sábado, 12 de dezembro de 2015

UE: Quatro possíveis cenários agrícolas em 2025

 11-12-2015 

 
Nos últimos quatro anos verificou-se uma concentração da agricultura, com diminuição do número de explorações mas com aumento da superfície, enquanto a área cultivada total não passou por grandes mudanças, segundo a União Europeia.

A incógnita é o que trará o futuro. Um estudo apresentado em França e elaborado pelo Conselho Geral de Agricultura e Alimentação, que é um órgão assessor do Ministério da Agricultura francês apresenta quatro possíveis cenários das explorações agrícolas em 2025. Uma primeira tendência é a chamada "Agricultura herdada", constituída por explorações de tipo familiar que têm que se adaptar à actualidade e à vida dura de agricultor; a segunda é a "Agricultura de contratualização, formada por explorações que adoptam a fórmula do contrato para se protegerem contra as flutuações de mercado.

A terceira tendência é a "Agricultura de empresa". Trata-se de explorações que recorrem a capital externo e a novas tecnologias. Os agricultores são substituídos por executivos e a quarta propensão é a denominada "Agricultura territorial", na qual o desenvolvimento rural e o ambiente têm um grande peso. São explorações com pluriactividade para permitir um desenvolvimento territorial das zonas com desvantagens naturais.

Fonte: Agrodigital

Cimeira de Paris – Emissão de gases não pode pôr em causa a segurança alimentar

Dezembro 11
11:56
2015

Fazer inverter a curva de crescimento das temperaturas a nível mundial não pode pôr em causa a produção e distribuição de alimentos, isto de acordo com o último rascunho do documento final, que deverá sair da Cimeira do clima, que está a decorrer em Paris.

Este documento, que já tem uma redução de 43 para 29 páginas em relação ao primeiro rascunho, cria uma ligação directa entre as emissões de gases a efeito de estufa e a necessidade de utilizar as melhores práticas científicas, em desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.

Este documento difere bastante do inicial e já tem a crítica das ONG's, que consideram que os países desenvolvidos podem vir a utilizar a segurança alimentar para não reduzirem, como devem, as emissões.

Parece existir um consenso entre os 196 países, no sentido de haver uma melhor gestão das florestas, evitar as desflorestações e referenciar os stocks de carbono dos países emergentes.

Ainda não existe, no entanto, entendimento sobre várias matérias, como, por exemplo, de limitar o aumento da temperatura a 1,5º, ou 2º e, sobretudo, de que maneira se irá financiar os países com mais dificuldades económicas por respeitarem um futuro acordo.

Continua, ainda, o cepticismo sobre a China, existindo grandes reticências em como as autoridades vão impor medidas de redução de emissões de gases com efeito de estufa.

Culturas OGM podem beneficiar os produtores bio


Dezembro 11
12:15
2015

O consumidor que prefere os produtos bio, fá-lo porque acredita que está a comer produtos mais limpos, ecológicos e livres de produtos químicos.

Acontece que, actualmente, grande parte das plantas são geneticamente modificadas, que, por isso, são excluídas de serem orgânicas.

A organização de produção bio australiana vem dizer que esta situação deve-se a não existirem estudos de longo prazo sobre a sua influência na saúde pública.

Os opositores dos OGM's defendem que ainda não está provado que estes produtos não fazem mal à saúde e que, no fim de contas, quem mais tem beneficiado dos OGM's são as companhias de biotecnologia.

Por outro lado, um estudo da Universidade de Göttingen, vem dizer que os OGM's:

a) Reduzem a aplicação de pesticidas em 37%;

b) Aumentam a produtividade em 22%;

c) Aumentam o rendimento do agricultor em 68%;

Teoricamente, os produtores bio preocupam-se com a qualidade dos terrenos e querem produzir alimentos saudáveis, aumentando também a qualidade do solo.

O problema é que os produtores orgânicos têm de usar mais terreno e mão-de-obra para produzir, aumentando assim os custos.

Outro procedimento é não usar produtos químicos, o que se torna impossível, uma vez que os fungos, insectos e outros agentes de doenças escolhem preferencialmente plantas que não estão protegidas, o que leva os produtores bio a acabar por usar produtos químicos (autorizados para este tipo de produção) e que, por vezes, são os que mais efeitos negativos têm nos solos.

Acontece que certas plantas OGM são resistentes a doenças, evitando, assim, o uso de produtos químicos, podendo vir a ser uma óptima oportunidade para os produtores bio.

Trocar o bio pelo eco

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 10 de Dezembro de 2015


Miguel Mota

Todos os seres que a agricultura  usa, nomeadamente animais e plantas, são seres biológicos. Por essa razão, dizer que há batatas  ou ovelhas "biológicas" e outras que o não são é, no mínimo, ridículo, por mostrar ignorância. No entanto, essa ridícula designação está a ser usada por alguns países, entre os quais Portugal e a França.
A Inglaterra e os Estados Unidos usam uma designação igualmente errada. Chamam a essa agricultura "orgânica", como se houvesse batatas ou ovelhas inorgânicas. Apenas critico, pelas razões indicadas, os nomes usados para designar esse tipo de agricultura
Há países que chamam a essa agricultura "ecológica", nome que me parece aceitável, por se aproximar do processo ecológico natural.
O nome biológico é frequentemente abreviado para "bio". A minha proposta é que se inicie em todos os países uma intensa campanha para trocar o nome "bio" pelo nome "eco", para designar os produtos "ecológicos".

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ACT detecta trabalhadores não declarados na apanha de azeitona no Alentejo


CARLOS DIAS 09/12/2015 - 17:51
À semelhança de anos anteriores, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) continua a detectar trabalhadores ilegais a exercer a sua actividade na apanha de azeitona na região alentejana.

 
ANTÓNIO CARRAPATO

Nos dias 19 e 25 de Novembro, o Centro Local do Alentejo Central da ACT realizou acções inspectivas em olivais localizados nos concelhos de Évora e Portel e detectou trabalhadores "não declarados" na apanha da azeitona. No comunicado enviado ao PÚBLICO, a ACT salienta que as intervenções decorreram em oito empresas agrícolas e foram identificados 99 trabalhadores, dos quais 36 "não se encontravam declarados à segurança social nem à administração do trabalho". Destes, cincoeram nacionais e os restantes, na sua maioria, eram romenos.

Foram também verificadas "diversas irregularidades em matéria de segurança e saúde no trabalho, nomeadamente a falta de avaliação dos riscos, a falta de protecção colectiva nos veios telescópicos de cardans dos tractores, bem como a falta de condições mínimas de segurança nos armazéns de produtos químicos e de sinalização de segurança", descreve a ACT.

Esta entidade refere ainda que as entidades empregadoras serão agora "objecto de procedimentos contraordenacionais" no que se refere às matérias relacionadas com o trabalho não declarado e notificadas para implementarem as medidas de segurança e saúde no trabalho.

As acções inspectivas foram realizadas em conjunto com a GNR e a Segurança Social do Alentejo e tiveram como principais objectivos, refere o ACT, "o combate ao trabalho não declarado, ao tráfico de seres humanos e a prevenção de riscos profissionais no trabalho agrícola."

ASAE instaurou mais de 200 processos-crime este ano por fraude nos alimentos


ANA RUTE SILVA 09/12/2015 - 07:34
Sectores da carne, lácteos, azeite e bebidas alcoólicas são aqueles em que se verificam mais adulterações. Crises sanitárias e consciência da importância de uma dieta equilibrada provocam aumento da regulação.

 
A ASAE tem detectado casos em que o azeite afinal é óleo ENRIC VIVES-RUBIO


Queijo que não é queijo e azeite que, afinal, é óleo. Nem tudo o que parece é na produção de alimentos e só este ano a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 240 processos-crime relacionados com práticas fraudulentas e enganosas para o consumidor. De acordo com os dados facultados pela entidade pública, que actua como órgão de polícia criminal nestas matérias, as fraudes de géneros alimentícios representam 10% do montante total de apreensões de alimentos feitas este ano, cujo valor global atinge os três milhões de euros.

"As práticas fraudulentas verificam-se mais nos sectores da carne e produtos cárneos, no azeite, nos produtos lácteos, nas bebidas alcoólicas, nomeadamente, as aguardentes e vinhos", indica fonte oficial da ASAE.

O crime de fraude sobre mercadorias é punido com pena de prisão até um ano e multa até 100 dias e tem por detrás a ideia de "engano, de astúcia". Quando se trata de alimentos, a intenção é obter "lucro ilegítimo" e um "ganho económico" que poderá comprometer a segurança alimentar. Em vez de se usar massa de leite, usa-se uma pasta vegetal. Nos bifes de peru, usa-se soja, como contou recentemente numa entrevista ao Jornal de Notícias o Inspector-geral da ASAE Pedro Portugal.

Em causa nem sempre está um problema de saúde pública. A crise da carne de cavalo incluída nas lasanhas congeladas mas omissa na lista de ingredientes é disso exemplo. O produto não é prejudicial, mas o consumidor é enganado com a informação disponível no rótulo. Polémicas como esta fizeram aumentar a concertação entre Estados-membros e Comissão Europeia para que seja possível detectar mais rapidamente a origem do problema e chamaram atenção para a importância dos rótulos, tantas vezes criticados por serem pouco claros e, ao mesmo tempo, ignorados pelos consumidores na hora de comprar.

Outras crises, mas sanitárias (como a doença das vacas loucas nos anos 90), "influenciaram muito o desenvolvimento de nova regulamentação" sobre rotulagem, ingredientes ou comida processada, diz Horacio Aleman, membro do think tank europeu Farm Europe. "Sabemos mais do que nunca que saúde e comida estão intimamente ligadas. E isto encorajou as autoridades públicas a tomar iniciativas. Como resultado, mudámos da mera descrição da composição de um produto, para informação muito mais valiosa para o cidadão europeu, como a informação nutricional, algo que começou de forma voluntária e se tornou agora obrigatória por lei europeia", salienta.

A importância que a alimentação tem para a saúde influencia as escolhas diárias dos consumidores e os rótulos são uma primeira fonte de informação. Pedro Queiroz, director-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), lembra que nos últimos anos se "ganhou consciência de que uma alimentação equilibrada conjugada com a prática regular de actividade física são os principais factores para um consumidor saudável". As novas regras para os rótulos, em vigor desde Dezembro de 2014, introduziram dados novos nas embalagens como os valores diários de referência relativos ao sal ou açúcar, por exemplo, e são encaradas pela indústria como positivas. O sector "tem-se adaptado bem às exigências legais e também às exigências do próprio consumidor, que se tem revelado ao longo dos anos cada vez mais consciente do que consome e qual o impacto do tipo de alimentação na sua saúde", continua Pedro Queiroz.

A indústria da carne, que esteve debaixo dos holofotes com o recente relatório da Organização Mundial da Saúde – em que se defende que a ingestão de carne processada é cancerígena e a de carne vermelha potencialmente também – diz que um dos "principais objectivos das regulamentações comunitárias sempre foi a saúde pública dos consumidores" e recorda que a produção de leis tem servido também para juntar diplomas dispersos e harmonizar regras. Outras regulamentações, como as taxas sobre o sal ou açúcar presente nos alimentos processados, são defendidas com frequência pelas autoridades de saúde pública mas contestadas pelas empresas. A adopção deste tipo de impostos ficou por terra em Portugal, mas na Finlândia, desde 2011 que se cobram taxas extraordinárias nos doces, chocolates e gelados. Em França, desde 2012 os consumidores pagam mais por bebidas com adição de açúcar e adoçantes artificiais. Na Hungria há, desde Setembro de 2011, uma taxa adicional sobre vários produtos considerados nocivos para a saúde, como bebidas energéticas, produtos açucarados pré-embalados e aperitivos salgados. Já a Dinamarca aplicou uma contribuição que penalizou o custo dos produtos com gorduras saturadas, mas acabou por recuar um ano depois.

A Associação Portuguesa dos Industriais da Carne (APIC), que relata perda de vendas na ordem dos 5% desde que o relatório da OMS foi conhecido, argumenta que as empresas têm ido ao encontro das "necessidades e expectativas dos consumidores". Por isso, "ao longo dos últimos anos tem lançado no mercado diversas gamas de produtos cárneos com teores reduzidos de sal e/ou de gordura", pelo que uma taxa adicional "não será uma preocupação para o sector". "Temos de ter em conta que muitos destes produtos têm caraterísticas gastronómicas próprias que vão ao encontro das expectativas dos consumidores", diz fonte da APIC.

Preservar o valor gastronómico
Com a tónica na saúde, alimentos tradicionais começam a ser olhados com desconfiança. Horacio Aleman diz mesmo que há uma tendência recente de olhar para a cadeia agro-alimentar "apenas da perspectiva da saúde pública, negligenciando aspectos culturais, de lazer e económicos do consumo de comida". "Há um sentimento negativo a crescer à volta da comida e da bebida: [diz-se] não ao glúten, não ao açúcar, não ao leite, não à soja. Alguns destes avisos são necessários para algumas pessoas e para dietas específicas. Mas o excesso de comunicação gera confusão na sociedade e a comida e a bebida são, mais do que tudo, fonte de vida, de convívio, de cultura e de prazer", diz o consultor e membro da Farm Europe.

Pedro Queiroz partilha a ideia mas acredita que, se o debate "for transparente e envolver as partes interessadas, serão encontrados caminhos razoáveis que não ponham em causa toda a nossa riqueza cultural e gastronómica, nem tenham um impacto negativo nas empresas".

Para a APIC, a saúde pública "nunca deve ser posta em causa". E é possível "conciliar os aspetos gastronómicos, culturais e económicos com a produção e comercialização de produtos seguros".

Ananás dos Açores: greve no Porto de Lisboa «pode ser ruína completa»


Dez 10, 2015Destaque Home, Notícias0Like

A greve dos estivadores do Porto de Lisboa, que se prolonga desde 14 de Novembro, está a provocar prejuízos a alguns produtores e empresas que recorrem ao transporte de barco para enviar os seus produtos da Região Autónoma dos Açores. O responsável pela comercialização do ananás dos Açores fala à Frutas, Legumes e Flores de uma situação insustentável.

«Se isto se mantiver como está pode ser a ruína completa», garante Rui Pacheco, presidente da Profrutos – Cooperativa de Produtores de Frutas, Produtos Hortícolas e Florícolas de São Miguel. Os ananases da Profrutos «estão dentro do barco» desde 7 de Dezembro. «Alguns ananases foram em contentores de frio, mas os próprios contentores já estão esgotados e esta situação não é habitual. Não temos outras alternativas senão essas.»

Enviar os produtos de avião é impraticável já que o «preço é impossível de suportar», lamenta Rui Pacheco. O presidente da Profrutos pede que quem está em greve «tenha em atenção que estão a prejudicar os pequenos, que são quem sofre mais».

«Posso dizer-lhe que 50% da nossa produção anual [de ananás] se situa nestas três semanas de Dezembro», diz Rui Pacheco.

Artur Lima, gerente da Gesba – Empresa de Gestão do Sector da Banana da Madeira – dá conta de uma situação muito diferente para o fruto que representa. Apesar de «ligeiros atrasos» o responsável assegura que o produto «está a ser escoado». Além disso, Artur Lima adianta que a «banana fica no frio» pelo que «consegue evitar-se» que se estrague.

A Secretaria Regional do Turismo e Transportes dos Açores foi contactada mas até à data não foi possível obter declarações.

Estudo do COI analisa custos de produção do azeite por país e sistemas de produção

 10-12-2015 
 

 
O custo médio de obtenção ponderada de azeite entre os países do Conselho Oleícola Internacional é de 2,63 euros o quilo.

Espanha tem um custo médio superior, situado em 2,75 euros, mas inferior ao da Jordânia, de 3,06 euros o quilo; Argélia, de 3,90 euros; Itália, de 3,95 euros e o Uruguai, de 4,22 euros o quilo.

Pelo contrário, é mais elevado que o de Marrocos, de 1,91 euros; Tunísia, de 2,03 euros e da Grécia, de 2,47 euros o quilo. Estes valores estão indicados num Estudo internacional sobre os custos de produção do azeite realizado pelo Conselho Oleícola Internacional (COI).

Segundo a informação, os sistemas de produção mais intensivos e de regadio são os que maiores custos por hectare apresentaram, mas também são os que maiores produções geraram, pelo que são os que têm os menores custos finais unitários.

Por outro lado, já os sistemas mais tradicionais e de sequeiro são que têm maiores custos unitários de produção por quilo de azeitona, ou seja, os menos rentáveis.

O custo médio de produção de um quilo de azeite vai dos 3,45 euros o quilo no sistema tradicional de sequeiro de alta inclinação, até os 2,04 euros o quilo no sistema intensivo. No caso da Espanha, a variação de custos iria desde os 3,56 euros o quilo o sistema tradicional de sequeiro de alta inclinação até os 2,19 euros no intensivo.

Do total de custo de obtenção de um quilo de azeite, em média, 84 por cento corresponde a produção de azeitona em campo de oliveiras, enquanto os 16 por cento restantes ao seu transporte e moagem. Ou seja, na optimização da produção agrícola é onde há maior espaço para melhorias.

Na indústria, os custos variam muito por países. Vão desde os 16 cêntimos por quilo de azeitona moída no Uruguai até os três cêntimos em Espanha.

O estudo realizado com todos os 15 países membros do COI, nomeadamente, Portugal, Marrocos, Grécia, Uruguai, Líbano, Argélia, Irão, Itália, Israel, Tunísia, Espanha, Argentina, Albânia e Jordânia e definiu sete sistemas de culturas

Fonte: Agrodigital

UE espera incluir no TTIP a protecção de 17 denominações de origem de vinhos europeus

10-12-2015 
 

 
A Comissão Europeia manifestou à eurodeputada Esther Herranz a intenção de incluir na negociação do acordo comercial com os Estados Unidos a protecção das 17 denominações de origem europeias de vinhos e licores que actualmente encontram-se em situação comprometida.

Até agora os Estados Unidos da América (EUA) recusaram reconhecer estas denominações por considerar serem semi-genéricas, o que lhes permite usar os seus nomes para comercializar produtos que nada têm a ver com os europeus.

Assim o manifestou perante a Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, John Clarke, em reacção às questões colocadas por Herranz, referindo ainda que «o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos é a única oportunidade para resolver este problema, de forma a proteger estas 17 denominações de origem (DO)».

Esther Herranz recordou que o acordo subscrito com os EUA em 2006 sobre o vinho incluía uma segunda parte na qual este país se comprometia a negociar a inclusão de 17 DO que considera semi-genéricas e que ficaram de fora do mesmo acordo. No entanto, este assunto ainda não foi resolvido, colocando assim em risco os vinhos e outras bebidas espirituosas de grande qualidade produzidas na União Europeia e que têm uma grande protecção na Europa, mas que os EUA não reconhecem.

A eurodeputada considera, portanto, que a defesa das Indicações Geográficas e das denominações de origem «continue a ser uma prioridade da União Europeia no tratado». A mesma teve ainda oportunidade de questionar o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, se não considera que «seria importante um gesto dos EUA para a União Europeia, reconhecendo directamente as DO e as Indicações Geográficas, porque essa seria a única forma de a Politica Agrícola Comum (PAC) se encaixar no Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos».

Fonte: Agrodigital

Comissão Europeia autoriza dois novos OGM

09-12-2015 
 

 
A Comissão Europeia autorizou dois novos organismos geneticamente modificados para uso na alimentação humana e animal.

Trata-se do milho MON87427 e do milho NK603xT25. Estes dois organismos geneticamente modificados (OGM) passaram pelas diferentes etapas do procedimento de autorização previsto na legislação e receberam uma avaliação científica favorável por parte da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar.

As autorizações têm uma validade de 10 anos e todos os produtos obtidos a partir destes OGM estão sujeitos a normas exigentes da União Europeia de rotulagem e rastreabilidade.

Fonte: Agrodigital

Capoulas Santos preocupado com a baixa execução dos fundos comunitários


Dezembro 09
12:56
2015

Após um encontro com a CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal, o Ministro da Agricultura Capoulas Santos manifestou a sua preocupação pela baixa taxa de execução dos fundos comunitários, que, em Setembro, se fixava nos 9%, fazendo referência que estamos no final do segundo ano do quadro comunitário 2014-2020.

Ao fim de quase dois anos, a taxa de aprovações de novos projectos é muito baixa para os suinicultores, que aguardam há muitos meses por decisões.

O Ministro prometeu tentar resolver este problema o mais rapidamente possível. Lembrou, também, que já esteve no governo, tendo, na altura, sido responsável por um quadro comunitário de apoio e a execução foi de 100%, tendo o dinheiro comunitário sido utilizado até ao último cêntimo.

O Ministro acrescentou que, com a máquina do Ministério e a boa equipa técnica que possui, apesar dos grandes cortes dos últimos anos, e com o apoio dos agricultores e suas associações, vão conseguir pôr rapidamente em velocidade de cruzeiro os principais elementos da política, onde, obviamente, se incluem os financeiros.

Bloco de esquerda quer o fim dos OGM’s em Portugal


Dezembro 10
15:09
2015

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou um projecto de decreto-lei no Parlamento, que visa proibir o cultivo, importação e comercialização de organismos geneticamente modificados vegetais, mais conhecidos por OGM's.

Neste documento defende-se esta proibição, excepto para fins científicos.

Esta proposta tem, num entanto, uma incorrecção, pois baseia-se na decisão da Comissão de dar poder aos Estados Membros para proibir o cultivo de OGM's no seu território. Assim, essa autorização para a proibição, aplica-se só ao cultivo e não à importação para consumo, ou seja, mais normalmente para incorporação nas rações, apesar de estarem aprovadas algumas variedades OGM's de milho para consumo humano.

O Estado Membro não tem, neste momento, autorização para impedir a importação para consumo de OGM's.

Neste momento, cerca de 90% da soja cultivada no mundo é OGM e Portugal, bem como toda a Europa, depende das importações de soja para o equilíbrio proteico na alimentação dos seus animais.

Uma proibição deste produto provocaria um grave problema no equilíbrio alimentar dos animais e, claramente, o fim da pecuária portuguesa.

Lisboa debate a internacionalização do agroalimentar



 10 Dezembro 2015, quinta-feira 

No âmbito das conferências "Ágora", o Instituto para a Investigação Interdisciplinar da ULisboa (3Is@ULisboa) é palco a 11 de dezembro (sexta-feira), da conferência "A Internacionalização do Agroalimentar e a Necessidade de Enquadramento da Administração Pública na Certificação de Produtos e na Regulação do Setor".
O evento começa às 14h30 e conta com as intervenções de Álvaro Mendonça, Diretor-Geral da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), e Pedro Portugal Gaspar, Inspetor-Geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
O debate entre ambos será moderado por Nuno Canada, Presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).
O Ciclo de Conferências "Ágora – Ciência e Sociedade 2015/2016" começou em janeiro de 2015. Com caráter mensal, o evento visa fomentar «um saudável ambiente interdisciplinar, preocupado com o impacto da Ciência na Sociedade» e onde se cruzam «investigação, desenvolvimento e inovação», sustentam os organizadores.

Conselho Oleícola Internacional estuda custos de produção por país e sistemas



 10 Dezembro 2015, quinta-feira

O custo médio de obtenção ponderada de azeite entre os países do Conselho Oleícola Internacional (COI) é de 2,63 euros o quilo.
Espanha tem um custo médio superior, situado em 2,75 euros, mas inferior ao da Jordânia, de 3,06 euros o quilo; Argélia, de 3,90 euros; Itália, de 3,95 euros e o Uruguai, de 4,22 euros o quilo.
Pelo contrário, é mais elevado que o de Marrocos, de 1,91 euros; Tunísia, de 2,03 euros e da Grécia, de 2,47 euros o quilo.
Estes valores constam de um estudo internacional sobre os custos de produção do azeite realizado pelo COI.
Segundo a informação, os sistemas de produção mais intensivos e de regadio são os que maiores custos por hectare apresentaram, mas também são os que maiores produções geraram, pelo que são os que têm os menores custos finais unitários.
Por outro lado, já os sistemas mais tradicionais e de sequeiro são que têm maiores custos unitários de produção por quilo de azeitona, ou seja, os menos rentáveis.
O custo médio de produção de um quilo de azeite vai dos 3,45 euros o quilo no sistema tradicional de sequeiro de alta inclinação, até os 2,04 euros o quilo no sistema intensivo.
No caso da Espanha, a variação de custos iria desde os 3,56 euros o quilo o sistema tradicional de sequeiro de alta inclinação até os 2,19 euros no intensivo.
Do total de custo de obtenção de um quilo de azeite, em média, 84% corresponde a produção de azeitona em campo de oliveiras, enquanto os 16% restantes ao seu transporte e moagem.
Ou seja, na otimização da produção agrícola é onde há maior espaço para melhorias.
Na indústria, os custos variam muito por países. Vão desde os 16 cêntimos por quilo de azeitona moída no Uruguai até os três cêntimos em Espanha.
O estudo realizado com todos os 15 países membros do COI, nomeadamente, Portugal, Marrocos, Grécia, Uruguai, Líbano, Argélia, Irão, Itália, Israel, Tunísia, Espanha, Argentina, Albânia e Jordânia e definiu sete sistemas de culturas

Fonte: Agrodigital

Confederação das cooperativas agrícolas e do crédito agrícola reune com o ministro da agricultura



A CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, reúne com o novo Ministro da Agricultura, Dr. Capoulas Santos, no dia 11, sexta-feira, pelas 11 horas. 

Nesta primeira reunião com o novo titular da pasta da Agricultura, a Direção da CONFAGRI, apresentará a sua perspetiva sobre a situação atual do setor agrícola e abordará um conjunto de questões que considera prioritárias. Entre essas questões, salientamos as seguintes: 
A necessidade do novo elenco do Ministério da Agricultura construir um relacionamento equilibrado com as diversas Organizações representativas do setor agrícola, quer ao nível do diálogo institucional, quer da definição das medidas de política, o que constitui condição indispensável para um tratamento mais equitativo dos agricultores portugueses e das suas organizações;

Ao nível dos incentivos ao setor, nomeadamente no âmbito da PAC: 
- A necessidade de acelerar a execução do PDR 2020 e proceder ao ajustamento de algumas das medidas que o integram. Introduzir novas medidas como o Sub- Programa temático para o setor leiteiro previsto no Programa do Governo;
- A necessidade de clarificar e operacionalizar algumas questões no âmbito das Ajudas Diretas, de modo a que Portugal possa iniciar atempadamente e nas devidas condições, o período de candidaturas que se avizinha; 

A necessidade de simplificar e desburocratizar o processo de reconhecimento das Organizações de Produtores, nomeadamente das Cooperativas, bem como proceder à revisão de alguns mínimos de atividade económica exigida para alguns sub-setores.

CONFAGRI

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CNA em paris para reclamar por soluções efectivas para crise climática

Coimbra, 09.12.2015

A CNA está presente em Paris, com uma delegação, para participar num conjunto de iniciativas da Coordenadora Europeia Via Campesina, paralelas à Conferência Oficial do Clima, COP21.

Desde Paris, a CNA reclama soluções efectivas contra a crise climática e denuncia as falsas soluções que têm sido apontadas como a questão do mercado de carbono e a chamada economia verde.

Na opinião da CNA, o mercado do carbono, sem que haja uma alteração efectiva nas políticas agrícolas, alimentares e comerciais, apenas levará à canalização de enormes investimentos, no sector agro-florestal à escala mundial nos chamados sumidouros de carbono agrícolas e florestais com três principais consequências:

Aumento dos conflitos em torno da posse dos recursos naturais;

Aumento da pressão humana sobre os recursos naturais com a sua inevitável degradação;

Transformação do modelo produtivo agro-florestal, com a sua intensificação e industrialização.

Na opinião da CNA, o modelo agro-industrial intensivo não é a solução para os desafios e crises que se colocam hoje à humanidade, nomeadamente para a crise climática.

Em primeiro lugar, porque o modelo agro-industrial é altamente dependente dos combustíveis fosseis ao depender fortemente da importação de factores de produção, como sejam os fertilizantes, pesticidas mas também rações para a alimentação animal, entre outros, que necessitam para a sua produção de enormes consumos energéticos, o que agrava a questão das emissões de gases com efeito de estufa.

Em segundo lugar, porque a agricultura industrial ao estar suportado num consumo deslocalizado ela implica enormes consumos energéticos para transporte, refrigeração, transformação, embalamento, entre outros, até à chegada dos alimentos ao consumidor final.


Na opinião da CNA a solução para a crise climática, passa pela aposta na agricultura familiar e na pequena agricultura, em modelos de produção mais sustentáveis e na relocalização do consumo alimentar, o que implica, inevitavelmente, uma alteração nas políticas agrícolas, alimentares e comerciais ao nível global.


A Direcção da CNA

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

«Capoulas Santos fala a mesma linguagem dos agricultores»



 08 Dezembro 2015, terça-feira  

O presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), João Machado, elogia o conhecimento e a capacidade técnica do novo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, considerando que a relação entre as partes tem tudo para correr bem.
«Sendo o ministro da Agricultura uma pessoa que conhece muito bem o setor e que, em primeiro lugar já foi ministro, e que em segundo lugar participou ativamente na PAC, sendo o relator dos dois principais relatórios desta política [enquanto deputado europeu], está muito por dentro dos problemas, é uma pessoa com quem estamos habituados a falar e cuja linguagem é a mesma», disse aos jornalistas João Machado no final de uma reunião com Capoulas Santos, no Ministério da Agricultura, em Lisboa.
E reforçou: «falamos a mesma linguagem e os assuntos são rapidamente compreendidos entre as partes».
Daí, João Machado ter considerado que «correu muito bem» o encontro desta segunda-feira (7 de dezembro) com o ministro, no qual foram percorridos «muitos pontos da agenda que preocupa os agricultores».
O líder da CAP salientou que Capoulas Santos «está atento aos problemas que tem vindo a encontrar aqui no ministério e muito preocupado em resolver os problemas» que lhe foram colocados, nomeadamente, na questão das candidaturas e dos pagamentos atempados.
«Tivemos ocasião de delinear algumas estratégias para o futuro no sentido de tentarmos que aquilo que é fundamental para os agricultores, que é poderem candidatar-se e poderem ver os seus projetos aprovados e terem o investimento despachado a tempo e horas para poderem contribuir dessa maneira para o desenvolvimento do país e para a criação de emprego e para as exportações».
O ministro da Agricultura manifestou a sua preocupação com o baixo grau de execução do novo quadro comunitário, que em setembro se fixava nos 9%, destacando que o país «não se pode dar ao luxo» de desperdiçar estes fundos.
Segundo João Machado, «o ano que está agora a terminar foi o ano da implementação desta Política Agrícola Comum (PAC), pelo que decorreu um período de tempo onde houve um conjunto de candidaturas que entraram que levaram a que houvesse agora um conjunto enorme de candidaturas para serem apreciadas».
O responsável considerou que «há que dar resposta a isso e o senhor ministro é muito sensível a essa matéria», tendo avançado aos representantes da CAP o conjunto de ações que iria tomar nesse sentido, que os deixaram «muito mais descansados».
Fonte: Lusa

Depois do ouro negro, Angola vira-se para o “ouro verde”


07/12 12:49 CET  

"Os volumes de venda de banana só do Perímetro Irrigado de Caxito representam cerca de 100 milhões de dólares por ano."
Há quem afirme que os cachos de bananas representam agora o 'ouro verde' de Angola. A queda do preço do petróleo atingiu particularmente um país que é o segundo maior produtor africano. A resposta passa por diversificar a economia e, na linha da frente, está precisamente a agricultura.

E como se vai processar essa diversificação num território que tem o dobro do tamanho da França? A prioridade é investir nos mais de 58 milhões de hectares de terrenos irrigáveis que existem. Fomos conhecer um exemplo no Caxito, província do Bengo. Trata-se de uma produção hortofrutícula, com mais de 4600 hectares, que contribui fortemente para as cerca de 250 mil toneladas de bananas, por exemplo, que são produzidas no país. Não só está garantida a autossuficiência, como Angola se tornou num exportador deste fruto.

"Consideramos a banana como sendo o nosso 'ouro verde'. Tão somente pelo valor comercial que tem, pelo seu valor nutricional e pela alta renda que proporciona às famílias. A banana, de facto, contribui em grande medida para a diversificação da economia. Posso citar aqui um grande exemplo: hoje os volumes de venda de banana só do Perímetro Irrigado do Caxito representam cerca de 100 milhões de dólares por ano. E hoje o projeto pauta-se pela exportação da banana na África subsariana, com destaque para o Congo Democrático, para o qual no mês de outubro já conseguimos exportar cerca de 10 toneladas de produção", declara João Mpilamosi, presidente da Caxito Rega.

Os incentivos do governo ao setor agrícola passam por desenvolver as formações, o microcrédito e o financiamento direto de projetos de irrigação. Muitos pequenos agricultores continuam a fazer todo o trabalho segundo os métodos tradicionais.

O investimento público tem focalizado os sistemas de transporte e distribuição, de forma a agilizar o escoamento dos produtos locais e tornar a venda a retalho mais acessível, num país onde grande parte da população vive com menos de dois dólares por dia. João Pedro Santos, diretor geral da rede de hipermercados Kero, salienta o seguinte: "Trinta e cinco por cento daquilo que são as nossas vendas são referentes àquilo que é produzido em Angola. Já existem alguns produtores nacionais que estão a fazer as suas produções não só para o mercado local, mas também para o mercado internacional. Nomeadamente já há exportações claras para o mercado africano dentro da região e existem indicadores claros – que são mensalmente ou semestralmente avaliados – para que rapidamente Angola também possa ser um país que exporte não só para África, mas também para alguns países de outros continentes, do mundo."

O objetivo é fazer corresponder os padrões de produção aos critérios internacionais, nomeadamente a nível sanitário. A Refriango – uma empresa de refrigerantes, sumos e bebidas – propõe-se fazer precisamente isso. Emprega quase 4 mil pessoas e assume uma liderança clara no mercado lusófono no continente africano. "Os nossos níveis em termos de qualidade ajudam, porque os certificados que nós temos, digamos… Fomos a primeira indústria alimentar, conseguimos o certificado ISO 22000. Os laboratórios têm trabalhado bastante. Daí a certificação destes laboratórios com os certificados internacionais", aponta o diretor executivo, Estevão Daniel.

Cerca de 11 milhões de ovos importados foram recentemente inviabilizados porque não respeitavam as novas disposições sanitárias. Há agora quotas de mercado para 27 produtos diferentes, de forma a estimular a produção nacional. Elizabete Dias dos Santos, administradora do Grupo Diside, salienta que "é nossa responsabilidade antes de produtores sermos consumidores. A nossa preocupação é que estamos a lidar com a saúde pública. Enquanto consumidores e produtores, temos que ter a responsabilidade de informar os nossos consumidores de que o que é feito em Angola tem qualidade, tem validade e tem credibilidade."

O desenvolvimento económico conhece vulnerabilidades ao nível logístico, da rede de transportes e da organização dos fornecedores. São questões que tornam a dinâmica da indústria local mais complexa. O potencial natural deste país é tão diverso quanto os desafios que enfrenta. Até que ponto Angola, uma economia iminentemente assente na produção petrolífera, vai conseguir reinventar-se?

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Parcerias é palavra-chave para o sector agro-alimentar


Nov 25, 2015Notícias0Like

Os empresários portugueses têm cada vez mais de assumir que não podem ser bons em todas as áreas do negócios e, por isso, colmatar essas lacunas estabelecendo parcerias com especialistas. Esta é uma das conclusões retiradas do seminário Inovação na Indústria Alimentar – Food & Nutrition Awards, que decorreu dia 24 de Novembro, em Lisboa.

Pedro Queiroz, director-Geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) defendeu que «nos últimos anos, uma das fraquezas das empresas portuguesas e até da instituições públicas era o facto de olharem o País como uma série de quintinhas». O mesmo responsável sublinhou que este é um cenário que já mudou, contudo é importante que fique claro que «os negócios vivem da dialéctica entre agentes económicos».

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O director-geral da FIPA disse ainda que «pensar no sector agro-alimentar para o futuro é pensar em cadeias de valor e não em empresas individualmente. A inovação é um processo colaborativo».

Esta noção é também defendida por Filipe Simões, director-geral da Frueat (empresa que detém a marca Fruut para fruta desidratada). «A Frueat está baseada nessas sinergias, trabalhamos com a Universidade Católica do Porto no que concerne à inovação do produto e para as questões de marketing com o IPAM Porto».

No seminário esteve também presente Lourdes Hill, coordenadora do Órgão Operacional Portugal Sou Eu, que referiu que «a criação de relações de confiança e duradouras é o caminho de sucesso. O País é demasiado pequeno para não o fazer».

O evento foi organizado pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas.

Crédito Agrícola voltou a premiar empreendedorismo e inovação


Dez 02, 2015

O grupo Crédito Agrícola recebeu 101 candidaturas na 2.ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola. As áreas abrangidas foram agricultura, floresta e o mar, uma novidade nesta edição de 2015. No final, o júri seleccionou 11 projectos em cinco diferentes categorias.

Os vencedores foram conhecidos a 2 de Dezembro numa cerimónia em Lisboa. Contas feitas, o Crédito Agrícola atribui 32.500 euros entre vencedores e menções honrosas.

Na categoria Produção e Transformação o vencedor foi o projecto Mirabilis, que se dedica à produção, em ambiente de maternidade, de juvenis ou semente de ostra portuguesa. A menção honrosa foi atribuída à Ingredient Odissey, um projecto que se dedica à produção de insectos para alimentação animal.

A Ingredient Odissey voltaria a subir ao público por ser aquela que mais "gostos" e comentários recebeu na página da rede social Facebook do Crédito Agrícola. A entidade bancária partilhou vídeos sobre os finalistas e desafiou os seguidores a clicarem gosto e comentarem os vídeos.

Na categoria comercialização o vencedor foi o projecto de produção de batata-doce no sudoeste alentejano Atlantic Sun Farms. A Parda, construção de casas de apoio agrícola modelares, foi distinguida com a menção honrosa.

A Winove, uma tecnologia para análise multiparamétrica do vinho, arrecadou o prémio na categoria Inovação em Parceria. A menção honrosa foi atribuída à ProfiApple que está a aproveitar a casca de maçã e outros sólidos para uso em infusões.

Na categoria Jovem Empresário Rural o vencedor foi o projecto SmartBee, uma empresa que aposta na tecnologia para apoiar os apicultores no seu quotidiano, nomeadamente com recurso a sensores instalados nas colmeias que permitem a monitorização e a emitem alertas em caso de roubo.

A equipa da Genosuber subiu ao palco para receber a distinção na categoria Projecto de Elevado Potencial Promovido por Associado do Crédito Agrícola. Este trabalho visa identificar a sequência genética do sobreiro, assente em tecnologia de última geração.

No encerramento da cerimónia, Licínio Pina, presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central do Crédito Agrícola, sublinhou que o banco «está, como sempre esteve, disponível para apoiar os empresários na concretização dos seus projectos».

Saiba tudo sobre este tema na edição de Janeiro, número 159.

Investigadores espanhóis criam embalagem que prolonga vida dos figos


Dez 04, 2015

Prolongar em 21 dias após a colheita a vida dos figos em fresco já é possível graças a uma nova embalagem desenvolvida por investigadores da Universidade da Extremadura e do Centro de Investigações Científicas e Tecnológicas da Extremadura (Cicytex).

A autora do estudo, a sua tese de doutoramento, María del Carmen Villalobos, explica que a mudança consiste no desenho da embalagem que contém filmes microperfurados que permitem a criação de uma atmosfera modificada passiva.

Desta forma evita-se o desenvolvimento de bolores e leveduras que são as principais causas para o tempo de vida muito curto dos figos. Normalmente, o tempo de vida do figo em fresco, após colhido da árvore, é de sete dias.

María de Guía Córdoba, uma das coordenadoras do estudo, sublinha que actualmente o figo «está a deixar de ser uma cultura marginal» para se tornar «uma fonte de receita para muitos produtores».

«Durante muito tempo as figueiras estiveram associadas à manutenção de outros cultivos. O consumo do fruto tem sido sobretudo no âmbito familiar. Mas actualmente este cenário está a mudar e os figos em fresco representam um nicho de mercado e, portanto, esta investigação pode ajudar a dar ao sector o impulso que necessita», acrescentou María de Guía Córdoba.

Ao mesmo tempo que descobriram mecanismos para prolongar o tempo de vida útil do figo fresco, os investigadores encontraram técnicas para melhorar o processo de secagem do figo. O consumo deste fruto em seco é o mais comum, precisamente devido à sua perecibilidade em fresco.

Os investigadores demonstraram que, através da aplicação de pré-tratamentos com ondas de ultra-som, é possível secar o fruto em um a três dias. Os processos tradicionais de secagem ao sol podem demorar até 15 dias.

«Usar esta técnica demonstrou que temos um maior controlo do produto, algo muito importante do ponto de vista da segurança alimentar», pormenorizou María del Carmen Villalobos.

As exportações serão o futuro do sector agrícola europeu

Dezembro 07
14:39
2015

A Comissão Europeia defende que o futuro do sector agrícola europeu passa pelo aumento das suas exportações para países terceiros.

Estas exportações devem cobrir os produtos lácteos, as carnes, os cereais (trigo, e cevada principalmente) e, mesmo, o açúcar.

O Comissário Phil Hogan vai ainda mais longe, ao afirmar que o comércio internacional é o terceiro pilar da Política Agrícola Comum.

Assim, a União Europeia deve retirar as vantagens de um crescimento populacional a nível mundial, com um pedido crescente em proteína animal e alimentação animal e isto, apesar da crise de preços em alguns sectores, devido ao excesso de produção dos últimos anos.

Assim, foram assinados acordos com o Canadá e o Vietname e estão em discussão acordos com os Estados Unidos, o Mercosul, o México, as Filipinas e o Japão. E, dentro em breve, serão abertas negociações com a Nova Zelândia e com a Austrália.

Para seguir esta orientação, a Política Agrícola Comum deve-se adaptar, mas com um custo social em postos de trabalho, pois, para manter e aumentar o rendimento dos agricultores, está prevista uma redução do emprego no sector agrícola, que, em dez anos, deverá ser de 1,6 milhões de postos de trabalho.

ACOS privilegia formação obrigatória



 04 Dezembro 2015, sexta-feira  

A ACOS - Associação de Agricultores do Sul tem concluído o Plano de Formação Profissional para o primeiro semestre de 2016.
Deste modo, o Curso de Manobrador de Máquinas Agrícolas e Florestais «é uma das novidades tendo em conta as necessidades de formação e o interesse dos activos agroflorestais da região» anunciou a ACOS.
Os cursos previstos vão desde as formações em Modo de Produção Integrado e Agricultura Biológica, no âmbito das medidas agroambientais PDR2020; Transporte de Animais Vivos; Mecanização Básica e Condução de Veículos Agrícolas; Primeiros Socorros; Segurança e Saúde no Trabalho Agrícola; Distribuição, Comercialização e Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, entre outros.
O curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos para obtenção do Cartão de Aplicador, obrigatório por Lei, vai prosseguir.
As inscrições estão abertas permanentemente.
Fonte: Rádio Pax 

“Provérbios agrícolas portugueses” em livro



 03 Dezembro 2015, quinta-feira  Agriculturadiversos

"Provérbios Agrícolas Portugueses". Assim se chama a nova obra da livraria técnica Engebook .
Neste lançamento, o livro está disponível com um desconto de 10% até ao dia 15 de dezembro.
Esta obra reúne, classifica, e analisa os provérbios agrícolas portugueses, com o intuito de sintetizar cientificamente o conhecimento empírico que os mesmos veiculam.
O livro procura ainda ser um documento que fomenta a eternização do saber proverbial do povo português associado ao meio agrícola e rural e também um documento útil e de fácil consulta, destinado aos interessados e envolvidos no setor agrícola e a todos os que pretendam explorar os provérbios agrícolas portugueses, seja por mera curiosidade ou com a intenção de obter alguma mais-valia para a prática agrícola.
No lançamento da obra a Engebook associou-se a revista AGROTEC para uma campanha livro + assinatura anual, que pode consultar clicando aqui.
"Provérbios Agrícolas Portugueses" é uma obra reconhecida pela Associação Internacional de Paremiologia, que o classifica como sendo uma obra «inédita resultante de uma investigação vanguardista, que dá a conhecer uma realidade interdisciplinar e com grande potencial de aplicação em domínios que vão desde a economia até à preservação ambiental». 

Agroexpo 2016 chega em janeiro



 06 Dezembro 2015, domingo  Hortofruticultura & FloriculturaAgroflorestal

agroexpo

Don Benito, em Badajoz, será palco entre 27 e 30 de janeiro de 2016, da 28.ª edição da feira internacional Agroexpo.
Tal como é hábito estarão em destaque as hortofrutícolas, mas também as culturas do tomate e azeite, nos respetivos Salões.
Jornadas técnicas, seminários e sessões ligadas à área agrícola são outras actividades do certame.
Nos espaços de Inovação, os visitantes podem ficar a conhecer as mais recentes novidades do setor.
Segundo a organização, a edição anterior da Agroexpo contou com 200 expositores e cerca de 500 marcas.

AJAP é recebida em audiência por novo ministro da agricultura








domingo, 6 de dezembro de 2015

Portugal perdeu mais de um quarto das empresas agrícolas em dez anos

ANA RUTE SILVA 26/11/2015 - 17:58

Entre 2003 e 2013, a redução foi de 26,4%, um pouco abaixo da média da UE. Apesar de existirem menos empresas, há mais concentração de propriedades.

 
É na Roménia que se encontra o maior número de empresas do sector da agricultura PATRÍCIA MARTINS

Entre 2003 e 2013, desapareceram 26,4% das empresas agrícolas em Portugal. De acordo com dados do Eurostat, divulgados nesta quinta-feira, em 2013 havia um total de 264 mil empresas agrícolas no país, que representam apenas 2,4% no universo dos Estados-membros, onde há quase 11 milhões de sociedades neste sector. A superfície agrícola utilizada em Portugal também caiu, mas em menor escala (-2,2%, para 3 milhões e 642 mil hectares), o que significa que a concentração no sector aumentou, com a área média explorada por empresa a aumentar de 10,4 hectares para 13,8 hectares no período em análise.

A nível europeu a tendência é semelhante. Em dez anos, uma em cada quatro empresas agrícolas desapareceu, mas a uperfície agrícola utilizada para o cultivo permaneceu praticamente estável. "Isto significa que houve um aumento da concentração agrícola com a média de hectares detidos por empresas a aumentar 38%, de 11,7 hectares para 16,1 hectares", detalha o gabinete de estatísticas da União Europeia.

É na Roménia que se encontra o maior número de empresas do sector da agricultura: representam 33,5% do total da UE, o equivalente a 3,7 milhões. Segue-se a Polónia, Itália e Espanha. Com excepção da Irlanda, todos os outros países perderam empresas agrícolas. Só a Eslováquia e a Bulgária perderam mais de metade das suas sociedades.

Juntas, França e Espanha utilizam quase 30% de toda a superfície agrícola utilizada na UE. No lado oposto estão Chipre, Áustria e Eslováquia que reduziram a percentagem de terreno usado para cultivo entre 2003 e 2013. Quanto à dimensão das propriedades, a maiores estão localizadas na República Checa e no Reino Unido.

Portugal destaca-se como o país onde há mais agricultores acima dos 65 anos, realidade que se mantém nos últimos anos e que o INE também sublinhou o ano passado no seu Inquérito à Estrutura das Explorações a Agrícolas. Mais de metade dos produtores portugueses têm mais de 65 anos e não há nenhum outro país europeu que acompanhe Portugal nesta tendência. O mais próximo é a Roménia, com 41% dos agricultores com idade superior a 65 anos. A média da UE é de 31,1%, o que significa que, em termos globais, a maior fatia dos produtores está nesta faixa etária.

Apenas 6% dos agricultores na UE tem menos de 35 anos (em Portugal a percentagem é 2,5%) e 15,2% com idades compreendidas entre 35 e 44 anos. A maior fatia de jovens produtores da Europa está na Polónia e na Áustria.

Quando caracterizou o perfil dos agricultores portugueses, o INE concluiu que a maioria é do sexo masculino e, em média, trabalha 21,3 horas por semana. São poucos os que laboram a tempo inteiro. Um quarto declara ter outras "actividades lucrativas exteriores à exploração" o que, entre os produtores com menos de 40 anos acontece em 59,3% dos casos.

Críticas ao parecer da EFSA sobre o glifosato

Dezembro 03
13:22
2015

A autorização da comercialização do glifosato termina em 31 de Dezembro, tendo sido provisoriamente prorrogada até 30 de Junho de 2016.

Esta situação de renovação é normal para os produtos fitossanitários, no entanto, para o glifosato a situação foi diferente, a partir do momento em que a International Agency for Research on Cancer (IARC) divulgou um comunicado, onde o glifosato era associado ao aumento do cancro.

Este relatório levou a que a Comissão pedisse uma avaliação científica por parte da European Food Safety Authority (EFSA). Este estudo foi realizado e o resultado foi completamente diferente do IARC, pois considerou que não existe qualquer ligação do glifosato ao cancro.

Neste momento, registou-se um movimento de crítica de alguns eurodeputados em relação à avaliação da EFSA, tendo mesmo chegado ao ponto de pedir à EFSA que defina em que moldes e sobre que bases científicas é que o estudo foi feito. Esta posição dos eurodeputados foi também subscrita por 90 cientistas.

A reacção do Presidente da EFSA, Bernhard Url, não se fez esperar e a explicação dada é que os métodos usados não são os mesmos da IARC, mas respondem a todos os mais altos padrões científicos e são reconhecidos há décadas pela sociedade científica. Criticou, por seu lado, que os estudos científicos sejam utilizados para fazer política.

GPP: CULTIVAR N.º 2

CULTIVAR N.º 2 - Cadernos de Análise e Prospetiva

Publicação GPP apresentada a 3 de dezembro

Podemos vir a ter um novo escândalo com a carne de cavalo

Dezembro 04
16:54
2015

Neste momento, várias vozes se levantam na Europa contra a importação de carne de cavalo do Canadá, devido à ausência de traçabilidade e altos padrões de segurança alimentar.

Acontece que, todos os anos, milhares de cavalos vão dos Estados Unidos para o Canadá para serem abatidos, tratando-se, na maior parte dos casos, de animais de corrida e de passeio, que não foram criados para a alimentação humana.

Estes animais não estão autorizados a ser abatidos para consumo humano nos Estados Unidos, pelo que transitam para o Canadá. Normalmente, estes animais fazem longas viagens, em condições muito difíceis, sem água ou alimento durante dias.

Existem, por outro lado, grandes suspeitas de que os controlos veterinários não são os mais eficazes (isto mesmo descrito pelo Food and Veterinary Office), pelo que a segurança da carne começa a ser duvidosa.

Estes cavalos tomam, normalmente, substâncias para aumentar as suas performances, cujos resíduos depois passam para a carne e são proibidos para a alimentação humana.

Na Europa, os principais compradores de carne de cavalo canadiana são a França e a Bélgica.

Devido a estes factores, cresce o movimento para exigir que a Comissão bloqueie a importação de carne de cavalo do Canadá.

GPP divulga documento sobre Greening para explorações de milho e tomate


23 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Syngenta reúne Escola de Milho

O Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP)do Governo de Portugal participou no passado dia 20 de novembro numa sessão de esclarecimento sobre o sistema de certificação ambiental no âmbito do Greening para explorações especializadas em milho ou tomate.

O processo ainda não foi aprovado pela Comissão Europeia e, de acordo com o GPP, só deverá ocorrer em fevereiro do próximo ano.


Joaquim Barreto lidera Comissão de Agricultura

BRAGA
2015-12-03visitas (411)comentários (0)


O deputado Joaquim Barreto, eleito pelo círculo de Braga na lista do Partido Socialista, assumiu a presidência da Comissão Permanente de Agricultura e Mar da Assembleia da República. Eleito por unanimidade dos seus pares, sucede no cargo a Luís Capoulas Santos, chamado a tutelar o Ministério da Agricultura no XXI Governo Constitucional.

'Além de ser uma honra substituir nestas funções o ministro Capoulas Santos, desde logo por se tratar de alguém com um invejável histórico político e de saber nesta área, temos que reconhecer que, no contexto, a liderança da Comissão Parlamentar é de grande responsabilidade, desde logo porque a Assembleia da República será, muito particularmente nesta legislatura, o centro do debate político', justifica o deputado, também presidente da Federação Distrital do PS/Braga.

À Comissão de Agricultura e Mar compete exercer competências e controlo político nas áreas tuteladas pelos ministérios da Agricultura e do Mar, nomeadamente nas políticas sectoriais de agricultura, pecuária, agroindústria, novos alimentos, desenvolvimento rural, silvicultura, florestas, incêndios florestais, implicações agrícolas da política ambiental, fileira do pescado, políticas de aproveitamento sustentável dos recursos dos mares e oceanos, protecção e recuperação dos ecossistemas marinhos, desenvolvimento da economia do mar e das indústrias marítimas, política agrícola e política marítima europeia, sem prejuízo d a competência da Comissão de Defesa Nacional relativamente aos assuntos do mar sob tutela do Ministério da Defesa Nacional, sector portuário, em conjunto com a 6.ª Comissão.

Entre os temas para esta legislatura, aquela comissão tem já agendadas para discussão a proposta de projeto de lei que altera o decreto-lei n.º 152/2014, de 15 de outubro, relativo à Casa do Douro, e uma outra que altera os prazos definidos na Lei n.º 26/2013, de 11 de abril, que regula as actividades de distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Tem para apreciar igualmente uma proposta de resolução que recomenda ao Governo a defesa de medidas comunitárias adicionais para a bovinicultura de leite.

A 7.ª Comissão é constituída por 25 membros efectivos (nove do PS, nove do PSD, dois do BE, dois do CDS/PP, um do PCP, um do PEV e um do PAN) e por 24 suplentes. Integra dirigentes dos vários partidos com representatividade nacional e distrital, entre outros o cabeça de lista do BE por Braga e o primeiro eleito do CDS na lista da "PàF" por Viana do Castelo, bem como o único deputado do PAN. O socialista e ex-autarca de Cabeceiras de Basto coordena igualmente o grupo de deputados do PS eleitos pelo Círculo de Braga e integra ainda, como efectivo, a 3.ª Comissão "de Defesa Nacional" e, como suplente, a 11.ª Comissão de "Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação".

Suinicultores pedem aos portugueses que apoiem produção nacional


LUSA 05/12/2015 - 18:20
Cerca de 200 profissionais do sector protestaram em Lisboa.


Cerca de 200 suinicultores juntaram-se frente ao Pavilhão de Portugal, em Lisboa, para chamar a atenção da opinião pública para crise que atravessa o sector e pedir que consuma carne nacional.

Segundo João Correia, um dos promotores da iniciativa, Portugal é deficitário na produção da carne de porco, mas os suinicultores têm dificuldade em escoar o produto.

O suinicultor queixou-se também do baixo preço que é pago aos produtores, explicando que os custos de produção ascendem actualmente a 1,50 euros por quilo enquanto esse mesmo quilo é vendido a um euro.

A situação é de tal forma dramática, alertou, que se corre o risco de ter de fechar 40% da produção nacional dentro de dois meses. Os suinicultores querem por isso chamar a atenção dos consumidores para "comerem o que é nosso" e pediram mais atenção a rotulagem.

Questionado sobre o que espera do trabalho do novo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, João Correia considera que se trata de uma pessoa muito preocupada e espera que obrigue a cumprir a rotulagem que entrou em vigor em Abril para identificar a carne de porco.

Alguns suinicultores dizem que nem todas as grandes superfícies estão a cumprir esta obrigação e revoltaram-se com o facto de ser sempre a carne de porco a servir de chamariz para as promoções. "É uma vergonha o que fazem à carne de porco portuguesa", indignou-se João Correia.

Depois da concentração, os suinicultores, que envergavam t-shirts com um desenho de um porco e o apelo "Coma o que é nosso", dirigiram-se ao hipermercado do Centro Comercial Vasco da Gama para fazer uma acção de sensibilização junto da população. No hipermercado compraram embalagens de carne de porco para mostrar à população que, quer em termos de preço ou de qualidade, vale a pena comprar a carne de porco nacional.

Estão registados em Portugal cerca de quatro mil suinicultores industriais, havendo no total quase 14 mil explorações.

Governo quer criar banco de terras com “património fundiário do Estado”

5/12/2015, 14:44

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, avançou que o Governo pretende criar um banco de terras onde irá colocar todo o património fundiário do Estado.

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O arrendamento terá um período inicial nunca inferior a sete a dez anos
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, avançou, este sábado, que o Governo pretende criar um "banco de terras" com "património fundiário do Estado", que está ao abandono ou com "utilizações menos adequadas", facilitando o retorno à terra de jovens qualificados e de novos agricultores.

"O que nos propomos fazer é criar um banco de terras onde possamos colocar todo o património fundiário do Estado", disse Capoulas Santos aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração da Feira Nacional de Agricultura Biológica — Terra Sã 2015, que decorre até domingo em Lisboa.

Na base desta iniciativa está a dificuldade no acesso à terra, apontado pelo ministro como um dos "principais problemas para o rejuvenescimento" do empresariado. Destacou também o facto de estar a haver "um retorno à terra de gente qualificada, com valores", que acredita que "este é um caminho com futuro, sendo por isso necessário "criar condições" para que esse acesso seja facilitado.

"O acesso à terra é um bem escasso e caro e nem todos têm a sorte de o obter por herança. Por isso, um dos propósitos que temos é criar condições para facilitar o acesso à terra a jovens e a novos agricultores, porque nem sempre os novos agricultores também são jovens", explicou Capoulas Santos.

Segundo o ministro da Agricultura, a iniciativa visa "dimensionar explorações em termos de dimensão, abrindo concursos", privilegiando o acesso para arrendamento aos jovens e aos novos produtores, entre os quais podem estar os que pretendem dedicar-se à agricultura biológica.

O arrendamento terá um período inicial nunca inferior a sete a dez anos. O objetivo é que no fim desse período, se houver uma comprovada boa gestão, o Estado possa vender esse património em condições acessíveis e em prestações, explicou Capoulas Santos.

"Esse dinheiro irá financiar um fundo de mobilização de terras que irá adquirir novas terras para, num círculo vicioso, as voltar a colocar no mercado de arrendamento" e voltar alimentar o fundo, adiantou.

"Será um processo interminável de aquisição, venda e arrendamento de terras em condições acessíveis àqueles que não têm condições de as obter no mercado", sustentou.

A criação do Banco de Terras fazia parte do programa eleitoral do Partido Socialista, que explicava este banco seria um "complemento" da Bolsa de Terras, criada pelo anterior Governo e que visa "dimensionar explorações economicamente viáveis, arrendá-las e vendê-las, após um período mínimo de comprovada boa gestão".

Produção de açúcar na UE pode aumentar cinco por cento com fim das quotas

 03-12-2015 
 

 
O fim do sistema de quota de açúcar em 2017 vai ter um impacto muito importante no mercado comunitário, de acordo com a informação "Perspectivas dos mercados agrícolas da União Europeia 2015-2025", publicada pela Comissão Europeia.

O preço do açúcar pode aproximar-se do valor do mercado mundial, pelo que o sector terá que ser mais competitivo e reduzir o incentivo dos operadores internacionais para exportar para a União Europeia (UE).

Apesar da tendência em baixa para os preços, a ausência das quotas veio aumentar a produção de açúcar, prevendo-se que se chegue a 18 milhões de toneladas de açúcar branco em 2025, ou seja, mais cinco por cento que a produção da UE antes da eliminação das quotas.

Para 2025, a Comissão Europeia espera que a UE se converta num exportador líquido de açúcar branco, principalmente para mercados de alto valor adicional.

Fonte: Agrodigital

Sever do Vouga comemora com gala os 25 anos da chegada do mirtilo

04-12-2015 

 
Sever do Vouga festeja a 12 de Dezembro as bodas de prata do mirtilo, cultura introduzida há 25 anos por uma fundação holandesa em terrenos de uma instituição de solidariedade que hoje conta com centenas de produtores.

A data vai ser assinalada dia 12, pelas 21:30 horas, com uma gala no Centro das Artes e do Espectáculo de Sever do Vouga, em que irão ser recordados os primeiros passos do mirtilo em Portugal, através de testemunhos dos primeiros produtores que em Sever do Vouga se lançaram na aventura da produção de mirtilos, em 1990.

O mirtilo foi introduzido em Portugal, no concelho de Sever do Vouga, em 1990 pela mão de técnicos holandeses da Fundação Lockorn. Nesse ano foram feitas experiências nos concelhos de Sever do Vouga e Trancoso, no sentido de determinar se possuíam as condições indicadas para a produção do mirtilo.

O concelho de Sever do Vouga revelou condições ideais que, associadas às características do solo e do microclima, permitiam a produção precoce do mirtilo.

A primeira experiência piloto ocorreu nuns terrenos da Fundação Bernardo Barbosa de Quadros, uma Instituição Particular de Solidariedade Social localizada na freguesia de Rocas do Vouga.

Pouco depois eram já 11 os produtores que se aventuraram nessa nova cultura, passando a 42 nos anos seguintes, estando atualmente a cultura do mirtilo espalhada de Norte a Sul do país.

No concelho de Sever do Vouga contam-se algumas centenas de produtores e o mirtilo e os produtos a ele associados são considerados um fator importante para a economia local e para o orçamento de muitas famílias.

Além do caráter festivo da gala, a iniciativa de assinalar as "bodas de prata" será uma ocasião «para ouvir os testemunhos de quem acreditou em novos caminhos para a agricultura de Sever do Vouga», em que a Câmara Municipal irá homenagear as entidades que estiveram na origem da produção do mirtilo em Sever do Vouga.

Fonte: Lusa

Insegurança alimentar atingirá pico em 2050

03-12-2015 
 

 
A insegurança alimentar atingirá um pico em 2050, apesar dos esforços para redução das emissões poluentes e adaptação às consequências do aquecimento global, indicou ontem o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, na cimeira do clima de Paris.

A causa prende-se com a «inércia do sistema climático», que faz com que as consequências da poluição se sintam várias décadas depois do momento em que ocorrem.

Uma ferramenta digital ontem apresentada pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), em colaboração com o centro britânico de meteorologia Hadley, após cinco anos de trabalho, simula os cenários possíveis em função dos esforços realizados para combater as alterações climáticas.

«As secas aumentam em cerca de 15 por cento o atraso do desenvolvimento físico; a escassez de água aumenta as possibilidades de conflito em cerca de 60 por cento; e as inundações multiplicam por 15 as mortes infantis», destacou a directora executiva do PAM, Ertharin Cousin.

Por essa razão, classificou como «vital» o novo instrumento para lutar contra estes perigos e conseguir alcançar o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável de fome zero em 2030.

O mapa mostra a insegurança alimentar nos Estados pobres de África, Ásia e América Latina em três momentos distintos, na actualidade, em 2050 e em 2080 e reúne pela primeira vez dados individualizados por país.

De acordo com a projecção, se se combinar a redução de emissões com uma boa adaptação aos efeitos climáticos adversos, em 2080 a insegurança alimentar diminuirá em relação ao momento actual e a 2050.

O investimento para a adaptação aos desafios climáticos não será suficiente se, ao mesmo tempo, os Estados não baixarem a emissão de gases poluentes, frisou o PAM.

A investigação assenta nos contributos nacionais e nos mais recentes estudos sobre os efeitos negativos das alterações climáticas. «A única forma de acabar com a insegurança alimentar é combinar a mitigação com a adaptação», resumiu a investigadora principal do Centro Hadley, Julia Slingo.

 

Fonte: Lusa, SOL

CE: Preços do trigo rondam os 190 euros a tonelada nos próximos dez anos

 03-12-2015 
 

 
O mercado global dos cereais leva vários anos com uma oferta recorde, o que tem vindo a acumular as existências e a uma redução dos preços desde o pico de 2012.

No entanto, em 2015, os preços dos cereais mantêm-se entre os 150 e 180 euros a tonelada, com uma procura sólida que tudo indica se mantenha a médio prazo, de acordo com a informação da Comissão Europeia "Perspectivas dos mercados agrícolas da União Europeia 2015-2025".

Na União Europeia (UE) a procura está dirigida fundamentalmente para o uso na alimentação animal. Prevê-se que a produção de cereais aumente até 320 milhões de toneladas em 2025, cujo crescimento está limitado pela redução da superfície cultivada e por uma quebra dos rendimentos.

A informação da Comissão Europeia (CE) reflecte a recuperação previsível dos stocks de milho desde o seu baixo nível actual e que as existências e trigo e cevada se mantenham acima das de 2012, durante o período em análise. Os preços permanecem relativamente baixos e em torno dos 190 euros a tonelada para o trigo.

Na próxima década, as oleaginosas experimentam um desenvolvimento devido à expansão da pecuária. Em consequência haverá mais importações de soja, enquanto prevê-se uma estabilização da produção interna de colza e de girassol em 28 milhões de toneladas em 2025.

Fonte: Agrodigital

Maria Antónia Figueiredo eleita vice-presidente da COGECA

03-12-2015 
 

 
A Engenheira Maria Antónia Figueiredo foi eleita para o cargo de vice-presidente da COGECA, para um mandato de três anos, de 2016 a 2018, na eleição da nova presidência, que decorreu esta quinta-feira, em Bruxelas.

A COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia) é a voz das Cooperativas Agrícolas europeias que tem como missão defender os interesses das Cooperativas Agrícolas e agro-alimentares da União Europeia (UE), e representa 22 mil cooperativas. A COGECA, da qual a CONFAGRI faz parte, tem como associadas 30 organizações de todos os Estados- membros.



O presidente da COGECA eleito é Thomas Magnusson , representante da Confederação de Cooperativas Suecas. A equipa eleita para a vice-presidência conta também com Thomas Memmert, da Confederação de Cooperativas da Alemanha, Vasileios Parolas, da Confederação de Cooperativas da Grécia e Martin Pycha, das Cooperativas da República Checa.

A agora eleita presidência tem como objectivos prioritários melhorar as políticas europeias com impacto directo nas cooperativas agrícolas, em especial no que diz respeito aos acordos comerciais a nível internacional, bem como garantir que a Politica Agrícola Comum (PAC) corresponda melhor às expectativas e necessidades das cooperativas agrícolas.

Melhorar a investigação e inovação na qual a bioeconomia será uma influência positiva e também combater as práticas desleais e abusivas ao longo da cadeia alimentar, de forma a garantir o seu melhor funcionamento. Desenvolver a rede de empresas cooperativas europeias e melhorar a comunicação sobre os benefícios das cooperativas agrícolas e a sua contribuição para o crescimento económico, são outros dos objectivos da nova presidência.

A Engenheira Maria Antónia Figueiredo tinha já ocupado o cargo da Vice- Presidência entre 2013 a 2015, tendo agora sido reeleita  pelo reconhecido  mérito do seu desempenho neste período.

Fonte: CONFAGRI

Novas orientações da CE sobre venda conjunta de azeite, carne de bovino e arvenses

  01-12-2015 
 

 
A Comissão Europeia adoptou novas orientações sobre como aplicar algumas excepções específicas agrícolas das normas de concorrência da União Europeia na venda de determinados produtos agrícolas.

As directrizes ajudam os agricultores europeus a entender como podem, com o cumprimento de determinadas condições, vender conjuntamente azeite, carne de bovino e culturas arvenses respeitando as normas de concorrência da União Europeia (UE). Os mercados europeus destes três produtos representam mais de 80 mil milhões de euros por ano.

A comissária europeia responsável pela concorrência, Margrethe Vestager, declarou que estas directrizes são um manual que explica aos agricultores como organizarem-se para venderem em conjunto os produtos indicados sem deixar de respeitar as normas de concorrência da UE. O objectivo é garantir que os agricultores europeus possam trabalhar juntos para continuarem a ser competitivos e terem poder de negociações frente aos compradores.

Phil Hogan, comissário europeu da Agricultura, afirmou que as novas orientações reforçam a posição colectiva dos agricultores na cadeia de fornecimento alimentar fixando normas claras e viáveis. Estas apoia os agricultores a neutralizarem os efeitos de uma concentração cada vez maior nas fases de transformações e venda da cadeia, considerando ser um passo importante para condições de concorrência realizáveis nos mercados agrícolas e na utilização dos instrumentos disponíveis na nova Política Agrícola Comum (PAC)

As novas normas complementam a reforma de 2013 da PAC, que introduziu uma séria de alterações nas regras sobre como podem cooperar os agricultores da UE O objectivo das medidas da reforma da PAC é aumentar a competitividade e sustentabilidade dos produtores comunitários e reforçar o seu poder de negociação.

As normas comuns de concorrência da UE proíbem os acordos para fixar preços ou outras condições comerciais ou distribuir os mercados, a menos que os acordos melhorem a produção ou a distribuição e reservem ao mesmo tempo aos usuários uma participação equitativa no benefício resultante. Estas normas de concorrência são aplicadas ao sector agrícola, com determinadas excepções específicas estabelecidas no regulamento de organização comum de mercados (OCM).

As directrizes tratam de três excepções motivadas pela eficiência que permitem aos produtores de azeite, carne de bovino e culturas arvenses vender e fixar preços, volumes e outras condições conjuntamente através de organizações reconhecidas, que cumprem determinadas condições, as quais serão publicadas em Diário Oficial da UE nos próximos dias.

 Fonte: Agrodigital