sábado, 27 de setembro de 2014

CIC aumenta previsões de colheita de cereais

26-09-2014 
 
O Conselho Internacional de Cereais (CIC) reviu em alta as suas estimativas para a produção mundial de trigo, milho e soja em 2014/2015.

O CIC prevê uma produção mundial de trigo em 717 milhões de toneladas frente às 713 milhões estimadas em Agosto. Este aumento deve-se a melhores colheitas esperadas na União Europeia (UE); na Comunidade de Estados Independentes e na China. O valor revisto supõe um novo máximo histórico depois das 713 milhões de toneladas em 2013/2014.

A previsão de existências mundiais no final da campanha 2014/2015 não mudou desde Agosto e situa-se em 195 milhões de toneladas, em comparação a 187 milhões no final de 2013/2014.   

Em relação à produção mundial de milho, o CIC estima em 947 milhões e toneladas, mais um milhão que em Agosto mas menos nove milhões que na campanha de 2013/2014. A revisão em alta deve-se aos melhores resultados esperados na UE; nos Estados Unidos e na Rússia. As existências no final da campanha previstas são de um milhão de toneladas acima do mês de Agosto, atingindo um total de 191 milhões, após 176 milhões alcançados no final de 2013/2014.

A produção global de soja estima-se em 310 milhões de toneladas contra as 304 esperadas no fim de Agosto e as 282 colhidas em 2013/2014. A correcção em alta é consequência dos aumentos esperados nos Estados Unidos. Para as existências no final da campanha prevê-se um total de 39 milhões de toneladas, mais 10 milhões que na campanha anterior.

Fonte: Agrodigital

Eurodeputada do PCP questiona Bruxelas sobre ajudas a agricultores afectados

26-09-2014 
  
A eurodeputada do PCP Inês Zuber questionou a Comissão Europeia sobre a possibilidade de as zonas da Lourinhã e de Setúbal serem apoiadas, na sequência dos recentes estragos provocados pela chuva.

Considerando que «nos últimos dias várias regiões do Centro de Portugal foram surpreendidas com fortes chuvas que destruíram cerca de uma centena de hectares de cultura hortícolas», a deputada europeia quer saber qual o apoio previsto para minimizar o impacto dos danos.

«Das regiões mais afectadas contam-se a Lourinhã, onde se estima que cerca de dois terços da produção de hortícolas não chegará aos mercados da região, e a região de Setúbal, onde a produção de tomate foi perdida em alguns casos em cerca de 90 por cento, sendo que na região se estima ter sido perdida 15 a 20 por cento da sua produção», salienta Inês Zuber no documento.

A eurodeputada quer saber qual o apoio que está previsto no Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (Proder), designadamente na medida "Minimização dos Riscos no Espaço Florestal e Agro-Florestal" e ainda na medida "Restabelecimento do Potencial de Produção Agrícola".

«Existe ainda, no actual quadro, a possibilidade de restabelecimento do potencial de produção agrícola afectado por catástrofes naturais e introdução de medidas de prevenção adequadas», questiona também.

No início desta semana, fortes chuvas provocaram inundações em várias zonas do país. Na Lourinhã, o mau tempo deixou seis pessoas desalojadas e 400 alunos sem aulas, atingindo também várias lojas que tiveram avultados prejuízos.

Quinhentos hectares de culturas foram afectados, cem dos quais ficaram destruídos por completo. Segundo a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, as cheias atingiram uma área de 30 hectares de produção de tomate nos concelhos de Palmela e Montijo, o que representa uma quebra de 15 a 20 por cento na região de Setúbal.

Fonte: Lusa

Cavaco Silva defende «diálogo equitativo» entre produtores e grandes distribuidores

26-09-2014 
  
O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou que «o poder político não se pode alhear» da necessidade de existir um «diálogo equitativo» entre produtores de produtos lácteos e grandes superfícies distribuidoras, em defesa dos produtos nacionais.

«Não queremos que o poder excessivo de alguns acabe por trazer prejuízos injustos a outros», afirmou Cavaco Silva ao fim da manhã, na cerimónia comemorativa dos 50 anos da Proleite – Cooperativa de Produtores de Leite, em Oliveira de Azeméis.

Segundo o chefe de Estado, o que se pretende é «um diálogo equitativo entre produtores e grandes superfícies distribuidoras». Cavaco Silva destacou a importância da campanha em defesa dos produtos nacionais, «cuja qualidade é geralmente superior à qualidade dos produtos importados».

«É uma matéria para a qual se pede o apoio de todos, do mais alto nível ao consumidor. Queremos que o sector continue sólido. Isso exige o fortalecimento das organizações de produtores, que aumentem a sua capacidade de dialogar com outros sectores económicos da nossa sociedade», sublinhou.

Fonte: Lusa

Congresso do Agronegócio em Santarém permitiu 120 encontros bilaterais



O Congresso das Tecnologias e Serviços para o Agronegócio, que hoje terminou em Santarém, com a participação de empresas e entidades nacionais e de seis países, permitiu a realização de um total de 120 encontros bilaterais.

Carlos Lopes de Sousa, presidente da direção do Agrocluster do Ribatejo, que organizou o congresso em parceria com o Inovcluster, disse à agência Lusa que o espaço criado para a apresentação de tecnologias que estão a ser desenvolvidas por instituições do ensino superior e por centros de investigação e para o contacto direto entre os produtores de conhecimento, os fornecedores e produtores de serviços e compradores "abriu portas" a futuros negócios.

Contando com a presença de delegações de Angola, Moçambique, Brasil, Uruguai, Argélia e Marrocos, as principais manifestações de interesse nas 120 reuniões realizadas ocorreram na área da agropecuária -- principalmente nutrição animal -- e da agricultura -- sementes e serviços -, mas também no fornecimento de maquinaria para a agroindústria.

Acidentes Agricultores querem caminhos agroflorestais melhorados


O dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) João Dinis defendeu hoje que as autarquias deveriam arranjar os caminhos agroflorestais, com o apoio do Governo, para assim se reduzir o número de acidentes.
Lusa
14:38 - 26 de Setembro de 2014 | Por Lusa


"Os caminhos agrícolas florestais estão muitas vezes em péssimas condições", observou João Dinis, considerando que "um trator vira-se com grande facilidade quando anda nesses caminhos".

De acordo com aquele dirigente da CNA, "as autarquias deveriam ter meios para arranjar os caminhos agroflorestais, para que as máquinas não corram o perigo de se virar", recordando que "há poucos dias um jovem morreu num acidente de trator num caminho desses".

Para além desta medida, João Dinis voltou a frisar a necessidade de um programa de apoio para a "renovação das máquinas agrícolas".

As dificuldades financeiras das explorações portuguesas levaram a "uma quebra de rendimentos", relacionada com "as más políticas" na área da agricultura, o que levou os agricultores "a trabalhar de sol a sol em determinadas épocas do ano", havendo um "acréscimo de fadiga".

Tudo isto leva "a que haja mais acidentes com máquinas agrícolas, em especial com tratores", sublinhou.

A CNA pretende ainda a criação de um "verdadeiro programa nacional de sensibilização e de formação de agricultores", que possa potenciar "uma drástica redução de acidentes", disse à agência Lusa João Dinis.

Em 2013, nos 18 distritos do país, ocorreram 122 acidentes com tratores em terreno agrícola/privado, que causaram a morte a 52 pessoas, ferimentos graves em 24 vítimas e ferimentos leves noutras 44. Este ano, até maio, registaram-se 66 acidentes em terrenos agrícolas, que provocaram 22 mortos, 13 feridos graves e 33 feridos leves.

Em relação aos acidentes com tratores ocorridos na via pública, a GNR registou de norte a sul, em 2013, 48 acidentes, 26 mortes, 23 feridos graves e 11 feridos leves. Até julho deste ano, a GNR tem a informação de 20 destes acidentes, os quais causaram 15 vítimas mortais, 23 feridos graves e dois feridos leves.

A Polícia de Segurança Pública registou, na sua área de intervenção de Portugal continental, entre 2011 e o primeiro semestre deste ano, 116 acidentes, dos quais resultaram três mortos, dois feridos graves e 15 feridos leves, segundo informação enviada à Lusa.

De acordo com o Comando-Geral da GNR, as causas dos acidentes com tratores agrícolas devem-se a vários fatores.

"A falta de manutenção do veículo, a falta de uma estrutura de proteção (o denominado 'arco de Santo António´), a fadiga provocada por excesso de horas de trabalho, a condução sob o efeito de álcool e o excesso de carga", aponta a GNR.

O enólogo que fez um dos vinhos mais caros do mundo dedica-se agora ao Douro


Por Alexandra Prado Coelho
26.09.2014

Duas visitas à Quinta da Boavista, uma prova do resultado da vindima de 2013 e Jean Claude Berrouet disse que sim. O homem por trás de um dos vinhos mais caros do mundo vai agora ajudar a colocar o terroir do Douro numa garrafa.
Jean Claude Berrouet, o enólogo que durante cerca de 40 anos fez um dos mais prestigiados e mais caros vinhos do mundo, o Pétrus (com o preço de 3100 euros num restaurante de Lisboa), da região de Pomerol, Bordéus, vai agora trabalhar um vinho do Douro. Berrouet aceitou o desafio que lhe foi lançado pelos proprietários da Quinta da Boavista, o brasileiro Marcelo Lima e o britânico Tony Smith, e é já o consultor para os vinhos desta propriedade.

"Foi um namoro." É assim que Marcelo descreve o processo que levou Berrouet até ao Douro. "Jean Claude veio visitar-nos pela primeira vez em Junho, provou os nossos vinhos de 2013, que ainda estavam em lotes separados, e adorou. A partir daí começámos a discutir a nossa colaboração. Agora voltou ao Douro, e finalizámos o acordo."

Berrouet já está a trabalhar com Rui Cunha, o enólogo português da Covela e da Boavista, no desenvolvimento dos vinhos de 2013 e 2014, que deverão chegar ao mercado, ainda em pequenas quantidades, no final de 2015.

A aproximação ao famoso enólogo francês foi facilitada pela ligação da Lima Smith (que é também dona da Quinta de Covela, na fronteira da região dos Vinhos Verdes, e da Quinta das Tecedeiras) à Champy, histórica casa de vinhos da Borgonha, em cujo capital os dois produtores do Douro entraram este ano.

Através do novo sócio francês, Pierre Beuchet, proprietário da Champy e da rede de distribuição internacional DIVA, Marcelo e Tony conheceram Berrouet e falaram-lhe na Quinta da Boavista, onde fizeram a primeira vindima em 2013. "No ano passado apanhámos mais de 100 mil quilos de uvas, das quais seleccionámos mais de 8000 de vinhas velhas e alguns lotes específicos para começarmos a vinificar e conhecer o potencial de cada lote", conta Marcelo.

O facto de Berrouet — que se retirou do Chatêau Pétrus em 2007 e habitualmente não aceita novos projectos para além dos que já tem em mãos — ter decidido aceitar o desafio do Douro foi uma excelente surpresa para Marcelo e Tony, que têm uma enorme admiração pelo trabalho do enólogo francês e que se revêem inteiramente na forma de Berrouet fazer vinhos.

"Ele acredita firmemente que o vinho tem que reflectir o terroir, e é conhecido no mundo inteiro precisamente por trabalhar vinhos que reflictam o lugar de onde vêm", explica Marcelo. "E na Quinta da Boavista a ideia não é tentar fazer um vinho internacional que podia ser produzido no Douro, na Nova Zelândia, no Chile ou nos EUA. Queremos fazer um vinho que reflicta as características do Douro e das vinhas do Douro."

Casa do Barão de Forrester
A Quinta da Boavista, que Marcelo e Tony compraram à Sogrape em 2012, quando procuravam uma propriedade onde pudessem trabalhar os vinhos tintos, tem uma paisagem magnífica, uma localização privilegiada na margem direita do Douro, perto do Pinhão, e tem, além disso, pergaminhos históricos: o Barão de Forrester, figura influente na história do vinho do Porto e o homem que desenhou o célebre mapa do Douro, ficava muitas vezes instalado nesta casa, que usava como base para o seu trabalho de mapeamento da região.

Trata-se de uma propriedade com 80 hectares, 40 dos quais de vinha. Há uma parte ainda considerável de terraços irregulares, com muros muito altos, onde estava plantada a vinha no passado, antes da chegada da filoxera que a destruiu completamente, na segunda metade do século XIX. Nunca mais foi plantada vinha nesses terraços antigos, chamados "mortórios", conta Tony Smith, que acompanhou a Fugas numa visita à quinta.

Quando se começou a tentar recuperar a produção de vinho no Douro, com a plantação de novas vinhas, foram feitos também novos terraços — e hoje vê-se claramente a diferença entre os antigos, de muros incertos, e os mais recentes, que desenham elegantes ondas subindo a encosta. Algumas ondas mais largas formam "barrigas" sobrepostas, que permitem uma zona mais alargada de plantação, e constituem o chamado "oratório", de poderoso efeito cénico.

Totalmente preservados estão também os lagares de pedra, onde pode ser feita a pisa a pé — algo que Tony e Marcelo e os enólogos com quem trabalham ainda não decidiram se irão ou não fazer. Na entrada da propriedade funcionou no passado a alfândega, onde se cobrava o imposto pela passagem das pipas vindas das outras quintas, que eram depois levadas até ao cais, que continua a existir junto ao rio, para serem transportadas nos barcos.

E é a partir do terroir desta quinta, que Tony descreve como "uma jóia da coroa no Douro" que, com a ajuda de Jean Claude Berrouet, os dois produtores querem fazer um vinho que, esperam, possa aspirar a estar entre os melhores do mundo.

Agricultores pedem apoio para prejuízos causados pelo mau tempo



Os agricultores do distrito de Setúbal não vão aceitar a "habitual conversa" por parte do Governo, "de que não há dinheiro", uma vez que têm visto o "apoio dado ao sector bancário". A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal já pediu uma audiência ao Governo para solicitar "medidas de compensação" que visem minimizar os "prejuízos causados na produção de tomate", devido ao mau tempo, que "destruiu cerca de 30 por cento" dos "215 hectares de tomate para indústria semeados", na Península de Setúbal, prejuízo que "ultrapassa os 200 mil euros".

Palmela e Montijo foram os concelhos mais afetados pelas intempéries, lembra Avelino Antunes. O representante da associação acrescenta que os agricultores estão "recetivos às propostas do Governo", esperando que lhes "seja atribuída uma verba compensatória". O recurso aos seguros é uma medida que recusam aceitar, porque "não cobrem muitos dos riscos na agricultura" e os seus "custos são insuportáveis" para os pequenos e médios agricultores, explica Avelino Antunes, assessor da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS).
 
A liberalização dos mercados, que "não tem em conta a defesa dos interesses nacionais", é um dos factores que tem prejudicado os agricultores, visto que fez com que "os custos de produção" aumentassem e o "preço à produção" baixasse. Já o consumidor tem cada vez "menos poder de compra" e compra os produtos "cada vez mais caros", sublinha Avelino Antunes.
 
O assessor da AADS informa que o número de agricultores do distrito de Setúbal "tem vindo a diminuir", devido às "políticas suicidas dos sucessivos Governos", à falta de garantia de "escoamento da produção e de preço justo" e ao "modelo de agricultura industrializado", que não serve aos interesses "nem do país, nem dos agricultores e nem dos consumidores". Avelino Antunes acrescenta que é necessário "uma alteração na política nacional e europeia", em que a agricultura "não deve estar na Organização Mundial do Comércio", porque está a ser "comparada a uma fábrica de automóvel".
 
Perante esta situação, torna-se prioritário investir nos jovens agricultores, através de "medidas concretas e objectivas", sendo necessário "garantir o arrendamento rural", o "escoamento dos produtos", a aplicação de "preços compensáveis à produção" e uma "uma discriminação positiva" para filhos e netos dos agricultores, de modo a "continuarem o negócio da família".

"Setúbal na Rede" - 26-09-2014 09:39


Concurso "Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014"



 O COTHN – Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional encontra-se a promover, no âmbito do projecto SIAC "HortINOV 2020" a 1ª edição dos Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014.

O concurso destina-se a promover, distinguir e reconhecer publicamente entidades, pessoas, iniciativas e projectos da fileira hortofrutícola, que apostem na Inovação e na colaboração como vectores de crescimento.

Os prémios serão atribuídos de acordo com as seguintes categorias:

- Produto inovação;
- Cooperação internacional;
- Inovação organizacional;
- Desenvolvimento sustentável;
- Inovação jovem empreendedor.

Podem candidatar-se todas as pessoas singulares e colectivas estabelecidas em território nacional.

As candidaturas devem ser apresentadas entre o dia 01 de Outubro e até às 18:00 horas do dia 07 de Novembro, podendo ser formalizadas através do preenchimento do questionário disponível no seguinte link: 

Os Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014 serão atribuídos durante a Gala Viva "Frutas e Legumes 2014", dia 14 de Novembro no Centro Cultural e de Congressos nas Caldas da Rainha – uma iniciativa que conta com o apoio do COMPETE e que se encontra igualmente prevista no âmbito do projecto "HortINOV 2020".

Para mais informações, descarregue aqui o Regulamento.

Fonte:  COTHN


Parlamento Europeu: Deputada do PCP questiona Comissão europeia sobre apoios aos agricultores do Oeste afectados pelas intempéries dos últimos dias

A deputada do PCP ao Parlamento Europeu, Inês Zuber, levantou junto da Comissão Europeia a possibilidade de apoiar os agricultores portugueses afectados pelas fortes chuvas que se verificaram nos últimos dias, através de uma Pergunta que passamos a transcrever:

Pergunta:

Nos últimos dias várias regiões do centro de Portugal foram surpreendidas com fortes chuvas que destruíram cerca de uma centena de hectares de culturas hortícolas.

Das regiões mais afectadas contam-se a Lourinhã onde se estima que cerca de 2/3 da produção de hortícolas não chegará aos mercados da região, e a região de Setúbal onde a produção de tomate foi perdida em alguns casos cerca de 90%, sendo que na região estima-se ter sido perdida 15-20% da sua produção. Acresce o facto de alguns dos terrenos agrícolas, principalmente na Lourinhã, terem ficado cobertos com lama, que poderá provocar uma impermeabilização dos solos.

Trata-se portanto de uma catástrofe natural que soma um conjunto de prejuízos acrescidos às crónicas dificuldades de escoamento dos produtos, aos persistentes baixos preços à produção e à crise de rendimentos que enfrentam estes produtores.

Assim, pergunto à Comissão:

1. Qual o apoio que está previsto no ProDeR (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente), na medida «Minimização dos Riscos no Espaço Florestal e Agro-Florestal»?

2. Existe ainda, no actual quadro, a possibilidade de restabelecimento do potencial de produção agrícola afectado por catástrofes naturais e introdução de medidas de prevenção adequadas?

3. Qual o apoio previsto para a medida «Restabelecimento do Potencial de Produção Agrícola»?

Fonte:  PCP

Agricultores de Serpa preocupados com consequências da chuva deste mês

 25-09-2014 
 
 
A Associação dos Agricultores do Concelho de Serpa (AACS), no Baixo Alentejo, manifestou-se preocupada com as consequências da chuva deste mês em produções agrícolas da região, sobretudo de milho e azeitona.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a AACS refere que, para os produtores de milho, a chuva deste mês «vai acarretar imediatamente um atraso na colheita de duas a três semanas», considerando que deixaria de chover atualmente.

A chuva «vai também implicar um aumento directo dos custos de secagem do milho», que, associados aos «baixos preços» praticados actualmente, «pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo», indica.

Segundo a AACS, a chuva vai prejudicar também os produtores de gado, «porque a palha de milho não vai poder ser aproveitada como forragem para os animais».

«Os olivicultores também sofrem as consequências» da chuva, que, «associada a um eventual aumento da temperatura, faz temer um ataque superior ao normal da mosca, aumentando os prejuízos», alerta a AACS.

Por outro lado, os olivicultores «temem» que a aplicação de tratamentos tenha como consequência o atraso da apanha da azeitona para «cumprir intervalos de segurança».

Fonte: Lusa

Britânicos contam com calculadora para verificar se cumprem norma do "greening"

25-09-2014 
    
Os agricultores britânicos contam com uma calculadora para comprovar se cumprem com os requisitos do "greening" da nova política agrícola comum (PAC).

A calculadora foi desenvolvida pela empresa Smiths Gore e pode se descarregada gratuitamente. Permite que os agricultores introduzam os seus dados de culturas para verificar se cumprem com a normativa e também dados para fazer diferentes simulações e comprovar os efeitos que a norma teria na gestão da sua exploração

Fonte: Agrodigital

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CVR Dão e a Escola Agrária de Viseu celebram Protocolo


15 de Setembro de 2014, por Elisabete Mendes
 
A Escola Superior Agrária de Viseu celebrou recentemente um protocolo com a Comissão Vitivinícola Regional do Dão, com vista à formação em contexto de trabalho. O Protocolo tem por objectivo estabelecer a cooperação entre as duas entidades, visando a organização e implementação da formação em contexto de trabalho a desenvolver pelos alunos no curso técnico superior profissional em Viticultura e Enologia. A formação prática, assumida sob a forma de estágio nas instalações da CVR do Dão, permite a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir. Com esta nova oferta formativa, a Região do Dão ficará certamente mais bem servida de profissionais competentes e, consequentemente, mais preparada para enfrentar os desafios da qualidade e da competitividade dos seus vinhos.

 Recorde-se que a Região Demarcada do Dão tem uma extensão territorial de 388.000 hectares e cerca de 20.000 hectares de vinhas, distribuídas por 60.000 explorações, das quais perto de metade têm menos de um hectare. A produção de vinho num ano normal ronda os 50 milhões de litros, dos quais 40% a 50% são susceptíveis de obter a Denominação de Origem.

A Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908, estabelece formalmente a Região Demarcada do Dão. O regulamento para a produção e comercialização dos vinhos aí produzidos surge dois anos volvidos, com o Decreto regulamentador de 25 de Maio de 1910. Desta forma, o Dão tornou-se a primeira região de vinhos não licorosos a ser demarcada e regulamentada no nosso País. A CVR do Dão tem como missão, o controlo da produção e do comércio, a certificação, a disciplina e a promoção dos produtos vitivinícolas, com direito a Denominação de Origem Protegida (DOP) Dão e a Indicação Geográfica de Proveniência (IGP) da área geográfica "Terras do Dão" em conformidade com a Lei. 

Candidaturas ao novo QREN aprovadas em 60 dias

25-09-2014 
 

   
São 60 dias para aprovar uma candidatura ao novo quadro comunitário de apoio e 45 dias para proceder ao pagamento da comparticipação de Bruxelas.

Estes foram os novos prazos aprovados esta quinta-feira em Conselho de Ministros e fazem parte das novas regras gerais que se vão aplicar ao Portugal 2020, tal como o Diário Económico avançou na sua edição impressa.

Caso estes prazos não sejam cumpridos, ou seja, se houver uma derrapagem de 20 por cento nestas metas, os gestores dos respectivos programas serão demitidos de funções, tal como já tinha sido anunciado e publicado em Diário da República a 12 de Setembro.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, lembrou que as três grandes linhas orientadoras do Portugal 2020 é a orientação para os resultados, o esforço de simplificação e a transparência.

O grau de incumprimento não vai apenas ser penalizador para os gestores dos respectivos programas, mas também para os próprios beneficiários dos fundos. Ou seja, o financiamento vai depender dos resultados contratados no momento da atribuição do financiamento comunitário e caso, um promotor não consiga atingir as metas a que se propôs poderá ser penalizado quando voltar a concorrer ao Portugal 2020.

As novas regras ditam ainda que haverá uma ponderação diferenciada entre os diferentes territórios, podendo vir a ser beneficiados os de baixa densidade. Por outro lado, Poiares Maduro frisou que espera ter cinco por cento do novo quadro comunitário executado até ao final de 2015.

«Esta é provavelmente a programação mais célere que alguma vez ocorreu», disse revelando que, além da aprovação dos regulamentos, estão a terminar as negociações dos programas operacionais, que devem estar concluídas «nas próximas semanas».

Em Outubro serão nomeadas as autoridades de gestão e publicados os regulamentos específicos e o Governo espera abrir os primeiros concursos a partir de Novembro e «iniciar os movimentos financeiros em Dezembro».

Fonte: Económico

Consulta pública da AESA sobre bem-estar das ovelhas

25-09-2014 
 

 
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (AESA) deu início a uma consulta pública acerca do projecto científico de opinião sobre os riscos de bem-estar relacionados com a criação de ovelhas para a produção de lã, carne e leite.

O documento propõe a descrição dos diferentes sistemas de gestão, assim como a identificação das principais consequências de bem-estar animal e os factores de risco associados às ovelhas. Também sugere medidas de origem animal para avaliar o bem-estar das ovelhas.

Todas as partes interessadas podem enviar os seus comentários até cinco de Novembro de 2014 para aqui.

Fonte: Agrodigital

Seminário “As culturas geneticamente modificadas na agricultura portuguesa: do produtor ao consumidor”


por Ana Rita Costa
25 de Setembro - 2014
A Escola Superior Agrária de Coimbra está a organizar um seminário sobre "As culturas geneticamente modificadas na agricultura portuguesa: do produtor ao consumidor". A iniciativa realiza-se no próximo dia 21 de novembro no Auditório da Escola Superior Agrária de Coimbra.

 
Os oradores presentes, que incluem pessoas como Rui Antunes, Presidente do IPC, João Noronha, Presidente da ESAC, Fátima Oliveira, Investigadora, Manuel Gómez-Barbero, Investigador da European Commission's Joint Research Centre-IPTS e Ana Paula Carvalho, Subdiretora-geral da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, irão abordar temas como "Investigação e Desenvolvimento", "Impactos socio-económicos do cultivo de culturas Geneticamente modificadas" e "Produção e Indústria".

A participação é gratuita mas de inscrição obrigatória. Para mais informações contacte o email ogm@esac.pt.

Produção de uvas volta a cair


por Ana Rita Costa
25 de Setembro - 2014
A produção de uvas voltou a baixar. Quem o diz é a CNA – Confederação Nacional da Agricultura, que indica ainda que "há regiões em que a quebra de produção chega a metade e noutras fica lá por perto."

 
Segundo a organização, "as condições climatéricas adversas provocaram mais pragas e doenças na vinha. Os pequenos e médios vitivinicultores estão descapitalizados e não conseguem proporcionar os tratamentos indispensáveis contra essas doenças e pragas. As fortes chuvadas, a manterem-se, prejudicam a qualidade da uva que se apresentava com boa expectativa."

A CNA defende ainda que os novos seguros agrícolas "contra o frio e certas intempéries que prejudicaram as vinhas em várias regiões, esses seguros agrícolas continuam concebidos para "segurar" as seguradoras e não para segurar os vitivinicultores e outros agricultores. São seguros bonificados, é certo, mas continuam desadequados e, por exemplo, não cobrem prejuízos abaixo de 30% de perdas por cada segurado, o que é uma fasquia muito alta (os 30% de perdas)."

A confederação termina o comunicado dizendo também que "é necessário que o IVV deixe de canalizar tantas receitas públicas para a promoção e comercialização das "marcas" dos vinhos das maiores empresas do sector vinícola e passe a apoiar, mais e melhor, a produção familiar de vinho e o escoamento, a melhores preços, dos vinhos das Adegas Cooperativas."

Cultivo do sabugueiro com futuro


por João Barbosa
25 de Setembro - 2014
A produção de baga de sabugueiro tem vindo a aumentar e já representa um negócio de cerca de 2 milhões de euros. A exportação é o principal destino, em especial a Alemanha, e o uso farmacêutico é a principal utilização. 

 
Quando o Marquês de Pombal estabeleceu a região demarcada do Douro considerou como crime grave a adição de bagas de sabugueiro no vinho. A prática manteve-se, por dar mais cor e tornou-se legal, mas em 1983 voltou a ser novamente proibida.

A legislação pombalina impunha a proibição de sabugueiros a menos de cinco léguas (portuguesas – 33,3 quilómetros). Ainda assim, este arbusto, que pode atingir os seis metros de altura, encontra-se em concelhos que têm freguesias com direito a produzir para Vinho do Porto.

O sabugueiro (Sambucus nigra) é encontrado em toda a Península Ibérica, sendo que em Portugal a exploração está quase toda nos concelhos de Tarouca, Moimenta da Beira, Lamego, Armamar e Tabuaço, sendo nestas duas autarquias a principal fonte de receitas, referiu Bruno Cardoso, produtor deste arbusto. Nas freguesias que não se encontram dentro da delimitação da região vitivinícola do Douro não se encontra, ainda hoje, um pé de vinha.

Atualmente, existem cerca de 700 hectares cultivados, por cerca de 850 agricultores, responsáveis por 3.500 toneladas de baga fresca – salienta Carla Paula Cardoso, diretora da Associação Flor do Sabugueiro, citando um documento da Direção Regional de Agricultura do Norte. Esta dirigente sublinha que o número tem vindo a aumentar ligeiramente.

Bruno Cardoso, agricultor em Salzedas (Tarouca) considera que o negócio é atrativo e que pode ser uma aposta viável. O preço médio da baga fresca é de 0,375 euros por quilograma, sendo a seca de 2,10 euros. No seu conjunto, a produção de baga de sabugueiro representa um negócio entre dois milhões e 2,2 milhões de euros.

Veja a reportagem completa na edição de outubro da revista Vida Rural.

Ministério da Agricultura nega risco para saúde por atrasos no pagamento a laboratórios


"A existir algum constrangimento na realização das análises supramencionadas, o INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária] tem condições para colmatar as mesmas"
O Ministério da Agricultura negou hoje a existência de qualquer risco para a saúde animal, pública ou segurança alimentar, mas confirmou o atraso nos pagamentos de análises aos laboratórios privados.

O Plano Nacional de Saúde Animal "é definido e acompanhado pela DGAV [Direção Geral da Alimentação e Veterinária], que monitoriza a sua realização, estando este a decorrer normalmente, nomeadamente na sua componente laboratorial. Assim sendo, não existe qualquer risco para a saúde animal, pública ou segurança alimentar", explicou à Lusa o Ministério liderado por Assunção Cristas.

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (Confragi) lamentou hoje que os laboratórios privados de investigação das doenças de ruminantes estejam confrontados "com gravíssimos problemas financeiros" por atrasos de nove meses dos pagamentos do Estado.

Em comunicado, a organização agrícola, disse temer que estes problemas levem ao encerramento dos laboratórios privados que executam ensaios no âmbito dos Planos Nacionais de Saúde o que "poderá vir a ter consequências desastrosas para a economia nacional".

Por outro lado, "o não cumprimento dos Planos de Erradicação e Controlo de Brucelose bovina, Brucelose dos Pequenos Ruminantes e Leucose Bovina em curso impede o trânsito animal, põe em risco as exportações de carne e produtos lácteos, bem como constitui um grave risco para a sanidade animal e para a saúde pública", salientou a Confagri.

Em resposta a questões da agência Lusa, o Ministério da Agricultura "confirma o atraso no pagamento das análises laboratoriais referidas", mas garante que "se deve apenas a procedimentos administrativo-legais que são de compromisso obrigatório".

"A existir algum constrangimento na realização das análises supramencionadas, o INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária] tem condições para colmatar as mesmas", acrescentou.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Agricultura de precisão: Condução automática de trator é já uma realidade em Portugal


25 DE SETEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Um produtor de milho português encontra-se a otimizar o seu sistema produtivo através da aposta na agricultura de precisão, reduzindo o prejuízo e aumentando a eficiência.

João Coimbra, o produtor responsável por este projeto, vem já efetuando testes há alguns anos. Sentiu uma grande evolução desde o seu início: "A utilização dos visores de apoio à condução já tinha sido introduzida no passado, mas não tínhamos conseguido um grande aumento na eficácia das aplicações e dos consumos de agroquímicos. Também não tínhamos melhorado muito a eficácia das sobrepassagens das alfaias de mobilização".

Assim, anteriormente, os sistemas vigentes não dispensavam nunca o auxílio do operador, exigindo até um grande esforço por parte deste, que necessitava de ir corrigindo continuamente as trajetórias de deslocação: O GPS determinava a trajetória correta, mas o operador tinha que ir corrigindo a rota no volante de forma constante. O processo era cansativo e originava que, em grande parte dos casos, acabasse com o operador a conduzir o trator sem o auxílio do sistema de navegação.

Porém, a insistência de João Coimbra e o avanço dos sistemas de teleguiamento (autoguide), fizeram com que seja o próprio equipamento a conduzir o trator de forma automática, seguindo linhas paralelas e evitando os antigos riscadores na sementeira.

"O avanço na qualidade do serviço é exponencial. Temos hoje a possibilidade de reduzir erros nas trajetórias até 2 cm, este erro é muito inferior ao erro humano, mesmo de operadores experientes", referiu o empresário. Para além do aumento de precisão, o empresário adianta outras preciosas vantagens para a cultura do milho: o processo de condução passa a deixar o operador disponível para o controlo mais rigoroso do trabalho das alfaias, evitando o cansaço prolongado pelas longas horas de tarefas repetitivas, podendo aumentar muito a produtividade das próprias alfaias; permite fazer um trabalho noturno com qualidade, algo impossível sem estes equipamentos; reduzir ao mínimo os desvios nas trajetórias, evitando a destruição de plantas nas operações de sacha e abertura de covas, com ganhos consideráveis de plantas por hectare; assegurar a colocação uniforme ao longo da parcela durante a sementeira.

Todo este trabalho é hoje controlado pela recolha de imagens aéreas, que visam observar o desenvolvimento das searas ao longo do ciclo (sem estes apoios, as searas do milho, com a sua elevada altura, não permitem uma visualização espacial durante grande parte do seu ciclo).

Herdade dos Machados ouvida na Comissão de Agricultura

Ana Elias de Freitas - 25/09/2014 - 07:05 -  Imprimir

Mário Simões, eleito por Beja, foi o deputado que representou o Grupo Parlamentar do PSD na audição, em sede de Comissão de Agricultura, com a Comissão de Rendeiros da Herdade dos Machados.

O parlamentar começou por afirmar que a "palavra é uma escritura selada com um aperto de mão" e que foi isso que Sá Carneiro fez quando em 1980, como primeiro-Ministro entregou parcelas de terra da Herdade dos Machados aos agricultores, tendo afirmado na altura "que estas parcelas de terras são para os agricultores, para os seus filhos e para os seus netos".

Posto isto, e continuando a recordar o antigo líder e fundador do PSD, Mário Simões disse que o Estado é pessoa de bem e que os acórdãos e compromissos de "palava de honra" devem ser para cumprir. Por outro lado, lembrou ainda, que esta matéria deve, de uma vez por todas, ser resolvida juridicamente, com bom senso, tendo em conta os superiores interesses dos agricultores rendeiros e suas famílias.

Por último, Mário Simões informou que o Grupo Parlamentar do PSD acompanha com preocupação e atenção esta situação, indo diligenciar junto do Ministério da Agricultura para que seja encontrada a solução que nos termos jurídico-político dê por encerrado este dossiê.

Tetra Pak quer 100% de embalagens certificadas pelo FSC(R)


A Tetra Pak pretende utilizar nas suas embalagens 100% de cartão certificado pelo Forest Stewardship Council® (FSC).

Sendo um dos maiores compradores mundiais de cartão, é fundamental para a Tetra Pak garantir um fornecimento responsável e sustentável das matérias-primas provenientes das florestas. Em 2014, estima-se que sejam vendidas em Portugal mais de 484 mil embalagens com a certificação FSC, ou seja, 34% do total.

«A nossa primeira embalagem certificada com o selo FSC foi introduzida em Portugal em 2011. Desde então, muito se evoluiu rumo à certificação e a Tetra Pak tem desenvolvido uma série de acções com vista a criar uma maior consciência em torno da importância de uma gestão florestal responsável», explica Ingrid Falcão, responsável de Ambiente da Tetra Pak em Portugal, na véspera do FSC Friday, que se assinala na próxima sexta-feira, 26 de Setembro.

Desde 2008 que, na última sexta-feira do mês de Setembro, o Forest Stewardship Council promove acções com o objectivo de sensibilizar a sociedade civil para a importância de uma gestão florestal responsável e para o significado da marca FSC. Em Portugal existem cerca de 341.000 hectares de floresta certificados por esta entidade, tendo sido emitidos 20 certificados de gestão florestal e 152 certificados de cadeia de custódia.

Para contribuir para a criação de um maior conhecimento sobre a importância da gestão florestal responsável, a Tetra Pak tem promovido diversas acções de sensibilização e informação, nomeadamente através da inserção de mensagens nas suas embalagens, com bons resultados.

Um estudo promovido recentemente pela Tetra Pak em território português sobre a percepção que os consumidores têm em relação às mensagens transmitidas nas suas embalagens assinala um aumento no reconhecimento, por parte dos consumidores, da marca FSC face a 2013, revelando que 39% dos inquiridos associam o seu símbolo à gestão responsável e protecção das florestas. Por outro lado, 67% dos consumidores considera ser "muito Importante" a certificação FSC.

De acordo com o mesmo estudo, os inquiridos valorizam a presença do selo FSC nos diferentes produtos porque demonstra que a marca tem uma preocupação ambiental (67%), no entanto, apenas estão dispostos a comprar este tipo de produtos se isso não os encarecer (63%).

Em Portugal e Espanha, foram colocadas no mercado, em 2013, cerca de 7.500 milhões de embalagens e mais de 45% já apresentaram a marca FSC. Recentemente, a Tetra Pak associou-se à Kingfisher e ao IKEA numa iniciativa que pretende desenvolver uma metodologia para analisar o impacte da certificação FSC, permitindo que as empresas possam compreender o valor que obtêm por especificar a certificação FSC no cartão e na madeira nas suas políticas de compras.

Fonte:  GCI

Preços dos cereais caiem para níveis de 2010


Os preços mundiais dos cereais continuam a sua tendência de queda e atingiram, nesta semana, os níveis mais baixos desde 2010. Valores semelhantes só em Dezembro de 2008 e Julho de 2006.

Na Europa há uma boa oferta de cereais forrageiros para rações, devido à abundância de trigo francês de baixa qualidade e a boas expectativas de produção de milho, o que tem contribuído para baixar os preços, segundo Edward de Saint-Denis da empresa Plantureux & Associés. Será importante que o sector pecuário benefície desta grande quantidade de cereais forrageiros para rações.

Na Euronext, a tonelada do trigo estava cotada na terça-feira a € 153,75 para contratos para Novembro e o milho cotado a € 133,75 / t para o final de Novembro e 137,25 € / t para Janeiro.

Os operadores consideram que esta queda nos preços das cotações pode incentivar as exportações, tornando-as mais competitivas face aos países do Mar Negro.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) referiram na segunda-feira, no seu relatório de progresso de colheita, que a do milho estava apenas em 7% em comparação com uma média de 15% entre 2009 e 2013. A de soja em 3% contra 8% em média. Estimativas para as duas culturas apontam para rendimentos elevados e de excelente qualidade.

Na Bolsa de Chicago, não se verificam há mais de quatro anos (Junho 2010) estas cotações para o milho, soja e trigo.

Fonte:  Agrodigital

A festa das vindimas merece mais alegria


Baixa de produção e preços  abaixo do necessário estragam-nos a festa…

É geral a baixa de produção de Uvas comparativamente com o ano passado. Regiões há em que a quebra de produção chega a metade e noutras fica lá por perto…

As condições climatéricas adversas provocaram mais pragas e doenças na Vinha.

Os pequenos e médios Vitivinicultores estão descapitalizados e não conseguem proporcionar os tratamentos indispensáveis contra essas doenças e pragas. As fortes chuvadas, a manterem-se, prejudicam a qualidade da Uva que se apresentava com boa expectativa.   Podem acumular-se ainda mais prejuízos…

Os novos Seguros Agrícolas - já incorporados na PAC – contra o frio e certas intempéries que prejudicaram as Vinhas em várias Regiões, esses Seguros Agrícolas continuam concebidos para "segurar" as Seguradoras e não para segurar os Vitivinicultores e outros Agricultores. São Seguros bonificados, é certo, mas continuam desadequados e, por exemplo, não cobrem prejuízos abaixo de 30% de perdas por cada segurado, o que é uma fasquia muito alta (os 30% de perdas).

Entretanto, já se fala em preços das Uvas e dos Vinhos, à Produção. Mas, pelo que se vai sabendo, os Preços à Produção – em geral - andam pelos valores do ano passado, em que houve maior produção, pelo que as expectativas não são boas.

Os Preços já conhecidos variam muito, andam entre 20 e 50 cêntimos o quilo das Uvas – de boa qualidade ( na base de 12 graus) - mas são preços baixos tendo necessariamente em conta as características de cada Região Vitivinícola, incluindo os respectivos custos de produção, as variedades e castas.

E é neste contexto que também se assiste já – um pouco por todo o lado - a um incremento nos transportes de Mostos e Vinhos. Isto indicia importações e "transvases" em curso de Vinhos e Mostos vindos principalmente da vizinha Espanha.

Ou seja, a baixa na Produção Nacional está já a ser coberta pelos grandes negociantes de Vinhos, e assim se impede o aumento natural dos Preços à Produção o que, se acontecesse, ia compensar a baixa de Produção e limitaria a descida dos rendimentos da Explorações Vitivinícolas Familiares.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E GOVERNO LAVAM AS MÃOS COMO  PILATOS

IVV, Ministério da Agricultura e Governo têm que intervir !

Compete ao IVV, ao Ministério da Agricultura e ao Governo fiscalizar o (grande) comércio de Vinhos e Mostos e controlar as importações, inclusivé para impedir traficâncias que continuam impunes.

Porém, as autoridades nacionais parece que se preocupam mais em fiscalizar os pequenos Viticultores, por exemplo, quando estes transportam as suas Uvas para as Adegas…

É necessário impedir o abuso das marcas próprias (marcas brancas) por parte dos Hipermercados  que também esmagam, em baixa, os Preços à Produção Nacional.

São necessárias outras políticas públicas de apoio ao escoamento, a melhores Preços, à Produção Vitivinícola Familiar. São necessárias Linhas de Crédito Bonificado mais adequadas às necessidades reais da Produção de Uvas e Vinhos, a começar pelo apoio financeiro adequado às Adegas Cooperativas.

É necessário que o IVV deixe de canalizar tantas receitas públicas para a promoção e comercialização das "marcas" dos Vinhos das maiores empresas do sector vinícola – através da VINIPORTUGAL - e passe a apoiar, mais e melhor, a Produção Familiar de Vinho e o escoamento, a melhores Preços, dos Vinhos das Adegas Cooperativas.

Sim, é necessário "vindimar" estas más políticas agrícolas !

Sim, são  possíveis outras e melhores políticas agrícolas e de mercados !

Coimbra, 24 de Setembro de 2014

A  Direcção da  C N A

Estação Experimental em Coruche com projeto para estudar doença que afecta o milho


A evolução da primeira cultura do projeto "Sanimilho", que vigora durante oito anos, foi apresentada hoje, num "dia de campo", que contou com a presença de produtores e promotores do projecto
 Novas técnicas de produção que previnam a cefalosporiose, doença que afeta o milho, estão a ser ensaiadas em 10 hectares de terreno, em Coruche, numa das estações experimentais do Estado alvo de um acordo de parceria com produtores.

A Estação Experimental António Teixeira tem a decorrer um ensaio com 24 variedades de milho, envolvendo 12 empresas da fileira, no âmbito de um projeto aprovado no início deste ano pelo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural) e que resulta de uma parceria entre a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sogro (Anpromis), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Terramilho (agrupamento local de produtores de cereais).

A evolução da primeira cultura do projeto "Sanimilho", que vigora durante oito anos, foi apresentada hoje, num "dia de campo", que contou com a presença de produtores e promotores do projeto.

O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, apontou a investigação aplicada e a disseminação do conhecimento para os produtores como "o caminho certo" e a orientação que esteve na base das parcerias que o Governo tem vindo a promover para retomar o investimento nas estações experimentais criadas em meados do século passado em Portugal.

O presidente da Anpromis, Luís Vasconcellos e Souza, saudou o modelo de acordo encontrado com o Estado, "rápido e célere", admitindo que o projeto em curso poderá vir a permitir a instalação de um centro científico da associação, área em que esta não tem atuado.

Vasconcellos e Souza aproveitou para desafiar o Estado a "reformar o seu modelo de investigação agrária".

Nuno Vieira e Brito afirmou que está a ser criado um centro de competências, sem estruturas pesadas, mas funcionais, efetivas e eficazes.

Para o secretário de Estado, Portugal "sabe produzir bem", resultado não só do conhecimento empírico mas também do que tem sido produzido por universidades e politécnicos, havendo necessidade de promover "ou mesmo impor" um "encontro de vontades" entre as várias entidades e interessados.

O secretário-geral da Anpromis, Tiago Silva Pinto, referiu que o ensaio agora iniciado – um investimento de 80.000 euros assumido pela Anpromis com uma comparticipação de 25% do Proder - visa estudar uma doença que afeta a principal cultura de cereais do país.

Segundo Tiago Pinto, a cultura de milho ocupa 136.000 hectares em Portugal (40% da área de cereais), sendo o distrito de Santarém o de principal produção (22,6 mil hectares) e Coruche o quarto concelho do país com maior área de milho (4.300 hectares).

Nesta parceria, a Anpromis assumiu o investimento, o INIAV disponibilizou quatro investigadores para acompanharem o projeto e a Terramilho será responsável pela sensibilização junto dos agricultores, adiantou.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar não paga há 9 meses a execução dos Planos Nacionais de Saúde Animal

CONFAGRI

- COMUNICADO DE IMPRENSA -

Os laboratórios privados que executam atividade no âmbito dos Planos Nacionais de Erradicação das doenças de ruminantes não receberam ainda nenhum pagamento referente aos ensaios realizados desde Janeiro de 2014. Estes laboratórios, alguns dos quais prestam serviço para o Estado há mais de 20 anos e que foram em grande parte responsáveis pelo sucesso na execução dos planos de erradicação de doenças como a Peripneumonia dos Bovinos, vêem-se agora confrontados com gravíssimos problemas financeiros. Algumas entidades não têm já condições para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com pessoal e fornecedores e estão perto de uma situação de encerramento.

Esta situação é inadmissível, pois tanto a DGAV como a própria Secretaria de Estado confirmam a disponibilidade de verbas para pagamento destes serviços no Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais. A justificação para o não pagamento é a suposta ausência de contratos de prestação de serviços entre a DGAV e os laboratórios privados, argumento que não é razoável, pois toda a atividade realizada é registada diariamente no software do Ministério da Agricultura, Pisanet, e é mensalmente validada pelas entidades oficiais.

O encerramento dos laboratórios privados que executam ensaios no âmbito dos Planos Nacionais de Saúde poderá vir a ter consequências desastrosas para a economia nacional, pois neste momento os laboratórios estatais não têm condições para realizar em tempo útil todos os ensaios necessários. O não cumprimento dos Planos de Erradicação e Controlo de Brucelose bovina, Brucelose dos Pequenos Ruminantes e Leucose Bovina em curso, impede o trânsito animal, põe em risco as exportações de carne e produtos lácteos, bem como constitui um grave risco para a sanidade animal e para a saúde pública.

A CONFAGRI, preocupada com as consequências do possível encerramento dos laboratórios, vem solicitar que os pagamentos sejam regularizados de imediato.

Lisboa, 25 de Novembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Uma centena de hectares de hortícolas da Lourinhã destruídos pelas cheias


Cerca de cem hectares de culturas hortícolas, de um total de 500 afetados pelas cheias no concelho da Lourinhã, estão destruídos por completo, estimou a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.

 
foto CARLOS BARROSO/LUSA
Uma centena de hectares de hortícolas da Lourinhã destruídos pelas cheias
Lourinhã coberta de lama após chuva forte e transbordo do leito de um rio
 
O presidente da associação, António Gomes, disse à agência Lusa que a maior parte dos agricultores destes 500 hectares não tem seguros.

"Uns ficaram com as culturas prejudicadas, outros estavam a ser preparados para novas plantações, que já não vão ser feitas, devido ao estado dos solos, e noutros ocorreram fortes deslizamentos e arrastamentos de terras que, em alguns casos, abriram valas" nos terrenos, especificou.

Do total da área afetada, cerca de cem hectares, situados sobretudo nas várzeas do Rio Grande - freguesias de Lourinhã/Atalaia e Miragaia - são de culturas de hortícolas que estão "totalmente destruídas", desde brócolos, diferentes variedades de couves e batatas.

Devido aos danos na agricultura, o dirigente estimou que deverão chegar ao mercado menos duas a três mil toneladas, o equivalente a 5% das 60 mil toneladas de hortícolas que são produzidos em vários concelhos da região Oeste, onde se concentra a maior parte da produção nacional.

Na vinicultura, as chuvas fortes derrubaram uvas, prontas a serem vindimadas.

Também a Adega Cooperativa da Lourinhã registou estragos, ainda não contabilizados. O presidente da direção, João Pedro Catela, disse à agência Lusa que a água atingiu meio metro de altura nas naves da adega, onde permanecem a boiar cascos cheios de centenas de litros de aguardente, em processo de envelhecimento.

"É um problema em cima de tantos outros, porque surge depois de um período de seca extrema e de um inverno com chuva, que contrastou com o inverno ameno do norte da Europa. Tivemos mais dificuldades para exportar os nossos produtos dada a concorrência dos outros", explicou.

A Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) estimou que foram exportadas menos 50 mil toneladas, reduzindo o rendimento dos agricultores.

Concelho de Sabrosa acolhe Festival das Aldeias Vinhateiras no fim de semana


24-09-2014 09:43 | Economia
Fonte: Agência Lusa 
Sabrosa, 24 set (Lusa) -- A localidade de Provesende, no concelho de Sabrosa, acolhe no próximo fim de semana o Festival das Aldeias Vinhateiras, certame que vai juntar as vindimas e as tradicionais lagaradas à música e ao teatro, anunciou hoje a organização.

Provesende é uma das seis localidades durienses que integra a Rede das Aldeias Vinhateiras, apresentada em 2001, e que junta ainda Trevões, Barcos, Favaios, Ucanha e Salzedas.

Entre sábado e domingo, a aldeia do concelho de Sabrosa é a anfitriã da edição deste ano do festival que visa divulgar a localidade histórica, atrair mais visitantes e dinamizar a economia local.

Numa altura em que decorrem as vindimas na mais antiga região demarcada do mundo, o certame inclui a tradicional "Bênção do Mosto", que terá lugar na igreja matriz, bem como a entrada nos lagares para a pisa a pé das uvas.

O programa contempla, ainda, a realização do passeio "Percurso das cinco capelas", que dará a oportunidade aos participantes de pegaram nas tesouras e nos baldes e cortarem uvas na vindima na Quinta Fonte do Milho.

Durante o fim de semana será exibida a peça "A Libertação da filoxera", pelo grupo de Teatro Amador de Provesende, numa conceção de Susana Morais e Paulo Melo Veiga, e haverá ainda lugar para a música, com a atuação da artista Ana Laíns.

No festival atuam, também, ranchos folclóricos, a Roga de Provesende e outros grupos tradicionais convidados.

A rede de Aldeias Vinhateiras foi apresentada em fevereiro de 2001, com o objetivo de fixar as populações, promover a dinamização socioeconómica dos aglomerados e divulgar o potencial turístico do Douro.

Este programa era financiado pela Ação Integrada de Base Territorial (AIBT) do Douro, através da Medida 2.1 da Operação Norte (ON), que viu parte da suas verbas serem utilizadas para obras de recuperação das intempéries do inverno de 2001.

Só três anos depois as verbas foram repostas, no âmbito da Reprogramação Financeira Intercalar da ON, do III Quadro Comunitário de Apoio, tendo as obras, na maior parte das localidades, começado em 2005.

O Festival das Aldeias Vinhateiras foi lançado em 2008.

PLI // JLG

Lusa/Fim

Comitiva chinesa visitou unidades produtivas do Cadaval



O Município do Cadaval acolheu, durante a manhã de 23 de setembro, uma visita oficial da Delegação dos Quadros da Juventude do Partido Comunista da China, que lhe permitiu travar contacto com algumas das entidades de referência do setor económico local.

A delegação chinesa compôs-se de seis elementos, entre os quais o presidente da Câmara Municipal de Changzhou (Província de Jiangsu), para além de representantes de comités centrais, distrital e municipais do Partido Comunista da China (PCC).

O programa da visita iniciou-se com uma receção solene, no auditório da Câmara Municipal, que incluiu uma breve caraterização do concelho e da edilidade, efetuada pela vice-presidente Fátima Paz, a que se seguiu um momento de troca de lembranças.

Posteriormente, iniciou-se um pequeno périplo por algumas das principais entidades do setor produtivo concelhio, nomeadamente Central de Frutas do Painho, Adega Cooperativa da Vermelha e Adega Cooperativa do Cadaval.

Através da intérprete acompanhante, a comitiva colocou, ao longo da visita, diversas questões relacionadas com os produtos e as entidades que visitaram, tendo ficado agradavelmente surpreendida com o alargado tempo de conservação da Pera Rocha, bem como com o paladar do fruto ou ainda com a variedade e sabor dos vinhos produzidos.

A delegação pôde visitar as diferentes unidades (de fabrico e armazenamento) de cada entidade visitada, tendo questionado os diversos dirigentes e técnicos presentes sobre volumes de produção e de exportação, bem como funcionamento das duas adegas e central fruteira. Pôde ainda saborear a célebre Pera Rocha do Oeste e os mais distintos vinhos produzidos no Cadaval, desde os tintos até ao conhecido Vinho Leve branco e rosé.

O chefe da referida delegação oriental, Luo Qiang, destacou o interesse da China na exportação de produtos portugueses como os que teve oportunidade de conhecer, tendo em conta que Portugal é também um grande importador de produtos chineses.

Agricultores de Setúbal alertam que 90% da produção de tomate está perdida

23/9/2014, 13:03
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A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal vai pedir ajuda ao Governo para colmatar os prejuízos na produção de tomate deste ano que o mau tempo arruinou.


Produção de tomate destruída pelo mau tempo

A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) anunciou esta terça-feira que vai pedir ajuda ao Governo para fazer face aos prejuízos na produção de tomate deste ano, que está "praticamente perdida devido ao mau tempo".

"Ainda hoje vamos formalizar o pedido de reunião com a ministra da Agricultura, para que sejam encontradas medidas de compensação que nos permitam fazer face aos prejuízos, porque 90% da produção de tomate, nos concelhos do Montijo e de Palmela, está praticamente perdida", disse à agência Lusa Avelino Antunes, assessor da AADS.

"Há dezenas de toneladas de tomate em terrenos onde os produtores nem sequer conseguem entrar para fazer a apanha. E esse tomate vai apodrecer rapidamente", acrescentou.

Segundo Avelino Antunes, os prejuízos provocados pelo mau tempo afetam produtores dos dois concelhos (Montijo e Palmela), que ao longo dos últimos 20 anos têm resistido aos sucessivos aumentos dos custos de produção.

"Os custos de produção aumentaram muito, mas o preço do tomate no produtor é hoje igual ao que era há 20 anos. Não é por acaso que hoje restam apenas cerca de 30 dos 500 produtores de tomate que havia na região há cerca de 20 anos", disse.

Avelino Antunes assegurou ainda que os seguros não dão resposta às necessidades dos produtores, porque "apresentam preços incomportáveis e não cobrem grande parte dos riscos da agricultura".

A AADS promete fazer chegar ainda hoje ao Ministério da Agricultura um pedido de reunião para reclamar medidas compensatórias que permitam fazer face aos prejuízos provocados pelo mau tempo.

"Não nos venham com a desculpa de que não há dinheiro, porque, como todos sabemos, se se tratasse de uma indemnização para o setor financeiro apareciam logo todos os milhões e mais alguns", disse.

Gripe das aves: Aumentam as preocupações com uma nova estirpe da gripe no Sudeste da Ásia


Um transporte de aves de capoeira é submetido a uma inspecção de rotina pelas autoridades veterinarias na Tailandia: um exemplo de boas prácticas de biossegurança. Foto: ©FAO/Bay Ismoyo


Uma estirpe do vírus da gripe que apareceu recentemente em aves de capoeira no Sudeste Asiático chamada A (H5N6) é uma nova ameaça para a saúde animal e os meios de subsistência e deve ser acompanhada de perto, alertou ontem a FAO.

O vírus A (H5N6) foi relatado pela primeira vez pelas autoridades chinesas em aves de capoeira em Abril deste ano. Desde então, tem sido também detectada pela República Democrática Popular do Laos e pelo Vietname.

"Os vírus da gripe estão constantemente a misturarem-se e a recombinarem-se para formar novas ameaças", disse Juan Lubroth, veterinário-chefe da FAO. "No entanto, o H5N6 é particularmente alarmante porque foi encontrado em vários locais longe uns dos outros e porque é altamente patogénico, o que significa que as aves infectadas rapidamente adoecem e muitas vezes morrem no espaço de 72 horas."

A alta virulência do vírus em galinhas e gansos e a sua propagação potencial em grande parte de toda o Sudeste da Ásia leva a uma ameaça real para os modos de vida relacionados com a criação de aves. A produção avícola contribui para o rendimento de centenas de milhões pessoas na sub-região.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que trabalha com a FAO  e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar os países face ao risco de doenças humanas e animais, está a acompanhar de perto a situação .

"Uma vigilância eficaz e uma detecção precoce das doenças dos animais na sua origem são dois principais meios de reduzir o risco de propagação e garantir a segurança das trocas comerciais. A OIE incentiva os seus 180 Estados membros a honrar os seus compromissos e a notificar sem demora no sistema WAHIS qualquer surto detectado no seu território ", disse o director-geral da OIE Bernard Vallat.

Fonte:  FAO

Pires de Lima visita empresa líder na produção de folhas para saladas

Vitacress produz anualmente 5.000 toneladas de saladas 

Empresa do Grupo RAR emprega 250 pessoas em Portugal. 40% da produção destina-se à exportação para os mercados europeu e africano

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António Pires de Lima visitou empresa líder na produção de folhas para saladas


António Pires de Lima visitou ontem à tarde a sede da Vitacress Portugal, em Odemira, no Alentejo. O ministro da Economia conheceu de perto a unidade agro-industrial da multinacional portuguesa, pertencente ao Grupo RAR, que centra a sua actividade na produção, lavagem e embalamento de produtos hortícolas de IV gama, ou seja, lavados e prontos a consumir. Líder nacional e um dos principais players europeus na produção e comercialização de agrião de água, folhas para saladas, ervas aromáticas e tomate, a Vitacress produz anualmente cinco mil toneladas de saladas, 1.200 toneladas de batatas, 15,6 milhões de sacos embalados e 3,3 milhões de molhos de ervas aromáticas.

Durante a vista, Pires de Lima realçou o papel da Vitacress. "É uma empresa que por diversas vezes já havíamos querido incluir nos nossos roteiros agro-industriais". E acrescentou: "É um bom exemplo de quando se juntam a vontade empresarial de um grupo accionista português a equipas de gestão muito profissionais, com grande currículo nas áreas de consumo e produtos alimentares. E a produzir e vender não só no mercado doméstico, mas também pela Europa, numa actividade de exportação que é de realçar".

A multinacional de capital português emprega, em Portugal, cerca de 250 pessoas e registou, em 2013, um volume de negócios que rondou os 21 milhões de euros. Situada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, explora uma área total de produção de 280 hectares, aos quais se juntam 15 hectares de túneis e 13 de estufas. Além da macro-exploração que detém em Odemira, a actual sede da empresa conta ainda com uma unidade fabril em Almancil, no Algarve, e com uma unidade de produção de tomate biológico, uma das mais sofisticadas da Europa, concentrando em Portugal cerca de 45 por cento da produção total da Vitacress Ltd., grupo britânico detido pelo Grupo RAR e que concentra todas as suas operações de produtos frescos. A Vitacress Ltd. está presente no Reino Unido, Portugal e Espanha, explorando cerca de 750 hectares agrícolas e 70 hectares de estufas de vidro.

Do total da produção em Portugal, 40 por cento destina-se à exportação para vários países da Europa e África, nomeadamente para marcas de renome como El Corte Ingês, Marks&Spencer, Makro, Carrefour ou Kero. No mercado interno, o negócio é dominado através da marca própria e da produção para terceiros. A Vitacress fornece as principais cadeias de supermercados, como Continente, Pingo Doce, Lidl, Dia ou Auchan, detendo uma quota de mercado de 42 por cento.

Aposta na sustentabilidade e agricultura biológica

A Vitacress é a única empresa ibérica que apresenta produtos hortícolas lavados e prontos a comer (designados de IV gama) de origem 100 por cento biológica. Distinguida em 2009 com o selo de "Produto do Ano", a gama Bio reflecte a preocupação da marca com uma alimentação saudável e nutritiva, através da utilização das mais elevadas técnicas de cultivo e respeito pelo meio ambiente, evitando a sua contaminação e favorecendo a biodiversidade.

Neste âmbito, a Vitacress congratula-se pelo facto de 10 por cento da sua produção ser biológica e por isso inteiramente dedicada à protecção da fauna e da flora. A marca valoriza a vida selvagem nas áreas circundantes das suas quintas, cuja maioria está situada em áreas protegidas. A empresa trabalha com os ciclos da natureza: no Inverno produz em túneis; na primavera e verão faz produção em campo aberto.

A Vitacress preconiza ainda o conceito de "integração vertical", ou seja, diferencia-se por controlar todos os processos de produção e comercialização, acrescentando valor a cada fase do processo, desde a sementeira à distribuição. Em Portugal, é a única empresa do sector que produz e embala todos os seus produtos, durante todo o ano, garantindo a total rastreabilidade das suas referências.

Inovação como motor de crescimento

A Vitacress caracteriza-se, igualmente, pelo lado da vanguarda e da inovação. É disso exemplo o projecto de investigação sobre os benefícios do agrião de água no tratamento do cancro que está a levar a cabo em conjunto com o Hospital de Santa Maria. A aposta contínua na inovação de processos é também uma realidade. Recentemente, a empresa desenvolveu também uma nova máquina de colheita e equipou a sua fábrica com uma optical sorter, também desenvolvida internamente, e que tem como missão separar corpos estranhos que surgem no meio das folhas, através do sistema de sucção. Criou igualmente uma atmosfera protegida na fábrica, que permite embalar folhas cortadas, possibilitando maior diversidade e abrangência no mercado. A produção de mais de 33 variedades de folhas distintas, algumas em exclusividade, é outro dos sinais de visão da marca.

Fonte:  Central de Informação

Esporão eleito pela Wine&Spirits como uma das 100 melhores adegas do Mundo

A influente Wine&Spirits, uma das melhores publicações do mundo do sector dos vinhos, acaba de publicar o "TOP 100 Wineries of The Year", uma lista que reúne as 100 melhores adegas do mundo em 2014. O Esporão está pela primeira vez entre os escolhidos, um reconhecimento que reforça o investimento na qualidade e o forte posicionamento internacional da marca.

O Esporão, produtor de vinhos e azeites do Alentejo e Douro, integra a disputada lista das 100 melhores adegas do ano, da autoria da revista Wine&Spirits. Para esta selecção, o painel de críticos e especialistas desta publicação provou mais de 12.500 referências desde o início do ano à procura dos mais distintos vinhos para apresentar aos seus leitores.

O "TOP 100 Wineries of The Year" (TOP 100 adegas do ano) reúne apenas marcas de qualidade consistente e que tenham atingido níveis de qualidade superior e as mais altas pontuações em provas. A escolha do Esporão para esta lista é justificada pela "performance excepcional" durante os testes, conquistando assim até os mais exigentes provadores.

Para além deste reconhecimento, os vinhos do Esporão terão destaque no guia anual de compras da revista Wine&Spirits ("Best Buying Guide"), uma edição especial respeitada e seguida por milhares de consumidores em todo o mundo.

Esta foi a primeira vez que o Esporão integrou a lista das 100 melhores adegas do ano, depois de contar com a presença assídua dos seus vinhos em listas de produto. Mais uma prova do trabalho contínuo e aposta na qualidade em todas as áreas de negócio da empresa.

Fonte:  JDYoung

Estudo pode levar a mais produtividade na agricultura

Estudo pode levar a mais produtividade na agricultura

Não é qualquer cientista que escolheria passar uma manhã de Verão sobre um trémulo andaime junto a um carvalho, a 12 metros de altura, a olhar por um microscópio para perfurar uma folha com uma minúscula agulha de vidro cheia de óleo.

Mas Michael Knoblauch, biólogo da Universidade estadual de Washington, especializado em células vegetais, está prestes a concluir 20 anos de esforço para provar uma hipótese sobre como os nutrientes são transportados nas plantas.
Também está no fim de um ano sabático, passado em grande parte na floresta Harvard, um campo de pesquisa de 1.400 hectares, em Massachusetts.
Provar tal hipótese seria bem mais do que um exercício académico. Entender plenamente como as plantas funcionam – como os hidratos de carbono produzidos nas folhas circulam – poderia levar a melhorias na produtividade agrícola ou na resistência a pragas e doenças.

Assim, lá esteve ele num domingo, no topo de uma árvore, com o seu filho Jan, de 19 anos. Enquanto o jovem monitorizava no laptop a imagem do microscópio, Knoblauch mexia num dispositivo com a agulha de vidro.
A ponta de agulha de vidro é delicada e pequena, e precisa de ser fincada num tipo específico de célula. Apesar de o microscópio ficar instalado sobre um aparelho que detecta vibrações e as neutraliza, Knoblauch permanece o mais imóvel possível.
Ele e o seu filho esperavam conseguir medir pelo menos uma vez a pressão dentro dos longos tubos de células vivas, chamados floemas, que recolhem os açúcares produzidos pela fotossíntese nas folhas e distribuem-nos para frutos e raízes através dos ramos e do tronco.
A agulha de vidro funciona como um calibrador de pneus: quando a parede celular é perfurada, a pressão de água no interior comprime imediatamente o óleo na agulha.
Knoblauch usa de seguida as imagens de antes e depois para calcular a compressão e, assim, determinar a pressão.
O cientista passou mais de três anos no seu laboratório a desenvolver as agulhas, que chamada de picomedidores, pois contêm menos de 100 picolitros de óleo (seriam necessários cerca de 50 milhões de picomedidores para encher uma colher de chá).
E essa é uma das técnicas que concebeu para testar a hipótese segundo a qual o que impulsiona o fluxo de nutrientes no floema é o diferencial de pressão.
Esta hipótese foi desenvolvida em 1930 pelo fitofisiologista alemão Ernst Munch e é amplamente aceite porque faz sentido: os nutrientes devem fluir das áreas de maior pressão (as folhas, onde são adicionados os açúcares) para áreas de menor pressão (as raízes e frutas, onde os açúcares são retirados).
«Se descobrir o que a planta faz para alocar os seus recursos num período de 24 horas, pode pensar em todos os tipos de mudanças na produtividade agrícola», disse o biólogo William Lucas, especialista em plantas da Universidade da Califórnia, em Davis.
«O futuro em termos de população e de segurança alimentar reside em obtermos uma compreensão completa disso.»

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Uma em cada nove pessoas passa fome no mundo, menos 100 milhões que há 10 anos

16/9/2014, 13:45110 PARTILHAS
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A falta de alimentos ainda afeta 805 milhões, um em cada nove habitantes do planeta, segundo a ONU, mas o número de pessoas que passam fome diminui 100 milhões desde desde há dez anos.


Número de pessoas que sofrem de fome a nível mundial diminuiu mais de 100 milhões na última década

O número de pessoas que passam fome no mundo diminuiu mais de 100 milhões na última década, mas a falta de alimentos ainda afeta 805 milhões, um em cada nove habitantes do planeta, segundo a ONU.

"O número de pessoas que sofrem de fome a nível mundial diminuiu mais de 100 milhões na última década e mais de 200 milhões desde 1990-92″, lê-se no relatório sobre insegurança alimentar no mundo publicado hoje em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Esta diminuição, segundo o documento, significa que pode ser alcançado o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) de reduzir para metade o número de pessoas desnutridas em 2015, desde que "se intensifiquem os esforços".

A percentagem da população mundial a sofrer de subnutrição passou, nos últimos dez anos, de 18,7% para 11,3%. Nos países em desenvolvimento, essa percentagem passou de 23,4% para 13,5%. Até à data, segundo o relatório, 63 países em desenvolvimento alcançaram aquele objetivo e seis deverão consegui-lo em 2015.

"Isto prova que podemos vencer a guerra contra a fome. Devemos inspirar os países a seguir em frente, com o apoio da comunidade internacional", afirmam o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, o presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Kanayo F. Nwanze, e a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Ertharin Cousin.

Estes progressos assentam no entanto em profundas disparidades regionais. "O acesso aos alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram um progresso económico, especialmente em zonas do leste e sudeste da Ásia".

Em contrapartida, "persistem várias regiões e sub-regiões que estão muito atrasadas", na Ásia e na África subsaariana, onde uma em cada quatro pessoas passa fome.

As organizações sublinham a necessidade de renovar o compromisso político para o combate à fome através de ações concretas e encorajam o cumprimento do acordo alcançado na Cimeira da União Africana de junho passado, de acabar com a fome no continente até 2025.

Sublinhando que a insegurança alimentar e a subnutrição são problemas complexos que exigem soluções coordenadas, as organizações pedem aos governos que trabalhem em estreita colaboração com o setor privado e a sociedade civil.

"A erradicação da fome requer o estabelecimento de um ambiente favorável e um enfoque integrado", que inclua investimentos privados e públicos para aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às tecnologias e aos mercados.

O relatório aponta ainda a necessidade de medidas para promover o desenvolvimento rural e a proteção social dos mais vulneráveis e de programas de nutrição específicos para mães e crianças menores de cinco anos.

Previsões agrícolas apontam para maior produção de pêssego da década


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
As previsões agrícolas do INE, em 31 de agosto, apontam para a maior produção de pêssego da última década, cerca de 44 mil toneladas. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, esperam-se também boas campanhas nas pomóideas, com o rendimento unitário da pêra a aumentar 5%, face a 2013, e o da maçã a manter-se acima das 20 toneladas por hectare.

 
Em sentido oposto, o kiwi continua a ser afetado por problemas fitossanitários e fisiológicos, que têm nos últimos anos contribuído para uma redução significativa da produtividade desta cultura, prevendo-se uma diminuição de 15% face à campanha anterior. Na vinha esperam-se igualmente quebras de rendimento em praticamente todas as regiões vitivinícolas, que globalmente rondarão os 10%.

Quanto às culturas de primavera/verão, o INE aponta para alguma "apreensão" quanto aos efeitos que as condições climatéricas de setembro poderão ter na colheita do tomate para a indústria, numa altura em que apenas cerca de 50% da produção foi colhida.

No que diz respeito à produção de gado, o peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em julho de 2014 foi de 39 000 toneladas, o que corresponde a um decréscimo de 3,3% devido ao menor volume de bovinos (-18,4%) e caprinos (-21,4%). Os ovinos e suínos apresentaram aumentos de 4,9% e 1,0%, respetivamente.

A recolha de leite de vaca foi de 160,2 mil toneladas, o que representa um aumento de 5,3%.O total de produtos lácteos apresentou um acréscimo ligeiro de 0,2% devido essencialmente ao aumento dos volumes de manteiga (+8,3%), queijo de vaca (+6,9%) e leite para consumo (+0,9%) produzidos no mês em análise.

Olivum organiza evento para profissionais do setor


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
A Olivum – Associação de Olivicultores do Sul vai organizar o seu primeiro evento para profissionais, as I Jornadas Olivum. Esta iniciativa decorre em simultâneo com o II Encontro Nacional do Azeite, organização da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, no dia 23 de setembro, no Centro Cultural de Ferreira do Alentejo.

 
Nestas jornadas estarão em discussão temas como "Gestão integrada de doenças da oliveira: Antracnose e Tuberculose", "Novas variedades e compassos do olival em sebe" e " Balanço da campanha 2013/2014 e perspetivas para a nova campanha 2014/2015".

Para mais informações contacte o email olivum.sul@gmail.com.

Associação de Desenvolvimento Rural promove debate sobre desafios do PDR 2020


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
A RU.DE - Associação de Desenvolvimento Rural vai realizar no próximo dia 26 de setembro um debate sobre os "Desafios para o Desenvolvimento Rural – Perspetiva 2020 ", no auditório de A Moagem, no Fundão.

 
A sessão, que será precedida por uma visita a projetos apoiados pelo subprograma 3 do PRODER nos concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão, contará com a presença da Gestora do PRODER e Coordenadora da Comissão de Instalação do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, Patrícia Cotrim, da Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Centro, Ana Abrunhosa, da Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, do Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes e do Presidente da RU.DE – Associação de Desenvolvimento Rural, Carlos Pinto.

Este debate tem como objetivo identificar os desafios que são colocados ao desenvolvimento rural e as principais linhas orientadoras do programa de desenvolvimento rural 2014-2020 centrado no Quadro Estratégico Comum 2014-2020.

Durante a sessão serão, ainda, entregues, os últimos contratos de financiamento no âmbito da Estratégia Local de Desenvolvimento da Cova da Beira inscrita no eixo de Dinamização das Zonas Rurais do Programa de Desenvolvimento Rural – PRODER, num total de 30 projetos que representam um investimento total superior a 3,5 milhões de euros.

O encerramento da cerimónia estará a cargo de José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura.

Desafio: alimentar as cidades do futuro

AGRICULTURA
21/9/2014, 21:40
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É um dos desafios mais importantes a médio e longo prazo: alimentar as cidades do futuro. Comida fresca cultivada em casa é a proposta da CityFARM.

MIT CityFARM

As mini-hortas caseiras já são estruturas bastante populares, são pequenas (cabem numa varanda) e geralmente usadas para semear e manter, por exemplo, ervas aromáticas. Mas o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) quer dar o passo seguinte, antecipando-se ao cenário traçado pelos cientistas: o aumento da população mundial, concentrada nas grandes cidades e consequentemente problemas como a falta de espaço, a escassez de água e de comida.

A este propósito, dois dados interessantes (e assustadores): os sistemas agrícolas dos EUA consomem 80% da água doce disponível; já há países a arrendar terrenos para cultivo noutros países. O sistema tradicional de cultivo intensivo ocupa espaço e consome demasiada água para produzir alimentos que têm de ser transportados, três problemas que podem ser parcialmente resolvidos, de acordo com os estudos realizados pela CityFARM no Media Lab do MIT, com novas técnicas de cultivo chamadas aeroponia e hidroponia.

A hidroponia utiliza uma solução aquosa (reciclável) como substrato e a aeroponia leva a poupança e eficiência mais além, retirando às plantas qualquer tipo de suporte físico. Nem água nem terra, com esta técnica as plantas são presas pela base do caule e as raízes ficam expostas ao ar. Então e como é que as plantas se desenvolvem? Com soluções ricas em nutrientes pulverizadas nas folhas e nas raízes, em ambiente controlado. O resultado, segundo o CityFARM, é um consumo de água reduzido em 98% e a eliminação de químicos e pesticidas. Em suma, comida mais saudável e fresca, produzida em casa.

O sistema controla rigorosamente tudo: pH, temperatura, humidade, luz, entre uma dúzia de parâmetros. O objetivo é encontrar a "fórmula certa". Mas os especialistas não querem (nem é possível) acabar com o sistema atual, apenas torná-lo ecologicamente sustentável, dividindo parcelas, alimentar as cidades do futuro fazendo com que cada um cultive parte da sua própria comida — p.ex. tomates, pepinos, alfaces. Os cereais continuarão de ter de ser produzidos no campo, para já.

A técnica em si não é nova, aliás, José Barroso de Carvalho, um jovem agricultor de Vila Nova de Famalicão, venceu há dois anos o prémio "Projeto Mais Inovador da Europa" com morangos cultivados através de um sistema de aeroponia. Mas Caleb Harper, fundador e cientista do CityFARM explica precisamente que não são os primeiros, mas surgiram "numa altura em que a comunidade se começou a interessar no assunto e por isso é um bom momento".

As hortas comunitárias ganham popularidade e são um passo importante para a ecologia global e da cidade, mas as estruturas verticais dentro de casa também farão parte das soluções de produção. A ideia é contrariar o principio atual do "produzir ali para comer aqui, para mudar para 'produzir aqui para comer aqui", explica Caleb Harper. A The Verge entrevistou o cientista e fez um vídeo que explica bem o projeto.

A CityFARM pretende implantar-se no terreno já nos próximos seis meses. Vai funcionar em sistema aberto, ou seja, o conhecimento produzido estará acessível a todos. Só assim será possível aliviar a pressão e alimentar as cidades do futuro. Para tal, basta pensar na alimentação de uma maneira diferente.

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Algarve já produz caviar de caracol


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
O Algarve já produz caviar de caracol. Mais conhecido por caviar branco, este produto pode chegar aos 1500 euros por kg devido à sua raridade, uma vez que cada caracol produz em média cerca de quatro gramas de ovas por ano.

 
Ao Observador, Altair Joaquim, sócio-gerente da CaviarBlanc, revelou que "o nosso produto não é transformado, é puro e mantém-se puro desde a recolha até ao seu embalamento. Temos um pequeno segredo que nos permite ter o produto inalterado e quebrar o ciclo de crescimento do caracol."

Ao mesmo jornal o empresário revelou que a ideia de negócio da CaviarBlanc no Algarve surgiu há cerca de quatro anos depois do seu pai lhe ter falado de helicicultura. O projeto do português foi depois aprovado e financiado por fundos comunitários no âmbito do PRODER, o que permitiu a construção da estrutura necessária para a produção de caracóis.

O empreendedor prevê que a produção atinja os 200 kg por ano e que seja escoada nos mercados europeu e asiático, com o foco nos Emirados Árabes Unidos e em Macau.

76% dos novos lançamentos no Grande Consumo fracassam no primeiro ano


por Ana Rita Costa
22 de Setembro - 2014
76% dos novos lançamentos no Grande Consumo fracassam no primeiro ano de vida. A conclusão é do Breakthrough Innovation Report, da Nielsen, que revela ainda que dois terços das novidades analisadas no mercado Europeu nem sequer ultrapassam as 10 000 unidades vendidas.

 
Segundo a Nielsen, a principal razão para o fracasso dos novos produtos "é não resolverem uma necessidade ou frustração do consumidor, cada vez mais exigente com as novidades. Os grandes inovadores fazem perguntas impossíveis", refere  Geoff Tanner, um dos executivos da Nielsen.

Segundo a consultora, para que um produto tenha sucesso deve "resolver as carências e as frustrações dos consumidores." O estudo revela, após uma análise a 12 000 produtos de grande consumo lançados desde 2011, que dois terços não chegam sequer a ultrapassar as 10 000 unidades vendidas, um volume bastante reduzido se for tido como referência um mercado como o português e o espanhol, com quase 59 milhões de potenciais consumidores.

Mas o estudo vai mais além e, ao identificar as novidades que obtêm uma maior repercussão social e mediática, o número de casos diminui substancialmente, dadas as condições que têm de cumprir: desmarcar-se claramente da concorrência, ultrapassar os dez milhões de euros em vendas no primeiro ano e manter 85% das vendas no segundo ano. Assim, apenas 24% dos produtos consegue manter as vendas durante pelo menos doze meses.

Em Portugal ardeu, em 2013, metade da área da Europa em fogos florestais


22/9/2014, 12:23
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Os incendios que deflagraram em Portugal 2013 foram responsáveis por uma área ardida equivalente à metade que ardeu em toda a União Europeia.


Os incêndios florestais portugueses foram responsáveis pela destruição de metade dos danos provocados em toda a UE
CARLOS BARROSO/LUSA

Portugal foi responsável, em 2013, por metade da área ardida em fogos florestais na União Europeia, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Comissão Europeia, em Bruxelas. De acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, no ano passado, em Portugal arderam 152.756 hectares de um total de 305.904 hectares queimados na Europa.

Segundo aquele organismo, 95% da área ardida total – 291.101 hectares – localizou-se nos cinco maiores países da região Mediterrânea: Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. O facto de o verão de 2013 ter sido mais chuvoso do que o habitual justifica, segundo o sistema de informação, uma diminuição de 34% na área ardida total, na comparação com a média dos últimos 15 anos, e de 50% em relação a 2012.

Para 2014, salvo alguma alteração drástica nos últimos meses do ano, está previsto um cenário semelhante, uma vez que o verão foi chuvoso nos países do Sul. Até agora, a área total ardida na Europa corresponde a 23% por cento da média dos últimos 15 anos e 35% da destruição causada por fogos florestais em 2013. Por outro lado, o calor registado este ano no Norte da Europa resultou em vários episódios inéditos em países como a Suécia.

Japão no foco da promoção dos vinhos portugueses


Prova anual no próximo dia 07 de Outubro no Happo-en, em Tóquio, composta por Seminário conduzido pelo único Master Sommelier português João Pires, prova com degustação de 241 vinhos nacionais e final de concurso para eleição do Melhor Sommelier Japonês de vinhos portugueses.

A primeira Prova Anual dos Vinhos de Portugal será realizada no próximo dia 07 de Outubro, em Happo-en, em Tóquio. Contará com a participação de 30 produtores nacionais, que colocarão em degustação 241 vinhos, e assinalará a estreia da aproximação dos vinhos portugueses a distribuidores, compradores, outros profissionais, jornalistas e público em geral.

A prova anual será iniciada às 12h com o Seminário sobre a diversidade dos vinhos portugueses conduzido pelo Master Sommelier João Pires, seguido pela Prova Anual de vinhos portugueses, das 13h30 às 17h. Englobará ainda a final da primeira edição do concurso para a eleição do "Wines of Portugal Japanese Sommelier of the Year", organizado pela ViniPortugal em parceria com a Japanese Sommelier Association.

A semifinal deste concurso foi realizada em 10 cidades Japonesas. Agora os 10 finalistas vêm competir a Tóquio pelo primeiro prémio, que contempla uma bolsa para formação sobre Vinhos de Portugal no valor de 4.000 euros e uma viagem a Portugal. Os quatro finalistas ganharão uma viagem a Portugal, onde terão oportunidade de conhecer as principais regiões vitivinícolas nacionais.

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, salienta a importância da realização desta Prova Anual revelando que "De acordo com alguns estudos de mercado do vinho o Japão é, juntamente com EUA, Canadá, Suécia Noruega e Finlândia, um dos mercados em que o vinho se está a tornar uma tendência dominante e, por via disso, tem tido um crescimento significativo.

O Japão possui ainda um elevado conhecimento da história de Portugal e uma consequente afinidade, para além de uma intensa cultura de vinho, com mais de 30 sommeliers, o que denuncia uma oportunidade para os Vinhos de Portugal, até pelo seu carácter gastronómico."

O Plano de Marketing da ViniPortugal para 2014, no montante de 7,5 Milhões de euros, atingirá 11 mercados internacionais estratégicos, onde serão implementadas mais de 100 acções de diferentes perfis.

Fonte:  CV&A