sábado, 14 de fevereiro de 2015

IFAP: PROGRAMAS DE INFORMAÇÃO E PROMOÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS - ABERTURA DE CONCURSO


Informa-se que se encontra aberto o período para apresentação de propostas para os Programas de Informação e Promoção de Produtos Agrícolas no Mercado Interno e Programas de Informação e Promoção de Produtos Agrícolas em Países Terceiros.

O prazo para apresentação de propostas termina no dia 28 de fevereiro de 2015, não se transferindo para o dia útil seguinte. Para efeitos de cumprimento do prazo, considera-se o registo de entrada da candidatura no IFAP, Rua Castilho, nº 45-51, 1269-163 Lisboa, ou o comprovativo do seu envio por correio registado, até essa data.

Informações adicionais podem ser obtidas no caderno de normas.

IFAP: PAGAMENTO ESPECÍFICO POR SUPERFÍCIE AO TOMATE PARA TRANSFORMAÇÃO


Nos termos do disposto no artigo 15.º e na Parte A do anexo I do Despacho Normativo nº 2/2015, de 14 de janeiro, o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP, I.P.), informa que foram aprovadas para participar no no regime de apoio associado "superfícies" para o setor do tomate para transformação designado por "Pagamento Específico por Superfície ao Tomate para Transformação", as seguintes empresas transformadoras de tomate:

CAMPIL - Agro-industrial do Campo do Tejo, Ld.ª
SUMOL+COMPAL MARCAS, SA
FIT - Fomento da Industria do Tomate, SA
ITALAGRO - Ind.Transformação Produtos Alimentares, SA
SUGAL- Indústrias de Alimentação, SA
TOMATAGRO - Industria Agroalimentar, Ld.ª
Sociedade Industrialização de Produtos Agrícolas - SOPRAGOL, SA
SUTOL - Industrias Alimentares, Ld.ª
Esta aprovação é válida para a campanha de 2015.

IFAP: DECLARAÇÕES DE EXISTÊNCIAS DE OVINOS E CAPRINOS

O IFAP atualizou a informação estatística relativa às declarações de existências de ovinos e caprinos para os anos de 2012, 2013 e 2014.

Esta informação pode ser consultada no menu Estatísticas do portal do IFAP.(http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_estatisticas)

USDA revê em alta previsões de colheita de cereais

12-02-2015 
  
A produção mundial de trigo na campanha 2014/2015 foi revista em alta, até um total de 725,03 milhões de toneladas, de acordo com a informação de previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América, correspondente ao mês de Fevereiro.

O valor previsto este mês aumenta 1,65 milhões de toneladas em relação a Janeiro devido às melhores colheitas previstas na Argentina, Cazaquistão, Turquia e na Ucrânia. A produção mundial para esta campanha está perto de nove milhões de toneladas acima da campanha passada.

O consumo mundial também foi revisto em alta, com mais 1,5 milhões de toneladas, devido à maior procura no Egipto e na Rússia, no entanto, as existências finais previstas são superiores, tendo aumentado de 196 milhões de toneladas em janeiro para 197,84 milhões em Fevereiro, o que supõe mais 10,38 milhões de toneladas frente à passada campanha.

Na União Europeia (UE), estima-se uma produção de trigo de 155,69 milhões de toneladas, mais 12,18 milhões, com existências de 16,32 milhões de toneladas, cerca de mais 5,7 milhões frente ao ano anterior.

Em relação ao milho, as previsões apontam para um novo recorde de produção com 991,29 milhões de toneladas, mais três milhões que a informação de Janeiro, em resposta à revisão em alta por um numeroso grupo de países, como a Argentina; Brasil; Ucrânia; Índia; União Europeia; Turquia e México. A nota em baixa foi dada pela Rússia, onde a produção diminuiu 500 mil toneladas.

O consumo de milho nos Estados Unidos da América (EUA) aumentou, passando de 300,88 para 302,15 milhões de toneladas, apesar da quebra do consumo de rações, devido a uma maior procura para produção de bioetanol. Este aumento da procura é inferior ao da oferta, pelo que os "stocks" finais da campanha passam de 189,15 para 189,64 milhões de toneladas.

Tanto no trigo como no milho a revisão em alta para as produções e das existências exerceu um efeito de baixa nos mercados. Para a soja, estima-se uma produção mundial de 315,16 milhões de toneladas, o que supõe um aumento de 31 milhões em comparação à campanha anterior. O crescimento do consumo em 15 milhões de toneladas leva a uma descida das existências finais, das 90,78 milhões de toneladas na campanha passada para 89,26 milhões na actual campanha.

Fonte: Agrodigital

França: Nova classificação de trigo branco

13-02-2015 
  
A interprofissional francesa de cereais, a Intercéréales, acordou uma nova classificação de trigo branco para responder às necessidades do mercado.

O acordo, a aplicar de forma voluntária a partir de 01 de Julho de 2015, enquadra-se no plano de proteínas e de Estratégia 2025. As quatro classes de classificação são o Premium 0 A1; Superior 0 A2; Medium 0 A3 e o Access 0 A4.

Fonte: Agrodigital

USDA revê em alta previsões de colheita de cereais

 12-02-2015 
  
A produção mundial de trigo na campanha 2014/2015 foi revista em alta, até um total de 725,03 milhões de toneladas, de acordo com a informação de previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América, correspondente ao mês de Fevereiro.

O valor previsto este mês aumenta 1,65 milhões de toneladas em relação a Janeiro devido às melhores colheitas previstas na Argentina, Cazaquistão, Turquia e na Ucrânia. A produção mundial para esta campanha está perto de nove milhões de toneladas acima da campanha passada.

O consumo mundial também foi revisto em alta, com mais 1,5 milhões de toneladas, devido à maior procura no Egipto e na Rússia, no entanto, as existências finais previstas são superiores, tendo aumentado de 196 milhões de toneladas em janeiro para 197,84 milhões em Fevereiro, o que supõe mais 10,38 milhões de toneladas frente à passada campanha.

Na União Europeia (UE), estima-se uma produção de trigo de 155,69 milhões de toneladas, mais 12,18 milhões, com existências de 16,32 milhões de toneladas, cerca de mais 5,7 milhões frente ao ano anterior.

Em relação ao milho, as previsões apontam para um novo recorde de produção com 991,29 milhões de toneladas, mais três milhões que a informação de Janeiro, em resposta à revisão em alta por um numeroso grupo de países, como a Argentina; Brasil; Ucrânia; Índia; União Europeia; Turquia e México. A nota em baixa foi dada pela Rússia, onde a produção diminuiu 500 mil toneladas.

O consumo de milho nos Estados Unidos da América (EUA) aumentou, passando de 300,88 para 302,15 milhões de toneladas, apesar da quebra do consumo de rações, devido a uma maior procura para produção de bioetanol. Este aumento da procura é inferior ao da oferta, pelo que os "stocks" finais da campanha passam de 189,15 para 189,64 milhões de toneladas.

Tanto no trigo como no milho a revisão em alta para as produções e das existências exerceu um efeito de baixa nos mercados. Para a soja, estima-se uma produção mundial de 315,16 milhões de toneladas, o que supõe um aumento de 31 milhões em comparação à campanha anterior. O crescimento do consumo em 15 milhões de toneladas leva a uma descida das existências finais, das 90,78 milhões de toneladas na campanha passada para 89,26 milhões na actual campanha.

Fonte: Agrodigital

Presidente da República diz que milho é estratégico e que sector deve aumentar produção

11-02-2015 
 

 
O Presidente da República disse que o milho é um sector estratégico da economia portuguesa, defendendo que o aumento da produção é o maior desafio que enfrenta.

«O milho apresenta-se hoje, mais do que nunca, como um sector agrícola estratégico da economia portuguesa, num momento em que o desenvolvimento da nossa agricultura e o equilíbrio da balança externa são objectivos nacionais claramente assumidos», afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na sessão de abertura do X Congresso Nacional do Milho, que decorre num hotel de Lisboa.

Lembrando que o milho representa 80 por cento da produção de cereais em Portugal, Cavaco Silva defendeu que a sua importância surge ainda reforçada pelo facto do país ser tradicionalmente deficitário nesta cultura.

Por isso, frisou, impõe-se «um olhar mais atento sobre o investimento ao nível da produção», sendo o aumento para produção o maior desafio que o sector do milho enfrenta.

O chefe de Estado destacou ainda a necessidade de se promover um bom aproveitamento dos fundos comunitários, «adequando a nova condicionalidade de 30 por cento das ajudas directas a medidas ambientais de diferentes sectores agrícolas e implementando um programa de desenvolvimento rural adaptado às potencialidades de cada um». «O equilíbrio da nossa balança comercial de produtos alimentares em 2020 é uma meta ambiciosa, mas não impossível», acrescentou.

Na sua intervenção, Cavaco Silva dedicou também algumas palavras aos agricultores «como agentes activos da recuperação da economia nacional», notando que são «credores do respeito e apreço dos portugueses». Além disso, continuou, «os produtores já mostraram que sabem produzir e produzir bem».

«Dificuldades e constrangimentos existirão sempre. O sucesso está em converter as dificuldades em desafios, os desafios em metas e as metas em conquistas. É isso, justamente, que o sector do milho tem vindo a realizar», sustentou.

Fonte: Lusa

Produtores de milho preocupados com volatilidade das cotações e queda de preços

 10-02-2015 
 

 
Os produtores de milho estão preocupados com a volatilidade das cotações no mercado internacional, que penalizou «seriamente» o rendimento dos agricultores, e temem o impacto das futuras decisões nacionais no âmbito da Política Agrícola Comum.

Na véspera do X Congresso do Milho, que vai reunir em Lisboa cerca de 600 produtores e especialistas, o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS), salientou que a crescente volatilidade dos mercados de cereais implicou uma quebra de cerca de 25 por cento nos preços do milho em apenas três campanhas agrícolas.

«O rendimento dos produtores nacionais foi seriamente penalizado, passando de um preço médio de 225 euros por tonelada, em 2012, para 170 euros por tonelada em 2014», destacou Luís Vasconcellos e Souza numa resposta enviada à Agência Lusa.

O presidente da ANPROMIS mostrou-se igualmente apreensivo face às decisões do Ministério da Agricultura que passam pelo apoio a determinadas fileiras no âmbito do 1.º pilar da Política Agrícola Comum (PAC) em detrimento da do milho.

Uma opção que, segundo Luís Vasconcellos e Souza, «coloca em causa a tão reconhecida competitividade técnica dos produtores nacionais de milho e suas organizações».

Também as decisões nacionais relativas ao "greening", um pagamento que obriga os agricultores a cumprirem uma série de regras ambientais «constitui um factor de grande preocupação para a APROMIS, pois inviabiliza o cultivo do milho em certas regiões do país, muitas delas onde a agricultura é mais competitiva».

A área de milho em Portugal decresceu sete por cento entre 2013 e 2014, pela primeira vez desde 2010, passando de 146.719 para 136.644 hectares, segundo os dados recolhidos pela ANPROMIS.

A produção de milho teve uma redução menos acentuada, segundo estimativas da associação, passando de 932 mil toneladas em 2013 para 914 mil toneladas no ano passado.

O milho é o cereal mais cultivado em Portugal, preenchendo quase o dobro dos hectares ocupados pelo trigo, de 77.557 hectares em 2014. No entanto, a produção nacional abastece apenas 29 por cento da procura. O resto é importado, maioritariamente da Ucrânia.

O X Congresso Nacional do Milho, que se realiza na quarta e quinta-feira, terá o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva na sessão de abertura e o ex-Ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, num debate sobre "o futuro de Portugal e o sistema político".

O encerramento será feito pela ministra da Agricultura e do Mar Assunção Cristas que abordará as futuras decisões nacionais no âmbito da nova PAC.

Fonte: Lusa

Plano francês para duplicar produção de trigo na próxima década

10-02-2015 
 

 
A Associação francesa de produtores de trigo anunciou um plano para conseguir duplicar a sua produção de trigo duro e passar de 1,5 milhões de toneladas em 2014 para 3 a 3,5 milhões em 2025.

A França perdeu 20 mil hectares de culturas de trigo duro em quatro anos, sendo que em 2012 a produção deste cereal foi de 2,4 milhões de toneladas. Na campanha de 2015 já se registou um aumento de 13 por cento frente ao ano anterior, apesar da superfícies cultivada ser 33 por cento inferior há de dois anos.

O plano espera reforçar a transformação sobre o território nacional, assegurando uma quantidade de 0,5 a 0,7 milhões de toneladas destinadas ao consumo interno. A contratualização pode ser um elemento muito importante dentro do plano, o qual será apresentando no próximo dia 30 de Março.

Fonte: Agrodigital

FAO e Instituto Suíço de Bioinformática juntos contra a gripe das aves e febre aftosa

12-02-2015 
 

 
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação elegeu o Instituto Suíço de Bioinformática como centro de referência para ampliar o seu aceso a tecnologias mais avançadas na luta contra as infecções virais perigosas em animais de criação e selvagens, incluindo a gripe das aves e a febre aftosa.

 O Instituto Suíço de Bioinformática (SIB) está equipado com computadores de alto desempenho, programas informáticos, bases de dados e conhecimento usado para a detecção e seguimento de doenças zoonóticas. Estas, como a gripe das aves, afectam os animais, mas também podem transmitir-se às pessoas.

A trabalharem em estreita colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os especialistas do SIB desenvolveram ferramentas para melhorar a detecção precoce e os sistemas de alerta rápido de forma a prevenir e responder às emergências de doenças transfronteiriças em aves de explorações ou gado.

«A nova tecnologia ajuda a entender as ameaças biológicas de forma a ajudar os países a prevenir e responder melhor e, em última estância, proteger a saúde dos seres humanos, os animais e o ambiente» assegurou o chefe do Serviço Veterinário da FAO, Juan Lubroth.

O SIB é especialista em bioinformátiva, uma ciência relativamente nova, que utiliza computadores para estudar dados biológicos. Os cientistas usam a bioinformátiva para reunir, processar e analisar informação sobre os genomas de patógenos: o material genético próprio de micro-organismos específicos, como vírus, bactérias e fungos que causam doenças nos seus portadores.

As novas tecnologias têm um papel importante na compreensão da natureza e a dinâmica das ameaças biológicas e a FAO, em colaboração com a SIB, desenvolveu cursos de aprendizagem em linha sobre bioinformática em patógenos virais que podem ajudar os técnicos de laboratório, médicos e veterinários de todo o mundo a melhorar o seu trabalho e aumentar o acesso a este campo emergente.

A base de dados do SIB oferece informação ao Sistema mundial de informação da FAO sobre doenças de animais (EMPRES-i) e aplicação na Web que dá acesso aos serviços veterinários a informação sobre doenças a nível regional e mundial.

Em particular, as bases de dados do SIB disponíveis em OpenFlu-ya vinculadas a EMPRES-i e que combinam informação virológica e epidemiológica em OpenFMD, proporcionam recursos sobre o vírus da gripe das aves e febre aftosa, respectivamente, o que funciona como uma ferramenta de ajuda para os cientistas de países em desenvolvimento contribuírem directamente para a base mundial de conhecimentos sobre estas doenças e avaliar adequadamente o risco que representam para os seus países.

Os Centros de referência da FAO são considerados de excelência na prestação de aconselhamento científico e técnico em temas relacionados com o mandato da organização. A FAO identificou 18 áreas técnicas paras as quais são necessárias a colaboração dos Centros de referência.

Fonte: Agrodigital

Danone e Mars criam fundo para ajudar pequenos agricultores


por Ana Rita Costa
9 de Fevereiro - 2015

As multinacionais Danone e Mars uniram esforços para criar um fundo de investimento internacional cujo objetivo será apoiar 200 000 pequenos agricultores e cerca de dois milhões de pessoas a impulsionar a sustentabilidade dos seus cultivos, segundo um comunicado divulgado pelas empresas.

 
Intitulada de Livelihoods 3F, esta iniciativa prevê investir cerca de 120 milhões de euros nos próximos dez anos para implementar projetos de sustentabilidade em África, Ásia e América Latina.

O fundo ajudará as empresas e pequenos agricultores a adquirir os materiais de que necessitam para produzir de forma mais sustentável. "Uma agricultura verdadeiramente sustentável só pode ser alcançada se formos capazes de desenvolver estratégias diferentes, combinando objetivos económicos, ambientais e sociais", explicou o presidente da Danone, Franck Riboud.

Victoria B. Mars, presidente da Mars, explicou ainda que a iniciativa fará prosperar as pequenas comunidades de agricultores.

Cavaco Silva diz que “equilíbrio da balança comercial em produtos alimentares não é impossível”


por Ana Rita Costa
12 de Fevereiro - 2015

O X Congresso do Milho arrancou ontem (11 de fevereiro) em Lisboa, no Hotel Altis, e foi marcado pela presença de Cavaco Silva, Presidente da República, que defendeu que "o equilíbrio da nossa balança comercial de produtos alimentares em 2020 é uma meta ambiciosa, mas não impossível." O chefe de Estado aproveitou ainda a oportunidade para apelar ao aumento da produção, acrescentando que "necessitamos mais do que produzimos e produzimos menos do que importamos."

 
Para Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis, "a crescente importância que a agricultura tem vindo a adquirir, enquanto fator de criação de valor acrescentado na economia, é hoje uma realidade indiscutível. Este é um dos sectores que mais poderá contribuir para o crescimento de um país e para o equilíbrio da sua balança comercial. É fundamental valorizar o sector e fazer dele uma preocupação não apenas dos agricultores mas sim de toda a sociedade."

Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal, também esteve presente e explicou que em 2050, a população ascenderá a 9,2 mil milhões, o que irá provocar um procura por alimentos "para a qual não estamos preparados para responder". Segundo Muteia, "a produção agrícola terá de aumentar em 60% para responder à procura de alimentos que andarão na ordem dos 3 mil milhões de toneladas de cereais e 470 milhões de toneladas de carne."

O X Congresso do Milho termina hoje (12 de fevereiro) com o encerramento a cargo de Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar.

Governo garante prémio até 31 mil euros para atrair jovens agricultores


São considerados jovens agricultores indivíduos que, à data da apresentação da candidatura do respetivo projeto de investimento, tenham idade compreendida entre os 18 e os 40 anos, inclusive, e se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola.

Vítor Andrade |
17:50 Quinta feira, 12 de fevereiro de 2015

Governo garante prémio até 31 mil euros para atrair jovens agricultores
O Governo diz que está empenhado em contribuir para o rejuvenescimento do sector agrícola em Portugal, razão pela qual acaba de ser aprovado um novo regime de apoios monetários ao investimento protagonizado por jovens agricultores, que pode variar entre os 15 mil e os 31.250 euros - para projetos de pelo menos 55 mil euros.

A portaria que regulamenta esta medida foi publicada esta quinta-feira em "Diário da República" e a sua entrada em vigor está prevista para o próximo dia 23 de fevereiro.

Para o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, "trata-se de uma medida muito emblemática e que incentivará a entrada de jovens no sector". "Considero que estão reunidas todas as condições para assistirmos a uma renovação do sector agrícola, pois por um lado temos jovens cada vez mais interessados em ingressar na agricultura e por outro temos um PDR 2020 já a funcionar e com medidas abertas, o que permite que o investimento seja contínuo."

De acordo com o Governo, Portugal é, desta forma, o primeiro país da União Europeia a abrir uma medida de apoio à intalação de jovens agricultores no âmbito do PDR 2014 - 2020, que substitui o antigo Proder - Programa de Desenvolvimento Rural.

A secretaria de Estado da Agricultura refere que o jovem agricultor "deve assumir o compromisso de recorrer ao aconselhamento agrícola ou a uma formação-ação quando não possuir habilitações nos domínios da agricultura através de curso superior ou técnico-profissional".

Por outro lado, os jovens agricultores terão acesso específico e prioritário aos apoios ao investimento, bem como taxas de apoio superiores (majoração).

São considerados jovens agricultores indivíduos que, à data da apresentação da candidatura do respetivo projeto de investimento, tenham idade compreendida entre os 18 e os 40 anos, inclusive, e se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola.


Marks & Spencer faz sapatos a partir de cascas de arroz, garrafas e borras de café


por Ana Rita Costa
10 de Fevereiro - 2015

A retalhista Marks & Spencer (M&S) tem vindo a desenvolver um projeto de calçado sustentável e apresentou recentemente uma nova marca de sapatos, a Footglove Earth, uma linha de sapatos feitos a partir de cascas de arroz, garrafas de plástico e borras de café.

 
Segundo a marca, metade dos materiais do sapato são formados a partir de garrafas de plástico reciclado, 57% do forro provém de borras de café e as solas flexíveis consistem em 35% de borracha natural e 10% de cascas de arroz.

 "Esperamos que os nossos clientes se preocupem tanto como nós no que toca aos produtos com consciência ecológica e saibam que estão a fazer a diferença para o ambiente quando usam os nossos sapatos Footglove Earth", explicou no blog da M&S Rachel Pedley, especialista em tecnologia para calçado da empresa.

Todos os componentes individuais dos sapatos foram adquiridos junto de fornecedores que os desenvolveram a partir de resíduos reciclados pelos consumidores ou de formas sustentáveis. 

Milhares de agricultores abrangidos pelo novo regime de IVA


por Ana Rita Costa
10 de Fevereiro - 2015

São cerca de 130 000 os agricultores que por serem isentos não podiam deduzir IVA pago na compra de fatores de produção e que agora vão poder beneficiar de um novo regime forfetário deste imposto. A notícia foi avançada por Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, numa sessão de divulgação do novo regime que decorreu no CNEMA, em Santarém.

 
Segundo o secretário de Estado, os pequenos agricultores que aderirem a este novo regime vão poder beneficiar de uma compensação correspondente a 6% do total das suas vendas até um montante de 600 euros anuais.

"Com esta medida, os agricultores com explorações de menor dimensão (com um volume de negócios anual até 10 000 euros) poderão contar com um importante contributo na redução dos seus custos de produção e, consequentemente, com um aumento do seu rendimento disponível", explicou Paulo Núncio.

Esta medida vai permitir que o valor seja calculado automaticamente com base nas faturas comunicadas e que o pedido de compensação seja completamente pré preenchido pela administração fiscal.

O novo regime resulta de uma imposição comunitária e Portugal é já o 18º país a aplicar a medida.

Preços dos cereais voltam a baixar em Espanha


por Ana Rita Costa
10 de Fevereiro - 2015

Os preços dos cereais no comércio grossista voltaram a baixar na passada semana em Espanha, seguindo a tendência verificada também a nível internacional.

 
De acordo com a Associação de Comércio de Cereais e Oleaginosas de Espanha (ACCOE), no comércio grossista do país, o preço do trigo duro foi o que mais baixou, sofrendo uma quebra de 12 euros por tonelada e fixando-se agora nos 358 euros por tonelada. Já o preço do trigo mole caiu 1,8 euros por tonelada, para 192,48 euros por tonelada, e o preço do milho desceu 0,97 euros por tonelada para 173,38 euros por tonelada.

Sabe que tendências vão influenciar o setor agroalimentar?


por Ana Rita Costa
10 de Fevereiro - 2015
A PortugalFoods reuniu recentemente os seus associados para apresentar-lhes as dez grandes tendências mundiais que vão influenciar o setor agroalimentar no ano de 2015.

 
A análise foi feita pela consultora Innova e inclui mudanças no comportamento dos consumidores e nas estratégias comerciais da indústria agroalimentar:

1-      Etiquetas mais claras: Durante este ano, os alimentos biológicos, naturais e sem conservantes vão continuar a ganhar força. Assim, os selos e certificações serão impressos em áreas mais visíveis das embalagens para divulgar com maior transparência os atributos dos produtos;

2-      Alimentação cómoda: Os consumidores vão continuar a procurar refeições e alimentos fáceis de preparar, embora não estejam dispostos a abdicar da qualidade;

3-      Inovar para os 'Millennials': Os jovens entre os 15 e os 35 anos vão estar cada vez mais conscientes dos hábitos alimentares saudáveis e vão querer compreender e conhecer tudo o que está por detrás das marcas que compram. Mais informados e conectados, estes consumidores vão querer experimentar produtos novos, independentemente da marca;

4-      Snacks saudáveis: Os snacks saudáveis, produzidos a partir de frutas e legumes, vão estar cada vez mais na moda e alguns vão ambicionar substituir as sobremesas depois das refeições;

5-      Açúcar e gorduras vão ser olhados de outra forma: Os consumidores continuam a recear os açúcares e as gorduras pelos seus efeitos nocivos na saúde. No entanto, este ano, haverá uma tendência para olhar para estes elementos como positivos para a saúde, desde que nas quantidades certas.

6-      Proteínas vão ser cada vez mais procuradas: Estão a aparecer com cada vez mais frequência novas fontes de proteína, com o crescimento do consumo de algas, insetos e alguns "superalimentos", como a chia e a quinoa. As proteínas animais vão ser cada vez menos procuradas, tendência que vai ao encontro de movimentos de proteção dos animais que vão surgindo um pouco por todo o lado;

7-      Inovação à base de fruta: A fruta será cada vez mais a fonte de inspiração para inovar no setor agroalimentar, quer seja em snacks ou iogurtes e sumos.

8-      Alimentos congelados: O consumidor vai começar a olhar para os alimentos congelados de outra forma, sobretudo, devido ao facto de conservarem as propriedades nutricionais e por ser convenientes;

9-      Marcas de distribuição vão ser mais valorizadas: As marcas de distribuição vão ser cada vez mais valorizadas e vão deixar de ser conotadas como produtos se baixa qualidade;

10-    Textura crocante: Por fim, em 2015, os consumidores vão valorizar cada vez mais a textura dos alimentos que consomem, para além do sabor e dos ingredientes que possuem.

Madeira tem 207 ME até 2020 para Programa de Desenvolvimento Rural

13-02-2015 
    
A região autónoma da Madeira vai aplicar 207 milhões de euros até 2020 através de um Programa de Desenvolvimento Rural aprovado hoje pela Comissão Europeia que tem como «principal prioridade» a recuperação e preservação de ecossistemas.

O Programa de Desenvolvimento Rural da Madeira (PRODERAM) para o período de programação orçamental europeu 2014-2020, conta com 179 milhões de euros do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e mais 25 milhões de verbas regionais.

Os objectivos deste programa passam pelo aumento da «sustentabilidade agrícola e rural», melhorando a competitividade da produção local tradicional, e pela «sustentabilidade ambiental», sendo a «principal prioridade» da Madeira a preservação e recuperação de ecossistemas, segundo a informação divulgada por Bruxelas.

A Madeira quer, assim, através do PRODERAM, «aumentar a qualidade de produtos tradicionais chave, como o vinho, frutas subtropicais e flores e estimular a inovação».

Por outro lado, vai tentar melhorar a sustentabilidade do sector agro-florestal e das zonas rurais dando prioridade à florestação e outras medidas relacionadas com a floresta que visam conciliar a protecção ambiental com uma actividade económica sustentável. «Ao mesmo tempo, o programa vai apoiar o combate a espécies invasoras, que são uma ameaça real ao ecossistema da região», destaca a Comissão Europeia.

Através do PRODERAM 2014-2020, a Madeira vai apoiar a modernização e reestruturação de mil explorações agrícolas, 7,5 por cento do total, cerca de dois mil agricultores terão acesso a formação e 60 jovens agricultores receberão apoios.

No que toca à recuperação, preservação e melhoria de ecossistemas agrícolas e florestais, a região prevê apoiar e promover práticas amigas do ambiente como a agricultura biológica.

Cerca de 18 por cento da área agrícola da Madeira deverá receber apoios relacionados com a biodiversidade e a preservação de paisagens naturais, 30 por cento apoios para a boa gestão da água e outros 30 por cento de ajudas para a gestão de solos.

O PRODERAM pretende também promover a eficiência dos recursos e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono e com capacidade para enfrentar as alterações climáticas na área agro-florestal e alimentar. Neste caso, um dos objectivos é que 39 por cento do total de terrenos irrigados passem a ter sistemas de rega mais eficientes.

Segundo a Comissão Europeia, a Madeira vai também dar «apoio especial» a projectos que promovam a eficiência energética e a produção e utilização de energias renováveis.

Por outro lado, sete por cento dos fundos do PRODERAM destinam-se a iniciativas que visam a criação de 100 novos postos de trabalho e a melhoria das condições de vida das populações rurais. O Programa de Desenvolvimento Rural da Madeira anterior, que terminou em 2013, teve uma dotação de cerca de 205 milhões de euros.

Fonte: Lusa

Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores até 2020 com dotação de 340 ME

13-02-2015 
  
O Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores até 2020 (Prorural+), hoje aprovado pela Comissão Europeia, tem uma dotação global de 340 milhões de euros e tem como principal objectivo aumentar a sustentabilidade do sector agro-florestal no arquipélago.

O Prorural+, relativo ao período de programação orçamental europeu 2014-2020, foi hoje aprovado pela Comissão Europeia e soma 295 milhões de euros do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e mais 45 milhões de verbas regionais.

«O principal objectivo é melhorar a sustentabilidade do sector agro-florestal através do aumento da competitividade da produção agrícola local, reforçando ao mesmo tempo a preservação e recuperação ambiental e das paisagens tradicionais», afirma a Comissão Europeia.

Através do Prorural+, os Açores pretendem, até 2020, apoiar a modernização e reestruturação de cerca de mil explorações agrícolas, sete por cento do total que existe na região, proporcionar formação a 1.700 pessoas e promover a renovação geracional dos produtores através do apoio a 187 jovens agricultores.

Por outro lado, e no âmbito da gestão de recursos naturais, a região quer melhorar a utilização dos solos e/ou prevenir a sua erosão, pretendendo abranger o Prorural+ 70 mil hectares com esse objectivo.

Segundo destaca ainda a Comissão Europeia, sete por cento dos fundos do Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores até 2020 destinam-se a iniciativas que visam a criação de 80 novos postos de trabalho e a melhoria das condições de vida das populações rurais.

A promoção da competitividade do sector agrícola e agro-industrial absorve 44 por cento dos fundos do Prorual+, enquanto outros 44 por cento estão destinados à recuperação, preservação e melhoria dos ecossistemas relacionados com a agricultura e as florestas.

Neste último caso, os fundos serão preferencialmente destinados a compensar os agricultores açorianos dos custos adicionais associados à produção regional, por causa das especificidades naturais da região, assim como a apoiar investimentos florestais considerados amigos do ambiente.

Assim, o Prorural+ pretende abranger 23 por cento da área agrícola dos Açores com apoios à biodiversidade, 23 pontos percentuais (p.p.) com ajudas à gestão da água e 58 p.p. com apoios à gestão de solos.

O Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores anterior (Prorual, que terminou em 2013) teve uma dotação de 322 milhões de euros.

Fonte: Lusa

Essência do Vinho 2015 aposta nas provas de moscatel, Porto e outros

13-02-2015 

 
As provas comentadas de vinhos moscatel, do Porto e de outras proveniências, destacam-se no programa da 12.ª edição da Essência do Vinho, que se realiza de 26 de Fevereiro a 01 de Março, no Palácio da Bolsa, Porto.

A organização, da empresa Essência do Vinho (EV), em parceria com a Associação Comercial do Porto, adiantou à agência Lusa que vão estar no certame 362 produtores, «um recorde», e mais de três mil vinhos.

Um dos pontos altos será a prova "Donald Ziraldo, do Canadá ao Douro", logo no dia inaugural. Aquele enólogo canadiano propõe-se combinar os vinhos de gelo produzidos no seu país com os que agora também elabora no Douro, na propriedade Senhora do Convento, em Tabuaço. Os vinhos de gelo são feitos de uvas colhidas em pleno inverno, em Dezembro e em Fevereiro, congelando devido às baixas temperaturas.

A Essência do Vinho mantém no seu programa a prova "Top 10 Vinhos Portugueses", iniciada em 2006. Neste caso, «mais de 40 especialistas estrangeiros e portugueses» avaliarão vinhos tintos, brancos e fortificados pré-seleccionados pela revista WINE - A Essência do Vinho, disse à Lusa um dos directores da empresa organizadora, Nuno Pires.

A avaliação, em formato prova cega, terá lugar dia 26, de manhã, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, os dez vinhos vencedores serão conhecidos no dia seguinte. Nuno Pires disse que a prova "Top 10 Vinhos Portugueses" pretende «mostrar que Portugal possui grandes vinhos», tendo hoje, neste sector, «uma imagem de qualidade».

A propósito, o responsável salientou que 2014 foi «um bom ano para o vinho e lembrou que a revista americana Wine Spectactor considerou o vinho do Porto Dow's Vintage 2011 o melhor do ano, premiando-o com 99 pontos em 100. A mesma publicação colocou o Chryseia 2001 no terceiro lugar e o Quinta do Vale Meão no quarto posto.

Os dados oficiais sobre 2014 ainda não são conhecidos, mas Nuno Pires disse que tudo leva a crer que, «pelo quinto ano consecutivo, as exportações de vinho português cresceram». «O preço médio por litro também tem vindo a aumentar», realçou igualmente, reforçando que Portugal «afirmou-se como país de qualidade».

A Essência do Vinho 2015 ambiciona vincar essa imagem, segundo Nuno Pires, e mais uma vez aposta forte nas provas comentadas. Uma delas é a prova "Moscatéis de Sonho", no primeiro dia, na qual estará presente o vinho do ano para a revista Wine, o José Maria da Fonseca Moscatel Superior 2011.

Destaque ainda para uma prova de sete vinhos do Porto vintage da casa Fonseca Guimaraens, que este ano completa 200 anos. Um desses vinhos será o de 1994, que a revista a Wine Spectactor premiou com 100 pontos.

A programação paralela do evento inclui anda "harmonizações" entre vinhos e comida, uma por dia, asseguradas pelos chefes com estrelas Michelin João Rodrigues, Pedro Lemos, Ricardo Costa e Vítor Matos.

Para incentivar o consumo de vinho português, «a Essência do Vinho promove uma campanha junto de 100 restaurantes do Grande Porto» entre os dias 16 e 26, frisou ainda Nuno Pires

Nos espaços aderentes, os clientes que pedirem uma garrafa de vinho português terão um desconto de 13 euros no bilhete de entrada na Essência do Vinho, que custa 20 euros por dia.

Fonte: Lusa

Copa-Cogeca demite-se da Plataforma de alerta da UE relativa a ataques de animais carnívoros às explorações

13-02-2015 
 

 
O Copa-Cogeca retirou-se da plataforma de alerta da União Europeia relativa aos ataques de animais carnívoros, como lobos, aos rebanhos. O objectivo desta plataforma era resolver os conflitos sobre esta situação que afecta os agricultores.

A plataforma tinha como objectivo resolver o problema de ataques de grandes carnívoros, como lobos e ursos, entre outros, a rebanhos, o que ameaça a subsistência dos agricultores, no entanto estas preocupações são ignoradas pela Comissão.

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que «a Comissão Europeia não deu ouvidos às advertências da comunidade agrícola, pelo que a organização decidiu demitir-se da Plataforma sobre a coexistência entre os seres humanos e os grandes carnívoros, à qual aderiu por acreditar conseguir dar respostas aos agricultores».

A plataforma centra-se nas boas práticas para a conservação de carnívoros de grande porte em vez de procurar e identificar soluções para melhorar a situação para as pessoas que vivem nas zonas rurais, o que o Copa-Cogeca considera como inaceitável. Os ataques às explorações de gado continuam a aumentar, em particular em países como a França, Finlândia e Suécia, o que causa graves danos na produção e perdas de rendimento, ameaçando os meios de subsistência dos agricultores.

Fonte: Copa-Cogeca

PE quer que indicação da origem da carne passe a ser obrigatória

11-02-2015 
 

 
A origem da carne em alimentos transformados, como a utilizada nas lasanhas, deve ser obrigatoriamente indicada no rótulo desses produtos para informar melhor os consumidores e assegurar uma maior transparência em toda a cadeia alimentar, defende o Parlamento Europeu.

Os eurodeputados instam a Comissão a apresentar propostas legislativas nesse sentido, evitando contudo encargos financeiros e administrativos excessivos. Estima-se em 30-50 por cento, conforme o país da União Europeia (UE) em causa, o volume total da carne abatida transformado em ingredientes à base de carne para géneros alimentícios, principalmente em carne picada, preparados de carne e produtos à base de carne.

Os recentes escândalos alimentares, como a substituição fraudulenta da carne de bovino por carne de cavalo, mostraram que os consumidores europeus querem disposições mais rigorosas sobre rastreabilidade e informação ao consumidor.

Mais de 90 por cento dos consumidores consideram importante que o rótulo indique a origem dos produtos à base de carne transformados, segundo um inquérito realizado em 2013.

«A indicação da origem da carne utilizada como ingrediente em alimentos transformados ajudará a garantir uma melhor rastreabilidade ao longo da cadeia de abastecimento alimentar, relações mais estáveis entre os fornecedores e os transformadores de carne e uma maior diligência por parte dos operadores do setor alimentar na escolha dos respetivos fornecedores e produtos», afirma o Parlamento Europeu (PE) numa resolução aprovada por 460 votos a favor, 204 contra e 33 abstenções.

O PE recomenda, no entanto, que a questão dos custos da rotulagem com a indicação do país de origem seja examinada de forma mais aprofundada, para «obter uma imagem mais clara dos possíveis efeitos sobre os preços».

Os eurodeputados salientam que os requisitos obrigatórios de rotulagem devem ter em conta os encargos administrativos para os operadores do sector alimentar e para as autoridades responsáveis pela aplicação dessas regras, recordando que 90 por cento das empresas do sector da transformação de carne são Pequenas e Médias Empresas (PME).

O PE está preocupado com o impacto potencial que a fraude relacionada com os alimentos possa ter na segurança alimentar, na saúde dos consumidores, na confiança dos mesmos, no funcionamento da cadeia alimentar e na estabilidade dos preços agrícolas, instando a que este tipo de fraude seja enfrentado com «carácter prioritário».

Disposições mais rigorosas em matéria de rastreabilidade também permitiriam às autoridades investigar de forma mais eficaz os incidentes relativos a fraudes alimentares, conclui o PE.

A indicação de origem já é obrigatória na UE para a carne de bovino não transformada e os produtos à base de carne de bovino, na sequência da crise da encefalopatia espongiforme bovina (BSE).

A partir de Abril deste ano, a rotulagem com a indicação do país de origem será obrigatória para a carne não transformada de suíno, ovino, caprino e aves de capoeira. No entanto, essa obrigatoriedade não se aplicará quando estes tipos de carne forem utlizados como ingredientes.

Fonte: Parlamento Europeu

Fitossanitários é um problema comum para os produtores de frutas e hortícolas da UE

10-02-2015 
 

 
A insuficiente disponibilidade de produtos fitossanitários devido às proibições ou restrições de uso exigidas pela normativa comunitária, ou os diferentes regulamentos existentes nos distintos Estados-membros, são alguns dois problemas que atingem os produtores de frutas e hortícolas.

Na França, os produtores pediram ao seu governo que a norma relacionada com o uso de produtos fitossanitários não seja tão restritiva, «já que existe uma lista de 50 matérias activas proibidas em França ou cuja extinção de utilização está restringida, mas são usadas em outros países europeus».

Por outro lado, a "Horticolas de França" tem vindo a trabalhar no reconhecimento mútuo de matérias activas com outros países comunitários e já conseguiu com a Itália o primeiro reconhecimento para o uso no tomate de um produtos par alutar contra a mosca-branca.

O reconhecimento mútuo é uma via de autorização de produtos fitossanitários que estabelece que um produto deliberado num Estado-membro para o mesmo uso e ligado a práticas agrícolas comparáveis pode ser automaticamente permitido noutro país membro da mesma zona se as condições agrícolas, fitossanitárias e ambientais forem comparáveis.

No Reino Unido, segundo a AHDB, Desenvolvimento Conjunto da Horticultura e Agricultura, a perda de matérias activas devido às alterações legislativas comunitárias pelas perturbações endocrinológicas poderia causar à agricultura britânica perdas de mais de 1.118 milhões de euros.

Em Espanha, a FEPEX solicitou em várias ocasiões uma melhoria da disponibilidade de produtos fitossanitários e também está a trabalhar no reconhecimento mútuo de matérias activas com outros países, para diferentes culturas, como o morango e o tomate.

Fonte: Agrodigital

COGECA divulga relatório: Desenvolvimento das Cooperativas Agrícola na UE 2014

 10-02-2015 

 
A COGECA, Confederação Geral das Cooperativas da União Europeia, da qual a CONFAGRI é membro, divulgou um relatório que revela como o top 100 das Cooperativas agrícolas da União Europeia aumentou, em 2013.

O seu volume de negócios em cerca de 14 por cento, quando comparado com 2012, promove desta forma, o crescimento e o emprego na União Europeia (UE) e ajuda os agricultores a ter um futuro viável.

O relatório "Desenvolvimento das cooperativas agrícolas na UE 2014", de 400 páginas, apresenta informação actualizada como as tendências por país e por sector no que respeita às principais Cooperativas agrícolas na UE.

O relatório é baseado em informações fornecidas pelas organizações membro da COGECA, bem como pela Comissão Europeia e pelo EUROSTAT.

O Presidente da COGECA, Christian Pèes declarou que: «Os resultados do relatório mostram a enorme importância económica das cooperativas agrícolas europeias para a economia em geral. Elas permitem que os agricultores unam as suas forças para comercializar os seus produtos e obter um melhor preço para eles, contribuindo para um futuro mais viável. Tendo em conta a crescente competitividade dos mercados, é crucial os agricultores unirem-se a uma cooperativa e melhorar a sua rentabilidade económica». Acrescentou ainda que «este relatório mostra que o melhor desempenho económico na agricultura é encontrado nos Estados-membros e nos sectores que têm uma maior actividade de cooperativas. As cooperativas que aplicam estratégias empresariais inovadoras e que acrescentam valor aos seus produtos através da transformação e comercialização são as que obtêm os melhores rendimentos. Os valores do estudo revelam, novamente, que as cooperativas agro-alimentares da União Europeia mantêm uma forte e dinâmica presença de mercado na cadeia alimentar, em que cerca de 22 mil cooperativas alcançaram um volume de negócios total de 347 mil milhões de euros.

Para terminar referiu ser «vital que as instituições da UE se apercebam do papel fundamental que as cooperativas desempenham na agricultura europeia e da necessidade de as apoiar. Políticas adequadas devem ser adoptadas de modo a garantir isso».

Fonte: COGECA

Produtores Setores do vinho e azeite esperam que queda do euro favoreça exportações


As entidades dos produtores, comerciantes e exportadores dos setores vitinícola, das conservas e do azeite, produtos também associados ao "mercado da saudade", acreditam que as exportações portuguesas poderão ser beneficiadas com a desvalorização do euro.

ECONOMIA Setores do vinho e azeite esperam que queda do euro favoreça exportações Lusa

08:54 - 13 de Fevereiro de 2015 | Por Lusa

"O euro desvalorizou e é bom para as nossas exportações, favorece-as. Este facto torna-se mais importante porque o preço na origem do azeite na Europa subiu bastante em euros, cerca de 60%", disse à Lusa Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite.

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De acordo com a responsável da Casa do Azeite, "esta desvalorização do euro, de alguma forma, contraria a subida do preço do produto, pois assim não haverá um impacto tão violento no preço para os países ao qual está destinado o azeite".

O euro atingiu, em meados de janeiro, um novo mínimo em 11 anos em relação ao dólar, tendo sido penalizado pela decisão do Banco Nacional Suíço (SBN) de quebrar o vínculo do franco suíço à moeda europeia.

"O país que mais importa de Portugal, em termos de azeite embalado, é o Brasil (41.839,7 toneladas de azeite em 2013) e, em termos do produto a granel, é a Espanha (43.561,1 toneladas)", disse Mariana Matos.

O Brasil é também considerado um dos "mercados da saudade" -- país em que há uma grande comunidade portuguesa que procura e consome os produtos de Portugal -, assim como a Venezuela, Estados Unidos, Canadá, Angola, entre outros.

"A desvalorização do euro, causada entre outros fatores pela crise na Europa e pela queda nos preços do petróleo, é uma boa notícia para as exportações portuguesas, nomeadamente para as exportações de vinho, porque aumenta a nossa competitividade", disse Paulo Amorim, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE).

Segundo Paulo Amorim, a crise económica em Angola, também devido à queda do preço do petróleo, no entanto, poderá afetar o mercado de exportação de vinhos portugueses para este país africano lusófono, com a possibilidade de "uma queda de 50 por cento".

Os principais importadores do vinho português (sem o vinho do Porto) em 2013 foram os Estados Unidos, Angola, França, Espanha, Brasil, Reino Unido, Canadá, Suíça e Alemanha, de acordo com dados da ViniPortugal, que é uma associação interprofissional do setor vitivinícola.

Portugal exporta 45% da sua produção de vinho, é o 12º maior produtor a nível mundial e ocupa a nona posição no comércio internacional da bebida. Em 2013, o resultado das exportações da bebida foi de 725 milhões de euros, sendo que 1,5% do valor total das exportações nacionais de bens é assegurado pelo vinho.

"Os Estados Unidos são talvez o mercado mais importante onde devemos focar a nossa estratégia comercial e o Canadá também é um mercado muito relevante. Assim como a China, que é um mercado que tem crescido, apesar das suas especificidades, além de Angola e do Brasil", disse Paulo Amorim.

Castro e Melo, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), disse que o grosso das conservas portuguesas vão para o mercado da União Europeia (70% do produto exportado), assim a desvalorização do euro não tem qualquer influência.

"Entretanto, quando há exportações para países terceiros (30% do produto exportado), é evidente que pode trazer benefícios, mas ainda não é possível quantificar estas movimentações", referiu Castro e Melo.

As conservas portuguesas são exportadas para os Estados Unidos, que é um dos mercados mais importantes, Angola, Venezuela, Brasil, Palestina, Israel, São Tomé e Príncipe, entre outros.

Consequências muito negativas para a pecuária do programa de redução de emissão de gases

Fevereiro 09
09:18
2015

Um relatório do Centro de Investigação da Comissão prevê que a fixação de objectivos, com o fim de limitar as emissões de gases a efeito de estufa ao nível da pecuária, vai trazer graves problemas ao nível do sector bovino. Esta redução levará a uma diminuição considerável do sector bovino de carne e menos significativa nos bovinos de leite.

O contra senso desta eventual medida é que se o consumo não descer na Europa, vamos ter falta de carne e para colmatar, vamos seguramente recorrer à importação de países, que vão manter a produção ou mesmo aumentá-la, aumentando, assim, as emissões gasosas, pelo que a nível mundial nada se ganha, só a pecuária europeia sai a perder.

Actualmente, as emissões de gases provenientes do sector agrícola correspondem a 10% do total, mas este valor varia de país para país, com a Irlanda com 31% e Malta com 2%. Estas emissões têm vindo a baixar nos últimos decénios, sendo a baixa mais significativa entre 2001 e 2011, com um valor de 7%.

Se seguir em frente a redução das emissões de gases de 19% ou 28%, consoantes as propostas que estão em cima da mesa, a diminuição do efectivo de bovinos de carne terá de ser reduzido 31% ou 54%, respectivamente. O efectivo de vacas leiteiras descerá menos, ou seja, 4% ou 9%, conforme os casos.

Esta situação levará a um abaixamento considerável da oferta de carne de bovino, com a natural subida de preço.

No último acordo, em que os chefes de Estado e de Governo concordaram em reduzir as emissões em 40% no ano 2020, foi ressalvado que deveria haver uma atenção especial para o sector agrícola, mas nada de concreto está decidido.

Aves selvagens responsáveis pela propagação da gripe aviária



Fevereiro 09
09:19
2015

Parece não haver dúvidas de que a propagação de gripe aviária recentemente registada em alguns países europeus foi causada pela migração de aves selvagens.

Por exemplo, a estirpe do vírus encontrado no Reino Unido H5N8 tinha sido detectada algum tempo antes na Rússia.

Apesar do vírus não ser muito preocupante para a raça humana, vários cientistas defendem uma monitorização das migrações de aves. Outra das medidas que deve ser tomada é o aumento do nível de biosegurança das explorações, bem como o acompanhamento das explorações das zonas onde aparecer um foco.

Reforma da PAC – Liberdade de aplicação por país

Fevereiro 09
09:19
2015

O novo dispositivo para os pagamentos directos dá uma grande flexibilidade de aplicação por parte dos estados membros. A Comissão elaborou um documento para completar as posições dos diferentes estados membros.

As negociações sobre as medidas equivalentes ao greening não se mostraram de grande utilidade, pois só cinco países as vão utilizar.

No que diz respeito ao reequilíbrio das ajudas directas entre estados membros, nove países resolveram plafonar as ajudas a montantes entre os 150.000 a 600.000 euros. Quatro estados membros optaram por reduzir as ajudas superiores a 150.000 euros em 5%.

No mecanismo de reequilíbrio das ajudas por hectare, existe uma grande latitude de opções. Dentro das opções, sete países optaram por um sistema arbitrário nacional ou regional, que será introduzido progressivamente. Oito países, entre os quais Portugal, optaram por uma convergência parcial, limitando a 30% a redução dos pagamentos.

Outro grupo de oito países optou por um prémio aos primeiros hectares da exploração, o que permite uma redistribuição, que vai de 5% em França a 15% na Lituânia.

A Comissão gostaria de limitar ao máximo as ajudas ligadas, consideradas como incompatíveis em termos de Organização Mundial do Comércio.

Esta possibilidade foi aproveitada por todos os países, à excepção da Alemanha. Neste caso, onze países utilizaram o máximo de ajudas ligadas, que é de 13% do total das ajudas. Alguns países pediram para aumentar a percentagem, como é o caso de Portugal, que solicitou autorização para ir até 21% do total das ajudas.

Dos pagamentos ligados, 42% dos pagamentos dizem respeito a carne de bovino, 20% ao leite e produtos lácteos, 11% a carne de ovino e caprino, 12% nas proteaginosas, 5% nas frutas e legumes e 4% na beterraba sucareira.

Os países que vão aproveitar as novas medidas equivalentes ao greening, ou seja, manutenção de prados permanentes, diversificação das culturas e superfícies de interesse ecológico, são a Holanda, a França, a Áustria, a Irlanda e a Polónia.

PCP volta a questionar ministério da agricultura sobre extinção da Casa do Douro

PCP
Grupo Parlamentar
 
 
O Grupo Parlamentar do PCP voltou esta semana a colocar os problemas da Casa do Douro em sede de audição do Ministério da Agricultura na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar.
O PCP, lembrando que o Governo fala nos constrangimentos financeiros da Casa do Douro para justificar o seu extermínio, escondendo que diferentes governos criaram essas dificuldades e nunca cumpriram protocolos estabelecidos entre Casa do Douro e Governo sobre pagamento de dívidas, questionou a ministra sobre se tinha a certeza que queria avançar com um modelo que pode colocar o comércio (através de aliados seus) a representar a produção no Conselho Interprofissional do IVDP.
O Grupo Parlamentar do PCP voltou também a colocar o problema dos trabalhadores  da Casa do Douro, que continuam nos seus locais de trabalho, nomeadamente sobre o que o Governo fará para salvaguardar os postos de trabalho, até tendo em conta que a ACT diz que a sua entidade patronal (a Casa do Douro) não foi extinta, só perdeu o caracter público. O PCP afirmou que a resposta do Governo não pode ser a do Secretário de Estado da Agricultura que em anterior audição disse que oportunidades de trabalho não hão de faltar!
Sem assumir qualquer garantia da salvaguarda dos direitos dos trabalhadores, o Governo anunciou que irá realizar brevemente uma reunião com os trabalhadores privados da Casa do Douro. Estando evidente a trapalhada que o Governo criou com a sua obsessão de extinguir a Casa do Douro, este anúncio só demonstra que a insistência na questão dos trabalhadores, que tem sido abordada pelo PCP em todas as audições sobre a matéria, bem como a ação dos trabalhadores, valeu a pena.
A Casa do Douro é a última barreira dos pequenos viticultores face à gula das casas exportadores e ao fim do sistema de benefício, como alguns exportadores já reivindicam. A sua destruição ilustra bem que este é um Governo que está ao lado dos grandes interesses e contra os mais pequenos. E estas são razões que determinam que o Grupo Parlamentar do PCP continuará a acompanhar e a intervir sobre este problema, exigindo a manutenção do estatuto de entidade de direito público à Casa do Douro, bem como a devolução das competências que lhe foram roubadas.

Finanças e Segurança Social também vão contribuir para a bolsa de terras


Última atualização ontem às 13:41, 
Publicado ontem às 07:33

Responsável da Bolsa Nacional de Terras abandonadas diz que procura é muita, mas terrenos disponíveis nem sempre respondem às necessidades dos agricultores. É preciso aumentar oferta.
 
Trabalho de Nuno Guedes com entrevista ao coordenador da bolsa de terras
 
O Ministério da Agricultura, liderado por Assunção Cristas, quer que outros ministérios e também os bancos contribuam para a Bolsa Nacional de Terras abandonadas. Há ano e meio que o governo tem esta bolsa a funcionar para ajudar quem quer começar ou alargar uma exploração agrícola. A ideia é facilitar o aluguer ou venda dos terrenos.
Em ano e meio, a bolsa registou 339 terras públicas e privadas. Quase 50 já estão a ser exploradas e outras 24 perto de chegar a essa fase. Ou seja, apenas um quinto dos terrenos disponíveis.
À TSF, o coordenador do projeto, Nuno Russo, defende que é um resultado positivo, mas admite que é preciso crescer. Até porque a procura é muita, mas as terras na bolsa não são com frequência aquelas que os agricultores procuram.
Para responder à procura, a curto prazo o objetivo é incluir terrenos abandonados dos bancos, mas também de outros ministérios como Finanças e Segurança Social que já fizeram esse levantamento.
A bolsa de terras do Ministério da Agricultura tem nesta altura 268 terrenos abandonados à espera de agricultores, numa área que no total equivale, mais ou menos, ao tamanho da cidade de Lisboa.
Do lado da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), o presidente defende que são precisos benefícios fiscais para levar mais privados a colocar terras abandonadas nesta bolsa do governo. Apesar da pouca adesão dos privados, João Machado diz que o projeto está a funcionar cada vez melhor, mas ainda há um longo caminho a fazer.
Nuno Guedes

Revista de Vinhos confirma presença de Assunção Cristas nos “Óscares do Vinho”09 Fevereiro,

2015 11:38 | Revista de Vinhos


Assunção Cristas acaba de confirmar que vai estar presente na cerimónia de anúncio e entrega dos "Óscares do Vinho" relativos ao ano de 2014. Assim são conhecidos os prémios que a Revista de Vinhos atribui anualmente, distinguindo os melhores vinhos nacionais e também as empresas, entidades e profissionais que, no último ano, conquistaram merecida notoriedade no universo vitivinícola e gastronómico em Portugal. 

A Ministra da Agricultura e do Mar vai marcar presença e proferir algumas palavras durante a 18.ª edição de 'Os Melhores do Ano', iniciativa que este ano coincide com a celebração dos 25 anos da Revista de Vinhos e tem lugar a 13 de Fevereiro, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto.

'Os Melhores do Ano' é o mais relevante evento para a fileira do vinho, reunindo anualmente cerca de 900 pessoas, entre produtores de vinho, enólogos, técnicos de viticultura, escanções, empresários, chefes e outros players, vindos de todo o país. 

São vinte as categorias que Revista de Vinhos elegeu para distinguir com a atribuição de "Prémios Especiais": Produtor Revelação; Produtor; Empresa; Empresa de Vinhos Generosos; Viticultura; Enólogo; Enólogo de Vinhos Generosos; Organização Vitivinícola; Adega Cooperativa; Garrafeira; Wine Bar; Loja Gourmet; Enoturismo; Restaurante; Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa; Prémio Gastronomia David Lopes Ramos; Prémio Identidade e Carácter; Senhor do Vinho (Prémio Carreira) e Campanha Publicitária. O suspense estará no ar até á próxima sexta-feira, não havendo nomeados nem revelações antecipadas... 

Um ano inteiro de provas, visitas a adegas e vinhas ajudou à selecção e atribuição de prémios – da inteira responsabilidade da redacção da Revista de Vinhos – aos melhores vinhos do ano, que vão ser anunciados em diversas categorias: "Prémios de Excelência" (premeia os melhores vinhos portugueses, em termos de qualidade absoluta, independentemente do tipo de vinho ou região de origem), "Os Melhores de Portugal" (premeia os melhores vinhos, brancos, tintos, espumantes e fortificados em cada uma das principais regiões vínicas portuguesas) e "As Boas Compras" (premeia os vinhos com melhor relação qualidade/preço). 

Apoio a jovens agricultores exige investimento mínimo de 55 mil euros


São também elegíveis pessoas colectivas desde que os sócios gerentes sejam jovens agricultores

As novas regras para apoiar jovens agricultores no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) exigem "formação agrícola adequada" aos beneficiários e investimentos mínimos de 55 mil euros, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.

Os apoios à primeira instalação de jovens agricultores (entre 18 e 40 anos) exigem que estes estejam enquadrados na categoria de micro e pequenas empresas, tenham adquirido a titularidade da exploração agrícola e apresentem um plano empresarial com a duração de cinco anos.

O plano deve conter uma demonstração do potencial de produção (com limite mínimo de 8.000 euros/ano e máximo de 1,5 milhões de euros/ano) e uma descrição da totalidade dos investimentos a realizar com valor igual ou superior a 55.000 euros por jovem agricultor e inferior ou igual a três milhões de euros por beneficiário.

São também elegíveis pessoas coletivas desde que os sócios gerentes sejam jovens agricultores, detenham a maioria do capital social e individualmente uma participação superior a 25% no capital social.

Os beneficiários terão de manter a atividade agrícola na exploração por um mínimo de cinco anos, concluir a execução dos investimentos previstos no plano no prazo máximo de 24 meses e possuir formação adequada (cursos técnicos, profissionais ou superiores nas áreas agrícola, florestal ou animal ou curso de empresário agrícola homologado pelo Ministério da Agricultura e Mar).

O montante do apoio à instalação é de 15 mil euros (incentivo não reembolsável) que pode ser acrescido de 25%, 50% ou 75%, se o plano empresarial incluir investimentos superiores a 80, 100 ou 140 mil euros, respetivamente.

Ao prémio, incluindo o acréscimo, serão adicionados 5 mil euros se o jovem for membro de um agrupamento ou organização de produtores reconhecidos no setor relacionado com a instalação.

O pagamento do apoio será feito em duas vezes: 75% no início da instalação e os outros 25% após verificação da boa execução do plano empresarial.

O diploma entra em vigor na sexta-feira.

O Ministério da Agricultura e dos Mar afirmou, num comunicado enviado hoje, que Portugal foi "o primeiro Estado-membro" a abrir a medida a jovens agricultores, sendo que o PDR2020 foi "um dos primeiros programas a ser enviado para aprovação da Comissão Europeia e acabou por ser um dos quatro primeiros a ser aprovado, num total de 118 programas de desenvolvimento rural", entre nacionais e regionais.

No mesmo comunicado, o ministério liderado por Assunção Cristas acrescenta que o prémio à instalação "passa também a abranger o setor do vinho, que antes não era elegível".

Syngenta apresenta soluções à medida dos agricultores portugueses no X Congresso Nacional do Milho


Sementes ajustadas a cada região produtora e que respondem às necessidades específicas dos agricultores é a oferta da Syngenta para tornar a cultura do milho ainda mais competitiva.
A empresa revelou as variedades chave do seu portfólio com o qual pretende, a médio prazo, duplicar a sua atual quota no mercado nacional. Destaque para o SY Hydro, um híbrido que incorpora uma tecnologia inovadora, a tecnologia Artesian e que surpreendeu os agricultores portugueses com tetos produtivos acima das 20 toneladas/hectare.

A Syngenta associou-se ao X Congresso Nacional do Milho, realizado a 11 e 12 de Fevereiro, em Lisboa, e inaugurado pelo Presidente da República. Anibal Cavaco Silva descreveu o setor do milho como «estratégico para a agricultura nacional» e afirmou que o desafio é o aumento da área de produção, nomeadamente na região do Alqueva. Considerando que a agricultura portuguesa vive «uma nova fase de progresso», o Presidente da República, disse que o país precisa de atingir o equilibrio da balança comercial agroalimentar até 2020, «uma meta ambiciosa, mas não impossível».

A Syngenta apresentou os resultados obtidos com as suas principais variedades de milho na campanha passada em Portugal, bem como as novidades do portfólio para 2015. A variedade SY Hydro, apresentada ao mercado em 2014, destacou-se pela elevada capacidade de produção de grão, graças à inovação da sua genética que inclui a tecnologia Artesian e que permite à planta de milho ser mais eficiente no uso da água, convertendo a mesma quantidade de água em mais quilos de grão.

«Os resultados obtidos pelos agriculturores produtores de milho grão foram excelentes, tanto no Ribatejo como no Baixo Alentejo, a SY Hydro foi a variedade que atingiu tetos produtivos mais altos, acima das 20 toneladas/hectare secas, comparativamente com outras variedades convencionais, o que confirma que a tecnologia Artesian é diferenciadora. Nos Açores e no Minho, no segmento da silagem, também conseguiu uma produção ótima, tanto em quantidade como em qualidade», afirma Felisbela Campos, portfolio manager de sementes de milho e girassol para a Península Ibérica.

Um inquérito realizado pela Syngenta a nível europeu revela que a marca Artesian foi bem aceite pelo mercado e que esta já é reconhecida pelos agricultores como uma nova tecnologia que lhes aporta mais rendimento. O estudo conclui que um número elevado de agricultores está disposto a experimentar a variedade SY Hydro em 2015.

As linhas parentais dos híbridos com tecnologia Artesian são seleccionadas através de marcadores moleculares com uma técnica que se baseia na identificação das regiões do ADN responsáveis pela tolerância ao stress hídrico (QTL).

A Syngenta desenvolve variedades que dão resposta às necessidades específicas de cada região produtora de milho. O SY Inove (ciclo FAO 600), que chega este ano ao mercado português, é um milho com mais grão e elevado potencial produtivo em regiões de sementeira precoce. Está muito bem adaptado a zonas de elevado stress térmico, como o Alentejo, e destaca-se pelo excelente "dry down" e tolerância ao vírus do nanismo.

«Nos herbicidas para a cultura do milho a Syngenta é líder no mercado português, com uma quota acima dos 70%, nomeadamente através das marcas Lumax e Elumis. A nossa ambição é crescer no segmento das sementes de milho, onde temos metas muito claras– ultrapassar a barreira dos 15% de quota de mercado», revela Felisbela Campos.


Portugal é o primeiro país da União Europeia a abrir a medida dos jovens agricultores

Fevereiro 13
15:33
2015

Portugal mantém-se no pelotão da frente no que diz respeito à Política Agrícola Comum 2014-2020 e à sua operacionalização, sendo o primeiro Estado Membro a abrir a medida dos Jovens Agricultores (Medida 3 Valorização da Produção Agrícola – ação 3.1. do PDR 2020). Foi hoje publicada a Portaria nº 31/2015 que regulamenta esta medida e permite a sua abertura, prevista para 23 de fevereiro. O PDR 2020 foi um dos primeiros programas a ser enviado para aprovação da Comissão Europeia e acabou por ser um dos quatro primeiros a ser aprovado, num total de 118 programas de desenvolvimento rural (nacionais e regionais).

Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque: " Trata-se de uma medida muito emblemática e que incentivará a entrada de jovens no sector. Considero que estão reunidas todas as condições para assistirmos a uma renovação do sector agrícola, pois por um lado temos jovens cada vez mais interessados em ingressar na agricultura e por outro temos um PDR 2020 já a funcionar e com medidas abertas, o que permite que o investimento seja contínuo"."

O PDR 2020 tem instrumentos de politica que contribuem para contrariar a trajectória de envelhecimento e de perda do tecido social agrícola e rural, procurando aumentar a atratividade do sector agrícola aos jovens, através de um apoio aos que se instalam pela 1ª vez na atividade, promovendo o investimento, a transferência do conhecimento e incentivo à organização da produção.

A ação de apoio à instalação de jovens agricultores tem implícita uma preocupação de dar uma resposta consistente para a sustentabilidade económica de primeiras instalações, traduzindo-se numa responsabilidade do jovem agricultor, quer ao nível da sua formação, quer ao nível financeiro, quer ainda ao nível da participação mais sólida no mercado através de Organizações de Produtores.

Esta ação prevê o apoio aos jovens agricultores que se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola com um prémio que varia entre os 15.000 euros e os 31.250 euros desde que apresentem um investimento mínimo no plano empresarial de 55.000 euros. O prémio à instalação passa também a abranger o sector do vinho que antes não era elegível. Podem também aceder à ação do PDR 2020 3.2. Investimento na Exploração Agrícola onde terão taxas de apoio que podem ir até aos 60%.

O Jovem Agricultor deve assumir o compromisso de recorrer ao aconselhamento agrícola ou a uma formação-ação quando não possuir habilitações nos domínios da agricultura através de curso superior ou técnico-profissional. Os jovens agricultores terão acesso específico e prioritário aos apoios ao investimento bem como taxas de apoio superiores (majoração). Considera-se jovem agricultor, o agricultor que, à data da apresentação da candidatura, tenha idade compreendida entre os 18 e os 40 anos, inclusive, e se instale pela primeira vez numa exploração agrícola.

Informação enviada do Gabinete do Secretário de Estado da Agricultura no dia 12 de Fevereiro

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Revista de Vinhos confirma presença de Assunção Cristas nos “Óscares do Vinho”09 Fevereiro,

2015 11:38 | Revista de Vinhos


Assunção Cristas acaba de confirmar que vai estar presente na cerimónia de anúncio e entrega dos "Óscares do Vinho" relativos ao ano de 2014. Assim são conhecidos os prémios que a Revista de Vinhos atribui anualmente, distinguindo os melhores vinhos nacionais e também as empresas, entidades e profissionais que, no último ano, conquistaram merecida notoriedade no universo vitivinícola e gastronómico em Portugal. 

A Ministra da Agricultura e do Mar vai marcar presença e proferir algumas palavras durante a 18.ª edição de 'Os Melhores do Ano', iniciativa que este ano coincide com a celebração dos 25 anos da Revista de Vinhos e tem lugar a 13 de Fevereiro, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto.

'Os Melhores do Ano' é o mais relevante evento para a fileira do vinho, reunindo anualmente cerca de 900 pessoas, entre produtores de vinho, enólogos, técnicos de viticultura, escanções, empresários, chefes e outros players, vindos de todo o país. 

São vinte as categorias que Revista de Vinhos elegeu para distinguir com a atribuição de "Prémios Especiais": Produtor Revelação; Produtor; Empresa; Empresa de Vinhos Generosos; Viticultura; Enólogo; Enólogo de Vinhos Generosos; Organização Vitivinícola; Adega Cooperativa; Garrafeira; Wine Bar; Loja Gourmet; Enoturismo; Restaurante; Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa; Prémio Gastronomia David Lopes Ramos; Prémio Identidade e Carácter; Senhor do Vinho (Prémio Carreira) e Campanha Publicitária. O suspense estará no ar até á próxima sexta-feira, não havendo nomeados nem revelações antecipadas... 

Um ano inteiro de provas, visitas a adegas e vinhas ajudou à selecção e atribuição de prémios – da inteira responsabilidade da redacção da Revista de Vinhos – aos melhores vinhos do ano, que vão ser anunciados em diversas categorias: "Prémios de Excelência" (premeia os melhores vinhos portugueses, em termos de qualidade absoluta, independentemente do tipo de vinho ou região de origem), "Os Melhores de Portugal" (premeia os melhores vinhos, brancos, tintos, espumantes e fortificados em cada uma das principais regiões vínicas portuguesas) e "As Boas Compras" (premeia os vinhos com melhor relação qualidade/preço). 

Cervejeiras apresentam queixa em Bruxelas contra o estado Português



As empresas do sector cervejeiro anunciaram que vão avançar com uma queixa contra o Estado português na Comissão Europeia. Em causa está a discriminação fiscal que consideram que é feita entre a cerveja e o vinho.
Esta manhã, num encontro com os jornalistas para apresentar a evolução do sector em 2014, o presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), João Abecasis, revelou que uma das prioridades para 2015 "é defender os interesses dos associados". Neste âmbito, e face à "continuada discriminação fiscal face ao vinho", as empresas do sector que integram a APCV decidiram "apresentar o caso a Bruxelas".
João Abecasis realçou os argumentos que levam a esta queixa: a taxa de IVA que recai sobre a cerveja é 23% face aos 13% do vinho. Além do agravamento do Imposto Especial do Consumo (IEC) que passou a ser de 3%, conforme aprovado no Orçamento do Estado, valor que antes era calculado consoante a inflação média prevista.
Em 2014, entre IEC e IVA, o sector composto por cinco unidades de produção pagou ao Estado cerca de 230 milhões de euros.
De acordo com o presidente da APCV, ao contrário do vinho, "os apoios públicos ao sector cervejeiro são residuais e no entanto possui um tratamento fiscal extremamente penalizador, quer em sede de IEC quer de IVA, quando comparado com o vinho".
A produção de cerveja e as exportações aumentaram no ano passado 0,7% e 4,6%, respectivamente, em termos homólogos, refere a associação, prevendo para este ano "uma nova dinâmica" trazida por microcervejeiros. "O sector cervejeiro voltou a mostrar a sua resiliência e vitalidade em 2014", disse o presidente da APCV.O canal HORECA (restauração, hotelaria e cafés) ganhou pela primeira vez em muitos anos peso face ao canal Alimentar, ao subir 1,3% face a 2013, passando a valer 64% do mercado total.

Congresso do Milho: «A produção agrícola terá de aumentar em 60%»


Fev 11, 2015Notícias0Like

No primeiro dia, 11 de Fevereiro, do X Congresso do Milho, organizado pela Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), Hélder Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla inglesa) em Portugal, afirmou que a questão da alimentação «deve ser encarada de uma forma integrada, com produção, política, demografia. E é importante garantir que a qualidade acontece em todas as etapas». O responsável interveio num painel sobre os desafios que se colocam à agricultura mundial.

congressomilho2015_002Hélder Muteia comentou ainda que «devemos caminhar para sistemas alimentares sustentáveis, ou seja, que sejam saudáveis, nutritivos, geradores de rendimento para quem produz, amigos do ambiente».

Em 2050 a população ascenderá a 9,2 mil milhões. Um crescimento populacional que vai aumentar procura de bens alimentares. Para Hélder Muteia ainda «não estamos preparados para responder» a esta procura. O representante da FAO alertou que «a produção agrícola terá de aumentar em 60% para responder à procura de alimentos que andarão na ordem dos 3 mil milhões de toneladas de cereais e 470 milhões de toneladas de carne».

Numa sala do hotel Altis, em Lisboa, mais de 600 produtores de milho e empresário agrícolas, ouviram José Manuel Lima Santos, professor do Instituto Superior de Agronomia, afirmar«que o aumento de produção por hectare é inevitável. É preciso aumentar eficiência energética, da água, e outros recursos naturais».

António Serrano, presidente da Jerónimo Martins Agroalimentar, salientou a importância do sector agrícola, «uma área onde deve haver consenso» e sublinhou que «não é possível ter um país só de serviços, não é à toa que este sector se chama de primário».

Por seu turno, Jorge Correia, director geral da DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, afiançou que a volatilidade dos preços pode ser minimizada com «o estabelecimento de parcerias, ou seja, distribuindo o risco».

Na sessão de abertura do X Congresso do Milho, o presidente da Anpromis, Luis Vasconcellos e Souza, afirmou que «a crescente importância que a agricultura tem vindo a adquirir, enquanto factor de criação de valor acrescentado na economia, é hoje uma realidade indiscutível. Este é um dos sectores que mais poderá contribuir para o crescimento de um país e para o equilíbrio da sua balança comercial. É fundamental valorizar o sector e fazer dele uma preocupação não apenas dos agricultores mas sim de toda a sociedade».

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, marcou presença na sessão de abertura. «O equilíbrio da nossa balança comercial de produtos alimentares em 2020 é uma meta ambiciosa mas não impossível», afirmou o Presidente da República. Cavaco Silva apelou ainda ao aumento da produção, referindo que «necessitamos mais do que produzimos e produzimos menos do que importamos».

O encontro termina a 12 de Fevereiro, dia para debater a agricultura de precisão, as sementes: fonte de inovação e a agricultura de regadio no âmbito da nova Política Agrícola Comum 2014-2020.

Leia tudo sobre o X Congresso do Milho na próxima edição da Frutas, Legumes e Flores.

“Manual Técnico de Vinho” aposta na formação e incentiva bom serviço de futuros profissionais de turismo

Edição elaborada pelo Turismo de Portugal em parceria com ViniPortugal

 
Apreciadores e futuros profissionais de turismo são o público-alvo do "Manual Técnico de Vinhos", que foi lançado hoje pelo Turismo de Portugal, em parceria com a ViniPortugal, na Sala de Provas dos Vinhos de Portugal no Terreiro do Paço. 
 
Participaram no evento Luís Lima, da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, João Covêlo, da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, Paulo Pechorro, Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, e Luciano Rosa, da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.
 
Elaborado por formadores das Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, o Manual é considerado de interesse geral para apreciadores e contém informação técnica e prática sobre a produção e apresentação dos vinhos, apoiando a formação dos futuros profissionais do turismo em áreas como:
·         Técnicas de tratamento de vinho

·         Processos de vinificação

·         Constituintes do vinho

·         Técnicas de organização de garrafas nos estabelecimentos hoteleiros

·         Importância das videiras e suas castas

O "Manual Técnico de Vinhos" que contou com a preciosa colaboração do enólogo Carlos Freire Correia e com a colaboração técnica da ViniPortugal, através da enóloga Marta Galamba, estará à venda nas Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal e na respetiva sede. O custo é de 10€ para a comunidade escolar (formadores e alunos) e de 15€ para o restante público.
 
 
João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, destaca que "O "Manual Técnico de Vinhos" irá, por certo, complementar a formação de elevada qualidade que já é ministrada nas Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, com uma apostmais forte no conhecimento técnico e prático dos vinhos portugueses, fator cada vez mais importante na valorização do serviço associado ao turismo."
 
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, acrescenta "Acreditamos que o bom serviço de vinho é um forte aliado para promover o melhor consumo de vinho. Os Vinhos de Portugal conseguiram assegurar uma elevada consistência da qualidade. Impõe-se porém continuar a trabalhar no maior conhecimento e reconhecimento por parte do consumidor que podem ser impulsionados pelo bom serviço associado a um correcto aconselhamento."  

"Necessitamos mais do que produzimos e produzimos menos do que importamos"


 
 
O X Congresso do Milho que hoje começou em Lisboa, no Hotel Altis, foi marcado pela presença de Cavaco Silva, o Presidente da República que se fez notar pela primeira vez neste encontro, que reúne mais de 600 produtores e entidades ligadas ao sector que representa a cultura arvense mais representativa, preenchendo 80% da produção de cereais em Portugal.
 
 
Nos últimos anos muitos têm sido os momentos em que, oportunamente, Cavaco Silva se pronuncia sobre questões ligadas à agricultura. Hoje a mensagem deixada foi de apoio e reconhecimento: "o milho apresenta-se hoje, mais do que nunca, como um setor agrícola estratégico da economia portuguesa, num momento em que o desenvolvimento da nossa agricultura e o equilíbrio da balança externa são objetivos nacionais claramente assumidos".
 
Para Luís Vasconcellos e Souza, Presidente Anpromis "a crescente importância que a agricultura tem vindo a adquirir, enquanto fator de criação de valor acrescentado na economia, é hoje uma realidade indiscutível. Este é um dos sectores que mais poderá contribuir para o crescimento de um país e para o equilíbrio da sua balança comercial. É fundamental valorizar o sector e fazer dele uma preocupação não apenas dos agricultores mas sim de toda a sociedade."
 
Esta é uma ideia que Cavaco Silva partilha justificando que "o equilíbrio da nossa balança comercial de produtos alimentares em 2020 é uma meta ambiciosa mas não impossível". Apelando ao aumento da produção acrescenta que "necessitamos mais do que produzimos e produzimos menos do que importamos".
 
"Os novos desafios que se colocam à agricultura mundial" foi um dos temas centrais, tendo sido lançado por Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal, números que revelam aquelas que poderão ser as necessidades futuras. Feitas as contas, em 2050 a população ascenderá a 9,2 mil milhões, o que, inevitavelmente, irá provocar uma procura para a qual não estamos preparados para responder. A produção agrícola terá de aumentar em 60% para responder à procura  de alimentos que andarão na ordem dos 3 mil milhões de toneladas de cereais e 470 milhões de toneladas de carne.
 
O segundo dia deste encontro conta, amanhã, com a representação do Governo Espanhol que, através do Secretario Geral do Ministério da Agricultura Espanhol, Carlos Cabanas Godino, trará a palco o debate em torno da "importância da agricultura de regadio no âmbito da nova Política Agrícola Comum". Nesta sessão em que é dada a conhecer, em primeira mão, quais as decisões nacionais tomadas pelos Governos português e espanhol, no âmbito da nova PAC.
 
Mais do que debater ideias e trocar experiências, este é um encontro que expressa as preocupações de todos aqueles que se movem no sector de produção de milho, constituindo assim uma oportunidade única no panorama agrícola nacional, para levar um conjunto de oradores nacionais e estrangeiros a discutir temas tão relevantes para nós como "a volatilidade dos mercados agrícolas" e a "semente enquanto fator de competitividade".
 
O X Congresso do Milho conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa, sendo que o encerramento estará a cargo de Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Cresce a preocupação nos produtores europeus de batata


Fevereiro 09
09:20
2015

Não é previsível uma diminuição significativa de sementeira de batata nos cinco países maiores produtores europeus (Bélgica, Alemanha, Reino Unido, França e Holanda), que possa provocar uma diminuição da produção.

Esta situação está a preocupar muito a associação dos produtores de batata desta região (NEPG), que viram os preços caírem a valores muito abaixo do custo de produção em 2014, devido ao excesso de oferta e, agora, prevêem uma manutenção da produção, que pode impedir a recuperação dos preços.

Num comunicado publicado em 29 de Janeiro, a NEPG sublinha que as áreas semeadas nestes países aumentaram 3,6% nos cinco países entre 2009 e 2014, sendo que o maior aumento é de mais 15,8% na Bélgica, sendo que o Reino Unido foi o único a apresentar uma descida de menos 8,7%.

Entretanto, registou-se um aumento da produtividade média, sendo que a produção aumentou no mesmo período 14,6%, sendo novamente a Bélgica a registar o maior aumento, com mais 38,2%.

Ao mesmo tempo, a procura de batata para a indústria subiu 12%.

A colheita de 2014 trouxe preços extraordinariamente baixos, não só nestes países, como em toda a Europa, tendo os produtores portugueses sofrido bastante.

Infelizmente, não são boas notícias as que vêm do norte da Europa e, também em Portugal, não se registam intenções de reduzir significativamente as sementeiras.

Governo quer promover o desenvolvimento da floresta


Fevereiro 09
09:20
2015

O governo português está apostado no desenvolvimento da floresta e procura meios para incentivar os agricultores a investir no sector.

Assim, deve ser criado, ainda este ano, um novo sistema fiscal e financeiro, com benefícios fiscais, para entrar em vigor em 2016 e 2017.

Este documento prevê uma série de apoios no âmbito do PDR2020 e de outros programas comunitários e, também, medidas fiscais e instrumentos financeiros, baseados em operações de garantia neutra, capital de risco e fundos de investimento.

Assim, pretende-se, por exemplo, utilizar o IMI e o IMT para penalizar o abandono florestal e potenciar o seu desenvolvimento.

Em termos de IMI, o objectivo é de agilizar o mercado fundiário e a gestão florestal efectiva, sendo proposta uma descriminação positiva, quando os terrenos se destinem a aumentar a área florestal e nos casos em que estão inseridos em zonas de intervenção florestal.

A revisão do IMI será no sentido de penalizar o abandono e beneficiar quem explora os terrenos, ou, caso não o faça, os entregue na bolsa de terras.

Os apoios públicos visam estimular eficiências de escala na gestão, majorando os apoios aos investimentos em áreas agrupadas.

Pretende-se, também, incentivar o movimento associativo, de modo a concentrar a oferta, defendendo assim os produtores.

Exportações de alimentos e bebidas portuguesas crescem 6,5%


Ana Rute Silva 09/02/2015 - 17:31 

Entre as principais categorias, os produtos agrícolas e transformados foram dos que mais cresceram. Vendas de fruta e carne dispararam mais de 20%
 
Mercado externo comprou mais 16% de produtos primários a Portugal José Sarmento Matos/Arquivo 

O sector da alimentação e de bebidas foi um dos que maior dinamismo mostraram nas exportações em 2014: as vendas para o estrangeiro cresceram 6,5%, em comparação com o ano anterior.

De acordo com os dados divulgados, nesta segunda-feira, pelo INE, o comércio de bens alimentares somou 5145 milhões de euros, o que corresponde a uma fatia de 10,7% do total das exportações do país. Este é um ligeiro aumento face a 2013, quando o sector agrícola e alimentar representava 10,2% do valor global.

O maior crescimento das vendas deu-se entre os produtos primários, ou seja, não transformados: conseguiram comercializar mais 16% para o estrangeiro do que em 2013, somando um total de 1422 milhões de euros. É o aumento mais expressivo entre as grandes categorias económicas identificadas pelo INE.

Olhando para o caso da fruta, por exemplo, regista-se uma subida expressiva de 27%. Em 2013, os produtores venderam frutas no valor de 340 milhões de euros e, no ano passado, conseguiram colocar 433 milhões de euros no estrangeiro. Estes valores referem-se aos produtos incluídos pelo INE na categoria de "frutas, cascas de citrinos e de melões". As exportações de peixe também aumentaram 15% para 673 milhões de euros. Já na carne, as vendas totalizaram os 211 milhões de euros, mais 21%.

Contudo, em termos de valor, é a indústria transformadora (onde está incluída a produção de cerveja ou de conservas, por exemplo) que mais vende para fora de portas: 3723 milhões de euros. Face a 2013, estas empresas conseguiram exportar mais 3,3%. Analisando mais à lupa a lista dos produtos, regista-se um crescimento de 7% nas vendas de bebidas e vinagres, para quase 1,2 milhões de euros.

A exportação de máquinas e acessórios também mostrou um desempenho positivo, crescendo 4,7% para 6246 milhões de euros. No material de transporte, onde a Autoeuropa tem um contributo decisivo, o comércio aumentou 1,9% para 7064 milhões de euros. No caso específico dos automóveis, o crescimento foi de 7,1% para 1979 milhões de euros.

O movimento inverso deu-se nos combustíveis e lubrificantes: as exportações derraparam 19% para 3850 milhões de euros.

Vestuário em alta
No vestuário e confecção, houve espaço para crescer 9,5%. O sector vendeu 2783 milhões de euros em produtos ao estrangeiro e, desde 2009, as receitas obtidas com os mercados externos cresceram 29%.

A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC/APIV) diz que este crescimento se deve a um "comportamento dinâmico e competitivo das empresas no plano internacional, para onde se dirigem mais de 70% das vendas do sector". O saldo da balança comercial é positivo em 967 milhões de euros.

"É um sector maduro, que apresenta como principais pontos fortes a proximidade geográfica ao mercado europeu e o conhecimento acumulado proveniente da longa tradição do sector", escreve a associação, em comunicado. Nos últimos anos, o investimento das empresas esteve focado na redução dos prazos de entrega, factor "determinante para ganhar quota de mercado aos seus principais concorrentes internacionais".