sábado, 6 de junho de 2015

Cavaco defende aposta no rejuvenescimento da agricultura



O Presidente da República disse hoje, em Santarém, ser "fundamental continuar a apostar no rejuvenescimento da agricultura", e realçou o "dinamismo e a modernização", que o setor tem demonstrado.

Cavaco Silva presidiu à inauguração da Feira Nacional da Agricultura, que decorre até dia 14 no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, tendo a Floresta Portuguesa em destaque.
No final da visita, o Presidente referiu o aumento da produção agrícola, a melhoria da qualidade e a inovação que tem marcado um setor que viu no último ano as exportações de produtos agroalimentares aumentarem cerca de 8% e o défice alimentar reduzir-se "em mais de 500 milhões de euros".
"Compreendo bem a ambição dos agricultores de contribuírem para a eliminação total do défice alimentar em produtos agrícolas no ano 2020", afirmou.
Cavaco Silva apontou o contributo dos jovens agricultores "para este dinamismo" e para melhoria da qualidade, da inovação e do conhecimento técnico aplicado nas explorações agrícolas, com reflexo na rentabilidade e na produtividade da agricultura portuguesa.
Acompanhado pela ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, o Presidente da República congratulou-se com a escolha da floresta como tema para a edição deste ano da FNA, sublinhando a sua importância nos domínios social, ambiental e económico.
Cavaco Silva quis ainda sublinhar que "os portugueses já interiorizaram que vale a pena escolher os produtos portugueses", realçando a "boa relação" qualidade/preço da agricultura portuguesa.
"Constato agora que o que se verifica em termos de dinamismo, atração de novos agricultores, dinamização, não tem nada a ver com o Portugal de há 20 ou 30 anos e as associações de agricultores desempenharam um papel um muito importante", declarou, reafirmando ser "fundamental continuar apostar no rejuvenescimento da agricultura", prosseguindo no apoio à instalação de jovens agricultores.
O Presidente declarou-se "confiante no futuro da agricultura portuguesa", referindo a "evolução notável" registada em produtos como o vinho, o azeite, o tomate, as frutas e os hortícolas, bem como "a penetração em novos mercados, com novos produtos, como se está a verificar hoje".
Considerada pelo CNEMA como "a mais importante e representativa montra do melhor que se produz em Portugal", a Feira da Agricultura, que se realiza em Santarém há 52 anos (juntando-se à Feira do Ribatejo, iniciada dez anos antes, em 1953), dá a conhecer, ao longo de nove dias, toda a fileira agrícola, desde maquinaria, equipamentos, serviços, fatores de produção e produtos agroalimentares "resultantes das melhores e mais avançadas técnicas e práticas agrícolas".
Dinheiro Digital com Lusa

Alqueva pode regar 120 mil hectares e abastecer 13 concelhos durante 4 anos de seca, diz EDIA



O Alqueva pode satisfazer «sem restrições» todas as necessidades de água para regar 120 mil hectares e abastecer 13 concelhos com mais de 200 mil pessoas, incluindo Beja e Évora, durante quatro anos consecutivos de seca extrema.

A "reserva estratégica de água é capaz de suprir todas as necessidades de água" para a área de 120 mil hectares servida pelo regadio e o abastecimento público de 13 concelhos alentejanos, com uma população superior a 200 mil pessoas, "durante quatro anos consecutivos de seca extrema e sem restrições", disse à agência Lusa fonte oficial da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Na valência agrícola, na atual campanha de rega, o Alqueva já rega 88 mil hectares e, após ficar concluído, no final deste ano, chegará, na campanha de 2016, aos 120 mil hectares previstos no sistema global de rega do projeto.
Na valência de abastecimento público de água, em 2010, a EDIA terminou as ligações entre a albufeira de Alqueva e as albufeiras de abastecimento público abrangidas pelo projeto para as abastecer sempre que haja necessidade de reforço.
"A transferência de água da albufeira de Alqueva para outros reservatórios faz-se ao longo do ano e sempre que seja necessário", explicou a fonte, referindo que no verão, o período de maior procura, por causa da irrigação, a transferência é "muito comum, normal e perfeitamente previsível".
Trata-se das ligações entre Alqueva e as albufeiras das barragens do Roxo, do Enxoé e de Alvito, no distrito de Beja, e do Monte Novo e da Vigia, no distrito de Évora.
A barragem do Roxo abastece os concelhos de Aljustrel e Beja, a do Enxoé os de Serpa e Mértola, a de Alvito os de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, a do Monte Novo os de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão e a da Vigia o de Redondo, num total de mais de 200 mil habitantes.
Após 19 anos de obras e 13 desde o início do enchimento da albufeira, no projeto Alqueva, considerado estruturante para o Alentejo, já foram investidos 2.200 milhões de euros do investimento total previsto de cerca de 2.500 milhões de euros, distribuído pelas valências agrícola, hidroelétrica e de abastecimento público.
A albufeira de Alqueva, localizada no "coração" do Alentejo, no rio Guadiana, começou a encher a 08 de fevereiro de 2002 e já atingiu várias vezes o nível pleno de armazenamento.
A conclusão do projeto, inicialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para 2013, o que acabou por não ser possível, segundo o atual Executivo PSD/CDS-PP, que, entretanto, assumiu o compromisso de terminar as obras este ano.
Alqueva, na sua capacidade total de armazenamento, à cota de 152 metros, é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.160 quilómetros de margens.
Segundo a EDIA, o volume máximo de água da albufeira, 4.150 hectómetros cúbicos, "é muito próximo do consumo total anual de água de toda a agricultura, indústria e população em Portugal".
Dinheiro Digital com Lusa

Azeite já vale 350 milhões de euros em exportações

JOSÉ MANUEL ROCHA 31/05/2015 - 11:25

O sector do azeite assume uma importância muito significativa no contexto agrícola português, pela superfície que ocupa, porque gera um produto fundamental na dieta dos portugueses e porque conseguiu estabelecer níveis de produtividade que fizeram com que o país se tornasse praticamente auto-suficiente na satisfação do consumo interno.

O panorama actual, com uma pujança que se tem vindo a confirmar nos últimos anos, foi começando a ser construído a partir dos finais da década de 1980, depois de uns vinte, trinta anos em que a produção regrediu para níveis preocupantes, a reflectir o impacto da entrada em cena, no mercado nacional, dos óleos vegetais, principalmente de girassol, que à data eram apresentados como mais amigos da saúde dos portugueses e apresentavam preços muito mais baixos do que os que eram praticados no azeite.

O regresso ao olival acabou, no entanto, por se impor e os resultados dos investimentos realizados estão à vista. Nos últimos cinco anos, a produção anual de azeite aproximou-se de uma média de 70 mil toneladas, o dobro do que acontecia no final dos anos 1980. E as exportações do sector já tocam os 350 milhões de euros.

Esta autêntica revolução nos campos portugueses foi acompanhada por uma aposta também muito activa na qualidade dos produtos que visam o mercado interno e externo, com muitos produtores a investirem no apuro das castas e na diferenciação de sabores, o que os leva a conquistar o reconhecimento dos grandes concursos mundiais de azeite face a concorrentes fortes, principalmente de Espanha e Itália.

Os dados oficiais mais recentes apontam para a existência, em Portugal, de cerca de 350 mil hectares de terras com oliveiras em produção. Isto equivale a cerca de 8% da superfície agrícola total, calculada em cerca de 4,5 milhões de hectares.

O Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura estima que a mais recente campanha oleícola tenha fechado com uma produção de cerca de 62 mil toneladas, o que fica claramente abaixo das 90 mil toneladas da campanha anterior. Mas esta foi uma campanha perfeitamente excepecional, sem réplica nos últimos 50 anos. E a safra de 2014/2015 foi muito marcada por condições meteorológicas e fitossanitárias desfavoráveis, principalmente no olival de sequeiro que ocupa 80% da área total de oliveiras em Portugal.

Com a produção nacional a cobrir praticamente as necessidades internas (o grau de autossuficiência estará pouco abaixo dos 95%), nem por isso Portugal deixa de estar no comércio internacional do produto. Em 2013, entraram em Portugal cerca de 280 milhões de euros em azeite e as vendas ao estrangeiro subiram aos 350 milhões de euros. Muito do azeite importado sofre injecção de valor, o que se depreende do facto de o valor unitário das entradas ser de cerca de 2,5 euros por quilo e o de exportações andar perto dos 3,25 euros.

No quadro oleícola nacional, o Alentejo é a região mais dinâmica de Portugal, com 71% da produção nacional, a beneficiar dos fortíssimos investimentos de que foi alvo nos últimos anos. O Norte, em particular Trás-os-Montes, assume uma produção de 15% do total e a região Centro com quase 8%.

Os lagares que funcionam em Portugal, cerca de meio milhar, conseguiram na última campanha um rendimento médio de 14,7 quilos de azeite por cada 100 quilos de azeitona, o que representa um ligeiro acréscimo face à safra anterior.

Agricultor condenado por escravatura


Homem de 44 anos explorou cinco pessoas e por isso foi condenado a 15 anos em cúmulo jurídico. Está em prisão preventiva há um ano

Por: Redação / CF    |   4 de Junho às 15:49
Facebook365 Twitter1 Google+

 
Um agricultor de Alfândega da Fé foi esta quinta-feira condenado a 15 anos de prisão por tráfico de pessoas e a pagar uma indeminização total de 80 mil euros a três das vítimas. 

O tribunal deu como provado que o homem de 44 anos escravizou e violentou cinco pessoas aproveitando-se da sua vulnerabilidade para as explorar em trabalhos agrícolas sem lhes pagar, além de cometer repetidas ofensas sexuais sobre uma mulher do grupo.
"Julguei que isto envergonharia qualquer homem dos primórdios da civilização e a si ainda hoje não envergonha. Por isso vai condenado a 15 anos de prisão", afirmou o juiz Diogo Oliveira, no final da leitura da sentença.

O magistrado fundamentou a convicção do tribunal para a condenação e afirmou que "impressionou a ausência total de arrependimento" por parte do arguido. 

O agricultor foi detido há um ano pela Polícia Judiciária e vai continuar a aguardar os restantes termos do processo em prisão preventiva. 

O arguido foi condenado a quase 30 anos de prisão por cinco crimes de tráfico de pessoas e um de posse de arma proibida, que, em cúmulo jurídico, resultou numa pena única de 15 anos. 

Dos cerca de 80 mil euros de indemnização que o tribunal determinou, a maior parte - 34 mil - destinam-se à única mulher do grupo. 

Os juízes aceitaram a desistência da queixa que tinha apresentado por violação, as esclareceram que os factos foram valorados na determinação da pena dos crimes pelos quais foi condenado. 

As declarações do arguido, que negou a acusação no início do julgamento, "não mereceram qualquer credibilidade" e foram "frontalmente contraditadas pela restante prova", segundo a convicção do coletivo de juízes, que entendeu que o agricultor "atuou com dolo", conforme reporta a Lusa. 

O agricultor foi condenado por manter cinco pessoas sob trabalho escravo na localidade de Santa Justa, concelho de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, aproveitando-se da sua vulnerabilidade e incapacidade de reação. 

Alguns dos trabalhadores encetaram fugas por várias vezes, mas o agricultor acabava por as encontrar e obrigava-os a regressar.

Plano para as alterações climáticas debatido hoje em Lisboa


A proposta de Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), em consulta pública até hoje, é debatida em Lisboa numa sessão que conta com participação de um responsável das Nações Unidas.
No âmbito do dia mundial do ambiente, o secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, e a chefe de gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, Susana Malcorra, vão hoje participar no encontro para analisar vários pontos do documento.
Integrado no Quadro Estratégico para a Política Climática, que também inclui a estratégia para a adptação às mudanças do clima, o plano tem como objetivo a redução das emissões de gases com efeito de estufa, de 18% a 23%, em 2020, e de 30% a 40%, em 2030, comparativamente a 2005, e aponta orientações para as políticas setoriais em áreas como transportes, energia, agricultura e floresta.
O documento principal, que o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) disponibilizou para discussão, estabelece a visão e os objetivos nacionais para o horizonte 2020-2030, articulando diversos instrumentos e medidas, e tem por objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos de Portugal assumidos para 2020, no âmbito da União Europeia, e no Compromisso para o Crescimento Verde, a nível nacional.
Segundo o Ministério do Ambiente, liderado por Jorge Moreira da Silva, a proposta do Governo propõe "melhorar o nível de conhecimento sobre as alterações climáticas e promover a integração da adaptação" nas diversas políticas públicas e instrumentos de operacionalização, tendo em conta que Portugal é um dos países europeus mais afetados pelos efeitos da mudança.
Trata-se de tentar reduzir as situações que estão a contribuir para as mudanças do clima, como as emissões de gases com efeito de estufa, e de preparar o país, e cada região, nomeadamente através dos planos municipais, para as mudanças no clima, como os esperados eventos extremos (secas, inundações, ondas de frio e ondas de calor).
De acordo com o Climate Change Performance Index (Índice de Desempenho relativamente às Alterações Climáticas), Portugal é o 4.º país com melhor desempenho em matéria de ação climática, numa lista de 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de gases com efeito de estufa.
Diário Digital com Lusa

ONU: Novo chefe para meteorologia quer melhores alertas para desastres naturais


O novo chefe da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a meteorologia afirmou hoje que a sua prioridade é melhorar os sistemas de alertas dos desastres naturais resultantes das alterações climáticas.
O finlandês Petteri Taalas, que vai passar a dirigir a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que conta com 191 Estados membros, adiantou que estes sistemas estão aquém do desejável em muitos países.
"É evidente que todos já vimos (...) que os desastres relacionados com as condições meteorológicas estão a crescer", declarou à AFP.
"Temos mais furacões, mais marés vivas, mais inundações, mais secas e mais fogos florestais e mais dificuldades na agricultura", especificou.
"Espera-se que este crescimento continue e se intensifique nas próximas décadas", insistiu.
A eleição de Taalas ocorre quando se prepara uma conferência importante da ONU, em Paris, no final do ano, onde se pretende que, pela primeira vez, os Estados estabeleçam um acordo vinculativo sobre o aquecimento global, depois da desastrosa cimeira, em 2009, em Copenhaga.
O eventual acordo de Paris, que deverá entrar em vigor em 2020, terá como objetivo a limitação do aquecimento global até 2100 a um máximo de dois graus centígrados, em relação ao período anterior à Revolução Industrial.
Diário Digital com Lusa


Foi finalmente publicada a portaria sobre as organizações de produtores


Junho 05
11:37
2015

Colmatando o hiato de vários meses, foi finalmente publicada a portaria (https://dre.pt/application/conteudo/67401244) que vem regulamentar a constituição das organizações e agrupamentos de produtores. Trata-se da Portaria 169/2015 e foi publicada em 4 de Junho.

A portaria é muito semelhante à anterior, no que diz respeito às condições de acesso e nos deveres dos associados, mas tem algumas alterações, no que diz respeito ao número mínimo de agricultores para cada organização de produtores, bem como o volume mínimo de vendas.

Estão previstas condições excepcionais para a produção bio, assim como para as produções de qualidade.

A aposta nas organizações de produtores é uma realidade em toda a Europa e é fundamental que seja uma realidade em Portugal, pois, quanto mais organizados, mais fortes serão os agricultores.

É importante a consulta deste decreto-lei, para informação das condições de associações dos agricultores.

ONG’s contra posição da Comissão sobre a reforma do álcool


Junho 05
11:31
2015

Vinte organizações não-governamentais, da área da saúde, demitiram-se da European Alcohol and Health Forum (EAHF), plataforma da fileira, para protestar contra a recusa da Comissão em discutir a nova estratégia sobre o consumo do álcool.

O EAHF foi criada em 2007, reagrupando todos os representantes da fileira, para estudar uma nova legislação sobre o consumo do álcool.

Em carta enviada pelas ONG's ao Comissário Vytenis Andriukaitis pode ler-se que, devido à posição da Comissão em não avançar no dossier, a presença destas organizações nesta plataforma deixou de ser relevante.

A última legislação para controlar o abuso da ingestão de álcool terminou em 2013 e depois de sete anos de discussões na plataforma, não foi substituída por outra.

Entretanto, a indústria já veio dizer que quer continuar a participar na plataforma, pois considera muito importante definir normas sobre o consumo de álcool em certos estratos da sociedade, como menores e grávidas.

Entretanto, se for cumprido o calendário aprovado, a Comissão tem até ao final de 2015 para publicar um relatório, no qual se define em que termos serão introduzidas bebidas alcoólicas na legislação europeia da rotulagem dos alimentos.

COPA-COGECA contra uma possível revisão da PAC


Junho 05
11:28
2015

O COPA-COGECA mostra-se totalmente contra uma eventual revisão a meio percurso da Política Agrícola Comum (PAC). Esta posição foi tornada pública durante o Praesidium que se realizou em Riga, na Letónia.

A justificação é que será muito negativo para os agricultores terem uma mudança de estratégia da PAC , numa altura em que a grande maioria ainda não se adaptou às actuais regras.

Um acordo a meio percurso implicaria uma nova ronda de negociações políticas, o que levaria a uma incerteza do futuro por parte dos agricultores, com grandes prejuízos.

O Presidente do COPA aproveitou para saudar os esforços que visam a simplificação da PAC, uma vez que este ano vai ser normal acontecerem algumas irregularidades involuntárias por parte dos agricultores.

A situação é de tal forma complexa, que foi pedida uma extensão da data de 15 de Junho para entrega das candidaturas, para os países que apresentam mais dificuldades, como a Itália.

Defendeu, também, a antecipação dos pagamentos das zonas europeias que foram mais afectadas pelo embargo russo. A Comissão deve fazer mais para amortecer o impacto do embargo russo, a exemplo do que fizeram os americanos.

O Secretário-geral do COPA-COGECA Pekka Pesonen, agradeceu o bom acolhimento das organizações agrícolas da Letónia ao Praesidium do COPA-COGECA.

Imagem - recolta.eu

Conferência sobre a água entre Portugal e Espanha marcada para Julho


LUSA 05/06/2015 - 11:21
A primeira conferência foi em 1998, em Albufeira, a segunda decorreu uma década depois.


O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, anunciou esta sexta-feira a realização, em Julho, da terceira Conferência das Partes entre Portugal e Espanha, que vai debater os planos das bacias hidrográficas.

A decisão foi tomada esta sexta-feira num encontro bilateral com a ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente espanhola, Isabel García Tejerina, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no âmbito da Semana Azul.

No final da reunião, Jorge Moreira da Silva destacou a importância da realização da Conferência das Partes — Convenção de Albufeira, que irá realizar-se pela terceira vez em 17 anos, tendo a primeira decorrido em 1998 e a segunda em 2008. "Hoje [sexta-feira] tomámos uma decisão muito importante, que é a de realizar a terceira Conferência das Partes. É a terceira vez que nos vamos reunir com este significado institucional e político nestes 17 anos da Convenção de Albufeira", afirmou o ministro.

Jorge Moreira da Silva sublinhou que a Convenção de Albufeira é "um exemplo internacional de boa cooperação na gestão de rios transfronteiriços, neste caso de gestão entre Portugal e Espanha", considerada "uma prática de referência". Realçou ainda o facto de terem sido fomentados "níveis mais ambiciosos de partilha de informação e de reforço de qualidade" das massas de água que "está também em linha com o objectivo do cumprimento de uma forma articulada da directiva quadro de água". "É a primeira vez que teremos uma discussão pública conjunta dos nossos planos da bacia e, portanto, temos neste domínio níveis de cooperação muito relevantes, e isso é importante para a gestão dos nossos recursos hídricos", sustentou o ministro.

Isabel García Tejerina disse, por seu turno, que "Espanha e Portugal dão mais um passo" importante em termos de colaboração em matéria de água. A ministra espanhola salientou, a este propósito, que os dois países estão "a trabalhar há três anos intensamente em matéria de água". Destacou ainda a importância da realização da Conferência das Partes para partilha de informação e cooperação para a protecção e o aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas luso-espanholas.

A Convenção de Albufeira, assinada pelos dois países na Cimeira de Albufeira em 30 de Novembro de 1998 e em vigor desde Janeiro de 2000, define as normas para a protecção e o desenvolvimento sustentável das águas transfronteiriças e cria a Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção (CADC), sede adequada à coordenação da gestão das águas dos rios comuns.

As relações luso-espanholas no domínio dos recursos hídricos foram reguladas ao longo do tempo por diversos instrumentos jurídicos bilaterais, destacando-se o Tratado de Limites de 1864, os Convénios de 1927 e 1964 para regular o aproveitamento hidroeléctrico do Douro e seus afluentes e o Convénio de 1968 destinado a regular o usos e o aproveitamento hidráulico dos troços internacionais dos rios Minho, Lima, Tejo, Guadiana, Chança e seus efluentes.

Economia verde com futuro nublado?

MARIA AMÉLIA MARTINS-LOUÇÃO 05/06/2015 - 02:57

Como não existe enquadramento legal, o "negócio das sementes" pode florescer, mas provavelmente delapidando as populações vegetais.

 
Neste dia Mundial do Ambiente temos uma boa notícia: está formalmente assinado o Compromisso para o Crescimento Verde, após cinco meses em consulta pública. É um documento que procura estabelecer as sinergias basilares para que as políticas necessárias ao crescimento económico tenham em conta o desenvolvimento sustentável, optimizando e minimizando o consumo de recursos naturais. Abrange sectores diversificados e procura assentar no desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, de produção e consumo sustentáveis, baseado numa economia circular, a política dos três R: reduzir, reutilizar e reciclar – ou seja, procura conciliar o crescimento económico com a protecção ambiental. No entanto, não está isento de falhas, enevoando o futuro do ambiente.

Se neste documento se contempla e muito bem o espaço urbano é, porém, omisso o espaço agrícola. Fala-se em gestão florestal, mas esquecem-se os matos e a gestão agrícola. A agricultura é uma das actividades económicas com mais impactes, sobre-explorando o solo, alterando a qualidade da água e do ar, apesar de poder também assegurar nichos de biodiversidade. Os agricultores que recebem apoios financeiros ficam sujeitos à condicionalidade obrigatória, desde que a área da exploração agrícola inclua um habitat protegido pela lei. No caso de possuir espécies protegidas legalmente pela Directiva Habitats, a situação complica-se. A sua existência terá de ser devidamente mapeada e, embora haja biólogos competentes em consultoria ambiental, nem sempre são os técnicos especializados a realizar o trabalho. Por outro lado, os prazos e montantes envolvidos são quase sempre incompatíveis com uma boa execução. Não será tanto um problema de mercado, mas antes de fiscalização a quem produz resultados e de incentivos financeiros a quem é obrigado a pagar.

Os três grandes pilares em que assenta este Compromisso – i) desenvolvimento das actividades verdes; ii) eficiência dos recursos; e iii) protecção ambiental – apontam apenas soluções a jusante. Para existirem actividades verdes que permitam a melhor eficiência dos recursos e protecção do ambiente, terá de haver investimento em conhecimento científico e em pessoal especializado. A aposta em prestação de serviços pode resultar no imediato, porque são antigos bolseiros cansados da precariedade do emprego científico que asseguram este trabalho. Mas a médio e longo prazo o investimento na formação e especialização, que cabe às universidades, acaba por se perder, porque são consideradas áreas "pouco científicas" para os rankings. É a perversidade do sistema. A falta de botânicos e especialistas nestes domínios científicos menos competitivos é um alerta que cobre as páginas da conceituada revista Nature. Constroem-se pilares com pés de barro, porque não são asseguradas as bases que permitam implementar as políticas adequadas. Nem sequer a sua fiscalização. Cometem-se erros em actividades ligadas à protecção do ambiente, por ausência de ética pública. Se se estabelece um compromisso, o seu cumprimento deverá ser fiscalizado e punido o incumprimento.

Sempre que se fala em eficiência de recursos ou protecção ambiental, está sempre subjacente a tónica da energia, das renováveis, da redução das emissões de gases com efeito de estufa e a alteração climática. Se os leitos dos rios deixarem de ser condicionados e a paisagem — florestal, matos, agrícola ou urbana — for gerida por forma a salvaguardar a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas serão mantidos, as emissões de gases reduzidas e as alterações climáticas minimizadas. Menciona-se a necessidade de assegurar a convenção da biodiversidade, mas pouco se explica como é que Portugal irá respeitar esse compromisso europeu. O que significa ter um número de espécies e de habitat em estado de conservação "favorável" em cada região biogeográfica? Quem vai fazer o levantamento e a fiscalização da veracidade dos dados reportados? O Instituto de Conservação Natureza e Florestas (ICNF) que mantém a erosão em recursos humanos? Para além da conservação em cada região há uma forte omissão na exigência de, em 2020, 75% da flora ameaçada autóctone ter de estar conservada em banco de sementes devidamente acondicionado, para conservação a longo prazo. Portugal possui dois bancos de sementes internacionalmente reconhecidos: o banco português de germoplasma vegetal do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, situado em Braga, que conserva essencialmente sementes de cultivares agrícolas ou arvenses, e o banco de sementes da flora autóctone presente no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. São as actividades deste último, reportadas anualmente ao ICNF, que asseguram o cumprimento dos compromissos nacionais de conservação ex situ. No entanto, é este cuja sobrevivência está presentemente ameaçada. A curadoria foi, durante anos, assegurada por bolsas cujo regulamento não prevê a renovação sucessiva e indefinida e os incentivos e preocupações ambientais não justificam o investimento, por parte da instituição, em recursos humanos especializados. São justificações perante o injustificável, que afastam técnicos com vários anos de formação, apenas apreciados e agraciados a nível internacional.

Paralelamente, como não existe enquadramento legal, o "negócio das sementes" pode florescer, constituir uma actividade verde, feita em nome da necessidade de criar uma marca .pt, mas provavelmente delapidando as populações vegetais, porque é realizada sem critérios científicos sobre a preservação da diversidade genética das populações e que pode conduzir à sua extinção. Estou em crer que não era este o resultado final que o Compromisso para o Crescimento Verde pretendia. Mas é o que pode acontecer.

Professora catedrática da Universidade de Lisboa

Subida generalizada em todos os cereais


05-06-2015 
 

 
Na sessão do mercado de León, celebrada na quarta-feira, registou-se uma subida generalizada em todos os cereais, principalmente motivada por um receio fundado na queda dos rendimentos.

Na província de León, esta campanha foram cultivados 74.500 hectares de cereais de sequeiro de Inverno, dos quais, 40 mil hectares (ha) correspondem a trigo; 16.200 a cevada; 9.300 de aveia e nove mil ha de centeio. Se nas próximas semanas permanecerem as altas temperaturas pode haver uma importante diminuição na produção, apesar das desigualdades do cereal dependentemente das zonas da província, sendo algumas já irrecuperáveis.

A Câmara Agrícola de León prevê rendimentos de 2.500 quilos por hectare, tanto para o trigo como para a cevada, os principais cereais de Inverno. Contudo, se a meteorologia continuar desfavorável as revisões serão em baixa.

Os mercados internacionais apresentam um comportamento positivo em relação aos preços e tanto a bolsa de Chicago como a de Paris assinalaram subidas significativas, entre as muitas variáveis que ocorrem nos mercados, com destaque para a presença de um sentimento de receio que esta onda de calor em Espanha se instale por toda a Europa.

Fonte: Agrodigital


Área florestal diminuiu nas últimas décadas em Portugal



 05 Junho 2015, sexta-feira  Agroflorestal

A área florestal tem vindo a diminuir nas últimas décadas em Portugal, a favor do aumento de áreas de mato e improdutivas. Quem o garante é o presidente da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF).
«Esta situação demonstra o crescente abandono do território que se tem verificado e tem tido impacto na redução do potencial de crescimento do setor", situação que "reforça a importância de aumentar a produtividade das áreas já existentes», disse João Ferreira do Amaral.
A floresta portuguesa ocupava em 2010 cerca de 3,15 milhões de hectares, representando 35% do território continental (de acordo com os resultados preliminares do 6.º Inventário Florestal Nacional), existindo capacidade e sendo «relevante aumentar a área florestal nacional», afirmou.
Segundo os últimos dados recolhidos pela AIFF, as principais espécies florestais em Portugal Continental são o eucalipto (25,8%), o sobreiro (23,4%) e o pinheiro bravo (22,7%), que representam cerca de 72% das áreas florestais existentes.
Ferreira do Amaral sublinhou o contributo da floresta na mitigação dos efeitos das alterações climáticas, na melhoria da qualidade da água, na conservação dos solos, dos habitats e da biodiversidade, entre outros.
A floresta portuguesa tem sido, regra geral, um sumidouro de carbono, com exceção de dois anos em que foi um emissor líquido, em 2003 e 2005, devido à elevada área ardida e ao uso de material queimado pela indústria, afirmou.
«Não podemos deixar de referir que a utilização de produtos de base florestal, como aqueles que saem das nossas indústrias todos os dias, e que vão desde as rolhas ao papel, passando pelos pavimentos ao mobiliário, são uma das melhores formas de garantir que o carbono fica em 'stock' e não é novamente lançado para a atmosfera», realçou.
A AIFF é a entidade dinamizadora do Polo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Base Florestal, criado em 2009, e representa os três principais subsetores industriais tradicionais (as indústrias da cortiça, da madeira e a da pasta e papel), reunindo empresas, associações empresariais e de produtores e entidades dos sistemas científico e tecnológico e de educação e formação.
«A AIFF norteia a sua atividade segundo dois princípios: o princípio da harmonia e equilíbrio entre as três espécies florestais, ou seja o sobreiro, o pinheiro bravo e o eucalipto, e o princípio da exploração sustentável da floresta, nas dimensões económica social e ambiental», realçou.
Para Ferreira do Amaral, «importa promover uma visão holista e realista da floresta como bem coletivo e gerador de riqueza».
O projeto da AIFF Certifica+, que tem por objetivo elevar a área florestal com gestão certificada dos atuais 10% para 50% até 2018, é um dos temas em destaque na área expositiva da associação durante a Feira Nacional da Agricultura 2015, que decorre em Santarém a partir de sábado (6 de junho) e até dia 14 e que é este ano dedicada à Floresta.
Fonte: Lusa

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Pode estar perto um acordo sobre a legislação da produção bio


Junho 04
13:24
2015

O Conselho informal de Ministros da Agricultura da União Europeia (UE) reuniu em Riga, nos dias 1 e 2 de Junho, sendo o principal assunto da ordem de trabalhos, a futura legislação sobre a produção bio.

É importante que o aumento da procura de produtos bio não leve a um aumento descontrolado da produção, com dados viciados para os agricultores.

O grande objectivo é de harmonizar a legislação comunitária e aumentar a confiança dos consumidores nos produtos bio.

Falando num briefing informal depois da reunião, o Comissário Phil Hogan mostrou-se muito optimista num encontro de uma solução para a reunião de Bruxelas de 16 de Junho.

A nova legislação sobre o bio foi uma das prioridades da presidência da Letónia, que termina no final deste mês.

A produção bio é um sector que apresenta um enorme potencial de crescimento, pelo que a publicação da nova legislação é fundamental para o aumento do rendimento dos agricultores comunitários.

Produtores de leite exigem medidas imediatas para a crise


Junho 04
13:22
2015

Para a  Confédération Paysanne (CP) e o European Milk Board (EMB), a crise no sector leiteiro já está instalada e são necessárias medidas urgentes para a combater.

Em certas zonas da Europa e devido à redução de custos, já não é recolhido o leite e os preços baixos parece que vieram para ficar.

A CP afirma que o leite em França já é pago, em muitos casos, abaixo dos 30 cts, o que leva a pensar que o ano de 2015 deve vir a ser um ano em que os custos de produção são superiores ao preço de venda.

O EMB considera que são indispensáveis medidas de suporte contra a crise, uma vez que a situação do mercado é crítica, com uma oferta excedentária, o que condiciona os produtores, com graves problemas para os que estão numa fase de crescimento ou investimento.

É exigida a aplicação de um dispositivo de prevenção de crises, de modo a que a produção seja gerida de uma maneira dinâmica, afim de se adaptar à procura.

É fundamental uma política que leve à fixação dos agricultores nas zonas mais remotas, garantindo a sua subsistência.

A EMB já propôs à Comissão um programa de responsabilização face ao mercado, que consiste na redução voluntária da produção, o que irá evitar uma sobreprodução em caso de crise.

A França desenvolve novas proteínas vegetais


Junho 04
13:20
2015

Como toda a Europa, a França é altamente deficitária em proteínas vegetais para a alimentação animal.

Esse défice é compensado pela importação de soja do continente americano, o que, além da dependência alimentar, traz outro problema, uma vez que 95% da soja é OGM e a política francesa é contra os OGM's.

Uma pequena empresa da Bretanha está a desenvolver um programa, de modo a criar uma fileira produtiva que permita a auto suficiência do país. A empresa Valorex conta com 115 empregados e já tem um volume de negócios de 80 milhões de euros e tem vindo a dedicar-se à transformação de oleaginosas em alimentos para animais.

O problema é que, até agora, das 65.000 toneladas de grãos que transformam por ano, 50.000 toneladas vêm do linho, que é um produto rico em gordura, mas só com 20% de proteína.

O projecto que está em curso consiste em encontrar soluções para que toda a fileira de produção seja rentável e, para alcançar este objectivo, é necessário aumentar em 15% o rendimento em proteína por hectare e melhorar em 20% a digestibilidade dos grãos.

Existem, em França, produções de outros grãos ricos em proteína, como o feverole, a tremocila e a ervilha, mas que se têm pouco desenvolvido, por serem pouco competitivas com a soja.

A conjuntura é muito favorável, pois a política OGM pode vir a fazer subir consideravelmente o preço da soja, pelo que os promotores estão convencidos que podem dar uma grande ajuda para contribuir para a auto suficiência francesa em proteína vegetal.


Situação de seca agrava-se em Portugal

Junho 04
13:29
2015

A situação de seca agravou-se no mês de Maio em Portugal, passando a ser considerada de severa em metade do território e extrema em 1 % no Algarve, existindo já um défice de humidade no solo.

Em relação ao final de Abril, a situação agravou-se, em particular nas zonas mais atingidas e esta situação deve manter-se nos próximos meses.

A seca severa passou de 3% para 53% do território e, em Abril, não havia nenhum caso de seca extrema e agora temos 1%. Em contrapartida, a situação de seca moderada passou de 79% para 35% em Maio.

Os valores de precipitação desde Dezembro têm sido inferiores aos valores médios normais.

Em relação à distribuição de seca em Portugal, a situação menos grave é no litoral norte e, também, numa faixa que abrange o nordeste e parte do Alentejo.

Já existe défice de humidade no solo, pelo que se pode considerar que, do ponto de vista agrícola, o país já está afectado pela seca.

A situação começa a ser preocupante, até porque as previsões para as próximas semanas não vêm alterar a situação.

Existem três cenários possíveis para os próximos meses, o primeiro é, na melhor das hipóteses, manter-se a situação, na pior das hipóteses, se chover menos que o previsto, a situação agravar-se, mas, de um modo geral, deverá manter-se.

As situações de seca são habituais em Portugal, o que pode estar a mudar é a intensidade e a severidade da seca.

FAO: Preços dos principais alimentos básicos cai 20,7 por cento face a Maio de 2014

04-06-2015 
 
 
O preço dos principais alimentos básicos caiu 1,4 por cento em Maio face ao ano anterior e 20,7 por cento face ao valor do mesmo mês do ano passado, estando no nível mais baixo desde Setembro de 2009, anunciou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o índice desceu para o nível mais baixo dos últimos seis anos essencialmente devido à descida do preço dos cereais, que se antecipa para este ano devido às boas perspetivas de colheitas.

O índice da FAO para os produtos básicos caiu para 166,8 pontos em maio, e antecipa um crescimento de 1,3 por cento para a produção mundial de arroz face a 2014.

Segundo o relatório hoje divulgado pela agência das Nações Unidas com sede em Roma, a descida dos preços é suportada pela diminuição de 3,8 por cento no índice de preços dos cereais, e pela descida de 2,9 por cento no dos produtos lácteos, bem como uma redução de 1 por cento no índice de preços da carne.

Fonte: Lusa

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Uma das melhores cartas de vinhos do mundo está em Gaia


Por Luis J. Santos
03.06.2015

O hotel The Yeatman é o único representante português na lista de ouro da revista 'The World of Fine Wines'.
No júri encontram-se grandes especialistas mundiais, em prova estiveram mais de 4 mil cartas de vinhos. São os segundos prémios organizados pela revista "The World of Fine Wines" para as melhores listas de vinhos do mundo, que entre as suas distinções consagrou 300 com a pontuação máxima (3 estrelas), incluindo a carta do português The Yeatman, hotel de luxo em Gaia com vista para Douro e Porto, que tem Beatriz Machado como directora de vinhos e Ricardo Costa como chef - com uma estrela Michelin.  

A lista é dominada pelos EUA: tem 116 presenças no ranking das três estrelas e é onde fica o vencedor absoluto dos prémios, o Eleven Madison Park em Nova Iorque, do chef Daniel Humm, ainda esta semana declarado o 5.º melhor restaurante do mundo.

Já na Europa, apenas 90 restaurantes conseguiram as almejadas 3 estrelas (embora muitos outros tenham sido classificados com 1 ou 2). E, no mundo, apenas 34 receberam o bónus "prémio do júri", honra também dada ao hotel português.

A distinção do Yeatman, seguindo os critérios do júri, traduz-se por uma classificação de "excepcional" para a sua carta de vinhos, mantendo a "qualidade e diversidade" - e isto em termos de produtores e vinhos ou serviço e apresentação da carta.

No destaque ao Yeatman, refere-se o seu ambiente natural, no Douro, com as caves de vinho do Porto como vizinhas. "Está indiscutivelmente entre as melhores, e certamente entre as mais extensas, colecções de vinhos portugueses do mundo", resume-se, acrescentando que "todos os grandes nomes dos fortificados e vinhos de mesa portugueses estão representados, assim como estrelas emergentes desta cada vez mais reverendada nação produtura de vinhos, dos Vinhos Verdes ao Alentejo, do Dão à Madeira e, claro, do Douro". "Uma carta de vinhos três estrelas num cenário cinco estrelas", concluem.
 
"É com grande orgulho que recebemos esta distinção", comentou Beatriz Machado, salientando que o Yeatman tem uma "garrafeira com 30 mil garrafas e uma carta composta por mais de 1.300 referências, sendo que 97% dos vinhos são dos parceiros vínicos portugueses do hotel". Para a directora de vinhos, o reconhecimento é também "uma forte homenagem aos grandes produtores nacionais e uma enorme afirmação da qualidade de vinhos que são produzidos em todas as regiões". 

O preço à produção não está correlacionado com o preço ao consumidor



Junho 03
11:25
2015

A notícia vem de França e mostra a distorção que existe entre a evolução do preço praticado ao produtor e a evolução do preço ao consumidor.

Assim, segundo o Ministro da Agricultura francês, os preços dos produtos agrícolas continuaram a descer em Abril, com um deslizamento anual de 11,9%.

O conjunto da produção pecuária teve uma descida de 7,7% junto da produção, enquanto os preços nos grandes supermercados tiveram um ligeiro aumento de 0,2%. Em contrapartida, o preço da fruta e legumes tem vindo a subir junto do produtor, sendo que esta subida está reflectida nos preços ao consumidor.

É, portanto, uma realidade que, logo que os preços sobem no produtor, essa subida é imediatamente reflectida junto do consumidor e, quando desce, os supermercados não acompanham a descida e mantêm os preços.

Como comentário, o Agroinfo gostaria de dizer que aquilo que os franceses estão a contestar, já os produtores portugueses vêm contestando há muito tempo.

Imagem - sans-langue-de-bois.eklablog

Alcobaça recebeu dia de campo dedicado à fruticultura da região Oeste



 03 Junho 2015, quarta-feira  Hortofruticultura & Floricultura

A 29 de maio de 2015 realizou-se no polo de Alcobaça do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) um "Dia de Campo" dedicado à Fruticultura da região Oeste.
No evento, promovido pela SAPEC Agro, marcaram presença mais de 70 agricultores e técnicos.
A ação decorreu nas instalações do INIAV - Pólo de Alcobaça (Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade) com quem a SAPEC Agro tem um protocolo de colaboração e onde tem instalado um campo de demonstração das soluções da sua gama para pomóideas.
Rui Maia de Sousa, do INIAV, fez uma apresentação do trabalho de investigação desenvolvido nesta instituição ao longo dos anos, em prol da fruticultura e dos agricultores, realçando «o caminho que está a ser traçado atualmente no sentido de acompanhar a evolução e as exigências do mercado, procurando contribuir para o aparecimento de soluções que permitam satisfazer as necessidades da produção», informa a SAPEC Agro, em comunicado.
Também a SAPEC Agro apresentou a sua gama para fruticultura e a estratégia adoptada este ano para o controlo das principais pragas e doenças, com especial destaque para o fungicida FONTELIS, um produto DuPont comercializado pela SAPEC Agro, lançado este ano e que está homologado para o controlo de pedrado e estenfiliose em pereiras.
Foi também anunciado o lançamento de um novo fungicida e o seu posicionamento na gama da empresa.
Seguiu-se uma visita ao campo de demonstração das soluções da gama da SAPEC Agro onde foi possível observar as diferenças entre as várias soluções utilizadas e discutir um conjunto de questões agronómicas e de proteção fitossanitária relacionadas com a cultura.

Algarve tem menos 10% de apoios à agricultura do que o resto do país


IDÁLIO REVEZ 03/06/2015 - 10:11

O sol algarvio "produz" turistas mas não dá para semear couves e alfaces em concorrência leal. Os agricultores, diz o PS, são discriminados em relação aos colegas de outras regiões

 
Cerca de 14% do solo agrícola do Algarve está ao abandono, enquanto que a média nacional ronda os 2%. A direcção regional de agricultura e pescas, nas campinas de Faro, dá o exemplo do desinvestimento no sector, deixando estufas em queda livre. O Partido Socialista, numa preparação para o programa eleitoral, fez uma análise ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020. A conclusão a que chegou foi que o sector agrícola algarvio foi "penalizado pelo Governo" no que diz respeito ao acesso aos fundos comunitários.

O deputado Miguel Freitas, durante uma audição parlamentar realizada anteontem em Tavira, criticou a "discriminação" que o Algarve continua a sofrer pelo facto de ser considerada uma região "rica". Só que o é apenas numa curta faixa do litoral. O apoio ao investimento agro-florestal, disse, "recebe menos 10% do que o resto do país". O corte, acrescentou, "não é uma questão de regulamento comunitário, mas um erro de desenho das medidas".

A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve poderia ser apontada como o retrato do estado a que chegou a agricultura. À entrada de Faro, no Patacão, possui 12 hectares onde funcionou um campo experimental. Agora, as estufas estão a cair aos bocados, o pomar de citrinos resiste a muito custo e os abacateiros, com 40 anos de idade, lutam pela sobrevivência. Os cortes orçamentais reduziram os serviços ao mínimo. Neste encontro, o director regional, Fernando Severino, destacou, em contraponto, a nova cultura dos frutos vermelhos, que está a ter grande sucesso na região, tendo como protagonistas jovens agricultores: " 90% da produção é exportada", sublinhou.
 
Os dirigentes das principais confederações portuguesas do sector agrícola, convidados pelo PS a participarem neste debate, reconhecem que a agricultura tem vindo a melhorar nos últimos anos, com um aumento do número de jovens agricultores. Mas recomendam alguma "moderação" quando se fala de sucesso. Entre os oradores que participaram na iniciativa do PS, a quinta que o partido realiza no Algarve, esteve Firmino Cordeiro, da Associação de Jovens Agricultores Portugueses (AJAP), que criticou a obrigatoriedade de haver investimentos mínimos para conseguir financiamento através do PDR.
Os jovens agricultores têm de "investir 55 mil euros para no máximo receberem um financiamento de 15 mil", situação que contrasta com o quadro comunitário anterior, no qual o valor do montante "poderia ser de 35 mil para um investimento de 75 mil". Por conseguinte, acha que a "fasquia foi colocada demasiado" alta quando foi gizado o PDR. "Subiu-se demasiado a fasquia e fez-se uma distinção entre jovens agricultores ricos e jovens agricultores pobres", lamentou.

Por outro lado, Luís Mira, da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), considera que o PDR 2020 tem como aspectos positivos o facto de ter sido um dos primeiros a ser aprovado ao nível europeu, de ter criado uma fase intermédia que permitiu usar recursos para financiar projectos que vinham do quadro anterior, de ter reduzido burocracia ou de se ter colocado mais foco na área agro-ambiental. No capítulo dos problemas, identificou "a cada vez maior dificuldade em realizar investimentos no regadio", situação que contrasta com a de Espanha, que vai requalificar 700 mil hectares de regadio. No Algarve, disse o presidente da Associação de Regantes de Perímetro de Rega do Sotavento, Luís Sabbo, só estão a ser cultivados metade dos 8 mil hectares abrangidos pelo perímetro, criado há 20 anos. Por seu lado, a ex-gestora do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), Gabriela Ventura, lembrou que é "sexy" a designação de jovem agricultor, mas lembrou que esta é uma actividade de risco: "Não é agricultor quem quer, mas quem pode e quem sabe".

Festa do Morango 2015 regressa a Azeitão



 03 Junho 2015, quarta-feira  Pequenos Frutos

Entre 12 e 14 de junho de 2015 o Parque Urbano de Brejos de Azeitão acolhe a Festa do Morango, que não se realiza há 20 anos.
Meia centena de expositores irão marcar presença no evento que pretende destacar a qualidade do morango de Brejos de Azeitão.
O morango é o rei da festa mas outros produtos regionais estarão em destaque, como os queijos, vinhos e pão.
A Festa do Morango é promovida pela Junta de Freguesia de Azeitão, e conta com o apoio da Câmara de Setúbal. 

Agricultores espanhóis pedem investigação às importações de arroz do Camboja


por Ana Rita Costa
3 de Junho - 2015
 
A União de Pequenos Agricultores e Produtores espanhola reuniu recentemente com o Ministério da Agricultura do país para analisar a situação do setor do arroz espanhol, que nos últimos anos tem enfrentado preços abaixo dos custos de produção. Os pequenos agricultores do país querem que o ministério pressione a União Europeia para que investigue as importações de arroz do Camboja e da Birmânia, que podem estar a introduzir na Europa arroz de países não abrangidos pelo tratado "Tudo menos armas".

Este tratado é uma iniciativa da União Europeia que permite aos países menos desenvolvidos importar para o espaço da UE, estando livres de pagar taxas aduaneiras, com exceção das armas.

Há já alguns anos que o Camboja e a Birmânia importam arroz para a União Europeia, no entanto, os agricultores espanhóis defendem agora que a produção europeia corre o risco de desaparecer devido aos baixos preços. "Na campanha passada os preços situaram-se nos níveis do ano de 2000", explicou Ignacio Huertas, secretário-geral da UPA-UCE Extremadura.

O responsável defende que é preciso investigar as importações destes países uma vez que "há indícios suficientes de que estes países estão a cometer uma fraude que quem acaba por pagar são os agricultores."

A organização acredita que estes países poderão estar a importar arroz de países limítrofes não abrangidos pelo tratado. Ao abrigo do tratado "Tudo menos armas", as importações de arroz para a UE cresceram cerca de 10 000 toneladas na campanha 2008-2009 e 402 000 toneladas em 2013-2014.

França aprova ajuda especial aos seguros de colheita


por Ana Rita Costa
3 de Junho - 2015
 
Os ministérios da Agricultura e da Economia franceses aprovaram esta semana o estabelecimento de uma ajuda especial aos seguros de colheita. Assim, a taxa de apoio do Estado francês aos seguros de colheita chega agora aos 65%.

Esta ajuda cobrirá todas as necessidades identificadas pelos contratos firmados em 2014 que excedam os 20 milhões de euros de créditos previstos inicialmente. De acordo com o Governo francês, esta decisão deve-se, sobretudo, ao aumento das taxas de seguro na viticultura.

Stéphane Le Foll, ministro da Agricultura francês, sublinha ainda que esta decisão permitirá que haja um aumento líquido das zonas de vinha asseguradas, impulso que espera que se estenda a todas as culturas em breve.

Hidro Ibérica lança app que faz orçamentação instantânea de pivots


por Ana Rita Costa
3 de Junho - 2015
 
A Hidro Ibérica, empresa de estudo e montagem de regas, lançou uma aplicação informática que permite fazer a orçamentação instantânea de pivots com base em alguns dados de campo recolhidos localmente.

"Com esta aplicação, o agricultor passará a ter á sua disposição, de uma forma imediata, todo um conjunto de informação que é fundamental para o apoio à tomada de decisão, nomeadamente qual a área de influência do pivot, qual a melhor solução técnica, quais as previsões de encargos com energia e água em função do tipo de cultura, entre outras informações de caracter técnico que condicionam profundamente a tomada de decisão", explica a empresa numa nota enviada às redações.

Segundo a empresa, esta aplicação permitirá ao comercial da empresa apresentar de imediato uma proposta técnico-financeira ao agricultor, com possibilidade de análise técnica e económica de diversas alternativas.

Tradicionalmente, cada proposta passa por diversas fases, desde a visita inicial do comercial ao cliente, passando pelo departamento técnico da empresa, até voltar novamente ao cliente onde a mesma poderá sofrer ajustes técnico-financeiros devido à negociação. Tudo isto poderá levar entre 15 dias a alguns meses.

"Com esta nova aplicação que correrá em dispositivos móveis, o comercial visita o cliente, insere os dados (cultura, área, tipo de rega, origem de água, etc.) na aplicação e obtém a resposta imediata em termos técnicos (tipo de pivot, modelo de bomba, diâmetro de conduta, etc.) e em termos económicos (custo do pivot, da bomba e da conduta), sendo possível efetuar uma análise comparativa dos custos de investimento e exploração", revela.

A aplicação fornecerá também a estimativa de consumo mensal e anual de eletricidade e de água, bem como o respetivo custo, tendo em conta os diferentes valores unitários do kWh de acordo com as horas do dia.

"Portugal enfrenta um conjunto de desafios relacionados com o regadio, destacando-se a obtenção de ganhos de eficiência e simultaneamente a necessidade de aumentar a superfície regada de qualidade", refere Jorge Salgueiro, sócio fundador da Hidro Ibérica. "Analisamos cada situação, com vista a dimensionar e propor o sistema de rega mais adequado às necessidades de cada cultura, tendo em consideração as características da mesma, solo, clima, água e energia disponível."

Açores esperam ter 350 hectares de vinha em produção no Pico de três a quatro anos

 03-06-2015 
 
O Governo Regional dos Açores estima que dentro de três a quatro anos 350 hectares de vinha na ilha do Pico estejam em produção, disse o presidente do executivo, Vasco Cordeiro.

Quando a paisagem da vinha da ilha do Pico foi classificada como património mundial pela Unesco, a agência das Nações Unidas para a educação e cultura, há cerca de dez anos, estavam em produção 130 hectares, sublinhou Vasco Cordeiro.

O presidente do Governo Regional falava aos jornalistas em São Mateus, concelho da Madalena, ilha do Pico, durante uma visita a uma área de 32 hectares de antiga vinha que está a ser recuperada pela empresa Azores Wine Company.

Vasco Cordeiro referiu que «o desenvolvimento do potencial vitivinícola» dos Açores é uma aposta deste Governo Regional, por considerar que esta área «pode dar um grande contributo» a nível da «criação de emprego e da criação de riqueza» na região.

Segundo os dados que referiu, os apoios públicos regionais à recuperação e desenvolvimento de vinha e à «dinamização desta área» duplicaram desde 2012, passando de 500 mil euros nesse ano para mais de um milhão em 2014.

Vasco Cordeiro acrescentou que o projecto da empresa que está a recuperar a área de vinha que hoje visitou é «um exemplo» do que está ser feito no Pico e que passa também por projectar a região para um «patamar de excelência», usando os «recursos regionais».

António Maçanita, da Azores Wine Company, disse aos jornalistas que o objectivo da empresa é produzir 250 mil garrafas de vinho do Pico por ano e aliar a produção ao enoturismo, por exemplo.

Neste momento, está a produzir 13 mil garrafas anuais, que estão a ser vendidas para a Bélgica, Canadá, França e Holanda, para restaurantes com estrelas Michelin e outro tipo de «público exigente, que tem critério». O Governo Regional iniciou ontem, terça-feira, a sua visita anual ao Pico, como estabelece o estatuto político-administrativo dos Açores.

Para além da visita a esta área de vinha, Vasco Cordeiro esteve também no Cais do Mourato, na Madalena, para assinalar a electrificação daquela zona, uma reivindicação antiga dos habitantes e que motivou uma manifestação em 2013, quando o executivo açoriano fez a primeira visita estatutária ao Pico desta legislatura.

Na altura, Vasco Cordeiro disse aos manifestantes que o problema seria resolvido e assinalou isso mesmo, com uma ida ao Cais do Mourato, uma zona à beira-mar onde existem perto de 80 adegas e casas de veraneio, 20 das quais são ocupadas durante todo o ano.

Fonte: Lusa

ANPROMIS retoma envio de boletins com as necessidades de rega do milho

03-06-2015 
 
A ANPROMIS decidiu retomar o envio, durante a campanha agrícola de 2015, dos boletins com as necessidades de rega do milho.

De acordo com a organização, «a gestão eficiente da rega constitui para os produtores nacionais de milho um factor determinante para a competitividade desta cultura em Portugal», razão pela qual a ANPROMIS optou por retomar o envio.

A informação referente às necessidades de rega é calculada com base nas condições climatéricas que se fizeram sentir na semana anterior e com a data de sementeira do milho.

Fonte: Vida Rural

Câmara de Chaves pede medidas urgentes para combater vespa do castanheiro

03-06-2015 
 

 
A Câmara de Chaves exigiu medidas urgentes para o combate eficaz contra a vespa das galhas do castanheiro e ajudar o sector a vencer esta ameaça que foi detectada no final de Abril em Trás-os-Montes.

O executivo de Chaves, distrito de Vila Real, aprovou por unanimidade uma proposta de resolução através da qual exige uma tomada de posição urgente do Governo no combate a esta praga, que afecta a produção de castanha.

A autarquia afirmou esta quarta-feira, em comunicado, que quer que «sejam tomadas medidas necessárias, no mais curto de espaço de tempo, ao combate eficaz deste potencial flagelo económico e social para a região de Trás-os-Montes».

O município solicitou, «com carácter de urgência, a introdução das medidas financeiras e legislativas capazes de garantir aos agentes da fileira as condições para vencerem esta ameaça, sem os custos por que tiveram que passar outros países».

A proposta de resolução foi enviada para o Ministério da Agricultura e do Mar, Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, grupos parlamentares do PSD, CDS, PS, PCP, BE e Os Verdes, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, câmaras do Alto Tâmega, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Universidade de Trás-os-Montes e alto Douro, Instituto Politécnico de Bragança e a Associação Portuguesa da Castanha - RefCast.

O primeiro foco de infestação desta praga foi detetado no final de Abril na região transmontana, um ano depois de ter sido encontrada primeira vez em Portugal, no Minho.

A Câmara de Chaves teme que esta praga possa «apresentar um impacto negativo na produção da castanha na região, que pode no pior cenário pode provocar quedas de produção até 90 por cento se nada for feito».

No documento enviado às várias instituições, o município salientou «o valor económico gerado pela castanha em Trás-os-Montes, através da criação de riqueza, emprego e fixação das pessoas no meio rural».

«A castanha da região ocupa 85 por cento da área nacional de produção, sendo que cerca de 70 a 80 por cento destina-se ao mercado externo, nomeadamente, Espanha, França, Itália e Brasil, os países mais representativos, contribuindo para a dinamização da economia nacional», sustentou.

Actualmente a castanha é o produto agrícola mais rentável de Trás-os-Montes e responsável pelo maior volume de exportações do nordeste transmontano, estando esse contributo avaliado em cerca de 100 milhões de euros, com impacto associado na produção e na agro-indústria da região.

Segundo a RefCast, a área de expansão da vespa do castanheiro já é maior do que se esperava quando foi detectada neste território. Depois de Valpaços, foi detectada em outros concelhos como Bragança, Macedo de Cavaleiros, Lamego, Trancoso ou Sernancelhe.

Logo em Abril começou a ser implementada uma estratégia de combate à praga, que envolveu juntas, autarquias, produtores, instituições de ensino superior e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que está a fazer o recenseamento e o mapeamento das zonas infestadas.

Neste período, foram realizadas mais de 50 acções de sensibilização e multiplicaram-se os apelos para vistoriar os soutos com o objectivo de retirar o material contaminado dos castanheiros para impedir a sua propagação.

Fonte: Lusa

Marca "100% Alto Minho" vai promover-se este ano em feiras na Galiza

03-06-2015 

 
A marca "100% Alto Minho", que pretende assumir-se como um «selo de qualidade» dos produtos endógenos daquela região vai este ano ser promovida na Galiza, disse fonte ligada à promoção.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) adiantou que a participação em certames a realizar até final do ano na Galiza surgiu a convite da Expourense, entidade responsável pela feira de exposições de Ourense.

«Esta é uma marca para crescer e afirmar-se no mercado nacional e internacional pela excelência e qualidade», afirmou Luís Ceia, adiantando que o objectivo da CEVAL é ainda marcar presença «em feiras nacionais, e na Europa, sobretudo em países onde existam fortes comunidades de emigrantes».

A marca "100 por cento Alto Minho" foi lançada pela CEVAL em 2012, com o apoio da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, e da Comissão de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), para valorização dos recursos e potencialidades endógenas da região. Nesta altura, mais de uma centena de empresas já aderiram ao projecto, nos sectores agro-alimentar, artesanato e comércio tradicional.

Aquela marca esteve representada no último fim-de-semana, na primeira feira temática de produtos "100% Alto Minho", desde o fumeiro aos doces, aos produtos do mar e ao empreendedorismo.

O certame foi visitado por uma delegação de Ourense composta por representantes institucionais e empresariais, além de meios de comunicação social da região vizinha.

«É este o caminho que temos que começar a percorrer para a internacionalização da marca e é esta a melhor forma, estruturada e integrada, com os dez municípios a promoveram-se em conjunto e em diversas áreas. Trabalhar em conjunto e em rede. Isto é o que pretende a marca 100% Alto Minho", explicou Luís Ceia.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, e secretário da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e ex-autarca de Melgaço, Rui Solheiro, foram nomeados novos embaixadores da marca.

Os primeiros embaixadores nomeados pela CEVAL foram, o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, e o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito.

De acordo com Luís Ceia, e após o «sucesso» alcançado com a realização da primeira feira em Viana do Castelo, «cerca de meia centena de empresas da região manifestaram interesse em aderir ao selo 100% Alto Minho».

Integrada no projecto "Alto Minho INVEST", com o apoio de fundos do Programa Operacional Regional do Norte (ON2), a primeira edição da feira temática foi organizada em parceria com a CIM Alto Minho, o Instituto Politécnico e a Câmara de Viana do Castelo.

Fonte: Lusa

AIHO: Futuro da agricultura na Região Oeste

 


O debate decorrerá no dia 30 de Junho, pelas 16h30, no Fórum Tecnologia e Horticultura 2015, promovido pela Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), na Feira de São Pedro, em Torres Vedras, no âmbito das Jornadas Técnicas (programa em anexo).

 

Dado o importante período que se aproxima, onde se intensificará o debate político no âmbito da discussão de programas eleitorais e da formulação de propostas, a AIHO decidiu promover um espaço de diálogo, que pretende juntar diversas sensibilidades numa abordagem ao presente e ao futuro do sector agrícola, em especial para o sector hortícola da Região Oeste, contribuindo desta forma para a maior aproximação entre os actores locais que vivem a agricultura da região e as forças políticas que de alguma forma desenham, disputam e determinam a política agrícola nacional.

 

Esta será a segunda edição do Fórum Tecnologia e Horticultura, espaço que teve mais de 100 mil visitas na primeira edição, em 2014. Uma iniciativa que pretende promover o desenvolvimento da horticultura e a qualidade dos produtos hortícolas da Região Oeste.

 


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Frente parlamentar contra proposta da Comissão sobre a aprovação de OGM’s


Junho 02
08:14
2015

Três eurodeputados muito influentes na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu (PE), Comagri, Albert Dess (PPE Alemanha), Jim Nicholson (Conservadores e reformistas, UK) e Jens Rohde (Aliança democratas e liberais, Dinamarca), que são chefes dos seus grupos políticos na Comagri, enviaram uma carta ao Vice-presidente da Comissão Frans Timmermans, pedindo que a Comissão retire a sua proposta de aprovação dos OGM's para consumo.

Nesta carta afirmam que, do ponto de vista prático, esta proposta será muito difícil de pôr em prática, uma vez que existe livre circulação de mercadorias na União Europeia, mas, a liberdade dada aos países para poderem decidir, pode trazer graves problemas de concorrência.

Esta proposta não é acompanhada de nenhum estudo de impacto e vai contra os compromissos da Comissão, no que diz respeito a uma maior transparência e regulação dos mercados. Uma resolução neste termos vai ser apresentada brevemente para discussão na Comagri.

Desde que foi apresentada, em Abril, a proposta da Comissão tem recebido críticas de praticamente todos os sectores, pelo que existe grande curiosidade em saber se, mesmo assim, a proposta vai ser mantida.

Bruxelas lança reavaliação do uso de neonicotinóides


Junho 02
08:14
2015

A Autoridade Sanitária Europeia (EFSA) lançou um estudo de reavaliação do impacto dos neonicotinóides nas populações de abelhas.

Este estudo estava previsto depois dos condicionalismos ao uso de neonicotinóides em 2013. Neste estudo vai ser avaliado o impacto sobre as abelhas da Clothianidin, da Imidaclopride e do Thiametoxan.

A EFSA convidou todas as partes interessadas a apresentarem estudos que mostrem a interacção destes insecticidas, que são utilizados para desinfectar as sementes, e as colónias de abelhas.

Todas as respostas devem ser enviadas até ao dia 30 de Setembro e a partir desta base serão tiradas conclusões, avaliando o efeito deste produtos na criação das abelhas.

Entretanto, vigora a interdição parcial de utilização destas substâncias, que foi decretada em 2013.

Os agricultores querem alternativas, pois dizem que esta interdição está a ter efeitos negativos nas produtividades das culturas, sobretudo da colza, por falta de desinfecção das sementes.

Os produtores de alguns países pedem uma derrogação da proibição, com o argumento que, no momento em que utilizam o produto nas sementeiras, é na altura em que não há qualquer participação das abelhas.

Eurodeputados querem defender a agricultura no acordo comercial com os Estados Unidos


Junho 02
11:24
2015

O Comité de Comércio Internacional do Parlamento Europeu exige a inclusão de uma lista exaustiva de produtos agrícolas sensíveis, que devem estar fora dos contingentes de importação à taxa zero, nas negociações com os Estados Unidos, no âmbito do futuro acordo comercial Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP).

Os eurodeputados, analisando as propostas da Comissão, foram ainda mais longe, ao afirmar que os negociadores europeus deviam fazer todos os esforços para incluir uma cláusula de salvaguarda, que permita fechar o mercado para certos produtos, se existir risco para a estabilidade do mercado interno.

O Comité gostaria de ver um gesto de boa vontade por parte dos americanos, ao abrir completamente as suas fronteiras à carne de vaca europeia e ao reconhecerem inequivocamente os produtos europeus com denominação de origem. Deve, também, haver um esforço para convergir para uma equivalência entre as normas alimentares dos dois blocos.

Surpreendentemente, a posição do Comité concentrou-se sobre os produtos agrícolas e o famoso ponto sobre o ISDS. A relação das empresas com os governos foi deixada para trás.

Com esta posição, torna-se cada vez mais difícil a possibilidade de se chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos.

Med. Veterinário

Hospital Veterinário no Cartaxo procura MV para integrar equipa . interessados enviar curriculum para geral@hospitalvetribatejo.eu ou contactar 917556423

“Food & Nutrition Awards”: candidaturas até 18 de junho de 2015



 01 Junho 2015, segunda-feira  IndústriaIndústria alimentar

Até 18 de junho de 2015 estão abertas as candidaturas às quatro categorias nos prémios que reconhecem a indústria agroalimentar e a inovação.
A VI edição do "Food & Nutrition Awards" conta com as seguintes categorias a concurso: Produto Inovação, Serviço Inovação, Investigação e Desenvolvimento e Iniciativa de Mobilização.
Podem concorrer empresas, universidades, autarquias, organismos da administração pública, associações setoriais e associações não governamentais e profissionais em nome individual.
Os vencedores irão depois passar a utilizar o selo Food & Nutrition Awards que comprova o caráter inovador e diferenciado dos seus produtos e serviços.
Os prémios "Food & Nutrition Awards" visam destacar a inovação na indústria agroalimentar e pretendem ajudar a potenciar a criação de emprego e valorizar a produção nacional.
A iniciativa é promovida pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas, em parceria com a consultora de comunicação GCI. 

Confederações avisam: falta de apoio a pequenos agricultores dificulta Desenvolvimento Rural

02 Junho 2015, terça-feira  Política AgrícolaAgricultura

A falta de incentivos a pequenos agricultores, de discriminação positiva para o interior ou a imposição de investimentos mínimos para obter financiamento comunitário são dificuldades que confederações do setor agrícola apontaram esta segunda-feira (1 de junho) ao Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020).

Ao participarem numa audição parlamentar organizada pelo Partido Socialista (PS) em Tavira, no distrito de Faro, os dirigentes das principais confederações portuguesas do setor agrícola consideraram que a Agricultura tem vindo a melhorar nos últimos anos, com um aumento do número de jovens agricultores, mas frisaram que é necessário também alguma «moderação» quando se fala do sucesso que o setor tem representado para a economia nacional.
Entre os oradores que participaram na iniciativa do PS, a quinta que o partido realiza no Algarve para obter contributos dos diversos setores económicos para a sua ação partidária, esteve Firmino Cordeiro, da Associação de Jovens Agricultores Portugueses (AJAP), que criticou a obrigatoriedade de haver investimentos mínimos para conseguir financiamento através do PDR.
Os jovens agricultores têm que «investir 55 mil euros para no máximo receberem um financiamento de 15 mil», situação que contrasta com o quadro comunitário anterior, no qual o valor do montante poderia ser de 35 mil para um investimento de 75 mil, por isso Firmino Cordeiro considerou que a «fasquia foi colocada demasiado» alta quando foi gizado do PDR.
«Subiu-se demasiado a fasquia e fez-se uma distinção entre jovens agricultores ricos e jovens agricultores pobres», lamentou.
A mesma fonte lamentou ainda que o PDR não tenha criado medidas de discriminação positiva para os agricultores que querem instalar-se no interior e «contrariar a desertificação» populacional.
Luís Mira, da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), considerou que o PDR 2020 tem como aspetos positivos ter sido dos primeiros a ser aprovado ao nível europeu, de ter criado uma fase intermédia que permitiu usar recursos para financiar projetos que vinham do quadro anterior, de ter reduzido burocracia ou de se ter colocado mais foco na área agroambiental.
Como problemas identificados está, por exemplo, «a cada vez maior dificuldade em realizar investimentos no regadio», situação que contrasta com a de Espanha, que vai requalificar 700 mil hectares de regadio.
Aldina Fernandes, da Confederação Nacional de Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) apelou a um «otimismo moderado» no setor, que cresceu mas ainda com números «residuais», apontou a necessidade de haver uma maior formação e deu o exemplo espanhol de fusão de cooperativas para ganhar escala como modelo que pode ser seguido em Portugal.
A iniciativa foi conduzida pelo deputado do PS Miguel Freitas, que destacou a importância dos contributos que o partido tem obtido nestes encontros para a sua ação política no parlamento e para a inclusão de propostas no programa eleitoral do PS.
Fonte: Lusa 

III Encontro transfronteiriço de tração animal



 02 Junho 2015, terça-feira  Agropecuária
tracao animal

Nos dias 27 e 28 de Junho de 2015, Vale de Frades (em Vimioso, Portugal) e Santa Croya de Tera (Zamora, Espanha) acolhem a III edição do Encontro transfronteiriço de tração animal.
De acordo com o programa, na manhã de 27 de junho (sábado) irá debater-se em Vale de Frades "A importância da tração animal na exploração agrícola de pequena escala".
Irão igualmente decorrer trabalhos agrícolas (que se prolongam durante a tarde) com os agricultores de Vale de Frades, nomeadamente com uso de bovinos, asininos e muares como fonte de tração, utilização de alfaias agrícolas (tradicionais e modernas), carga a dorso e atrelagem.
Durante a tarde irá ter lugar uma mesa redonda em torno do tema "O potencial turístico da tração animal nos territórios rurais"
No domingo (28 de junho) terá lugar no Centro de Reprodução do Asno Zamorano-Leonés, Santa Croya de Tera , em Zamora, um debate sobre "O potencial turístico da tração animal nos territórios rurais
Durante a manhã terá ainda lugar uma visita às instalações daquele centro.
A III edição do Encontro transfronteiriço de tração animal é organizada pela APTRAN - Associação Portuguesa de Tração Animal e pela ASZAL - Asociación Nacional de Criadores de Raza Asnal Zamorano-Leonesa. Conta com o apoio da Câmara de Vimioso e da União de freguesias de Avenaloso e Vale de Frades.


Fotos: APTRAN 

terça-feira, 2 de junho de 2015

“Inovação em rede” na Feira Nacional de Agricultura 2015



 02 Junho 2015, terça-feira  Investigacao & DesenvolvimentoAgricultura

A 9 de junho de 2015 irá decorrer na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, uma ação intitulada "Inovação em rede".
A ação conta com um seminário, designado "Grupos Operacionais - Inovação na Agricultura e Agroindústria", bem como com reuniões bilaterais de aproximação da ciência e tecnologia às empresas e ao agricultor.
Estes encontros realizam-se entre representantes de instituições de investigação e desenvolvimento tecnológico com atuação no setor agrícola (universidades, institutos politécnicos, institutos de investigação entre outros) e potenciais interessados nas suas competências de I&DT.
O objetivo, realça a Rede INOVAR em comunicado, passa por «discutir ideias de projeto de inovação, como por exemplo ao nível de Grupos Operacionais».
«Sendo esta uma oportunidade para dar a conhecer quem faz o quê e promover projetos de inovação colaborativa no setor agrícola, nomeadamente entre instituições de I&DT, associações empresariais e agricultores», adianta a Rede.
A iniciativa é promovida pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rede INOVAR e Rede Rural Nacional.

Atualização de dados no Sistema de Informação da Vinha e do Vinho (SIvv)


02 Jun 2015 < Início < Destaques < Destaque

O Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. (IVV) procura prestar um serviço de qualidade, que se traduz, entre outras ações de melhoria, na adoção da comunicação eletrónica como um meio privilegiado de contacto, visando uma maior aproximação e simplificação do relacionamento com as entidades do setor vitivinícola e, simultaneamente, obter os seguintes ganhos:
Maior eficácia administrativa;
Redução de custos de contexto (das entidades e do IVV);
Maior acessibilidade e divulgação de informação do setor vitivinícola.
Neste sentido, é fundamental que as entidades tenham os seus contactos fiabilizados, designadamente o endereço de correio eletrónico (email), e os mantenham permanentemente atualizados.
Por outro lado, o novo Código do Procedimento Administrativo em vigor prevê que as notificações possam ser efetuadas por correio eletrónico, pelo que é fundamental que o endereço de correio eletrónico esteja sempre atualizado no SIvv.
Assim, solicita-se que procedam à verificação do endereço de correio eletrónico e de todos os outros dados (designação, morada, morada para correspondência, telefone, entre outros) constantes no SIvv e procedam à sua atualização, caso os dados existentes não sejam os corretos e, no futuro, sempre que existam alterações.
A atualização pode ser efetuada diretamente pela própria entidade mediante o respetivo acesso em front-office no SIvv.
Alertamos que o endereço de correio eletrónico (email) deve corresponder ao endereço de correio eletrónico geral da entidade (exemplos: info@xxx.pt; geral@yyy.com) e não a endereços de correio eletrónico de colaboradores, sejam estes organizacionais ou pessoais.
Para apoio e/ou esclarecimento de quaisquer dúvidas contacte o Centro de Apoio Técnico (CAT), preferencialmente através do endereço de correio eletrónico apoio@ivv.min-agricultura.pt ou por telefone 21 350 67 77 (nos dias úteis, das 09H00 às 18H00).

VII CONGRESSO NACIONAL DE SUINICULTURA



 
O IFAP irá participar no VII Congresso Nacional de Suinicultura, que decorrerá nos dias 23 e 24 de junho de 2015, no Centro de Cultura e Congressos das Caldas da Rainha.


Com a presença do IFAP no VII Congresso Nacional de Suinicultura pretende-se disponibilizar aos beneficiários informação útil relativamente às diversas áreas de atuação do Instituto, nomeadamente ajudas e apoios disponíveis bem como informação acerca dos projetos de investimento em curso.

O beneficiário poderá ainda efetuar, no stand do IFAP, o registo no Portal e ficar a conhecer todas as funcionalidades a que poderá aceder a partir da respetiva Área Reservada.

A presença neste Congresso insere-se numa estratégia de comunicação assente no objetivo de potenciar o relacionamento de proximidade entre os beneficiários e o IFAP.

Para mais informações consulte o Programa do Congresso.

IFAP: VITIS – 2014/2015 prorrogação para 15-06-2015




Informa-se que a data para apresentação dos pedidos de alteração das candidaturas apresentadas ao Regime de Apoio à Restruturação e Reconversão das Vinhas (VITIS)/Campanha 2014/2015 foi prorrogada para 15-06-2015. Esta prorrogação aplica-se às candidaturas individuais da campanha de 2014/2015, sendo que se mantêm as restantes datas já divulgadas anteriormente.

Mais uma vez se alerta que na sequência da realização dos investimentos ou da apresentação/submissão da declaração de plantação no SIVV, caso verifiquem que existem alterações relativamente ao que se encontra aprovado na candidatura VITIS 2014/2015 (incluindo alterações de direitos de plantação), devem formalizar um pedido de alteração à candidatura, sendo que este deverá ser submetido antes da apresentação do pedido de pagamento, não podendo existir aumentos de áreas e montantes de ajuda aprovados.

Temperaturas vão subir até cinco graus

Hoje às 13:44

As temperaturas sobem até cinco graus centígrados na quarta-feira e os distritos de Évora, Setúbal, Beja e Portalegre vão estar sob aviso amarelo devido ao calor.
 

LISA SOARES / GLOBAL IMAGENS / ARQUIVOCinco distritos sob aviso amarelo devido ao calor

Em declarações à agência Lusa, o meteorologista Ricardo Tavares do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explicou que, na quarta-feira, a temperatura máxima irá subir em especial no interior do Alentejo, com máximas acima dos 35 graus.

"Haverá uma pequena subida das temperaturas, sendo que a máxima será de uma subida de 4 a 5 graus, acima dos 35 graus no interior do Alentejo, entre os 30 e 35 na região do Vale do Tejo, e interior Norte e Centro acima dos 30", disse Ricardo Tavares.

De acordo com o meteorologista, as temperaturas altas vão manter-se na quarta e quinta-feira, embora esteja prevista para sexta-feira "uma pequena descida da máxima, não mais que dois graus", sendo que depois "a tendência é manterem-se ate ao início da próxima semana".

Devido ao aumento da temperatura máxima, com persistência de valores elevados, o IPMA colocou sob aviso amarelo os distritos de Évora, Setúbal, Beja e Portalegre, aviso que irá vigorar entre as 09.00 horas de quarta-feira e as 18.00 horas de quinta-feira.

Para o meteorologista, a existência de avisos amarelos devido ao tempo quente já é "normal nesta altura do ano", adiantando que estes são emitidos quando existem "situações extremas", já que se tratam de temperaturas máximas "que atingem valores elevados, mas sempre uma situação normal nos meses de junho, julho e agosto".

As temperaturas na quinta-feira, e segundo a previsão do IPMA, podem chegar aos 38 graus Celsius em Beja, 36 em Évora, 35 em Portalegre e Castelo Branco, 34 em Santarém, 32 em Lisboa, Bragança e Vila Real.

Estudo europeu deteta falhas na agricultura portuguesa


Investigação liderada pela universidade alemã de Hohenheim contou com a colaboração da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Por: Redação / MM    |   hoje às 12:26


A agricultura portuguesa revela graves lacunas a nível da geração de conhecimento aplicado e escassez no aconselhamento técnico de qualidade aos produtores, segundo um estudo europeu que, em Portugal, foi coordenado pela Universidade de Vila Real. 

O trabalho de investigação "PRO AKIS" foi liderado pela universidade alemã de Hohenheim, financiado pela Comissão Europeia e foi desenvolvido nos 28 países da União Europeia. 

Coube a uma equipa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, realizar o inventário dos Sistemas de Conhecimento e Informação para a Agricultura (AKIS) em Portugal, Espanha, Chipre, Grécia Itália e Malta. 

Os investigadores portugueses, liderados pela professora Lívia Madureira, coordenaram 12 casos de estudo, em vários países europeus, que observaram em detalhe fluxos de conhecimento na agricultura e o papel dos sistemas de aconselhamento. 

Em Portugal, analisaram-se os casos do "'cluster' dos pequenos frutos" e dos "jovens agricultores" que se estão a instalar no país.
"O sistema de comunicação para a agricultura é muito fragmentado e essa fragmentação também tem muito a ver com o desinvestimento do Estado na parte da produção de conhecimento e transferência de conhecimento e no aconselhamento na agricultura", afirmou hoje à agência Lusa Lívia Madureira.

A especialista referiu que o Estado português "transferiu essas funções de apoio técnico para as organizações de produtores, só que estas acabam por desenvolver um trabalho concentrado na ajuda às candidaturas aos subsídios europeus.
"O que nós vimos é que o sistema está desguarnecido no que tem a ver com outro tipo de apoio técnico, quer à produção, à comercialização ou à inovação. Há uma série de áreas que estão desguarnecidas porque, quando se fez essa transferência do setor público para o privado, não-governamental, essas valências não foram contempladas", sustentou.

O trabalho destaca ainda como uma característica negativa do AKIS português a "sua fragmentação por múltiplas organizações, sem que existam estruturas de coordenação que imprimam eficácia à sua ação". 

Lívia Madureira disse que há setores, como o dos vinhos, que estão mais desenvolvidos, mas que na generalidade das áreas produtivas "isso não acontece". 

O estudo aponta outra "falha importante" que, segundo a investigadora, tem a ver com "a própria produção de conhecimento aplicado". 

Isto porque, segundo acrescentou, as universidades foram-se distanciando um pouco e produzem conhecimento mais para publicar ou produzir patentes, e "não há um sistema intermédio que produza informação aplicada às condições locais", por exemplo, os modelos de comercialização, o clima e os produtos adequados àquela área específica. 

A especialista referiu que a geração, conversão e partilha de conhecimento está muito dependente da capacidade dos agricultores se organizarem de forma a envolverem investigadores e técnicos experientes e a mobilizaram a experiencia de produtores "leaders ou pioneiros".
"É preciso um novo investimento nestas infraestruturas de produção de conhecimento. Tem que haver alguma coordenação. Tem havido muito investimento na agricultura, mas tem sido sobretudo na área produtiva, enquanto a área do conhecimento tem sido um pouco descurada, tem ficado na mão dos próprios produtores", salientou.

A constituição de redes de conhecimento e inovação, como o caso estudado do 'cluster' dos pequenos frutos mostra que estas são uma ferramenta capaz de preencher algumas das lacunas do AKIS português, mas que apenas "o fazem conjunturalmente pois são redes que tendem a dissolver-se na ausência de financiamento e que dependem do envolvimento de agentes das estruturas públicas de conhecimento e aconselhamento que não cada vez menos para as crescentes solicitações". 

Por isso mesmo, a professora disse que é "preciso capitalizar o pouco que ainda existe e redirecionar algum investimento para as "áreas do conhecimento e inovação". 

E isto, numa altura, em que os mercados são cada vez mais competitivos e é preciso estar sempre a "fazer coisas novas e diferentes". 

A especialista realçou a importância desta aposta sobretudo no caso dos "muitos novos e pequenos agricultores" que se estão a instalar no país. 

As conclusões do estudo estão agora a ser analisadas pelas entidades europeias mas, segundo Lívia Madureira a resposta a esta problemática "depende de casa país".