quinta-feira, 4 de junho de 2015

Açores esperam ter 350 hectares de vinha em produção no Pico de três a quatro anos

 03-06-2015 
 
O Governo Regional dos Açores estima que dentro de três a quatro anos 350 hectares de vinha na ilha do Pico estejam em produção, disse o presidente do executivo, Vasco Cordeiro.

Quando a paisagem da vinha da ilha do Pico foi classificada como património mundial pela Unesco, a agência das Nações Unidas para a educação e cultura, há cerca de dez anos, estavam em produção 130 hectares, sublinhou Vasco Cordeiro.

O presidente do Governo Regional falava aos jornalistas em São Mateus, concelho da Madalena, ilha do Pico, durante uma visita a uma área de 32 hectares de antiga vinha que está a ser recuperada pela empresa Azores Wine Company.

Vasco Cordeiro referiu que «o desenvolvimento do potencial vitivinícola» dos Açores é uma aposta deste Governo Regional, por considerar que esta área «pode dar um grande contributo» a nível da «criação de emprego e da criação de riqueza» na região.

Segundo os dados que referiu, os apoios públicos regionais à recuperação e desenvolvimento de vinha e à «dinamização desta área» duplicaram desde 2012, passando de 500 mil euros nesse ano para mais de um milhão em 2014.

Vasco Cordeiro acrescentou que o projecto da empresa que está a recuperar a área de vinha que hoje visitou é «um exemplo» do que está ser feito no Pico e que passa também por projectar a região para um «patamar de excelência», usando os «recursos regionais».

António Maçanita, da Azores Wine Company, disse aos jornalistas que o objectivo da empresa é produzir 250 mil garrafas de vinho do Pico por ano e aliar a produção ao enoturismo, por exemplo.

Neste momento, está a produzir 13 mil garrafas anuais, que estão a ser vendidas para a Bélgica, Canadá, França e Holanda, para restaurantes com estrelas Michelin e outro tipo de «público exigente, que tem critério». O Governo Regional iniciou ontem, terça-feira, a sua visita anual ao Pico, como estabelece o estatuto político-administrativo dos Açores.

Para além da visita a esta área de vinha, Vasco Cordeiro esteve também no Cais do Mourato, na Madalena, para assinalar a electrificação daquela zona, uma reivindicação antiga dos habitantes e que motivou uma manifestação em 2013, quando o executivo açoriano fez a primeira visita estatutária ao Pico desta legislatura.

Na altura, Vasco Cordeiro disse aos manifestantes que o problema seria resolvido e assinalou isso mesmo, com uma ida ao Cais do Mourato, uma zona à beira-mar onde existem perto de 80 adegas e casas de veraneio, 20 das quais são ocupadas durante todo o ano.

Fonte: Lusa

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