sábado, 24 de maio de 2014

Alentejo - Plantação de eucaliptos em Alqueva deve merecer «forte repúdio social» -

Acréscimo
«Forte repúdio social», é como Paulo Pimenta de Castro, presidente da Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal, responde à sugestão manifestada pelo presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), favorável à plantação de eucaliptos em blocos de rega na albufeira. O responsável da Acréscimo é peremptório quanto às consequências ao nível ambiental, dos solos, da biodiversidade e dos «impactos negativos na paisagem».

Ana Clara | sexta-feira, 23 de Maio de 2014

As declarações do dirigente da EDIA, José Pedro da Costa Salema, ao jornal Público vieram de novo agitar a polémica da chamada «eucaliptalização». Isto depois de em Agosto de 2012 o actual Executivo ter apresentado uma proposta que altera a legislação sobre a arborização e rearborização do país, facilitando a plantação de eucalipto.

Paulo Pimenta de Castro, presidente da Acréscimo, refere ao Café Portugal que o investimento público em regadios «tem por fim o abastecimento de água potável às populações e para a produção agroalimentar».

«Para a produção lenhosa o País dispõe de 1,5 a 2 milhões de hectares abandonados. Mesmo para a irrigação de eucaliptais, estão disponíveis as águas resultantes dos tratamentos nas ETAR. A possibilidade, agora aventada pelo presidente da EDIA de destinar o esforço dos contribuintes para benefício de um negócio desenvolvido em oligopólio deverá merecer forte repúdio social», afiança o responsável.

Paulo Pimenta de Castro não tem dúvidas no que respeita às consequências da sugestão de José Pedro da Costa Salema, favorável à plantação de eucaliptos em blocos de rega na barragem de Alqueva. O dirigente da Acréscimo alerta para «a sustentabilidade do território, área do Alqueva incluído, com riscos que podem ser significativos».

E explica porquê: «por um lado, sobretudo decorrente do negócio associado a relações loose-win (perdas/ganhos) como o é o da produção de rolaria de eucalipto para a indústria de celulose, a inadequada gestão dos eucaliptais nacionais é potenciadora de incêndios florestais».

Depois, acrescenta Paulo Pimenta de Castro, aos dados estatísticos históricos desta catástrofe «há que adicionar o acréscimo de riscos associados às alterações climáticas, designadamente do anunciado aumento das temperaturas, com especial enfoque no sul da Europa».

«Impactos negativos na paisagem»:
Por outro lado, «o uso de espécies florestais em regime intensivo, de produção lenhosa, atípicas da região, pode ter impactos negativos ao nível da paisagem, com potenciais consequências no turismo, área de investimento que tende a crescer e a valorizar a região em causa».

O dirigente da Acréscimo recorda que «não se põe de parte a florestação em bosquetes com espécies autóctones, sobretudo de quercíneas, ou a constituição de linhas corta-vento com espécies de produção lenhosa, até para a protecção das culturas agro-alimentares, mas a constituição de áreas extensas de monocultura, a acrescer ao olival intensivo já instalado, aportará consequências ambientais nefastas, quer ao nível dos solos, quer na biodiversidade, e mesmo na actividade cinegética».

Para Paulo Pimenta de Castro, esta situação demonstra a intenção já manifestada no passado pelo actual poder político de insistir na chamada «eucaliptalização» do país. «A aprovação do Decreto-Lei n.º 96/2013 de 19 de Julho (que estabelece o regime jurídico das acções de arborização e rearborização com recurso a espécies florestais), é uma prova disso. Alucinados com o valor bruto das exportações, os responsáveis políticos não medem consequências a médio e longo prazo, sendo que a fileira da pasta e do papel nem é a fileira florestal que mais contribui para as exportações».

Paulo Pimenta de Castro afirma que o Governo «promove o aumento da oferta à indústria, sem acautelar os rendimentos a essa oferta, rendimentos esses que promovam a gestão das florestas, na qual se inclui a sua defesa contra os incêndios».

«Partem do princípios que nos cabe a nós, contribuintes, acarretar com parte significativa dos prejuízos decorrentes desta catástrofe estival. Todavia, o aumento descontrolado da oferta tem consequências, mantem à perpetuidade os preços controlados pela procura. Pior, acabará por colocar em causa os investimentos na certificação da gestão florestal sustentável levada a cabo por proprietários florestais nalgumas regiões do País», salienta.

O presidente da Acréscimo sublinha ainda que, comparativamente, «parece que retornámos à época dos Descobrimentos, onde se arrasavam florestas para a construção naval. Na altura, partia-se do princípio que a desflorestação era compensada com as especiarias e o ouro do Brasil. Actualmente, exportamos em valor bruto, depreciamos os nossos recursos naturais, para usufruto de investimento holandês (país de sede das principais empresas da indústria de base florestal a operar em Portugal)», vinca.

Paulo Pimenta de Castro está, assim, convencido de que o presidente da EDIA «se prestou a um exercício típico da actual governação: "atirar o barro à parede, para ver se cola". Dependendo da contestação que possa surgir, talvez venham a ocorrer atrasos nesta iniciativa».

Todavia, prossegue Pimenta de Castro, «importa ter em conta que o actual propósito já vem de trás. Esta possibilidade, de utilização de espécies de crescimento rápido em perímetros de rega constou já do programa eleitoral do Partido Socialista (PS) em 2011. Na altura sofreu fortes críticas em blogues afectos ao PSD. Hoje é como se vê».

Contudo, caso a intenção venha a passar do papel à prática, o responsável não tem dúvidas: vamos ter «um Alqueva diferente do que nos foi apresentado e que, a favor ou contra, financiámos através dos nossos impostos».

«Será muito provavelmente um Alqueva com os problemas associados às monoculturas lenhosas intensivas, inseridas em negócios financeiros que muito têm prejudicado o País, basta analisar as perdas decorrentes dos incêndios florestais, os económicos, mas também os sociais e ambientais», remata.

Candidatura da arte chocalheira entregue por Portugal e aceite pela UNESCO


A arte chocalheira em Portugal, ofício tradicional em risco de desaparecer, foi candidatada à Lista do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente da UNESCO, tendo sido aceite pela organização, revelaram hoje os promotores.

O processo, tal como exige a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), foi entregue por Portugal antes do final de Março, em Paris e, "agora, chegou a confirmação de que foi aceite", disse hoje à agência Lusa o coordenador da candidatura, Paulo Lima.

"A UNESCO confirmou-nos que a candidatura cumpre os requisitos para ser analisada. Lá para Setembro ou Outubro, se for necessário, vão começar a pedir-nos informações adicionais e, depois, em Fevereiro de 2015, se tudo estiver em ordem, segue para a comissão de especialistas", explicou.

Esta comissão, continuou Paulo Lima, mais para "o final de 2015", é que vai "avaliar e decidir se a arte chocalheira candidatada por Portugal, a par de dezenas de candidaturas de outros países, é ou não classificada".

O coordenador do trabalho mostrou-se optimista quanto à possibilidade de a UNESCO poder vir a aprovar a integração da arte de fabricar chocalhos em Portugal naquela que é "a mais importante lista" da organização.

"A candidatura cumpre profundamente os requisitos para ser aprovada", afirmou, frisando: "É sustentada no conhecimento das técnicas tradicionais, envolve um conjunto de entidades capaz de suportar a sustentabilidade e transmissão desta arte e está em risco de extinção".

O processo é liderado pela Turismo do Alentejo, em parceria com a Câmara de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas, contando ainda com o apoio de outros municípios portugueses que ainda têm fabricantes de chocalhos, explicou Paulo Lima.

Esta manifestação cultural, segundo a Turismo do Alentejo, é "transversal ao país", mas é na região alentejana que tem "maior expressão", pois, abrange três municípios, concretamente Estremoz, Reguengos de Monsaraz e Viana do Alentejo.

No início, a candidatura centrou-se na freguesia de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, onde esta arte chocalheira tem especial importância e representatividade, acolhendo ainda hoje "à volta de cinco chocalheiros", disse Paulo Lima.

"Já só existem 13 mestres chocalheiros em Portugal", pelo que, depois, foi considerado "mais interessante fazer uma candidatura do país, porque há também chocalheiros em Bragança, Tomar, Cartaxo, Estremoz, Reguengos de Monsaraz e Angra do Heroísmo (Açores)", relatou.

Paralelamente à candidatura à UNESCO, os promotores do projecto estão a desenvolver um plano de salvaguarda com o objectivo de "garantir a sustentabilidade e transmissão de uma arte" que tem "mais de dois mil anos" no Alentejo, acrescentou a Entidade Regional de Turismo.

Fonte:  Lusa

INE: Previsões apontam para o aumento generalizado das produtividades dos cereais de Outono / Inverno

As previsões do INE, a 30 de Abril, apontam para o aumento generalizado das produtividades dos cereais de Outono / Inverno, com execução do centeio. A melhoria das condições climatéricas limitou as situações de encharcamento e permitiu a conclusão das adubações de cobertura destas culturas. Os trabalhos de sementeira e plantação das culturas de primavera decorreram sem grandes constrangimentos, prevendo-se a manutenção das áreas da campanha anterior para o arroz, milho de sequeiro, tomate para a indústria e girassol, e um ligeiro aumento para a batata. Na cereja, a precipitação e as oscilações térmicas ocorridas na fase da floração/vingamento influenciaram negativamente o desenvolvimento dos frutos das variedades precoces, prevendo-se uma redução no rendimento unitário de 10%, face à campanha anterior.

Gado, aves e coelhos abatidos

Em Março de 2014 o peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo foi 35 942 toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 0,8% (+5,7% em Fevereiro), devido ao maior volume de abate registado nos suínos (+6,2%). Pelo contrário, caprinos, ovinos e bovinos apresentaram decréscimos de 73,3%, 58,9% e 2,9%, respectivamente.

A redução significativa registada no abate de ovinos e caprinos está associada a um efeito de calendário pois, em 2014 a Páscoa, com o tradicional pico de abate destas espécies celebrou-se em Abril enquanto em 2013 ocorreu no mês de Março.

Em Março de 2014 o peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 24 089 toneladas, o que representou um decréscimo de 2,0% (-0,5% em Fevereiro), resultante do menor volume de abate de perus (-12,7%) e galináceos (-1,7%).

Produção de aves e ovos

Em Março de 2014 a produção de frango registou um decréscimo de 1,0%, com um volume de produção de 22 381 toneladas (+7,6% em Fevereiro). Os ovos de galinha para consumo apresentaram uma diminuição de 3,9% no mês em análise (-1,4% em Fevereiro), com uma produção de 7 713 toneladas.

Produção de leite e produtos lácteos

A recolha de leite de vaca em Março de 2014 foi cerca de 166,0 mil toneladas, o que representou um aumento de 6,2%. Em Fevereiro registou-se um acréscimo de 1,9%. O total de produtos lácteos apresentou um aumento de 1,7% (+0,3% em Fevereiro).

Pescado capturado

Em Março de 2014 o volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 35,4%, motivado pela melhoria das condições atmosféricas e sobretudo pela maior captura de peixes marinhos, nomeadamente "cavala". Em Fevereiro verificou-se uma diminuição de 17,4%.

Preços e índices de preços agrícolas

No mês de Abril de 2014 as principais alterações ocorreram nas aves de capoeira (+48,2%), nos ovos (+10,6%), na batata (-17,7%) e no azeite a granel (-14,0%). Em relação ao mês anterior as principais alterações observaram-se nas aves de capoeira (+36,8%), na batata (+8,3%), nos hortícolas frescos (-11,5%), nas plantas e flores (-9,1%) e nos ovos (-8,8%).

Em Dezembro de 2013 verificou-se uma variação de -3,3% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente na agricultura e uma variação de 2,3% no índice de preços de bens de investimento. Em comparação com o mês anterior, registou-se um decréscimo de 0,7% no índice dos bens de consumo corrente, enquanto que, no índice dos bens de investimento, não se verificou a qualquer alteração.

Fonte:  INE

Viseu é o distrito da região Centro com mais jovens agricultores



A directora regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) disse ontem, em Castelo Branco, que Viseu é o distrito da região Centro que mais tem instalado jovens agricultores.

"Efectivamente, enquanto região Centro, temos tido muita dinâmica. O distrito onde tem havido a instalação de mais jovens agricultores tem sido Viseu", disse à agência Lusa Adelina Martins.

A directora da DRAPC realçou ainda o número de jovens agricultores que têm surgido no distrito de Castelo Branco, sobretudo no Couto da Várzea (Idanha-a-Nova), uma antiga propriedade da direcção regional de agricultura.

"Temos tido uma grande procura para novos projectos. No distrito [Castelo Branco], é interessante que, para além da produção de pequenos frutos vermelhos, também estão a surgir muitos projectos na área dos cogumelos, que tem um grande potencial", adiantou.

Adelina Martins referiu que no último quadro comunitário de apoio, ainda em execução, o Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) na região Centro, "teve mais do dobro dos jovens instalados do que teve nos quadros anteriores".

"Isto é, de algum modo, um sinal positivo de que a agricultura está a ser encarada com outros olhos pelos jovens, enquanto actividade", disse.

A directora regional disse esperar que o número de jovens agricultores continue a crescer na região, "para que possa haver a inovação e o empreendedorismo que lhes está associado e que tem modernizado de algum modo aquilo que é o nosso sector produtivo agrícola".

A responsável da DRAPC sublinhou ainda que já foram entregues, no dia 05 de Maio, as propostas para o Plano de Desenvolvimento Rural do Centro 2014-2020.

"Estamos agora a iniciar as negociações. Existem muitas matérias que são de decisão nacional e temos que fundamentar agora o porquê de lá estarem", concluiu.

Fonte:  Lusa

Moçambique terá "Clínicas de Plantas" para apoiar produtores no controlo de pragas



Moçambique terá "Clínicas de Plantas" para auxiliar tecnicamente pequenos produtores no maneio e controlo de pragas e doenças de plantas, anunciou hoje a organização-não-governamental internacional CABI, que aplica conhecimentos científicos na resolução de problemas agrícolas e ambientais.

Em comunicado hoje enviado à Lusa, a organização indicou que a iniciativa denominada "Plantwise" (ou plante inteligentemente), promovida por um movimento global de cooperação de que se beneficiam 24 países, vai proceder à instalação de "Clínicas de Plantas"' nos mercados e outros locais públicos, "onde especialistas e recursos estarão ao serviço de pequenos produtores".

A iniciativa vai ser lançada na próxima terça-feira pela CABI numa parceria com o Ministério da Agricultura de Moçambique.

Agência Lusa

Cooperativa de Borba exporta 30% da produção de azeite engarrafado



A Cooperativa de Olivicultores de Borba, no Alentejo, exporta 30% da produção de azeite engarrafado para os mercados do Brasil, Alemanha, Holanda, Singapura, França e Angola, revelou hoje à agência Lusa o director executivo.

Segundo Paulo Velhinho, a cooperativa, que produz azeite com Denominação de Origem Protegida (DOP), pretende, este ano, aumentar as exportações para os mercados onde já conquistou clientes, sobretudo para o Brasil, Alemanha e França.

A cooperativa iniciou este ano as exportações para Angola, embora em pequena quantidade, e pretende também começar a exportar para a Suíça.

Em 2013, a Cooperativa de Olivicultores de Borba, uma das principais do Alentejo, recebeu 2,1 milhões de quilos de azeitona, o que correspondeu a 310 mil litros de azeite, de acordo com o responsável.

Paulo Velhinho indicou ainda que a cooperativa tem em fase de conclusão um projecto de investimento de 200 mil euros, com 30% de apoios comunitários, que envolve uma linha completa de engarrafamento, melhoria nas instalações, um armazém para azeite e uma pequena estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

Fundada em 1951, a Cooperativa de Olivicultores de Borba, que produz a marca "Dom Borba", tem cerca de mil associados e abrange vários concelhos dos distritos de Évora e Portalegre.

O azeite "Dom Borba" já foi premiado com medalhas de ouro e ouro prestígio nos concursos Terra Olivo, em Jerusalém, Israel.

Fonte:  Lusa

Santarém recebe debate sobre mecanização agrícola

22-05-2014

O Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas Sa (CNEMA), em Santarém, será palco de um seminário sobre Mecanização Agrária no próximo dia 7 de Junho.
 
A organização do evento estará a cargo da Comissão Especializada de Grossistas de Máquinas Agrícolas e levará a debate temas como a "Influência da mecanização do olival como fator fundamental na competitividade e aumento das exportações de azeite", ou a "Importância dos cursos de operadores de máquinas agrícolas". O segundo painel, que decorrerá também no período da manhã, abordará o "Futuro da mecanização agrária em Portugal e na Europa".
 
Este seminário terá a participação, entre outros, de Anacleto Cipriano Pinheiro, da Universidade de Évora, Vasco Martins, diretor da ELAIA, Luís Alcino, da Escola Superior Agrária de Elvas, Arnaldo Caeiro, da SDF e Jorge Pereira, da Joper/Tomix/Ribatejo.
 
A entrada no seminário é livre, mas sujeita a confirmação de presença. Para reservar o lugar poderá enviar um email para rosario.archer@acap.pt ou telefonar para o 213 035 312.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Ajudas de estado aos Jovens agricultores para aquisição de terrenos

Maio 22
12:45
2014

Este ponto foi discutido no Conselho de Ministros de dia 19 e já fizemos referência a ele no nosso artigo sobre os pontos diversos discutidos no Conselho, no entanto e uma vez que Portugal participou activamente na discussão, resolvemos desenvolvê-lo.

Assim, a Hungria, a França, a Itália, a Bulgária, a Croácia, Chipre, a Letónia, a Polónia, Portugal, a Roménia e a Eslovénia defenderam que a aquisição de terrenos por parte dos jovens agricultores devia ser passível de ajudas de estado sem limites. O que está aprovado pela Comissão é que estas ajudas não podem ultrapassar os 10% do total do instrumento.

O Comissário Ciolos mostrou-se contra a proposta destes países, com o argumento de que a experiência mostrava que uma ajuda deste tipo só tinha beneficiado os vendedores.

A Comissão apresentou uma proposta de divulgação, na Internet, da lista de agricultores que beneficiaram de ajudas de estado, com o argumento de tornar o processo mais transparente.

Esta proposta mereceu a oposição da Bulgária, da República Checa, da França, da Croácia, da Letónia, do Luxemburgo, da Hungria, da Polónia, de Portugal, da Roménia e da Eslovénia.

No que diz respeito às ajudas nacionais aos projectos de irrigação, foi considerada inaceitável por 12 países, a exigência de que as ajudas só possam ser atribuídas se ficar provada uma redução de 25% do consumo da água.

As disposições previstas nas ajudas de estado sobre a redução ou exoneração de taxas no quadro da directiva sobre a taxação da energia foram também contestadas pela Bulgária, pela Croácia, pelo Chipre, pela Hungria, pela Itália, pela Letónia, pela Polónia, por Portugal, pela Roménia, Pela República Checa, pela França, pelo Luxemburgo e pela Eslovénia.

O argumento apresentado é que a directiva já fixa um nível de taxas muito baixo para os produtos utilizados em substituição dos combustíveis, que é de 21 euros por 1000 litros.

O Comissário Agrícola considerou que as ajudas horizontais de estado já dão resposta suficiente a esta situação.


A crise dos sapadores florestais

FORUM FLORESTAL

COMUNICADO
(21-05-2014)


Comemora-se no dia de hoje, 21 de Maio, o Dia Nacional do Sapador Florestal, instituído pela Assembleia da República a 22 de fevereiro de 2004, publicado na Resolução da Assembleia da República n.º 26/2004, de 2 de março.

Nesta data o Programa Nacional de Sapadores Florestais, tutelado pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e financiado pelo Fundo Florestal Permanente (FFP) está em incumprimento com as equipas de sapadores florestais, vaticinando-se um futuro negro para todos sapadores florestais.

O programa de Sapadores Florestais é o mecanismo de atuação, tutelado pelo Estado, direcionado para as ações de prevenção de incêndios florestais, composto essencialmente pela silvicultura preventiva- vulgo limpeza das matas e florestas. Também complementa, no período crítico o dispositivo de combate aos incêndios, através das ações de vigilância e quando necessário de combate e rescaldo dos incêndios Florestais.

Este programa tem uma comparticipação do Estado através do Fundo Florestal Permanente que é, como se sabe, composto pelas contribuições obtidas através da taxa sobre os combustíveis que todos usamos nas nossas viaturas, sendo por isso reconhecida a importância deste dispositivo.

Até esta data e apesar das equipas estarem a corresponder aos pedidos de intervenção realizados pelos serviços regionais do ICNF, o Fundo Florestal Permanente que deveria ter já realizado a transferência de duas tranches, das quatros previstas ainda não o fez nem apresenta data para o fazer.

Com a justificação da reorganização interna e alteração dos regulamentos quer do programa de sapadores florestais quer do funcionamento do próprio Fundo, a verdade é que o adequado funcionamento das brigadas está irremediavelmente comprometido, em especial quando se aproxima a época crítica de incêndios Florestais.

Compreendemos e concordamos que é fundamental regular e gerir corretamente os recursos públicos e que tem que existir regras bem definidas por se tratar de um bem de todos. Não podemos é, pois, aceitar que a alteração de regulamentos seja em si mesma uma razão para impedir o funcionamento normal das instituições, pois temos por correto que estes regulamentos têm que ajudar a melhorar o funcionamento e não servir de constrangimento.

Este cenário deixa-nos a sensação de que o paradigma da floresta sustentável está invertido, repare-se que não houve disponibilidade ou tempo para resolver os problemas na prevenção mas sobra disponibilidades para a componente de combate. Não deveria ser ao contrário?

Temos que continuar a acreditar…
Mas não é fácil…
E cansa… cansa muito!

Empresários querem marca "Portugal Rural" para apostar na promoção externa


Federação Portuguesa de Turismo Rural defendeu a organização dos produtos de turismo rural, a criação da marca "Portugal Rural" e a promoção externa dos produtos.
22 de Maio 2014, 19h47

A organização dos produtos de turismo rural, a criação da marca "Portugal Rural" e a promoção externa são três pontos vitais para o sucesso deste segmento turístico, defendeu esta quinta-feira o presidente da Federação Portuguesa de Turismo Rural, no Algarve. "Para nos posicionarmos nas previsões da Organização Mundial de Turismo de um crescimento de 6% ao ano [para o turismo rural], temos de trabalhar os territórios", disse à Lusa Cândido Mendes, à margem do Encontro Regional de Turismo Rural, que decorreu na aldeia de Querença, concelho de Loulé. A organização dos vários produtos ligados ao turismo rural e a criação de parcerias e sinergias entre empresários é um passo que urge dar para que se possa avançar para a promoção externa, até porque, segundo o representante do setor, o negócio do turismo rural tem vivido muito do turista nacional e a crise tem vindo a afetar o volume de negócios. "Achamos que é fundamental a criação de uma submarca 'Portugal Rural' porque nós precisamos de fazer essa afirmação no exterior", vincou Cândido Mendes.


PS considera ajuda anual para pequenos agricultores eleitoralista


O regulamento das ajudas permite optar pelo regime do pagamento redistributivo ou pelo regime da pequena agricultura

Por: tvi24 / AM    |   2014-05-21 19:01
O deputado socialista Miguel Freitas considerou esta quarta-feira eleitoralista que o Governo tenha anunciado durante a campanha para as europeias uma medida que vai beneficiar pequenos agricultores em 500 euros anualmente a partir do próximo ano.

O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, disse à agência Lusa que o Governo vai optar pelo regime da pequena agricultura a partir de 2015, o que permitirá atribuir aos pequenos agricultores uma ajuda anual de 500 euros.

O regulamento das ajudas permite optar pelo regime do pagamento redistributivo ou pelo regime da pequena agricultura, a partir de 2015, mas a Comissão Europeia tem ainda de publicar formalmente os atos delegados e os atos de execução que irão permitir a cada Estado-membro apresentar as suas opções.

«O Governo anuncia hoje uma medida que só entra em vigor em 2015. O que está a procurar, num momento pré-eleitoral, é lançar uma medida avulso na tentativa de ganhar votos. Há um eleitoralismo puro e duro da parte do Ministério da Agricultura», disse, reagindo à Lusa, o deputado do PS.

Miguel Freitas considerou que este anúncio «é de uma enorme hipocrisia», tal como a justificação dada pelo secretário de Estado quanto à redução do número de candidaturas às ajudas.

«É de quem não percebe a importância dos pequenos agricultores na dinamização de muitas zonas do país e de que esta é uma forma de fazer empobrecer várias famílias do mundo rural. É uma política contra os pequenos agricultores», afirmou.

O secretário de Estado justificou a redução do número de candidaturas às ajudas (menos 16 mil nas duas últimas campanhas, segundo a Confederação Nacional da Agricultura) com a ¿consolidação e ajustamento da estrutura agrícola¿, sublinhando que, apesar de haver menos candidatos, a área aumentou.

«Houve uma redução do número, cerca de 7% (...) mas houve um aumento considerável da área. A área candidatada às ajudas aumentou 3%», adiantou.

José Diogo Albuquerque explicou que estão a ser feitas transferências dos direitos das ajudas nas famílias, que tendem a «consolidar tudo num agricultor em vez de vários irmãos entregarem cada um o seu pedido de ajuda», mas há também uma transferência geracional, com mais jovens agricultores a candidatarem-se.

«Isto quer dizer que está a haver uma consolidação e um ajustamento estrutural dos nossos agricultores e isso é positivo», frisou o governante.

No entanto, para o PS «é extremamente negativo».

Turistas ajudam Lourinhã a vender mais aguardente


21 Maio 2014, 19:58 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

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A comercialização da aguardente da Lourinhã, que tem sobretudo como destino o mercado doméstico, aumentou 15% em 2013. A região vai criar até ao final do ano uma rota de enoturismo para reforçar a notoriedade do produto.
Em 2013 venderam-se 7.250 garrafas de aguardente da Lourinhã – mais 15% do que em 2012 –, sendo que cada garrafa custa, em média, cerca de 30 euros. Vasco d'Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), justificou ao Negócios este aumento com "o maior consumo nas refeições vendidas a turistas".
 
Para reforçar o crescimento, a Lourinhã vai apostar numa rota da aguardente de forma a aumentar a notoriedade deste produto. O presidente da CVR Lisboa disse que o processo levará tempo a concretizar, e que estará concluído "talvez no fim do ano".
 
A CVR Lisboa espera, com a nova rota, aumentar em 25% as vendas do produto a médio prazo. Vasco d'Avillez garantiu que colocar o concelho no mapa dos destinos enoturísticos "poderá em muito contribuir para acelerar este crescimento contínuo das vendas da aguardente da Lourinhã".
 
Com um peso das exportações nas vendas de apenas 5%, o líder desta região vitivinícola enfatizou que "a aguardente tem um mercado muito especial que é Portugal e os portugueses". E que apesar de gostar que isso acontecesse, ainda não existem estratégias para aumentar as vendas fora do país: "Eu não posso pegar em ninguém e pedir para ir à Suécia ou Angola".
 
São apenas duas – Quinta do Rol e Adega Cooperativa de Lourinhã – as empresas que certificam esta aguardente na Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, apesar de existirem outros produtores a engarrafar com as suas marcas, que chegam ao mercado sem o selo DOC (Denominação de Origem Controlada).
 
A Lourinhã é a única região em Portugal e a terceira em todo o mundo, juntamente com a Cognac e Armagnac, em França, demarcada exclusivamente para aguardente. Um produto que exige um elevado investimento, já que, em média, um produtor precisa de dez litros de vinho para obter um litro de aguardente.

O Comité Vins (CEEV) apoia em Washington um capítulo ambicioso sobre vinho nas negociações T-TTIP da UE/ EUA.


Washington, 21 de Maio de 2014 - Por ocasião da 5 ª ronda de negociações entre a UE e os EUA para a TTIP (Washington,19-23 de maio), os exportadores de vinho europeus exortaram os negociadores para um ambicioso acordo de comércio de vinhos no próprio coração do acordo TTIP.

O Fórum organizado pelo Office of the U.S. Trade Representative  dos EUA, deu a oportunidade aos stakeholders mais relevantes, de ambos os lados do Atlântico, para apresentarem aos negociadores os principais desafios e oportunidades para os seus respetivos setores.

O CEEV sublinhou a importância da inclusão de um capítulo ambicioso sobre o vinho que consolida o Acordo do Vinho de 2006 no TTIP, permitindo por exemplo solucionar questões pendentes, incluindo a proteção integral de todas as IGs de vinho de ambos os países, eliminar as tarifas, simplificar certificações e procedimentos administrativos, melhorar a convergência regulamentar, enfrentar medidas discriminatórias, e de uma forma pragmática abordar outras oportunidades emergentes.

"Os EUA são agora o maior país consumidor de vinhos a nível mundial, e a UE é o principal destino das exportações de vinho dos EUA. O Acordo do Vinho de 2006 foi o primeiro, e importante, passo apesar disso ainda claramente insuficiente. O impasse em relação aos "semi-genéricos" não é mais uma opção sustentável o TTIP precisa de alcançar soluções que assegurem a proteção de todas as IGs de vinho de ambos os lados "- declarou José Ramon Fernandez, secretário-geral do CEEV". "O vinho não pode ficar excluído dos benefícios do TTIP, o que permitirá trazer para os nossos setores e consumidores as vantagens de uma ampla parceria comercial e de investimento estratégico bilateral. O TTIP é uma oportunidade única para aprofundar a nossa cooperação bilateral e escalá-la para uma verdadeira parceria win-win focada nos interesses dos consumidores, na concorrência leal, e na facilitação do comércio bilateral e internacional de vinhos ".

fonte: Comité Européen des Entreprises Vins (CEEV – www.ceev.be

quinta-feira, 22 de maio de 2014

UE quer criar passaporte para equinos


por Ana Rita Costa
13 de Maio - 2014
A União Europeia (UE) vai votar esta semana a criação de passaportes de equinos. A proposta surge depois da polémica do ano passado, em que foram detetadas falhas graves no sistema de identificação de equinos.

 
Algumas organizações europeias já apontaram falhas a esta proposta e recomendaram a sua revisão. Entre as organizações que mais têm questionado a decisão estão a British Equine Veterinary Association(BEVA) e a World Horse Welfare (WHW) que defendem que a aprovação deste passaporte será uma oportunidade perdida de implementar um sistema "que realmente funcione".

Se a proposta for aprovada todos, os Estados-membros da UE vão passar a ter uma base de dados dos equinos nacionais e a opção de inserir microchip nos cavalos.

Fileira da cortiça em discussão a 30 de maio


por Ana Rita Costa
13 de Maio - 2014
A Filcork – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça vai realizar no próximo dia 30 de maio, em Coruche, o Congresso Filcork subordinado ao tema "Visão de Futuro para a Fileira da Cortiça".

 
Com o objetivo de contribuir para a reflexão sobre o futuro da fileira da Cortiça, os oradores irão centrar a sua atenção em três eixos principais: Produção, Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico, Indústria, Mercados e Inovação e Antecipar o Futuro de um Ecossistema e de um Produto Único.

Para mais informações sobre esta iniciativa contacte o email filcork@gmail.com

Criada bolsa de emprego para a colheita


por Ana Rita Costa
13 de Maio - 2014

A Agim criou uma bolsa de emprego para a colheita de pequenos frutos, com incidência para a colheita do mirtilo. Esta bolsa consiste numa plataforma online, alojada na página da Agim (www.agim.pt), onde os interessados em trabalhar na colheita ou em recrutar trabalhadores podem fazer a sua inscrição. 

 
Esta medida tem como objetivo acompanhar o crescimento desta fileira e permitir que a Agim atue como uma entidade facilitadora na resolução de problemas e constrangimentos, como no caso da escassez de mão-de-obra para a colheita.

"Deste modo, esta bolsa de emprego pretende ser um espaço que articula a oferta e a procura de trabalhadores para a colheita e assim satisfaça as necessidades de ambos, trabalhadores e empregadores", refere a Agim em comunicado.

O regresso da tração animal


por João Barbosa
20 de Maio - 2014
A vulgarização das máquinas agrícolas afastou os animais de trabalho das cidades e do campo. Mas dentro dos movimentos ecologistas surgiu a ideia de recuperar a tração animal, agora com um maior cuidado com o bem-estar animal. Em paralelo, o 'atraso' da agricultura portuguesa em muitas regiões, ou a pura necessidade, faz com que ainda existam animais de trabalho da forma tradicional. 

 
João Brandão Rodrigues, presidente da Associação Portuguesa de Tração Animal (APTRAN),  refere que esta : "É uma realidade que tende a desaparecer. Por outro lado, há uma série de gente jovem, mais consciente da natureza e da conservação do solo, e que a usa de modo muito sustentável. O impacto é menor do que no modo tradicional e com melhores resultados do que os usados nos modos tradicionais".O aumento das preocupações ambientais e o fator do preço da energia fóssil está a criar um "movimento" de defesa do modo alternativo. A tração animal é um regresso que cumpre esses objetivos e, um pouco por todo o lado, têm surgido novos utilizadores. Se no passado a tração animal era a possível, hoje pertence a uma filosofia de vida.Veja a reportagem completa na edição de maio da revista Vida Rural
João Brandão Rodrigues, presidente da Associação Portuguesa de Tração Animal (APTRAN),  refere que esta : "É uma realidade que tende a desaparecer. Por outro lado, há uma série de gente jovem, mais consciente da natureza e da conservação do solo, e que a usa de modo muito sustentável. O impacto é menor do que no modo tradicional e com melhores resultados do que os usados nos modos tradicionais".O aumento das preocupações ambientais e o fator do preço da energia fóssil está a criar um "movimento" de defesa do modo alternativo. A tração animal é um regresso que cumpre esses objetivos e, um pouco por todo o lado, têm surgido novos utilizadores. Se no passado a tração animal era a possível, hoje pertence a uma filosofia de vida.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

4ª Edição dos Encontros Vínicos do Vinho Verde em Viana do Castelo

21 Maio, 2014 04:42 | Revista de Vinhos


A Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN) e a Câmara Municipal de Viana do Castelo promovem a 4ª edição dos Encontros Vínicos do Vinho Verde nos próximos dias 23 e 24 de maio. 

Este ano o evento conta com a participação de 52 marcas e 24 produtores de Vinho Verde. No primeiro dia do evento, destaque para o Seminário "Novidades Tecnológicas na Vinha e no Vinho", que terá como componentes temáticas: A Casta Loureiro, a Viticultura, a Enologia e o Marketing nos Vinhos. De salientar também o" Workshop – Inovação em comunicação de vinhos na restauração". 

A Mostra de Produtores, que permitirá a degustação e aquisição de vinhos verdes, e o Curso de Iniciação de Prova de Vinhos "Provar em Viana" marcam o segundo dia do evento. O programa dos IV Encontros Vínicos do Vinho Verde encerra com o Jantar de Gala e a atribuição dos Prémios Vinho Verde do Ano da Ordem dos Engenheiros – Região Norte.

A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes (CVRVV), da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), a Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo e a Confraria de Vinho Verde.  

O evento é aberto a todos os profissionais do setor envolvidos na produção e comercialização de vinhos e público em geral.

As inscrições podem ser efetuadas no portal da OERN em www.oern.pt

Bolsa de Terras – Disponibilização de terras do Estado



Nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 6º da Lei nº 62/2012, de 10 de dezembro, foi publicado o Despacho n.º 6559/2014, de 8 de maio relativo à disponibilização de terras do Estado na Bolsa de Terras. O referido despacho determina a forma de cedência, o prazo de cedência, o valor base de cedência das terras identificadas para disponibilização na Bolsa de Terras, bem como o procedimento a adotar. Para mais informações consulte a Bolsa de Terras.

Pequenos agricultores podem receber ajuda anual de 500 euros

O regulamento das ajudas permite optar pelo regime do pagamento redistributivo ou pelo regime da pequena agricultura. Hoje, 16h57Nº de votos (0) Comentários (1)   O Governo vai optar pelo regime da pequena agricultura no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), o que permitirá atribuir aos pequenos agricultores uma ajuda anual de 500 euros, segundo o secretário de Estado da tutela. "O regime da Pequena Agricultura é uma opção muito interessante. Esta opção irá potenciar o rendimento dos pequenos agricultores, irá simplificar-lhes os procedimentos ao nível dos controlos, mas irá obrigá-los a manter a atividade agrícola. Será uma forma de manter a agricultura, onde, alternativamente estaria condenada ao abandono", justificou José Diogo Albuquerque à Lusa.

Coruche organiza VI Edição da FICOR



O Município de Coruche está a organizar a VI edição da FICOR - Feira Internacional da Cortiça, que irá decorrer de 29 de maio a 1 de junho (Dia Nacional do Sobreiro). Este certame tem vindo a ganhar relevância face ao seu caráter interprofissional, congregando os principais atores da fileira, desde a produção florestal à indústria, incluindo a investigação.

A inauguração no dia 29 de maio pelas 17 horas, no Parque do Sorraia em Coruche, contará com a presença confirmada da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Um dos temas principais desta edição será a sustentabilidade dos montados, considerando que estes têm uma importância inquestionável no desenvolvimento rural, enquanto sistema de usos múltiplos, que carecem de um reforço da sua resiliência como garante da sua própria viabilidade económica, permitindo paralelamente ganhos ambientais e sociais fundamentais para o território.

Esta sexta edição da FICOR, alerta para a necessidade de promover uma gestão florestal sustentável, a qual se repercutirá numa melhoria da proteção do solo e na regeneração natural, reduzindo por seu turno o risco de desertificação, física e humana, bem como o risco de incêndio, de modo a tornar atrativo o investimento num setor, cujo longo prazo é um fator preponderante, onde teremos que apoiar a investigação em torno da perda de vitalidade dos montados.

Para além deste tema central, será dado destaque à inovação na fileira da cortiça, quer seja no subsistema mais tradicional, a rolha, mas também na área das novas aplicações, porque a FICOR pretende ser um certame que abarca toda a cadeia de valor, numa perspetiva interprofissional, onde proprietários/gestores florestais, industriais, investigadores, designers e outros profissionais debatam os temas fulcrais desta fileira estratégica para a economia regional e nacional.
Este ano a FICOR irá ser implantada no edifício da antiga Estação de Camionagem de Coruche que, para além de possuir uma excelente área, goza de uma importante localização estratégica, assumindo-se como o epicentro de todo o Parque do Sorraia. O Observatório do Sobreiro e da Cortiça está reservado para o programa cientifico.

Alguns dos principais destaques e atividades da Feira:

Plataforma da Transação da Cortiça

Criada pela APFC, a Plataforma também conhecida como "Bolsa da Cortiça" pretende melhorar as condições de comercialização desta matéria-prima, através da amostragem e avaliação da cortiça de cada produtor de modo a que seja mais fácil concretizar negócios. Após a FICOR, esta Plataforma estará patente, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça.

Conferências e Debates

Durante o evento e do ponto de vista profissional e científico iremos receber o Congresso " Visão de Futuro para a Fileira da Cortiça" (dia 30) uma iniciativa da FILCORK – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça, que irá debater os temas mais atuais e as principais ameaças e oportunidades do setor. Também de destacar, o seminário "A pegada de carbono da cortiça – das árvores aos produtos"  numa parceria que envolve a Universidade de Aveiro, o Instituto Superior de Agronomia e a Universidade de Évora (dia 31)

Fonte:  CMC

Starbucks converte borras de café em alimento para vacas


por Ana Rita Costa
20 de Maio - 2014
A Starbucks está a desenvolver um método para reciclar as borras de café no Japão. A empresa norte-americana fez uma parceria com um produtor para reutilizar as borras de café provenientes de 136 das suas lojas no Japão, que posteriormente serão convertidas em alimento para vacas.

 
Os camiões frigoríficos da cadeia recolhem as borras das lojas e transportam-nas para um centro de distribuição e outros camiões transportam as borras para um centro de reciclagem onde são convertidas em alimento para as vacas leiteiras, utilizando uma nova técnica de fermentação do ácido lácteo.

Esta nova técnica de fermentação foi desenvolvida pela Menicon, fabricante de lentes de contacto, durante experiências com novos materiais para as lentes. A técnica torna as borras de café mais nutritivas do que se fossem apenas utilizadas como composto. Posteriormente, o Starbucks alimenta as vacas com estas borras de café fermentadas.

O resultado é um leite com uma contagem de células somáticas menores. Segundo um porta-voz do Starbucks ao jornal The Guardian,"o feedback dos consumidores sobre o leite tem sido positivo e o leite preenche os padrões elevados que temos para todos os ingredientes".

Não há stocks de vinho verde para responder ao crescimento das exportações

por Ana Rita Costa
20 de Maio - 2014
A Comissão Vitivinícola dos Vinhos Verdes revelou esta semana que não tem capacidade para responder ao crescimento das exportações de vinho verde, uma vez que não existe stock. De acordo com a Rádio Renascença, o Presidente da CVVV referiu que "faltam vinhas na região para dar razão à capacidade de crescimento da exportação".

 
"É preciso plantar mais vinha. Somos uma região que não tem 'stock' porque na década de 2000 houve algum abandono da vinha. Ao mesmo tempo, a partir de 2003/2004 as exportações começaram a puxar sobretudo pelas vendas e chegamos ao fim da década com um 'stock' baixo", referiu à Renascença Manuel Pinheiro.

Em  2013, as exportações de vinho verde bateram recordes, com cerca de 30 milhões de euros de vinho verde vendido para países como a Alemanha, os Estados Unidos da América, o Canadá e o Brasil. 

Nordeste Transmontano investe 33 milhões de euros na amêndoa


Agricultores transmontanos estão apostar na produção de amêndoa com investimentos de 33 milhões de euros na expansão de amendoal na região maior produtora nacional deste fruto seco, divulgou a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

Segundo dados avançados à Lusa pelo director regional, Manuel Cardoso, depois de até 2009 se ter registado um decréscimo do número de hectares de amendoal na região, regista-se agora um aumento traduzido no número de pedidos de apoio financeiro ao PRODER (Programa de Desenvolvimento Regional).

Mostrar que a produção de amêndoa no Nordeste Transmontano tem potencial para crescer e que pode ser lucrativa para os agricultores é o propósito das jornadas técnicas que vão juntar especialistas e produtores, na sexta-feira, em Alfândega da Fé.

No Nordeste Transmontano, sobretudo nas zonas da Terra Quente e do Douro Superior, mais para o sul do Distrito de Bragança, concentra-se a maior parte do amendoal português, 16 mil dos cerca de 24 mil hectares, e daqui sai 67 por cento da produção nacional de amêndoa.

O volume de negócios gerado por este fruto seco em Trás-os-Montes ronda os oito mil euros por ano resultado de uma produção de cerca de duas mil toneladas, enquanto a vizinha Espanha, líder europeia na produção, colhe cerca de 220 mil toneladas por ano.

As estatísticas oficiais revelem que o interesse por esta cultura está a aumentar com a direcção regional de agricultura a contabilizar "714 pedidos" de financiamento ao PRODER.

O director Manuel Cardoso adiantou que estão aprovados subsídios no valor de 17 milhões de euros para um investimento global de 33 milhões na expansão do amendoal em três mil hectares.

Manuel Cardoso destacou que acrescem ainda 12 milhões atribuídos pelo PRODER a alguns destes projectos como prémio à primeira instalação, ou seja iniciativa de jovens agricultores.

Dinamizar a fileira da amêndoa é o propósito dos promotores das jornadas programadas para Alfândega da Fé, no âmbito de um projecto que envolve a Direcção Regional de Agricultura, o Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Centro de Investigação da Montanha do Instituto Politécnico de Bragança.

A iniciativa vai juntar empresários, produtores, técnicos e investigadores num debate sobre novas formas de produzir e escoar a amêndoa de Trás-os-Montes e Alto Douro, através da aposta em variedades locais, com mais sabor e aroma, na conservação de variedades em extinção e no desenvolvimento de novos produtos ou até novas formas de utilização, como por exemplo, na cosmética", como explicou Ana Paula Silva, do CITAB.

"Temos condições naturais muito favoráveis ao cultivo, que é feito, praticamente, em modo de produção biológica. É também uma cultura económica e ambientalmente sustentável, com um enquadramento perfeito com a vinha e o olival", sustentou.

Além disso, a amêndoa adapta-se "a uma região desertificada e envelhecida como Trás-os-Montes pois os custos de produção são relativamente reduzidos e exige pouca mão-de-obra quando comparada com outras culturas, nomeadamente a vinha", esclareceu.

Fonte:  Lusa

Moscatel Roxo 20 Anos da José Maria da Fonseca é eleito Melhor Vinho da Península de Setúbal


O XIV Concurso de Vinhos da Península de Setúbal, promovido pela Comissão Vitivinícola da Região, revelou no passado dia 15, na Igreja de Santiago – Castelo de Palmela, os melhores vinhos da Região. Em prova estiveram 92 vinhos IG (Regional) Península de Setúbal e DO Palmela e 10 vinhos DO Setúbal que englobam as designações tradicionais Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo.

O Moscatel Roxo 20 Anos da José Maria da Fonseca foi considerado o Melhor Vinho da Região de entre todos os vinhos provados, obteve ainda o diploma de Melhor Moscatel de Setúbal da Região e Medalha de Ouro.

O Setúbal Roxo 20 Anos é um vinho de sobremesa produzido na Região de Setúbal, que foi reconhecida como região demarcada em 1907. Esta casta encontra-se em extinção, existindo apenas uma pequena vinha em Azeitão. Trata-se de uma uva roxa, que contém um aroma intenso a especiarias e um paladar concentrado e muito frutado. Este vinho é um lote de 4 colheitas, em que a colheita mais nova tem 23 anos e, a mais antiga 80 anos. O estágio é feito em madeira usada, visto que o que nos interessa é a oxidação daqui resultante e não o aroma a madeira.

Para além desta importante distinção outros dois vinhos da José Maria da Fonseca receberam a Medalha de Ouro: o Periquita Superyor 2009 e o Periquita Reserva 2011.

A José Maria da Fonseca é mais antigo produtor de Moscatel de Setúbal da região e celebra este ano o seu 180º aniversário.

Fonte:  jmf

Viniportugal e CVR dão unidas na promoção externa dos vinhos de Portugal


QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2014
 
Protocolo de Cooperação celebrado entre as duas entidades
 
Numa clara iniciativa de articulação e complementaridade nos esforços de promoção externa dos Vinhos de Portugal a CVR do Dão e a ViniPortugal assinaram um Protocolo de Cooperação no passado dia 19.
 
Este Protocolo, o primeiro entre uma CVR e a ViniPortugal visa, por um lado criar um incentivo à participação dos produtores da região do Dão em acções da ViniPortugal, os quais passarão estar presentes num espaço DÃO, devidamente individualizado e identificado. Igualmente o Dão verá uma maior presença dos seus vinhos nas acções desenvolvidas no âmbito da Academia de Vinhos de Portugal.
 
A CVR do Dão através deste protocolo apoiará os produtores do Dão na participação dos eventos organizados pela VINIPORTUGAL nos mercados onde esta opera e que sejam considerados prioritários e adequados aos interesses específicos da Região Demarcada, através do co-financiamento dos custos de inscrição nestes eventos, com exclusão dos custos com viagens, estada e alimentação. Na participação em eventos internacionais a ViniPortugal procurará agrupar os produtores do Dão e assinalar a área da Região Demarcada.
 
O Dão reforçará ainda a sua presença nas Salas de Prova de Lisboa e do Porto da ViniPortugal. Para além da participação no número de acções equivalente às das restantes Entidades Certificadoras Regionais, passará a promover três eventos em cada uma das Salas.
 
A ViniPortugal e a CVR Dão estabelecem ainda o cruzamento de informação sobre comércio internacional, a CVR Dão, no que respeita às exportações e expedições de vinhos certificados por mercado e a ViniPortugal, no que respeita às importações pelos principais mercados estratégicos dos Vinhos de Portugal.

fonte: viniportugal

Lourinhã quer criar Rota da Aguardente



A Lourinhã é uma das três regiões no mundo, e a única em Portugal, demarcadas exclusivamente para aguardente e faz parte  da região vitivinícola de Lisboa

A Lourinhã quer criar uma rota da Aguardente como forma de promover a competitividade deste produto único em Portugal.

A criação desta rota tem como objectivo colocar o concelho no mapa dos destinos enoturísticos e abranger a região demarcada.

A Região, Demarcada para Aguardente Vínica de Qualidade e com Denominação de Origem Controlada (DOC), é a única existente em Portugal e a terceira em todo o mundo, a par de Cognac e Armagnac, em França.

São apenas dois os Agentes Económicos que certificam esta Aguardente, na Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), apesar de existirem outros produtores a engarrafar este produto, com as suas marcas.

De acordo com o presidente da CVR Lisboa, Vasco d'Avillez, a demarcação desta região permitiu que este produto desse um salto qualitativo.

"Hoje em dia, a aguardente vale muito mais do que o vinho, embora também implique mais investimento. Em média o produtor precisa de 10 litros de vinho para obter 1 litro de água ardente", afirma o presidente da CVR.

A Lourinhã, que, do ponto de vista enoturístico, já integra a recém-criada Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP), só comercializa aguardente com mais de 5 anos de envelhecimento, produzida sempre com as castas recomendadas ou autorizadas.

"O consumo de aguardente tem aumentado. De 2012 para 2013 cresceu cerca de 12,5%. De 2013 para 2014 cresceu 15%. A existência da Rota da Aguardente poderá em muito contribuir para acelerar este crescimento contínuo das vendas da Aguardente da Lourinhã", conclui Vasco d'Avillez.

Fonte:  PressMedia

Governo prepara alteração legislativa para plantação de eucaliptos em perímetros de rega?

ACRESCIMO

De acordo com notícia do jornal Público, poderá ser concretizada pelo atual Governo a intenção expressa no programa eleitoral do Partido Socialista de 2011.

Em 2011, no que ao setor florestal respeita, ficou expresso no programa do PS, "apostar na floresta irrigada em zonas de regadio subaproveitadas, para a garantia do aumento da matéria prima para a indústria da madeira e da pasta de papel".

De acordo com a notícia do jornal Público, ficamos a saber, pelo presidente da EDIA, da intenção de ocupar parte do regadio alentejano do Alqueva com eucalipto, como forma de atenuar a falta de matéria prima da indústria papeleira.

Esta possibilidade depende contudo de uma alteração legislativa que terá de ser assegurada pelo atual Executivo, o mesmo que, ao aprovar o Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho, incentiva o cultivo desta espécie em minifúndio.

Numa e noutra solução, o risco é enorme, mais ainda quando o mercado funciona em concorrência imperfeita, onde os preços impostos pela procura não permitem, em muitos casos, sobretudo em minifúndio, satisfazer os encargos com a proteção dos eucaliptais por parte da oferta, dos proprietários florestais.

Todavia, a plantação de eucaliptos no interior alentejano poderá aportar um risco acrescido, decorrente dos fenómenos associados às alterações climáticas.

Tendo os encargos com a construção do Alqueva sido suportados pelos contribuintes para a produção agroalimentar, será legítimo vir agora ocupar parte desse esforço com a produção lenhosa, mais ainda que o País dispõe de enormes áreas abandonadas, estimadas entre 1,5 e 2 milhões de hectares.

Fará sentido plantar eucaliptos no interior alentejano, quando a maior parte das unidades fabris está localizada no litoral centro. Afinal de contas, as empresas da indústria papeleira nacional têm vindo a abandonar a exploração ou o abastecimento a partir de áreas mais longínquas, como as do litoral alentejano ou da serra algarvia.

Para além dos encargos suportados pelos contribuintes (nacionais e europeus) com as infraestruturas do Alqueva e anualmente com os incêndios florestais, o Governo poderá agora vir intensificar ainda mais esses encargos, com a transferência de áreas de produção agroalimentar para a produção lenhoso, quando o País tem suficiente área potencial para esta última, bem como com o aumento de riscos com as habituais catástrofes estivais, consequência do funcionamento desajustado dos mercados e de estratégias políticas erráticas e inconsequentes.

Lisboa, 20 de maio de 2014

Menos 16 mil candidaturas a apoios da PAC devido a medidas fiscais «injustas»



A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) afirmou hoje que houve menos 16 mil candidaturas aos apoios da Política Agrícola Comum (PAC) nas últimas duas campanhas, atribuindo a redução às medidas fiscais «injustas» que foram impostas aos agricultores.

O prazo para apresentação de candidaturas às ajudas da PAC terminou no passado dia 15 de maio e «pelo segundo ano consecutivo, a campanha de receção ficou negativamente marcada pelas injustas imposições fiscais» introduzidas no Orçamento do Estado para 2013, denuncia a CNA num comunicado.
Segundo a Confederação, este ano, a redução do número de candidaturas em Portugal Continental foi superior a 10 mil.
Dinheiro Digital / Lusa

Congresso infowine.forum dias 4 e 5 de junho

19 Maio, 2014 09:05 | Revista de Vinhos


A 4ª edição do infowine.forum, congresso de caráter técnico-científico, nas áreas da Viticultura, Enologia e Mercados, apresenta este ano o tema Wine fitness -vinhos em forma. "Vinhos clássicos ou modernos, mas com um perfil cativante, empático, emotivo… Vinhos fonte de prazer e Vinhos participantes numa vida saudável e natural: Vinhos em forma", é o mote de partida.

Aberto ao público mediante inscrição, o infowine.forum tem reunido com grande sucesso pessoas de instituições científicas, empresas, produtores e outros membros da fileira vitivinícola de diversos países, permitindo o contacto com os protagonistas do setor a nível nacional e internacional, e conhecer e discutir os últimos avanços na área da vinha e do vinho.

Inscrições e mais informações disponíveis no site oficial em :www.infowineforum.com



2º Seminário "Investir no potencial agrícola do Alqueva"


20 DE MAIO DE 2014 AGROTEC

O Banco Espírito Santo e a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. têm em curso um programa de captação de investimento estrangeiro agrícola e agroindustrial para a região do Alqueva. Esta parceria de promoção do potencial de Alqueva inclui a realização de um road-show, em Espanha, e ainda a organização conjunta de um seminário internacional que irá decorrer no Museu do Oriente, em Lisboa, a 26 de Maio, seguido de uma visita, dia 27, aos principais equipamentos e explorações agrícolas de Alqueva.

No âmbito do seminário "Investir no Potencial Agrícola do Alqueva: Agroindústria e Distribuição como alavancas para a criação de valor nos Produtos Agrícolas " está prevista a vinda a Portugal de investidores de vários países, estando já confirmadas presenças de Áustria, Rússia, Alemanha, França, Brasil e Espanha, para lhes apresentar o potencial produtivo e de negócio da região, tirando partido da garantia de água de Alqueva.

Como maximizar este enorme potencial produtivo? Através da associação entre Produtores, Agroindústria e Distribuição?

Pode este trabalho em conjunto ser uma alavanca para a criação de valor nos produtos agrícolas e assim estimular a produção?

Este seminário ao juntar no mesmo espaço, Agricultores e Proprietários de terrenos agrícolas, autarquias gestoras de parques industriais e agroindustriais, mas também investidores internacionais e empresários ligados à Agroindústria e à Distribuição, visa identificar oportunidades para investir no potencial agrícola do Alqueva de forma a criar valor aos produtos agrícolas em toda a sua fileira, desde a produção à venda ao consumidor final.

Este encontro contará com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, de Wolfgang Braunstain, consultor especialista em Organização de Produtores, do presidente da EDIA, José Salema, e do presidente do BES, Ricardo Salgado.

Para ilustrar o enorme potencial da região de Alqueva serão apresentadas e discutidas em mesa redonda as experiências de empresas agrícolas e agroindustriais com projetos de elevada ambição e desempenho.

Será dado a conhecer o projeto da Vitacress, responsável pela produção, embalamento e distribuição de legumes frescos; a empresa Monliz, produtos alimentares do Mondego e Liz, uma empresa de Congelação de frutos e de produtos hortícolas e a Agromais, uma organização de produtores que já hoje inclui a região de Alqueva através dos seus associados.

Os anfitriões serão a EDIA – sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos centrada na gestão e rentabilização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva – e o BES – banco português que tem um posicionamento de liderança no apoio à agricultura e que oferece produtos e serviços financeiros vocacionados para empresas do setor. Este encontro tem ainda o apoio do jornal "Negócios", e o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura e do Mar.

A barragem de Alqueva é o maior reservatório de água da Europa e um dos maiores e mais importantes projetos hidroagrícolas a nível europeu. A agricultura que se implantar nesta região encontra um enorme potencial produtivo por desenvolver, tanto a nível das explorações agrícolas, como da fixação de novas agroindústrias, fundamentais para a sustentabilidade do empreendimento e para a geração de valor acrescentado na região.

PROGRAMA DO SEMINÁRIO

Local: Museu do Oriente

Lisboa

Dia 26 Maio

9h00 : Receção dos convidados
9h30 – 10h15 : Keynote Speaker  (Wolfgang Braunstein – especialista autriaco na organizaçao de produtores)
10h15 – 11h00 : 1ª Mesa Redonda com:
Wolfgang Braunstein
Ricardo Salgado (BES – CEO)
José Salema (Presidente da EDIA/Alqueva)
Moderadora : Helena Garrido (Jornal de Negócios)

11h00 – 11h30 Coffe Break
11h30 – 12h30: 2ª Mesa Redonda com:
VITACRESS (Luis Mesquita Dias)
MONLIZ (Mauro Cardoso)
AGROMAIS (Luis Vasconcelos e Sousa)
Empresa de distribuição (a definir)
Moderadora : Helena Garrido

12h30 – Encerramento pela Sra. Ministra da Agricultura, Drª Assunção Cristas

Lacticínios portugueses vão entrar na China

Cristina Ferreira (em Macau)

18/05/2014 - 08:42

Visita de Cavaco Silva à China ajuda a desbloquear entraves à exportação de lacticínios para aquele país.

    Cavaco Silva faz um balanço "muito positivo" da visita à China

Na visita de Cavaco Silva à China, que termina este domingo, em Macau, foram desbloqueados os entraves à exportação de lacticínios portugueses para aquele país.

Cerca de três dezenas de empresas portuguesas do sector manifestaram interesse, estando também prevista uma visita empresarial àquele país asiático. Esta informação foi dada como quase certa por Cavaco Silva alegando que considerava que a comissão mista tinha resolvido as questões relacionadas com os bloqueios às exportações para a China de produtos portugueses. Contudo, a Rádio Renascença já avançou que o processo já foi concluido.

Está ainda em curso o desbloqueamento da exportação de produtos suínos, que foi um dos temas abordados.

Ao final da tarde, o Presidente da República dará uma conferência de imprensa, onde deverá fazer o balanço desta visita oficial de sete dias à China.

Empresa de Ílhavo produz algas que dão superalimentos, bioplásticos e filtram a água



Nicolau Ferreira

18/05/2014 - 08:42

Uma nova expressão designa o que está a acontecer por todo o mundo e em que a Algaplus é pioneira cá: agronomia do mar. O que se produz? Macroalgas, na ria de Aveiro. Elas parecem dar para tudo: desde alimentos até bioplásticos. De passagem, tornam a aquacultura de peixes mais verde.
Uma das algas que a empresa produz
Adriano Miranda


Junto à ria de Aveiro, crescem macroalgas associadas à aquacultura de peixes. Nuns tanques, há robalos e douradas, nomes bem conhecidos da pirâmide alimentar, e noutros, alface-do-mar, cabelo-de-velha, musgo-irlandês, botelho-comprido, erva-patinha e chorão-do-mar. Estas seis espécies de macroalgas (não são microscópicas) também podem vir a fazer parte da cozinha portuguesa ou, então, ser matéria-prima para plásticos. Povoam a costa e, desde 2013, são produzidas pela empresa nacional Algaplus.

Instalado em Ílhavo, perto de Aveiro, o sistema das algas serve para filtrar a água que fica suja depois de ser utilizada pelos peixes da aquacultura. "Produzimos macroalgas que biofiltram, ou seja, fazem a biorremediação da água que vem da produção de peixes", explica Helena Abreu, directora de investigação e desenvolvimento da Algaplus. "Um organismo recicla os resíduos produzidos por outro e transforma-os em produto de valor." Neste caso, o produto de valor são as macroalgas.

Só em 2010 foram produzidas 20 milhões de toneladas de algas secas em todo o mundo: 99% teve como destino a indústria alimentar. Usamo-las como legumes, em batatas fritas, para gelificantes, caramelizantes, texturantes ou espessantes. O sudeste asiático é a região onde mais se produz algas e 90% desta produção é em regime de aquacultura.

Os peixes, nos seus dejectos, produzem naturalmente amónia, nitratos e fosfatos. Na aquacultura, a concentração destas substâncias pode ser muito grande, o que as torna poluentes. Mas, para as algas, estas mesmas substâncias são alimento e, se a água usada pelos peixes for posta à disposição destas espécies, elas podem crescer mais rapidamente do que o normal, devido à abundância destes nutrientes, ao mesmo tempo que limpam a água. Este sistema – chamado aquacultura multitrófica integrada – tenta imitar os ecossistemas naturais na produção de peixes.

Da investigação ao negócio
Tanto Helena Abreu como Rui Pereira, director da Algaplus, são biólogos e passaram anos a investigar as macroalgas. Em 2006, quando Helena Abreu estava a fazer o doutoramento e Rui Pereira um pós-doutoramento, ambos no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar) da Universidade do Porto, tiveram a ideia de formar uma empresa de produção de macroalgas.

"Fazíamos a produção de macroalgas integrada num sistema de cultura na Póvoa de Varzim", lembra Helena Abreu. "O trabalho no dia-a-dia podia ser transformado num negócio comercial." Mas a ideia só ganhou forma quando um privado investiu dinheiro. A empresa nasceu em Ílhavo, em 2012, e estabelece um acordo com a empresa Máteraqua, dedicada à aquacultura semi-intensiva de robalos e douradas.

"Este sistema de produção é amigo do ambiente. Os peixes alimentam-se quase só com as águas vindas da ria", diz Helena Abreu. A água é utilizada primeiro pelos peixes, depois segue para os tanques das algas. Do ponto de vista comercial, a Algaplus defende um tipo de associação entre empresas em que cada uma se especializa numa parte de um sistema maior, em vez de uma única empresa explorar tudo: a produção de peixes, de algas…

"Estamos no mesmo espaço e beneficiamos das mesmas infra-estruturas", diz a bióloga, acrescentando que a Máteraqua também beneficia do marketing da Algaplus. "Ajudamos a empresa a vender o seu peixe como amigo do ambiente." Este aspecto ecológico da produção de peixe coaduna-se com as directivas da União Europeia (EU), que prevêem a necessidade do crescimento da aquacultura para alimentar a população, mas de forma sustentável.

"Portugal tem grande diversidade de espécies de algas com aplicação comercial, tem um clima ameno e um desígnio na aposta do mar", aponta a empresária como vantagens desta actividade no país. No entanto, a Algaplus é a única empresa portuguesa a produzir macroalgas.

Farinhas, legumes e sal gourmet
Finalmente, em 2013, a Algaplus começou a obter a sua matéria-prima. Hoje, já retira 300 a 400 quilos de algas desidratadas por mês, que crescem nos cerca de 200 metros quadrados de tanques usados pela empresa. Há três condições para escolher as macroalgas que vão produzir-se, diz Helena Abreu: "Têm de ser espécies que existem no local, ter crescimento rápido e um potencial valor comercial."

Tal como as plantas, as algas fazem fotossíntese. Por isso, utilizam a luz solar para produzir matéria orgânica e crescerem. Este factor pode colocar limitações na cultura. "O nível de produção de algas baixou neste Inverno de muita chuva", exemplifica a bióloga. A produção varia também consoante a espécie de alga ou o tipo de aquacultura associada. Uma produção de peixe mais intensiva vai disponibilizar mais nutrientes para as algas.

Marinhoa corre risco de extinção


17 Mai 2014, 19:48

Uma das raças bovinas autóctones que em tempos ajudou o agricultor e o pescador encontra-se atualmente em vias de extinção. 

Revista PACOPAR *

A ligação afetiva que alguns agricultores mantêm com a raça Marinhoa e o trabalho de uma associação de criadores têm impedido o seu desaparecimento. A  comercialização de carne, apresentada como um produto sustentável, ecológico e promotor do bem estar animal, oferecendo viabilidade económica para os  criadores, deveráser o futuro da preservação da raça.

Em toda a área de produção da raça, existem atualmente 598 criadores, com 607 explorações, das quais 97 estarrejenses, com um total de 2697 animais, dos quais 1502 são fêmeas ativas. A Marinhoa adaptou-se aos ares da praia e por aqui ficou. 

O solar da raça encontra-se na zona litoral marinha, composta pelos concelhos de Ovar, Murtosa, Estarreja, Aveiro, Ílhavo e Vagos. "A raça encontra-
se severamente ameaçada de extinção e não verificamos tendência para isto se alterar a curto prazo", afirma Elisabete Ferreira, diretora técnica
da Associação de Criadores da Raça Marinhoa (ACRM). O abandono e a mecanização da agricultura estão na origem da atual situação.

Uma ligação afetiva As características morfológicas do Baixo Vouga requeriam um animal possante para a lavoura dos campos lagunares, nomeadamente no cultivo de arroz. O porte do bovino Marinhão veio responder à necessidade, levando à sua fixação e proliferação não só na zona marinha, onde também é usado na arte xávega, como no litoral mais interior.

A introdução de maquinaria agrícola foi levando o agricultor a prescindir do animal.

Comércio justo e sustentável

Apesar do abandono da agricultura, algumas pessoas mantiveram a atividade como paralela a outra profissão, criando estes animais para a produção de carne. Mas face à diminuição do número de efetivos, a ACRM surge, em 1992, com o objetivo de preservar o património genético da raça e promover a viabilidade económica da sua criação.

A atual média etária dos criadores ronda os 60 anos, assistindo-se a "muitas explorações de pessoas que, pela idade, muitos na casa dos 80 anos,
vão desistindo", sendo os respetivos "animais integrados em explorações de pessoas mais jovens, algumas com formação superior", que, segundo Elisabete Ferreira, "têm uma visão de empresa agrícola, com vocação exclusiva para a produção de carne." 

Em Estarreja, as explorações que acabaram têm sido absorvidas por outras cada vez maiores, "que não são muito diferentes do tradicional", pois "os animais continuam no campo", ressalva Pedro Ferreira, gestor da CARMARDOP (Cooperativa Carne Marinhoa DOP), criada em 2000. 

Após definido o regulamento de produção de Carne Marinhoa DOP – Denominação de Origem Protegida, através da aprovação do Caderno de Especificações da Carne Marinhoa DOP, encontrava-se em falta uma entidade que concentrasse a oferta e regulasse o mercado. Assim, surge a CARMARDOP, que vem regular os preços e a produção da carne. A cooperativa garante um preço ao produtor e controla todo o processo comercial, desde a compra, abate e desmanche, até à venda.

ONU alerta para alimentação menos saudável devido à crise


     
20/05/2014 09:01:59 1080 Visitas   
ONU alerta para alimentação menos saudável devido à crise
A crise na Europa está a ter "grande impacto" na saúde, já que, forçadas a reduzir as despesas com alimentação, "muito mais pessoas estão a comer de forma menos saudável", alerta um relator da ONU.

As pessoas "não estão necessariamente a passar fome, mas estão a mudar para dietas alimentares que não são boas para a saúde"
Em entrevista à Lusa, em Lisboa, onde hoje dará uma conferência a convite do Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC), o relator especial das Nações Unidas para o direito à alimentação reconhece que "é muito perturbador ver que, em alguns países, como Grécia e Espanha, existem agora vastos segmentos da população que estão a mudar para dietas alimentares mais baratas, mas prejudiciais à saúde".

Olivier De Schutter diz que os cortes na alimentação são "um problema", porque o resultado -- "nos países do Sul da Europa, mas também no Reino Unido, por exemplo" -- é que "muito mais pessoas estão a comer de forma menos saudável do que no passado".

As pessoas "não estão necessariamente a passar fome, mas estão a mudar para dietas alimentares que não são boas para a saúde e podem provocar doenças, como diabetes, ligadas a dietas inadequadas", com "grande impacto" na saúde, realça.

"Ao contrário dos transportes e da habitação, a alimentação é a parte do orçamento familiar que pode ser espremida, adaptada aos recursos de que se dispõe. Portanto, muito frequentemente, quando as famílias estão sob pressão, porque um dos pais perdeu o trabalho, porque o custo de vida aumentou, porque os apoios sociais foram reduzidos, é com a alimentação que as famílias gastarão menos", compara.

Durante os seis anos de mandato como relator especial, que termina no final deste mês, Schutter nunca visitou Portugal, mas não vê razões para um cenário diferente do de outros países do Sul. 

"Em toda a União Europeia, assistimos a um aumento da pobreza", diz. "É um fenómeno alargado europeu, a que muitas vezes os governos não têm sabido responder. Não acho que senhas de comida ou bancos alimentares possam substituir um sistema robusto de protecção social", contesta.

Para Schutter, a comunicação social veicula "uma visão muito distorcida da fome", focada "em desastres" como os do Corno de África ou do Sahel. Sendo "muito importante" chamar a atenção para os "30 milhões de pessoas extremamente malnutridas" que vivem nessas zonas - sublinha -, reflecte-se pouco sobre "todas as outras pessoas, (...) provavelmente mil milhões em todo o mundo, que sofrem de subnutrição estrutural". E, neste caso, ressalva o relator, não se pode culpar os céus ou os solos, mas a "injustiça social" e as "políticas que não prestam atenção suficiente às necessidades dos mais desfavorecidos".

"É preciso muito mais vontade política do que tem havido até agora", constata. Satisfeito com "o melhor entendimento" que hoje existe "sobre o que precisa de ser feito" para combater a pobreza, Schutter lamenta "o hiato entre o que se diz e o que se faz, entre o que os governos prometem e o que realmente alcançam". 

Mas, aponta, há "sinais encorajadores", nomeadamente em África, onde se tenta "reconstruir os sistemas alimentares locais", de forma a garantir que os pequenos agricultores tenham acesso ao mercado e os consumidores ao que eles produzem. 

Admitindo que a ajuda alimentar pode "desencorajar" produtores e governos locais, sustenta: "Temos de recorrer à ajuda alimentar em alturas de desastre, quando não há alternativa, (...) mas tem de ser cuidadosamente monitorizada."

Schutter atribui o fracasso dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, metas definidas pelas Nações Unidas em 2000, a duas razões: tentaram combater a pobreza extrema "sem qualquer preocupação face às crescentes desigualdades dentro de um país e entre países"; e, como não estavam enquadrados nos direitos humanos, "os governos podiam ignorá-los sem qualquer custo político, sem serem sancionados e sem que a sociedade civil pudesse contestar a inacção" política.

Sobre a agenda pós-2015, confessa-se "muito esperançoso", porque "as novas metas de desenvolvimento sustentável dão grande ênfase à redução da desigualdade" e incluem "mecanismos de responsabilização e monitorização governamental".

A conferência "O direito à alimentação e à soberania alimentar" realiza-se hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, às 18h30.

Lusa/SOL

“Produção alimentar: Que futuro?” é o tema deste “Radiografias”


Ana Elias de Freitas - 19/05/2014 - 07:00 -  Imprimir

Com a produção agrícola da região como pano de fundo, neste "Radiografias" tentamos dar resposta à questão que cada vez mais se coloca, ou seja "Produção alimentar: Que futuro?".

Para dar resposta àquela questão recordamos neste "Radiografias", as declarações que Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, e Castro e Brito, presidente da Direcção da ACOS – Agricultores do Sul, fizeram no contexto da 31ª Ovibeja, sobre a importância que a agricultura assume hoje, para o País e região, perspectivando os desafios do futuro.

No "Portugal 2020" é importante perceber também, com aquilo que podem contar os agricultores, no âmbito da PAC – Política Agrícola Comum e PDR – Plano de Desenvolvimento Regional. Respondem a estas questões, neste "Radiografias", José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura e Cláudia Costa, do GPP – Gabinete de Planeamento e Políticas, depoimentos recolhidos, igualmente, no âmbito da edição 2014 da Ovibeja.

A agricultura e a investigação andam de "mãos dadas" e neste programa, Claudino Matos, director do CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo, explica como a inovação pode ajudar no combate às doenças, potenciando a resistência das espécies autóctones. Também neste contexto, temos para conferir o depoimento de Carlos Bettencourt, responsável pelo Centro de Experimentação do Baixo Alentejo, entidade que tem ao dispor dos agricultores, actividades de experimentação, em laboratório de campo, nos recursos genéticos animais e mais recentemente, nas áreas da olivicultura e da preservação dos solos.

Os agricultores da região deparam-se todos os dias com novos desafios e, para os ajudar a fazer face aos mesmos, contam ainda, com a Escola Superior Agrária, do Instituto Politécnico de Beja, que desempenha um importante papel no acompanhamento e apoio ao "homem da terra", através dos seus laboratórios, ensaios, em campos de experimentação, e formação. Neste "Radiografias", Margarida Pereira, directora da ESAB, identifica os vários serviços que são prestados aos agricultores.

O programa vai para o ar, nesta segunda-feira, pouco depois das 18.00 horas, nos 104.5 da nossa estação, mas pode ser acompanhado também, na nossa emissão online, em www.vozdaplanicie.pt.

Pessoal do RSI e desempregados para as florestas já!

Paulo Pimenta de Castro

De novo, reapareceram na Imprensa os anúncios bombásticos sobre a pretensão governamental em requisitar o desempenho dos beneficiários do RSI, dos desempregados e, porque não, dos reclusos nas florestas. Seja em ações de vigilância, na limpeza das matas ou na reflorestação. É a tradicional "gaffe" pré-estival. Aparece no presente ano, como apareceu em anos anteriores e em anteriores legislaturas, nada de novo portanto. No léxico político, os conceitos de "mudar Portugal", de "este é o momento", de "mudança", significam tanto ou tão pouco como manter o "status quo" da mediocridade.

A ligação dos beneficiários do RSI, dos desempregados, ou dos reclusos às florestas não passa de demagogia, de populismo, de politiquice. Em si, não passa de uma medida de operacionalidade irrealizável ou inadequada.

Por um lado, 98% da floresta portuguesa é privada, então porque não se insere a sua proteção no domínio dos privados, no âmbito de negócios entre privados, entre a oferta e a procura? Porque têm os cidadãos, a quem se recorre para a constituição dos fundos de desemprego ou do RSI, de intervir em encargos inerentes a negócios entre privados? Se os negócios florestais ocorrem em concorrência imperfeita, com domínio permitido governamentalmente pela procura, porque não intervêm os decisores políticos na regulação dos mercados?

Será por ser mais fácil fazer anúncios populistas do que "meter as mãos na massa"? Por exemplo, incentivando a concentração da oferta, a transmissão das propriedades com superfícies florestais, fomentando relações "win-win" nos mercados de produtos de base florestal. Relações que permitam custear uma gestão florestal que, entre outras ações, incorpore a defesa da floresta contra incêndios. De facto, a maioria não gosta de pagar a uma minoria que não contribui para as receitas do Estado. Será então intenção dos governantes criar conflitos sociais, aparecendo aqui as florestas como motivo sazonalmente disponível?

As operações florestais exigem qualificações apropriadas, quem as ministra aos desempregados, aos beneficiários do RSI ou aos reclusos? O IEFP não tem competências neste domínio. A Segurança Social menos ainda. O ICNF nem pessoal tem para se ocupar condignamente dos outros 2% de floresta pública.

E, para essa, a floresta pública, nós pagamos e bem. Não é um problema financeiro. Há dinheiro disponível, num fundo público reforçado de cada vez que abastecemos as nossas viaturas.

Os custos das necessárias formações serão pagos por quem? Pelos contribuintes? Essa formação terá desempenho prático durante quanto tempo? Um só ano? Para o ano virão outros? Não será isto despesismo? Se for para vários anos, porque não empregar varias destas pessoas em equipas permanentes? Reduzir-se-ia assim o número de desempregados e de beneficiários do RSI, ganharíamos todos.

Os eventuais beneficiários do RSI e os desempregados a coletar para intervir nas florestais serão selecionados em meios rurais ou urbanos? Gente estranha ao meio florestal, especialmente em período de maior risco, não será desaconselhável?

Por último lado, vamos nós contribuintes, através da utilização dos beneficiários do RSI, dos desempregados ou dos reclusos em intervenções nas florestas, fomentar a concorrência desleal, incentivada pelo Estado, a empresas privadas que se ocupam destas operações e que daí empregam e pagam os seus impostos? Não se corre o risco, por esta via, do Estado contribuir para o aumento do número de desempregados, neste caso já com as qualificações necessárias para intervir nas florestas?

Num plano mais técnico, as limpezas a concretizar serão de natureza intraespecífica, interespecífica ou mista? Concretizar-se-ão por métodos manuais, motomanuais, mecânicos, químicos, com gado ou por fogo controlado?

Com certeza, não se esgotam aqui as questões à demagógica medida anunciada, outras pertinentes haverá.
Notas finais:

1) Estes anúncios populistas não são exclusivos da presente governação, a presente não teve foi capacidade/vontade para alterar o "satus quo". Outros antes já tinham igualmente evidenciado sintomas de febre pré-estival.

2) As florestas não se prestam apenas a febres politiqueiras pré-estivais, preparemo-nos pois para as posteriores febres estivais e pós-estivais.

3) A febre estival carateriza-se pelo eclipse dos responsáveis do Ministério da Agricultura, deixando os bombeiros, a proteção civil e as forças policiais com "a criança nos braços".

4) A febre pós-estival é, por sua vez, caraterizada pelo anúncio bombástico de futuros pacotes de legislação repressiva sobre os proprietários florestais. Gente que migrou ou emigrou, que engrossou no passado e no presente a catástrofe do êxodo rural, fruto de políticas irresponsáveis de desenvolvimento rural, ou que permanece no meio, mas com idade avançada, fraca qualificação empresarial e sem perspetiva de negócios sobre os terrenos de que dispõem, fruto da incapacidade política em se impor a interesses financeiros específicos, como o comprova o Decreto-lei n.º 96/2013, de 19 de julho.

5) O frio invernal, por sua vez, aporta sintomatologias de amnésia política relativamente às florestas. Por exemplo, por onde andam as ameaças da "gaffe" pos-estival de 2013, protagonizadas publicamente pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Voltará de novo no período pós-estival de 2014? O processo de revisão da Estratégia Nacional para as Florestas, embora com incoerências fatais, foi inicialmente anunciada para estar concluída em finais de 2013, todavia está em maio, às portas de novo período estival, apenas e só na fase de auscultação pública. Outro exemplo, o cadastro rústico, anunciado publicamente como prioridade da presente legislatura, por onde anda. Ah, foi constituída uma comissão. Mensagem entendida. Para as calendas, portanto.

Lisboa, 19 de maio de 2014

Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Silvicultor



Publicado em 20/05/2014

A tempestade anunciada…

FORUM FLORESTAL

COMUNICADO
(Verão 2014)


Com o aumento da temperatura vem também o frenesim das decisões e das medidas avulsas de "prevenção" dos incêndios florestais…Anunciam-se mais meios de combate, um reforço aqui, uma renovação ali, mais dinheiro, mais formação, novas tecnologias, muitas fardas novas, e fica tudo pronto para a "tempestade" do costume. Por outro lado no inverno não houve dinheiro, não houve tempo, nem atenção, e não houve nenhuma ação coordenada, além do esforço das equipas de Sapadores Florestais que resistem ao desinteresse.

Este ano, segundo as últimas notícias, vai haver pessoas a trabalhar na floresta, com a inclusão até de desempregados nas ações de limpeza das matas e florestas.

A medida, por princípio, não nos levanta grandes questões quanto à sua pertinência, já que esta força de trabalho a pode ser uma mais-valia, podemos porém questionar, o "timimg" e oportunidade desta decisão.

Repare-se, que o Estado ajuda a suportar, através do programa de Sapadores Florestais do Fundo Florestal Permanente, o esforço anual de limpeza e manutenção dos espaços florestais, por isso conhece a importância destas ações e a necessidade que representam no espectro de defesa da Floresta. Mas também sabe, porque legislou nesse sentido, que uma pessoa para desenvolver estes trabalhos precisa de bastante formação (os Sapadores têm 200 horas de formação), sabe, porque fez campanhas de prevenção dos acidentes de trabalho na floresta, que a inexperiência é perigosa e combinada com as condições adversas de clima pode ser fatal.

Sabe melhor do que ninguém (porque gere fundos comunitários que financiam ações deste tipo) que limpar uma mata é caro, exige tempo e coordenação, que se mal executado pode causar mais mal que bem.

Conhece, porque proibiu, que as ações de silvicultura nesta época são um elemento potencialmente nefasto para a fauna e avifauna, em especial para trabalhadores que desconhecem o ecossistema florestal, porque não trabalham diariamente nestes espaços.

Sabe ainda, porque regulou, que arborizar neste País já não pode ser deixado ao livre arbítrio dos proprietários e que as arborizações carecem de controlo "técnico", mas também percebe, porque criou uma bolsa de terras que o minifúndio e a ausência de cadastro afastam os interessados.

Mesmo sabendo disto tudo continua a manter demagogicamente as ideias de "mexer" agora que o calor começa a apertar.

Resumindo as ações de silvicultura preventiva realizadas em condições climatéricas adversas (calor) são um fator em si mesmo de perigo, e que combinado com a inexperiência destes novos voluntários dá uma mistura potencialmente explosiva.

Na prática todos somos poucos para fazer face a esta catástrofe dos incêndios florestais, mas todos ao mesmo tempo só nos estorvamos.

Repetimos TODOS OS ANOS aos céus quase que a pedir clemência aos deuses para a "tempestade" anunciada pois sabemos que o ordenamento florestal levará décadas a preparar a floresta para os incêndios … mas que ainda não começou, sabemos que as intervenções silvícolas se fazem no inverno e não quando se lembram. Sabemos que a floresta é um bem de todos e que todos temos obrigação de a defender. Resta-nos o consolo de esperar que este verão não haja vítimas e que São Pedro nos brinde com umas chuvas nos ajudem a evitar estragos maiores.

Temos que continuar a acreditar…

Mas não é fácil…

E cansa… cansa muito!

15 Maio 2014