sábado, 1 de março de 2014

Caça furtiva cresce sem controlo

27 de Fevereiro, 2014por Sónia Balasteiro

Só num mês, foram encontradas 600 armadilhas ilegais em três zonas de caça. Governo prepara alterações à lei.
A caça furtiva não pára de aumentar em Portugal. Só em três zonas de caça próximas de Tomar, os guardas da Federação Portuguesa de Caçadores (FPC), encontraram, em apenas um mês, 600 armadilhas montadas, uma das formas utilizadas por caçadores furtivos para capturar as presas.

«É recorrente encontrarmos animais amputados, que conseguiram fugir e deixaram um membro preso, ou animais a morrer à fome e à sede, porque quem montou a armadilha se esqueceu de verificar se havia ali alguma presa», conta Hélder Ramos, da FPC. «Estes casos estão a tornar-se cada vez mais frequentes», diz o responsável associativo, atribuindo o fenómeno à necessidade financeira dos caçadores furtivos e à falta de vigilância.

O secretário-geral da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), João Carvalho, tem uma experiência semelhante. «Infelizmente, verificamos o reaparecimento destas situações, que já estavam controladas. Temos mais caça furtiva, seja por armadilha ou laço, seja a tiro», garante o responsável, explicando que se trata de furtos muitas vezes levados a cabo «por redes ilegais organizadas que matam os animais para vender ou para consumo próprio». E, acrescenta, estes são casos que poucas vezes chegam à Justiça: «As zonas de caça costumam ter os seus guardas, mas os meios são cada vez mais escassos. E o Governo, a quem competia a vigilância, não cumpre a sua parte».

O Alentejo, a serra algarvia, a Beira Interior, Trás-os-Montes e a área raiana são as regiões com mais situações detectas pelas zonas de caça que costumam fazer queixa contra desconhecidos. «Há menos caça, mais necessidade e menos vigilância», confirma Álvaro Amaro, da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses (CNCP).

Uma lei não desejada

A questão da vigilância e fiscalização é, precisamente, um dos pontos que o Governo quer resolver com mudanças na lei da caça. Alterações que estão a ser preparadas no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que já ouviu as três organizações mais representativas do sector. Para reforçar a fiscalização, uma das medidas a ser ponderadas é fixar dias de caça, facilitando o processo, soube o SOL.

Outra das medidas pensadas é o fim da caça com pau, que permite matar animais de espécies cinegéticas à paulada e, na prática, serve para que os menores de 18 anos, que não podem ter licença de porte de arma, possam caçar.

Mas mudar a lei da caça é uma opção mal vista dentro do próprio sector, que tem outras prioridades. «Será a primeira vez que se muda uma lei sem que qualquer organização do sector o reivindique», diz Jacinto Amaro, da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), alertando: «Vai ser prejudicial para uma actividade que leva pessoas para o interior e que representa, para os cofres do ICNF, entre licenças e taxas pagas pelas zonas de caça, cerca de dez milhões de euros ao ano».

As três maiores organizações de caça - a CNCP, a ANPC e a Fencaça - já enviaram para o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, um parecer com os seis pontos mais prementes a resolver, em vez da revisão lei, sob pena de organizarem uma manifestação.

Entre as principais reivindicações está a isenção de taxas para as zonas de caça; a aplicação dos montantes do PRODER, conquistados por Capoulas Santos na reforma da Política Agrícola Comum, para a revitalização da caça; a calendarização de mais exames para admitir novos caçadores e uma alteração nos procedimentos para as zonas de caça municipais.

Já os ambientalistas vêem as alterações à lei com bons olhos. «Poderemos ter algumas melhorias. O ICNF quer actualizar e simplificar a legislação e os procedimentos», diz Samuel Infante, da Quercus.


Queijo mais antigo do mundo descoberto em múmias na China


David Gray/Reuters

Os investigadores referiram que a conservação do queijo e das múmias se deve, em parte, às condições climatéricas extraordinárias
Pedaços de queijo datados de 1450-1615 antes de Cristo (AC) foram encontrados em múmias na China, noticiou hoje o jornal USA Today, que afirma tratar-se dos mais antigos queijos do mundo.

Segundo a publicação norte-americana, os bocados de queijo chinês encontrados nos pescoços e peitos de múmias chinesas, que remontam ao ano de 1615 AC, são “de longe, os mais antigos já descobertos”.

Os investigadores referiram que a conservação do queijo e das múmias se deve, em parte, às condições climatéricas extraordinárias (ar seco do deserto e solo salgado) existentes no Cemitério Small River, no noroeste da China.

“Nós não só identificámos o produto como o queijo mais antigo alguma vez conhecido, mas também temos evidência direta de tecnologia antiga” usada para o conservar, disse o químico analítico no Instituto de Biologia Celular, Molecular e Genética Max Planck da Alemanha, Andrej Shevchenko, que pesquisou as múmias.

Ao analisar as proteínas e gorduras, a equipa liderada por Andrej Shevchenko determinou que se tratava definitivamente de queijo e não de manteiga ou leite, mas não conseguiu apurar por que motivo as pessoas na altura eram enterradas com pedaços de queijo nos seus corpos.

A análise química dos produtos agora descobertos também mostrou que os queijos encontrados nas múmias eram feitos à mesma base de produção de quefir, bebida gasosa dos montanheses do Cáucaso, obtida a partir do leite por fermentação.

Segundo Andrej Shevchenko, atualmente o queijo não é feito à base de quefir, mas à base do coalho, uma substância das entranhas de bezerro, cordeiro ou cabrito, que coalha o leite.

O queijo foi supostamente inventado acidentalmente ao revestir com leite um recipiente feito do estômago de um animal, resultando na transformação do leite em coalhada e soro por ação da quimosina, uma enzima do estômago.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Graham's, Pintas e Soalheiro no "top" dos vinhos portugueses


28 Fevereiro 2014, 19:30 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

Enviar por emailReportar erro

Douro e Alentejo dominam lista dos melhores do ano, avaliados durante a Essência do Vinho, o maior evento português do sector, que termina no domingo. O hotel Yeatman, em Gaia, venceu prémio internacional de enoturismo.
O vinho do Porto “Graham’s The Stone Terraces Vintage 2011”, produzido pela Symington, o tinto do Douro “Pintas 2011”, elaborado pela Wine & Soul, e o branco da região dos Vinhos Verdes “Soalheiro Primeiras Vinhas 2012”, do projecto VinuSoalheiro. São estes os vencedores do “Top 10 Vinhos Portugueses”, escolhidos esta sexta-feira no Palácio da Bolsa, no Porto.
 
Em prova e avaliação por parte de 18 jurados – críticos, “sommeliers”, líderes de opinião e jornalistas de Portugal, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Suécia e Reino Unido – estiveram um conjunto de 55 vinhos: dez Porto Vintage 2011, 13 brancos e 32 tintos, que foram pré-seleccionados pela revista “WINE” de acordo com as classificações obtidas ao longo do último ano.
 
Para o “top 10” foram então escolhidos o melhor Porto Vintage, o melhor branco e os oito tintos que ficaram mais bem classificados. Da lista constam ainda o “Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2011” (Alentejo, Sociedade Agrícola D. Diniz); “Quinta de São José Grande Reserva 2011” (Douro, João Brito e Cunha); “Quinta da Touriga Chã 2011” (Douro, Jorge Rosas); “Estremus 2011” (Alentejo, J. Portugal Ramos); “CV – Curriculum Vitae 2011” (Douro, Lemos & Van Zeller); “Marias da Malhadinha 2010” (Alentejo, Herdade da Malhadinha Nova); e “Procura 2011” (Alentejo, Susana Esteban).
 
Os vencedores vão ser distinguidos esta noite durante um jantar em que a Câmara do Porto, que integra as “Great Wine Capitals” – rede de grandes vinhedos do mundo, vai também atribuir os prémios de enoturismo “Best of Wine Tourism 2014”. O Centro Multimédia Porto Cruz (Gaia, na categoria “Experiências Inovadoras”), Morgadio da Calçada (Douro, “Arquitectura e Paisagem”), Quinta do Tedo (Douro, “Serviços”) e o VINUM (Gaia, “Restaurantes Vínicos”) obtiveram as distinções nacionais, enquanto o hotel Yeatman conquistou o prémio internacional na categoria de alojamento.
 
Despesa diária de 270 euros
 
Estas distinções fazem parte do programa da 11.ª edição do “Essência do Vinho”, que arrancou na quinta-feira e decorre até domingo no Porto, onde 350 produtores esgotaram o espaço disponível para dar a conhecer (e a provar) mais de três mil vinhos aos perto de 20 mil visitantes esperados.
 
Um inquérito do ISAG - Instituto Superior de Administração e Gestão, realizado durante a última edição, mostrou que, entre os visitantes que pernoitaram no Porto, 83% ficaram alojados em hotéis – e um em cada três dormiram em unidades de quatro estrelas –, e contabilizaram fazer uma despesa média diária de 270 euros na cidade Invicta durante os dias deste evento.
 
Provar vinhos (53,1%), motivos profissionais (38,5%) e curiosidade (34,6%) são as principais motivações da visita a esta que é considerada a mais relevante iniciativa do sector a nível nacional. O visitante tipo tem 44 anos, formação superior (77% dos inquiridos) e afirma-se “conhecedor” do produto (52% das respostas). Apenas 14% se assume “grande conhecedor”, ao passo que 30% admite ter um “conhecimento limitado”.

Cooperativa Agrícola de Felgueiras espera crescer 50% este ano


Lurdes Dias
19 Fev, 2014, 10:58 / atualizado em 19 Fev, 2014, 10:59

O vinho verde é um dos produtos portugueses de maior sucesso no estrangeiro, até porque o vinho em geral continua a ser o campeão das exportações. Felgueiras é o maior exportador de vinho verde do distrito do Porto. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras prevê um crescimento de cerca de 50 por cento em 2014.
A Cooperativa Agrícola de Felgueiras exportou 1 milhão 200 mil garrafas de vinho verde no ano passado. Brasil, Estados Unidos e Rússia são os principais destinos desta bebida. China, Taiwan, Singapura e Polónia são agora os locais que Felgueiras tem em vista.

O valor global das exportações no setor agroalimentar aumentou 6,6 por cento entre 2012 e 2013, o que equivale a cerca de 3 milhões e 200 mil euros. Os números são avançados à Antena 1 pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Academia de Coimbra quer união com reitores e politécnicos contra cortes


Lusa
27 Fev, 2014, 08:46

Os estudantes de Coimbra aprovaram, durante a noite de hoje, em assembleia magna, a procura de uma convergência com universidades e com politécnicos no combate aos cortes no ensino superior, tendo rejeitado, porém, a possibilidade de manifestações.
A moção, que foi apresentada pela direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), foi aprovada por larga maioria e procura uma aproximação entre movimento associativo estudantil, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) para serem tomadas "posições conjuntas" entre os três sobre o financiamento e a reforma do ensino superior.

Na mesma assembleia magna, que começou por volta das 21:30 de quarta-feira e que terminou às 01:30 de hoje, foram rejeitadas duas propostas de manifestações, uma local, a realizar-se a 12 de março, e outra nacional, a 24 de março, Dia Nacional do Estudante.

Ricardo Morgado, presidente da AAC, que votou contra a realização das duas manifestações, afirmou à agência Lusa que "haveria falta de tempo para organizar uma manifestação nacional" e que a sua realização poderia "criar um conflito entre a procura de convergência" com o CRUP e o CCISP.

A associação quer dinamizar "uma convergência e, para isso, não pode chegar já lá com uma proposta de manifestação", disse Ricardo Morgado.

O presidente da direção-geral da AAC salientou a necessidade de convergência para uma postura "mais forte".

"Os consensos terão que ser criados, porque o fim que os três almejam, se não é o mesmo, é muito parecido", defendeu.

Alexandra Correia, que apresentou a moção referente à manifestação nacional para 24 de março, criticou a direção-geral por votar contra a proposta, considerando os seus argumentos "uma desculpar para não se fazer nada".

"Nos últimos dois anos observaram-se várias ações simbólicas", promovidas pela direção-geral, com a intenção apenas "de mostrar que estava lá", comentou.

Para a estudante da plataforma Universidade contra a Austeridade, "a manifestação nacional era fundamental para se pressionar o Ministério".

Carolina Rocha, do movimento Exalta a Academia, que também votou a favor da manifestação nacional a 24 de março, afirmou que "a posição da direção-geral é inadmissível".

"Com tantos cortes, com tantas dificuldades dos estudantes, não é nada bom ter uma direção-geral que não queira lutar pelo interesse e pelos direitos dos estudantes", disse a estudante do movimento que propôs a realização da manifestação a 12 de março.

Apesar da rejeição de uma manifestação nacional, foi aprovada a promoção de um mural de reivindicações, que estará disponível na semana do Dia Nacional de Estudante, em que os alunos da Universidade de Coimbra podem apresentar os seus problemas.

No decorrer da assembleia magna, foram também aprovadas por larga maioria a proposta do estudante da FEUC, Samuel Vilela, de uma reunião entre a direção-geral da AAC e o núcleo de Coimbra da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica e a moção apresentada pelos estudantes Irina Castro e Jonas Van Vossole, que prevê que no próximo Encontro Nacional de Direcções Associativas a AAC proponha "um plano de abolição da propina e retorno do financiamento aos valores de 2010".

A mesma moção defende ainda uma "reunião com o reitor da Universidade de Coimbra" com o objetivo de garantir "um perdão das dívidas de estudantes" à instituição, disse Irina Castro.

350 alunos da Universidade de Lisboa recuperam as bolsas

Ensino superior: universidade teve 7 mil alunos a solicitar apoio

Fim da penalização por dívidas ao Fisco de familiares permitiu apoiar mais estudantes.
28 de Fevereiro 2014, 13h23Nº de votos (0) Comentários (0)
Por:Bernardo Esteves



 
O reitor da Universidade de Lisboa (UL), António Cruz Serra, anunciou ontem, na abertura solene do ano académico, que o fim da penalização por dívidas ao Fisco de familiares permitiu a 350 estudantes da instituição aceder a bolsas de estudo. O reitor afirmou que 7 mil alunos da UL (14% do total) candidataram-se a bolsas, mas não disse quantos tiveram direito às mesmas.

Cruz Serra mostrou-se preocupado com o "decréscimo de 28% no número de refeições servidas" na UL e prometeu tentar apurar o que se passa e tomar medidas.

Pergunta CMEnsino público deve ter mais bolsas?SIMNÃOVer Resultados
O reitor anunciou ainda que assinou um protocolo com as Finanças que permitirá à Faculdade de Belas Artes ocupar parte do Convento de São Francisco, resolvendo o problema da falta de espaço. 

A resolução deste problema levou o reitor a fazer um raro elogio ao ministro da Educação, Nuno Crato, presente na cerimónia.

Baixo Vouga: Pastos inundados fazem disparar custos de criação de gado bovino

 28-02-2014 
 


 
As chuvas persistentes estão a causar prejuízos na agricultura do Baixo Vouga, onde a altura das águas impede iniciar as sementeiras
 
A criação de gado bovino «vai custar três vezes». Os agricultores desesperam pela descida das águas para reocupar os pastos lagunares. A cada dia de chuva que passa, e sem poder ir aos campos de Angeja, inacessíveis devido à subida das águas, José Fernando, como muitos criadores da zona do Baixo Vouga, tem mais tempo para calcular os prejuízos por manter o gado fora das pastagens.
 
Os armazéns estão a ficar escoados das forragens e o mau tempo tem atrasado iniciar as sementeiras de Verão necessárias para próximo ano.
 
Ao agricultor José Fernando e a todos que dependem dos campos inundados resta esperar pela melhoria do tempo. A força do Rio Vouga deixou um rasto de destruição no percurso entre Albergaria e Aveiro, com rombos que arrastaram grandes quantidades de areias.
 
O reforço das margens espera há vários meses por intervenção da Agência Portuguesa de Ambiente.
 
Fonte: noticiasdeaveiro
~

Copa-Cogeca pede medidas urgentes para travar importações de citrinos da África do Sul

27-02-2014 
Copa-Cogeca pede medidas urgentes para travar importações de citrinos da África do Sul 

O Copa-Cogeca, depois do novo relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA), instou a Comissão Europeia a adoptar medidas urgentes em 2014 para deter as importações de citrinos da África do Sul contaminados com a doença da mancha negra.

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que também se deve redobrar a vigilância, como medida de protecção, das importações procedentes da América do Sul. O regime de sanidade vegetal da União Europeia (UE) deveria, igualmente, ser reforçado

Esta questão tem vindo a ser debatida durante o grupo de trabalho “Frutas e Hortícolas” do Copa-Cogeca e está previsto discutir o assunto com os Estados-membros durante o Comité da União Europeia, a decorrer entre 27 e 28 de Fevereiro.

A Nova informação actualizada da AESA, publicada na sexta-feira, corrobora o alto risco de entrada na UE da doença da mancha negra através de citrinos contaminados provenientes de África do Sul. Actualmente, esta doença não se manifesta na UE, mas pode propagar-se facilmente de um fruto para outro, sem serem necessariamente citrinos.

Em 2013, foram detectados nas fronteiras comunitárias cerca de 38 carregamentos de citrinos sul-africanos contaminados com a doença em questão, o que pode representar um grave risco para os produtores de citrinos comunitários durante mais de um ano. A Comissão apenas suspendeu as importações em 2013, já no final da temporada, sendo que o resultado foi nulo.

Pekka Pesonen assinalou que não «querem passar pela mesma situação este ano», pelo que querem medidas em 2014, ainda antes do mês de Março, quando começam as importações, alertando par ao facto de na última temporada ter-se corrido riscos elevados de contágio, uma situação que não se deve repetir este ano.

O responsável sublinhou ainda que «a vigilância deve ser reforçada para as importações de outros países, como os latino-americanos, nos quais também foi detectada a doença, Contudo, é preciso reforçar o regime europeu de sanidade vegetal para que a UE esteja mais protegida».

Por seu lado, o presidente do Grupo de trabalho, Hans Van Es, reeleito por um mandato de dois anos, disse ser «fundamental proteger os 500 hectares europeus de cultura de citrinos e 10 milhões de toneladas de produto perante um contágio de mancha negra».

Hans Van afirmou que a UE importa 400 mil toneladas de produto sul-africano, o qual não deveria colocar em cheque as 10 milhões de toneladas da UE, para não mencionar os milhares de postos de trabalho gerados fundamentalmente em zonas rurais, pelo que instam a Comissão a levantar o assunto de imediato e a suspender as importações de citrinos procedentes de África do Sul em 2014, para além de reforçar os controlos de sanidade vegetal da UE.

Hans Van Es é do Países Baixos e faz parte da Associação holandesa de cooperativas NCR, enquanto Sergio Tondini, membro da organização italiana Confcooperative, será o vice-presidente do grupo de trabalho durante os dois próximos anos.

Fonte: Copa-Cogeca

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Apresentação da "bolsa de terras" no Algarve arranca em Março

28-02-2014 
 


 
A apresentação no Algarve da “bolsa de terras” vai arrancar no dia seis de Março e prolonga-se até ao final desse mês, com encontros em várias localidades da região, informou a associação In Loco.

A In Loco, com sede em São Brás de Alportel, anuncia, na sua página da Internet, que os encontros vão decorrer entre seis e 28 de Março «nas freguesias interiores dos concelhos de Silves, Albufeira, Loulé, S. Brás de Alportel, Faro e Tavira, com o objectivo de explicar o que é a bolsa de terras e como lhe aceder».

A associação considera que a criação da "bolsa de terras" é uma forma de facilitar o acesso à terra, designadamente quando a mesma não seja utilizada, e que vai ajudar a combater os incêndios e dinamizar o sector agrícola na região do Algarve.

Os responsáveis da associação In Loco admitem que a bolsa pode levar a uma maior ocupação dos solos, reforçando, ordenando e mantendo as terras, mesmo contra os incêndios, explicou à Lusa Nelson Dias.

Os encontros dirigem-se a proprietários que queiram ceder os seus terrenos, assim como para quem não tem terra e pretende aceder-lhe para cultivo ou para outros fins produtivos, explica a In Loco.

As localidades onde vão ser realizados os esclarecimentos são São Marcos da Serra, Messines, Paderne, Alte, Benafim, Salir, Ameixial, Querença, Tôr, Boliqueime, Loulé, São Sebastião, São Brás de Alportel, Santa Bárbara de Nexe, Estoi, Santa Catarina da Fonte do Bispo e Cachopo. O arranque dos encontros é em Loulé, no dia seis de Março, às 11:00 horas, na Junta de Freguesia do Ameixial.

Fonte: Lusa

Cientistas descobrem como os cheiros dos pinheiros conseguem reflectir a luz solar


NICOLAU FERREIRA 28/02/2014 - 08:02
Estudo conseguiu explicar como é que as fragrâncias emitidas pelas árvores na floresta boreal se transformam em aerossóis na atmosfera. Fenómeno é importante para estudar as alterações climáticas.

 
A área da floresta boreal representa mais de um quarto da area florestal do mundo CLAUDIA MOHR

É fácil aceder à memória do cheiro fresco de um pinhal. Mas já não é tão imediato associarmos este cheiro às muitas moléculas de pineno, lançadas pelos pinheiros e por outras coníferas, que entram no nariz, pousam no tecido olfactivo, e são interpretadas pelo cérebro. Na floresta boreal, que domina as latitudes mais altas do Hemisfério Norte, os milhões de coníferas que lançam estas e outras moléculas orgânicas acabam por produzir um fenómeno com repercussões no calor que a Terra retém, vindo do Sol. Estas moléculas criam uma espécie de smog naquelas regiões, graças à formação de aerossóis. Um trabalho publicado agora na Nature descodificou pela primeira vez a química deste fenómeno, que tem impacto no estudo das alterações climáticas.

“As emissões [de moléculas] feitas pelas árvores da floresta boreal podem produzir partículas de aerossóis. Sabe-se isto há algum tempo, já que é a única forma de explicar as observações feitas da formação e do crescimento de partículas para tamanhos que podem influenciar as nuvens”, explicou ao PÚBLICO Mikael Ehn, da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, um dos vários autores do estudo. “No entanto, o exacto mecanismo nunca foi compreendido.”

Quando se fala de aerossóis, está-se a falar de partículas, moléculas até um certo tamanho, suspensas nas massas de ar. O fumo dos carros e outros poluentes são aerossóis. Mas as próprias nuvens também são partículas de água suspensas no ar. A formação de nuvens acontece quando o ar fica saturado e as moléculas de água condensam-se à volta de partículas de sal, por exemplo.

“Os aerossóis são importantes para o clima porque influenciam a formação de nuvens e têm um impacto no arrefecimento global”, diz o investigador. Estas partículas reflectem a luz solar e diminuem a energia que chega até à Terra. Muitos estudos mostram que nos anos com actividade vulcânica intensa, em que é emitida muita cinza para atmosfera, a temperatura global da Terra desce.

Por isso, os aerossóis são um factor importante para ter em conta quando se elaboram modelos sobre as alterações climáticas. Mas é difícil compreender e integrar nestes modelos os vários fenómenos que influenciam a existência de aerossóis na atmosfera. Os aerossóis produzidos devido à actividade da floresta boreal, que ocupa 11% da área dos continentes do Hemisfério Norte e representa cerca de 27% da área florestal do mundo, terão, por isso, impacto nos modelos usados para prever as alterações climáticas.

Para conseguirem perceber o que se passa a nível da química destas partículas, os investigadores seguiram a evolução de uma única molécula num novo e sofisticado aparelho de espectrometria de massa, instalado num instituto alemão. O que viram é que uma molécula de pineno, o composto orgânico libertado pelas coníferas, quando está na atmosfera, liga-se num só passo a cerca de 10 a 12 moléculas de oxigénio. Era esperado que se ligasse a apenas cinco moléculas de oxigénio.

Com os novos átomos de oxigénio, a molécula é obrigada a condensar-se numa pequena partícula de três nanómetros. Depois, muitas partículas destas agregam-se, ficando com um tamanho maior que já é capaz de influenciar o clima. “Acho que descobrir a química [destas partículas] vai ter um impacto profundo na forma como descrevemos a química atmosférica na generalidade”, explica por sua vez em comunicado Joel Thornton, da Universidade de Helsínquia.

Segundo Mikael Ehn, as outras florestas da Terra não libertam compostos orgânicos em quantidade capazes de produzirem um fenómeno desta envergadura. Por isso, defende o investigador, “se a área da floresta boreal diminuir, o efeito de arrefecimento dos aerossóis que produz irá diminuir, e é de esperar um aumento da temperatura global”.   

Fiscalidade na agricultura em debate na Assembleia da República

28-02-2014 
 

 
A Fiscalidade na agricultura foi tema de debate na Assembleia da República, esta quinta-feira, na qual, o deputado socialista Miguel Freitas acusou o governo de manter uma política de justificação contra os pequenos agricultores.
 
Miguel Freitas referiu não ter justificação quatro adiamentos por parte do Executivo para aplicar as regras do regime fiscal sobre os pequenos agricultores, sublinhando que o Governo apresentou um ano depois uma proposta concreta sobre esta matéria, a qual remete os agricultores ao limite da indigência, de 1.670 euros por ano de isenção, quer no regime de Segurança Social quer no IRS.
 
O deputado assinalou ainda que fica por esclarecer se o Governo vai ou não pedir a derrogação em Bruxelas para que haja um regime simplificado declarativo para todos os agricultores, incluindo para os mesmos até 1.670 euros, como em sede de IRS.
 
Miguel Freitas sublinhou também que não é apenas em matéria de fiscalidade que surgem medidas contra os pequenos agricultores, referindo que o Governo teve este ano a oportunidade, no domínio da correcção financeira das ajudas directas, que esta fosse dirigida a agricultores com rendimentos superiores a cinco mil euros, 10 por cento, mas, pelo contrário, aplicou oito por cento de corte nas ajudas directas a todos os agricultores, ou seja, «o que fez foi transferir rendimentos dos pequenos agricultores para os grandes, sem qualquer politica redistributiva».
 
O deputado, na sua intervenção, afirmou de não ser apenas perante todas as anteriores políticas que o Governo demonstra uma linha de coerência contra os pequenos agricultores, referindo que, por exemplo, no âmbito do programa comunitário está em discussão uma proposta, com a validade da Ministra da Agricultura, «que os agricultores tenham apenas acesso ao regime de pagamento directo se tiverem mais de 0,5 hectares a partir de 2015 e um hectare depois de 2017, ou sejam, ficam de fora das ajudas directas mais de 30 mil agricultores».
 
O deputado terminou pedindo uma justificação por parte do Governo em relação a todas as medidas já tomadas e outras com as quais se prepara para avançar.
 
Fonte: CONFAGRI

Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre a «suspensão de apoios e novas cobranças a pequenos agricultores que foram obrigados a colectar-se»




O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados esclarecimentos sobre a «suspensão de apoios e novas cobranças a pequenos agricultores que foram obrigados a colectar-se», Pergunta que se passa a transcrever.

Destinatário: Ministra da Agricultura e do Mar

PERGUNTA:

As alterações à fiscalidade dos pequenos agricultores, introduzidas no Orçamento do Estado para 2013, vieram criar receios nos agricultores e uma efectiva injustiça ao não tratar de forma diferenciada a especificidade dos pequenos agricultores.

A entrada em vigor destas alterações tem vindo a ser adiada mas as pressões sobre os agricultores continuam, nomeadamente através da recusa de recepção dos seus produtos sem factura.

Após se terem colectado, alguns agricultores começam a receber comunicações da Segurança Social a informar que devem contribuições. Isto é, o facto de se colectarem nas finanças faz com que imediatamente comecem a ficar devedores à segurança social.

Em consequência destas dívidas à segurança social são infligidas limitações que têm efeitos de os inibirem de praticar a sua actividade. Há Direcções Regionais de Agricultura e Pescas que estão a contactar agricultores informando-os “que a inscrição se encontra suspensa do acesso ao gasóleo colorido e marcado por situação irregular à Segurança Social”.

Estas situações clarificam as efectivas implicações na actividade dos agricultores das alterações à fiscalidade e desmentem a propaganda enganosa da senhora Ministra da Agricultura e do Mar, quando afirma que esta medida não terá custos acrescidos para os pequenos agricultores.

Estas alterações, que o governo e os partidos que o suportam têm vindo a afirmar que protegem os pequenos agricultores por isentar rendimentos indigentes, torna imediatamente os agricultores devedores à segurança social e a partir daí começam a surgir as limitações nos acessos aos apoios.

Posto isto, com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio perguntar ao Governo, através do Ministério da Agricultura e do Mar, o seguinte:

1. Quantos agricultores se colectaram no âmbito das alterações introduzidas na fiscalidade para os pequenos agricultores?

2. Quantos destes foram notificados pela Segurança Social para pagarem dívidas para com estas instituições?

3. Quantos agricultores já foram notificados que têm inscrições suspensas no acesso a gasóleo colorido ou marcado em sequência destas dívidas?

4. A que outras limitações estão sujeitos os agricultores em função dessas dívidas?

5. Pondera o Governo anular esta obrigação dos pequenos agricultores se colectaram nas Finanças e anular estas notificações aos agricultores que surgem em sua consequência?

Palácio de São Bento, sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014

Deputado(a)s

JOÃO RAMOS (PCP)

Fonte:  Grupo Parlamentar do PCP

Arguidos acusados de homicídio qualificado pelas mortes no incêndio do Caramulo


O Ministério Público acusou dois arguidos dos crimes de homicídio qualificado, incêndio florestal e ofensa à integridade física, imputando-lhes a autoria dos incêndios que, em agosto de 2013, provocaram quatro mortos, vários feridos e prejuízos na serra do Caramulo.
Numa nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) lê-se que o Ministério Público na comarca de Vouzela «deduziu acusação contra dois arguidos pela autoria dos incêndios de agosto de 2013, na serra do Caramulo, que provocaram quatro vítimas mortais, grande número de feridos e elevados prejuízos materiais».
«Os arguidos foram acusados dos crimes de incêndio florestal, homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada», refere a mesma nota.
Segundo a PGR, "os arguidos estão em prisão preventiva, tendo o Ministério Público requerido que continuem, até julgamento, sujeitos a esta medida de coação".
A PGR acrescenta que, a pedido do Ministério Público, o julgamento será realizado por um tribunal de júri.
Diário Digital / Lusa

Banca preparada para financiar o setor agrícola

EMPREENDEDORISMO AGRÍCOLA

por P.M.Hoje15 comentários

Manuel Tavares, diretor do Jornal de Notícias, fez a primeira intervenção do dia


Manuel Tavares, diretor do Jornal de Notícias, fez a primeira intervenção do dia Fotografia © Pedro Granadeiro/Global Imagens
As jornadas de empreendedorismo agrícola começam hoje com uma conferência realizada na Casa da Música, no Porto. Nuno Amado, presidente do BCP, na sua intervenção considerou o setor agrícola muito importante. Acredita que poderá incentivar a economia portuguesa, no entanto, não sendo especialista no setor agrícola prefere falar do papel da banca e das formas que banca tem para apoiar o desenvolvimento desse setor, adiantando que a banca está agora preparada para financiar a agricultura. Manuel Tavares, diretor do Jornal de Notícias, apresentou o painel.
Considerando "clara" a retoma económica do país, acredita que "o nosso défice está a convergir para níveis sustentáveis. E a banca também está melhor preparada do que há uns anos", diz o presidente do Millennium BCP admitindo Nuno Amado as dificuldades da banca. Portanto, pode estar ao serviço do desenvolvimento da agricultura de "forma mais clara", garante.
Nuno Amado está certo que "sem estabilidade política não há melhoria e a melhor forma de medir um indicador da nossa tendência de melhoria como país é analisarmos os preços que os bancos e Portugal consegue emitir no mercado internacional". Acrescenta que os bancos estão disponíveis para analisar os projetos apresentados.
O presidente do BCP sublinha que as taxas estão a descer e portanto "há empréstimos a empresas que estão a 6% mas outras estão a 3%".
Explica que a prioridade do BCP é neste momento o setor produtivo: "o setor primário tem grande potencial de desenvolvimento". E lembra que o banco do qual é presidente ainda é aquele que" mais crédito dá às empresas", com uma quota de mercado "que andará entre os 15 e os 16%", de crédito ao setor agrícola mas pretende atingir os 20% em poucos anos.
Defensor de explorações de maior dimensão diz que "há espaço para o artesanato mas também tem de haver espaço para a indústria", considerando, no entanto, a necessidade de existência de "mais capitais próprios para apoiar esta estrutura"
"Estamos preparados para vos financiar mas era bom que os projetos tivessem uma estrutura adequada. Os nosso financiamento têm de ter um prazo e um perfil adequado ao vosso ciclo de investimento e de exploração, e isso vamos fazer", diz referindo que esta é a visão da banca para o setor.
O setor agrícola é um dos que podem garantir a sustentabilidade do país mas "há muito a fazer", conclui.

Tetra Pak reconhecida por design de «embalagem excepcional»

A Tetra Pak, líder mundial em sistemas de tratamento e embalagem para alimentos, recebeu um prémio do International Forum Packaging Design 2014 (prémios iF) pela Tetra Evero Aseptic, a primeira garrafa asséptica de cartão para leite ultrapasteurizado.

A embalagem foi reconhecida por um júri, composto por 50 especialistas de renome internacional, pelo seu conceito «inovador, atractividade, facilidade de utilização e excepcional desempenho ambiental».
 
«A Tetra Evero Aseptic baseia-se num design imaginativo que combina a facilidade de utilização de uma garrafa com a protecção alimentar e as vantagens ambientais das embalagens assépticas de cartão. O ergonómico formato cilíndrico, com os painéis laterais planos, facilita a utilização tanto a adultos como a crianças, enquanto o espaço de impressão ao longo de toda a superfície da embalagem maximiza o impacto das marcas na captação da atenção dos consumidores», afirma Lars Bengtsson, product group director da Tetra Pak.
«Tudo isto é possível através de uma série de avanços tecnológicos que incluem a primeira moldagem por injecção para embalagens assépticas. A atribuição de um iF Packaging Design Award testemunha o intenso trabalho da nossa equipa de Pesquisa e Desenvolvimento.»  
 
Criado em 1953, o iF Industrie Forum Design é uma organização independente que tem atuado como mediador entre o design e o mundo dos negócios. Os prémios iF estão entre as mais importantes distinções de design a nível mundial, reconhecendo o trabalho dos profissionais no desenvolvimento, comunicação e embalagem. Este ano o iF Packaging Design Award contou com um total de 264 inscrições.
 
A atribuição deste prémio permite à Tetra Pak utilizar o logotipo do iF em todas as embalagens Tetra Evero dos seus clientes. A empresa recebe o prémio hoje no BMW Welt, em Munique, e a embalagem fará parte da exposição de design do iF em Hamburgo.

Aquecimento climático causará perda de colheitas e outros danos, diz IPCC



O aquecimento climático reduzirá a produção mundial de cereais em até 2% a cada dez anos e poderá representar 1,45 biliões de dólares até ao fim deste século, segundo um projecto de relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), difundido por um jornal japonês esta sexta-feira.
Este documento, que teve o projecto publicado pelo jornal Yomiuri Shimbun, será discutido e adoptado durante uma reunião de cinco dias do IPCC no próximo mês, em Yokohama, subúrbio de Tóquio.
Segundo o rascunho atribuído ao IPCC, a produção mundial global perderá entre 0,2 e 2% se a temperatura aumentar 2,5 graus.
Uma fonte do ministério do Ambiente japonês não queria que o projecto fosse tornado público para a imprensa local.
A comunidade internacional fixou o objectivo de concluir até ao final de 2015, durante a Conferência sobre o Clima da ONU em Paris, um acordo global e urgente de redução das emissões de gases com efeito de estufa para limitar o aquecimento a 2°C em relação à era pré-industrial.

Universidade de Lisboa distingue João Lobo Antunes

Universidade de Lisboa distingue João Lobo Antunes

A Universidade de Lisboa celebra hoje a abertura do ano académico com uma cerimónia em que o neurocirurgião João Lobo Antunes recebe o prémio da instituição e o anterior reitor Sampaio da Nóvoa as insígnias de honra.
A instituição que resultou da fusão da Clássica com a Técnica tem hoje cerca de 50.000 alunos em todos os ciclos, da licenciatura ao doutoramento, disse à agência o reitor, António Cruz Serra, para quem a transição decorre de forma tranquila, «apesar dos muitos problemas no terreno e dos regulamentos que é preciso harmonizar».
Hoje assinala-se a primeira "Aula Magna" da nova universidade de Lisboa, cujo processo de fusão foi concretizado pelo atual reitor, António Cruz Serra, e pelo anterior, António Sampaio da Nóvoa, que agora vai receber as insígnias de honra.
Cruz Serra considera que o processo de concretização da fusão foi «muito tranquilo», devido ao empenhamento da comunidade académica.
«Todos compreendem a importância da fusão para as diferentes escolas, para a universidade e até para o país», declarou.
De acordo com Cruz Serra, o primeiro sinal de reconhecimento da universidade - conseguido com a escala da fusão - foi o segundo lugar num ranking ibero-americano divulgado este mês, que avalia a produção científica das universidades (Scimago).

«Teremos um resultado que nunca podia ser ambicionado pelas anteriores universidades», defendeu, sublinhando também a participação da universidade em consórcios europeus.
João Lobo Antunes vai receber o prémio Universidade de Lisboa, no valor de 25.000 euros, que distingue anualmente uma individualidade portuguesa ou estrangeira e cujos trabalhos tenham contribuído o progresso da ciência ou da cultura e para a projeção internacional do país.
Em 2006, este prémio foi atribuído a Odete Santos Ferreira (coordenadora da Comissão Nacional de Luta contra a Sida), cuja obra contribuiu para a descoberta do VIH-2.
António Coutinho (diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência), Filipe Duarte Santos (climatologista), Jorge Gaspar (geógrafo), Jorge Miranda (constitucionalista), Eduardo Lourenço (filósofo) receberam o prémio nos anos seguintes.
Diário Digital com Lusa

Essência do Vinho "é o tipo de evento de que o Porto precisa", considera Rui Moreira


Lusa
27 Fev, 2014, 20:36

O presidente da Câmara Municipal do Porto disse que a Essência do Vinho (EV), cuja décima primeira edição começou hoje, "é o tipo de evento de que a cidade precisa" por ser já uma das suas "grandes marcas".
Rui Moreira inaugurou esta tarde o evento, provou alguns dos "mais de 3.000 vinhos" presentes e ouviu produtores.

O autarca afirmou que "cerca de 70%" dos visitantes da Essência do Vinho são de fora da Área Metropolitana do Porto e "isso tem um impacto muito grande na restauração e na hotelaria" portuense.

"O Vinho e a gastronomia fazem parte da nossa cultura, não queremos uma cultura diferente. Não queremos uma cultura tão restritiva como alguns nos querem tentar impor", sustentou.

Rui Moreira é de opinião que "este é o tipo de evento de que a cidade precisa, que os empreendedores da cidade devem promover e que a Câmara do Porto nunca deixará de acarinhar".

Um dos diretores da EV, Nuno Botelho, que acompanhou o autarca, afirmou que o certame "é uma grande festa, é o grande acontecimento ligado ao vinho realizado em Portugal e é também uma grande celebração do que é português, que é bom e tem qualidade".

Nuno Botelho defendeu, também, que o evento pode "ajudar" o vinho português "posicionando-o numa fasquia alta".

Ao mesmo tempo, prosseguiu, contribuiu para a democratização do consumo do vinho "trazendo-o aos mais jovens", pois é preciso "atrair consumidores menos óbvios" e transformá-los em "consumidores normais".

O responsável explicou que a EV mantém-se fiel ao Palácio da Bolsa por este ser um espaço com "magia", apesar de, por vezes, ser difícil circular nas suas salas e salões devido à afluência maciça de público.

"Ano após ano, continuamos a ter listas de espera e mais expositores. A Essência do Vinho é um produto de excelência", salientou, assinalando ainda que estão presentes "cerca de 50 jornalistas estrangeiros".

O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Manuel Cabral, declarou-se em sintonia com Rui Moreira e Nuno Botelho sobre a importância da EV, que disse ter-se transformado num "grande momento do vinho em Portugal".

"Os nossos vinhos estão a atravessar um bom momento ", disse Manuel Cabral.

Segundo referiu, a quantidade de vinhos do Douro e do Porto exportada em 2013 "diminuiu ligeiramente", mas, em contrapartida, "o valor aumentou de forma sensível, o que quer dizer que estamos a valorizar o produto".

A Essência do Vinho termina no domingo e do seu programa constam, nomeadamente provas de "vinhos raros e exclusivos" e, por outro lado, "desafiou conceituados chefes", alguns com estrelas Michelin, a prepararem "criações inovadoras" para combinar com grandes néctares.

O certame é organizado pela empresa homónima, em parceria com a Associação Comercial do Porto.

Casa do Douro confiante numa solução dos problemas que agrade a todas as partes


Lusa
27 Fev, 2014, 18:51

O presidente da Casa do Douro (CD) mostrou-se hoje confiante numa solução para os problemas da instituição que agrade a todas as partes, depois da atitude de inclusão e de diálogo demonstrada pelo Governo.
"Não trazemos nada resolvido, mas viemos com a convicção de que as mentes se abriram e que dessa postura poderão surgir soluções que agradem a todas as partes", afirmou Manuel António Santos à agência Lusa.

A direção da CD reuniu novamente com o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, na quarta-feira, uma semana depois de o governante ter apresentado uma proposta de solução dos problemas da organização duriense que Manuel António Santos classificou como "indecorosa".

Esta associação, sediada no Peso da Régua, é de direito público e de inscrição obrigatória para os viticultores durienses e possui uma dívida total que rondará os 160 milhões de euros, dois quais 30 milhões correspondem a juros de mora.

O secretário de Estado da Agricultura já disse que a solução para a CD passa pela venda de vinho, património e revisão dos estatutos, passando a ser de inscrição voluntária.

Para analisar a situação da CD e encontrar uma solução final, o Governo criou um grupo de trabalho interministerial, dividido em oito subgrupos.

Manuel António Santos não quer entrar em pormenores sobre o documento apresentado pelo Governo e explicou que, esta semana, a instituição entregou a sua própria argumentação.

"Demonstramos porque é que o documento é inaceitável e muitos dos nossos argumentos foram tidos como válidos. Portanto achamos que reentramos no bom caminho, isto é, reentramos nos carris", salientou.

O dirigente referiu ainda que "finalmente" o Governo "teve uma postura de incluir" e de "ouvir" a CD.

Manuel António Santos disse ainda que, nos próximos tempos, decorrerão reuniões regulares entre a instituição e o Ministério da Agricultura, no sentido de se trabalhar numa solução final.

E, se se mantiver "o clima de bom entendimento", o dirigente espera que, no final, se consiga "um acordo que satisfaça e seja honesto para todos".

"Os próximos meses, não muitos, já mostrarão claramente se chegamos ou não a um acordo ", sublinhou.

Para além da dívida, a instituição possui ainda o problema da falta de pagamento de vencimentos.

Dentro da CD trabalham funcionários pagos pelo Estado e outros privados, sendo que alguns destes acumulam 40 meses, cerca de três anos, de salários em atraso.

Governo mantém papel essencial da Câmara da Mealhada na gestão da Mata do Buçaco


Lusa
17:50 Quinta feira, 27 de fevereiro de 2014

Mealhada, 27 fev (Lusa) -- O Conselho de Ministros aprovou hoje a alteração do diploma que criou a Fundação Mata do Bussaco, mantendo "a essencialidade da participação" da Câmara da Mealhada na "gestão de todo o património" integrado neste espaço verde.

A decisão reconhece e mantém, assim, o papel do município na gestão da mata, através daquela fundação que, tendo como "fins a recuperação, requalificação e revitalização, gestão, exploração e conservação de todo o património, natural e edificado, da Mata Nacional do Buçaco", foi instituída em 2009.

"Mantém-se a essencialidade da participação da Câmara Municipal da Mealhada na gestão de todo o património inserto na Mata Nacional do Buçaco, dada a sua contribuição ativa para a eficácia e eficiência na referida gestão, e consagra-se um modelo de organização e funcionamento conjunto do Estado com a Câmara Municipal da Mealhada", sublinha o comunicado final da reunião de hoje do Conselho de Ministros.



Governo admite rever ajudas aos agricultores do Campo Branco

As ajudas financeiras pagas aos agricultores do Campo Branco no âmbito da Intervenção Territorial Integrada (ITI) de Castro Verde poderão vir a ser revistas pelo Governo.
A garantia é dada ao “CA” pelo secretário de Estado da Agricultura, revelando que de momento o Governo está a fazer todos os cálculos necessários antes de avançar com qualquer alteração. 
“Não o fizemos antes porque estávamos à espera da legislação mais concreta da União Europeia. Sem esses detalhes não podíamos avançar e estamos neste momento a trabalhar, por isso vamos ver”, diz José Diogo Albuquerque.
O governante revela igualmente ser difícil haver mais medidas agro-ambientais para o Campo Branco, nomeadamente para culturas arvenses e florestais.
“Estamos a analisar, mas com uma ITI mais flexível, com uma medida de pastoreio extensivo e com uma medida de pagamento Natura não está mau…. Vamos ver, é uma questão de contas e de ver o que é operacional. Não excluo nada à partida, mas também não digo que sim. Estamos a analisar”, afirma José Diogo Albuquerque.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Portugal "não está atrasado" na preparação do novo quadro comunitário


O secretário de Estado considerou "normal" o facto de "o período de passagem de um quadro para o outro demorar mais de um ano", mas referiu que o Governo português pretende que, desta vez, o processo "demore apenas um ano"
 O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, garantiu hoje que Portugal "não está atrasado" na preparação do próximo quadro comunitário de apoio, mantendo o objetivo de existirem "movimentos financeiros" no segundo semestre deste ano.

Castro Almeida falava à agência Lusa no final de uma reunião com os presidentes das 14 câmaras do distrito de Évora, na sede da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), em Évora.

O responsável afirmou que o Governo português "apresentou a sua proposta de acordo de parceria [à Comissão Europeia] há menos de um mês" e que "ainda não apresentou os programas operacionais". "Mas não estamos atrasados. Pelo contrário, Portugal foi o quarto Estado-membro da União Europeia a apresentar a sua proposta de acordo de parceria", ressalvou.

O secretário de Estado considerou "normal" o facto de "o período de passagem de um quadro para o outro demorar mais de um ano", mas referiu que o Governo português pretende que, desta vez, o processo "demore apenas um ano".

"Precisamos de, o mais rapidamente possível, injetar dinheiro na economia e acelerar o investimento que é preciso fazer em Portugal para gerar riqueza e emprego", realçou.

Nesse sentido, segundo o governante, o objetivo do Executivo é que, "no segundo semestre deste ano, já possa haver movimentos financeiros no âmbito do [programa] 'Portugal 2020'".

"Se conseguirmos esse resultado, e não é seguro que vamos conseguir, significará um avanço de um ano relativamente àquilo que aconteceu no lançamento do quadro anterior", disse.

Castro Almeida adiantou que o Governo está "a terminar agora" a definição dos programas operacionais regionais e temáticos, indicando que está a reunir com as comunidades intermunicipais para a "elaboração de planos estratégicos ao nível sub-regional".

Estas reuniões servem para "podermos preparar a melhor forma de investir e rentabilizar os fundos europeus", afirmou, alegando que "é muito dinheiro que está em causa" e que não deve ser desperdiçado.

Depois de reunir com os autarcas de Évora, o governante seguiu para Beja para um encontro com os presidentes das câmaras daquele distrito.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Projecto europeu quer fazer as pazes entre agricultores e charcos temporários

MARISA SOARES 27/02/2014 - 09:12
Parecem simples poças de água mas são muito mais do que isso. Os charcos temporários dão abrigo a espécies pré-históricas que resistem faça chuva ou faça sol. Em Odemira, luta-se para manter os que restam.


Charcos temporários têm espécies de flora resistentes aos extremos meteorológicosCARLA PINTO CRUZ/DR


Serão pouco mais que uma centena os charcos temporários mediterrânicos que restam no sudoeste alentejano, sobretudo no concelho de Odemira. No início da década de 1990, eram 300. A agricultura intensiva tornou-se a principal ameaça para estes pequenos habitats, espalhados por charnecas, planaltos e bosques. Agora, os agricultores são parceiros de um projecto europeu que visa conservar os que restam.

“Queremos encontrar formas de compatibilizar a agricultura feita no concelho de Odemira com a manutenção destes habitats”, explica Rita Alcazar, coordenadora do LIFE Charcos. Este projecto de 1,9 milhões de euros, financiados em 75% pela Comissão Europeia, é coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e tem na lista de parceiros a Associação de Beneficiários do Mira, que reúne os agricultores inseridos no perímetro de rega do rio Mira.

“Esperamos conseguir mostrar-lhes que há medidas simples que permitem conservar os charcos, com benefícios para a actividade agrícola”, diz a bióloga da LPN. O projecto, que arrancou em Julho de 2013, prevê várias sessões de esclarecimento para a população e particularmente para os proprietários de terrenos, e a primeira decorre nesta quinta-feira às 14h na sede da Associação de Beneficiários do Mira, em Odemira.

Os charcos temporários, que enchem no período das chuvas e secam no pino do Verão, são considerados pela União Europeia como um dos habitats prioritários para a conservação da natureza. O LIFE Charcos visa a preservação dos charcos existentes no Sítio de Interesse Comunitário da Costa Sudoeste da Rede Natura 2000 – que coincide, em parte, com o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) –, nas charnecas do concelho de Odemira e no planalto de Vila do Bispo, onde estão alguns dos principais núcleos a nível nacional.

O objectivo é inverter a tendência de declínio: entre 1991 e 2009, aquela zona perdeu 56% dos charcos temporários. Destes, 89,3% foram destruídos por actividades agrícolas como o cultivo intensivo e a drenagem dos solos, segundo um estudo realizado por Mário Ferreira e Pedro Beja, biólogos do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (Cibio). Muitos destes lagos naturais foram transformados em charcos permanentes, para irrigação. Outros deram lugar a estufas. E nem a criação do PNSACV impediu a sua destruição.

Mas que riquezas se escondem, afinal, nos charcos temporários? Nestas bolsas de água, cujo tamanho pode variar entre poucas dezenas de metros quadrados a um hectare, vivem crustáceos que existem desde o tempo dos dinossauros e podem dar pistas sobre como sobreviver a extremos climáticos. “A biodiversidade existente nestes lagos encerra mecanismos de sobrevivência que podem ser aproveitados pela medicina e pela biotecnologia”, observa Rita Alcazar.

Uma das espécies dependentes dos charcos é o Triops vicentinus, também chamado de camarão-girino, que apurou ao longo de milhões de anos estratégias e técnicas de reprodução para sobreviver à falta de água. Este crustáceo endémico do sudeste alentejano, considerado um dos animais mais antigos do mundo ainda vivos, cresce até sete centímetros (sem contar com a cauda), tem 70 pares de patas e três olhos. Os seus ovos podem permanecer no solo seco dos charcos durante anos, eclodindo apenas quando caem as primeiras chuvas.

Além desta espécie há outras, desde insectos a plantas, aves, mamíferos, répteis e anfíbios, que vivem e morrem ao ritmo das estações do ano. A lista é extensa: inclui o sapo-de-unha-negra, o sapo-corredor, o tritão-de-ventre-laranja, o cágado-de-carapaça-estriada e o rato de cabrera, entre muitos outros. Em comum têm uma característica: todas dependem dos charcos temporários para sobreviver. Para os anfíbios, este é mesmo o único habitat de água doce onde se encontram quase todas as espécies que ocorrem no sudoeste alentejano.

O LIFE Charcos tem também como parceiros a Câmara de Odemira, as universidades de Évora e do Algarve e o Centro de Ciências do Mar. Até ao final de 2017, os biólogos vão cartografar todos os charcos e a biodiversidade associada, estabelecer normas de gestão para a conservação destes habitats, mostrar como podem ser recuperados e até criar um banco de sementes para salvaguardar a referência genética da flora.

IVV, I.P. distinguido pelos prémios da Revista de Vinhos "Melhor Organização Vitivinícola 2013"



O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) congratula-se pela distinção do Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. enquanto "Melhor Organização Vitivinícola 2013" prémio atribuído pela Revista de Vinhos no âmbito dos prémios "Os Melhores do Ano 2013". Estes prémios têm como objetivo premiar o que de melhor se fez nos sectores do vinho e da gastronomia portuguesa durante o ano 2013.

A atribuição deste prémio vem realçar a atuação do IVV, I.P. ao longo de 2013. O IVV, I.P. é um instituto público sob tutela do Ministério da Agricultura e do Mar, que tem por missão coordenar e controlar a organização institucional do Sector Vitivinícola, auditar o sistema de certificação de qualidade, acompanhar a política comunitária e preparar as regras para a sua aplicação, bem como participar na coordenação e supervisão da promoção dos produtos vitivinícolas. Ao longo de 2013 o IVV, I.P. destacou-se por uma maior agilização de processos e por uma maior abertura para a compreensão dos problemas do sector.

Segundo José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura: "Estamos bastante satisfeitos com a atribuição deste prémio e já felicitámos o IVV, I.P. por este reconhecimento. Este prémio é merecido e demonstra a forma como temos vindo a trabalhar. A simplificação de processos e um contacto direto e articulado, com o sector e com os restantes serviços do MAM, têm sido os nossos objetivos e o trabalho realizado e a eficiência do mesmo começam agora a ser mais visíveis para o exterior. É um prémio merecido, principalmente porque se trata de um instituto público que está a ser reconhecido pelo trabalho que presta aos seus beneficiários".

Quanto ao sector vitivinícola os resultados agora divulgados são também eles merecedores de realce já que as exportações de vinho relativas ao ano de 2013 revelam novamente um crescimento em 2,4% com um desempenho de 725 milhões euros. A Europa Comunitária mantém-se como principal destino em volume (54% do total) e também em valor (57%), mas as exportações para países extracomunitários revelaram uma boa dinâmica tendo chegado aos 314 milhões euros e mais de 140 milhões de litros.

Por mercados, destaca-se o contributo positivo para o valor exportado alcançado em Angola, EUA, Polónia, Suíça e Canadá. Em quantidade, os mercados repetem-se, mas Angola é substituída pelo Luxemburgo. Angola mantém-se como principal destino da quantidade exportada (21%), apesar da diminuição registada mas que foi compensada por um crescimento de 17% no preço médio.

Adega Mayor distinguida com o Prémio Melhor Enoturismo



A Adega Mayor, referência nacional vitivinícola pertencente ao Grupo Nabeiro, acaba de ser distinguida pelo Turismo do Alentejo com o prémio Melhor oferta de Enoturismo.

Os voos de balão, os passeios de Btt, as provas de orientação, as experiências de vindima, as acções de team building, entre muitas outras experiências desenhadas ao pormenor e personalizadas para cada consumidor, permitiu que a Adega Mayor fosse mais uma vez reconhecida pela oferta de excelência que proporciona a todos os visitantes.

A quarta edição dos Prémios "Turismo do Alentejo", promovida pela Turismo do Alentejo, ERT, reuniu 66 projectos, divididos por diferentes categorias, e premiou os que apresentavam uma oferta inovadora e de qualidade.

"É com muito orgulho que vemos a Adega Mayor ser distinguida num dos conceituados concursos do Alentejo. Cada vez mais é importante valorizar o que Portugal tem de melhor. Desta forma, procuramos sempre levar uma oferta diversificada e de excelência a todos os públicos.", sublinha Rita Nabeiro, Administradora da Adega Mayor.

Fonte:  Lusa

3 mil vinhos para provar no Porto

Mais de três mil vinhos de 350 produtores, nacionais e estrangeiros, estarão em prova este fim de semana no Palácio da Bolsa


Milhares acorrem à Essência do Vinho
D.R.
27/02/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo
A 11ª edição do Essência do Vinho arranca esta quinta-feira no Porto, prolongando-se até 2 de março. São mais de três mil vinhos, de 350 produtores, nacionais e estrangeiros, que estarão em prova no Palácio da Bolsa, a par de um extenso programa de ações temáticas conduzidas por conceituados especialistas.
Hoje mesmo, Paul e Charles Symington, respetivamente presidente e enólogo do grupo Symington, têm a seu cargo a apresentação de 13 vinhos do Porto Vintage 2011, enquanto Rui Falcão, crítico de vinhos da revista Wine, está encarregue de conduzir a prova 'Vinhos da Madeira de sonho', que reúne exemplares raros do século XIX, incluindo o Blandy's Verdelho 1887 e o Barbeito Cercial 1898, entre outros.
Leia também: 50 melhores vinhos para americano apreciar
Críticos, sommeliers, líderes de opinião e jornalistas portugueses, brasileiros, dinamarqueses, espanhóis, finlandeses, suecos e britânicos estão encarregues, esta sexta-feira, de uma das provas de referência do evento - o Top 10 Vinhos Portugueses -, que será constituído por um Porto Vintage, um vinho branco e oito tintos.
Luís Sottomayor, enólogo da Sogrape, será o guia de uma prova vertical de vinho do Porto 'Late Bottled Vintage' da Ferreira, de 1987 a 2009, enquanto José Maria da Fonseca terá a seu cargo a apresentação de um “coleção única” de moscatéis de Setúbal, incluindo o JMF Moscatel Setúbal Superior 1955, o JMF Moscatel Roxo Superior 1960 e o JMF Bastardinho de Azeitão 30 anos, entre outros.
Mas nem só de vinhos é feito o programa do Essência. O champanhe tem lugar de destaque garantido, através da maison Drappier – era a predileta de Charles de Gaulle -, estando a prova a cargo do proprietário, Michel Drappier. E a Super Bock apresentará o mais recente lançamento da gama Selecção 1927, a cerveja artesanal Scotish Smoked Lager. 
Não esquecer as harmonizações, com chefs distinguidos com estrelas Michelin, ou a antecipação do Campeonato do Mundo de Futebol, através do 'Brasil, 12 cidades sede da Copa do Mundo, 12 vinhos, 12 receitas'. Veja aqui o programa completo de um evento que contará, ainda, com o lançamento do Guia de Gastronomia e Vinhos da Cidade do Porto, da autoria de Paulo Russel-Pinto e Sérgio Jacques.

O Essência do Vinho – Porto é uma organização da empresa EV – Essência do Vinho, líder portuguesa na produção de eventos enogastronómicos e que está agora a comemorar 10 anos de existência. Veja aqui os resultados da empresa em 2013.

Capoulas Santos fala das potencialidades da agricultura a jovens de zonas rurais com dificuldades

                                                   


Capoulas Santos foi convidado para representar o Parlamento Europeu (PE) perante um público de jovens de regiões rurais com constrangimentos socioeconómicos que se deslocaram esta semana à sede desta instituição em Estrasburgo para recolher informação sobre as políticas europeias de apoio à agricultura e ao mundo rural.

 

“A agricultura é uma atividade económica que precisa de jovens para assegurar a sua continuidade e a introdução de novas técnicas que possam melhorar a qualidade dos produtos e a proteção do ambiente”, referiu o eurodeputado.

 

O evento teve lugar no âmbito do projeto financiado pela Comissão Europeia denominado Popeye: promover a agricultura biológica e o emprego jovem, que tem o objetivo de reunir jovens de zonas rurais de seis países – França, Estónia, Chipre, Bulgária, Croácia e Itália – e decisores políticos para uma melhor tomada de consciência sobre as necessidades desta realidade e as possibilidades promovidas pelas políticas públicas e pelas oportunidades de mercado.

 

“Os produtos provenientes da agricultura biológica têm cada vez mais procura no mercado sem no entanto deixarem de representar um nicho, o que se deve sobretudo ao preço. Mas é por isso, e pelo reconhecido papel que pode ter a agricultura biológica nos ecossistemas, que a nova política de desenvolvimento rural ao nível europeu concede a possibilidade de apoios a este tipo de atividade” esclareceu Capoulas Santos, que foi o negociador da reforma da política agrícola comum do lado do PE.

 

“O maior desafio com que nos deparamos, e que foi a nosso fio condutor durante todo o processo da reforma, é como conciliar competitividade e sustentabilidade na agricultura. Não há dúvida de que o ingrediente essencial para reforçar esses dois aspetos é promover de forma eficaz a entrada de jovens na atividade e a nova política também contempla medidas nesse sentido”, concluiu.


Banco Mundial adverte que desperdício ameaça a segurança alimentar


Banco Mundial adverte que desperdício ameaça a segurança alimentar

O Banco Mundial (BM) soou o alarme esta quinta-feira sobre o desperdício de alimentos no mundo, que representa uma «grave ameaça» para a segurança alimentar.
«Milhões de pessoas no mundo dormem com fome todas as noites, enquanto milhões de toneladas de alimentos acabam no lixo ou a apodrecer antes de serem comercializados», denunciou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, num comunicado da instituição.
De acordo com o relatório do Banco Mundial sobre os preços dos alimentos, entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos a cada ano são desperdiçados ou perdidos em algum ponto da cadeia de produção.
Cerca de 35% deste desperdício é de responsabilidade do consumidor final, especialmente nos países desenvolvidos. Além disso, 24% perde-se durante a produção de alimentos e 24% durante o armazenamento e distribuição, indica o Banco Mundial, sem especificar onde o restante é perdido.

Vintage 2011 na prova anual de vinhos portugueses em Londres


Em 2013 a exportação de categorias especiais para o Reino Unido cresceu 6,6% em quantidade e 10,6% em valor

 

Vintage 2011 na prova anual de vinhos portugueses em Londres

 

5 de Março, RHS Lindley Hall Victoria, em Londres
 

 

O Reino Unido é o segundo maior mercado em volume de negócios de exportação de vinho do Porto, tendo registado um crescimento contínuo nos dois últimos anos. Neste contexto estratégico e exigente, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) apresenta, no âmbito da prova anual de vinhos portugueses em Londres da ViniPortugal, o Vintage 2011, a mais recente declaração Vintage. A apresentação integra 14 vinhos de oito marcas e são esperadas 700 pessoas. A prova anual da ViniPortugal acontece no dia 5 de março, no RHS Lindley Hall Victoria, em Londres. Em 2013, ano de declaração oficial do Vintage 2011, a exportação de categorias especiais para o Reino Unido cresceu em quantidade 6,6% e em valor 10,6%, tendo o Vintage 2011 representado 47% das exportações de Vintage para a Reino Unido.
 

O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, considera que “o Reino Unido é um mercado fundamental para o vinho do Porto e a apresentação neste grande evento da ViniPortugal reforça a nossa intervenção junto deste público tão exigente”.

 

As exportações de vinho do Porto para o Reino Unido cresceram em 2013, 5,8% em quantidade e 8,5% em valor, em relação a 2012. Ocupa assim a terceira e segunda posição, respetivamente, nos mercados de exportação.

 

ASAE já tem em mãos 50 processos sobre más práticas do comércio


ANA RUTE SILVA 25/02/2014 - 20:00
Nova lei, que entrou terça-feira em vigor, dá mais poderes à autoridade de segurança alimentar, que criou três brigadas especializadas para fiscalizar empresas.

Indústria alimentar pediu adiamento da entrada em vigor da nova lei DANIEL ROCHA
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já tem em mãos 50 processos de práticas restritivas do comércio que, até agora, estavam a ser analisados pela Autoridade da Concorrência (AdC). A nova lei que regula as vendas com prejuízo ou práticas negociais abusivas entrou terça-feira em vigor e transferiu da AdC para a ASAE a competência para instruir processos.

Em resposta enviada ao PÚBLICO, fonte oficial do Ministério da Economia, que tutela a ASAE, afirmou que, tal como previsto, estes casos já transitaram para a autoridade alimentar “para a realização da instrução”. Mas, nesta fase, não é possível “adiantar a que matérias se referem”. Há vários meses que o PÚBLICO tenta, sem sucesso, obter mais informações da AdC sobre o número de casos em análise durante o ano de 2013.

As informações mais recentes sobre este assunto foram divulgadas em Março do ano passado durante uma audição parlamentar a Manuel Sebastião, ex-presidente da AdC. Entre 2003 e 2012, foram abertos 781 processos e 44% resultaram em condenações. Quase 240 prescreveram. De entre as condenações das vendas abaixo do preço de custo está a da Jerónimo Martins. No feriado do 1.º de Maio de 2012, a cadeia de supermercados Pingo Doce abriu os telejornais graças a uma inesperada promoção de 50% de desconto em quase todos os produtos, para quem fizesse compras no valor mínimo de 100 euros.

Com novas responsabilidades, a ASAE criou três brigadas especializadas em cada unidade regional que vão fiscalizar o cumprimento da lei e aplicar as medidas cautelares previstas no diploma. “Procurou-se que os inspectores que compõem estas brigadas tivessem valências em economia, gestão ou contabilidade. Estes inspectores frequentaram já uma acção de formação teórica ministrada pela Autoridade da Concorrência”, esclarece a mesma fonte. A instrução de processos é feita por uma equipa que depende da estrutura central da ASAE e também teve formação dada pelo regulador.


Multas para todos
Os 21 artigos que compõem o diploma têm dado dores de cabeça a todos os intervenientes na cadeia de abastecimento: produtores, fornecedores e grande distribuição. A Centromarca, Associação de Empresas de Produtos de Marca, que sempre defendeu a nova lei, acabou por pedir o seu adiamento na véspera da entrada em vigor, depois de várias “dúvidas jurídicas” que surgiram.

Na prática, o diploma obriga a alterar os contratos com os fornecedores num prazo de 12 meses. E alguns tipos de descontos a efectuar nos produtos passam a contribuir para a formação do preço de compra (como os descontos em cartão). Caso haja uma fiscalização, a formação do preço é essencial para verificar se houve ou não venda com prejuízo.

As coimas a aplicar (aumentaram de um máximo de 30 mil euros para 2,5 milhões) afectam não só os retalhistas mas também os próprios fornecedores que não podem praticar preços discriminatórios. Como lembrou recentemente, a Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), os descontos têm de constar nas facturas que são emitidas pelos fornecedores quando vendem algum produto aos comerciantes. Com a nova lei, as cadeias de distribuição pediram para incluir a totalidade dos descontos no preço do produto facturado, “seja de forma directa, através da obtenção de um preço líquido, seja com a discriminação destes descontos na factura”, refere a ANIL.

Se a factura contiver o desconto líquido, o valor pode variar de empresa para empresa (há reduções de preço de acordo com a quantidade de produtos vendidos, por exemplo, e por isso os descontos não são iguais para todas as cadeias). “Mesmo que o preço líquido seja igual, o que aparece nas facturas é outro valor e isso é considerado uma venda discriminatória”, adianta Paulo Costa Leite, director-geral da ANIL. Em caso de fiscalização, o fornecedor pode ser multado.

http://www.publico.pt/economia/noticia/asae-ja-tem-em-maos-50-processos-sobre-mas-praticas-do-comercio-1626178

Cortiça investe em nove mercados para aumentar exportações


Campanha Intercork II quer reforçar vocação exportadora do sector.
Margarida Cardoso
14:50 Terça feira, 25 de fevereiro de 2014
A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano. A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano.

A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano numa campanha de comunicação que quer ajudar o sector a passar a barreira dos mil milhões de euros nas exportações nos próximos anos.

A campanha Intercork II, concentrada em 9 mercados (EUA, China, Alemanha, Brasil, Itália, França, Canadá, Suécia e Dinamarca), tem como alvo principal as rolhas e os materiais de construção e terá nas redes sociais um dos seus principais motores.

Para dar continuidade ao trabalho de comunicação desenvolvido pelo sector nos últimos anos, a campanha, financiada em 80% pelo programa Compete, ainda não garantiu a fatia de 20% relativa ao financiamento privado, "mas está no bom caminho para o conseguir", referiu João Rui Ferreira, presidente da APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça, na apresentação pública da campanha.

Líder mundial no sector da cortiça, Portugal tem 8 mil postos de trabalho neste sector e exporta 95% da produção para 100 países.

Investir 500 milhões

Depois de 3 anos com taxas médias de crescimento anual de 7%,  as exportações do sector estabilizaram, em 2013, nos 835 milhões de euros, no nível que registavam antes da crise de 2008. No comentário a este resultado, João Rui Ferreira referiu a desvalorização do dólar, a quebra no sector da construção e o facto da colheita vinícola de 2012 ter sido a mais baixa do milénio.

"Por cada euro exportado, a fileira incorpora 16 centimos de importação", disse o presidente da APCOR, sublinhando que o sector investiu 500 milhões nos últimos anos ao nível da qualidade, inovação e desenvolvimento de novas aplicações.

Olhando para o futuro, o presidente da APCOR diz que 2014 será "um ano decisivo, para olhar atentamente a valorização do produto. "Depois de estabilizar a quota de mercado, é hora de crescer pelo valor", defendeu.

Os resultados obtidos na indústria da cortiça mereceram a atenção do ministro da Economia, Pires de Lima, que não poupou elogios " a forma admiravel como o sector tem feito a reinvenção do negócio" e considerou a fileira "um bom exemplo de como um sector tradicional pode contribuir para acrescentar valor à economia nacional".

 


Pingo Doce prevê aumentar em 20% o peso das marcas próprias


ANA RUTE SILVA 26/02/2014 - 13:58 (actualizado às 16:33)
Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins, diz que a nova lei das más práticas do comércio, em vigor desde terça-feira, estimula a venda destes produtos

 
Pedro Soares dos Santos divulgou resultados anuais JOÃO CORDEIRO

As marcas da distribuição pesam 25% no total das vendas do Pingo Doce (40% excluindo os produtos frescos), mas a tendência é para crescerem. Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins, acredita que nas prateiras dos supermercados vamos ver, cada vez mais, estes produtos, em consequência da nova lei que regula as práticas restritivas do comércio, em vigor desde terça-feira.

“Vão crescer muito talvez pela salvaguarda da nova lei, se a grande distribuição não chegar a acordo com as marcas”, disse, durante a apresentação de resultados relativos a 2013. O diploma, que tem sido muito criticado, estipula regras para a relação entre os fornecedores e os comerciantes, incluindo os descontos nas facturas de venda dos produtos, ao mesmo tempo que aumenta as multas de um máximo de 30 mil euros para 2,5 milhões de euros. Caso não haja acordo com a indústria, Pedro Soares dos Santos admite que uma das saídas é o reforço das marcas da distribuição.

“A lei das Práticas Individuais Restritivas do Comércio teve uma certa bondade do legislador, mas mais uma vez o legislador não soube legislar. Agora é a indústria e as marcas que pedem [o adiamento da lei]”, referiu o presidente executivo da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce. E acrescentou: “Uma coisa é clara: os mais fortes vão ser mais fortes e os mais fracos, os pequenos e médios, sairão a perder”.

De acordo com os últimos dados da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, referentes ao primeiro semestre de 2013, a quota de mercado das marcas próprias – que começaram por ser chamados “marcas brancas” porque inicialmente não tinham qualquer logótipo que as distinguisse – caiu de 37,2% no primeiro semestre de 2012 para 35,8%. As intensas promoções fizeram aumentar as vendas de produtos de marca, produzidos e detidos pela indústria, agora com uma quota de 64,2%.

No caso do Pingo Doce, o reforço do “sortido de marca própria” já tinha sido indicado como um dos objectivos até 2016. Neste período, a intenção é manter e aumentar as promoções e apostar também nos produtos perecíveis.

 De acordo com os dados divulgados, nesta quarta-feira, pela Jerónimo Martins, 20% das compras totais do Pingo Doce são feitas fora de Portugal. A empresa consegue abastecer totalmente os 376 supermercados com legumes frescos produzidos em território nacional. “A nossa relação com os fornecedores tem mais de uma dezena de anos, há estabilidade”, disse Pedro Soares dos Santos, acrescentando que a cadeia não poderia atingir “os padrões de qualidade ou aceitação que tem hoje se essa relação não fosse forte”.

O presidente executivo antecipa um 2014 “muito duro” para os portugueses, já que a carga fiscal não será aliviada, e a continuação de uma tendência que tem ditado a estratégia dos maiores operadores nacionais: consumidores focados no preço e na melhor oferta.

Negócio de peso internacional

Em 2013 a Jerónimo Martins teve lucros de 382 milhões de euros, um crescimento de 6%, e vendas de 11,8 mil milhões de euros, mais 10,7% em comparação com 2012. A cadeia polaca Biedronka já representa 65,1% das vendas (63% em 2012) e é seguida pelo Pingo Doce, que facturou perto de 3,2 milhões de euros. O peso da cadeia portuguesa no negócio do grupo caiu de 28,7 para 26,9% para num sinal de que os grandes crescimentos continuam a vir do exterior.

O grupo espera abrir este ano 300 novas lojas Biedronka (tem actualmente 2393), enquanto em Portugal a previsão é de dez novos supermercados, 80% dos quais em regime semelhante ao franchising. “Temos de reconhecer que Portugal é um país maduro e a expansão orgânica que é possível fazer tem o seu limite”, disse Pedro Soares dos Santos. Na Polónia, a Jerónimo Martins também quer abrir mais 50 lojas Hebe (de cosmética e bem-estar).

Na Colômbia, onde a empresa entrou pela primeira vez em 2013, o ano fechou com vendas de 21 milhões de euros e 36 lojas Ara e as estimativas de investimento para 2014 rondam os 100 milhões de euros (de um total de 600 a 700 milhões de euros que o grupo prevê gastar este ano). A previsão é abrir mais 50 supermercados neste país.

Pedro Soares dos Santos confessou que o seu “sonho” é conseguir 25% das vendas na Colômbia. “Temos de acertar na fórmula”, disse, sublinhando que a empresa tem pela frente “um trabalho imenso”.

Quanto a novos mercados, o actual chairman diz que Ucrânia continua a ser uma ambição “mas está um pouco difícil”, disse, referindo-se à actual situação política e social.

Nos resultados anuais a única área de negócio a ter evolução negativa foram os “serviços de marketing, representação e restauração”, que venderam 78 milhões de euros, menos 10,7% em comparação com 2012. Os valores reflectem o enceramento de um terço dos cafés Jeronymo, no âmbito de um processo de reestruturação para tornar “as cadeias viáveis”. As vendas de azeite Gallo (que a empresa detém em parceria com a Unilever) cresceram nos mercados internacionais e a Unilever (dona das marcas Skip ou Dove) conseguiram aumentar receitas, “embora tenham exportado menos”, adiantou José Soares dos Santos, administrador responsável pelas áreas de Indústria e de Serviços de Marketing e Representações.

Aumentos salariais de 1,5%

Os cerca de 23 mil trabalhadores em Portugal vão ter, este ano, um aumento salarial de 1,5%. E todos os colaboradores que trabalham a tempo inteiro (Polónia incluída) terão direito a um prémio de 375 euros. A Jerónimo Martins emprega um total de 76.810 pessoas.

Cortes na campanha de promoção da cortiça mostram que "ambição foi reduzida" - diretor


Lusa
15:01 Terça feira, 25 de fevereiro de 2014
 
Santa Maria da Feira, 25 fev (lusa) -- A redução de 13,7 milhões de euros para a campanha de promoção internacional da cortiça significa "que a ambição também foi reduzida", disse hoje o diretor operacional do InterCork II.

Carlos de Jesus revelou que foi necessário adaptar os objetivos da campanha de promoção internacional da cortiça, hoje lançada pela Associação Portuguesa de Cortiça (APOR), aos meios financeiros disponíveis.

"Isto significa que ambição também foi reduzida", disse Carlos de Jesus, acrescentando, contudo, que a aposta continuará a fazer-se em consumidores e líderes de opinião, com recurso a cerca de uma centena de profissionais de várias nacionalidades.

Câmara de Bragança exige manutenção de laboratório de apoio à agropecuária


Lusa
15:35 Terça feira, 25 de fevereiro de 2014
 
Bragança, 25 fev (Lusa) -- A Câmara de Bragança aprovou uma moção a reclamar a manutenção em Mirandela do laboratório de apoio à atividade agropecuária depois de o Governo ter anunciado que as análises vão ser concentradas na zona do Porto.

A iniciativa partiu dos vereadores do Partido Socialista, Vitor Pereira e André Novo, e foi aprovada por unanimidade com os votos favoráveis da maioria social-democrata liderada pelo presidente Hernâni Dias, e do vereador independente Humberto Rocha, divulgaram hoje os promotores.

"Exigimos ao Governo a manutenção do referido serviço no local onde foi inicialmente implantado em 2006", lê-se na moção que vai ser enviada aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro, à ministra da Agricultura e ao diretor regional de agricultura.


Essência do Vinho regressa quinta-feira com 3.000 vinhos de 350 produtores


 
A edição deste ano da Essência do Vinho começa na quinta-feira, no Porto, reunindo «mais de 3.000 vinhos de 350 produtores» e oferecendo provas de vinhos da Madeira do século XIX e do «champanhe preferido de Charles de Gaulle».

As provas de «vinhos raros e exclusivos» são, uma vez mais, uma das grandes apostas da organização, a cargo da empresa homónima, em parceria com a Associação Comercial do Porto, disse à agência Lusa um dos seus diretores, Nuno Pires.
No primeiro dos quatro dias do evento são apresentados 13 vinhos do Porto Vintage 2011, que os especialistas dizem ter sido um ano excecional, seguindo-se, duas horas depois, uma prova de «vinhos da Madeira muito raros do século XIX».
Dinheiro Digital / Lusa

Agricultores convocam manifestação nacional para 3 de Abril contra imposições fiscais

O prazo para os agricultores com atividade comercial se registarem nas Finanças já foi adiado quatro vezes, estando previsto terminar agora a 30 de Abril
A Confederação Nacional da Agricultura irá realizar uma concentração nacional de agricultores, a 3 de abril, em Lisboa, para exigir a anulação das novas imposições fiscais sobre os pequenos e médios agricultores, informou hoje a sua direção.

"As novas imposições fiscais criam uma grande confusão e grandes prejuízos para os pequenos e médios agricultores", afirmou João Dinis, da direção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na sede da instituição, em Coimbra.

O novo regime, que, segundo João Dinis, "pode afetar entre 30 a 40 mil agricultores", obriga à inscrição de todos os agricultores com atividade comercial, ficando isentos de IVA os que têm um volume de negócios anual inferior a 10 mil euros.

Os agricultores com atividade comercial vão ser obrigados a declarar o início de atividade e têm de passar fatura de todas as transações comerciais, além de pagarem uma prestação mensal para a Segurança Social.

O prazo para os agricultores com atividade comercial se registarem nas Finanças já foi adiado quatro vezes, estando previsto terminar agora a 30 de abril.

De acordo com o responsável da CNA, este novo regime "foi a única medida criada pelo ministério [da Agricultura e do Mar] para o pequeno e médio agricultor" e visa "persegui-los e acabar com eles".

A manifestação convocada pretende também contestar "as reformas da PAC [Política Agrícola Comum] e do PDR [Programa de Desenvolvimento Rural]", que, para João Dinis, "beneficiam as grandes empresas do agronegócio e prejudicam a agricultura familiar".

"Os apoios têm que privilegiar os mercados de proximidade", defendeu o dirigente, informando que os agricultores vão também exigir, na concentração de abril, uma "melhoria dos preços de produção" e uma "baixa de custo de combustíveis, eletricidade, rações e adubos", entre outras reivindicações.

A concentração, que está marcada para as 14:00, arranca no Príncipe Real e termina à frente da Assembleia da República.

João Dinis informou ainda que a CNA vai também entregar um abaixo-assinado a 17 de abril a exigir a "anulação" das novas imposições fiscais e procura ainda desenvolver uma carta da agricultura familiar portuguesa e um estatuto do agricultor familiar português, que "clarifique o seu conceito e que permita um regime especial de segurança social".

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico