presidente do executivo, Vasco Cordeiro, revelando que há cerca de 1.400 hectares de vinha que podem ser recuperados.
 
«A genuinidade dos produtos açorianos é algo a que precisamos de aliar a inovação, a tecnologia, a experimentação e a qualidade. É isso que queremos fazer, desde logo, no setor da vinha e do vinho», disse Vasco Cordeiro.
 
O presidente do executivo regional falava em Santa Cruz da Graciosa, na cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de requalificação e ampliação do edifício da Adega e Cooperativa Agrícola da ilha Graciosa, onde considerou que os Açores têm «um potencial imenso por explorar e aproveitar» a nível de alguns produtos agrícolas. Além do vinho, citou a horticultura e a produção de frutas.
 
Neste contexto, sublinhou que o executivo quer «aproveitar e relançar o potencial da vinha» através de medidas que passam pela «recuperação de áreas», pela formação, por «novos campos de multiplicação», para que se disponibilize o material para as castas tradicionais dos Açores».
 
O objectivo é que este sector assuma «maior importância» no «desenvolvimento» dos Açores, afirmou, dizendo que as estimativas apontam para cerca de 1.400 hectares que ainda podem ser recuperados para a produção de vinho.
 
«É um potencial imenso que urge aproveitar, que pode ser transformado num factor de valorização da nossa agricultura e da nossa economia e que depende de nós, da capacidade que todos nós, açorianos, tivermos de o aproveitar, de o mobilizar, de o colocar ao serviço do desenvolvimento, da criação de riqueza e da criação de emprego», afirmou.
 
A obra da Adega e Cooperativa da Graciosa tem um prazo de conclusão de um ano e prevê um investimento de 1,14 milhões de euros, financiados em 75 por cento por fundos europeus.
 
O projecto prevê a construção de uma unidade de processamento hortofrutícola, para recepção, tratamento, embalamento, armazenagem e expedição de produtos. Será ainda criada uma unidade de processamento de mel e compotas e outra específica para a produção de alhos.
 
Por outro lado, mantém a unidade de vinificação, que já existe, mas que será remodelada, para se adequar às exigências atuais a nível higienossanitário.
 
Sobre este projecto, Vasco Cordeiro sublinhou que é «uma mensagem de esperança no futuro», mas «não pode ser entendido por ninguém como um ponto de chegada».
 
«Os objectivos deste investimento e do apoio do governo» são, reforçou, criar condições para o reforço da competitividade empresarial na ilha, para a criação de riqueza e para a criação de emprego.
 
O cumprimento destes objectivos, «a partir daqui, dependem mais» da direcção e dos associados da adega e cooperativa do que do Governo regional, sublinhou Vasco Cordeiro.
 
O Governo dos Açores iniciou ontem uma visita de dois dias à Graciosa, que cumpre o estatuto político-administrativo da região autónoma, que determina que o executivo tem de ir a todas as ilhas uma vez por ano, pelo menos, e reunir-se em conselho durante a estadia.
 
Fonte: Lusa