sábado, 3 de outubro de 2015

Mercado dos cereais em baixa mas com possibilidade de mudanças devido à seca

02-10-2015 
 

 
O mercado dos cereais segue uma tendência em baixa, com altas existências mundiais e forte concorrência de exportação. Para a colheita de 2016, o mercado encontra-se preocupado com as condições de seca do Mar Negro, que ameaçam a germinação do trigo de Inverno, apesar da possibilidade de chuva para esta semana no sul da Rússia, segundo assinalou Toño Catón, director de Culturas Arvenses de Castilha e León.

Os meios de comunicação da Ucrânia mencionam que o mês de Agosto foi o mais seco em 54 anos. Prevê-se que 70 por cento dos campos na Ucrânia passam por condições de seca, no entanto, os agricultores continuam a esperar chuva. Agências privadas estimam que a superfície com problemas é de 50 por cento da Ucrânia e 25 por cento na Rússia, havendo ainda esperanças optimistas.

Os mercados da Ucrânia e Rússia seguem um cenário muito competitivo no mercado do Egipto. Na Rússia, parece haver propostas para que o trigo seja isento do pagamento de imposto à exportação, o que, caso se confirme, os preços do trigo na Rússia serão mais competitivos.

Esta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou os seus dados de existências, destacando que as estimadas são superiores às da campanha passada para a soja, milho e trigo.

Fonte: Agrodigital

Douro fiscaliza as vindimas desde o corte aos centros de vinificação

02-10-2015 
 

 
Equipas do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto espalham-se pela região, nesta altura de vindima, para fiscalizarem desde o corte das uvas, ao transporte e entrada nos centros de vinificação para garantirem a genuinidade dos vinhos.

Nas vinhas cortam-se as uvas que depois são transportadas para os centros de vinificação. Existem cerca de 1.700 no Douro, sendo que 150 concentram mais de 90 por cento de toda a produção desta região demarcada.

Os fiscais do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) estão atentos a toda esta movimentação, percorrendo o território em acções de fiscalização.

Numa dessas acções, num cruzamento perto de São João da Pesqueira, distrito de Viseu, dois militares da GNR mandaram parar carrinhas e camiões e os elementos do instituto público conferiram os dados, desde o registo da viatura, a matrícula, o produto transportado, a quantidade e os documentos de acompanhamento.

O presidente o IVDP, Manuel de Novaes Cabral, afirmou aos jornalistas que a fiscalização é feita durante todo o ano, mas que esta se intensifica durante a vindima porque é durante este período que há mais circulação de produtos vitivinícolas, quer sejam uvas, mosto ou aguardente.

«Fiscalizar, controlar e certificar» são, segundo o responsável, as três palavras que resumem a missão do IVDP, a quem cabe garantir a genuinidade dos vinhos do Porto e do Douro.

Nestas acções no terreno, os fiscais possuem também um "tablet", através do qual conseguem aceder ao servidor do IVDP e confirmar de imediato os dados fornecidos pelos condutores.

Da estrada, os fiscais seguem depois para um dos centros de vinificação onde as uvas são entregues. Todas estas unidades têm que preencher uma aplicação informática onde é registado o nome do viticultor, a matrícula do veículo, freguesia de origem, hora e cor das uvas. Os dados têm que ser submetidos ao IVDP no espaço de 48 horas.

Na Quinta da Nogueira entram cerca de 120 toneladas de uvas nestes dias de vindima. Aqui a produção média de vinho ronda as quatro mil pipas. «No centro de vinificação verificamos o registo de entrada de uvas, verificamos a vinificação, a utilização do mosto e da aguardente, do volume de aguardente utilizado», explicou Alfredo Silva, dos serviços de fiscalização do instituto.

O responsável referiu que se segue o rasto das uvas desde a vinha até ao centro de vinificação, fazendo-se depois um cruzamento de dados. O objectivo é, frisou, «verificar a genuinidade da origem das uvas». As irregularidades têm diminuído e, segundo Manuel Cabral, as verificadas têm sobretudo a ver com a «não regularidade documental».

O controlo é feito também nas zonas periféricas para fiscalizar a entrada de vinho de fora da região e, depois, quando as vindimas já estiverem a acabar, o IVDP avança para o controlo das quantidades de vinho produzidas.

Na vindima do ano passado, o IVDP passou por 412 centros de vinificação e levantou quatro autos. A missão fundamental do IVDP, com sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real, é promover os vinhos do Porto e do Douro em Portugal e no mundo e garantir o controlo da qualidade e quantidade destes produtos.

Fonte: Lusa

Reguengos de Monsaraz: Cidade Europeia do Vinho recebe prémio "Laurus Nobilis"

 02-10-2015 

 
Reguengos de Monsaraz, Cidade Europeia do Vinho 2015, vai receber o prémio "Laurus Nobilis", atribuído pela Confraria dos Gastrónomos do Algarve, informou o município alentejano.

O troféu representativo da distinção e o diploma vão ser entregues na noite de sábado, em Loulé, durante a IV Gala da Ordem de Santa Maria de Ossónoba.

Segundo a autarquia, o prémio "Laurus Nobilis" é o reconhecimento pela Confraria dos Gastrónomos do Algarve «de entidade pública ou privada que se tenha destacado no mundo da gastronomia ou dos vinhos, ou pelo apoio prestado ao desenvolvimento confrádico».

O "Conselho dos Sábios" da confraria decidiu, por unanimidade, a atribuição do prémio, considerando como factores determinantes Reguengos de Monsaraz ser a Cidade Europeia do Vinho 2015 e por ter apoiado e recebido este ano o Encontro de Confrarias Enogastronómicas do CEUCO - Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas.

Reguengos de Monsaraz é a Cidade Europeia do Vinho 2015, distinção atribuída pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (Recevin), que integra cidades da Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Portugal.

Fonte: Lusa

Exportação angolana de vinho alentejano cresce 14 por cento

02-10-2015 
  
A exportação de vinhos do Alentejo para Angola cresceu 14 por cento no último ano, até final de Agosto, mas os produtores já assumem preocupação com a evolução do mercado, face à crise angolana.

De acordo com números transmitidos à Lusa pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), à margem de acções de promoção dos vinhos daquela região portuguesa realizadas nos últimos dias em Luanda e no Lubango, no sul do país, Angola representa o principal mercado de exportação fora da União Europeia, actualmente com uma facturação de 16 milhões de euros no último ano e 4,3 milhões de litros.

«Até agora ainda não nos estamos a ressentir da crise em Angola. O que tenho ouvido nos últimos dias assusta-nos um bocado, mas temos de ter esperança e continuar a promover os vinhos», explicou Maria Amélia da Silva, da CVRA, à Lusa.

Fonte: Lusa

DGADR: Plataforma da FAO - Family Farming Knowledge Platform


A FAO criou a Plataforma da Agricultura Familiar para o Conhecimento

No âmbito do Ano Internacional da Agricultura Familiar, que se celebrou em 2014, e dando continuidade ao projeto de colaboração interinstitucional que se mobilizou um pouco por todo o mundo, a FAO criou a Plataforma da Agricultura Familiar para o Conhecimento, com o objetivo de recolher, sistematizar e disponibilizar informação sobre Agricultura Familiar, de natureza científica, legal e estatística, para apoiar a formulação de políticas públicas, a troca de experiências e as boas práticas aprendidas.

A DGADR foi designada como ponto focal desta Plataforma em Portugal e tem vindo a acompanhar o seu desenvolvimento ao longo dos 4 meses que leva de implementação. Esta Plataforma reúne informação detalhada sobre a temática da Agricultura Familiar no mundo, nomeadamente legislação, dados estatísticos, trabalhos científicos, testemunhos de campo, resenha de políticas públicas, etc., disponível de forma sistematizada.

Consulte a plataforma e colabore neste projeto: http://www.fao.org/family-farming/en/

DGADR: Bolsa Nacional de terras - Balanço do 1º Concurso das terras do Estado


A DGADR, enquanto entidade gestora da Bolsa de terras disponibiliza o relatório elaborado para efeitos de Balanço do 1º Concurso das terras do Estado o qual resulta de uma análise mais aprofundada de alguns dos indicadores associados ao citado concurso.

 O 1º concurso permitiu a cedência das 19 terras do Estado, maioritariamente com aptidão agrícola, a 15 arrendatários, através da celebração de contratos 90% dos quais com a duração de 7 anos. O perfil dominante dos novos arrendatários corresponde maioritariamente a pessoas singulares com idade entre os 18 e os 40 anos de idade, ou seja Jovens agricultores, associados de Organizações de Produtores. A orientação produtiva aponta essencialmente para atividades culturais associadas à produção de culturas arvenses, de hortícolas e frutícolas. Relativamente ao desenvolvimento de projetos específicos destaca-se sobretudo o facto de 53% dos arrendatários Jovens Agricultores assumirem o compromisso de produzir em Produção Integrada e, 42% e 16% comprometerem-se a desenvolver projetos respetivamente sobre o aumento de eficiência do uso de água de rega e sobre a adaptação de espécies e variedades mais resistentes à escassez da água.


DGADR: Inauguração por Sua Excelência a Senhora Ministra da Agricultura e do Mar do Bloco de Rega da Maiorca do Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego


No passado, dia 31 de agosto de 2015, a Senhora Ministra da Agricultura e do Mar, Professora Doutora Assunção Cristas, procedeu à inauguração das obras do Bloco de Maiorca do Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego.

As obras, promovidas pela DGADR e financiadas pelo PRODER, infraestruturaram uma área com 510 ha, dotando-a com 156 caixas de rega, abastecidas por uma rede com 18,6 km de condutas em PRFV.

A circulação no interior do Bloco foi beneficiada através da construção de uma rede de caminhos com 27,0 km, tendo sido ainda construída uma rede de drenagem com cerca de 15,0 km e realizado o nivelamento de precisão dos terrenos agrícolas preparando-os para a cultura do arroz. Para a integração paisagística deste Bloco foram plantadas mais de 4 000 árvores e arbustos.

 Nesta intervenção foram também realizadas operações de emparcelamento o que permitiu que os 195 proprietários, que inicialmente ocupavam 789 prédios, com uma área média por prédio de 0,65 ha, passassem a dispor de novos lotes com uma área de 2,20 ha/prédio redistribuídos por 231 prédios. 

O custo total das obras ascendeu a cerca de 6.400.000 €, valor que não inclui o IVA nem as indemnizações pagas aos agricultores pelo não cultivo durante a realização dos trabalhos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Angola abre linha de crédito para projectos agrícolas, pecuários e pescas

 01-10-2015 
 

 
Dois bancos públicos angolanos abriram uma linha de crédito no valor de 82,7 milhões de euros para financiar projectos agrícolas, pecuários e nas pescas em Angola, informou o Ministério da Agricultura.

Esta linha de financiamento resulta de decisão do executivo e está a ser implementada pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC), após um convénio rubricado a 29 de Setembro com o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), de acordo com informação governamental enviada à agência Lusa.

A operacionalização desta linha surge numa altura em que o Governo tem anunciado a aceleração da diversificação da economia, dependente das exportações de petróleo, mais de 98 por cento do total, e que enfrenta uma crise financeira e económica precisamente face à forte quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, diminuindo as receitas angolanas.

Segundo o Ministério da Agricultura, este crédito a conceder, indirectamente, pelo Estado no valor de 82,7 milhões de euros (ME) pode financiar projectos de valor até 3,3 milhões de euros, com um período de carência não inferior a 24 meses e pagamento do reembolso dividido por 66 prestações mensais.

De acordo com dados do Banco Nacional de Angola consultados pela Lusa, os sectores da agricultura e das pescas atingiram em Agosto o volume mais elevado de crédito concedido, respectivamente de 1,1 mil ME e 58 ME.

Apesar do potencial histórico e reconhecido ao sector no país, a agricultura angolana teve um peso de 12 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014.

Devido à crise da cotação do barril de crude, o Governo angolano estima que o peso do petróleo exportado nas receitas fiscais angolanas passe de 70 por cento do total de 2014 para 36,5 por cento este ano, com a necessidade de diversificar a economia a ser encarada como prioridade governamental.

Fonte: Dinheirodigital; Lusa

Cortiça das rolhas das garrafas de vinho vai constar do rótulo

 01-10-2015 

 
As garrafas de vinho com rolha de cortiça vão poder conter no rótulo informação sobre a composição desse vedante a partir do final deste mês, mas desde que a cortiça represente metade da matéria utilizada, segundo uma portaria hoje publicada.

As novas regras são facultativas e as garrafas rotuladas até 01 de Agosto de 2016, que não cumpram as novas regras, ainda podem ser comercializadas até ao esgotamento do "stock", mas a partir dessa data poderão referir no rótulo o uso de vedante em cortiça, com larga tradição em Portugal.

«A presente portaria visa favorecer a utilização mais generalizada desta prática e sensibilizar as empresas para a melhoria da informação ao consumidor, evitando, ao mesmo tempo, qualquer acréscimo de burocracia ou outros custos de contexto não justificados para os respetivos operadores económicos», escreve o Ministério da Agricultura e do Mar, no preâmbulo do diploma, que entra em vigor a 30 de Outubro.

A portaria exige que a referência no rótulo ao uso de cortiça, enquanto vedante, tenha carácter facultativo e passe a obedecer a critérios exigentes de composição e qualidade do produto.

A referência à cortiça no rótulo da garrafa só vai poder ser feita quando representar mais de 50 por cento da matéria-prima do vedante, quando a empresa produtora do vedante estiver certificada e quando os engarrafadores e os operadores económicos responsáveis pela introdução dos produtos no mercado estejam na posse de documento que assegurem a rastreabilidade necessária à comprovação do cumprimento das novas normas.

Nas últimas décadas, tem-se vulgarizado no mercado nacional a utilização de diversos tipos de vedantes nos produtos vitivinícolas nacionais engarrafados, tais como cápsulas de alumínio e outros vedantes sintéticos.

Em Portugal, «a utilização da rolha de cortiça natural, enquanto vedante, tem uma larga tradição e continua a corresponder à expectativa de um número significativo de consumidores nacionais, que a valorizam tendo em conta as suas características», defende o ministério, lamentando que nem sempre o consumidor final tenha condições de poder identificar o tipo de vedante utilizado.

Anexo: Portaria nº322/2015, de 01 de Outubro 

Fonte: Lusa

CTT: Frutas de Portugal




FRUTAS DE PORTUGAL, UMA EMISSÃO DE SELOS «FRESQUINHA»,
FRUTO DE UMA PARCERIA CTT E TERRAPROJECTOS
 
 
Terá lugar hoje, dia 01 de Outubro, pelas 18:30h, no Palácio Sousa Leal, em Lisboa, a apresentação «oficial» da emissão de selos Frutas de Portugal, que contará com a presença de Raul Moreira, diretor de Filatelia dos CTT, João Miguel Pereira, diretor da Revista, Fruta, Legumes e Flores e diretor executivo da TerraProjectos, Domingos Santos, Presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores (FNOP), Vitor Andrade, coordenador de economia do Jornal Expresso e da Revista Exame e representantes de cada uma das frutas ilustradas na emissão, numa Tertúlia Agronómica, que promete ser uma saborosa «salada de frutas» sobre este tema, conduzida pela revista Frutas, Legumes e Flores.
 
Num contexto sociocultural em que as cartas escritas assumem um estatuto especial, afastadas da rotina, em que o revivalismo e a valorização do que é português conquista novo interesse e entusiamo, a TerraProjectos desafiou o departamento de filatelia dos CTT a desenvolver uma emissão de selos com base na Fruta de Portugal. Um verdadeiro tributo ao nosso país que encerra um conjunto de riquezas frutícolas que nos devem encher, a todos, de orgulho.
 
Desafio feito, desafio aceite. Num espaço de dois meses as cores, os perfumes, as texturas e os sabores das frutas portuguesas serviram de inspiração à aguarela que, num traço criativo, se foi desenhando, à mão, na TerraProjectos. Revelam-se assim uma nova forma de contribuir para a divulgação e comunicação dos frutos portugueses. A TerraProjectos, trabalhando no setor agroalimentar há 15 anos em duas áreas complementares, a competividade e os mercados, reúne em si um conhecimento profundo dos contextos (produtivo, industrial e comercial), da evolução e do potencial do agroalimentar português. A consultora tem assistido — e crê contribuído — para a evolução da consciencialização de que o marketing, a comunicação e o design, assentes em estratégias integradas, diferenciadas e conjuntas, cruciais para a conquista de perceções valorativas, positivas do setor, dos seus produtos e marcas, «cá dentro e lá fora», porque também nas exportações nacionais o agroalimentar se tem destacado.
 
Castanha de Trás-os-Montes; Cereja da Cova da Beira; Pêra Rocha do Oeste; Citrinos do Algarve; Banana da Madeira e Ananás dos Açores são os frutos presentes na «fresquíssima» emissão das Frutas de Portugal. Porquê estas frutas? Estas e outras questões serão discutidas e saboreadas, já no próximo dia 01 de Outubro.
 
Assim, qualquer português que opte por colocar na sua correspondência um selo desta emissão estará assim a promover não só o consumo destas frutas, mas também a dar a conhecer país fora as invejáveis riquezas fruticolas que fazem parte de todos nós.
 
Esta emissão filatélica é composta por seis selos: dois selos (castanhas e cerejas) com uma tiragem de 155 000 exemplares cada e um valor facial de 0,45€ cada; dois selos (laranjas e pêras) com um valor facial cada de 0,55€ e uma tiragem de 120 000 exemplares cada um; um selo das bananas da Madeira com uma tiragem de 145 000 exemplares e um valor facial de 0,72€ e um selo com o ananás dos açores com uma tiragem de 115 000 exemplares e um valor facial de 0,80€.
 
O design esteve a cargo de Natali Nascimento (TerraProjectos) e os selos têm um formato de 40 X 30,6 mm. As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio no Porto, Zarco  no Funchal e Antero de Quental  em Ponta Delgada.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Copa-Cogeca: agenda da ONU é incentivo para um setor agrícola europeu sustentável



 30 Setembro 2015, quarta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaIndústria alimentar
onu
Sobre a adoção pelas Nações Unidas da nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável, o Copa-Cogeca, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, considera que a mesma oferece «um incentivo maior para alcançar um setor agrícola europeu sustentável, competitivo e economicamente viável, capaz de responder à crescente procura alimentar mundial».
Os 17 objetivos são divididos por 169 metas conexas foram adoptados pela Assembleia Geral das Nações Unidas na cimeira celebrada em Nova Iorque, e fazem parte da "Agenda de Desenvolvimento pós-2015", intitulada "Transformar o nosso mundo: A Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável" e supõem a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio que terminam em finais de 2015», adianta o Copa-Cogeca.
O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, a partir de Bruxelas, declarou que querem na Europa uma política agrícola estável que permita à União Europeia (UE) produzir de forma sustentável, contribuindo para um dos maiores desafios da próxima década: aumentar a produção de alimentos para uma população mundial com recursos limitados.
Pesonen referiu ainda que «enquanto se estabelece o quadro para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável a nível mundial, os Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) têm um impacto importante no momento de abordar os desafios, mais concretamente no setor agrícola europeu, o que também se aplica na próxima revisão intermédia da Política Agrícola Comum (PAC) em 2017 e o seu desenho para além de 2020, cujos objetivos são garantir que os agricultores europeus sejam competitivos, garantindo ao mesmo tempo o fornecimento de alimentos seguros a nível mundial e a proteção do ambiente».

Quebra na produtividade da pera e aumentos na maçã, uva para vinho e pêssego



 29 Setembro 2015, terça-feira  Hortofruticultura & Floricultura
maca
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de agosto de 2015, apontam para uma redução muito significativa da produtividade da pera, -45% face a 2014, devido ao mau vingamento dos frutos e de graves problemas fitossanitários.
Contudo, estimam-se aumentos nos rendimentos unitários da maçã, de mais 20%, da uva para vinho, de mais oito por cento e na produção de pêssego, com mais cinco por cento.
Nas culturas de primavera/verão preveem-se aumentos na produtividade do tomate para a indústria, com um total de 95 toneladas por hectares, o que supõe mais 35%, e do arroz mais cinco por cento.
Em relação ao milho de regadio, este deverá registar uma redução de cinco por cento no rendimento unitário, com uma situação semelhante na batata, com quebras no regadio menores que as no sequeiro, de -10 e -50%, respetivamente.
Para a produção de leite e produtos lácteos, o INE adianta que a recolha de leite de vaca foi 166,3 mil toneladas, o que representou um aumento de 3,8%, mais 5,2% em relação a junho.
O volume total de produtos lácteos teve um decréscimo de 13,0%, mais 1,9 em junho, devido aos menores volumes de produção de leite para consumo, de acordo com o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do INE. 

Há um novo curso de inspeção a sistemas de rega e de bombeamento



 30 Setembro 2015, quarta-feira  AgroflorestalAgricultura
curso

O despacho que regulamenta o novo curso de inspeção a sistemas de rega e de bombeamento foi publicado a 28 de setembro em Diário da República.
Um dos requisitos técnicos fixados pela portaria é a de «frequência de curso de formação, homologado pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com um mínimo de 60 horas, versando a temática de inspeção a sistemas de rega e de bombeamento».
Segundo o documento, pode ler-se que «para além da lacuna que este curso vem preencher na criação de condições técnicas para a melhoria da eficiência dos sistemas de rega, existe uma compreensível oportunidade na sua criação, já que a excecional adesão registada ao Sistema de Reconhecimento de Regantes obriga a reforçar rapidamente o número de técnicos habilitados a executar as atividades de inspeção técnica aos sistemas de rega e de bombeamento».


Governo antecipa pagamento das principais medidas agroambientais



 29 Setembro 2015, terça-feira  AgroflorestalAgricultura
agroambiental

O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM), através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), vai proceder à antecipação, já em outubro, do pagamento de três das principais Medidas Agroambientais: Agricultura Biológica, Produção Integrada e Conservação do Solo.
Em comunicado, a tutela salienta que a operacionalização das várias medidas agroambientais do PDR 2020 «está a ser efetuada no âmbito da implementação do primeiro ano de reforma da PAC».
«Desde já, pode assegurar-se o adiantamento das medidas da Agricultura Biológica, Produção Integrada e Conservação do Solo», assegura o ministério tutelado por Assunção Cristas.
Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, «os adiantamentos das ajudas são muito importantes pois proporcionam mais liquidez aos agricultores».
«Como nos anos anteriores iremos procurar antecipar o maior número de apoios possível. No caso das medidas agroambientais, podemos já assegurar o adiantamento em outubro da produção integrada, agricultura biológica e conservação do solo. Estas medidas são aquelas que abrangem mais beneficiários. As comunicações das aprovações aos agricultores serão feitas na área reservada no portal do IFAP, e serão feitas em momentos distintos em função do tipo de medida agroambiental», acrescenta o governante.
Ainda no mês de outubro, também haverá a antecipação dos pagamentos ligados da PAC. Estes adiantamentos, para o pagamento das Vacas Aleitantes, Ovinos e Caprinos, Leite, Arroz e Tomate, serão aumentados para 70%, fazendo uso da possibilidade atribuída no pacote leite apresentado pela Comissão Europeia no último Conselho Ministros Extraordinário de 7 de setembro de 2015.
No mês de novembro, serão pagas as medidas de apoio às Regiões Desfavorecidas (MAZDs). No passado era permitido aos Estados-membros antecipar apoios mais cedo, razão pela qual Portugal antecipou em 2012, 2013 e 2014 estes pagamentos em julho.
Este ano, devido ao facto de a ajuda ter que se montada de novo e o novo regulamento comunitário só permitir pagamentos depois de 16 de outubro, a ajuda às MAZDs será antecipada para novembro.
No mês de dezembro, estará previsto o pagamento de RPB, e outros pagamentos, o qual será feito depois do cálculo definitivo de direitos e o cruzamento com os outros apoios.
Como tem sido prática nos últimos anos, o ministério de Agricultura garante que «continuará a fazer todos os esforços para assegurar a previsibilidade e os pagamentos atempados aos agricultores».
O calendário do IFAP será oportunamente atualizado com mais detalhes sobre os adiantamentos, montantes e pagamentos das medidas.

Agricultura, alimentação e natureza

MARTA PAZ 29/09/2015 - 16:55

Não podemos prolongar um sistema em que produzimos e consumimos mais do que necessitamos.

A Europa produz comida em excesso. Graças essencialmente à nossa produção, temos comida disponível nas lojas para alimentar cerca de 136% da população europeia, apesar de não conseguirmos assegurar a sua adequada distribuição por todos. Ainda assim, os agricultores europeus continuam a ser pressionados para produzir mais quantidade por menos dinheiro, deixando para segundo plano os custos sociais e ecológicos que daí resultam.

Na Europa, a agricultura representa mais do que a nossa fonte de alimentos. Ao longo de milhares de anos a paisagem foi sendo moldada pelos sistemas agrícolas. Os hábitos das gentes e das espécies adaptaram-se, fazendo da agricultura tradicional um dos pilares da biodiversidade.

A Política Agrícola Comum (PAC) atual reconhece este papel da agricultura e usa-o como justificação para o seu orçamento, que representa cerca de 38% do orçamento total da União Europeia.

A PAC já não tem como objetivo aumentar a produção de alimentos como aquando da sua criação em 1958, mas sim apoiar um sector que, para além dos alimentos, pode prestar bens e serviços públicos ambientais e de ecossistema.

Os agricultores europeus devem receber ajudas por cumprirem práticas benéficas para a conservação do solo, da água, da biodiversidade, da paisagem e para a atenuação e adaptação às alterações climáticas.

Apesar desta concepção inteligente, a implementação da nova PAC tem vindo a revelar-se um desastre. Os Estados-membros definiram critérios muito pouco ambiciosos para a atribuição das ajudas, resultando na prática em escassos benefícios ambientais – ou seja, pagamos impostos para ajudar a nossa agricultura a ser mais sustentável, mas a intenção perde-se num caminho ineficaz.

Vejamos apenas um de vários exemplos: a PAC prevê a atribuição de ajudas aos agricultores para a diversificação de culturas. Esta é uma medida muito importante para contrariar as monoculturas que eliminam as hipóteses de sobrevivência de várias espécies de aves e insetos, prejudicando a própria atividade agrícola, ao diminuir, por exemplo, a capacidade de polinização.

Mas na operacionalização desta medida os critérios isentam as explorações com menos de dez hectares que recebem a ajuda sem ter de diversificar nada, enquanto nas explorações de área superior a cultura principal fica limitada a 75% da superfície. Mas se 75% é um valor pouco ambicioso, a diversificação pode ser de todo eliminada através de um mecanismo de equivalência, que foi já pedido para a cultura do milho por Estados-membros como Portugal e França.

Porque continuamos então a sobreproduzir alimentos, ao mesmo tempo que hesitamos em apoiar uma agricultura mais sustentável? Encontramos algumas respostas olhando para o nosso sistema de produção e consumo. Por um lado, permitimos o desperdício de algo entre um terço e metade do total de alimentos produzidos, desde a produção até ao consumo final, segundo dados publicados pela Comissão Europeia e pela FAO. Por outro lado, consumimos mais do que o necessário, razão pela qual tem aumentado a incidência de doenças cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de cancro na Europa.

Temos de ser capazes de alterar este modelo. Não podemos prolongar um sistema em que produzimos e consumimos mais do que necessitamos, degradando simultaneamente a nossa saúde, os nossos recursos e a capacidade das gerações futuras obterem o seu alimento.  

A nossas políticas públicas, como a PAC e o seu pesado orçamento, têm de servir para apoiar uma agricultura e uma alimentação sustentáveis, que pelo caminho contribuem também para a conservação da natureza e do mundo rural.

Marta Paz é membro da direcção da LPN-Liga para Protecção da Natureza

A fotossíntese desvendada depois de 30 milhões de horas de cálculo


Foram precisos cinco anos e mais de 30 milhões de horas de cálculo em supercomputadores para os cientistas conseguirem desmontar o processo da fotossíntese

Rodrigo Cabrita
KÁTIA CATULO

30/09/2015 15:55:00

Um dos maiores mistérios da natureza foi desvendado com ajuda de cientistas portugueses.

Qualquer aluno do ensino básico aprende na escola que a fotossíntese é um processo físico-químico, a nível celular, realizado pelas plantas que usam dióxido de carbono e água para obter glicose através da energia solar, de acordo com a seguinte equação:
Luz solar + 12H2O + 6CO2 –> 6O2 + 6H2O + C6H12O6

O problema é conseguir explicar o processo. Foram precisos cinco anos e mais de 30 milhões de horas de cálculo em supercomputadores europeus para uma equipa internacional de cientistas conseguir desvendar agora o mistério. Foi a primeira vez que se estudou toda a enorme estrutura (cerca de 18 mil átomos) daquilo a que se chama "o motor de arranque da máquina da fotossíntese", recorrendo exclusivamente à mecânica quântica.



E entre os autores desta descoberta estiveram os portugueses do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, que conseguiram simular o processo de captação de luz da gigantesca estrutura de moléculas – a antena designada por Light-Harvesting Complex II – envolvida no primeiro passo da fotossíntese nas plantas.

Os resultados da pesquisa, já publicados online e que serão a manchete da edição de Outubro da revista "Physical Chemistry Chemical Physics", são determinantes para se conseguir perceber como a natureza resolveu o problema de captar a energia do Sol. "E fê-lo de uma forma extraordinariamente eficiente. Muito melhor que os actuais painéis fotovoltaicos", conta o coordenador da equipa portuguesa, Fernando Nogueira.

Neste estudo, os investigadores identificaram, através de um cálculo sem precedentes, quem faz o quê nesta gigante e intrincada espécie de rede de clorofilas. Neste processo, só uma molécula é que desempenha o papel principal na estrutura do fotossistema. Todas as outras funcionam como antenas para captar energia, transferindo-a de imediato para a molécula central, "que é onde se dão os passos seguintes do processo", conta o especialista em Física Computacional da Universidade de Coimbra.

Resta ainda desvendar como se processa a transferência de energia para o centro da reacção: "Perceber como é que estas antenas transmitem a energia para a molécula central do fotossistema é o próximo passo da investigação. Recolhemos uma enormidade de informação que é necessário destrinçar."

Governo reconhece Viniportugal como organização interprofissional da fileira vitivinícola

30-09-2015 
 

 
O Governo formaliza esta quarta-feira o reconhecimento da Viniportugal como organização interprofissional, o que para o presidente da instituição representa uma «consagração» enquanto «organização de cúpula» da fileira vitivinícola e abre novas perspectivas de desenvolvimento futuro.

«O que se ganha é, antes de mais, um reconhecimento da organização que, por ser muito representativa do sector, e essa representatividade lê-se pelo número de agentes económicos, pelos volumes de produção e pelos volumes de comercialização, pode ser reconhecida como organização interprofissional da fileira», afirmou o presidente da Viniportugal em declarações à agência Lusa.

Segundo Jorge Monteiro, este reconhecimento, efectuado ao abrigo da regulamentação comunitária, traduz uma «consolidação» da actividade da Viniportugal e abre, no futuro, «um potencial de reforço da sua posição no contexto da promoção internacional dos vinhos portugueses».

«Os interprofissionais são vistos, muitas vezes, pelos governos como forma de transferir funções que estão na parte pública para organismos de natureza privada. É um reconhecimento e uma consagração, mas há também aqui um potencial de desenvolvimento futuro das competências da Viniportugal», sustentou.

Salientando que a aposta na promoção dos vinhos portugueses «deverá continuar a ser o objectivo fundamental» da organização, Jorge Monteiro considera que esta poderá «cada vez trabalhar mais no domínio da recolha de informação, nomeadamente da informação de mercado», e, eventualmente, «vir a explorar outros domínios de especialidade», como a «formação orientada para a internacionalização, a assistência, o desenvolvimento do conhecimento ou o turismo do vinho».

«Há várias áreas entre as quais vamos ter que escolher, depois de reflectir se é este o momento», referiu Jorge Monteiro, ressalvando, contudo, estar «mais focado numa consolidação do que, propriamente, numa expansão».

A cerimónia de reconhecimento da Viniportugal como organização interprofissional da fileira do vinho decorrerá nas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), em Lisboa, e contará com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

Para o governante, a cerimónia marca a conclusão de «um processo em que o sector do vinho sai vencedor e fortalecido na sua representação».

Fonte: Lusa

Portugal é um país com «elevadíssima» segurança alimentar

30-09-2015 
 

 
O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar garantiu hoje que Portugal tem «elevadíssima segurança alimentar» e sublinhou que «o consumidor não tem de estar preocupado» mesmo depois dos casos de botulismo alimentar detectados este mês.

«Portugal é um país de elevadíssima segurança alimentar», afirmou Nuno Brito, recusando que se estabeleça «confusão» entre a empresa associada aos casos de botulismo detetados este mês ("Origem Transmontana") com a região de Trás-os-Montes. «Não confundamos uma empresa com uma região», apelou.

O governante, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à empresa Minho Fumeiro, em Ponte de Lima, realçou ainda: «Essa marca está suspensa de laborar. Os belíssimos produtos do fumeiro transmontano são seguros, podem ser consumidos, e seguramente também são, não só uma boa imagem de Portugal mas também para as exportações portuguesas já que têm um peso extraordinariamente significativo no sector agro-alimentar».

Nuno Brito adiantou que a «segurança alimentar é dos maiores critérios, a nível nacional, e o consumidor não tem que estar preocupado». A fiscalização, sublinhou, «é corrente e recorrente no sector, existe normalmente e por isso é que foi detectado um problema deste género».

Questionado sobre uma possível quebra no consumo por causa deste caso, o secretário de Estado afirmou que «se o Governo fizer bem a informação, e a comunicação social fizer bem o seu trabalho, isso não deverá ocorrer».

O governante diz que, neste caso, «tudo foi bem feito», desde «a detecção, do ponto de vista da saúde, à intervenção das entidades competentes e o alerta aos consumidores». De acordo com dados avançados por Nuno Brito, o valor das exportações do sector do fumeiro ronda os 320 milhões de euros.

Um comunicado conjunto da Direcção-Geral da Saúde, Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge dava conta, no sábado, de que foram detectados este mês três casos de botulismo alimentar.

A origem destes casos de doença foi associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados com a marca "Origem Transmontana" e, após investigação, as autoridades decidiram retirar de imediato do mercado os produtos à base de carne e os queijos da marca "Origem Transmontana".

Na nota de imprensa explica-se que o botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo 'Clostridium botulinum' no próprio alimento.

A empresa em causa foi criada para comercializar «o que de melhor se produz na região», desde fumeiro, compotas, queijos, comprados a produtores ou de produção própria e vendidos com a marca "Origem Transmontana".

Fonte: Lusa

‘Vinho e Sabores 2015’ marcam ‘Encontro’ em Lisboa de 30 de Outubro a 02 de Novembro

Centro de Congressos acolhe maior mostra de vinho e gastronomia do país

 
Começa precisamente de hoje a um mês o 'Encontro com o Vinho e Sabores', um evento que vai já na sua 16.ª edição e que este ano acontece mais cedo, ou seja, de 30 de Outubro a 02 de Novembro de 2015, como habitualmente no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira em Alcântara. Da autoria da Revista de Vinhos, esta é a 16.ª edição do maior e mais antigo evento vínico e gastronómico. Como nas edições anteriores os três primeiros dias são para o público em geral, estando a segunda-feira reservada para profissionais ou iniciativas paralelas promovidas por entidades do sector.
 
Um evento que surpreende a cada ano e que prima pela introdução de novidades. Este ano, os visitantes do 'Encontro com o Vinho e Sabores' vão poder comprar os seus vinhos de eleição junto dos stands dos mais de 400 produtores (e não na loja do evento como nas edições anteriores). Poderão fazê-lo directamente ou subscrevendo um serviço de entrega ao domicílio, assegurado pela Vinha (www.vinha.pt) e gratuito para compras superiores a 25 euros. Os enófilos vão assim ganhar outra disponibilidade – física e mental – para o convívio directo com os produtores e a degustação dos néctares apresentados, que são mais de 2000.
 
À semelhança da edição anterior, que foi alvo de um upgrade, o 'Encontro com o Vinho e Sabores 2015' volta a ocupar três pavilhões, o que permite aos presentes uma visita mais "desafogada" e cómoda. A porta de entrada dá acesso ao Pavilhão do Rio onde o vinho é "rei e senhor", tendo contudo a companhia de uma mostra de gins e outros destilados nas galerias superiores. Num segundo espaço vão conviver os sabores, como queijos, fumados, enchidos, azeites, doces, delicatessens e muito mais, com os acessórios de vinho e uma zona lounge, onde os amantes dos verdadeiros prazeres da vida vão poder desfrutar de snacks, de um bom copo de vinho ou, simplesmente, recarregar baterias. O terceiro espaço vai ser o palco de actividades paralelas, como provas especiais, seminários e iniciativas promovidas por entidades do sector. De destacar o anúncio e a entrega de prémios de três Concursos: o 'Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa' (sexta-feira, às 20h00) e o 'Concurso de Cartas de Vinhos' (dia 02, às 15h00), ambos organizados pela Revista de Vinhos, e o 'Concurso Queijos de Portugal' (segunda-feira, às 15h30), pela Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL).
 
Um dos pontos altos deste evento são as concorridas provas especiais – pequenos seminários com provas de vinhos raros ou preciosos, orientadas por especialistas que ajudam a descobrir os segredos de grandes néctares. São oito no total dos três dias (ver listagem abaixo); com um custo de €35,00 cada dão acesso ao evento, evitando a compra do bilhete de €10,00. Quem se inscrever em mais do que uma prova beneficiará de 20% de desconto.
 
O 'Encontro com o Vinho e Sabores 2015' está aberto ao grande público na sexta-feira (18h00 às 22h00), Sábado e Domingo (14h00 às 20h00); o bilhete custa €10,00 e permite uma degustação livre dos néctares e iguarias em exposição. A prova é assegurada mediante a compra de um copo de vinho, com um custo de €3,00. Os assinantes e leitores da Revista de Vinhos têm um desconto de 50% na compra do bilhete. Se a compra do bilhete foi feita online, através do site www.revistadevinhos.pt, beneficia da oferta de dois bilhetes pelo preço de um. Este ano o evento conta com o patrocínio do Millenium BCP e os seus clientes Prestige poderão usufruir de um desconto de 50% mediante a apresentação do cartão.
 
Encontro com o Vinho e Sabores 2015 :: PROVAS ESPECIAIS
 
SEXTA-FEIRA . 30 OUTUBRO 2015
 
18h30-20h00 – 25 Anos de Duas Quintas
Histórica prova vertical de uma das maiores marcas portuguesas, por João Nicolau de Almeida.
20h00-21h30 – Fonseca, a Prova do Bicentenário
A expressão máxima desta mítica casa de vinho do Porto, por David Guimaraens.
 
SÁBADO . 31 OUTUBRO 2015
 
14h30-16h00 – Vinhos Tokay, Hungria, Tokaj Classic
Prova dirigida por um dos casais proprietários da marca, Andras e Phyllis Bruhacs, com a colaboração da Garcias Gourmet.
16h00-17h30 – Grandes tintos de 2005
Um década depois, o melhor desta excelente vindima, por João Paulo Martins
17h30-19h00 – Quinta dos Malvedos
Uma das propriedades mas emblemáticos do Douro em vertical de Porto Vintage, por Charles Symington.
 
DOMINGO . 01 NOVEMBRO 2015
 
14h30-16h00 – Paulo Laureano
O carácter do "terroir" Vidigueira expresso por quem o conhece como ninguém
16h00-18h00 – O melhor do Dão
Viagem de uma década pelos vinhos de 12 produtores que ajudaram a construir a região, por Luís Ramos Lopes.
17h30-19h00 – O Mundo da Penfolds
A marca mais prestigiada da Austrália mostra-se aos portugueses, por Samuel Stephens, "Penfolds Brand Ambassador", com a colaboração da Vinalda.
 
Mais informações sobre as provas e inscrições (até 19 de Outubro)
Revista de Vinhos - Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide
Dulce Almeida . dulcealmeida@masemba.com . 215 918 086

Nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável é um incentivo para alcançar um sector agrícola europeu sustentável

30-09-2015 
 


 
Sobre a adopção pelas Nações Unidas da nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável, o Copa-Cogeca afirmou que oferecem um incentivo maior para alcançar um sector agrícola europeu sustentável, competitivo e economicamente viável, capaz de responder á crescente procura alimentar mundial.

Os 17 objectivos são divididos por 169 metas conexas foram adoptados pela Assembleia Geral das Nações Unidas na cimeira celebrada em Nova Iorque, e fazem parte da "Agenda de Desenvolvimento pós.2015", intitulada "Transformar o nosso mundo: A Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável" e supõem a continuidade dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio que terminam em finais de 2015.

Um dos objectivos chave da Agenda +e alcançar o desenvolvimento sustentável de forma mais completa integrando em pleno as dimensões económica, social e ambiental da sustentabilidade. Tendo em conta o aumento da população mundial, um dos principais temas a estudar é como responder à procura mundial de alimentos, que pode aumentar cerca de 60 por cento até 2050. Enquanto os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) centravam-se nos países em desenvolvimento, a Agenda 2030 afecta todos os países, incluindo os industrializados.

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, a partir de Bruxelas, declarou que querem na Europa uma política agrícola estável que permita à União Europeia (UE) produzir de forma sustentável, contribuindo para um dos maiores desafios da próxima década: aumentar a produção de alimentos para uma população mundial com recursos limitados.

Pesonen referiu ainda que «enquanto se estabelece o quadro para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável a nível mundial, os Objectivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) têm um impacto importante no momento de abordar os desafios, mais concretamente no sector agrícola europeu, o que também se aplica na próxima revisão intermédia da Política Agrícola Comum (PAC) em 2017 e o seu desenho para além de 2020, cujos objectivos são garantir que os agricultores europeus sejam competitivos, garnat56indo ao mesmo tempo o fornecimento de alimentos seguros a nível mundial e a protecção do ambiente».

Fonte: Copa-Cogeca

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

AJAP apoia refugiados

 

 


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Fungos influenciam aromas e sabores dos vinhos


Fungos influenciam aromas e sabores dos vinhos

Encorpado, amadeirado, generoso: os aromas do vinho são numerosos e variados, uma riqueza que vem especialmente de minúsculas variações genéticas de um micróbio, segundo um estudo publicado na revista Nature.
Uma mesma cepa pode dar origem a vinhos diferentes de acordo com o "endereço" ou a uva cultivada. Diferenças atribuídas normalmente à composição dos solos, ao clima e às práticas agrícolas.
Mas segundo os biólogos da Universidade de Lincoln no Reino Unido e da Universidade de Auckland na Nova Zelândia, um actor essencial é deixado de lado: um micróbio vegetal minúsculo, a levedura.
O fungo fornece a fermentação da uva que é o passo fundamental da vinificação, uma vez que converte o açúcar das uvas em álcool. A fermentação alcoólica ocorre em simultâneo com a maceração. Esta pode ser desencadeada por leveduras encontradas na pele ou por leveduras seleccionadas em laboratório.
«Surpreendentemente, até agora sabíamos poucas coisas sobre o papel dos micro-organismos na vitivinicultura (e na agricultura em geral)», explicou Matthew Goddard, da Universidade de Lincoln e co-autor do estudo.
Para chegar a estas conclusões, os investigadores estudaram seis leveduras diferentes provenientes de seis grandes regiões viticulturas da Nova Zelândia. Após ter estudado a uva sauvignon blanc, constataram que 39 compostos derivados da levedura influenciam o gosto e o odor do vinho e que uma grande maioria destes compostos varia segundo a região de origem do fungo.
«Os micróbios poderiam explicar porque obtemos vinhos diferentes segundo os 'terroirs'», afirmou Goddard.
Mas um dos primeiros critérios de valor para um vinho é a região de origem.
«As vinhas são confrontadas por muitos micróbios», diz Goddard. «Parece possível, se não provável, que todos esses micróbios que afectam as vinhas e frutas causem diferenças de sabores e aromas.»

37ª Reunião de Outono da SPPF - Enrelvamentos em pomares, olival e vinha

Programa da XXXVII Reunião de Outono da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (S.P.P.F.), que se realiza a 23 de Outubro de 2015, em Carrazeda de Ansiães.

 

https://drive.google.com/file/d/0B881DZvqQAyJaW9vYm5YR05sTGVYd3ZLQkg5cU05SFNrSUN3/view

CTT e a TerraProjectos apresentam no próximo dia 1 de Outubro, quinta-feira, pelas 18h30, a emissão oficial dos selos Frutas de Portugal

Dia: 1 de Outubro, 5ª feira
Hora: 18h30
Local: Palácio Sousa Leal, na Rua de São José, Lisboa
 
 
Os CTT e a TerraProjectos apresentam no próximo dia 1 de Outubro, quinta-feira, pelas 18h30,  a emissão oficial dos selos Frutas de Portugal. Este evento realiza-se no Palácio Sousa Leal, na Rua de São José, n.º 20, em Lisboa.
 
A apresentação contará com a presença de Raul Moreira, diretor de Filatelia dos CTT, João Miguel Pereira, diretor da Revista, Fruta, Legumes e Flores e diretor executivo da TerraProjectos, Domingos Santos, Presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores (FNOP), Vitor Andrade, coordenador de economia do Jornal Expresso e da Revista Exame e representantes de cada uma das frutas ilustradas na emissão, numa Tertúlia Agronómica, que promete ser uma saborosa "salada de frutas" sobre este tema, conduzida pela revista Frutas, Legumes e Flores.
 
A Castanha de Trás os Montes, as Cerejas da Cova da Beira, a Pêra Rocha do Oeste, os Citrinos do Algarve, a Banana da Madeira e o Ananás dos Açores são as variedades escolhidas para esta emissão. Estes selos são por isso uma grande volta a Portugal, descrevendo uma pequena parte da riqueza que herdámos de séculos de cultura da terra, numa era em que a intervenção genética nos vegetais com que nos alimentamos preocupa cada vez mais os consumidores.
 
Deste modo, os CTT e a TerraProjectos unem-se para que qualquer português que opte por colocar na sua correspondência um selo desta emissão, esteja a promover não só o consumo destas frutas mas também a dar a conhecer país fora as invejáveis riquezas fruticolas que fazem parte de todos nós.


FMI vai rever em baixa previsão sobre economia mundial para 2015 e 2016

28-09-2015 
 

 
O Fundo Monetário Internacional vai rever em baixa as previsões para o crescimento da economia global para este ano e o próximo, face aos sinais de abrandamento na recuperação dos países emergentes, segundo a directora, Christine Lagarde.

Numa entrevista publicada pelo jornal económico francês Les Echos, Lagarde disse que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 3,3 por cento para este ano «já não é realista», assim como também não é a perspectiva de aumento de 3,8 por cento para 2016.De qualquer forma, as novas estimativas vão continuar «acima do limiar de 3 por cento».

Lagarde explicou que se verifica uma oscilação entre os países emergentes e os desenvolvidos, porque enquanto os primeiros, que estavam a puxar o crescimento, estão agora a abrandar, os outros estão a acelerar a sua cadência.

Sobre a China, a directora do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a desaceleração «bem gerida é uma boa notícia, desde que se consiga antecipar e integrar».

Lagarde acredita que a Reserva Federal dos Estados Unidos ouviu o FMI ao manter as suas taxas de juros e ao aguardar pela consolidação da recuperação dos Estados Unidos da América (EUA), antes de iniciar a inversão da sua política monetária.

«Não há razão para ter pressa», especialmente porque se a Fed tivesse de voltar atrás «isso seria mais destrutivo do que um movimento retardado», disse. A directora do FMI considera necessário impulsionar a actividade global e manter a actual política monetária, mas acrescenta que isso não é o suficiente, pelo que alguns países do euro com margem, como a Alemanha e a Holanda, deveriam utilizar aquela política para estimular o consumo. A responsável negou, contudo, que haja demasiada austeridade na zona euro, desde que o esforço de ajuste orçamental não exceda os 0,3 por cento do PIB.

Lagarde, cujo mandato termina em Julho de 2016, adiantou que o Conselho de Administração do FMI pediu-lhe para ser candidata por mais um ano, mas afirmou que a questão não se colocará até à próxima primavera e que a sua decisão também vai depender de uma «dimensão estritamente pessoal», como é a vida familiar.

Descartou ainda um possível regresso à vida política em França, onde foi ministra das Finanças no governo do antigo Presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012). «Honestamente, não creio que volte a fazer política em França», disse.

Fonte: Lusa

FAO: Metas globais de 2030 colocam fome e agricultura no centro da política mundial

28-09-2015 
 

 
A segurança alimentar, a nutrição e a agricultura sustentável são fundamentais para alcançar o conjunto dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) em 2030, declarou o Director Geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, José Graziano da Silva, aos líderes mundiais num discurso perante a ONU.

Na sua intervenção na Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015, Graziano da Silva, assinalou que foi dada uma tarefa enorme, que começa com «o compromisso histórico de não apenas erradicar a pobreza, a fome e subnutrição, de forma sustentável, porque quando falamos de um mundo sustentável não podemos deixar nada para trás».

Catorze dos 17 novos ODSs adoptados pela Cimeira está relacionados com a missão história da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), disse o Director Geral. O segundo objectivo, que é «acabar com a fome e alcançar a segurança alimentar, uma melhor nutrição e promover a agricultura sustentável», deve ser prosseguido com urgência já que rápido progresso nessa frente é a chave para os outros objectivos, acrescentou.

Os ODSs continuam a ampliar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que foram estabelecidos em 2001 e que este a meta de redução de fome implicou mais de metade dos países monitorizados pela FAO. Porém, cerca de 800 milhões de pessoas ainda sofrem de subnutrição crónica.

Grande parte da população mais pobre e com problemas de fome vivem nas zonas rurais e melhorar a sua qualidade de vida é o principal desafio, disse Graziano da Silva, o que requer promover o crescimento e investimentos responsáveis que respondam às suas necessidades.

«Necessitamos de construir sistemas agrícolas e alimentares mais sustentáveis e com maior capacidade de resposta às alterações climáticas», disse Graziano, acrescentando que investir na agricultura ambientalmente sustentável não será suficiente por si mesmo, requerendo também sistemas de protecção social bem projectados.

O responsável lembrou ainda que nos próximos 15 anos são urgentes investimentos adicionais de 160 dólares ao ano por pessoa em situação de pobreza extrema, de forma a acabar com a fome, concluindo que isto representa «menos de metade do rendimento mundial de 2014 e é apenas uma pequena fracção do custo que a fome e subnutrição impõem às economias, sociedades e pessoas.

Fonte: Agrodigital

Gestora do Fumeiro de Vinhais demarca-se de marca associada ao botulismo


Ontem
A gestora do fumeiro certificado de Vinhais, no distrito de Bragança, demarcou-se, esta segunda-feira, da marca envolvida em casos de botulismo, afirmando que os produtos da empresa em causa "não estão sujeitos" a controlo de entidades certificadoras.
 

RUI MANUEL FERREIRA / GLOBAL IMAGENSA gestora do fumeiro certificado de Vinhais demarca-se da marca "Origem Transmontana", envolvida nos casos de botulismo


A Associação Nacional de Criadores de Suínos da Raça Bísara (ANCSUB) é a entidade gestora de todo o processo de certificação e controlo das diferentes peças do fumeiro de Vinhais, desde o salpicão ao presunto, que são comercializadas com "Indicação Geográfica Protegida".

A associação informa, em comunicado, que os produtos do fumeiro de Vinhais não são comercializados pelo agente económico que comercializou as alheiras que as autoridades apontam como a fonte de contaminação do botulismo.

Esta entidade acrescenta que o referido agente "não certifica" os produtos que comercializa, "pelo que não está sujeito aos rigorosos controlos efetuados pelas entidades certificadoras, que obrigam ao cumprimento escrupuloso das normas de produção regulamentadas".

"A marca 'Origem Transmontana' é apenas uma marca comercial de um pequeno e recente produtor de fumeiro que não pode desvirtuar a qualidade e a confiança que os nossos produtos transmontanos têm merecido ao longo dos anos", lê-se no comunicado da ANCSUB.

A Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM), gestora da Alheira de Mirandela, emitiu, esta segunda-feira, um comunicado no mesmo sentido.

Os maiores produtores da Alheira de Mirandela foram confrontados ao longo do dia com cancelamento de encomendas e dúvidas de clientes e consumidores devido á associação com os casos de botulismo, cuja contaminação terá tido origem, segundo as autoridades, em alheiras comercializadas pela marca "Origem Transmontana".

Um comunicado conjunto da Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge dava conta, no sábado, de que foram detetados este mês três casos de botulismo alimentar.

A origem destes casos de doença foi associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados com a marca "Origem Transmontana" e, após investigação, as autoridades decidiram retirar de imediato do mercado os produtos à base de carne e os queijos da marca "Origem Transmontana".

Na nota de imprensa emitida é explicado que o botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

A Lusa contactou o responsável da marca comercial envolvida na polémica do botulismo que não quis prestar declarações, adiantando, porém, que tem "estado em contacto permanente com as autoridades, a colaborar em tudo, e com clientes e produtores/fornecedores".

A empresa em causa foi criada para comercializar "o que de melhor se produz na região", desde fumeiro, compotas, queijos, comprados a produtores ou de produção própria e vendidos com a marca "Origem Transmontana".

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CIC revê em alta produção mundial de cereais

 28-09-2015 
 

 
O Conselho Internacional de Cereais (CIC) reviu novamente em alta a colheita de cereais para 2015/2016, na sua informação de Setembro. Estima um aumento de nove milhões de toneladas, frente ao ao mês anterior, até 1.996 milhões de toneladas, o que supõe mais 1 por cento em relação à campanha anterior, que foi recorde.

Para o milho, a previsão aponta uma baixa em 38 milhões de toneladas até 967 milhões. Pelo contrário, par aa produção de trigo espera um terceiro recorde consecutivo, até 727 milhões de toneladas, mais sete milhões que na campanha anteir9or.

Para o sorgo prevê-se que a produção também alcance um pico me duas décadas e que a cevada aumente cerca de sete por cento sobre a média dos últimos cinco anos.

A produção prevista de soja é de 317 milhões de toneladas, um valor semelhante ao estimado em Agosto, mas cinco milhões abaixo do valor da campanha passada, que foi recorde.

Fonte: Agrodigital

França amplia zona de protecção pela Língua Azul

 28-09-2015 
 

 
O Ministério da Agricultura de França ampliou a zona de protecção e vigilância pela Língua Azul. Depois de um primeiro caso de Língua Azul do serotipo 8 em Allier, já surgiram mais 10 focos em diversos departamentos.

A França iniciou a vacinação com prioridade para os animais ruminantes mantidos em explorações submetidas a um decreto de declaração de infecção depois da confirmação da presença da Língua Azul; ruminantes destinados ao comércio e exportações e animais de reprodução colectiva, como centros de inseminação, estações de ensaio e de vigilância individual.

Fonte: Agrodigital

INE: Quebra na produtividade da pêra mas aumentos nos rendimentos da maçã, uva para vinho e pêssego

28-09-2015 


 
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística, em 31 de Agosto apontam para uma redução muito significativa da produtividade da pêra, e -45 por cento face a 2014, devido ao mau vingamento dos frutos e de graves problemas fitossanitários.

Em sentido contrário, estimam-se aumentos nos rendimentos unitários da maçã, de mais 20 por cento, da uva para vinho, de mais oito por cento e na produção de pêssego, com mais cinco por cento.

Nas culturas de Primavera/Verão prevêem-se aumentos na produtividade do tomate para a indústria, com um total de 95 toneladas por hectares, o que supõe mais 35 por cento, e do arroz mais cinco por cento.

Em relação ao milho de regadio, este deverá registar uma redução de cinco por cento no rendimento unitário, com uma situação semelhante na batata, com quebras no regadio menores que as no sequeiro, de -10 e -50 por cento, respectivamente.

Para a produção de leite e produtos lácteos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta que a recolha de leite de vaca foi 166,3 mil toneladas, o que representou um aumento de 3,8 por cento, mais 5,2 por cento em relação a Junho. O volume total de produtos lácteos teve um decréscimo de 13,0 por cento, mais 1,9 em Junho, devido aos menores volumes de produção de leite para consumo, de acordo com o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do INE.

Anexo: INE: Boletim Mensal da Agricultura e Pescas - Setembro de 2015 

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

FPAS: Esclarecimento sobre IMI das suiniculturas

28-09-2015 
 

 
O Imposto Municipal sobre Imóveis relativo aos edifícios e construções destinados à produção de rendimentos agro-pecuários, nos quais se incluem as explorações suinícolas, foi tema da reunião entre a FPAS e o Ministério da Agricultura e do Mar.

De resto, tem sido um tema que nunca saiu da agenda no último ano e meio. Depois de em 10 de Março a FPAS ter noticiado a alteração do artigo 3º do CIMI, o sector viu-se confrontado com os pedidos de alteração da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) indeferidos pela Autoridade Tributária. Durante todo esse período a FPAS alertou o Ministério da Agricultura e do Mar (MAR) para o facto que tais pareceres serem claramente violadores do espírito da lei.

De acordo com o CIMI, são prédios rústicos os terrenos situados fora de um aglomerado urbano que não sejam de classificar como terrenos para construção, nos termos do n.º 3 do artigo 6.º, desde que estejam afectos ou, na falta de concreta afectação, tenham como destino normal uma utilização geradora de rendimentos agrícolas, tais como são considerados para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS).

Através da Lei do OE para 2014 (Lei n.º 83-C/2013 - 31/12) foi alterada a alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (Código do IMI), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, nos termos da qual, são ainda prédios rústicos «Os edifícios e construções directamente afectos à produção de rendimentos agro-pecuários, quando situados nos terrenos referidos nos números anteriores».

A questão suscitada sobre a classificação dos prédios utilizados pelas suiniculturas e aviários prende-se com a redação que foi concretizada na Lei do OE de 2014, e que a Autoridade Tributária interpreta de forma restritiva ao classificar os prédios onde essas actividades são realizadas como urbanos e não como rústicos, que era o que se pretendia com a alteração ao diploma do IMI.

Atendendo a que os prédios das suiniculturas ocupam muitas vezes a totalidade dos terrenos e que essa actividade não tem ligação à terra, a AT, recorrendo à definição do Código do IRS, considera que se tratam de actividades comerciais ou industriais, pelo que não aceita que esses prédios sejam classificados como rústicos para efeitos de IMI, classificando-os como urbanos, o que contraria o objectivo da alteração ao Código solicitada por este gabinete e que foi realizada através da Lei n.º83-C/2013 (Lei do OE 2014).

Nestes termos a solução passará por concertar a alteração do Código do IMI, nomeadamente, do artigo 3.º, de modo a incorporar a actividade exercida pelas suiniculturas nas situações em que não existe conexão com a terra e dessa forma consideradas pela AT como comerciais ou industriais, permitindo assim concretizar o objectivo subjacente à alteração ao Código realizada em 2013, de classificar os prédios afectos a essa actividade como rústicos.»

A FPAS não pode deixar de lamentar que tenham sido perdidos dois anos nesta questão, e pressionará desde já as instâncias competentes para que o articulado no CIMI se reflicta na Lei do Orçamento de Estado para 2016.

Fonte: FPAS

Empresas agroalimentares com apoio de gestão gratuito



As Empresas do setor agroalimentar já podem usufruir de consultoria de gestão gratuita

Cascais, 21 de setembro de 2015: A AGROGESTÃO, Empresa de Consultoria de Software para o Setor agroalimentar irá disponibilizar gratuitamente os seus serviços de consultoria no último trimestre de 2015. O serviço oferecido garante um diagnóstico que visa identificar melhorias ao nível da gestão da produção com o objetivo de incrementar a sua inovação, rentabilidade e preparar o novo ano de 2016.
 
As empresas portuguesas do setor agroalimentar, sejam produtores agrícolas ou indústrias de transformação de produtos agroalimentares, estão hoje longe dos tempos em que toda a sua atividade se baseava em métodos rudimentares e artesanais. Em Portugal, é crescente o número de empresas deste setor que se posicionam na linha da frente em termos de tecnologia e práticas de gestão ao nível do melhor que se faz no Mundo e são vários os exemplos de Clientes AGROGESTÃO que dão sinais claros desta liderança. Recentemente a revista Wine Spectator divulgou o ranking dos 100 melhores vinhos do Mundo em 2015, colocando em 4º lugar a Quinta do Vale Meão. João Coimbra, Produtor agrícola da Golegã, é outro exemplo pela quantidade produzida, média impressionante de quase 20 toneladas/ha de produção de milho, tirando partido das novas tecnologias, nomeadamente os modernos drones.

Ciente desta realidade, Frederico Avillez, CEO da AGROGESTÃO, Empresa portuguesa que há 17 anos desenvolve tecnologia e faz consultoria para produtores e indústrias agroalimentares, afirma que "cabe-nos a todos nós do setor, dar o contributo para que as nossas empresas sejam cada vez mais competitivas, não só no mercado nacional, mas também no exigente mercado internacional. A AGROGESTÃO é sensível às necessidades das empresas nacionais e pretende ajudar, identificando aspetos que podem ser melhorados com o nosso apoio".

A Equipa de especialistas da AGROGESTÃO são, na sua maioria, licenciados em Agronomia, Zootecnia, Viticultura, entre outras áreas. A sua formação, aliada à vasta experiência profissional adquirida junto das melhores e mais bem-sucedidas empresas agroalimentares, permitirão efetuar um trabalho de diagnóstico prático de grande valor, sugerindo medidas concretas a implementar.

Este serviço é gratuito até ao final do ano de 2015 e consiste num dia de visita à Empresa que poderá passar pela análise de processos internos, entrevistas a colaboradores entre outras diligências que permitirão identificar possíveis melhorias no controlo de custos de produção, de custos operacionais e nas tecnologias de informação de suporte ao controlo.

Esta iniciativa torna-se ainda mais importante na medida em que através dos financiamentos Portugal 2020 estão disponíveis fortes incentivos que poderão potenciar o desenvolvimento de novas áreas específicas na empresa e permitir implementação das melhorias identificadas no diagnóstico.

Uma vez que o número de vagas é limitado, os gestores interessados devem candidatar-se com a brevidade possível no website da AGROGESTÃO ou através de correio eletrónico para o endereço diagnosticogratuito@agrogestao.com indicando os seus detalhes de contacto.
Mais informações : Website: www.agrogestao.com |E-mail: diagnosticogratuito@agrogestao.com
Telefone fixo: 214 847 450 

Portugal Sou Eu e IVV assinam protocolo


por Ana Rita Costa- 25 Setembro, 2015

O Portugal Sou Eu e o Instituto da Vinho e do Vinho (IVV) assinaram um protocolo que estabelece as regras de adesão, com acesso direto, dos produtos do setor vitivinícola qualificados com a marca 'Vinhos de Portugal/Wines of Portugal', ao selo 'Portugal Sou Eu'.

Criada pelo IVV, a marca 'Vinhos de Portugal/Wines of Portugal' destina-se exclusivamente a vinhos provenientes de uvas produzidas e vinificadas em Portugal, desde que se tratem de vinhos classificados com a DO -Denominação de Origem ou IG -Indicação Geográfica ou vinhos produzidos por entidades com o sistema de gestão de qualidade certificado.

Neste âmbito, são aderentes ao selo 'Portugal Sou Eu' as seguintes categorias de vinho: vinho novo ainda em fermentação, vinho licoroso, vinho frisante, vinho frisante gaseificado, vinho espumante, vinho espumante gaseificado, vinho espumante de qualidade, vinho espumante de qualidade aromático, mosto de uvas, mosto de uvas parcialmente fermentado, mosto de uvas concentrado, vinho proveniente de uvas passas e vinho de uvas sobreamadurecidas.

As condições de adesão, que agora são protocoladas, fazem com que já tenham aderido ao selo um total de 58 empresas produtoras ou engarrafadoras de vinho, que representam 430 referências de vinho entre DO – Denominação de Origem (311 referências) e IG – Indicação Geográfica (119 referências).

Para o Presidente do IAPMEI, Miguel Cruz, "para além de amplificar a divulgação das iniciativas Portugal Sou Eu e Vinhos de Portugal/Wines of Portugal nos mercados interno e externo, este protocolo irá reforçar a competitividade, a aposta na internacionalização e o desenvolvimento sustentável do sector vitivinícola nacional."

Para Frederico Falcão, Presidente do IVV, proprietário da marca 'Vinhos de Portugal/Wines of Portugal', "a parceria com o Portugal Sou Eu irá promover o desenvolvimento de ações que visam o reforço da visibilidade da marca Portugal na vasta oferta de produtos vitivinícolas portugueses de qualidade, dentro e fora de portas."

New Holland arrecada medalha de ouro no SITEVI


por Ana Rita Costa- 25 Setembro, 2015

As vindimadoras automotrizes e os tratores T4F/N/V de pomares, estreitos e para vinhas da New Holland receberam o reconhecimento do painel do júri dos Prémios de Inovação SITEVI, que concedeu a Medalha de Ouro para a Blue Cab 4 e uma Menção Honrosa para o sistema de telemática PLM Connect equipados nestas linhas de produtos.

"A New Holland é líder mundial na colheita de azeitona e uvas e em tratores especializados," refere Carlo Lambro, Presidente da Marca New Holland Agriculture. "Isto deve-se não só a termos uma longa experiência na indústria vinícola, como também ao facto de sermos uma empresa voltada para o futuro, que procura formas inovadoras de aumentar a produtividade dos nossos clientes, tornando o seu trabalho mais fácil e mais seguro, e garantindo em simultâneo a mais elevada qualidade de colheita e o manuseamento mais suave das suas vinhas – tão importante para eles. Uma vez mais, com a Blue Cab4 e o PLM Connect fizemos progressos adicionais no fornecimento de tecnologias inovadoras aos nossos clientes, que lhes permitem ser bem sucedidos nas suas atividades de negócio."

 A Blue Cab 4 é um conceito de cabina desenhado em torno da segurança e do bem-estar do operador. Possui dois níveis de filtragem num só sistema: filtragem de categoria 2 e uma filtragem de categoria 4, com sistema de pressurização de cabina de circuito fechado. O conceito foi testado em tratores e em vindimadoras durante mais de 300 horas de pulverização, com mais de 25 substâncias ativas em diferentes condições de campo, e já está disponível na nova gama compacta de vindimadoras e será disponibilizada nos tratores T4F/N/V em 2016.

O sistema PLM Connect, por outro lado, é a solução de telemática da New Holland que estabelece a ligação das máquinas nas vinhas ao computador ou smartphone do gestor, disponibilizando-lhe, em tempo real, as informações que estas possuem. O sistema permite ao gestor das vinhas uma ligação permanente à sua operação, permanecendo em contacto direto com cada unidade da frota, de forma a saberem sempre onde estão e a poder aceder a toda a sua informação.

UE reticente sobre uso do Glifosato



 23 Setembro 2015, quarta-feira  Política AgrícolaAgronegócio

A autorização da utilização dos herbicidas à base do glifosato na União Europeia acaba no final do ano, necessitando de ser renovada, para que em 2016 se possa continuar a utilizar.
Vários deputados da ala esquerda do Parlamento Europeu (PE), grupo GUE/NEL, apresentaram uma proposta, no sentido de recusar a prorrogação da autorização.
Na sua reunião de dia 15 de setembro, a Comissão do Ambiente do PE rejeitou esta proposta por 32 votos contra, 25 votos a favor e 10 abstenções
Os apoiantes da proibição do glifosato argumentam que são necessários mais estudos científicos para provar que não existem quaisquer riscos para a saúde pública com a aplicação do produto. Esta proposta surge numa altura em que se espera que a EFSA (European Food Safety Authority) publique um relatório sobre os riscos do glifosato, que vai ser seguramente decisivo para a posição a tomar pela Comissão.
Uma vez que este relatório está atrasado, a Comissão já anunciou que está disposta a prorrogar a autorização por mais seis meses, a partir de 31 de dezembro.
A EFSA, no seu relatório, vai seguramente ter em atenção o relatório da Organização Mundial de Saúde, em que ligava o glifosato ao risco de cancro, opinião que tem sido fortemente contestada pelos fabricantes deste produto.
Ler aqui.

Eleições: Passos e Portas defendem que «há um antes e um depois» deste Governo na agricultura


Os presidentes do PSD e do CDS-PP criticaram hoje a política agrícola do anterior executivo do PS, e em especial o ex-ministro Jaime Silva, e defenderam que a agricultura sofreu uma transformação nos últimos quatro anos.
«Há um antes e depois de nós termos chegado ao Governo», afirmou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, depois de a coligação Portugal à Frente ter passado a manhã a visitar campos de milho e de tomate e uma adega no distrito de Santarém, no quadro da pré-campanha para as legislativas de 4 de outubro.
«Os agricultores sabem que há um antes e há um depois. E tem de haver um amanhã, e o amanhã tem de ser muito mais parecido com os últimos quatro anos do que com a tragédia de ineficácia e incompetência que nós herdámos», reforçou o presidente do CDS-PP, Paulo Portas.
Diário Digital / Lusa

Agricultores europeus reclamam falta de fitofarmacêuticos para usos menores


por Ana Rita Costa- 23 Setembro, 2015

A Copa-Cogeca reclamou esta semana a falta de produtos fitofarmacêuticos para usos menores e culturas especializadas na Europa. A organização defende que é preciso investimento em investigação para criar novos produtos e soluções alternativas.

O conceito "culturas especializadas" aplica-se, particularmente, a hortofrutícolas, a sementes, a flores e plantas que requerem pesticidas específicos para a sua proteção, segundo a Copa-Cogeca.

As previsões apontam para uma redução das soluções disponíveis para a sua proteção, o que dificulta a produção destas culturas. Manter soluções viáveis e permanentes para as culturas especializadas e para os usos menores é, segundo a maioria dos especialistas, a chave para garantir uma produção competitiva e sustentável.

Luc Peeters, presidente do grupo de trabalho 'Questões fitossanitárias', da Copa-Cogeca, defende que "se não se encontrar uma solução para este problema, a produção reduzir-se-á imenso em toda a Europa, assim como no resto do mundo. Há que tomar medidas. Os agricultores europeus e as suas cooperativas agrárias enfrentam obstáculos importantes"

Para além disso, "a indústria fitossanitária não oferece soluções suficientes no mercado. Somos favoráveis à decisão adotada pela UE com o objetivo de criar uma entidade que coordene os usos menores e as culturas especializadas, mas prova do seu êxito residirá nas soluções práticas que sejam colocadas à disposição dos agricultores."

Setor europeu do açúcar de beterraba cria conjunto de boas práticas


por Ana Rita Costa- 21 Setembro, 2015

Um conjunto de produtores de beterraba sacarina, fabricantes de açúcar e sindicatos de trabalhadores do setor europeu da produção de açúcar uniu-se numa iniciativa de sustentabilidade para o setor que teve como objetivo criar um código de Boas Práticas.

A ferramenta de Boas Práticas foi criada para ilustrar o progresso da sustentabilidade do setor do açúcar de beterraba sacarina da União Europeia (UE) e para ajudar a estender a gestão social e ambiental desde o campo até à fábrica.

A iniciativa pretende refletir os avanços dos produtores de beterraba sacarina, as fábricas de açúcar e os seus respetivos trabalhadores e tem como objetivo servir de "base de diálogo" para o progresso das iniciativas de sustentabilidade do açúcar produzido a partir da beterraba sacarina.

Para aceder ao Código de Boas Práticas clique no botão: http://www.sustainablesugar.eu/pdfs/good-practices.pdf

Joana Vasconcelos cria garrafa exclusiva para a Gallo


por Ana Rita Costa- 25 Setembro, 2015

A Gallo acaba de lançar, em parceria com a artista plástica Joana Vasconcelos, uma edição exclusiva da garrafa Clássico Extra Virgem – POP Gallo.

Como uma imagem reinventada, a garrafa POP Gallo chega em exclusivo para o mercado nacional através da associação entre dois ícones portugueses que pretendem levar o que há de melhor em Portugal para o Mundo. A aposta da marca pretende surpreender e promover o talento nacional, apostando na valorização e inovação.

Sobre o projeto, Joana Vasconcelos refere que " é com grande honra que vejo a minha escultura POP Gallo associada à Gallo, que reflete tradição e inovação em Portugal. Alegra-me que o meu trabalho possa acompanhar a vida dos portugueses no seu dia-a-dia."

A edição POP Gallo está disponível nos habituais canais de distribuição em formato garrafa de 750ml e lata de 700ml.

Francisco Avillez nomeado Special Adviser do Comissário Europeu para a Agricultura


por Ana Rita Costa- 25 Setembro, 2015

Francisco Avillez foi recentemente nomeado Special Adviser do Comissário Europeu para a Agricultura, Phil Hogan.

O Professor do Instituto Superior de Agronomia ficará responsável por apoiar o comissário na comunicação e implementação das políticas sob sua responsabilidade.

A primeira reunião de trabalho decorre já na próxima semana, no dia 2 de outubro, na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.

GPP: Greening - regime de certificação ambiental Período de cobertura do solo para efeitos do Pedido Único de 2016 decorre no outono-inverno de 2016/2017

domingo, 27 de setembro de 2015

Gado à solta no concelho do Crato assusta a população e lança o pânico nos automobilistas

CARLOS DIAS 26/09/2015 - 09:46
Cerca de 300 bovinos procriam em estado selvagem sem qualquer controlo sanitário à tuberculose e à brucelose, destroem hortas, pomares, pontes e provocam acidentes de trânsito nas estradas da região. As autoridades administrativas tardam a intervir.

 
Em Segura, há uns anos, também houve casos de ataques de vacas e touros a pessoas e bens ADRIANO MIRANDA

Os automobilistas que circulem no concelho norte alentejano do Crato têm de o fazer com atenção redobrada pois há alguma probabilidade de lhe aparecer no caminho um touro tresmalhado ou uma manada de vacas, sem que o dono esteja identificado. O caso mais recente, aconteceu na passada semana. Um bezerro atravessou-se na frente de uma viatura que ficou com danos apreciáveis mas sem ferimentos para o condutor. O animal foi abatido.

O testemunho prestado ao PÚBLICO por Dionísio Semedo Lopes, uma das pessoas lesadas, é elucidativo: "Há conflitos do dono dos animais — que no entanto diz que estes não são dele — com quase toda a gente, há acidentes nas estradas, árvores partidas, hortas destruídas". O agricultor ainda tem mais para contar: "Os animais partem as cercas de outras explorações" e até uma plantação recente de azinheiras e sobreiros "foi arrasada e nem uma ponte antiga escapou" às marradas e aos cascos das vacas e touros.  

Semedo Lopes assegura que a exploração de onde escapa o gado é propriedade de Luís Miguel Pestana. Terá entre 400 a 500 hectares de área e está localizada na freguesia de Monte da Pedra, no concelho do Crato. Recorda que os conflitos "duram há pelo menos uma dúzia de anos" e que neste momento andará à solta pelo concelho um efectivo com cerca de 300 bovinos que "continuam a procriar sem qualquer controlo sanitário", assegura.

Há dezenas de lesados que estão revoltados pela impunidade com que actua o proprietário da herdade. António Marmelo também é agricultor mas até agora escapou à invasão do gado. Porém, descreve a situação de uma amiga que "viu a sua horta ser toda espezinhada e comida". Diz que as pessoas não encontram resposta às suas queixas por parte das autoridades que, adverte, "só irão actuar quando houver uma tragédia".

Maria do Rosário Matutino, autoridade sanitária veterinária concelhia, diz ao PÚBLICO que a situação é resultado dos "constrangimentos burocráticos em Portugal". A intervenção das autoridades, tanto locais como regionais, arrasta-se há vários anos sem uma decisão que trave os constantes atropelos à lei praticados pelo proprietário da exploração, Luís Miguel Pestana, apesar das ameaças que persistem para a saúde pública e o bem-estar dos animais.

O primeiro contacto que teve com o problema foi em 2012. Naquele ano, foi contactada por um agricultor que lhe mostrou fotografias de bovinos mortos no interior da exploração de Miguel Pestana. Acompanhada de militares da GNR do Crato deslocou-se à herdade e contou 11 cadáveres de bovinos espalhados pelo terreno, e "uma fonte potencial de riscos para a saúde pública, animal e para o ambiente". Os animais vivos que observou, estavam "muito magros" e doze entre os 3 e 12 meses não tinham identificação.

No relatório que então enviou ao gabinete jurídico da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) solicitava a punição do proprietário da exploração por "demonstrar não ter o mínimo de respeito pelo animal enquanto ser vivo, nem pelo meio ambiente que o rodeia".  

Por incumprimento das obrigações sanitárias, nomeadamente a falta de rastreio da tuberculose animal e da brucelose e o facto de nem sequer saber o efectivo pecuário que possuía, a DGAV decretou o "sequestro sanitário por constituir um grande risco quer para a saúde animal quer para a saúde pública".

Na sequência desta decisão, Miguel Pestana foi notificado que os animais iam ser retirados da exploração e que ele seria inibido do exercício da actividade pecuária por um ano. O visado recorreu e o processo entrou em compasso de espera.

Enquanto a decisão das autoridades não chega "há dezenas de lesados que estão revoltados pela impunidade com que actua o proprietário da herdade", protesta Marco Mendonça, presidente da Junta de Freguesia de Monte da Pedra.

E, no meio tempo, quem circula na estrada que liga as freguesias de Gáfete e Monte da Pedra continuará sujeito a acidentes por estar "sistematicamente invadida pelos animais", alerta o autarca e o tenente-coronel Carlos Belchior do Comando Territorial da GNR de Portalegre. O militar confirma a presença de bovinos na via pública no concelho do Crato que "tem provocado alguns acidentes".  

Resta à GNR actuar através da aplicação de autos de contra-ordenação e a elaboração de informação que "entrega às autoridades administrativas locais e regionais que têm conhecimento da situação", esclarece.

O PÚBLICO contactou o proprietário da exploração mas este recusou-se a prestar esclarecimentos.

Entre o leite e as Lajes, Catarina Martins revela os problemas escondidos dos Açores



26.09.2015 às 20h171

 
EDUARDO COSTA/LUSA
"Se há sítio no país onde se sabe como esconder os problema é aqui nos Açores", declarou este sábado a porta-voz do Bloco de Esquerda. Catarina Martins sublinhou dois problemas fundamentais: a Base das Lajes e o setor leiteiro
Lusa
LUSA
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje que os Açores têm sido alvo de uma postura de "esconder os problemas", por parte dos partidos no poder, dando como exemplo o impacto do fim das quotas leiteiras. Na Ribeira Grande, onde juntou algumas dezenas de apoiantes, a bloquista afirmou que o partido alertou por várias vezes para perigos que ficaram escondidos nos programas social-democratas e socialistas e que agora afetam a vida dos açorianos.

"Se há sítio no país onde se sabe como esconder os problemas, empurrar com a barriga - e a semelhança entre os programas do PSD e do PS tem vindo a agravar os problemas sem nunca resolvê-los -, é aqui nos Açores", considerou. Segundo Catarina Martins - que discursou após o cabeça de lista pelos Açores, António Lima -, também se "fez de conta" que se podia confiar em Bruxelas na questão das quotas da pesca e que a situação da base militar da ilha Terceira iria ficar resolvida, depois da anunciada redução da presença norte-americana.

"Sabem como dissemos durante anos que a base das Lajes era um problema e uma bomba-relógio em cima da Praia da Vitória", apontou, um dia depois de cerca de 100 trabalhadores portugueses terem deixado a base, antecedidos por um primeiro grupo de quatro dezenas. Após o almoço, numa exploração agrícola no concelho de Ponta Delgada, a porta-voz defendeu, em declarações aos jornalistas, a criação de mecanismos de proteção da produção, a nível europeu, e de mecanismos de controlo da grande distribuição a nível nacional, lembrando que o fim das quotas, desde há seis meses, é um problema particularmente grave na região, que detém 30% da produção nacional de leite. Por não existirem esses instrumentos, sublinhou, os produtores estão a vender o leite abaixo do preço do custo e as produções estão em risco.

"Não estamos de acordo com uma Europa de mercado do leite liberalizado, que esmaga o preço do produto, não protege a saúde pública e as práticas ambientais. Não foi preparado o fim das quotas leiteiras em Portugal", insistiu Catarina Martins. A visita à exploração fechou um dia de campanha na ilha de São Miguel que começou com uma visita ao mercado da Graça, em Ponta Delgada. A responsável do BE segue hoje para Lisboa, onde terá um comício no domingo, a uma semana das eleições legislativas.