sábado, 26 de dezembro de 2015

Lojas gourmet portuguesas à conquista de Paris

LUSA 25/12/2015 - 11:05
Vários espaços em Paris apostaram no conceito de um Portugal diferente em troca dos tradicionais produtos do "mercado da saudade".


Nos últimos dois anos surgiram na capital francesa nomes como "Lisboa Gourmet", "La Tiborna", "Portologia", "Caravelle des Saveurs", "Comme à Lisbonne" ou "Tasca", cujas vitrinas vintage expõem produtos que não se encontram à venda nas grandes superfícies comerciais.

"Em Paris, Portugal não era muito bem representado nos seus produtos mais gourmet, mais de excelência. Ou seja, havia muitos supermercados, mas não produtos assim requintados", conta Agnès Meira, proprietária do Lisboa Gourmet, uma loja e bar que abriu no final de Abril de 2014.

A lusodescendente informa que o Lisboa Gourmet, situado no Boulevard des Batignolles, perto de Montmartre, foi "a primeira" loja gourmet portuguesa a abrir em Paris, tendo-se seguido algumas outras, o que a deixa satisfeita porque "os italianos tinham conseguido, os espanhóis também e Portugal ainda não tinha começado". "Eu penso que há um desejo, mas ainda não existe um verdadeiro roteiro gourmet, ou seja, poder ir a vários sítios onde se possa encontrar [produtos gourmet]. Ainda não há, mas poderá haver, temos esperança que sim. Paris precisava mesmo de um restaurante gastronómico português, isso sim", sugere Agnès Meira.

Licenciada em Economia e Gestão, a parisiense está a "educar os clientes ao sabor e ao paladar português" graças às conservas, azeitonas, compotas, mel, chá e vinhos de pequenos produtores e o Lisboa Gourmet já figura no guia turístico Le Routard 2015 como um local "onde se pode comer como em Lisboa".

Bem perto do Sacré Coeur, em pleno bairro turístico de Montmartre, outro espaço português tem atraído "90% de franceses" graças aos "bons produtos portugueses": o café La Tiborna que abriu em Novembro de 2014 na Rue Durantin.

"As pessoas estão receptivas e curiosas de conhecer produtos de Portugal porque o país está verdadeiramente na moda. Temos inúmeros franceses que, ao conhecerem Portugal, estão também curiosos em conhecer os produtos portugueses, não só os tradicionais, mas também os bons produtos portugueses e é essa a nossa aposta", explica Luís Ribeiro, o proprietário.

O projecto partiu da ideia da tiborna alentejana, "o chamado pão alentejano", para servir diferentes "tibornas" e "dar a conhecer vários produtos portugueses", como as conservas de sardinhas, bacalhau, atum ou cavala expostas nas prateleiras do café, ao lado de uma gama variada de vinhos "95% portugueses", a maior parte biológicos, e oriundos de pequenos produtores da região do Alentejo, Lisboa e Douro.

Em Junho, na Rue du Faubourg Saint-Martin, no 10.º bairro de Paris, abriu portas uma mercearia fina, Caravelle des Saveurs, com o objectivo de vender "produtos que não se encontram no mercado da saudade", revela Paula Simão, a proprietária.

"Portugal não é só produtos do dia-a-dia. Portugal não é só bacalhau e música de Linda de Suza. Temos assim um selo na cabeça que o português só está cá para trabalhar e só come bacalhau", lamentou a lusodescendente que fez "uma viagem de mais de cinco mil quilómetros" à procura dos pequenos produtores de Portugal.

Depois de 26 anos a trabalhar na indústria da moda, nas marcas de luxo Givenchy e Swarovski, Paula Simão quis ser uma das pioneiras das lojas gourmet portuguesas em Paris, tendo decorado o espaço com o que chamou de "sardinoteca", ou seja, um quadro composto de várias latas de conserva e prateleiras com cervejas e chocolates artesanais, patês de vinho do Porto, mata-bicho de alho, doce de pimento e malagueta, queijo de figo e outras iguarias portuguesas.

A mais recente aposta portuguesa em Paris, no bairro do Marais, perto do Centro Pompidou, chama-se Portologia e é um espaço de degustação e garrafeira dedicado a vinhos do Porto e do Douro. "O mercado francês é o primeiro mercado de vinho do Porto a nível mundial. Não havia cá nenhuma casa especializada em vinho do Porto", revela o proprietário Julien dos Santos que, no ano passado, já tinha comprado o bar Vinologia, no Porto, e que quis aproveitar a procura de vinhos menos conhecidos em França.

O lusodescendente de 27 anos considera que as lojas gourmet portuguesas em pleno centro de Paris respondem ao interesse francês por Portugal, constituindo uma alternativa aos supermercados à volta da capital que se "limitavam às grandes marcas portuguesas" e eram "direccionados para os emigrantes portugueses e não para clientela francesa".


Falta de oferta nacional força cadeia Brio a importar produtos de mercearia

ANA RUTE SILVA 26/12/2015 - 08:42

Cadeia de supermercados Brio tem 95% de fornecedores nacionais de produtos frescos, mas tem de comprar fora a maioria dos artigos de mercearia. No próximo ano, a rede abre cinco novas lojas, incluindo a primeira fora de Lisboa.


Com 50 trabalhadores, a rede Brio estima atingir uma facturação entre seis a sete milhões de euros no próximo anoENRIC VIVES-RUBIO

Para conseguir abastecer as prateleiras com produtos de mercearia, a Brio, maior cadeia de supermercados biológicos do país, tem de importar 85% destes artigos. A agricultura biológica está a conquistar cada vez mais produtores e área cultivada, mas falta diversificar, sobretudo, na área da transformação alimentar, diz António Alvelos, director-geral.

"Tudo o que é transformado é importado. Estamos a tentar procurar fornecedores. Em 2011 [quando a empresa foi comprada pelo The Edge Group] tínhamos azeites, compotas, mel; agora, a diferença é que há, por exemplo, 30 produtores diferentes de azeite. Fora destes produtos não há nada", detalha.

O cenário é o inverso na zona dos frescos. Cerca de 95% dos fornecedores são nacionais e o número de novos produtores a propor vender na cadeia está a aumentar. Os dados mais recentes da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural mostram isso mesmo. Entre 2013 e 2014, o número de agricultores registados aumentou 9% e a terra usada para produzir cresceu 8%, atingindo os 212.345 hectares. Este ano, a área deverá aumentar 35%, com a entrada neste negócio de 1300 produtores e mais verbas de Bruxelas.

António Alvelos conta que a empresa tem sido contactada por quem se está a iniciar na produção. "Alguns, encaminhamos para determinados produtos para que não sejam sempre os mesmos. Faz-nos falta sobretudo carne e ovos, até porque há apenas um matadouro em Portugal onde é possível seguir o modo biológico e isso dificulta a logística e faz aumentar o preço", detalha.

Mais cinco lojas no horizonte
Depois de anos de travão, a Brio voltou a dar gás ao projecto de expansão e, das cinco actuais lojas que tem na zona de Lisboa, espera passar a dez no próximo ano. Em Janeiro terá o primeiro supermercado fora da capital, em Aveiro, e está a negociar para abrir no Porto e na zona centro do país.

"Entre 2012 e 2013 parámos a expansão. Durante estes anos de crise sentimos que os clientes que tínhamos compraram muito menos", diz o director-geral. Este ano, a empresa deverá facturar quatro milhões de euros, mais 10% em comparação com 2014 e tendo em conta o mesmo número de lojas. Este crescimento segue-se ao do ano passado, quando os Brio sentiram já a recuperação das vendas e cresceram cerca de 15%. "As coisas estão francamente a voltar a crescer", afirma António Alvelos.

A diferença de preços face aos produtos convencionais está, agora, nos 15 a 20%, tendo descido ligeiramente face a 2011, quando os produtos biológicos eram 20 a 25% mais caros. António Alvelos diz mesmo que tem havido uma aproximação cada vez maior, principalmente, nas frutas e legumes. "Quando há excedentes de produção, chegam a ser mais baratos do que os convencionais. Às vezes conseguimos um preço competitivo", exemplifica.

Uma coisa que mudou de forma substancial nos últimos quatro anos foi o interesse do consumidor. "Há uma diferença enorme. Claramente, a alimentação biológica e saudável está na mente da maior parte das pessoas. Há uma grande mudança, tanto em relação a estes produtos alimentares como noutras áreas viradas para o cuidado com o corpo, como as medicinas alternativas. Em 2011, uma ou duas pessoas falavam sobre estes temas, hoje todos falam", analisa o gestor.

A cadeia detida pelo The Edge Group — holding de investimentos de Miguel Pais do Amaral e José Luís Pinto Basto — tem nos planos desde o início arrancar com vendas online, mas a "complexidade" do negócio acabou por adiar a estreia. "Vamos tentar em 2016, ainda sem certezas absolutas. A complexidade tem a ver com logística, não em termos das entregas mas do controlo do stock", detalha António Alvelos. Outro dos projectos que a empresa tinha em 2011 era vender produtos com marca própria, mas o tema está a ser discutido internamente. O director-geral avança que o posicionamento da cadeia Brio é "um pouco contrário ao conceito de marca própria", mas nada está fechado.

Com 50 trabalhadores, a rede Brio estima atingir uma facturação entre seis a sete milhões de euros no próximo ano, e crescer até aos oito ou nove milhões no ano seguinte.

A primeira loja abriu em 2008 em Campo de Ourique, fundada por Carlos Vicente e Miguel Carvalho Marques. Em Maio de 2011, os dois sócios venderam 50% do capital ao The Edge Group, que recentemente comprou a Majora e é dono do Fitness Hut.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Jovens agricultores podem candidatar-se ao PDR 2020 até fevereiro


por Ana Rita Costa- 10 Novembro, 2015


As candidaturas às medidas 3.1.1 e 3.2.1. reabriram no passado dia 3 de novembro e terminam a 29 de fevereiro do próximo ano.

Tratam-se de candidaturas às ações "Operação 3.1.1 – Jovens agricultores" e "Operação 3.2.1 – Investimentos nas explorações agrícolas + jovens agricultores", no âmbito do PDR 2020.

O período de apresentação de candidaturas termina no dia 29 de fevereiro de 2016 às 19h00. Saiba mais.

Mel: Comissão Europeia deteta ilegalidades



 25 Dezembro 2015, sexta-feira  

A Comissão Europeia (CE) publicou recentemente a avaliação às ilegalidades no setor do mel na União Europeia a 28 (UE-28), Noruega e Suíça.
Segundo Bruxelas 13% das amostras recolhidas foram classificadas como «suspeitas de não cumprir» com a declaração de origem geográfica ou por possível adulteração por adição de açúcar (11%).
Ao todo foram analisadas 2200 amostras de mel recolhidas em todos os elos da cadeia de valor.
Os principais incumprimentos detetados prendem-se com a declaração da origem do botânico e a adulteração por adição de açúcar.

100% Bio em Campo de Ourique a partir de janeiro



 25 Dezembro 2015, sexta-feira

A partir do próximo dia 5 de janeiro o PROVE chega a Campo de Ourique, em Lisboa.
A iniciativa, intitulada Cabaz PROVE de Campo de Ourique é composta por produtos hortofrutícolas de agricultura biológica oriundos da exploração da Recanto D'Arrábida.
Integram o projeto os produtores Solange e Hélio, de Pinhal Novo, concelho de Palmela.
Os cabazes têm um peso que oscila entre os 5 e os 7 quilos e um preço de único 15 euros.
As entregas decorrem todas as terças feiras, na loja Mundo Património Lab, localizada na Rua de Campo de Ourique, nº 169-171.
Os interessados poderão efetuar as suas encomendas na plataforma eletrónica do PROVE.

Continente promove o consumo de carne nacional



 23 Dezembro 2015, quarta-feira

O Continente vai manter a sua política de promoção e consumo de carne nacional e «dará continuidade ao trabalho desenvolvido no sentido de aumentar a percentagem de produto nacional nas suas lojas, havendo uma aposta do Continente na criação de gamas diferenciadoras, quer ao nível da promoção das raças autóctones, quer ao níveldas carnes denominadas de "100% Nacional"».
A garantia é dada em comunicado pela marca do grupo Sonae, que garante que em todas as suas lojas «o Regime Comunitário de Rotulagem Obrigatória é totalmente cumprido, estando toda a carne devidamente rotulada, dispondo o Continente de uma equipa dedicada em exclusivo para internamente fazer este controlo de qualidade e rastreabilidade».
«Existe inclusive a preocupação de nos rótulos colocar em evidência a origem da carne, de forma a tornar a compra mais atrativa para o consumidor», assegura a empresa.
O Continente recorda que «tem progressivamente aumentado o volume de compra de carne nacional (suíno, bovino, caprinos e aves)» e atualmente, cerca de 70% da carnevendida nas lojas Continente tem origem em Portugal.
A mesma nota realça também que, desde 1998, que o Continente «tem reforçado a sua ligação com a produção nacional através do Clube de Produtores Continente, cuja missão é a de promover os produtos nacionais de acordo com elevados padrões de qualidade e segurança alimentar, apoiando os seus associados, de forma consistente e estruturada».
Fotos: Continente

Interpoma: certame italiano dedicado à maçã


Dez 23, 2015

Nos dias 24 a 26 de Novembro decorre em Bolzano (Itália) a Interpoma, uma feira internacional dedicada à maçã. O certame tem três áreas de trabalho que têm em comum a tecnologia, nomeadamente, na produção, na embalagem e no marketing.

A Interpoma reúne mais de 400 empresas expositoras de 21 nacionalidades. O espaço Piazza Fiera recebe a cada edição a visita de quase 18.000 profissionais oriundos de 70 países.

Ao espaço de exposição – onde é possível conhecer novas variedades de maçã, novos métodos de cultivo e colheita, novidades em produtos fitossanitários –, alia-se uma componente didáctica com seminários, congresso e partilha de experiências entre profissionais.

A Europa é o país de origem da maioria dos expositores e visitantes da Interpoma que notou na última edição um acréscimo de outras regiões como Sérvia, Moldávia, Canadá, Chile, Equador, Israel, Marrocos, Rússia e outros.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Escassez mundial de café é inevitável

23-12-2015 
 

 
No mundo do café, tem havido alguns rumores sobre uma possível escassez. Ainda que não tenhamos chegado a esse ponto e das ameaças, continuam as notícias de que as probabilidades de isso acontecer são grandes.

Um novo relatório sobre a produção mundial de café feito pelo Foreign Agricultural Service traz algumas notícias confusas: o Brasil, o maior produtor de café do mundo, perdeu quase cinco milhões de sacas em função da seca que atinge partes do país. Ao mesmo tempo, a produção mundial de café está um pouco maior que a colheita passada. O que está a acontecer?

O Brasil não é apenas o maior fornecedor de café do mundo, como a fonte de um terço de toda a produção de grãos do mundo. Mesmo com a seca, o país produz cerca de 50 milhões de sacas - o segundo no ranking (Vietname) não faz nem metade disso. Tipicamente, com um grande domínio, qualquer baixa no mercado brasileiro significaria um impacto em todo mundo, da mesma forma que um crescimento afectaria toda a produção.

O facto é que algo muito estranho está a acontecer: se analisar o mundo, ainda não atingimos a escassez. De facto, a produção deste ano está um pouco acima do ano passado.

E como é que isso aconteceu? Essencialmente, três países estão a passar por altas na produção em função de um tempo propício para a plantação de café. Honduras e Indonésia estão a bater recordes este ano, e o Vietname (o número dois em produção) conseguiu uma colheita extra de dois milhões de sacas de café.

Estes três países juntos conseguem exceder as perdas do Brasil - pelo menos por um tempo. Mas não espere ver esses resultados excepcionais por muito tempo, pois dificilmente haverá recordes ano a ano de produção dadas as condições climatéricas no maior produtor do mundo. Enquanto isso, o consumo global de café tem aumentado. Isso tudo significa que a escassez mundial foi adiada, mas, aconteça o que acontecer, comece a preparar-se.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Marcas brancas perdem peso nos produtos alimentares


As marcas próprias das cadeias de distribuição, mais conhecidas como marcas brancas, continuam a perder quota de mercado no ramo alimentar. Uma tendência que não é nova, já que nos últimos anos tem apresentado um trajetória descendente. Mas, nos produtos não alimentares, o peso destas insígnias está a subir.

De acordo com dados revelados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a venda de produtos de marca própria em 2014 representa 34,7% e 48,1% do volume de vendas global dos segmentos alimentar e não alimentar, respetivamente. Em 2013 representava 34,9% e 48,0% em 2013.

No segmento não alimentar - que abrange produtos como vestuário ou pequenos electrodomésticos, por exemplo - há assim uma evolução do peso das marcas próprias.

No segmento da alimentação, acentua-se a descida contínua que estava a verificar-se em anos anteriores, que pode ser justificada com o facto de as marcas de fabricante estarem a apostar cada vez mais nas promoções, o que faz com que acabem por apresentar produtos a preços mais baixos.

Na alimentação, onde a oferta é superior, era possível encontrar preços mais baixos nas marcas próprias, desde que as marcas de de fabricante não apostassem em campanhas de desconto. Mas a realidade é que as promoções têm-se multiplicado, o que levou a uma mudança neste panorama.

Estes dados ganham importância numa altura em que, para muitas economias, o consumo durante o Natal representa cerca de dois terços da atividade económica e vão ditar as intenções de contratação da maioria das empresas.

Este ano, os gastos dos consumidores portugueses e irlandeses cresceram mais de 3%, em comparação com cerca de 2% na Alemanha, de acordo com um estudo da PwC.

Existem outras tendências mais recentes, em que o rendimento disponível e a taxa de poupança têm um papel na recuperação. Analisando a forma como os consumidores deverão comportar-se este Natal, verifica-se que algumas economias periféricas da zona euro estão a mostrar uma reviravolta face a anos anteriores.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Douro: ano vitícola 2014/2015 foi «atípico» em termos climáticos

 22 Dezembro 2015, terça-feira  

O ano vitícola de 2014/2015 na região do Douro caracterizou-se por ser um ano atípico em termos climáticos, com um inverno frio e seco, e com uma primavera e verão anormalmente quentes e secos.
Assim começa o balanço do ano vitícola efetuado pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), e que destaca igualmente «em especial a reduzida precipitação ao longo da maior parte do ciclo vegetativo e as altas temperaturas registadas entre junho e julho, pelo seu impacto na videira e na maturação da uva».
«O clima provocou um adiantamento do ciclo vegetativo de cerca de um a duas semanas, relativamente à média. Em termos fitossanitários, as doenças criptogâmicas (oídio e míldio) e as pragas não chegaram a ter um impacto significativo nem na quantidade, nem na qualidade da produção. Tendo com conta a última década, podemos consi­derar que 2015 foi o ano em que a produção apresentou um melhor estado fitossanitário», acrescenta o relatório daquela associação.
Quanto ao estado hídrico da videira, «entre julho e até à data de vindima, as plantas desenvolveram-se em condições de intenso défice hídrico», tendo a ADVID no ano de 2015 «registado valores de potenciais hídricos de base de -1.25 MPa, tendo sido o 2º ano com valores mais negativos desde 2002, a seguir a 2005 (ano de referência com valores de -1.4 Mpa)».
«Os sintomas de stresse hídrico, térmico e luminoso foram observados um pouco por toda a Região, em especial em vinhas com menor disponibilidade hídrica do Douro Superior e do Cima Corgo, localizadas em cotas mais baixas, mais expostas à radiação, ou ainda em vinhas novas, tendo tido consequências importantes quer na parede de vegetação (fenómenos de queima e desfolha) quer nos cachos (maior desidratação e menor tamanho do bago) e ainda na evo­lução da maturação», informa a ADVID.
Já a maturação teve um comportamento heterogéneo na Região, tendo em conta a localização das vinhas e/ou a sua disponibilidade hídrica. Nos locais menos expostos aos stresses ou com maior disponibilidade hídrica, «a maturação foi mais precoce (cerca de 1 a 2 semanas), tendo-se iniciado a vindima por volta de finais de agosto/inícios de setembro».
Em vinhas localizadas em cotas mais baixas, ou mais expostas ao calor, «a maturação decorreu de forma mais lenta, obrigando a um compasso de espera para a obtenção de melhores teores de álcool provável e compostos fenólicos. No entanto, a ocorrência de precipitação entre os dias 15 e 16 de setembro, acompanhada de temperaturas mais baixas, teve um impacto bastante positivo quer na produção, quer na qualidade, permitindo uma maturação que evoluiu de forma progressiva até finais de setembro/inícios de outubro», lê-se no relatório produzido.
A maioria da produção da Região Demarcada do Douro conseguiu ser vindimada até final de setembro/início de outubro, apresentando nesse período «bons níveis de açúcar, acidez e teores de compostos fenólicos. Os mostos apre­sentaram, de uma maneira geral, uma qualidade muito elevada».
Relativamente à quantidade de uvas recolhidas, em 2015 verificou-se uma maior produção em castas como a Touriga Franca e a Tinta Roriz e uma menor produção na casta Touriga Nacional, em especial no Douro Superior, fruto do impacto das condições climáticas.
No relatório é possível ainda ficar a saber:
- Evolução das condições meteorológicas
- Ciclo vegetativo, potencial de colheita e produção
- Evolução dos aspectos fitossanitários (Doenças)
- Evolução dos aspectos fitossanitários (Pragas)
- Evolução do potencial hídrico
- Evolução da maturação
- Tratamento de dados (Parcelas de referência)

Marca de produtos em cortiça é sucesso no Natal de Nova Iorque


19 Dez 2015 Lusa

A marca portuguesa de acessórios de cortiça Pelcor garante que o seu primeiro espaço de venda nos EUA, aberto desde Novembro em Nova Iorque, está a ser um sucesso na época de Natal.

Marca de produtos em cortiça é sucesso no Natal de Nova Iorque
 

"[Está a correr] muito bem. Vamos inaugurar oficialmente o novo espaço dia 20 de janeiro", disse à Lusa a fundadora e presidente da empresa, Sandra Correia.

O ponto de venda está enquadrado num espaço multimarcas, instalado no Soho Grand Hotel, uma localização privilegiada em Manhattan.

As vendas na cidade durante esta época não surpreendem a responsável, porque os EUA já eram um dos principais mercados da marca.

"Tem sido o nosso mercado de excelência para exportação. Representa cerca de um terço dos resultados da globalidade da marca e sobretudo no comércio 'online', em que representa cerca de 60% das vendas", explicou.

Até 2018, garante a responsável, o objetivo é abrir duas lojas próprias no país: uma em Nova Iorque e outra em Los Angeles.

A Pelcor está presente nos EUA desde 2010, quando foi escolhida pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) para apresentar a sua coleção "Cork Your Style".

"A partir daí o negócio foi-se desenvolvendo e foram aumentando os pontos de venda. Para além da loja no MoMa, contávamos já com diversas lojas multimarcas especializadas", disse Sandra.

Neste momento, estão presentes em cerca de trinta lojas em vários estados americanos, com maior incidência na Florida e Califórnia.

No ano passado, a empresa sentiu necessidade de criar a PELCOR USA, com um 'showroom' próprio, agentes específicos e um armazém de depósito, com o propósito de minimizar as taxas de importação.

"Como consequência desta procura, torna-se importante na nossa estratégia ter uma presença física da Pelcor neste mercado, uma presença própria. A escolha de Nova Iorque, deve-se ao facto de ser a capital da moda nos EUA e também por ser uma das cidades com maior atrativo turístico, o que permite atuar estrategicamente em duas vertentes: posicionamento e mercado", explica a responsável.

A nível mundial, os planos passam por um reforço do investimento a oriente.

"Tencionamos continuar o investimento na Europa e na Ásia. Este último mercado tem-se vindo a revelar bastante promissor e será o nosso mercado seguinte ao nível de investimento", explicou a responsável da Pelcor.

Costa recebe dos membros do seu Governo cabaz de Natal com produtos tradicionais portugueses

Costa recebe dos membros do seu Governo cabaz de Natal com produtos tradicionais portugueses


Os ministros e os secretários de Estado do Governo estiveram hoje em São Bento para desejar votos de boas festas ao líder do executivo, António Costa, a quem ofereceram um cabaz de Natal com produtos tradicionais portugueses.
Fonte do gabinete do primeiro-ministro disse à agência Lusa que o cabaz de Natal oferecido a António Costa teve um custo simbólico de seis euros por cada um dos membros do executivo e destinou-se a salientar a "excelência e a diversidade da produção nacional".
"O presente escolhido foi um cabaz com 30 produtos tradicionais portugueses, onde se inclui o melhor que é produzido em todos os distritos de Portugal, desde Viana do Castelo a Faro, sem esquecer as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Uma oferta que vem reconhecer e promover a qualidade da produção nacional em vários setores de atividade", acrescentou a mesma fonte.
Entre os produtos oferecidos a António Costa estão chouriça e salpicão da serra d'Arga (Viana do Castelo), vinho verde (Braga), azeite e alheira de Mirandela (Bragança), vinho do Porto e folar de Valpaços (Vila Real), leite biológico (Porto), ovos moles e pão de ló de Ovar (Aveiro), maçã bravo de esmolfe e vinho espumante (Viseu), mel da Lousã (Coimbra), travia da Beira Baixa (Castelo Branco), maçã de Alcobaça e ginja de Óbidos (Leiria) e ameixas de Elvas (Portalegre).
Os ministros e secretários de Estado ofereceram ainda a António Costa aguardante da Lourinhã e pera rocha (Lisboa), queijo de Azeitão e moscatel (Setúbal), queijo e ervas aromáticas (Évora), paleta de Barrancos, azeite de Moura e vinho alentejano (Beja), laranjas do Algarve, flor de sal de Tavira, batata doce de Aljezur e sardinhas em conserva (Faro), queijo da ilha de São Miguel e ananás (Açores), e estrelícias e bananas (Madeira).
Fonte do executivo disse à agência Lusa que os ministros chegaram à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, ao início da tarde, onde almoçaram.
Os secretários de Estado juntaram-se aos ministros nos cumprimentos de boas festas após o almoço.
Diário Digital / Lusa

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Lusoflora recebe colóquio sobre legislação na horticultura ornamental


Dez 22, 2015Notícias

O certame, organizado pela Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais (Apppfn), contará com um colóquio que fará o enquadramento legal da produção e comercialização na horticultura ornamental. O evento acontecerá durante a Lusoflora, a 26 e 27 de Fevereiro de 2016, no Centro Nacional de Exposições (Cnema), em Santarém.

«Com este colóquio pretende-se partilhar com os produtores e restantes agentes da cadeia, todas condições necessárias para o licenciamento de uma empresa, da produção à comercialização», diz a organização em comunicado.

Números de organizações ambientais desce sugerindo indiferença dos portugueses

22/12/2015, 16:55

O número de organizações ambientais caiu em 2014, refletindo "alguma indiferença" da sociedade civil relativamente a questões do ambiente, a que se junta o decréscimo de ações de prevenção do instituto de conservação da natureza, revela o INE.

O número de organizações ambientais caiu em 2014, refletindo "alguma indiferença" da sociedade civil relativamente a questões do ambiente, a que se junta o decréscimo de ações de prevenção do instituto de conservação da natureza, revela o INE.

Nas Estatísticas do Ambiente para 2014 hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é referido que, naquele ano, a diminuição das ações de silvicultura preventiva da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) e da Direção Regional de Florestas da Madeira caiu 10% relativamente ao ano anterior.

Diminuiu igualmente o efetivo de sapadores florestais (75 elementos) e de elementos militares e civis do Serviço da Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR.

Em 2014, havia menos 2% de organizações ambientais registadas em Portugal, uma tendência verificada desde 2010.

Assim, estavam registadas em Portugal 57 organizações e seis verificadores EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria), ou seja, auditores acreditados para certificar instrumentos ambientais.

Também a quantidade de atividades desenvolvidas pelas Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) desceram para 12.075 quando em 2013 tinham atingido as 22.098.

"Este decréscimo deveu-se, em parte, à não renovação do estatuto de ONGA e Equiparadas a uma das associações que em 2013 assegurou 56% do total das atividades", explica o INE, sem avançar qual é a entidade.

O número de pessoas ao serviço das ONGA também diminuiu, mas ligeiramente (0,4%).

No setor dos bens e serviços de ambiente, o INE dá conta de um aumento do pessoal ao serviço, de 3,3%, mas quando a comparação é com 2010, conclui-se que há menos 2.000 empregados.

O trabalho do INE refere ainda que o perigo de incêndios florestais desceu em 2014 para 37,5% da área do continente com nível alto a muito alto, quando um ano antes era de 43,7%, devido às condições climatéricas.

O número de incêndios e a área ardida "foram os mais baixos dos últimos cinco anos", salienta o INE, explicando que esta situação justifica o decréscimo de 10% da despesa da Administração Pública na "Proteção da qualidade do ar e clima".

Também a participação dos Corpos de Bombeiros no combate a incêndios florestais diminuiu mais de metade, ou seja, 58,5%, para 3.414 ocorrências.

Código de boas práticas para produtores de hortofrutícolas frescos


Foi recentemente concluído e aprovado o "Código de boas práticas de Higiene na produção primária de hortofrutícolas frescos": http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/Codigo_Boas_Praticas_Higiene_PP_Hortofruticolas_Frescos.pdf

Destina-se a ser utilizado pelos agricultores que produzem produtos hortofrutícolas frescos para colocação no mercado e aos quais se aplicam as regras definidas para a produção primária conforme estabelecido no Anexo I do Regulamento (CE) n.º 852/2004. O código foi elaborado em conjunto pelas confederações de agricultores CAP, CNA e CONFAGRI, passa a constituir o Código Nacional de Boas Práticas nesta matéria e em breve constará da lista de códigos nacionais de boas práticas no portal da Comissão Europeia.


Redução de emissões na agricultura e resíduos ainda abaixo da meta para 2020

15/12/2015, 16:35

Redução de emissões de gases com efeito de estufa conseguida na agricultura e nos resíduos ainda está abaixo das metas definidas para 2020, mas o secretário de Estado do Ambiente mostra-se otimista.

A redução de emissões de gases com efeito de estufa conseguida na agricultura e nos resíduos ainda está abaixo das metas definidas para 2020, mas o secretário de Estado do Ambiente mostra-se otimista e realça a evolução que estes setores já registaram.

As emissões daqueles gases, principais responsáveis pelas mudanças do clima, na agricultura registaram uma descida de 3% em 2013, enquanto o objetivo fixado no Plano Nacional para as Alterações Climáticas para o setor é de diminuir 8% em 2020 e 11% em 2030.

Os últimos dados disponíveis na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) apontam para um decréscimo de emissões na área dos resíduos, incluindo as águas residuais, de 12% em 2013, 14% em 2020 e 26% em 2030.

"Portugal, no domínio dos resíduos e no que respeita a emissões, é um país de referência face às tecnologias que foi instalando nos últimos anos", disse à agência Lusa o secretário de Estado do Ambiente.

Nesta área, a situação depende da instalação e, "quando a produção é feita a partir de tratamento mecânico ou biológico, o controlo das emissões é quase total", salientou Carlos Martins.

Já a agricultura "é um setor um pouco menos controlável e menos monitorizável porque os usos dos solos em termos agrícolas se vão alterando no tempo, a forma como a agricultura é desenvolvida também é muito mais heterogénea", comentou o responsável pela tutela do Ambiente.

No entanto, "também não me parece que esse seja um setor muito crítico desse ponto de vista, resolvida que esteja a questão da agro pecuária", defendeu.

Todos os outros setores não abrangidos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), que são os serviços, a área residencial e os transportes, cumpriam já em 2013 as metas de 2020.

Quanto aos objetivos para 2030, somente o setor residencial já tinha atingido, em 2013, a descida que foi atribuída de 15%.

Os transportes, um dos setores mais problemáticos na emissão de gases com efeito de estufa, têm metas de redução de 14% em 2020, valor que sobe aos 26% em 2030, mas há dois anos já tinha reduzido 20%.

Para os setores CELE, incluindo a energia, que têm regras próprias a nível europeu, a APA refere que foi "identificado um potencial de redução de emissões entre 49% e 65% em 2030".

A área residencial, que tem a atenção do Governo através da aposta na reabilitação urbana, teve uma redução de emissões de 17%, ultrapassando já os 15% estipulados para 2030.

Carlos Martins avançou o exemplo da eficiência energética para a mudança nas casas portuguesas no sentido de gastar menos energia, logo, reduzir as emissões, e aumentar o nível de conforto, tarefa em que a energia solar, ainda pouco usada em Portugal, pode ter um papel relevante.

Quanto aos transportes, explicou, em alguns casos os carros elétricos já apresentam custos eficientes, mas em outros ainda não são atrativos, devendo-se fomentar a mobilidade elétrica nos transportes públicos e a generalização de passes sociais para incentivar a sua utilização.

Representantes de 195 países estiveram reunidos em Paris e aprovaram no sábado um acordo para a redução das emissões de gases com efeito de estufa de modo a limitar o aumento da temperatura a dois graus Celsius, a partir de 2020, mas apontando já o limite de 1,5º para o final do século.

Metade das frutas e hortícolas comercializadas em Espanha são através de OP

22-12-2015 

 
O número de Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas na União Europeia ultrapassou em 2012 as 1.643, com Espanha a aglutinar 36 por cento do total das mesmas.

Espanha é o Estado-membro com maior número de Organizações de Produtores (OP's) na União Europeia (UE), com um total, em 2012, de 595, seguida pela Itália, com 280 e a França, com 251, pelo que entre os três países correspondem a 70 por cento de todas as OP's de frutas e hortícolas da UE, de acordo com um estudo do Ministério da Agricultura espanhol, o MAGRAMA.

Em 2012, na UE 22 países reconheceram algumas OP's no seu território, não existindo nenhuma em Malta, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Eslovénia. Como consequência, nesse mesmo ano, o grau médio de organização ultrapassou os 46 por cento, apesar do grau de organização dos principais países produtores permanecer acima deste valor, com Itália nos 59 por cento, Espanha, nos 63 e França, com 50 por cento.

Embora Espanha seja o país com maior número de OP's, a sua dimensão económica está abaixo da média. Assim, as OP's espanholas têm uma dimensão média de 11 milhões de euros, enquanto as de Itália têm um tamanho médio por OP de 21 milhões de euros e as de França, de 12 milhões.

Bélgica e Países Baixos, apesar de terem uma menor produção, têm uma dimensão por OP superior aos principais produtores, de 66 e 131 milhões de euros, respectivamente. A proporção económica média na União Europeia é de 13 milhões de euros por OP.

Nos últimos anos, o número de OP's em Espanha diminuiu, caindo em sete por cento em cinco anos, passando de 639 em 2009 para 596 em 2013. A superfície de frutas e hortícolas das OP's manteve-se em torno dos 800 mil hectares neste período, apesar de uma certa tendência em baixa, de 884.338 hectares (ha) em 2009 frente a 829.465 ha em 2013.

Em 2013, a superfície de frutas representou 80 por cento do total em OP's e a de hortícolas 20 por cento. Sobre estas últimas, 62 por cento cultivadas em ar livre e 38 por cento em estufas.

No entanto, é importante destacar que desde 2009, o valor da produção comercializada pelas OP's seguiu um ritmo ascendente e o aumento durante este período foi de 37 por cento. Actualmente este valor ronda cerca de sete mil milhões de euros.

O volume de frutas e hortícolas comercializado através de OP's supõe metade do volume total. Em 2011, alcançou um pico, atingindo 59 por cento do volume total comercializado através de OP's.

A grande maioria das OP's, cerca de 90 por cejto, tem menos de 500 sócios, das quais, 45 por cento têm menos de 50 sócios. Há 30 OP's com mais de mil sócios, as quais reúnem mais de 50 por cento do total de sócios. A orientação produtiva predominante nestas organizações são nozes, o principal produto em 20 delas, que agrupam cerca de 60 mil sócios.

Fonte: Agrodigital

Acabadinhos de sair da casca … da maçã

Paula Brito 22.12.2015 / 12:00 

A Cartune Store colocou à venda uma linha 100% ecológica com vários produtos reciclados feitos a partir de casca de maçã. 

São cadernos, notebooks, carteiras, pastas para documentos, porta-cartões ou porta-chaves, literalmente, saídos da casca com preços a variar entre os 2,55€ e 8,30€, para os cadernos, consoante a quantidade de folhas e tipo de capa. Já as carteiras e porta documentos variam entre 8,50€ e os 35€. É verdade, tudo acontece quando, depois de retirada a polpa à maçã para se fazer sumo, as cascas são desidratadas, reduzidas a pó e, a partir daí, faz-se a matéria-prima para o fabrico dos produtos, desde o revestimento das carteiras até às folhas dos cadernos. 

Esta é a primeira linha de uma série de lançamentos que a empresa portuguesa Cartune vai lançar durante 2016, nomeadamente bolsas para telemóvel, ou ipad e telemóvel, capas para congressos e trabalho. Questionada sobre a aceitação dos produtos, Isabel da Costa, da Cartune diz que os artigos geraram "surpresa pela qualidade e design", embora o desejo seja ir mais além: "que os artigos tivessem aroma". Apesar disso, "os clientes têm aderido com satisfação pela beleza, utilidade e conceito de sustentação", reforça Isabel da Costa. 

A Cartune, empresa familiar com 30 anos de atividade, é especialista em design e conceção e produção de material para indústria e publicidade empresarial. Em junho de 2015 abriu a sua primeira loja em Lisboa, a Cartune Store, direcionada para clientes profissionais e público em geral. Neste showroom, situado perto da Praça de Londres, é possível encontrar uma linha de embalagens direcionadas para mercados específicos, nomeadamente agências de publicidade, empresas de eventos, restauração, garrafeiras entre outros. - 

GNR apreendeu 7,5 toneladas de pinhas no continente


 A Guarda Nacional Republicana (GNR) intensificou, entre o dia 20 de Novembro e 20 de Dezembro de 2015, em todo o território nacional, as acções de fiscalização para prevenir e combater as actividades ilícitas de colheita, transporte e armazenamento das pinhas de pinheiro-manso, através da denominada Operação 'Estróbilo'.

As acções de fiscalização, levadas a cabo por militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) dos Comandos Territoriais e por militares da Unidade Nacional de Trânsito, foram direccionadas para as zonas com maiores manchas florestais de pinheiro-manso, onde a actividade relacionado com esta temática é mais comum.

Durante esta operação foram aprendidas cerca de 7,5 toneladas de pinhas, distribuídas geograficamente do seguinte modo: Santarém - 5 mil, Setúbal - 1 207, Leiria - 362, Viseu- 330, Faro - 268, Lisboa - 214 e Guarda - 157. 

Fechado acordo para o programa de distribuição de fruta, legumes e leite nas escolas

Dezembro 22
14:33
2015

A Presidência luxemburguesa conseguiu um acordo sobre o programa de distribuição de fruta e leite nas escolas. Este acordo teve o voto contra da Hungria e da Holanda e a abstenção do Reino Unido.

Para este programa foram alocados 150 milhões de euros para a fruta e legumes e 100 milhões de euros para o leite.

Portugal vai receber o montante de 3.283.397 euros para as frutas e 2.220.981 euros para o leite.

Os envelopes nacionais foram calculados na base dos seguintes critérios:

a) A percentagem das crianças entre os 6 e os 10 anos na população;

b) Grau de desenvolvimento do país;

Os países que vão receber mais são a França, com 35 milhões de euros no total, a Alemanha com 29 milhões de euros e a Itália com 24,7 milhões de euros.

Destas verbas, 15% devem ser utilizadas em campanhas educacionais, para que as crianças aprendam a viver com uma dieta equilibrada.

A prioridade deve ser dada aos produtos frescos, mas os Estados Membros podem distribuir sopa, compota de frutas, sumo de fruta, iogurtes e queijo.

Produtos com aditivos químicos e adocicados estão proibidos.

Imagem – in-cyprus.com

Setores alimentar e da maquinaria já perderam 376 milhões com Angola



 22 Dezembro 2015, terça-feira

O impacto da crise em Angola nas empresas portuguesas tem sido bastante expressivo, mas há setores a sofrer mais do que outros.
Nos primeiros dez meses do ano, as vendas de produtos como máquinas e aparelhos e os bens alimentares foram as que mais sofreram em valor, caindo, em conjunto, 376 milhões de euros face a idêntico período do ano passado.
Este valor corresponde a 45% do total, que, segundo os dados do INE, caiu 834 milhões de euros.
Só as empresas que exportam máquinas e aparelhos para o mercado angolano viram as vendas encolher 228 milhões de euros (-33,5%), enquanto no caso das empresas de produtos alimentares o impacto foi de 148 milhões (35,4%).
Para Paula Carvalho, responsável pelo gabinete de estudos económicos e financeiros do BPI, a descida no setor da maquinaria (bem como de equipamentos elétricos e não elétricos, e outro tipo de materiais) reflete sobretudo «a evolução da procura interna de Angola, nomeadamente uma queda significativa da Formação Bruta de Capital que é percetível no recuo do investimento público e no andamento do setor da construção».
Sobre a queda de exportações de produtos do setor alimentar, destaca que, «para além da moderação do consumo privado em Angola», esta evolução «reflete possivelmente a implementação recente das quotas e tarifas à importação de determinados tipos de bens, com vista a acelerar o processo de substituição de importações e estímulo à produção interna angolana».
Paulo Varela, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIAP), começa por realçar que, sendo os setores mais exportados para Angola, são os que mais impactos sofrem com a quebra de movimentos do comércio bilateral.
No caso dos produtos alimentares, refere questões «relacionadas com a escassez de divisas, o licenciamento das importações e uma produção local significativa de águas minerais, cerveja, sumos de fruta e refrigerantes».
Ao mesmo tempo, avança que a agricultura foi o setor não petrolífero que mais cresceu este ano, «o que permitiu reduzir as importações por via do aumento da produção nacional».
Se em termos do valor das vendas as empresas de máquinas e alimentos têm sido as mais afetadas pela contração da economia angolana (com a descida do preço do petróleo e dificuldade em ter divisas para pagar as importações), em termos de intensidade da queda as empresas de madeira e cortiça e as de veículos e outros materiais de transportes foram as que mais se destacaram pela negativa.
No primeiro caso, a descida foi de 44,4% (-13,5 milhões de euros), e, no segundo, foi de 41,9% (-42 milhões).
Fonte: Público 

Exportações comunitárias de cereais continuam a aumentar



 22 Dezembro 2015, terça-feira  

A semana passada foi positiva para as exportações comunitárias de cereais, com as saídas dos quatro principais produtos, como o trigo branco e duro, cevada e milho.
As exportações destes principais cereais chegaram a 1.414.milhões de toneladas, muito acima do exportado na semana precedente, com 885 mil toneladas que, no entanto, foi um bom resultado e quase o dobro da média semanal de exportações do tempo da atual campanha, com 721.654 toneladas.
Mais significativas foram as exportações de trigo branco, que atingiram 1.077 milhões de toneladas, um resultado muito superior à média de 449 mil e quase o dobro do exportado na semana que passou, de 563 mil toneladas.
As saídas de cevada não de destacam por aumentar mas por manterem-se. Na passada semana foram exportadas 235 mil toneladas, um valor semelhante ao período anterior, de 241 mil toneladas e maior que a média, de 213 mil toneladas.
De trigo duro foram exportadas 17 mil toneladas, a metade da semana precedente e de milho 85 mil, perto do triplo da média, de 30.478 toneladas.
Fonte: Agrodigital 

Espanha é o Estado-membro com maior número de OP’s de frutas e hortícolas



 22 Dezembro 2015, terça-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

O número de Organizações de Produtores (OP's) de Frutas e Hortícolas na União Europeia (UE) ultrapassou em 2012 as 1.643, com Espanha a aglutinar 36% do total das mesmas.
op

Espanha é o Estado-membro com maior número de OP's na UE, com um total, em 2012, de 595, seguida pela Itália, com 280 e a França, com 251, pelo que entre os três países correspondem a 70% de todas as OP's de frutas e hortícolas da UE, de acordo com um estudo do Ministério da Agricultura espanhol, o MAGRAMA.
Em 2012, na UE 22 países reconheceram algumas OP's no seu território, não existindo nenhuma em Malta, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Eslovénia.
Como consequência, nesse mesmo ano, o grau médio de organização ultrapassou os 46%, apesar do grau de organização dos principais países produtores permanecer acima deste valor, com Itália nos 59%, Espanha, nos 63 e França, com 50%.
Embora Espanha seja o país com maior número de OP's, a sua dimensão económica está abaixo da média.
Assim, as OP's espanholas têm uma dimensão média de 11 milhões de euros, enquanto as de Itália têm um tamanho médio por OP de 21 milhões de euros e as de França, de 12 milhões.
Bélgica e Países Baixos, apesar de terem uma menor produção, têm uma dimensão por OP superior aos principais produtores, de 66 e 131 milhões de euros, respectivamente.
A proporção económica média na UE é de 13 milhões de euros por OP.
Nos últimos anos, o número de OP's em Espanha diminuiu, caindo em sete por cento em cinco anos, passando de 639 em 2009 para 596 em 2013.
A superfície de frutas e hortícolas das OP's manteve-se em torno dos 800 mil hectares neste período, apesar de uma certa tendência em baixa, de 884.338 hectares (ha) em 2009 frente a 829.465 ha em 2013.
Em 2013, a superfície de frutas representou 80% do total em OP's e a de hortícolas 20%. Sobre estas últimas, 62% cultivadas em ar livre e 38% em estufas.
No entanto, é importante destacar que desde 2009, o valor da produção comercializada pelas OP's seguiu um ritmo ascendente e o aumento durante este período foi de 37%. Atualmente este valor ronda cerca de sete mil milhões de euros.
O volume de frutas e hortícolas comercializado através de OP's supõe metade do volume total. Em 2011, alcançou um pico, atingindo 59% do volume total comercializado através de OP's.
A grande maioria das OP's, cerca de 90%, tem menos de 500 sócios, das quais, 45% têm menos de 50 sócios.
Há 30 OP's com mais de mil sócios, as quais reúnem mais de 50% do total de sócios.
A orientação produtiva predominante nestas organizações são nozes, o principal produto em 20 delas, que agrupam cerca de 60 mil sócios.
Fonte: Agrodigital 

Gasóleo agrícola passa a ser colorido para combater uso indevido



 22 Dezembro 2015, terça-feira  AgroflorestalAgricultura

O gasóleo agrícola e das pescas vai passar a ser marcado e colorido nos Açores, para combater o uso indevido, e a gasolina sem chumbo de 98 octanas será comercializada a preço livre, anunciou esta terça-feira o Governo Regional.
As deliberações constam no comunicado do Conselho do Governo, que reuniu na segunda-feira em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, tendo hoje sido lidas pela secretária regional adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares dos Açores, Isabel Rodrigues.
Segundo Isabel Rodrigues, «no arquipélago o combustível utilizado na agricultura e na pesca é tributado com uma taxa reduzida de imposto sobre os produtos petrolíferos».
«Com a introdução do gasóleo marcado e colorido, o Governo dos Açores pretende reforçar o controlo deste benefício fiscal, combatendo a utilização indevida do mesmo», referiu a responsável.
Em 2014, uma investigação da GNR permitiu detetar fraudes na utilização do gasóleo agrícola no arquipélago dos Açores de pelo menos três milhões de euros.
«O gasóleo colorido e marcado possui as mesmas características do gasóleo rodoviário, distinguindo-se na coloração verde e pelo facto de possuir um aditivo de natureza química, que permite a sua fácil deteção, mesmo quando previamente descorado», esclareceu Isabel Rodrigues.
Face a esta decisão, o executivo açoriano admite poder haver conveniência em descontinuar-se, em alguns postos de abastecimento, a comercialização da gasolina sem chumbo de 98 octanas, dado ser hoje «um combustível de venda residual», aproveitando-se desta forma as infraestruturas já instaladas para venda do gasóleo colorido e marcado.
As companhias petrolíferas proprietárias de postos de combustíveis e outras entidades, bem como as empresas proprietárias dos parques de armazenagem de combustíveis dispõem de um prazo máximo de 90 dias, a contar da entrada em vigor da resolução agora aprovada, para procederem às adaptações necessárias.
Isabel Rodrigues rejeitou um eventual atraso da região nesta matéria face ao território continental.
«Preparou-se a legislação, na oportunidade ela aprovou-se, dando também condições quer às petrolíferas, quer aos revendedores para se adaptarem», declarou Isabel Rodrigues, destacando que há «um objetivo muito claro» com a decisão, «o de melhorar a fiscalização da utilização deste produto que está associado a um benefício fiscal».
A responsável esclareceu que na regulamentação do diploma está previsto que todos os concelhos tenham, pelo menos, um posto de venda deste combustível, o mesmo sucedendo em zonas onde se desenvolve a atividade pecuária.
O Governo Regional, através de uma nota de imprensa, anunciou hoje também uma atualização do preço máximo de venda dos combustíveis na região, justificando com recentes alterações das cotações de referência dos produtos petrolíferos registados nos marcados internacionais.
Com uma descida de três cêntimos por litro, a gasolina de 95 octanas passa a custar 1,30 euros por litro e a gasolina de 98 octanas 1,37 euros, enquanto o gasóleo rodoviário 1,07 euros e o gasóleo agrícola e para pescas passam a custar 0,61 e 0,41 euros, respetivamente.
Os novos preços entram em vigor às 00h00 de sexta-feira, 25 de dezembro.
Fonte: Lusa

UE prolonga sanções à Rússia

 22 Dezembro 2015, terça-feira  Política Agrícola

A esperança de uma resolução ao embargo russo no imediato dissiparam-se. A União Europeia prolongou as sanções contra a Rússia por mais 6 meses. As sanções deveriam acabar a 1 de janeiro. Vários empresários russos têm-se insurgido contra o Kremlim publicamente devido aos constrangimentos gerados pelas sanções da UE.
Os países da UE decidiram prolongar as sanções à Rússia por mais 6 meses. Os países do Sul da Europa tentaram apelar ao diálogo com a Rússia mas tal não veio, para já, a confirmar-se.

Fonte: MarketingAgrícola.pt.

Etapas para registo na Bolsa de iniciativas para a constituição de grupos operacionais



Publicado em terça, 22 dezembro 2015 00:15



Para conhecimento dos seus membros, a Rede Rural Nacional - RRN identificou, num esquema simplificado, as várias etapas para registo na Bolsa de iniciativas para a constituição de grupos operacionais.


Real Companhia Velha lança vinhos em parceria com a SIC


por Ana Rita Costa- 11 Dezembro, 2015

A Real Companhia Velha e a SIC vão lançar, em parceria, dois vinhos DOC Douro, um branco e um tinto, inspirados na telenovela emitida no canal de televisão, 'Coração d'Ouro'.

Os vinhos, com o mesmo nome da novela, pretendem "dar vida ao grande sucesso que está a ser a novela exibida pela SIC: um drama familiar em torno de uma Quinta produtora de vinhos na região do Douro – precisamente a Quinta das Carvalhas, uma das propriedades da Real Companhia Velha, empresa bicentenária que coloca neste projeto toda a sua experiência", explicam num comunicado conjunto.

Os vinhos serão apresentados no próximo dia 14 de dezembro, nas Caves da Real Companhia Velha, num evento que contará com a presença do Presidente da Real Companhia Velha, Pedro Silva Reis, do Presidente do Grupo Imprensa, Francisco Pinto Balsemão, e de alguns atores da novela da SIC.

Produtores do Oeste vendem em Lisboa ao domingo

Mercados

por Ana Rita Costa- 17 Dezembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Mercado LX Rural  -placa

Desde o passado dia 6 de dezembro que vários produtores de hortofrutícolas da região Oeste vendem os seus produtos em Lisboa no LX Rural, o novo mercado de produtores do Lx Factory.

O mercado realiza-se todos os domingos, entre as 9h e as 14h, e junta produtores de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Torres Vedras, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Peniche.

Já os produtos vão desde o chuchu, às couves, romãs, tomate, ovos frescos, rabanete, batatas, alho francês e até aos ex-libris da região como a pêra rocha e a ginjinha.

A organização, que tem presença no Facebook na página Mercado Lx Rural, avisa, no entanto, que ainda são poucos os produtores participantes e está à procura de mais. As inscrições realizam-se em www.lxrural.com ou pelo telefone 261 317 911.

Acréscimo contesta apoio público à certificação florestal


por Ana Rita Costa- 21 Dezembro, 2015

Acréscimo alerta para declínio do peso da floresta na economia nacional

O Estado português definiu medidas de apoio financeiro público a investimentos imateriais no âmbito de processos de certificação florestal, via PDR 2020. Numa nota enviada esta semana às redações, a Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal diz-se contra os apoios financeiros públicos à certificação florestal, nomeadamente porque "podem ser considerados uma forma de desresponsabilização do Estado nas suas obrigações face à gestão florestal sustentável, decorrentes inclusive de compromissos internacionais, através de transferência das mesmas para entidades privadas de credibilidade discutível."

A certificação florestal é um instrumento de mercado que assenta no pressuposto de que os consumidores reconhecem e valorizam, pelo acréscimo de preço, produtos de base florestal, "seja uma resma de papel, um móvel da sala ou uma rolha da garrafa de vinho, entre outros, sobre os quais, entidades e sistemas de certificação, lhes dão garantias de serem provenientes, na sua totalidade ou em parte, de áreas submetidas a uma gestão florestal sustentável."

A associação explica que é contra este sistema de apoio financeiro público porque "sendo um instrumento de mercado, suportado em acréscimo de preço pelos consumidores face a contrapartidas por estes reconhecidas, não faz sentido que os mesmos suportem duplamente esse reconhecimento, desta feita como contribuintes. Este duplo tributo desvirtua o compromisso entre a cadeia florestal e o consumidor, a menos que o produto, cujo sistema e entidades de certificação, sejam objeto de apoio financeiro público, surja no mercado a preço idêntico a um concorrente não certificado."

Para além disso, tendo em conta que o sistema de certificação florestal é suportado financeiramente pelo consumidor final, "um apoio financeiro público surge como um indicador de que a mais valia reconhecida ao produto certificado, pelo acréscimo de custo, não é distribuída ao longo da sua cadeia produtiva de forma justa", de acordo com a Acréscimo, que mais concretamente se refere "aos custos e riscos assumidos pelas partes intervenientes".

"Ora, os contribuintes não devem ser chamados a suportar desequilíbrios entre os agentes económicos das fileiras florestais, esse papel compete às autoridades, através do acompanhamento dos mercados."

Para além disso, segundo a associação, "o apoio financeiro público à certificação florestal pode ainda ser considerado uma forma de desresponsabilização do Estado, nas suas obrigações face à gestão florestal sustentável, decorrentes inclusive de compromissos internacionais, através de transferência das mesmas para entidades privadas de credibilidade discutível."

A Acréscimo diz por fim que "não deixa de ser discutível a credibilidade dos sistemas de certificação florestal num país em desflorestação", sendo por isso preciso perceber "como convive a credibilidade dos sistemas de certificação florestal num país que perde em média 10 000 hectares de floresta por ano desde 1990", "como convive a credibilidade dos sistemas de certificação florestal num país onde não é cumprida a Lei de Bases da Política Florestal, nem são sistematicamente atingidas as metas mínimas definidas" e "como convive a credibilidade do FSC e do PEFC num país em desflorestação, com perda de área líquida de florestal, mas em que as florestas autóctones têm vindo a ser crescentemente substituídas por plantações de exóticas invasoras".

Batata: fileira prepara-se para formar associação nacional



 20 Dezembro 2015, domingo

Ainda sem data oficial, está prevista em janeiro de 2016, a criação de uma associação de âmbito nacional que junte a fileira da batata.
A notícia foi confirmada recentemente, em Coimbra, por José Burnay, presidente da Campotec, que adiantou que a futura entidade irá reunir 30 empresas que trabalham no setor.
De acordo com aquele responsável a associação irá juntar a indústria, a produção, os distribuidores e os embaladores.
Burnay adiantou ainda que é provável que mais membros fundadores se juntem à iniciativa que conta, entre outras, com empresas como a Torriba, a Campotec, a Hortapronta e a Calcob.
Dados do INE - Instituto Nacional de Estatística indicam que, em 2014, a área de cultivo de batata rondava os 27.214 hectares. 

Douro: pedidos sobre plantação de vinhas passam a ser submetidos online



 21 Dezembro 2015, segunda-feira  Viticultura

Os pedidos dirigidos à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) relacionados com a plantação e reconstituição de vinhas e beneficiação de muros no Alto Douro Vinhateiro deixam de ser efetuados em papel e passam a ser submetidos online, através do Balcão Eletrónico da CCDR-N, disponível aqui.
Em cada uma das tipologias, vinhas e muros, os utilizadores deverão preencher o formulário de requerimento disponível online e anexar na plataforma os elementos necessários para instrução e posterior análise do processo, adianta a a CCDR-N.
O balcão eletrónico da CCDR-N insere-se na política de desmaterialização de processos, permitindo a redução drástica não só do volume de papel utilizado, como também do período de análise e prestação da informação. 

Agrobio lança I edição do curso de produção biológico



 21 Dezembro 2015, segunda-feira 

A Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) promove de 27 de janeiro a 4 de fevereiro de 2016, na sua sede, em Lisboa, a primeira edição do curso de Modo de Produção Biológica.
O curso decorre em horário laboral e é obrigatório para os candidatos ao apoio de conversão à Agricultura Biológica, segundo a Medida 7.1.1 das Ajudas Agroambientais.
A Agrobio informa que as inscrições serão aceites por ordem de chegada da ficha de inscrição disposta aqui: http://www.agrobio.pt/pt/ficha-de-pre-inscricao-cursos.F11.php

Ainda há falhas nos rótulos de carnes



 21 Dezembro 2015, segunda-feira

A Deco – associação do consumidor – divulgou o seu mais recente estudo e há duras críticas direcionadas para o setor das carnes.
Em causa está ainda o grande número de casos encontrados em que a carne não está devidamente rotulada.
Para a Deco, «não é admissível que continuemos a encontrar tantas falhas na rotulagem da carne à venda em talhos e hipermercados».
A associação salienta que a legislação em vigor tem já 15 anos e, ainda assim, foram bastantes os exemplos encontrados em que a lei não foi devidamente cumprida.
«Cerca de 30% das mais de 700 peças que comprámos, simplesmente, não têm a informação necessária que permita ao consumidores saber a sua origem. E o número ainda é mais espantoso se considerarmos, apenas, a carne de vaca – 44% das amostras nada dizem», critica a Deco em comunicado.
A associação justifica a sua preocupação com esta questão explicando que «só sabendo todo o percurso dos animais que consumimos até ao nosso prato é que estamos em condições de avaliar a sua segurança».
No caso de algum talhante não saber a origem da carne que um determinado fornecedor lhe entregou, esta é informação que tem de ser pedida, seja ao produtor, seja ao intermediário.
«Têm de cumprir a lei», afirma a associação no texto que acompanha o estudo levado a cabo. 
Fonte: Lusa

Exportações comunitárias de cereais continuam a aumentar

 21-12-2015 
 

 
A semana passada foi positiva para as exportações comunitárias de cereais, com as saídas dos quatro principais produtos, como o trigo branco e duro, cevada e milho.

As exportações destes principais cereais chegaram a 1.414.milhões de toneladas, muito acima do exportado na semana precedente, com 885 mil toneladas que, no entanto, foi um bom resultado e quase o dobro da média semanal de exportações do tempo da actual campanha, com 721.654 toneladas.

Mais significativas foram as exportações de trigo branco, que atingiram 1.077 milhões de toneladas, um resultado muito superior à média de 449 mil e quase o dobro do exportado na semana que passou, de 563 mil toneladas.

As saídas de cevada não de destacam por aumentar mas por manterem-se. Na passada semana foram exportadas 235 mil toneladas, um valor semelhante ao período anterior, de 241 mil toneladas e maior que a média, de 213 mil toneladas.

De trigo duro foram exportadas 17 mil toneladas, a metade da semana precedente e de milho 85 mil, perto do triplo da média, de 30.478 toneladas.

Fonte: Agrodigital

Na última década Argentina perdeu liderança na maioria dos alimentos que exporta

21-12-2015 
 

 
De um total de 11 produtos agro-alimentares, que são os mais exportados pela Argentina, oito desceram a sua posição mundial dos maiores exportadores, cerca de 70 por cento dos seus principais produtos, na última década.

Apenas a soja e os produtos derivados mantiveram as posições. Em 2005, Argentina era o principal exportador mundial de óleo e farinha de soja e o terceiro maior exportador de grão de soja, um ligar que mantém depois de 10 anos. No entanto, apesar da Argentina manter a liderança mundial em soja, cresceu menos que o Brasil em matéria de produção durante a última década. Enquanto o Brasil aumentou em 100 por cento a Argentina apenas o fez em um terço.

Os restantes produtos perderam posições. A Argentina era o principal exportador de óleo de farinha de girassol em 2005, mas actualmente desce para a terceira posição. Na carne de bovino deixou de ser o terceiro maior exportador para a oitava posição.

Os produtores estimam que a perda de posicionamento a nível mundial deve-se à falta de previsibilidade de normas para fazer investimentos, a uma carga fiscal recorde, quota para a exportação, aumento nos requisitos burocráticos e regimes de informação, a uma macroeconomia com grandes desequilíbrios e à ausência de uma política anticiclica como levaram a cabo países competidores como o Brasil ou clientes como a Rússia.

Fonte; Agrodigital

Conselho de Ministros avança com procedimento do futuro regulamento sobre consumo de fruta e leite nas escolas

21-12-2015 


 
O Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia avançaram no procedimento da proposta de Regulamento de reforma do regime de ajudas para a distribuição nas escolhas de frutas e hortícolas e leite.

O documento propõe juntar dentro de um quadro jurídico e financeiro comum, dos dois regulamentos actuais de distribuição nas escolas de fruta se hortícolas e de leite, cuja entrada em vigor não está prevista para antes de Agosto de 2007.

Em Conselho de Ministros, a presidência informou os Estados-membros dos intercâmbios dos pontos de vista com o Parlamento e o Conselho sobre a proposta de Regulamento da Comissão apresentada em Janeiro de 2014. O último destes intercâmbios teve lugar a 10 de Dezembro e suponha um pré acordo sobre a proposta da Comissão.

Fonte: Agrodigital

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Apresentação do novo regime jurídico de colheita, transporte, armazenamento, transformação, importação e exportação de pinhas da espécie de Pinus pinea L.



Apresentação do novo regime jurídico de colheita, transporte, armazenamento, transformação, importação e exportação de pinhas da espécie de Pinus pinea L.
Alcácer do Sal, Auditório Municipal
Novo regime jurídico de colheita, transporte, armazenamento, transformação, importação e exportação de pinhas da espécie de Pinus pinea L

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal promoveu no dia 17 de novembro, no Auditório Municipal de Alcácer do Sal, uma sessão de apresentação do novo regime jurídico de colheita, transporte, armazenamento, transformação, importação e exportação de pinhas da espécie de Pinus pinea L. (pinheiro-manso), estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 77/2015, de 12 de maio.

 
A sessão contou com a presença do Vice-Presidente do ICNF, para além de dirigentes, técnicos e vigilantes da natureza do Instituto, mas sobretudo com os agentes económicos representantes da fileira, nomeadamente organizações de produtores florestais, técnicos, produtores, armazenistas, industriais, autoridades de fiscalização e de investigação num total de 109 participantes.
 
O novo regime jurídico visa garantir o efectivo controlo da colheita e transporte de pinha, com os objectivos de salvaguardar as potencialidades produtivas do pinhal-manso, a qualidade do pinhão português e a recolha de informação estatística essencial para os agentes da fileira,  e prevê um conjunto de novos procedimentos baseados num sistema de informação para a pinha, já operacional no portal do ICNF (http://www.icnf.pt/portal/florestas/fileiras/regime-juridico-da-pinha-de-pinheiro-manso), o qual permite, além do registo dos operadores, a emissão das declarações de origem e destino da pinha de pinheiro-manso

UNAC diz que rendimento da pinha é superior a 3%



 20 Dezembro 2015, domingo

O rendimento da pinha na campanha de 2015/2016 é superior a 3%.
A garantia é dada pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC) que, em comunicado, esclarece que uma das suas associadas, «a APFC – Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes, executou uma amostragem em oito propriedades dispersas pelo concelho de Coruche de modo a representar a totalidade da área de produção de pinha da região" e que "numa amostra de cerca de 759 kg de pinha verde foi obtido um rendimento médio da pinha em miolo de pinhão de 3,32%, com um valor mínimo de 2,60% e um valor máximo de 3,83%».
Assiim, vinca a UNAC, este resultado de rendimento médio de pinha em miolo de pinhão de 3,32% «está dentro dos valores históricos considerados normais, com rendimentos que variam entre 3,0% e 4,04%».
E acrescenta: «não é por isso justificável que o rendimento da pinha em miolo de pinhão seja utilizado como um fator de depreciação do preço de mercado da pinha. Reforçamos ainda que a determinação rigorosa da quantidade de pinha que se vende é o primeiro passo do processo de comercialização, pelo que a pesagem é a única forma que permite aferir a quantidade de pinha produzida e efetivamente comercializada».

Casa Agrícola Alexandre Relvas - Investimento de 1 milhão de euros para aumentar capacidade de armazenamento e engarrafamento


10 Dez 2015 < Início < Notícias

A Casa Agrícola Alexandre Relvas, produtora de vinho regional alentejano, faz um balanço positivo da vindima deste ano, a mais longa dos últimos dez anos, e acredita que o mercado irá receber vinhos de qualidade soberba, com muito carácter e equilíbrio, fazendo com que 2015 seja um ano histórico para as suas principais marcas.
A registar aumentos sucessivos na área vindimada e das uvas colhidas, no próximo ano, a Casa Agrícola Alexandre Relvas irá apresentar um projeto para aumentar a capacidade de armazenamento e engarrafamento e elevar as garantias de qualidade. Um investimento, que rondará um milhão de euros, que irá permitir aumentar a produção anual para 6,5 milhões de garrafas de vinho.
Com início a 5 de agosto, a vindima deste ano terminou a 9 de outubro com uma área total vindimada de 315 hectares e 2400 toneladas de uvas transformadas (2000 toneladas de uvas tintas e 400 de uvas brancas).
Desde o início do ano, os vinhos da Casa Agrícola Alexandre Relvas já receberam várias centenas de prémios. A última foi atribuída ao Herdade São Miguel, Private Collection, 2011, que foi considerado pela Wine Enthusiast um dos 100 melhores vinhos do mundo.
A Casa Agrícola Alexandre Relvas prevê fechar o ano de 2015 com 4,1 milhões de garrafas de vinho vendidas. Durante o primeiro semestre de 2015, a empresa viu as suas vendas crescerem 20 por cento, tendo atingido um volume de negócios na ordem dos 8,1 milhões de euros.
A prioridade estratégica continua a ser o mercado externo. Com mais de 150 clientes espalhados por todo o mundo, a empresa está presente nos mercados dos EUA, Brasil, Bélgica, Áustria, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Angola, China, França, Timor, Coreia, Japão, Moçambique, Cabo Verde, Namíbia e África do Sul, que equivalem a cerca de 70 por cento da sua atividade.
A Casa Agrícola Alexandre Relvas tem oito gamas de vinho (Herdade São Miguel, Herdade da Pimenta, Ciconia, São Miguel Descobridores, Merino, Segredos de São Miguel, Insólito e Monte dos Amigos) à venda em mais de 15 mil pontos de venda.
 
Fonte: AICEP

Compal vai entregar mais 60 mil euros a projetos de empreendedorismo agrícola


por Ana Rita Costa- 14 Dezembro, 2015

Já estão abertas as candidaturas para a quarta edição da Academia do Centro de Frutologia Compal, que pretende fomentar a inovação na fruticultura e que voltará a entregar 60 mil euros a projetos de empreendedorismo agrícola.

As candidaturas para o centro de formação podem ser feitas até 18 de fevereiro em www.centrofrutologiacompal.pt, sendo posteriormente escolhidos os projetos de 12 empreendedores que participarão na academia e que se habilitarão a ganhar uma das três bolsas de 20 000 euros.

"Para responder às necessidades da nova geração de empresários agrícolas, a edição 2016 da Academia do Centro de Frutologia Compal terá um programa de formação mais robusto, reflexo da preocupação com o reforço de alguns módulos, entre os quais o de marketing. Fruticultura, gestão agrícola, associativismo, tecnologia e sustentabilidade são alguns dos módulos em sala que se mantêm, assim como a forte aposta na formação prática através de sessões em terreno. Para além da formação teórica e prática, estes empreendedores terão ainda oportunidade de integrar uma rede de networking, abrindo portas para novas colaborações e parcerias", explica o Centro de Frutologia Compal em comunicado.

De acordo com os responsáveis pela iniciativa, podem candidatar-se empreendedores que pretendam criar ou expandir o seu negócio frutícola e cujos projetos incidam em, pelo menos, uma das seguintes frutas: Alperce, Ameixa, Ameixa Rainha Cláudia, Cereja, Clementina, Diospiro, Figo, Laranja, Limão, Maçã, Melancia, Melão, Meloa, Marmelo, Pêssego e/ou Pera Rocha.

"Esta iniciativa surgiu em 2012 para colmatar as principais necessidades identificadas no setor agrícola, entre as quais a crescente aposta da nova geração de empresários agrícolas no reforço das competências de gestão", explica José Jordão, Presidente do Centro de Frutologia Compal.

NEC testa IoT na agricultura


por Ana Rita Costa- 14 Dezembro, 2015

A NEC anunciou na passada semana que está a desenvolver uma solução para a recolha e análise de dados em larga escala para o setor agrícola. A solução está a ser estudada em parceria com a Kagome, acionista da HIT, e já foi instalada no início deste ano numa plantação de tomate em Castanheira do Ribatejo e no passado mês de outubro na Austrália.

 "A solução cria campos agrícolas virtuais baseados em dados meteorológicos, do solo e da vegetação obtidos através de sensores, satélites e drones, assim como outros dados relacionados com as atividades agrícolas, como a irrigação e o uso de fertilizantes", refere um comunicado citado pela ComputerWorld.

Os dados obtidos através de todas estas tecnologias permitem depois criar simulações/previsões de crescimento para esses campos virtuais, servindo posteriormente de base para o fornecimento de recomendações personalizadas para o cultivo da terra e para estimativas de produtividade.

De acordo com a NEC, a nova solução está a ser pensada para promover o uso otimizado de água, fertilizantes e agroquímicos e deverá conseguir fazer uma modelação científica com base no nível de crescimento das culturas e nas condições ambientais.

Em setembro deste ano, o grupo japonês HIT já havia anunciado um investimento de 1,5 milhões de euros na criação de um novo centro de investigação em Portugal, no Ribatejo.

Pêra-Manca com sistema antifraude


16 Dez 2015 < Início < Notícias
Garrafas do vinho alentejano passam a estar protegidas com um código único, associado à utilização de uma imagem holográfica.
A Fundação Eugénio de Almeida anunciou que a colheita de 2011 do emblemático vinho tinto alentejano apresentar-se-á com "um inovador sistema de segurança" que permite ao consumidor garantir a sua autenticidade, através de uma imagem holográfica na cápsula e um código único que pode ser validado no sítio online da marca.

Esta medida responde a tentativas de práticas fraudulentas que têm vindo a acontecer no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos topo de gama pelo que "importa conceber métodos fiáveis que permitam assegurar essas situações e, acima de tudo, proteger o consumidor de fraudes ou falsificações garantindo-lhe a autenticidade do vinho que adquire", declarou José Mateus Ginó, diretor comercial da Fundação Eugénio de Almeida.

Recorde-se que no início deste ano, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tornou pública a existência de falsificações de dois dos vinhos mais distintos da produção portuguesa, o Pêra-Manca e o Barca Velha. Na sequência da Operaçãp Premium (noticiada pelo Expresso em janeiro deste ano) foram apreendidas 110 garrafas das marcas referidas, avaliadas em cerca de 30 mil euros.

O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar considera que é "muito positivo que marcas como a Pêra-Manca tomem este tipo de iniciativa" mas, recorda, "mesmo com este tipo de medidas nem sempre se fica imune, já que os contrafatores arranjam sempre maneira de dar a volta". E não faltam casos, acrescenta, "em que o material contrafeito vem com selo a dizer que está protegido contra a contrafação".

A Sogrape/Casa Ferreirinha, casa mãe do duriense Barca-Velha, também avançou, há meses, com a criação de elementos distintivos nas suas garrafas, nomeadamente o holograma no rótulo e o relevo incrustado no vidro.
 

GPP: Conselho Oleícola internacional (COI) publicou um estudo sobre os custos de produção de azeite

Conselho Oleícola internacional (COI) publicou um estudo sobre os custos de produção de azeite nos países membrosResultados, conclusões e recomendações: http://www.gpp.pt/destaques/COI.OOProductionCosts.2015.pdf

Ministro da Agricultura inaugura mercado de agricultores em lisboa


NOTA DE IMPRENSA

Capoulas Santos inaugurou hoje o primeiro CAP – Mercado de Agricultores, um mercado de venda direta de produtos ao consumidor instalado na Praça dos Restauradores.

Trata-se de uma iniciativa da CAP – Agricultores de Portugal em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, que conta com a participação de mais de 30 expositores.

Para o Ministro da Agricultura, "trata-se de uma extraordinária iniciativa de apoio aos produtores e – ao mesmo tempo – é uma oportunidade para que os consumidores tenham acesso a produtos de grande qualidade com muita facilidade".

Duarte Cordeiro, vice-Presidente da Câmara de Lisboa, explicou que "o papel da autarquia é apoiar este tipo de iniciativas, que dinamizam a cidade e o comércio", declarando "total disponibilidade do município para ajudar a que a iniciativa se torne mais frequente, até porque Lisboa tem condições fantásticas para que isso possa acontecer, nomeadamente bom tempo".

Luís Mira, Secretário-Geral da CAP – não excluiu a ideia de tornar a iniciativa semanal: "apesar de ainda hoje estar a ser inaugurada, há já muitos apelos para que seja semanal, o que é notável".

Segundo o Ministro da Agricultura, "esta circunstância é um bom exemplo de como há todo um novo conceito de mercado em expansão, que os produtores têm de saber aproveitar".

À margem da volta inaugural, o titular da pasta da Agricultura explicou que "o Ministério está a acompanhar com preocupação a situação que se vive no setor da suinicultura e do leite e que levou ao anúncio da criação do Gabinete de Crise para acompanhamento do problema".

Capoulas Santos, que ontem reuniu com o setor da distribuição, quer "envolver toda a fileira e sentar à mesa do diálogo todos os intervenientes no processo para que, olhos nos olhos e em conjunto, se encontrem soluções que vão ao encontro dos interesses de todos". A título de exemplo, o Ministro referiu o caso da rotulagem, sublinhando que "os consumidores portugueses preferem o que é nacional, portanto, nos rótulos, há que destacar a origem portuguesa da carne de porco."

domingo, 20 de dezembro de 2015

AJAP e o novo ministro: “É preciso ultrapassar tabus no ministério”


por Ana Rita Costa- 10 Dezembro, 2015


A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) foi recebida no passado dia 9 de dezembro por Capoulas Santos, novo ministro da Agricultura.

Numa nota enviada às redações, a associação refere que "espera que o ministro Capoulas Santos consiga inverter uma tendência de afunilamento, quase elitista, a que o setor tem sido submetido".

"Várias foram as nossas propostas sem resposta, no sentido de uma melhor redistribuição das ajudas comunitárias, de aumento do valor do prémio aos Jovens Agricultores, de aumento do montante aos Projetos de Pequenos Investimentos, e especial atenção ao desenvolvimento rural, incluindo o reconhecimento e enquadramento financeiro para o JER – Jovem Empresário Rural, medidas que estão em destaque no programa do PS para a agricultura", acrescenta.

A associação sublinha que agora é preciso "ultrapassar tabus no ministério" no que diz respeito à definição de "políticas capazes de mexer no país das diferentes regiões, e não apenas em algumas regiões do país. Importa neste novo ciclo centrar a política agrícola nos agricultores, nos jovens e no território."

UE adota 118 programas de desenvolvimento rural


por Ana Rita Costa- 11 Dezembro, 2015

A Comissão Europeia concluiu esta semana a adoção dos 118 programas de desenvolvimento rural da União Europeia para 2014-2020, com uma dotação de 99,6 mil milhões de euros. De acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia, Portugal Continental receberá um total de 3 583 056 823 milhões de euros, 3,60% da dotação orçamental total a ser distribuída pelos Estados-Membros, a Região Autónoma dos Açores receberá 295 282 051 milhões de euros, 0,30%, e a Região Autónoma da Madeira receberá 179 449 500 milhões de euros, 0,18% do total.

Phil Hogan, Comissário Europeu da Agricultura, explicou que "o objetivo dos programas de desenvolvimento rural é fomentar o emprego, o crescimento, o investimento e a competitividade na Europa rural. Pretende-se que as zonas e comunidades rurais sejam capazes de enfrentar os numerosos e variados desafios e oportunidades que se lhes deparam no século XXI, aos níveis económico, social e ambiental. Com investimentos inteligentes e estratégicos, os PDR darão impulso à renovação das gerações e criarão condições para garantir o dinamismo da economia, da sociedade e do ambiente rurais. Com a COP21 a decorrer em Paris, as atenções viram-se inevitavelmente para a resposta ao desafio considerável suscitado pelo clima, e o programa de desenvolvimento rural desempenha um papel importante nesta questão."

As regiões predominantemente rurais representam 52% do território da UE e contam com uma população de 112,1 milhões de pessoas. "São muito diferentes umas das outras e os desafios que enfrentam refletem circunstâncias muito variadas. É por este motivo que a Comissão deixa uma maior flexibilidade aos Estados-Membros, para que a ajuda se adapte melhor às necessidades específicas de cada região ou país e reforce a tónica na subsidiariedade. Desta forma, os Estados-Membros podem elaborar os seus próprios programas nacionais ou regionais, refletindo aquelas especificidades, com base em pelo menos quatro das seis prioridades comuns: conhecimento e inovação, competitividade, melhor organização da cadeia alimentar, preservação dos ecossistemas, eficiência dos recursos e inclusão social", acrescenta a Comissão Europeia.

A ajuda ao desenvolvimento rural constitui o 2.º pilar da política agrícola comum, proporcionando aos Estados-Membros uma dotação financeira da UE para gerirem, a nível nacional ou regional, programas plurianuais cofinanciados. No total, estão previstos nos 28 Estados-Membros.

EDIA disponibiliza dados cartográficos de forma gratuita


por Ana Rita Costa- 15 Dezembro, 2015

A EDIA passou recentemente a disponibilizar, de forma gratuita, os seus dados cartográficos. Para a empresa, esta iniciativa é uma forma de "participar na promoção do desenvolvimento económico e social do espaço Alqueva".

"Frequentemente procurados pelos beneficiários e investidores do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, para implementação de projetos agrícolas, os dados agora disponibilizados de forma gratuita incluem ortofotomapas e altimetria", explica a empresa.

A informação agora divulgada pode ter utilidade a vários níveis, nomeadamente na gestão de uma exploração agrícola, no planeamento e em avaliações prediais.

Os dados, segundo a EDIA, podem ser redistribuídos e usados para qualquer fim, "desde que se cumpram determinados requisitos, nomeadamente informação sobre a sua origem e propriedade e sobre eventuais alterações que tenham sido efetuadas, entre outros."

A informação pode ser 'descarregada' no site da EDIA, na área de apoio ao agricultor.