terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Negociações com os Estados Unidos em debate em Bruxelas



 
A directora-geral adjunta da Comissão Europeia, Monique Pariat, na reunião com os representantes das organizações membros do Copa-Cogeca, em que participou a Engenheira Maria Antónia Figueiredo, Vice-Presidente da COGECA e Isabel Basto, Representante Permanente em Bruxelas, referiu que a Comissão não pretende reduzir as normas agro-alimentares comunitárias para a carne tratada com hormonas de crescimento durante as negociações de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos da América.



Esta mudança surge após as organizações do COPA-COGECA, terem solicitado à Comissão Europeia para manterem os elevados padrões da produção da União Europeia (UE) ao longo das negociações. Também é importante apresentar propostas na oitava ronda de negociações. A burocracia e questões logísticas nas exportações de produtos para os Estados Unidos da América (EUA) é uma grande preocupação para as organizações, como por exemplo, as regras de rotulagem e as despesas de transporte.

Para o COPA-COGECA há que terminar com as barreiras tarifárias e transportes dispendiosos dando origem a maiores ganhos para ambos os lados, adiantando que em conjunto com a indústria agro-alimentar da UE elaboraram um relatório que apresenta uma lista com os obstáculos necessários a retirar, como o processo de pré-autorização para as frutas e hortícolas que podem entrar no mercado norte-americano, por ser um sistema burocrático muito lento e demoroso que aumenta os custos dos produtores.

Os representantes das organizações consideram também impossível comercializar produtos que apresentam categorias distintas, como os queijos fabricados nos Estados Unidos à base de leite cru, devido, sobretudo, aos métodos de ensaio que não são os mesmos em ambos os lados do Atlântico.

Os queijos comunitários não têm acesso ao mercado norte-americano porque os rótulos são de diferentes formatos, tal como nenhuma carne da União Europeia, apesar da decisão das autoridades dos EUA para permitir importações nos últimos anos.  

Estas são questões que bloqueiam as exportações do bloco europeu para o norte-americano que devem ser superadas e a ter em conta no acordo. O sistema de origens geográficas que protegem os produtos europeus de qualidade de possíveis imitações também deve ser reconhecido.

Fonte: Copa-Cogeca

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