sábado, 14 de setembro de 2013

Incêndios afectam onze produtores dos Vinhos Verdes

09 Setembro, 2013 05:14 | Samuel Alemão

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O verão e os dias quentes ainda não terminarem, e os fogos florestais
continuam a fazer estragos. Só na região dos Vinhos Verdes, apurou a
Revista de Vinhos, foram onze os produtores vitivinícolas a verem a
suas vinhas afectadas pelas chamas dos incêndios, este ano. De acordo
com dados fornecidos pelo presidente da Comissão Vitivícola Regional
dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, dos produtores sinistrados
na área da sua jurisdição, três eram do concelho de Penafiel, dois de
Amarante e os restantes seis estavam espalhados pela região. Estes são
dados provisórios e sem valores referentes a áreas afectadas, as quais
apenas poderão ser dadas a conhecer após a peritagem dos serviços
técnicos da CVRVV.


Estes números são conhecidos na mesma altura em que a comissão torna
público o novo seguro colectivo de colheitas, que, entre outras
coisas, garante ajuda aos afectados pelos fogos florestais. "O seguro
de colheitas contratado pela Comissão de Viticultura abrange os 22 mil
produtores da Região dos Vinhos Verdes, cobrindo os sete riscos
principais com que as vinhas se defrontam ao longo do ano. Além do
risco de incêndio estão, por exemplo, cobertos os prejuízos
decorrentes da geada e do granizo", lê-se no comunicado em que se dá
conta deste instrumento que representa um investimento de dois milhões
de euros, sem custos para os produtores. O valor seguro a cada
produtor corresponde à média da sua produção nos últimos seis anos.

http://www.revistadevinhos.pt/artigos/show.aspx?seccao=noticias&artigo=11886&title=incendios-afectam-onze-produtores-dos-vinhos-verdes&idioma=pt

Toxina detectada em leite dos Açores retirado do mercado não coloca saúde em risco

PÚBLICO e LUSA

10/09/2013 - 14:57

Uma pessoa com 100 quilogramas teria de ingerir entre 5000 e 200 mil
litros de leite por dia durante algum tempo para sentir os efeitos.
EUA permitem níveis de toxina dez vezes superiores.

Apesar de não apresentar riscos, o leite como medida preventiva foi
retirado RUI GAUDÊNCIO


A toxina encontrada no leite dos Açores retirado do mercado tinha
níveis de concentração ligeiramente superiores aos permitidos pela
União Europeia, mas só a ingestão diária e prolongada de milhares de
litros poderia ter impacto na saúde.

A explicação foi dada à agência Lusa pelo director dos Serviços de
Veterinária da Direcção Regional da Agricultura dos Açores, Hernâni
Martins, que esclareceu que os estudos conhecidos referem que a
aflatoxina M1 "apresenta alguns aspectos que são cancerinogéneos".

No entanto, acrescentou que, por exemplo, uma pessoa de 100
quilogramas teria de ingerir entre 5000 e 200 mil litros de leite por
dia, "durante muito tempo", para sentir efeitos semelhantes aos
detectados em ratos submetidos a experiências de laboratório.

Assim, sublinhou que em causa, neste momento, nos Açores, estão "as
exigências legais" no seio da União Europeia (UE), que estabeleceu um
limite máximo de concentração daquela toxina que é, por exemplo, dez
vezes inferior ao permitido pela lei nos Estados Unidos da América.

Da lei à saúde pública

A UE adoptou como limite máximo de concentração 0,05 µg/kg, "um limite
legal" que é muito pequeno, afirmou o responsável, dizendo que os
níveis detectados em leite produzido em S. Miguel são ligeiramente
superiores (entre 0,07 µg/kg e 0,09 µg/kg). "É mais um aspecto legal
que propriamente de perigo para a saúde pública", afirmou.

Hernâni Martins explicou, ainda, que a presença da aflatoxina M1 no
leite resulta da ingestão pela vaca da toxina aflatoxina B1, presente
em rações com bolor. "Não é uma doença, não é um animal doente que
transmite [a toxina]", explicou, dizendo que se a vaca deixar de
consumir a ração com bolor, num espaço de poucos dias deixa de
produzir leite com aflatoxina M1. O problema é, por isso, "sempre
localizado e sempre pontual", reforçou, dizendo que estão a ser feitos
testes também na ilha Terceira, não tendo, até agora, sido detectado o
mesmo problema.

Nesta terça-feira, o presidente do Governo dos Açores assegurou que os
mecanismos de controlo de qualidade do leite da região "são
extremamente rigorosos", garantindo que a detecção de uma toxina em
alguns lotes "não põe em causa" a saúde pública. "Essa situação o que
prova é que os mecanismos de controlo da qualidade do leite dos Açores
são extremamente rigorosos e funcionam e essa deve ser uma condição de
segurança também para os consumidores", afirmou Vasco Cordeiro, em
declarações aos jornalistas.

Governo dos Açores assegura qualidade

Na segunda-feira, o Governo dos Açores já tinha assegurado que "não
está em causa" qualquer questão relacionada com a saúde pública.
Apesar disso, considerou que o procedimento seguido pelas indústrias
de lacticínios, e que consiste na retirada desse leite da
distribuição, "constitui o procedimento preventivo adequado".

Uma nota do gabinete de imprensa do Governo dos Açores referia ainda
que a Secretaria Regional dos Recursos Naturais tem acompanhado e
"monitorizado", através do Laboratório Regional de Veterinária, a
situação, visando a "avaliação da eficácia" das "várias medidas
preventivas" quanto à comercialização de leite UHT produzido na ilha
de S. Miguel e "correctivas no que toca à produção de rações na mesma
ilha".

Ainda de acordo com a mesma nota, no que concerne às rações produzidas
com o lote de milho proveniente da Bulgária, identificado como sendo a
"causa desta situação", as mesmas foram "recolhidas de circulação" e
"vão ser destruídas", bem como "reforçados os mecanismos de controlo"
relativos à alimentação animal.

A empresa de laticínios BEL foi a única que até agora assumiu que
retirou do mercado lotes de leite UHT produzido nos Açores onde
detectou uma concentração de aflatoxina M1 de 0,074 µg/kg.

"Segundo o Codex Standart 193-1995, norma internacional de referência
para a análise de saúde alimentar e protecção do consumidor, não
existe qualquer risco para a saúde pública até ao limite máximo de 0,5
µg/Kg. Esta normativa foi subscrita por 185 países a nível mundial,
entre outras entidades, nomeadamente a Organização Mundial da Saúde.
Apesar desta referência de intervalo, indicado pelo Codex, a União
Europeia adotou pelo valor de 0,05 µg/kg, isto é, um valor dez vezes
inferior ao definido pelo Codex", lê-se num comunicado da empresa, que
"assegura que todo o seu leite UHT em comercialização está em
conformidade com os limites legais".

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/toxina-detectada-em-leite-dos-acores-retirado-do-mercado-nao-coloca-saude-em-risco-1605394

"Agricultura deixou de ser parente pobre"

Iniciativa CM/BPI: candidaturas já estão abertas



Prémio visa distinguir as melhores empresas dos setores agrícola,
florestal e agroindustrial

13 de Setembro, 01h00
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Por:Andreia Vale / Diana Ramos



"A agricultura deixou de ser o parente pobre da economia". As palavras
são de Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI que, lado a lado
com o grupo Cofina, promove o 'Prémio de Agricultura 2013', num
momento em que o setor assume um papel relevante nas exportações
portuguesas.

As candidaturas estão já abertas e, segundo o presidente da Cofina,
Paulo Fernandes, o objetivo do prémio é "selecionar as melhores
empresas dos setores agrícola, florestal e agroindustrial e torná-las
num exemplo para que haja mais crescimento e mais investimento". A
iniciativa destina-se, por isso, tanto às empresas de maior dimensão
como aos pequenos projetos e aos jovens produtores. "A Cofina tem a
obrigação de estar envolvida em iniciativas relevantes para a economia
nacional", diz.

Já para Fernando Ulrich, "o setor agrícola perdeu a imagem de um setor
antiquado, conservador e defensivo, sempre à procura de subsídios",
colocando-se agora como um negócio "moderno, competitivo e agressivo".
"Estamos a viver uma revolução e o que mudou é o facto de pessoas com
formação sofisticada perceberem que nestes setores há possibilidades
de realização pessoal extremamente rentáveis", adianta.

Também Paulo Fernandes reconhece que os últimos dados económicos
"estão a dar sinais muito positivos de que algo está a mudar". "Apesar
de tudo, foi possível encontrar crescimento e acredito que depois do
ajustamento Portugal estará em condições de melhorar o seu desempenho
económico", afirma o líder do grupo de media que junta títulos como o
CM, CMTV, 'Record' e 'Jornal de Negócios'.

As candidaturas estão abertas até 10 de novembro. Os vencedores terão
direito a um plano de meios de publicidade nos meios de comunicação da
Cofina, "de valor significativo" através do qual poderão divulgar as
marcas e produtos. No júri do concurso estão nomes como os
ex-ministros Sevinate Pinto e António Serrano, a administradora do BPI
Celeste Hagatong e o líder da CAP, João Machado.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/agricultura-deixou-de-ser-parente-pobre

Governo cria grupo de trabalho para preparar nova PAC

13 Setembro 2013, 14:23 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt
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Cinco elementos do Ministério da Agricultura, IFAP, gestão do Proder e
Instituto do Vinho vão assegurar a transição legislativa para o quadro
comunitário de apoio de 2013-2020.

O Governo criou um grupo de trabalho para fazer a transição
legislativa do novo quadro comunitário de apoio à agricultura, sector
que está actualmente a ser alvo de reforma das políticas no seio da
União Europeia.



O grupo de trabalho agora criado pelo secretário de Estado da
Agricultura, Diogo Albuquerque, irá centrar-se na meta de "avaliar a
necessidade de alterações legislativas ou regulamentares inerentes à
operacionalização eficaz das candidaturas aos diferentes regimes de
apoios à PAC", "preparar os respectivos projectos" e "elaborar as
propostas" de mudança de lei e regulamentos que conclua como
necessárias.



O objectivo, avança o texto do despacho esta sexta-feira publicado em
Diário da República, é que quaisquer "alterações legislativas e
regulamentares sejam publicadas antes do início do período de
candidaturas aos apoios".



A Política Agrícola Comum (PAC) está actualmente num período de
reforma das suas linhas orientadoras, sendo ainda incerto qual a data
da sua introdução em pleno (componente de ajudas directas aos
agricultores e de apoio ao investimento no desenvolvimento rural).



O prazo previsto idealmente de adopção das novas regras seria 1 de
Janeiro de 2014 (o actual quadro finaliza agora o seu sétimo ano de
vigência), mas o facto de estar a ser revista e de, pela primeira vez
na sua história, a PAC ser desta vez fruto de um consenso obrigatório
entre Comissão e Conselho europeus e, por outro lado, o Parlamento
Europeu, não está a ajudar na rapidez do processo entre Bruxelas e
Estrasburgo.



È por ser uma "nova" PAC, também, que o grupo de trabalho agora criado
terá de "efectuar um diagnóstico das necessidades de alterações de
carácter legislativo" de forma a operacionalizar "eficazmente" as
candidaturas, quer às ajudas directas, quer ao desenvolvimento rural.
Um calendário das actividades futuras está igualmente previsto que
saia da entidade agora criada, que depois será ratificado pela tutela
da Agricultura – neste momento entregue em pleno a Diogo Albuquerque,
por ausência temporária da ministra Assunção Cristas.



Vinho é o único subsector com representação directa



No grupo de trabalho agora criado estarão presentes dois elementos do
gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e do
Mar, um do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP),
um da Autoridade de Gestão do Proder - Programa de Desenvolvimento
Rural do Continente (programa que gere os dinheiros comunitários para
a ajuda ao investimento na agricultura) e um quinto elemento
proveniente do Instituto da Vinha e do Vinho – único subsector com
representação directa.



Mas para realizar a sua tarefa, o grupo terá ainda de "consultar as
associações representativas dos agricultores" e pode "convocar a
participar outros técnicos das entidades representadas".

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/governo_cria_grupo_de_trabalho_para_preparar_nova_pac.html

Parlamento Europeu apoia transição para biocombustíveis com menor impacto ambiental

Foto: ©BELGA/DPA

Os eurodeputados votaram hoje a favor de medidas para acelerar a
transição dos biocombustíveis clássicos, como o etanol ou o biodiesel,
para os de segunda geração, como os produzidos a partir de algas ou
resíduos. O objectivo é reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa resultantes da crescente utilização de terrenos agrícolas para
a produção de biocombustíveis.

"Este debate foi muito difícil porque os interesses económicos
estiveram vincadamente presentes. Trata-se de um texto muito técnico,
mas com implicações económicas e éticas importantes", disse a relatora
da Comissão do Ambiente do PE, Corinne Lepage (ALDE, França).

O Parlamento Europeu defende que a quota de energia proveniente de
biocombustíveis "clássicos" ou de primeira geração, produzidos a
partir de cereais e outras culturas ricas em amido e culturas
açucareiras, oleaginosas e outras culturas energéticas cultivadas em
terra, não deve ser superior a 6% do consumo final de energia nos
transportes em 2020. Actualmente, o objectivo para 2020 está fixado
nos 10%.

Os eurodeputados são a favor de que sejam tidas em conta as emissões
de gases com efeito de estufa que resultam da crescente utilização de
terrenos agrícolas para a produção de biocombustíveis. Essas emissões
decorrentes das chamadas "alterações indirectas do uso do solo" (AIUS)
podem anular a redução das emissões associadas aos biocombustíveis.

Incentivo aos biocombustíveis avançados

Por seu lado, a quota de energia dos biocombustíveis "avançados" ou de
segunda geração, como os produzidos a partir de algas ou resíduos,
deve representar, pelo menos, 2,5% do consumo final de energia no
setor dos transportes em 2020, de acordo com as regras aprovadas pelos
eurodeputados.

Próximos passos

As alterações foram aprovadas por 356 votos a favor, 327 contra e 14
abstenções. O texto adoptado em plenário constitui a posição do
Parlamento Europeu em primeira leitura. Os Estados-Membros, reunidos
no Conselho, têm ainda de adoptar uma posição comum sobre esta
matéria. No caso de a posição do Parlamento e do Conselho serem
distintas, o texto voltará ao Parlamento para segunda leitura.

Fonte: PE

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/12b.htm

Há quem não saiba e fala demais. Há quem saiba e não é ouvido

Os períodos estivais são pródigos em acontecimentos mediáticos de
oportunismo (pessoal e institucional) e de populismo.

A pretexto da destruição e das mortes causadas pelos incêndios
florestais montam-se estratégias pessoais e institucionais que
aparentam necessitar destes acontecimentos catastróficos para
sobreviver. Será também a isto que se apelida de "indústria do fogo",
ou serão muitos destes protagonistas os porta-vozes desta "indústria"?

O facto é que se papagueiam alarvidades em cada Verão.

Veja-se apenas e só, sobre a famigerada limpeza das florestas:

1. No próprio conceito e operacionalização de limpeza, estes
protagonistas parecem confundir limpeza das florestas com a limpeza do
pó doméstico, ou mesmo com ações de voluntariado para a recolha de
lixo doméstico ou industrial, irresponsavelmente depositado por
indivíduos sem escrúpulos nos espaços florestais.

No que respeita às florestas, não se percebe se a referência é a
limpezas interespecíficas ou intraespecíficas, ou ambas. Nas
interespecíficas será removida qualquer coisa, ou há que evitar a
remoção de certas espécies florísticas, p.e. as protegidas? Nas
intraespecíficas, quais as habilitações necessárias para decidir que
plantas são removidas ou são deixadas intactas no local?

Sobre a operacionalização dessas limpezas em florestas, os apologistas
mediáticos referem-se a limpezas por meios manuais (talvez), por meios
motomanuais (menos provável), por meios mecânicos (só se forem
proprietários das máquinas), por meios químicos (desaconselhável à
pele), ou pelo pastoreio (como se controlam os bichos?) ou pelo fogo
controlado (de potencial efeito 2 em 1, em caso de descontrolo, limpa
a floresta e o "limpador")?

2. Na designação de determinados grupos sociais no envolvimento em
ações de limpeza das florestas, é comum a designação dos
desempregados, dos beneficiários do RSI ou dos reclusos.

Ora, por um lado importa ter em conta que estes grupos não são
homogéneos, designadamente quanto às motivações, às qualificações e às
experiências dos seus integrantes.

Por outro, não se assemelhando a uma limpeza do pó doméstico, quem
custeia a formação destas pessoas para ações de limpeza florestal e
por quantas vezes essa formação terá desempenho prático? Gastar fundos
públicos para formar e aproveitar só um ano é facilmente classificado
como despesismo. Formar-se-íam equipas permanentes? Os Serviços
Florestais tinham-nas em tempos que lá vão!

3. Em que terrenos ocorrerão tais operações de limpeza e quem as custeia?

Em matas públicas? Bom, são apenas e tão só 2% da área florestal
nacional. Se carecem de intervenção neste domínio? Efetivamente
carecem, neste e noutros. E até existe dinheiro público para tal,
suportado por todos nós, enquanto consumidores de combustíveis nas
nossas viaturas. Parte do custo por litro reverte para o Fundo
Florestal Permanente. E daí? Da cartola têm saído só coelhos!

Será para limpeza em superfícies florestais privadas? Bom, mas estas
têm dono e este tem direitos salvaguardados na Constituição. Não se
discute aqui se bem ou mal, é um facto!

E quem custeia estas intervenções? Os próprios proprietários privados,
esmagadoramente famílias e comunidades rurais, ou os contribuintes?

Bom, para serem os proprietários rurais, pressupõe-se que o façam face
a rentabilidade dos negócios de que possam usufruir nas suas terras,
seja na produção de bens (madeira, cortiça,...), seja na produção de
serviços (lazer, paisagem, combate à erosão, regularização dos regimes
hídricos – vulgo, segurar as margens de linhas de água para evitar
cheias, no sequestro de carbono, ...). A este respeito, menciona o INE
que a atividade silvícola está em declínio progressivo.

Os mercados tradicionais de produtos silvícolas evidenciam uma
concorrência imperfeita, dominados que estão por oligopólios
industriais, com estratégias empresariais extrativistas.

O rendimento líquido dos proprietários decresce há décadas, o
resultado é o abandono e a migração para o litoral ou a imigração
(vejam-se os vários Census).

Para ocorrerem operações de limpeza e necessário que ocorra uma gestão
florestal ativa. E o que é a gestão florestal ativa? É,
sinteticamente, a aplicação de métodos comerciais e de princípios
técnicos na administração de uma propriedade florestal.

O que temos nós crescentemente em Portugal? Uma situação de abandono
da gestão, quase generalizada em regiões onde predomina o minifúndio,
coincidentemente as de maior risco no que respeita à propagação dos
incêndios.

Importa ter presente que, a ausência de gestão não é mais do que uma
forma de gestão adequada às expectativas de rentabilidade do negócio.
Se estas são negativas ou nulas, o resultado é a não gestão, o
abandono e os incêndios cíclicos.

Desta forma, importa ouvir quem sabe, especialistas em florestas, em
economia agrária, em sociologia rural, em ordenamento do território,
em conservação da Natureza e autarcas. Estes curiosamente, ao
contrário dos habituais, não têm sido apologistas dos circos
mediáticos estivais.

Lisboa, 11 de setembro de 2013

A Direção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/12a.htm

Nem tudo são rosas

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Ricardo Brito Paes

Alertar e colocar o dedo na ferida, no que toca à Instalação de Jovens
Agricultores em Portugal, tal como a AJAP - Associação dos Jovens
Agricultores de Portugal tem vindo a fazer nos últimos tempos
publicamente e não apenas nos seus fóruns internos, não é de forma
nenhuma redutora nem desencorajadora, pelo contrário.

A AJAP tem 30 anos de história e muitos Jovens Agricultores
instalados, felizmente com uma taxa de sucesso bastante elevada.
Compete-nos a nós, em última instância, fazer este trabalho de alerta,
pois caso contrário, não ficaríamos de consciência tranquila. Temos
sido, inúmeras vezes, balões de oxigénio para muitos Jovens que já
desesperados vêm ter connosco, infelizmente nem sempre temos solução!

O Jovem Agricultor tem que estar consciente do passo que está a dar e
se, por si só, a agricultura é uma actividade de extrema
especificidade e complexidade, todos os meandros de um processo de
Instalação com apoios financeiros estatais e da EU, passa a assumir
contornos extremamente burocráticos e de grande responsabilidade para
o Proponente. Daí, os manifestos e preocupações da AJAP, para que
possa haver por parte do Ministério um maior controlo sobre os
Projectistas, tal como já existe para a elaboração de candidaturas PU,
SNIRA, SAA, entre outras.

É fundamental "balizar" este processo, porque em última instância quem
fica penalizado com o mau desempenho do Projectista é o Jovem. Têm
chegado à AJAP, nas últimas semanas, vários casos de Jovens
Agricultores que estão no limiar do 2º Pedido de Pagamento do Prémio
de Instalação (oito mil euros), e que para o mesmo ser efectuado o
Jovem tem que apresentar uma taxa de execução na ordem dos 80% do
Plano Empresarial, sob pena de terem que devolver verbas já recebidas
anteriormente.

São situações como esta, de extrema delicadeza e de grande
complexidade, que a AJAP tenta antever, daí o nosso "realismo" face
aos números gordos que têm vindo a público.

Neste novo Quadro Comunitário de Apoio 14/20 em preparação, as
Organizações de Produtores vão ter um grande destaque,
congratulamo-nos com essa medida, pois sem parcerias e aproveitamento
de sinergias, sem um verdadeiro espírito de "equipa", o que hoje não é
fácil, amanhã será praticamente impossível.

Se com as gerações passadas nem sempre foi possível estabelecer este
tipo de ligações, gostaríamos de "impor" esta cultura às novas, já em
actividade e às que estão para chegar, vamos deixar de ver o vizinho
como um concorrente mas como um parceiro estratégico, para que as
nossas explorações ganhem escala de mercado e se tornem mais
competitivas. Basta olharmos para os sectores de maior sucesso (ex:
frutas e hortícolas, vinho, azeite…), grande parte deve-se seguramente
a uma boa organização.

No entanto este "casamento" não tem que existir só entre Produtores, é
verdade que é o mais importante, mas as Associações, Cooperativas e
todas as Organizações que existem pelo país, têm um papel
preponderante neste processo, também elas devem ser aliadas e
verdadeiras colaboradoras dos seus Produtores, e não meras prestadoras
de serviços, têm além desse papel comercial, que começar a ter mais
crédito junto dos seus associados ou cooperantes.

Nesta matéria a AJAP tem-se pautado por fazer um trabalho de grande
proximidade junto dos seus Agricultores, mantendo Gabinetes abertos,
com Técnicos experientes nas principais zonas agrícolas do nosso país.

Em tempos que não são fáceis, os sacrifícios têm sido elevados, mas
estamos certos que este é o caminho e que mais tarde iremos colher os
frutos. Contudo, não deixamos de ter a humildade suficiente para
admitir que muito ainda está por fazer e que teremos ainda muito a
melhorar, porém na certeza que os nossos Agricultores nos vêem como
parceiros e que esta parceria terá seguramente um futuro risonho.

Ricardo Brito Paes
Presidente da AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

Publicado em 12/09/2013

http://www.agroportal.pt/a/2013/rbritopaes2.htm

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Anpromis e Agromais promovem ações científicas para uma maior competitividade da cultura do milho

No âmbito da sua política de crescimento, inovação e apoio ao sector,
a Anpromis e a Agromais desenvolvem no próximo dia 24 de Setembro, em
parceria com a consultora Manuela Varela Unipessoal, o projecto
MaisMilho, cujo objectivo é contribuir para o conhecimento e
divulgação de alguns factores que possam ser limitantes para a
competitividade da produção de milho, na região da Golegã.

Destinado a produtores, técnicos e todos os profissionais ligados ao
sector de produção de milho, a acção de formação conta com várias
visitas guiadas aos diversos campos de ensaio, onde é possível
analisar as várias opções escolhidas para tentar minimizar os estragos
provocados pelo Chephalosporium.

Nesta campanha, estão em curso alguns ensaios sobre os meios de luta
contra o Chephalosporium, doença que provoca avultados prejuízos no
milho. A realização destes ensaios envolve as empresas que aceitaram
participar neste projecto, nomeadamente as empresas de sementes
Monsanto, Pioneer, Syngenta e Fitó, que disponibilizaram as suas
variedades para o estudo da doença. Esta iniciativa conta ainda com a
participação de empresas de agroquímicos como seja a Sapec e
aSyngenta, que garantiram o melhor controlo das infestantes e pragas e
as empresas de fertilização, ADP, Fertinagro, Tecniferti e Timac Agro,
com um contributo muito importante ao nível da nutrição das plantas.

A inscrição é obrigatória e deverá ser remetida, até ao próximo dia 17
de Setembro (3ª feira), para o e-mail da Anpromis
(anpromis@anpromis.pt), bastando para o efeito indicar o nome(s) do(s)
participante(s), nesta iniciativa.

fonte: MULTICOM

Alexandre Relvas exporta vinho em garrafas de plástico

6 de Setembro de 2013 por Hipersuper

A Casa Agrícola Alexandre Relvas (CAAR) está a exportar para a Bélgica
vinho em garrafas de plástico (PET – politereftalato de etileno, um
polímero termoplástico) e as vendas estão 30% acima das expectativas
da empresa produtora de vinho alentejano.

Com um investimento de 50 mil euros, feito em parceria com a
Logoplaste, a produtora preparou-se para responder à crescente procura
por vinho em garrafas de plástico nos mercados internacionais. A
empresa, também produtora de cortiça, faz questão de sublinhar que as
rolhas de cortiça continuam a desempenhar um importante papel na
actividade e que esta aposta "respeita as tendências de mercado a que
tem de dar resposta".

Em Portugal…

No mercado nacional, em parceria com a Sonae MC, proprietária dos
supermercados Modelo Continente, a CAAR acabou de lançar uma nova
marca de vinho: "Monte dos Amigos".

Dirigido a um público consumidor mais jovem e descontraído, que gosta
de apreciar um bom vinho sem preconceitos, o "Monte dos Amigos" está
disponível na versão Branco (Antão Vaz, Encruzado e Viognie), com
aromas a pera e frutos tropicais e um paladar fresco e frutado, e Rose
(Aragonez, Touriga Nacional e Syrah), com aromas a frutos vermelhos e
flores brancas e um paladar guloso e fresco.

Localizada no Redondo, a CAAR foi fundada em 1997 por Alexandre Relvas
e dedica-se à produção e comercialização de vinho regional alentejano.

http://www.hipersuper.pt/2013/09/06/alexandre-relvas-exporta-vinho-em-garrafas-de-plastico/

Portugal é o segundo país da UE com menos emissões de CO2 através dos carros

LUSA

10/09/2013 - 12:22

O país com menos emissões foi a Dinamarca, enquanto o terceiro lugar é
ocupado pela Holanda

Quercus acredita que a crise terá levado a decréscimo das vendas de
novos veículos ligeiros REUTERS


Portugal é o segundo país da União Europeia com menores emissões de
dióxido de carbono através da frota automóvel, o que se deve à
dimensão mais reduzida e menos poluente dos veículos, aos benefícios
fiscais e à crise económica.


Um estudo publicado esta terça-feira em Bruxelas pela Federação
Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual faz parte a
associação Quercus, indica que os novos veículos ligeiros em Portugal
emitiram, em média, 117,7 gCO2/km em 2012.


O país com menos emissões foi a Dinamarca, enquanto o terceiro lugar é
ocupado pela Holanda.
Segundo a Quercus, este "desempenho positivo de Portugal" deve-se ao
facto de a frota média de automóveis ligeiros ser dominada por
veículos de dimensões mais reduzidas (e menos poluentes) e da carga
fiscal beneficiar os veículos menos poluentes.


"A crise económica que o país atravessa terá também resultado no
decréscimo das vendas de novos veículos ligeiros, destacando as vendas
dos mais eficientes", escreve a Quercus em comunicado.


Este estudo — intitulado 'How Clean are Europe's Cars' (PDF) — mostra
o progresso anual feito pelos fabricantes de automóveis para reduzir o
consumo de combustível e as emissões de CO2 dos novos veículos
ligeiros de passageiros colocados no mercado europeu, por comparação
com as metas de emissões para 2015.

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/portugal-e-o-segundo-pais-da-ue-com-menos-emissoes-de-co2-atraves-dos-carros-1605375

Governo prepara pacote legislativo para gestão florestal

inShare

O Governo está a preparar um pacote de emergência legislativo, no qual
se prepara para assumir a função dos privados na gestão florestal, e
que será apresentado no final do Verão, avança hoje a Antena1.

De acordo com a estação de rádio pública, que divulga hoje uma
entrevista com o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento
Rural, Francisco Gomes da Silva, trata-se de um pacote de emergência a
que o executivo chama "murro na mesa".

Segundo o governante, o Estado prepara-se para assumir a função dos
privados na gestão da floresta", sendo o "objetivo ficar com as
propriedades sem dono conhecido para que possam ser tratadas,
prevenindo incêndios".

O secretário de Estado revelou na entrevista, que será emitida na
íntegra na Antena 1 depois do noticiário das 10:00, que "vai ficar
definido o procedimento pelo qual um terreno [sem dono conhecido]
passa a ser propriedade pública".

Além disso, será também criada legislação para permitir que o Governo
intervenha de "forma mais direta quando o proprietário não limpa os
terrenos".

A rádio avança ainda que a moldura penal dos crimes de fogo posto não
será aumentada, mas a magistratura será sensibilizada para estes
casos.

As novas medidas serão apresentadas no final do verão.

Ja na semana passada, o ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, admitiu em entrevista à SIC Notícias medidas excecionais nas
florestas: "Se não é possível encontrar um proprietário, notificar o
proprietário, a prevenção pára no limite da propriedade privada. Ora
isso não pode acontecer", afirmou.

Na entrevista à SIC, o ministro também reconheceu que são necessárias
medidas excepcionais na prevenção. defendeu Macedo. "Se o proprietário
não responde ou faz nada, deve haver uma lei que permita, por
excepção, uma intervenção directa sobre essa propriedade", disse o
ministro.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=655609

Danone vende fábrica

Postos de trabalho não estão em causa



A empresa francesa de laticínios Danone anunciou ontem que vai vender
a fábrica de Castelo Branco, mas garante que manterá a produção e os
postos de trabalho.

Hoje, 01h00
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Por:J.F.S.



Num comunicado, a Danone afirma que chegou a um acordo para "venda da
sua atividade industrial em Portugal à Schreiber Foods", uma empresa
norte-americana com quem tem diversas parcerias. Este acordo também
engloba as unidades na Bulgária e na República Checa.

A fábrica de Castelo Branco emprega 110 pessoas, mas a empresa
francesa garante que a operação de venda "irá preservar a continuidade
dos postos de trabalho e da atividade industrial em Castelo Branco"
devido ao "contexto de crise" em alguns mercados locais, que tem
levado a uma redução do poder de compra.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/danone-vende-fabrica

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pagamento das ajudas directas aos agricultores antecipado para Outubro

O Governo tinha pedido a antecipação dos apoios comunitários devido
"ao prolongado período de chuvas" deste ano, que prejudicou a execução
dos trabalhos agrícolas e levou à perda de rendimento dos agricultores

A Comissão Europeia autorizou a antecipação para outubro do pagamento
de 320 milhões de euros de ajudas diretas aos agricultores, que estava
previsto para dezembro, anunciou o Ministério da Agricultura e Mar
(MAM).

O Governo tinha pedido a antecipação dos apoios comunitários devido
"ao prolongado período de chuvas" deste ano, que prejudicou a execução
dos trabalhos agrícolas e levou à perda de rendimento dos
agricultores.

O pagamento representa 50% das ajudas do Regime de Pagamento Único
(RPU) e do prémio aos ovinos e caprinos e 80% do prémio à vaca em
aleitamento.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/pagamento-das-ajudas-directas-aos-agricultores-antecipado-outubro

Transportes e agricultura geram emprego

06.09.2013 | Por Cátia Mateus

Depois de em 2008 ter diversificado a sua atividade passando a atuar
também na área da agricultura, o Grupo Paulo Duarte, especialista no
transporte rodoviário de mercadorias, está em crescimento. Só este
ano, a empresa já integrou 140 novos colaboradores e continua a
recrutar novos elementos para as várias áreas do seu negócio.

Desde o inicio do ano, o Grupo Paulo Duarte , especialista no
transporte rodoviário de mercadorias a nível nacional e internacional,
já recrutou mais de 140 novos colaboradores, fazendo crescer para 800
o número de profissionais que integra a organização que tem vindo a
expandir as suas áreas de atuação. Quando há mais de 40 anos José
Paulo Duarte, presidente do Grupo Paulo Duarte, recebeu das mãos do
pai a missão de gerir a transportadora, assumiu o desafio mas colocou
na gaveta a sua grande paixão: a agricultura. Engenheiro agrónomo de
formação, teve em 2008 a possibilidade de adquirir a Abrunhoeste
(organização de produtores) e assim agregar à atividade do grupo, que
permanece maioritariamente ligada ao transporte rodoviário, a
agricultura. Hoje o sector representa uma importante fatia do
investimento do grupo e está a contribuir em muito para a dinâmica de
recrutamentos que se vive atualmente na empresa.

Para Gustavo Paulo Duarte, diretor comercial do Grupo Paulo Duarte, a
ligeira quebra nas vendas que o grupo sentiu no ano passado está
minimizada. Apesar de ainda não estarem fechados os números relativos
ao primeiro semestre deste ano, o diretor comercial, confirma "um
ligeiro crescimento nos primeiros seis meses de 2013". Para esta
mudança terão contribuído os novos projetos conquistados pelo grupo,
ainda em finais do ano passado e já este ano, na agricultura e nos
transportes.

Quase no fecho de 2012, O Grupo Paulo Duarte estabeleceu uma parceria
com a cadeia hoteleira Vila Galé para criar a empresa SV Frutas,
destinada a produzir pêra-rocha na Herdade da Figueirinha, em Beja. Ao
mesmo tempo que mantém a sua produção na Região do Oeste, com a
Abrunhoeste, cuja produção é maioritariamente (95%) exportada para
várias geografias, com destaque para a Irlanda, "o grupo assinou
também uma parceria com a Sumol+Compal para a plantação de fruta de
caroço (ameixas e nectarinas) no Algarve", explica Gustavo Paulo
Duarte.

No sector dos transportes, o crescimento também prossegue. A empresa
já operava em Angola e expandiu no ano passado a sua atividade para
Moçambique. Em paralelo, alargou o leque de serviços prestados à Galp,
nomeadamente ao nível da distribuição de combustíveis para aviões e
navios, que corresponde a um aumento de 30% do volume transportado
para a petrolífera e tornou-se, já este ano, responsável pelo
transporte exclusivo no mercado nacional, do açúcar a granel produzido
pela RAR, que tem uma capacidade produtiva instalada de 250 mil
toneladas por ano.

Além dos novos investimentos, reconhece o diretor comercial que "houve
no verão um inesperado incremento de atividade, sinal de alguma retoma
económica da qual os transportes são os primeiros indicadores, na
medida em que o facto de haver transporte é sinónimo da realização de
novas compras e vendas". Juntos, todos estes fatores estão a
contribuir para que a empresa prossiga um nível de dinamismo que
parece em contraciclo com a conjuntura nacional, sobretudo no índice
de recrutamentos.

Entre as 140 novas contratações já realizadas este ano, estão
sobretudo perfis recrutados para exercer funções de motorista,
mecânico e secretariado/administrativos na transportadora e, na
Abrunhoeste, na área do embalamento e escolha da calibração das
frutas. Gustavo Paulo Duarte salienta o relevante número de empregos
criados e confirma que o grupo não deverá ficar por aqui nas novas
contratações. Há neste momento 20 vagas em aberto, maioritariamente
para a função de motorista, mas o diretor acrescenta que até ao final
do ano a empresa deverá voltar a contratar. Nos profissionais que
seleciona, o Grupo Paulo Duarte procura "elevado grau de
responsabilidade, experiência profissional na área ou função a que se
candidatam e sentido de compromisso com a empresa", reforça o diretor
comercial.

O grupo prevê que já em 2014 esteja concluído o investimento de três
milhões de euros na plantação de variadas espécies de fruta, pelo que
é altamente provável que existam nos próximos meses novos momentos de
contratação.

http://expressoemprego.pt/noticias/transportes-e-agricultura-geram-emprego/3195

Sobre as declarações do Secretário de Estado das Florestas

PCP

Aos órgãos de informação:



Face às declarações do Secretário de Estado das Florestas, à Antena1,
esta manhã, anunciando que brevemente ficará definido o procedimento
pelo qual um terreno passa a ser propriedade

pública, quando não tenha dono conhecido, e admitindo alterações ao
modelo de aplicação de multas a quem viola a lei ao não limpar os
terrenos, no que apelidou de "pacote de emergência" e

"murro na mesa", o PCP lembra que, em todas as fases de incêndios que
destroem importantes parcelas do património nacional, há sempre
anúncio de medidas, mais ou menos estridentes, que

são sempre apresentadas como as que resolverão todos os problemas, sem
que, posteriormente, se confirme quer a concretização de tais medidas,
quer o seu anunciado impacto.

Relativamente a estes anúncios, o PCP recorda que, apesar das decisões
sucessivamente tomadas e dos anúncios repetidos, o Cadastro Florestal
continua por fazer, apesar de ser um instrumento

essencial para se conhecer o que existe e para a concretização de uma
política de ordenamento florestal.

Por outro lado, não deixa de ser curioso que o Governo do PSD/CDS
venha agora anunciar como grande medida, o esbulho aos pequenos
agricultores de courelas que levaram uma vida a

conquistar, quando, há três anos, se pronunciaram contra ela. O então
vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, hoje Ministro do
Ambiente, face a um anúncio semelhante, em Agosto de 2010, do
Ministro da

Agricultura de então, considerou tais declarações como "uma manobra de
diversão, uma 'gaffe' de Verão", que revelariam uma "certa imaturidade
política", enquanto Paulo Portas, Presidente do CDS-PP,
acusava

o ministro de promover um "PREC mental". Tal anúncio, como o PCP na
altura chamou a atenção, não passou de um título para viver, no dia
seguinte, nas páginas dos jornais, sem qualquer consequência.

Por outro lado, será necessário assinalar que o Ministério da
Agricultura tem a responsabilidade de gerir as matas nacionais e tem
também responsabilidades na gestão do baldios que estão na

modalidade B, para além de ter a responsabilidade de fazer a
fiscalização em toda a floresta nacional e particularmente nas áreas
protegidas.

Ora, o continuado desmantelamento dos serviços do Ministério da
Agricultura, promovido pelos sucessivos governos, e agravados pela
aplicação do Pacto de Agressão, mostram à evidência que o

problema não está na legislação existente, nem é necessária mais
legislação. O que é necessário é aplicar a existente, com o apoio
devido de fundos públicos, que existem, e Serviços Florestais com

funcionários.

O que faz falta é por em prática uma política de defesa do ordenamento
florestal, e de prevenção dos incêndios, política que está definida e
consensualizada na Assembleia da República. O que faz

falta é o Ministério da Agricultura garantir os meios para essa medida
e, desde logo repor o corte de 162,5 Milhões de euros, 37% do
programado, dos quais menos 50 M € na Minimização de Riscos e

menos 29 M€ no Ordenamento e garantindo a sua execução, pois as taxas
de execução são baixíssimas - em Julho de 2013 - 42%, quando estamos
no último ano do Programa.

12.09.2013

A Comissão do PCP para as questões da Agricultura

Produção nacional de milho cresce, de forma significativa, num ambiente de acentuada volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial


Os dados recolhidos pela ANPROMIS, junto das Organizações de Produtores que constituem o seu Conselho Geral - as quais, recordamos, concentram cerca de 75% da produção nacional de milho grão – apontam para que a campanha de comercialização que agora se inicia, seja a mais produtiva de sempre, contribuindo de forma significativa para o tão necessário aumento do nosso auto-abastecimento em cereais.

Comparando as previsões para 2013, face a 2010, constatamos que no espaço de 4 campanhas a produção de milho comercializada pelos membros do Conselho Geral da ANPROMIS, aumenta cerca de 50%.

Analisando com maior pormenor os dados recolhidos, conclui-se que o maior aumento se verificou nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo em consequência, por um lado, da recuperação de áreas anteriormente semeadas com esta cultura e por outro, pelo surgimento de novas zonas de regadio, entre as quais Alqueva, onde esta cultura aumentou desde a última campanha agrícola cerca de 70%, passando de 3.558ha para os actuais 5.925ha.

2010

2011

2012

2013*

Agrocamprest

2

1

1

1

Agromais

75

102

108

120

Cadova

9

12

13

14

Cappa

1

2

2

2

CDA

10

9

13

14

Cersul

18

33

31

35

Coop. Agric. Beja e Brinches

3

8

14

15

Coop. Agric. Coimbra

13

13

12

12

Globalmilho

24

27

33

40

Searalto

17

25

29

30

Terramilho

22

24

29

30

TOTAL

195

257

284

313

 

Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, "as ultimas campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os agricultores portugueses e para a economia nacional. No entanto, há que não esquecer que nem sempre os mercados respondem às legítimas expectativas dos produtores».

Apesar da crescente volatilidade dos preços que caracteriza o mercado mundial de cereais nos últimos anos, os produtores nacionais de milho têm revelado, consistentemente, capacidade não só de responder às necessidades do mercado, como também de ir ao encontro dos novos desafios que lhe são colocados. A comprová-lo, está o aumento da área de milho grão em Portugal no último ano (+ 6.982ha), que traduz de forma inequívoca a capacidade de investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa altura de acentuadas restrições financeiras.

 


fonte: Multicom

 

 

Desflorestação da Amazónia brasileira aumentou um terço no último ano

Lusa
2:35 Quarta feira, 11 de setembro de 2013


Rio de Janeiro, 11 set (Lusa) - A desflorestação da floresta Amazónia
brasileira aumentou de ritmo e cresceu um terço no último ano,
terminando com um período de oito anos de diminuição do ritmo da
desarborização, revelam dados divulgados por fonte oficial.

A Amazónia perdeu 2.765,62 quilómetros quadrados de selva entre agosto
de 2012 e julho de 2013 - o tempo que o governo brasileiro usa como
referência - confirmam os dados do sistema de vigilância por satélite
DETER, do Instituto Nacional de Investigação Espacial.

Este número da desflorestação é 34,84 % superior à superfície apurada
no ano anterior quando foi registada a desarborização de 2.050,97
quilómetros quadrados.

http://expresso.sapo.pt/desflorestacao-da-amazonia-brasileira-aumentou-um-terco-no-ultimo-ano=f829863

Comissão Parlamentar de Agricultura aprova grupo de trabalho para os incêndios

inShare

10 de Setembro, 2013
A Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar aprovou hoje, por
unanimidade, a criação de um grupo de trabalho para os incêndios
florestais e a realização de visitas às áreas ardidas mais afectadas,
que devem ter início em Outubro.

O deputado do PCP João Ramos disse hoje à agência Lusa que o próximo
passo será decidir, em conferência de líderes, a participação também
de membros das comissões parlamentares de áreas relacionadas com o
combate aos incêndios, como a Administração Interna, o Ambiente e a
Defesa, neste grupo de trabalho.

"A ideia é tornar a discussão abrangente nas várias vertentes do
combate aos incêndios, estimulando a reflexão", disse o deputado do
PCP, partido que propôs a criação do grupo.

No requerimento que apresentou no início de Setembro, o PCP frisa que
a "grave situação, em área ardida, em perdas materiais, em vítimas
humanas acentua a demonstração de que a eventual melhoria e maior
apostar no dispositivo de combate a incêndios [...] não resolve o
problema de fundo".

João Ramos estimou que o grupo de trabalho comece a reunir-se em
Outubro, depois da conferência de líderes.

No combate aos incêndios florestais morreram este ano oito bombeiros.
As chamas consumiram cerca de 3.800 hectares.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=84268

Um terço dos alimentos produzidos é desperdiçado, diz FAO

inShare

Um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo é desperdiçado, com
um custo anual de 570 mil milhões de euros para a economia global,
revela um relatório hoje apresentado pela agência das Nações Unidas
para a alimentação.

A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), sediada em
Roma, diz que 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos são
desperdiçados todos os anos.

"Um terço dos alimentos produzidos hoje em dia perde-se ou é
desperdiçado... o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da
Suíça", disse o diretor-geral da agência, o brasileiro José Graziano
da Silva, na conferência de imprensa de apresentação do relatório.

"Não podemos simplesmente permitir que um terço de todos os alimentos
que produzimos seja perdido ou desperdiçado devido a práticas
inadequadas, quando 870 milhões de pessoas passam fome todos os dias",
acrescentou.

O diretor do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Achim
Steiner, descreveu o problema como um "fenómeno chocante".

"É uma grande chamada de atenção. Podemos até não ter identificado
muitos dos impactos indiretos do desperdício alimentar... e os custos
que serão suportados pelos nossos filhos e netos", disse.

"Em menos de 37 anos haverá mais dois mil milhões de pessoas na
população mundial. Como conseguiremos alimentar-nos no futuro?",
questionou.

Steiner afirmou que a eliminação do desperdício alimentar tem um
"enorme potencial" na redução da fome e apelou a todos os cidadãos
para que tomem medidas individuais para abordar o assunto.

"Cada um de nós tem um papel a cumprir. A começar com o ridículo
fenómeno, nos países ricos, de não comprar vegetais imperfeitos",
disse, acrescentando que o excesso de zelo na observação dos prazos de
validade também contribui para o desperdício de grandes quantidades de
alimentos.

Os países ricos desperdiçam na fase do consumo, enquanto os países em
desenvolvimento desperdiçam durante a produção, revela a FAO, que
aponta o caso particular da Ásia, onde mais de 100 quilos de vegetais
per capita são desperdiçados por ano nos países industrializados,
incluindo a China, o Japão e a Coreia do Sul.

Segundo a organização, este desperdício provoca grandes perdas
económicas, mas também tem graves impactos nos recursos naturais dos
quais a humanidade depende para se alimentar, nomeadamente no clima,
no consumo de água, no uso do solo e na biodiversidade.

Todos os anos, a produção de alimentos que não são consumidos utiliza
um volume de água equivalente ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia,
e é responsável pela emissão de 3,3 mil milhões de toneladas de gases
com efeito de estufa na atmosfera.

Os alimentos produzidos mas não consumidos ocupam 30% da terra
cultivada em todo o mundo.

"A redução do desperdício alimentar permite, não só evitar a pressão
sobre recursos naturais escassos, mas também reduzir a necessidade de
aumentar a produção de alimentos" para responder à procura de uma
população mundial em crescimento acentuado", conclui ainda a FAO.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=655457

CM e BPI promovem Prémio Agricultura 2013

O Correio da Manhã e o BPI promovem a 2ª. edição do Prémio
Agricultura. As candidaturas já estão abertas. Para marcar o arranque
desta iniciativa a CMTV conversou com Paulo Fernandes, presidente do
grupo Cofina Media e Fernando Ulrich, presidente do BPI.

11 de Setembro, 21h09
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A entrevista na íntegra é emitida esta quinta-feira, logo a seguir ao
CM Jornal da hora de almoço, depois das 14h30.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/cm-tv/atualidade/cm-e-bpi-promovem-premio-agricultura-2013

Duas Grandes nomeações para Portugal numa das Revistas Mais Prestigiadas do Sector Vitivinícola

A Wine Enthusiast, uma das mais influentes revistas vitivinícolas
americana, com milhares de assinantes enófilos em todo o mundo, acaba
de nomear Portugal em duas categorias diferentes: Região do Ano
(Douro) e Adega Europeia do Ano (João Portugal Ramos Vinhos)

"A Região do Ano "

Uma das eleitas para a categoria "A Região Mundial do Ano" recaiu
sobre a prestigiada Região Demarcada do Douro, pela excepcional
qualidade dos recém-lançados vinhos do Porto 2011 e pelo trabalho
desenvolvido nestes últimos anos com vinhos de grande destaque.

O Douro concorre com outras quatro regiões : Paso Robles (California
), Rías Baixas (Espanha), Stellenbosch (Africa do Sul), Walla Walla (
no estado de Washington).

''Adega Europeia''

Quanto à "Adega Europeia" a nomeação vai para João Portugal Ramos
Vinhos. A revista refere que "João Portugal Ramos iniciou a sua
carreira como enólogo no Alentejo antes de lançar a sua própria
empresa no começo dos anos 90. Hoje, é um dos principais produtores de
Portugal". Por seu lado, João Portugal Ramos sente-se muito honrado
por estar numa lista com nomes tão importantes do panorama
vitivinícola europeu:

"Termos sido escolhidos para esta distinção é realmente espantoso e
mostra que lá fora estão atentos ao árduo trabalho que estamos a
desenvolver no Alentejo e nas outras regiões de Portugal. A Wine
Enthusiast é das revistas mais prestigiadas nos Estados Unidos … estas
nomeações são de facto muito importantes para o nosso país" refere.

Concorrem a este prémio empresas tão distintas como a Axa Millésimes e
Vins de Michael Gassier (França), Marqués de Riscal (Espanha) e
Produttori del Barbaresco (Itália).

Recorde-se que, recentemente, João Portugal Ramos entrou nos vinhos
verdes, tendo lançado a sua primeira colheita em Abril 2013 com o
Alvarinho João Portugal Ramos, estando também presente, para além do
Alentejo, no Tejo, no Douro e nas Beiras.

Fonte: JPR

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/11.htm

Bruxelas publicou um texto quase definitivo do novo regulamento da OCM única

O Conselho da UE publicou, através do seu registo público de
documentos, a versão refundida em inglês do primeiro dos regulamentos
da nova PAC (o da OCM única) tal como ficou depois do acordo no
"trílogo" (Comissão, Parlamento e Conselho) de Junho.

Espera-se que nos próximos dias sejam dadas a conhecer as versões
consolidadas dos outros regulamentos da nova PAC, e que nas próximas
semanas sejam traduzidos nos 21 idiomas oficiais.

Ainda que estes textos não sejam ainda definitivos, podem ajudar a
ter-se uma ideia quase completa do quadro jurídico da nova PAC, e
sobretudo, de que se confirme o fecho do acordo sobre os orçamentos.

O texto pode ser consultado em:
http://register.consilium.europa.eu/pdf/en/13/st13/st13369.en13.pdf

Fonte: Agrodigital

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/10a.htm

GNR deteve alegado incendiário no concelho de Pinhel

inShare

A GNR anunciou hoje a detenção de um homem de 48 anos, serralheiro,
por suspeita de ter originado um incêndio florestal na localidade de
Juízo, freguesia de Azêvo, no concelho de Pinhel.

Fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda disse à agência Lusa
que o homem, residente na localidade de Juízo, é suspeito de ter
provocado o incêndio quando "efetuava o corte de uma viga de aço com
uma rebarbadora", no perímetro de uma serralharia.

A fonte indicou que as chamas, que tiveram início pelas 12.30,
destruíram uma área de mato com cerca de 300 metros quadrados.

"Só não ardeu mais devido à pronta intervenção dos habitantes e dos
Bombeiros Voluntários de Pinhel", disse.

O detido foi notificado para comparecer na quinta-feira no tribunal de
Pinhel, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventual
medida de coação.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=655492

Bombeiros merecem soluções que evitem novas tragédias

Publicado ontem


O secretário de Estado da Administração Interna afirmou, esta
quarta-feira, em Leiria, que os bombeiros que morreram no combate aos
incêndios merecem que técnicos e políticos encontrem soluções para que
sejam evitadas novas tragédias.


foto PAULO JORGE MAGALHÃES/GLOBAL IMAGENS
O presidente da Câmara de Leiria apelou ao apoio à aquisição de equipamentos


"Não nos habituamos e não nos conformamos" com "a rotina" com que os
bombeiros e as populações se deparam "todos os verões", salientou
Filipe Lobo d'Ávila, secretário de Estado da Administração Interna.

"É necessário repensar a forma como olhamos para a prevenção", tomando
"medidas a título excecional", nomeadamente "no âmbito das reformas na
área das florestas, que não estão concluídas", defendeu.

Presente em Leiria, durante o Dia Nacional do Bombeiro Profissional e
perante mais de 300 operacionais, o governante sustentou que é preciso
também "reequacionar o papel dos bombeiros na área da prevenção".

Filipe Lobo d'Ávila lembrou, ainda, que algumas das medidas "não são
da exclusiva ou mesmo da competência" do Ministério da Administração
Interna e sublinhou que "só em conjunto podem ser encontradas soluções
para enfrentar problemas" com que Portugal se depara "todos os
verões".

Por sua vez, o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, apelou ao
apoio à aquisição de equipamentos de proteção individual a bombeiros e
elementos da Proteção Civil.

O governante local aproveitou, também, a presença do secretário para
alertar para "o deficiente funcionamento da central de emergência 112,
desde que foi centralizada em Lisboa", uma vez que "as pessoas chegam
a estar mais de 15 minutos à espera para serem atendidas" e "impede
que os corpos de bombeiros possam responder diretamente a chamadas e
chegar mais rapidamente ao local das ocorrências".

O autarca sustentou, por fim, que "é fundamental agravar a moldura
penal do crime de fogo posto, para dissuadir a prática destes atos,
que destroem um bem que é de todos", reforçar a fiscalização e "acabar
com a plantação indiscriminada de eucaliptos, por ser uma espécie
altamente inflamável".

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3414844&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1

Toxina em leite dos Açores pouco acima do permitido

Uma pessoa de 100 quilogramas teria de ingerir entre 5.000 e 200 mil
litros de leite por dia, «durante muito tempo», para sentir efeitos

Por: tvi24 / CP | 2013-09-10 14:07

A toxina encontrada no leite dos Açores retirado do mercado tinha
níveis de concentração ligeiramente superiores aos permitidos pela
União Europeia, mas só a ingestão diária continuada de milhares de
litros por uma pessoa poderia ter impacto na saúde.

A explicação foi dada à agência Lusa pelo diretor dos Serviços de
Veterinária da Direção Regional da Agricultura dos Açores, Hernâni
Martins, que esclareceu que os estudos conhecidos referem que a
aflatoxina M1 «apresenta alguns aspetos que são cancerinogéneos».

No entanto, acrescentou que, por exemplo, uma pessoa de 100
quilogramas teria de ingerir entre 5.000 e 200 mil litros de leite por
dia, «durante muito tempo», para sentir efeitos semelhantes aos
detetados em ratos submetidos a experiências de laboratório.

Assim, sublinhou que em causa, neste momento, nos Açores, estão «as
exigências legais» no seio da União Europeia (UE), que estabeleceu um
limite máximo de concentração daquela toxina que é, por exemplo, dez
vezes inferior ao permitido pela lei nos Estados Unidos da América.

A UE adotou como limite máximo de concentração 0,05 µg/kg, «um limite
legal» que é muito pequeno, afirmou o responsável, dizendo que os
níveis detetados em leite produzido em S. Miguel são ligeiramente
superiores (entre 0,07 µg/kg e 0,09 µg/kg).

«É mais um aspeto legal que propriamente de perigo para a saúde
pública», afirmou.

Hernâni Martins explicou, ainda, que a presença da aflatoxina M1 no
leite resulta da ingestão pela vaca da toxina aflatoxina B1, presente
em rações com bolor.

«Não é uma doença, não é um animal doente que transmite [a toxina]»,
explicou, dizendo que, se a vaca deixar de consumir a ração com bolor,
num espaço de poucos dias deixa de produzir leite com aflatoxina M1.

O problema é, por isso, «sempre localizado e sempre pontual»,
reforçou, dizendo que estão a ser feitos testes também na ilha
Terceira, não tendo, até agora, sido detetado o mesmo problema.

Na segunda-feira, o Governo dos Açores já tinha assegurado que «não
está em causa» qualquer questão relacionada com a saúde pública.

Apesar disso, considerou que o procedimento seguido pelas indústrias
de laticínios, e que consiste na retirada desse leite da distribuição,
«constitui o procedimento preventivo adequado».

Uma nota do gabinete de imprensa do Governo dos Açores referia ainda
que a Secretaria Regional dos Recursos Naturais tem acompanhado e
«monitorizado», através do Laboratório Regional de Veterinária, a
situação, visando a «avaliação da eficácia» das «várias medidas
preventivas» quanto à comercialização de leite UHT produzido na ilha
de S. Miguel e «corretivas no que toca à produção de rações na mesma
ilha».

Ainda de acordo com a mesma nota, no que concerne às rações produzidas
com o lote de milho proveniente da Bulgária, identificado como sendo a
«causa desta situação», as mesmas foram «recolhidas de circulação» e
«vão ser destruídas», bem como «reforçados os mecanismos de controlo»
relativos à alimentação animal.

A empresa de laticínios BEL foi a única que até agora assumiu que
retirou do mercado lotes de leite UHT produzido nos Açores onde
detetou uma concentração de aflatoxina M1 de 0,074 µg/kg.

«Segundo o Codex Standart 193-1995, norma internacional de referência
para a análise de saúde alimentar e proteção do consumidor, não existe
qualquer risco para a saúde pública até ao limite máximo de 0,5 µg/Kg.
Esta normativa foi subscrita por 185 países a nível mundial, entre
outras entidades, nomeadamente a Organização Mundial da Saúde. Apesar
desta referência de intervalo, indicado pelo Codex, a União Europeia
adotou pelo valor de 0,05 µg/kg, isto é, um valor dez vezes inferior
ao definido pelo Codex», lê-se num comunicado da empresa, que
«assegura que todo o seu leite UHT em comercialização está em
conformidade com os limites legais».

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/toxina-leite-acores-tvi24/1488200-4071.html