sábado, 7 de março de 2015

Vendas de arroz para o estrangeiro dispararam quase 100% num ano


ANA RUTE SILVA 07/03/2015 - 09:53

Arroz carolino é a espécie mais produzida em Portugal, mas a menos consumida e não há verbas para o promover. Operação de exportação conjunta de três empresas levou a recorde nas vendas para o estrangeiro em 2014.

Os portugueses ainda não despertaram para o arroz carolino, a espécie mais produzida em território nacional, mas também a menos consumida. E enquanto não chegam verbas para a Casa do Arroz avançar com uma campanha interna de promoção deste produto, as empresas mantêm a estratégia de vender para fora. Há um ano, a Novarroz, a Valente Marques e a Orivárzea juntaram-se, pela primeira vez, para vender em conjunto para a Turquia e só esta operação fez disparar o valor das exportações totais de arroz em 99%: de 16,3 milhões em 2013 para 32,4 milhões de euros.

O valor atingido o ano passado é, aliás, o mais alto desde 2010, altura em que as vendas internacionais somavam 12,7 milhões. Ao mesmo tempo, as importações (sobretudo da variedade agulha, a mais consumida) praticamente estagnaram e subiram apenas 0,3% para 49,3 milhões de euros.

"Em 2014, exportámos em conjunto cerca de 35 mil toneladas de arroz em casca para a Turquia. Este ano, já enviámos mais três mil toneladas e devemos reforçar", adianta António Madaleno, presidente da Orivárzea - Orizicultores do Ribatejo (dona da marca Bom Sucesso), uma das maiores produtoras.

Obrigada a procurar alternativas no estrangeiro, a indústria diz que é "urgente" uma campanha que promova o carolino em Portugal. "Trocámos o carolino pelo agulha e, enquanto não quisermos comer o que é nosso, não há outra alternativa senão exportar. Além de que os outros países valorizam mais" [esta variedade], garante, acrescentando que a campanha é "fundamental" para colocar o carolino no prato, o arroz mais adequado ao clima nacional e com forte presença na tradição gastronómica.

Pedro Monteiro, director da Casa do Arroz (organização interprofissional) e secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA), diz que o carolino "continua a perder quota de mercado". "Exportar foi uma solução de recurso que felizmente se encontrou. O ano passado tínhamos 50 mil toneladas em stock quando o normal são 20 mil e era muito difícil comprar a campanha toda aos agricultores", recorda. Quanto às importações, não sofreram grandes oscilações porque o consumo "é estável", adianta.

Por seu lado, António Madaleno dá outra explicação para esta tendência. "No ano passado, o consumo de arroz em Portugal diminuiu 4%, o que pode levar a uma estagnação das importações. Essencialmente, assenta no facto de estarmos a desperdiçar menos. Quando sobra arroz já não deitamos fora", afirma.

A Casa do Arroz está a aguardar pela abertura da linha de financiamento dedicada às organizações interprofissionais do PDR 2020, o novo pacote de verbas comunitárias para o desenvolvimento rural. "Em princípio, estará disponível em Agosto ou Setembro, o que já é tarde", lamenta. Para lançar a campanha, a Casa do Arroz precisa de entre 700 mil a 800 mil euros a três anos. "Não foi possível obter apoio do antigo quadro de apoio porque privilegiava a promoção externa e a exportação", diz, acrescentando que, primeiro, é preciso pôr os portugueses a comer carolino e só depois avançar para a divulgação fora de portas.

De acordo com os dados da ANIA, a produção de arroz envolve 2000 agricultores, numa área global de 30 mil hectares. Em 2013, produziram-se 190 mil toneladas de arroz em casca (100 mil das quais da variedade carolino), o que equivale a cerca de 130 mil toneladas de arroz branco. O volume de negócios soma 60 milhões de euros. Os portugueses são os maiores consumidores per capita de arroz da União Europeia.

Despiste de tractor obriga a intervenção de helicóptero


     
07/03/2015 17:39:36 340 Visitas   
O alerta para a situação que teve lugar na freguesia de Bico foi dado pelas 10h22 
Helena Garcia/SOL

Despiste de tractor obriga a intervenção de helicóptero

Um homem sofreu hoje ferimentos ligeiros na sequência do capotamento do tractor em que seguia, em Paredes de Coura, tendo sido necessária a intervenção de um helicóptero devido às dificuldades de acesso ao terreno, disseram várias fontes.

De acordo com os bombeiros de Paredes de Coura, o acidente deveu-se ao "terreno sinuoso" em que circulava e levou a que o homem viesse a ser transportado para o hospital de Viana do Castelo por precaução.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) local, o alerta para a situação que teve lugar na freguesia de Bico foi dado pelas 10h22 e envolveu, para além dos bombeiros e do helicóptero, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Viana do Castelo, a Guarda Nacional Republicana e a viatura de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Ponte de Lima.

Adicionalmente, o CDOS de Viana do Castelo informou ainda acerca do despiste de um automóvel ligeiro em Ponte de Lima que ocorreu pelas 11h24 e resultou em dois feridos, um dos quais grave.

Lusa/SOL

A que sabe um vinho que esteve 151 anos no fundo do mar?


por B.C.HojeComentar


O aspeto do líquido que estava dentro da garrafa Fotografia © REUTERS
Escanções norte-americanos tiveram o privilégio de abrir garrafa recuperada de um naufrágio de há 151 anos. Mas o vinho, apesar de aromático, não tinha o travo esperado. Nem a cor.
O aspeto não era prometedor e o veredicto acabou por ser unânime: o vinho que estava dentro de uma garrafa recuperada de um naufrágio que aconteceu há 151 anos sabia sobretudo a... água salgada.

A garrafa foi encontrada intacta há quatro anos, nos destroços de um navio naufragado em 1864, durante a Guerra Civil Americana, ao largo da costa das Bermudas. Um painel de peritos abriu-a e provou o vinho na sexta-feira, durante um festival de gastronomia em Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul.

Segundo a agência Reuters, a apreciação geral foi de que o líquido na garrafa tinha um travo forte a "água salgada e gasolina". Aparentemente, 151 anos de maturação são demasiados, ainda que o Paul Roberts, um dos especialistas presentes, tenha sublinhado que não era a primeira vez que provava vinha encontrado nos destroços de um barco afundado. "Os vinhos podem ser ótimos", sublinhou. Mas não terá sido o caso.

Apesar de a garrafa estar intacta, o vinho transformou-se num líquido cinzento muito pouco apelativo que cheirava a uma mistura de água salgada, gasolina e vinagre, com um toque de álcool e citrinos. Poderá ter sido um vinho espanhol ou uma bebida espirituosa, mas hoje é sobretudo água do mar, admitiram os escanções chamados ao evento que a organização decidiu nomear com a solenidade que a ocasião exigia: "Das Profundezas: Um festival de vinho que levou 150 anos para ser realizado".

O vinho estava numa das cinco garrafas que foram recuperadas do Mary-Celestia, um navio a vapor que se afundou em circunstâncias misteriosas durante a Guerra Civil americana. O barco estava a sair das Bermudas, carregado com mantimentos, quando bateu contra um recife e naufragou em cerca de seis minutos, explicou à Reuters Philippe Rouja, um antropólogo cultural e conservador dos destroços de navios históricos do governo das Bermudas. Até hoje, não se sabe se o naufrágio foi provocado ou acidental.

1º Encontro Nacional de Estudantes de Agricultura

A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura da Escola Superior Agrária de Viseu (IAAS-Viseu) vai realizar nos dias 12, 13 e 14 de Março de 2015, o 1º Encontro Nacional de Estudantes de Agricultura, em Viseu. 


Breve resumo do programa

No dia 12

Contextualização da agricultura portuguesa na U.E e desvendar desafios e oportunidades.

As castas e o "terroir" na Região Vitivinícola do Dão e o seu contexto atual

Ex-alunos da ESAV a exporem a sua experiência na área da fruticultura e viticultura

e… acabamos o dia com uma prova de vinhos, acompanhados pela sempre brilhante atuação da TUNADÃO


No dia 13

 Impacto do Proder e perspectivas para o PDR 2020

Apoios para o investimento agricola

 As variedades regionais na fruticultura

Cultura  de mirtilos

…da parte da tarde irá decorrer nas instalações da ESAV vários Workshops sobre várias temáticas.


No dia 14 

Apresentação do enquadramento legislativo dos seguros agrícolas

 Lei 26/2013 para aplicadores de fitofármacos

Apresentação do projeto cientifico "Aquasense-Sistema Autónomo de Monitorização de Culturas e Controlo Inteligente de Irrigação" (http://uavision.wix.com/uavisionearthscience#!aquasense/c1scx)

 Gestão do solo em viticultura

…para terminar o encontro da forma mais agradável, será realizada uma visita à Casa da Ínsua (http://www.casadainsua.pt/) onde será servido o almoço e apresentado o projecto CARDOP (http://cardop-queijoserradaestrela.blogspot.pt/). Haverá prova de vinhos, queijos e compotas.


Link para o programa

http://encontroviseu.weebly.com/programa.html


Inscreve-te até ao dia 9 de Março e obtém um desconto:

- 25% para o 1º dia (7,5€)

- 20% para o 2º dia (16€)

- 10% para o 3º dia (31,50€)

- 10% para a inscrição nos 3 dias (54€)

 

Link para a ficha de inscrição 

https://docs.google.com/forms/d/1G4-vfvBGEMdU8awwipqbSFJ7mRQlRwXo5sgaSbzbun0/viewform


Link para o sitio Comité IAAS Viseu

http://encontroviseu.weebly.com/

https://www.facebook.com/events/849533331772416/


Contamos com o vosso apoio!!!!

Contamos com a vossa  presença!!!


sexta-feira, 6 de março de 2015

Palestra sobre "Uso eficiente da água" no Alqueva

4 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

Irá realizar-se uma sessão de esclarecimento sobre o Uso Eficiente da Água, a realizar no próximo dia 12 de março, pelas 10.30h, no auditório da EDIA em Beja.

O uso sustentado da água é uma prioridade para a EDIA, entidade gestora do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, sendo particularmente relevante para esta Empresa que o desenvolvimento gerado por Alqueva assente numa perspetiva de conservação dos recursos e de sustentabilidade ambiental.

Esta sessão de esclarecimento, dirigida aos utilizadores de Alqueva, conta com a participação da EDIA, da DGADR – Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; do PDR2020 – Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 e o COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio.

Recorde-se que Alqueva terá na campanha de rega que se aproxima cerca de 88.000 hectares equipados em exploração, e mais de 30.000 hectares em obra, marcando assim a conclusão da instalação do Sistema Global de Rega de Alqueva em finais do corrente ano.

Na campanha de rega de 2016 Alqueva terá disponíveis cerca de 120 mil hectares de regadio.

 

USO EFICIENTE DA ÁGUA

Auditório da EDIA

12 de março | 10.30 horas

PROGRAMA

José Pedro Salema | EDIA – "Ponto de situação das obras em Alqueva"

Francisco Gomes da Silva | ISA – "O preço da Água para rega e a eficiência da sua utilização no Alentejo – políticas públicas em vigor"

Pedro Teixeira | DGADR – "Princípios de base para o Investimento no Regadio Coletivo Público"

Patrícia Cotrim | AG PDR2020 – "Ação 7.5 – Uso Eficiente da Água"

João Oliveira Santos | COTR – "O COTR e o uso eficiente da água na agricultura"

Guilherme Vidigal | Magos IrrigationSystems – "Rega eficiente – fator de sucesso na agricultura do Alentejo"

Entrevista a Patricia Cotrim, gestora do PDR2020, na Grandes Culturas n4


5 DE MARÇO DE 2015 AGROTEC

Grandes-Culturas-4O suplemento semestral da AGROTEC, Grandes Culturas, desta vez dedicado às culturas de primavera-verão, abre com uma entrevista a Patrícia Cotrim, Gestora do PDR2020, que abordou o que muda do antigo PRODER para o novo PDR2020, revelando as expectativas e objetivos do novo Plano de Desenvolvimento Rural.

Na secção "Investigação & Desenvolvimento", A digestibilidade da silagem de milho como fator de valorização energética da forragem, o Projeto Rotalq e o Centro Operativo e Tecnológico do Arroz compõem esta secção.

Nos "Mercados", o desaque vai para "As Culturas Oleaginosas em Portugal: Girassol e Colza". O Projeto MaisMilho, a Eficiência no Uso da Água e o rescaldo do X Congresso do Milho, que contou com a presença do Presidente da República, realçando a importância desta fileira para Portugal, compõem a edição da Grandes Culturas nº 4.

A próxima edição da Grandes Culturas será publicada na edição nº 14 da AGROTEC, juntamente com os suplementos Pequenos Frutos e Agrobótica.


AJAP PDR 2020 Agrava Fosso Entre Jovens Agricultores

AJAP Revoltada e Estupefacta


Iniciamos este comunicado de imprensa com especial enfoque nos Projectos de Transição (projectos apresentados dentro da vigência do PRODER), pois parece-nos de elementar justiça, a falta de palavra para com mais de 1.000 beneficiários.
É inacreditável que Projectos de Jovens Agricultores (Projectos de Transição) apresentados entre 19 de Fevereiro e 30 de Junho de 2014, ainda não tenham sido objecto de decisão e venham a ter o desfecho agora conhecido, pois tanto a necessidade de nova reformulação, análise e decisão serão definidas com base nos critérios do PDR2020. A Portaria 31/2015 traduz uma falácia, relativamente ao prometido publicamente aos Jovens que apresentaram as candidaturas no período de transição, os mais altos representantes do Ministério sempre afirmaram que seriam financiados pelo PDR2020 com as regras do PRODER, (diziam mesmo "dinheiro novo com regras velhas") o que levou muitos promotores a avançar com os investimentos. Estes projectos deveriam ser analisados nas condições do PRODER, conforme consta nas condições de submissão dos referidos projectos.
Esta decisão, após compromisso público com os beneficiários, é vergonhosa e seguramente vai levar a muitas desistências.
Depois de tanta propaganda e notícia sobre Jovens Agricultores que percorreu o nosso País e a Europa, praticamente ao longo de todo o mandato, o que tornou a actual Ministra da Agricultura, aos olhos dos media, como a grande responsável de tanto sucesso, eis que agora, para além da enorme falha anteriormente referida, o seu Ministério apresenta um modelo de atribuição do Prémio e Incentivo à Instalação de Jovens Agricultores confuso, pouco exequível, onde impera a burocracia e apoios extremamente baixos.
Na actual portaria do PDR2020, relativa aos Jovens Agricultores, o prémio máximo de 26.250€ é atingido a partir de investimentos superiores a 140.000€, podendo ser acrescido de 5.000€ se o Jovem estiver associado a uma Organização de Produtores (OP).
Ridículo é também, na nossa perspectiva, o prémio inicial base aos Jovens Agricultores, 15.000€, para o investimento assinalável de 55.000€. Registamos ainda a possibilidade do investimento máximo de um projecto poder passar de 500.000€ para 3.000.000€, medida que deixa antever o agravamento do fosso entre Agricultores. 
O PDR2020 cria por Portaria uma clara distinção entre Jovens Agricultores "ricos" e "pobres".
Importa deixar claro que o investimento mínimo, para instalação dos Jovens Agricultores no PRODER era de 5.000€, e que o prémio correspondia a 40% do Investimento até ao valor máximo de 30.000€, atingido com 75.000€ de Investimento. Recorde-se ainda que o apoio ao Investimento era de 50% para a as regiões não desfavorecidas e 60% para as desfavorecidas, sendo que no actual PDR cai 10% para ambas as situações. 
No actual programa apenas se podem atingir estes montantes de apoio ao investimento, tal como em praticamente todo o tipo de ajudas, através das majorações OP(s), embora, praticamente nunca são ultrapassadas as ajudas atribuídas no PRODER. 
Em nosso entender existe uma clara "obsessão" e orientação política pelas Op(s), sendo sabido que 70% do seu número existe na Grande Região de Lisboa e Vale do Tejo. 
Relativamente a este assunto, a nosso ver delicado, importava que o Ministério respondesse a três questões muito objectivas: 
1ª Os defensores das OP(s) por acaso sabem se o País está coberto por esse tipo de organizações? 
2ª E para que culturas e produtos animais existem? 
3ª Esta tónica e regresso a uma agricultura intensiva extremamente apoiada em detrimento de outros modelos agrícolas existentes no país, onde desenvolvem a sua actividade mais de 90% dos nossos agricultores, vai ou não acelerar o abandono de muitas centenas de agricultores, tal como impedir a entrada de muitos Jovens Agricultores?
Estamos extremamente preocupados com os agricultores considerados de média escala, e com muitos Jovens recentemente instalados, que com estas medidas vão ter muitas dificuldades em manter-se e apenas lhe resta o abandono.
Ainda relativamente às OP(s), não seria mais acertado o Estado intervir junto das Cooperativas já existentes, analisar qual o seu real papel e intervenção e apoiá-las através do novo programa, ao invés de serem ignoradas? Tal como são ignoradas neste PDR as demais formas associativas.
Os agricultores portugueses necessitam de Cooperativas Agrícolas fortes, capazes de realizarem eficazmente as suas principais tarefas, fornecerem factores de produção aos seus associados e terem a capacidade de poderem adquirir as suas produções a preços justos. As grandes superfícies comerciais deviam negociar com o mundo cooperativo devidamente organizado, e não com "clubes encapuzados", que mais não fazem do que "espremer até ao tutano" o esforço dos agricultores.
Ainda relativamente aos Jovens Agricultores, é igualmente alarmante a questão da Formação Profissional. Ouviu-se, vezes sem conta, responsáveis do Ministério afirmar que parte dessa Formação Profissional deveria ser anterior à aprovação do projecto. No entanto nada foi alterado, tudo ficou igual. Tal como ficou na gaveta um modelo eficaz de acompanhamento aos Jovens Agricultores que o Ministério da Agricultura foi prometendo, mas que em nada se reflecte no documento, aliás, motivo demonstrado por estudos em que organismos do Ministério também participaram, como causadores de insucesso e abandono de Jovens Agricultores instalados a que o PDR deveria responder. 
DESENVOLVIMENTO RURAL
O Desenvolvimento Rural é, na nossa perspectiva, o grande ausente deste Programa.
Praticamente ausente nos Leader, aos quais foi erradamente atribuída a responsabilidade de recepcionar e analisar os Projectos relativos aos pequenos investimentos, num propósito claro de afastar decisões, impactos e a sensibilidade aos problemas dos pequenos agricultores das questões centrais do Ministério da Agricultura. 
Sem agricultura não existe Desenvolvimento Rural, sendo que esse Desenvolvimento Rural ainda mais se deteriora e desaparece se os pequenos e médios desistirem de praticar agricultura e preservarem a floresta.
Importa concluir que podemos sonhar com o País ideal, obviamente impossível de atingir, no entanto os propósitos das medidas de política devem assentar em corrigir as assimetrias e não agravá-las. É nessa perspectiva que a AJAP apela para que não se desprezem aqueles que apenas continuam a ser utilizados para as estatísticas, ignorando os Governos as suas reais necessidades. 
Falamos de muitos milhares de pequenos e médios agricultores, muitos Jovens Agricultores e muitos outros que poderiam investir no espaço rural.


A Direcção da AJAP

Al Equine, um novo espaço em Évora dedicado aos cavalos


Um nome de referência para uma "tribo" especial
 
 
ÉVORA, 4 Março: O Concelho de Évora ganha um novo espaço 100% dedicado ao cuidado dos cavalos, no próximo dia 2 de Abril, com a criação da Al EQUINE. Esta é uma empresa que nasce da necessidade crescente no mercado de produtos e soluções inovadoras para equinos e que será apresentada na 7ª edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora, que decorre a 6 e 7 de Março, no Évora Hotel.
 
Sob o slogan "When horses are your tribe", a AL EQUINE, tem como missão a comercialização e o desenvolvimento de produtos e soluções técnicas inovadoras destinadas a cavalos de desporto, visando o aumento do rendimento desportivo no estrito respeito pela saúde e bem-estar animal.
 
A AL EQUINE está focada na proximidade com o seu público-alvo. No seu novo espaço em Évora será possível encontrar uma farmácia equina, mas também alimentos compostos e suplementos de qualidade, assim como material equestre geral e específico para endurance. Oferecerá ainda localmente uma série de serviços, tais como lavandaria e correaria.
Em simultâneo, à inauguração deste espaço, a AL EQUINE lançará também uma página web, onde os seus produtos poderão ser adquiridos de forma fácil e eficiente, nacional e internacionalmente.
 
A vertente de inovação e investigação da AL EQUINE irá apostar no desenvolvimento de soluções de base tecnológica e de novos produtos e serviços para equinos, em parcerias com instituições do ensino superior e outras empresas. As principais áreas de interesse serão a biotecnologia e genómica aplicada e o desenvolvimento de produtos e processos que visem melhorar a performance e o bem-estar dos cavalos de desporto.

A AL EQUINE é um projeto com vários parceiros como a Royal Horse, Equistro, Equibride, Caleya, Equinvest e Equigerminal.


terça-feira, 3 de março de 2015

Abriram esta segunda-feira as candidaturas a €4.000 milhões para a agricultura

Governo apela aos agricultores que se candidatem o mais rapidamente possível.
Vítor Andrade |
13:09 Segunda feira, 2 de março de 2015

Abriram esta segunda-feira as candidaturas a €4.000 milhões para a agricultura
 FOTO JOÃO RELVAS / LUSA

Portugal e Espanha foram os primeiros países a abrir as candidaturas às ajudas diretas aos agricultores, no âmbito da nova Política Agrícola Comum (PAC). Em causa está um 'bolo' de €4.000 milhões, a repartir por cerca de 180 mil agricultores, até 2020.

Para já, e segundo Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, este ano está em causa uma verba de 565 milhões de euros, sendo que em 2019 o montante a distribuir ascenderá a 599 milhões de euros.

Diogo Albuquerque garante que Portugal e Espanha foram os primeiros países da União Europeia a abrirem as candidaturas às chamadas "ajudas diretas aos agricultores" - o tipo de subsídio que é concedido pelo simples facto de se possuir terra cultivada ou com pastagens para animais.

Ao todo serão abrangidos por este primeiro pilar da PAC mais de 180 mil agricultores em Portugal, mais 23 mil que no anterior Quadro Comunitário de Apoio, que terminou em 2014.

O secretário de Estado apela mesmo aos agricultores que se candidatem o mais rapidamente possível, "até porque o sistema informático onde são acolhidas as candidaturas mudou e para melhor". Ou seja, no momento da entrega da candidatura é imediatamente identificado o terreno do agricultor através de fotografia aérea (que é atualizada todos os anos).

"Disponibilizámos um formulário de candidatura mais amigável, pensado na ótica do utilizador e que será uma importante ferramenta para o agricultor que se queira candidatar a estas ajudas. Tratando-se de um ano de arranque da nova PAC, torna-se muito importante que os agricultores contribuam para o bom funcionamento da campanha apresentando as suas candidaturas mais cedo, evitando atrasos, para que a campanha decorra cada vez melhor", sublinha ainda aquele membro do Governo.

Uma das grandes novidades desta nova PAC é o reforço de verbas para a chamada "pequena agricultura", um regime no qual todos os pequenos agricultores que recebiam no passado menos de 500 euros recebem agora 500 euros por exploração. Estima-se que cerca de 92 mil agricultores adiram a este regime.

Com a agilização dos processos e com o aumento do número de beneficiados pela nova PAC, aumenta também o grau de exigência dos processos e o reforço do controle. "E isso vai ser essencial para que os pagamentos se concretizem", nota o secretário de Estado da Agricultura. Diogo Albuquerque diz ao Expresso estar confiante de que até 15 de maio deste ano tudo esteja feito em matéria de candidaturas e controle de processos. "Por isso, quanto mais cedo se candidatarem, mais cedo será feito o controlo e, consequentemente, as ajudas chegarão mais rápido", sublinha.

Se tudo correr como o esperado, os pagamentos aos agricultores deverão ocorrer no início do mês de dezembro.

Entre as 00h00 e as 13h00 desta segunda-feira chegaram ao Ministério da Agricultura 300 candidaturas às ajudas diretas, das quais seis já foram submetidas para aprovação.


Agricultura não é uma relíquia do passado, defende Paulo Portas



O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, congratulou-se hoje com os números das exportações agrícolas, considerando que demonstram que este "é um setor de futuro e não uma relíquia do passado".


O vice-primeiro-ministro, que esteve hoje no SISAB - Salão Internacional de Alimentação e Bebidas a degustar a oferta de algumas das cerca de 500 empresas exportadoras do setor agroalimentar que participam no evento, salientou que o peso do agroalimentar e das florestas nas exportações já representa cerca de 20% do total.
Paulo Portas aproveitou ainda para marcar o contraste com o anterior executivo no que respeita ao aproveitamento dos fundos comunitários para a agricultura, sublinhando que Portugal deixou de ser "o pior país no pagamento aos agricultores, para estar na lista dos que melhor aproveitam o PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural]".
Sobre o PRODER, que teve início ainda durante a anterior legislatura, frisou que "começou mal e acabará muito bem", rondando atualmente os 96% de execução.
"Houve um tempo em que as candidaturas não eram abertas e o dinheiro não chegava aos agricultores, o dinheiro ficava nos cofres das Finanças ou era devolvido a Bruxelas", vincou.
O governante acrescentou que espera fechar o PRODER no verão com 100% de execução e destacou a "continuidade" na transição entre programas, já que o novo PDR (Programa de Desenvolvimento Rural), que se prolonga até 2020, abriu as primeiras candidaturas em novembro, ainda antes de estar formalmente aprovado, seguindo-se as medidas de apoio aos jovens agricultores, os pagamentos de base e agroambientais.
Dinheiro Digital com Lusa

Secretário de Estado da Agricultura presente na 7ª edição das Jornadas Veterinárias em Évora


 
Évora, (Março 2015): O Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo de Albuquerque, irá deslocar-se até Évora no próximo dia 6 de Março, no âmbito da 7ª edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora, para participar na sessão de abertura deste evento, o que ocorrerá pelas 10.00 horas.
 
Estas Jornadas irão decorrer no Évora Hotel e têm como tema principal "Enfrentar o futuro da produção pecuária - Desafios e oportunidades". O evento de dois dias conta com um conjunto de seminários e workshops que irão abordar diversas questões acerca de ruminantes e equinos tendo em vista a melhoria da produtividade dos sectores, de forma sustentável, e contribuindo para o desenvolvimento rural. O evento é ainda uma oportunidade para que investigadores, técnicos e outros profissionais dos sectores possam partilhar ideias, analisar e discutir o estado atual do conhecimento e das perspetivas futuras.
 
As Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora destinam-se à comunidade em geral, a produtores, criadores, proprietários de animais de produção e cavalos, mas também a médicos veterinários e estudantes. Na sua última edição teve uma participação que superou os 400 participantes, consolidando-se como um evento de importância nacional.
Esta edição contará também com a presença Vereador da Câmara Municipal de Évora, João Rodrigues na Sessão de Encerramento das Jornadas.

Eurodeputados contra animais clonados para a produção de alimentos

25-02-2015 
  
A Comissão Europeia e a Comissão de Ambiente do Parlamento Europeu realizaram uma audiência pública sobre animais clonados para a produção de alimento, possibilidade sobre a qual os eurodeputados estão contra.

Em Novembro passado, os eurodeputados recusaram que os alimentos procedentes de animais clonados sejam considerados novos alimentos. Em Dezembro de 2013, a Comissão Europeia apresentou dois projectos de directivas sobre a clonagem. Um dos documentos prevê uma proibição temporária do uso da clonagem de animais de explorações, assim como a introdução no mercado de clones de animais e de embriões.

No segundo projecto de directiva garante a não introdução no mercado da União Europeia de alimentos, como a carne ou o leite procedentes de clones de animais. No entanto, não seria proibida a clonagem para outros fins, como a investigação, a conservação de raças raras e espécies em perigo ou o uso de animais para a elaboração de medicamentos y produtos de saúde, caso seja justificada a sua utilização.

Fonte: Agrodigital

Cinco países proíbem importação de carne de bovino do Canadá

25-02-2015 
 

 
A Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia, Peru e Bielorrússia são os cinco países que proibiram a importação de carne de bovino do Canadá, depois da detecção de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), na província canadiana de Alberta.

A Agência de Segurança alimentar do Canadá confirmou que o recente caso de EEB detectado é um animal nascido em 2009 teve origem da ração. O animal nasceu dois anos depois de o Canadá introduzir as suas restrições na alimentação animal, como a proibição de Materiais Especificados de Risco (MER) nas rações. O Canadá considera MER o crânio, cérebro, olhos, amígdalas, medula espinal e os gânglios da raiz dorsal dos bovinos de 30 meses ou mais.

A Agência de Segurança Alimentar vai fazer um seguimento restrito dos registos da fábrica de rações, pelo que descartam a possibilidade de novos casos.

Fonte: Agrodigital

Meteorologia é o que pode incitar alguma alteração nos preços dos cereais

 25-02-2015 
  
Os preços dos cereais estão em baixa, tanto na Europa como do outro lado do Atlântico. As cotações de referência nos mercados europeus e nos Estados Unidos registarem uma variação semanal muito negativa.

O director de Culturas Arvenses de Cooperativas Agro-alimentares, Toño Catón, qualifica a situação como complicada, já que apesar a procura de trigos da União Europeia (UE) para exportar continua muito alta e competitiva, o mercado dos Estados Unidos da América (EUA) e a força do dólar define a tendência de baixa em que se encontra o trigo.

A meteorologia na UE não parece que incite a nenhuma alteração, já que até à data, a campanha caracteriza-se com condições térmicas favoráveis, no centro, este e sul da Europa. Apenas assinala-se um dano, mas não significativo, devido ao Inverno e às precipitações que superaram a média em muitas zonas da Europa. França, Espanha, sul das Rússia e leste da Inglaterra são os países que passam por uma situação de escassez de água, de acordo com o boletim de vigilância da Comissão Europeia.

A única mudança por vir dos EUA, onde as temperaturas continuam abaixo de zero e com riscos para as culturas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê 55,6 milhões de hectares de trigo, inferior aos 56,8 milhões do ano passado. Em relação ao milho, o USDA estima uma área de 89 milhões de hectares frente aos 90,6 milhões do ano anterior. Segundo Catón, esta redução de superfície cultivada em conjunto com os preços do milho representa um desincentiva a utilização de fertilizantes conduzindo a menores rendimentos e, por conseguinte, a uma menos colheita.

Fonte: Agrodigital

Preços do trigo em baixa no mercado europeu

24-02-2015 
 

 
Os preços dos cereais no mercado europeu continua em baixa. As boas perspectivas para a próxima colheita e o bom nível de oferta favoreceram uma nova redução.

Em relação à próxima campanha o optimismo é alto, para além dos bons níveis de oferta. A possibilidade da Rússia introduzir taxas à exportação para o milho e a cevada, à semelhança do trigo, não pressionou o mercado.

Fonte: Agrodigital

APED propõe revisão da lei sobre vendas com prejuízo

  26-02-2015 
  
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição vai pedir ao Governo a revisão da legislação sobre a venda com prejuízo e espera que as eleições não atrapalhem o processo.

«Estamos a preparar a proposta», a «terminar um trabalho para apresentar junto dos dois ministérios, da Agricultura e Economia», para «fazer uma alteração ao regime de venda com prejuízo pedindo que haja uma atenção especial para categorias abrangentes de produtos, sobretudo aqueles que sejam, por essência, sujeitos a desvalorização muito rápidas», explica Ana Isabel Trigo Morais.

A directora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) justifica o pedido: «porque consideramos que este diploma criou um regime de venda co m prejuízo que é lesivo do consumidor, e não deixa passar valor económico para o consumidor».

O facto de Portugal estar a oito meses de eleições legislativas não demove a APED de antecipar em um ano a avaliação intercalar prevista no próprio diploma PIRC. «Gostaríamos muito que o actual Governo, que aliás foi não só quem criou o terreno e a discussão», mas também «a revisão da legislação para que depois houvesse a sua aplicação, percebesse que esta precisa de ser corrigida», e «tivesse oportunidade para introduzir este tema no seu calendário político».

Isabel Trigo Morais garante que têm «sinais do Governo», o qual, acrescenta, «na sede própria», veio dizer «que reconhece que o mecanismo das vendas com prejuízo precisava de ser ajustado à realidade das relações económicas», sublinhando que acreditam que há possibilidade de ajustamento intercalar, porque esse foi, não só, o entendimento que o ministro da Economia, Pires de Lima, deu, como foi também reforçado com o secretário de Estado da Economia, na última reunião da PARCA, que decorreu em Dezembro.

Para a tutela do Ministério da Agricultura, que iniciou a discussão sobre a reforma legislativa na PARCA, entidade criada em finais de 2011 para promover o diálogo entre os protagonistas da agro-alimentar, as alterações são também uma possibilidade.

Fonte oficial do Ministério liderado por Assunção Cristas, admite um ano depois que estão «em condições de desenvolver um balanço e uma avaliação detalhada e quantificada, conjuntamente com as partes interessada, para eventuais alterações no sentido de uma maior clareza e eficácia dos objectivos subjacentes a este diploma», contudo, não se compromete com qualquer data para alterações no decreto-lei nº366/2013 (PIRC).

Mas a tutela da Agricultura e do Mar (MAM), desfaz qualquer equívoco quanto a inversões legislativas: o diploma das PIRC «é das peças legislativas da política publica mais estruturantes até à data na área da cadeia alimentar», sustenta. «A própria existência da legislação sobre as PIRC», salienta em reposta escrita fonte do MAM, «é um ponto positivo uma vez que disciplinou e equilibrou as relações de troca ao longo da cadeia alimentar». Ou, de forma mais clara: «a necessidade de, em muitos casos, os contratos em vigor terem sido alterados é revelador de uma certa opacidade e carácter avulso que vigorava nas relações comerciais».

O Ministério da Agricultura recorda ainda que o diploma das PIRC fez a «definição de prática irregulares», entre as quais, «venda com prejuízo», mas também «descontos diferidos incluídos no cálculo do preço de venda», e «proibição de alterações retroactivas nos contratos».

A CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal), refere que «o balanço global do primeiro ano de entrada em vigor do decreto-lei é positivo» mas, «com a implementação deste diploma foi atingido o fim de uma etapa e não o fecho do processo».

Em relação a possíveis mudanças, a CONFAGRI afirma que «as disposições relativas a discriminação entre marcas e a regulação da presença no mercado das chamadas "marcas brancas" continuam a não ser englobadas nesta legislação», considerando ser «importante legislar e só depois auto-regular (…) Agora não há espaço para um instrumento de auto-regulação que poderá contribuir para uma melhoria no relacionamento (…)», assinala a CONFAGRI.

Fonte: Jornal de Negócios

Divergências no PSD-Santarém perante possibilidade de Cristas encabeçar lista às legislativas


A possibilidade de Assunção Cristas, atual ministra da Agricultura, vir a ser cabeça de lista no círculo eleitoral de Santarém caso PSD e CDS-PP concorram coligados às legislativas deste ano gerou posições divergentes na última reunião da distrital social-democrata.
O presidente da distrital de Santarém do PSD, Nuno Serra, disse hoje à Lusa que ficou «espantado» por o tema ter sido levantado na reunião desta semana por ser «extemporâneo» e «prematuro» o debate em torno de um assunto que nem se sabe se se irá colocar, uma vez que ainda não existe qualquer decisão sobre se os dois partidos concorrem coligados ou não. «É só ruído. Não está nada em cima da mesa. Por isso fiquei espantado por a questão ter sido levantada pelo presidente da Câmara de Santarém», afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, disse à Lusa que a sua declaração foi feita no sentido de que a distrital social-democrata de Santarém se deve bater para que a lista às legislativas, caso haja coligação, seja liderada por um militante do partido, opondo-se a que se considere a hipótese de vir a ser encabeçada por Assunção Cristas.
O nome da ministra terá surgido de "conversas de corredor" na sessão das "Jornadas do Investimento" realizada no sábado em Santarém com a participação dos presidentes das distritais do PSD, Nuno Serra, e do CDS-PP, José Vasco Matafome.
O presidente da distrital do CDS-PP disse hoje à Lusa que "ficaria muito satisfeito" se a lista por Santarém fosse encabeçada por Assunção Cristas, pessoa que considera ser conhecedora de uma área com forte implantação no distrito e que tem grande aceitação entre os agricultores.
Frisando que qualquer decisão em matéria de coligação será tomada pelos órgãos nacionais, José Vasco Matafome afirmou que se os dois partidos avançarem juntos para eleições não tem dúvidas de que o PSD não tem no distrito "ninguém com a capacidade e a visibilidade" de Assunção Cristas e que o que mais interessará será a capacidade de o cabeça de lista atrair votos.
"Seria lamentável se isso acontecesse", disse Ricardo Gonçalves à Lusa, referindo a fraca expressão eleitoral do CDS no distrito de Santarém.
Contudo, para Nuno Serra, a distrital terá que analisar o que for melhor para o distrito e para a coligação, considerando que se se viesse a concluir que Assunção Cristas garantiria uma maior representatividade parlamentar seria "um erro crasso" eliminar essa possibilidade à partida.
Nuno Serra disse ter ficado "espantado" por a oposição vir de Ricardo Gonçalves, que foi eleito para a Câmara de Santarém na lista de um independente (Francisco Moita Flores), escolhido pelo partido com o objetivo de conseguir, pela primeira vez, conquistar um município desde sempre liderado pelos socialistas.
No entender do líder da distrital social-democrata, Ricardo Gonçalves deveria ser o primeiro a perceber que os cabeças de lista podem influenciar positivamente o resultado eleitoral, tanto que ele próprio é hoje presidente de Câmara graças a essa circunstância.
Todavia, assegurou que a tomada de posição de Ricardo Gonçalves "será tida em conta" na análise que a distrital vier a fazer, se a situação se colocar.
Diário Digital com Lusa

Reino Unido precisará de importar metade dos seus alimentos, dentro de uma geração



Fevereiro 26
14:52
2015

A organização de agricultores ingleses (NFU – National Farmers Union), alertam que a auto-suficiência alimentar do Reino Unido está em perigo, devido ao aumento da população e ao decréscimo da produtividade da actividade agrícola.

Durante o seu congresso anual, os agricultores anunciaram que vão pedir ao Governo que tome medidas para incentivar o investimento na actividade agrícola e desenvolver um plano que garanta a auto-suficiência do país.

O Governo terá de decidir se quer que o mercado seja inundado por produtos de países terceiros com menor qualidade ou se quer manter os padrões de qualidade dos produtos britânicos.

O Presidente da NFU aponta a regulação comunitária e do Reino Unido, que colocarem muita ênfase nas questões ambientais, em detrimento da produtividade das explorações agrícolas.

Na década de 80, os níveis de auto-suficiência situavam-se nos 80%, valor este que tem vindo a decrescer para os 60% desde o início dos anos 90.

Um exemplo dado pela NFU foi a abundância de leite nos mercados internacionais, que levou a um afundamento dos preços nos produtores, ameaçando, assim, a continuidade da actividade para muitos deles.

O Governo responde dizendo que está a trabalhar em várias medidas, como a abertura de novos mercados para exportação, o incentivo para que escolas e outros organismos públicos, assim como os consumidores em geral, comprem produtos nacionais e o investimento em tecnologias de ponta, como tractores guiados por GPS.

Amorim Cork Ventures lança desafio a empreendedores


por Ana Rita Costa
26 de Fevereiro - 2015

A incubadora de startups da Corticeira Amorim lançou um desafio a empreendedores com  "ideias, aplicações ou propostas de negócios inovadoras para o sector da cortiça". Os candidatos vão poder concorrer até 23 de março.

 
A Amorim Cork Ventures explica em comunicado que "após a fase de triagem, os empreendedores que se candidatem a este acelerador beneficiarão de um processo de fomento de competências e os selecionados integrarão a incubadora da Corticeira Amorim." Por fim, a Amorim Cork Ventures investe e apoia o lançamento da ideia no mercado.

A incubadora da Amorim foi criada em junho de 2014, com uma verba de cerca de um milhão de euros, e já recebeu mais de 100 propostas de projetos. No total, já foram apoiados sete projetos.

Agricultura: a ajuda mal gerida contra os incêndios florestais

Fevereiro 26
14:53
2015

Um relatório do Tribunal de Contas Europeu revelou que as ajudas para a prevenção de fogos florestais na União Europeia (UE) não foram bem geridas. Este Tribunal recomenda, ainda, que esta situação seja corrigida entre 2014 e 2020.

As medidas de prevenção, que representavam 80% dos 1,5 milhões de euros, para o período de 2007 a 2013, não tiveram objectivos bem definidos.

No âmbito do FEADER, falhou, sobretudo, a definição de critérios comuns, ao nível dos estados-membros, que permitissem a clara identificação das áreas com maiores riscos.

Em alguns estados-membros, as ajudas foram, em parte, correctamente aplicadas em medidas de prevenção de incêndios. No entanto, muitos valores foram alocados a acções que em nada contribuem para a diminuição do flagelo que são os incêndios florestais, mas contribuem, sim, para o atingimento de outros objectivos ambientais.

Na UE, as florestas e bosques cobrem um superfície total de 180 milhões de hectares, o que representa cerca de 42,4% do território da UE, ultrapassando a superfície agrícola da União. Nos últimos 30 anos, os incêndios destruíram, em média, 480 mil hectares de floresta, por ano.

O emprego no sector agrícola Europeu

Fevereiro 26
14:53
2015

Os empregos gerados pela actividade agrícola diferem muito de estado-membro para estado-membro e a Política de Desenvolvimento Rural (PDR) da União Europeia (UE) não tem consigo produzir os resultados esperados em termos de emprego.

A PDR da UE centra-se em três objectivos estratégicos de longo prazo, entre os quais, o desenvolvimento territorial equilibrado da economia e das comunidades agrícolas, sobretudo ao nível da criação e preservação de empregos.

No primeiro lugar do ranking, encontramos a Roménia, onde 38,5% da população activa está empregada no sector agrícola, onde as principais produções são o trigo e o milho. Em segundo lugar, temos a Grécia, com 13,7% da população empregada no sector agrícola, que tem, como principais produções, o trigo, ao vinho e a azeitona.

Na outra ponta do espectro encontramos o Reino-Unido, que emprega apenas 1,1% da sua população activa na agricultura, Malta, que emprega 1,3% e a Alemanha, que emprega 1,4% da população neste sector.

A média europeia em termos de emprego no sector agrícola baixou um pouco entre 2008 e 2013. Este decréscimo verifica-se, também, na maior parte dos estados-membros, com excepção para a Grécia (com mais 2,6%), a Hungria (mais 0,3%), a Estónia, a Irlanda (ambas com mais 0,4%), a França e a Espanha (ambas com mais 0,3%).

Tomate português à conquista do primeiro lugar no Japão


MIGUEL CAMBEZES 22/02/2015 - 06:09
Podemos perder terreno para os nossos concorrentes mais directos, como a Itália, China ou Turquia, se não apostarmos fortemente na promoção.

Portugal é o segundo fornecedor mundial de tomate no Japão, o seu segundo mercado de exportação – e estratégico para um setor que é o terceiro mais exportador do país. Mas estes são factos que não acontecem por acaso.

E se o clima favorável e a elevada produtividade (e gestão sustentável) dos solos ajudam a explicar a qualidade, a cor e o sabor da matéria-prima, a existência de uma indústria e uma gestão altamente competitivas, empenhadas em aplicar as melhores e mais avançadas práticas internacionais, permitem assegurar o mais importante: um tomate transformado de grande qualidade, à altura dos países e consumidores mais exigentes.

No top-10 mundial de um setor liderado pelos EUA (basicamente, a Califórnia), que produz 11 milhões de toneladas de tomate anualmente, seguido pela Itália e a China, respetivamente com 4,1 e 3,9 milhões, Portugal produziu 1,2 milhões de toneladas em 2014 e tem a ambição de atingir, muito em breve, os 2 milhões. Naturalmente, num mercado altamente competitivo e dinâmico, esta expansão terá que passar pelo crescimento em quota e valor, para exportar, não apenas polpa e concentrado, mas também produtos finais de elevado valor acrescentado.

Um tomate mais doce que em outras latitudes e uma indústria empenhada em preservar as qualidades naturais da matéria-prima. Estes são fatores distintivos da produção nacional, que fazem todo a diferença quando falamos de mercados como o nipónico, permanentemente à procura de "novidades" de consumo. Por outro lado, certos nutrientes do fruto, como o licopeno ou a cutina, intensificados pelas condições de cultivo e produção do país, permitem o desenvolvimento de uma panóplia de derivados, como sumos, cervejas, gelatinas, gelados e – pasme-se – vinhos. A cosmética e a indústria conserveira são outras áreas com potencial.

O novo centro de competências, no distrito de Santarém, além da admissão e formação de investigadores e técnicos especializados, numa aposta clara em conhecimento e know-how de cunho português, inclui laboratórios, estufas e uma mini-fábrica para processar e testar variedades e novos produtos. O investimento é elevado (na última década, o setor investiu perto de 60 milhões de euros em inovação em Portugal!), mas os ganhos esperados são significativos: subida de 10% na produtividade por hectare e também de 10% nos dias da campanha.

Apesar das muitas conquistas de uma fileira que é hoje a quarta maior exportadora a nível mundial, com níveis de exportação em torno dos 95%, a competitividade do setor pode estar ameaçada se não foram acauteladas questões sensíveis e decisivas (i) a nível interno, como a universalidade dos seguros de colheita ou a descida dos custos energéticos, e (ii) a nível externo, como a atenção às regras de mercado e de regulação de países concorrentes, aos acordos comerciais UE-EUA ou às diferenças cambiais – com o Euro, felizmente mitigadas.

Acima de tudo, podemos perder terreno para os nossos concorrentes mais diretos, como a Itália, China ou Turquia, se não apostarmos fortemente na promoção do setor "estrela do agroalimentar" junto dos mercados onde somos quase líderes ou onde estamos a consolidar a nossa posição. O Japão é, a esse nível, paradigmático, na medida em que, após ultrapassarmos o maior produtor mundial em 2012, os EUA, temos, neste momento, a oportunidade histórica de ultrapassar a China e conquistar a primeira posição no fornecimento de tomate ao país do sol nascente.

Secretário-Geral da Associação dos Industriais de Tomate

Comissão Europeia vai dar mais tempo para pagar multas das quotas leiteiras


por Ana Rita Costa
24 de Fevereiro - 2015

A Comissão Europeia já enviou para consulta uma proposta que prevê que os produtores que ultrapassem as quotas leiteiras possam pagar as respetivas multas num prazo de três anos, sem juros. O regime de quotas leiteiras na União Europeia termina já no próximo dia 31 de março.

 
Com a proposta da Comissão Europeia, as multas de 0,27 cêntimos por cada litro produzido a mais em relação à quota poderão ser pagas em três diferentes prestações, até aos dias 1 de outubro de 2015, 2016 e 2017.

Os países onde é mais expectável que se ultrapassem as quotas são a Irlanda, a Alemanha, a Dinamarca, a Holanda e a Polónia.

Maçãs geneticamente modificadas aprovadas nos EUA


por Ana Rita Costa
24 de Fevereiro - 2015

O US Department of Agriculture Animal Plant Health Inspection Services, dos Estados Unidos da América aprovou as maçãs geneticamente modificadas Arctic Granny e Arctic Golden. De acordo com a entidade, estas variedades do fruto não representam um perigo para o ambiente e é improvável que tragam problemas para a saúde pública.

 
Desenvolvidas pela Canadian Okanagan Specialty Fruits, estas maçãs OGM "são resistentes ao apodrecimento e quando sujeitas a pancadas, o interior da maçã mantém-se intacto sem qualquer escurecimento, o que não acontece com as convencionais", refere a empresa responsável pelas variedades.

Em 2016, já estarão disponíveis pequenas quantidades destas maçãs destinadas para testes.

Figo-da-índia cresce em Portugal


por Ana Rita Costa
24 de Fevereiro - 2015

O figo-da-índia está a ganhar terreno em Portugal e segundo a associação criada em 2011 para defender a fileira, a APROFIP, em declarações ao Agronegócios, a exportação deverá começar já em 2016.

 
Mário Nunes, presidente da Associação de Profissionais de Figo da Índia Portugueses (APROFIP), explicou ao Agronegócios que "a consciencialização por parte dos portugueses, de que o figo-da-índia representava um potencial económico a aproveitar, deu-se em 2011", altura em que a APROFIP começou a ser constituída e a desenvolver iniciativas para a promoção e valorização da planta.

Em 2009, foi instalado em Sesimbra a primeira plantação ordenada de figo-da-índia, com uma área aproximada de 0,8 hectares para exploração de frutos. Um ano depois surgiu uma iniciativa semelhante, desta feita em Portalegre.

Segundo Mário Nunes, atualmente existem plantações de figueiras-da-índia em todo o território nacional, 150 hectares dos quais de associados da APROFIP. Razão pela qual talvez já seja possível começar a exportar em 2016.

Em 2015, espera-se que o volume produtivo seja de aproximadamente 60 a 80 toneladas.

Comissão Europeia e Departamento de Agricultura dos EUA discutem denominações de qualidade


por Ana Rita Costa
24 de Fevereiro - 2015

O Comissário de Agricultura da Comissão Europeia, Phil Hogan, reuniu recentemente com o Departamento de Agricultura dos EUA, no Agricultural Outlook Forum, para discutir as denominações de qualidade dos produtos agroalimentares. Para o Secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, os EUA e a UE veem de maneira diferente o peso que essas indicações (DOP, IGP e ET) têm nas negociações transatlânticas.

 
Phil Hogan considera que se trata de uma questão menor nas negociações e defendeu que "para os europeus, as denominações de qualidade são um tema emocional de grande repercussão local e são consideradas um direito de propriedade intelectual rural."

Por outro lado, Tom Vilsack, explicou que para os norte-americanos esta é uma questão de grande importância. "Os produtores dos EUA não estão dispostos a deixar de usar termos, que para eles são genéricos e que se têm usado durante anos, como 'feta' ou 'parmesão'."

Os responsáveis debateram ainda questões como os OGM e o bem-estar animal.

Portugal vai voltar a produzir beterraba sacarina


por Emília Freire
25 de Fevereiro - 2015

A partir da campanha de 2017 a produção da beterraba sacarina na União Europeia (UE) deixará de estar sujeita a quotas, passando o mercado a estar liberalizado. Com vista à retoma da produção da cultura em Portugal, interrompida em 2008, a DAI e a Associação Nacional dos Produtores de Beterraba estão a fazer ensaios para testar novas variedades mais produtivas. Sem pagamentos ligados previstos, por agora, na PAC, a produção conta com a partilha do rendimento industrial para viabilizar a cultura.

 
Produtores e indústria nunca aceitaram o 'fim' das quotas e consequente abandono da produção de beterraba sacarina em 2008. "A ANPROBE opôs-se sempre ao abandono da produção de açúcar português. Esse abandono tinha como consequência o fim da produção de beterraba sacarina. Se fomos contra, naturalmente somos a favor do seu retorno. As linhas estratégicas orientadoras do lançamento da cultura há 20 anos são as mesmas de hoje, mantêm-se válidas", garante o presidente da associação.

Manuel Campilho explica que "desde 2011 que temos vindo a trabalhar para o retorno da cultura. Perdemos o primeiro round. O lóbi francês e alemão impediram Portugal, como estava previsto, de voltar à produção em 2015. Voltaremos, certamente, em 2017. Realço a importância dos eurodeputados Luís Capoulas dos Santos e Maria do Céu Patrão Neves no trabalho que connosco (ANPROBE) desenvolveram no sentido de se ultrapassar o referido lóbi francês e alemão, que infelizmente não foi possível na altura".

O presidente da associação salienta que "a questão das quotas deixará de se colocar. A 1 de Outubro de 2017 o mercado europeu estará liberalizado. Há 20 anos a dimensão média de uma unidade industrial rentável situava-se em torno das 70 mil toneladas. Hoje, seguramente, aumentou".

Por seu lado, uma fonte da DAI confirma à VIDA RURAL que "temos campos de experimentação/divulgação de novas variedades de beterraba, em campos de agricultores, no vale do Tejo e nos perímetros regados de Alqueva (baixo Alentejo), levados a cabo em parceria com a ANPROBE, para permitir selecionar as melhores variedades para cultivo, em escala industrial, a partir da campanha de 2016/17, inclusive". E acrescenta que "quando for oportuno" fará a "divulgação oficial de objetivos e calendários do caminho para o retorno da produção de açúcar de beterraba pela DAI, voltando a utilizar matéria-prima exclusivamente produzida pelos agricultores portugueses".

Veja a reportagem completa na edição de fevereiro da revista Vida Rural. 

Alentejo dispõe de 1.082 milhões de euros de apoios comunitários até 2020

25/2/2015, 13:58

O Alentejo dispõe de 1.082 milhões de euros de apoios comunitários até 2020, através de um novo programa operacional, cujas candidaturas deverão abrir na segunda quinzena de março.


O Alentejo dispõe de 1.082 milhões de euros de apoios comunitários até 2020, através de um novo programa operacional, cujas candidaturas deverão abrir na segunda quinzena de março, revelou esta quarta-feira o presidente da comissão diretiva do programa.

O Alentejo 2020, o Programa Operacional Regional do Alentejo para o período 2014-2020, tem uma dotação global de 1.082,9 milhões de euros, "mais 26%" do que o programa anterior, o InAlentejo, que vigorou entre 2007 e 2013, precisou à agência Lusa António Costa Dieb.

O também presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) falava à margem da primeira reunião do Comité de Acompanhamento do novo programa, hoje realizada em Beja.

Segundo o responsável, da dotação global do Alentejo 2020, 898,2 milhões de euros provêm do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 184,7 milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE).

"Cerca de 35%" da dotação global do Alentejo 2020 "vai diretamente para as dimensões de apoio à economia empresarial e cerca de 15% para fatores de competitividade, nomeadamente capital humano, investigação e transferência de tecnologia", indicou.

O resto será distribuído pelas áreas de regeneração urbana, sustentabilidade, ambiente e economia verde, desenvolvimento local e intervenções territoriais, sublinhou.

De acordo com António Costa Dieb, através dos apoios do Alentejo 2020, a CCDRA e a comissão diretiva do programa vão "trabalhar para atingir grandes indicadores regionais", como "reduzir em 10%" a diferença entre o máximo e o mínimo de rendimento médio interno per capita e o abandono escolar da região.

A CCDRA e a comissão diretiva do programa também querem "aumentar o investimento nas questões do capital humano e da investigação e transferência de tecnologia" com o objetivo de fazer as instituições de ensino superior do Alentejo "subirem dois pontos nas tabelas internacionais".

Se estes indicadores "forem satisfeitos de uma forma muito próxima", será possível criar, "com certeza", "alguns milhares de postos de trabalho, diretos e indiretos, e garantir a "sustentação de outros", frisou.

A preparação dos regulamentos específicos de cada um dos eixos do Alentejo 2020 está "na fase final" e "tudo indica que a partir da segunda quinzena de março estaremos em condições de começar a abrir os avisos dentro da normalidade", adiantou.

"Atualmente, já estão abertos avisos para a preparação das intervenções territoriais, por parte das comunidades intermunicipais, e das intervenções de base local, por parte das associações de desenvolvimento local, e a partir da segunda quinzena de março entraremos na normalização do processo do Alentejo 2020″, disse.

Investigador pede novo censo dos lobos e admite revogação da proteção da espécie


25/2/2015, 17:36
O investigador Francisco Álvares admitiu a possibilidade de o lobo ibérico deixar de ser uma espécie protegida por lei, se um novo censo concluir que já não está em vias de extinção.


Um estudo de 2002 refere a existência de cerca de 300 lobos em Portugal, mas os agricultores garantem que são cada vez mais
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O investigador da Universidade do Porto Francisco Álvares admitiu a possibilidade de o lobo ibérico deixar de ser uma espécie protegida por lei, se um novo censo concluir que já não está em vias de extinção. "Tem de ser feita uma nova avaliação, para ver se a espécie está a aumentar a ponto de eventualmente poder deixar de ser protegida por lei", referiu.

Francisco Álvares falava no final de uma sessão realizada na noite de terça-feira em Terras de Bouro, promovida pela Associação de Compartes de Campo do Gerês e pelo município para procurar soluções que possam diminuir a conflitualidade resultante dos danos provocados pelos lobos.

Segundo aquele investigador, um estudo de 2002 apontava para a existência em Portugal de cerca de 300 lobos, distribuídos por 62 alcateias. Os cerca de 200 criadores de gado presentes na sessão afirmaram que os lobos "são cada vez mais", mas Francisco Álvares contrapôs que não há qualquer dado científico que o comprove. Disse ainda que, apesar de se tratar de uma espécie protegida, se regista em Portugal uma "elevada" mortalidade de lobos por causa humana, nomeadamente a tiro, com veneno, com laços ou atropelamento. "Em 2014, só no Alto Minho, foram registadas cinco mortes", referiu.

Estando protegidos por lei, os lobos não podem ser abatidos, mas os proprietários do gado têm direito a uma indemnização do Estado por cada animal atacado. "Se deixar de ser protegido por lei, provavelmente também deixará de haver indemnizações", acrescentou Francisco Álvares. Para este investigador, a melhor solução para evitar os ataques dos lobos passa por uma maior proteção dos rebanhos, nomeadamente com a utilização de cães e com a presença contínua de um pastor. "Aqui ainda há muita tradição do pastoreio livre, ao contrário do que acontece, por exemplo, em Bragança, onde cada rebanho é muito protegido e onde o pastor dorme com o rebanho durante a noite. Ali não há registos de conflitos resultantes dos ataques dos lobos", disse ainda.

Na sessão, participou ainda a investigadora Sílvia Ribeiro, ligada ao Grupo Lobo, que deu conta de que esta associação ambientalista já ofereceu mais de quatro mil cães de várias raças para que os pastores os possam usar na defesa dos seus rebanhos, evitando assim ataques e conflitos com os lobos. Sílvia Ribeiro acabou por abandonar a sessão, agastada com as palavras, que considerou "insultuosas", que os criadores de gado lhe dirigiram.

Por cada 50 cabeças de gado, os pastores têm de ter um cão, sob pena de ficarem sem direito a qualquer indemnização em caso de ataque dos lobos. "Quanto custa manter um cão? Quanto custa um seguro? E como se consegue um seguro? É tudo muito bonito, virem para aqui com 'historinhas' de lobos, mas no final quem se lixa somos sempre nós", referiu um criador de gado.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Preço do azeite vai subir em Portugal devido a queda de 20% da produção


28/2/2015, 19:46

O preço do azeite vai subir devido à queda em 2014 na produção nacional. A quebra foi motivada pelas más condições climatéricas, que se fizeram sentir em alturas cruciais para a produção de azeitona.


O preço do azeite na origem tem vindo a sofrer um aumento sistemático desde o verão de 2014
NUNO VEIGA/LUSA

O preço do azeite para o consumidor final vai subir nos próximos tempos devido a uma queda da produção nacional em 2014 e aumento do custo na origem, avançou a secretária-geral da Casa do Azeite. "O preço do azeite na origem, pago pelo preço da azeitona, teve um aumento na ordem dos 60%, fator que, aliado à quebra de 20% na produção nacional, vai ter de refletir-se no preço ao consumidor final", disse à agência Lusa a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, à margem do III Congresso Ibérico do Azeite, a decorrer em Abrantes, no distrito de Santarém, até domingo.

"O preço do azeite, na origem, tem vindo a sofrer um aumento sistemático e muito significativo desde o final do verão de 2014, aumento de preços que tem vindo a acentuar-se à medida que se conhecem melhor os dados da última campanha de produção, que apontam, em termos mundiais, para uma quebra muito significativa da produção de azeite", notou Mariana Matos.


"Essa quebra foi motivada pelas más condições climatéricas que se fizeram sentir em alturas cruciais para o ciclo de produção da azeitona, como a altura da floração e vigamento dos frutos, e a fase final da maturação", observou a responsável. "Com uma quebra tão acentuada na produção mundial, é natural que o preço na origem tenha um significativo aumento, é a lei da oferta e da procura", lembrou, acrescentando que, por enquanto, o preço ao consumidor ainda não reflete esta situação.

No entanto, avançou Mariana Matos sem quantificar, o preço "deverá progressivamente ser ajustado para refletir o maior custo da matéria-prima na origem". Segundo defendeu, a desvalorização do euro "terá um impacto positivo nas exportações de azeite, tendo em conta que grande parte das exportações se destina a países extracomunitários. Por outro lado, essa desvalorização pode contrariar um pouco o aumento do preço do azeite na origem, minimizando o impacto negativo desse aumento nas exportações", observou.

João Nuno Alcaravela, diretor da Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Mação, Sardoal e Constância e membro da organização do Encontro Ibérico do Azeite destacou à Lusa as medidas relacionadas com o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) até 2020, que está a iniciar o seu período de execução. "Foi possível neste simpósio dar a saber que o PDR 2020 tem linhas de apoio muito importantes para a instalação de novos agricultores, ajudas gerais à agricultura empresarial e à pequena agricultura, com apoios que, no caso de pequenos investimentos (até 25 mil euros), vão até aos 50%", referiu.

"Realço ainda os apoios financeiros aos olivicultores para a instalação de novas plantações, modernização de maquinaria e para projetos de aglomerados de produtores, assim como ao olival tradicional, à produção integrada e à agricultura biológica", acrescentou Alcaravela, tendo lembrado a "novidade do limite da idade" aceite para os pequenos agricultores.

"Ao contrário dos anteriores quadros comunitários, um indivíduo com 40 anos, inclusive, pode apresentar projetos de instalação na qualidade de jovem agricultor", aplaudiu. Uma medida que Mariana Matos considerou ser um "estímulo absolutamente vital para a reconversão de toda a agricultura nacional".


CONFAGRI: Novo controlo pode levar à perda de 14 ME de ajudas à agricultura

23-02-2015 

 
O presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) advertiu que Portugal pode perder 14 milhões de euros de ajudas à agricultura, se o governo persistir em mecanismos de controlo desajustados.

Manuel dos Santos Gomes falava aos jornalistas após reunir com o líder do principal partido da oposição, António Costa, a quem transmitiu as principais preocupações do sector, durante uma visita do líder do PS à Proleite.

A situação decorre da aplicação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) que integra a nova Política Agrícola Comum (PAC), o qual faz depender os pagamentos aos agricultores da diversificação de culturas e da manutenção de uma área de «interesse ecológico» por exploração.

Segundo Santos Gomes, o Ministério da Agricultura pretende fazer o controlo "in loco" nos meses de Maio a Julho, o que inviabilizaria a cultura forrageira habitual dos produtores de leite, já que a União Europeia não reconhece o milho-forragem como segunda cultura.

«Com o controlo entre Maio e Julho, tal como o Ministério da Agricultura o quer fazer, as explorações das bacias leiteiras de Entre Douro e Minho e da Beira Litoral, que representam cerca de 85 por cento do leite produzido em Portugal, ficam privadas de fazer os milhos forragem, porque a cultura de inverno vai desde Outubro até Março ou Abril», explicou.

A regulamentação comunitária procura beneficiar os produtores em que mais de 75 por cento da superfície arável da exploração seja ocupada com culturas herbáceas forrageiras na maior parte do ano.

Os produtores portugueses alegam que é usual a prática dessas culturas herbáceas, mas devido ao clima ocorrem durante o outono e inverno, pelo que não faz sentido o Ministério da Agricultura pretender confirmá-las no terreno na primavera-verão.

«Estamos descontentes com esta situação e esperamos que haja alguma pressão do governo para que a medida seja ultrapassada, porque se nada for feito perdem-se catorze milhões de euros de ajudas à agricultura portuguesa, quando países como a Espanha, a França e os Países Baixos já conseguiram que fossem reconhecidas as suas especificidades por Bruxelas», disse o presidente da CONFAGRI.

Fonte: Lusa

Açores: Meloa portuguesa certificada pela Europa

23-02-2015 
 

 
A Meloa de Santa Maria, oriunda da ilha açoriana com o mesmo nome, recebeu, na sexta-feira, a classificação de "Indicação Geográfica Protegida" (IGP) atribuída pela Comissão Europeia. Com esta certificação, o fruto português passa a integrar a lista de cerca de 1.200 produtos regionais já protegidos pela Europa.

Num comunicado divulgado pelo Governo dos Açores, o secretário regional da Agricultura e do Ambiente, Luís Neto Viveiros, congratulou-se com este reconhecimento, que considerou «uma mais-valia comercial», destacando o facto de o selo europeu poder começar a ser utilizado já este ano, na próxima produção.

«A classificação da Meloa de Santa Maria como produto de Identificação Geográfica Protegida (IGP), que já tinha sido publicada em Jornal Oficial a três de Setembro de 2013 e é agora reconhecida por Bruxelas, é a sétima certificação desta natureza a ser obtida para produtos agro-alimentares dos Açores», recordou o governante.

A meloa de Santa Maria, pertencente à espécie "Cucumis melo L.", do grupo cantalupenses, tem um peso médio de 800 gramas e um diâmetro aproximado de cerca de 13 centímetros, apresentando «uma forma redonda a oval» e uma polpa «geralmente de cor alaranjada e textura macia e sabor doce e sumarento quando madura».

Trata-se de uma fruta muito aromática, sendo que as suas características em termos de aspecto, sabor, textura e aroma «resultam das condições naturais envolventes da ilha de Santa Maria, nomeadamente o solo e o clima, bem como do modo de produção e condução adotado pelos produtores locais».

Ao nível das propriedades nutricionais, é de destacar o seu elevado teor de vitamina C, significativamente superior ao da meloa comum, bem como a sua riqueza em minerais, em especial o potássio, o magnésio e o cálcio.

Além da certificação IGP da Meloa de Santa Maria e da Carne dos Açores, são também reconhecidos a nível nacional e comunitário o Queijo de São Jorge, o Ananás dos Açores/São Miguel, o Maracujá de São Miguel/Açores, o Mel dos Açores e o Queijo do Pico como produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP).

A Indicação Geográfica Protegida (IGP) é uma certificação oficial regulamentada pela Comissão Europeia e atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região, garantindo, portanto, que a sua produção respeitou as características, qualidade e saber fazer que os tornou reconhecidos.

Fonte: boasnotícias


Vila pouca de Aguiar cria pastéis para potenciar castanha e cogumelos

23-02-2015 
 

 
Castanhas e cogumelos são os principais ingredientes dos novos pastéis regionais de Vila Pouca de Aguiar, uma iniciativa da autarquia que visa promover e valorizar estes produtos estratégicos para a economia local.

«A castanha e o cogumelo são dois produtos de excelência de Vila Pouca de Aguiar», afirmou aos jornalistas Duarte Marques, vereador desta autarquia do distrito de Vila Real.

Espalhados pelo concelho existem muitos produtores de castanhas e há também muitas famílias que se dedicam à recolha de cogumelos silvestres, enquanto jovens empresários abriram, nos últimos tempos, unidades de produção destes fungos.

São dois produtos que movimentam milhões de euros na economia local e que a Câmara de Vila Pouca de Aguiar quer agora, valorizar, potenciar e rentabilizar.

Na Denominação de Origem da Padrela, que incluiu território de Vila Pouca de Aguiar, em média por ano são produzidas cerca de 10 toneladas de castanha, que rendem cerca de 30 milhões de euros.

Duarte Marques explicou que a ideia do município foi «elevar o valor» da castanha e dos cogumelos. Para o efeito foram criados os novos pastéis que se pretende se sejam «típicos» deste território, um doce feito de castanha e outro salgado, com base de cogumelos. «É também muito importante dar símbolos e ícones para atrair pessoas à região e representar o concelho em várias situações», salientou.

O vereador quer que estes pastéis sejam também um «primeiro passo para desenvolver novas ideias e inovações a nível da pastelaria e panificação». Duarte Marques explicou ainda que se pretendeu envolver a comunidade neste processo de confecção do produto e de escolha dos nomes tendo, para o efeito, decorrido uma votação que elegeu os nomes: "Doce Aguiar" e "Pastel de Aguiar".

Duarte Marques referiu ainda que já receberam contactos da Suíça, por parte de emigrantes deste concelho, que se mostraram interessados em provar e depois talvez até vender estes produtos naquele país.

A Câmara de Vila Pouca de Aguiar realizou uma campanha de lançamento dos pastéis, entregando às pastelarias aderentes os certificados de produtores e vendedores destes novos produtos regionais.

Fonte: Lusa

domingo, 1 de março de 2015

SISAB faz 20 anos com 500 empresas a celebrarem sabores nacionais


LUSA1 de Março de 2015, às 10:22

O Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB) arranca na segunda-feira com a sua 20.ª edição, mostrando, em Lisboa, a oferta de 500 empresas portuguesas de vocação exportadora, representativas de 28 setores.
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A organização estima que o SISAB seja visitado, entre segunda e quarta-feira, por cerca de 1.600 compradores de 110 países, que poderão contactar com uma oferta total de 6.000 marcas e produtos.

Para responder à procura internacional, as empresas selecionadas terão de ter, segundo a organização, qualidade e volume capaz de satisfazer os vários mercados, bem como certificação dos produtos para responder às exigências sanitárias e legais.

No dia da inauguração, a feira vai ser visitada pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, e pela ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas.

Também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, deverão visitar o SISAB nos dias seguintes.

Nos três dias da feira, além dos contactos comerciais, expositores e compradores poderão participar em provas de vinhos, degustações gastronómicas e assistir a espetáculos.

RCR // CSJ

Lusa/fim

Rota dos Vinhos Verdes investe meio milhão de euros no enoturismo em 2015

24-02-2015 
 

 
A Rota dos Vinhos Verdes (RVV) vai investir até final do ano nos 49 concelhos do Minho que a integram, cerca de meio milhão de euros para promover o enoturismo, revelou fonte daquela estrutura.

A mesma fonte adiantou que até final do primeiro trimestre deste ano estará concluído parte daquele investimento relativo à colocação de sinalização de novos aderentes e percursos pedestres, e à criação de uma central de reservas "online".

Até final do ano, explicou aquela fonte, será feita a promoção de rotas temáticas e de campanhas publicitárias internacionais, a par de visitas de operadores turísticos nacionais e estrangeiros como da Alemanha, Reino Unido e Brasil.

O investimento na promoção do enoturimo na RVV realiza-se no âmbito do projecto "Minho IN" II, um consórcio constituído por 24 municípios, agrupados nas Comunidades Intermunicipais do Minho-Lima, Ave e Cávado, e por privados.

Reúne ainda as associações de desenvolvimento local destas regiões e a Entidade Regional de Turismo Porto Norte de Portugal (ERTPNP) tendo como objectivo «transformar o território minhoto no primeiro destino enoturístico nacional, gerador de experiências e com relevância internacional».

Fonte: Lusa

Há consumidores a pagarem mais por azeites que valem menos


por Ana Rita Costa
24 de Fevereiro - 2015

A Deco fez análises a quatro amostras de azeite rotulados como 'virgem extra' que se revelaram ser, na verdade, 'virgem'. De acordo com a associação, isto significa que a os consumidores estão a pagar mais por um azeite que vale menos.

 
No total, a Deco analisou 26 amostras de azeite rotulado como "virgem extra", incluindo amostras de origem biológica e de denominação de origem protegida."No estudo a 26 azeites 'virgem extra', tal como anunciado no rótulo, detetámos quatro amostras não conformes, ou seja, que afinal pertencem à denominação 'virgem'. Não se trata de uma questão reservada aos puristas, mas algo que se reflete na qualidade e no próprio preço", explica a Deco.

A associação refere que é "preciso ter um maior cuidado antes de proceder ao embalamento deste produto, ou seja, ter a certeza de que se trata de um azeite virgem extra que se manterá com qualidade ao longo do tempo."

A Deco indica que já informou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) dos resultados do estudo.

REGIME DE PAGAMENTO BASE (RPB) -– COMUNICAÇÃO PROVISÓRIA DE DIREITOS

O Regime de Pagamento Base (RPB) é o novo regime de apoio direto aos agricultores no âmbito da nova Política Agrícola Comum (PAC).

O IFAP vai proceder ao envio de uma carta aos beneficiários com a indicação do número provisório de direitos de RPB e respetivos montantes unitários provisórios para os anos 2015 a 2019.

Estes valores, provisórios, foram calculados com base nos hectares elegíveis declarados no Pedido Único de ajudas (PU) de 2013 e nos montantes determinados (antes de reduções e exclusões) do Regime de Pagamento Único (RPU) e do Prémio às Vacas Aleitantes de 2014.

O estabelecimento dos direitos definitivos está condicionado à apresentação de uma candidatura ao RPB no PU de 2015.

O número de direitos definitivo terá em conta os hectares elegíveis declarados no PU de 2015. O cálculo do valor unitário definitivo terá em consideração, também, os montantes determinados referentes aos pagamentos complementares no âmbito da melhoria da qualidade dos produtos agrícolas ao abrigo do art. 68º do R. 73/2009 (setor da carne de bovino, do setor das culturas arvenses e do setor do azeite e azeitona de mesa).

Salienta-se ainda que, o limite financeiro disponível para o RPB depende da aderência ao Regime da Pequena Agricultura e das necessidades financeiras para estabelecer a Reserva Nacional.

Qualquer dúvida ou esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP, através do endereço de correio eletrónico ifap@ifap.pt, no Atendimento Presencial do Contact Center, na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa, ou pelo Call Center 217 513 999.

PAGAMENTOS FEVEREIRO 2015


No final do mês de fevereiro de 2015, conforme procedimento habitual, o IFAP procedeu a pagamentos* num montante total de cerca de 95,9 milhões de euros.

Do conjunto das transferências efetuadas, destacamos os seguintes pagamentos:

PRODER:
Medidas Investimento - 64,3 milhões de euros
Florestação de Terras Agrícolas - 2,6 milhões de euros 

PRORURAL: Medidas Investimento - 3,6 milhões de euros 

PRODERAM: Medidas Investimento - 5,1 milhões de euros 

Novo Regime da Vinha - 1,3 milhões de euros 

Fundos Operacionais - Frutas e Produtos Hortícolas - 1,2 milhões de euros 

POSEI Açores: Produções animais - 3,3 milhões de euros 

POSEI Madeira: Medida 2 - 6,6 milhões de euros 

POSEI Abastecimento - 1,5 milhões de euros 

Pescas - 3,6 milhões de euros 

*Valores provisórios

SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO PARCELAR (SIP)

No âmbito da adaptação do Sistema de Identificação Parcelar (SIP) à nova Reforma da PAC, foram disponibilizados os novos códigos de ocupação cultural, que, por inerência, irão alterar o conceito de Parcela de Referência.

Esta informação poderá modificar a Máxima Área Elegível das parcelas e irá ser refletida nos documentos de Caracterização da Exploração (IE) e Ortofotográfico da Parcela (P3).

Consulte o IFAP através de info.sip@ifap.pt ou ainda pelos restantes canais de atendimento que tem ao seu dispor: Atendimento Presencial, na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa, ou pelo Call Center 217 513 999.

PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE CANDIDATURAS AO REGIME DE APOIO À REESTRUTURAÇÃO E RECONVERSÃO DA VINHA (VITIS), CAMPANHA 2015-2016

Informa-se que a data limite para receção de candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS) foi prorrogada até ao dia 4 de março de 2015, devendo as mesmas ser submetidas online na Área Reservada do Portal do IFAP, em O Meu Processo > Candidaturas > VITIS > Entregar/Alterar/Consultar.

Os viticultores que pretendam candidatar-se devem, desde já, proceder à sua inscrição como beneficiários IFAP, para obtenção de NIFAP, ou à atualização dos seus dados (como indicação do NIB e/ou endereço eletrónico) e à inscrição ou atualização dos dados da sua exploração no Sistema de Identificação Parcelar (SIP) do IFAP. Devem ainda providenciar a atualização do Registo Central Vitícola, o pedido de emissão de direitos provisórios e a georreferenciação das parcelas (nos casos de relocalização de vinhas).

Para mais informações poderá consultar a Portaria n.º 357/2013 e o Aviso de Prorrogação do Prazo [pdf: 275 kb/1 pág.].

PEDIDO ÚNICO 2015




Apresente a sua candidatura ao Pedido Único de Ajudas!

A partir do dia 2 de março de 2015 já se pode candidatar ao Pedido Único 2015, nomeadamente ao Regime de Pagamento Base (RPB), Medidas Agro e Silvo-Ambientais e Manutenção da Atividade Agrícola.

Decorrente do processo de implementação do novo quadro regulamentar da PAC 2014-2020, a candidatura a algumas ajudas poderá estar condicionada.

O IFAP apela a que os Beneficiários efetuem a sua candidatura o mais cedo possível evitando, assim, os congestionamentos de final de prazo e eventuais penalizações por entrega tardia.

O prazo de candidatura ao PU termina a 15 de maio e a apresentação atempada do pedido é fundamental!

A candidatura ao PU 2015 poderá ser efetuada diretamente pelo Beneficiário na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", ou através das Entidades reconhecidas numa das Salas de Atendimento existentes para o efeito.

Consulte o IFAP através de ifap@ifap.pt, ou ainda pelos restantes canais de atendimento que tem ao seu dispor: Atendimento Presencial, na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa, ou pelo Call Center 217 513 999.

Agricultores da aldeia da Luz pagam IMI de terras submersas pelo Alqueva

LUSA e PÚBLICO 21/02/2015 - 09:23

Presidente da nova junta diz que há "muita coisa que foi prometida e não foi cumprida", mais de dez anos depois da passagem para a "nova" Luz.

 
A capela da "nova" aldeia da Luz RUI GAUDÊNCIO

 Emparcelamento rural em Moura permite projecto de rega integrado no Alqueva
 Alqueva concluído este ano, após investimento de 2500 milhões de euros
Agricultores estão a pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos seus antigos terrenos na "velha" Luz, em Mourão, submersos pela albufeira do Alqueva, porque ainda não foi feito o cadastro das terras correspondentes na nova aldeia. Passados quase 13 anos da mudança para a "nova" aldeia, a população vive com promessas por cumprir e saudades da antiga povoação.

"Legalmente ninguém tem terras e continua-se a pagar o IMI e as contribuições sobre terras submersas", há quase 13 anos, conta a presidente da Junta de Freguesia de Luz, Sara Correia, eleita nas últimas eleições autárquicas pela coligação PSD/CDS-PP.

Segundo a autarca, o cadastro das novas terras "nunca foi feito" e a maioria dos proprietários não tem as propriedades em seu nome. Estes "pagam IMI de terras antigas que foram expropriadas e que agora estão submersas e não pagam das actuais, porque não foi feito o cadastro e muitas nem sequer estão em seu nome", explica.

Sara Correia lembra que, quando ocorreu a mudança de aldeia, entre o Verão e o Outono de 2002, "foi tudo completamente levado à exaustão e apurado", no âmbito do projecto de emparcelamento rural, para que, na "nova" Luz, fosse entregue aos proprietários a terra a que tinham direito.

Mas, passados quase 13 anos, as pessoas "usam as terras, mas, se amanhã quiserem vender, é um problema", porque não estão em seu nome, lamenta, indicando que a situação "está precisamente igual ao que estava" quando saíram da "velha" aldeia. "Alguns [proprietários] já têm as escrituras feitas" e a terra no seu nome, mas "existe muita gente ainda sem as terras e sem o registo", continua.

Por outro lado, "estão a levantar muitos problemas" a quem quer regularizar a situação, assinala, salientando que os proprietários que receberam as terras como herança não possuem "um documento que legitime a sua propriedade". "O certo é que, na antiga aldeia, assumiu-se que aquela terra era daquela pessoa e, neste momento, por um papel ou dois, estão a levantar questões e não põem as terras em nome das pessoas", critica.

Fonte oficial do Ministério da Agricultura esclarece que "existem duas situações distintas" em que os proprietários pagam IMI de terras submersas, uma referente ao projecto de emparcelamento e outra a áreas expropriadas para a construção da barragem. A mesma fonte realça que, no primeiro caso, todos os proprietários que se encontram actualmente na posse dos novos lotes "são devedores dos respectivos impostos incidentes sob o seu aproveitamento, designadamente de IMI".

Por outro lado, refere que a cobrança de IMI sobre os prédios antigos resulta do facto de essas matrizes se "encontrarem em vigor até à conclusão da operação cadastral que está em curso na freguesia da Luz" e que é da responsabilidade da Direcção-Geral do Território.

Quanto ao emparcelamento rural da freguesia, a mesma fonte indica que o projecto "encontra-se concluído", sustentando que "todos os interessados estão na posse dos novos lotes de terreno".

Contudo, ressalva que se encontram "por elaborar alguns dos autos de emparcelamento", estando a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) "a trabalhar", desde Outubro de 2014, com a junta de freguesia para a obtenção, junto dos interessados, "dos elementos necessários para a elaboração dos títulos de propriedade".

"Apesar deste esforço, a verdade é que apenas foi possível concluir, desde então, dez autos dos que se encontravam pendentes naquela data, encontrando-se actualmente em processo de emissão 30 dos 155 autos previstos no projecto", adianta a fonte.

Segundo o ministério de Assunção Cristas, "a regularização destes processos é morosa, sobretudo dada a escassez, na maioria dos autos pendentes, dos elementos comprovativos da propriedade por parte dos interessados".

Promessas não cumpridas
Na localidade, construída de raiz no concelho de Mourão, Évora, ainda há projectos por concretizar e obras por acabar, como conta a presidente da junta de freguesia. Sara Correia considera que "houve pessoas que ficaram melhor", porque receberam uma casa nova, mas "o mesmo não se pode dizer" da generalidade.

Desde logo porque "muita coisa que foi prometida não foi cumprida", como uma adega cooperativa, que, "por política", foi construída na freguesia vizinha de Granja, um posto de recolha de azeitona, um parque de feiras ou um forno comunitário.

Também "ficaram para trás" outros projectos prometidos pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), como "uma marina, uma praia fluvial e um ancoradouro", enumera a autarca, que garante ter um dossier com projectos que "não saíram do papel".