sábado, 18 de junho de 2016

Governo apresenta até 31 de outubro estratégia para a agricultura biológica



O Governo pretende apresentar até 31 de outubro uma «estratégia nacional para a agricultura biológica», anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, que garantiu «compensações específicas» a este modo de produção.


"O Governo valoriza a importância da agricultura biológica e portanto já saiu em Diário da República a criação de um grupo de trabalho para apresentar até dia 31 de outubro a estratégia nacional para a agricultura biológica", declarou.
O primeiro-ministro respondia ao deputado do PAN, André Silva, no debate quinzenal no parlamento.
André Silva afirmou que a falta de conhecimentos dos técnicos do ministério da Agricultura sobre o modo de produção biológica está a penalizar as candidaturas dos projetos de investimento e sugeriu que o Governo promovesse a formação de dois técnicos em cada direção regional de agricultura de forma "célere e intensiva".
António Costa adiantou ainda o programa de Desenvolvimento Regional prevê "duas tipologias de apoio à agricultura biológica, uma que visa compensações específicas de apoio à conversão [ao modo de produção biológico] e uma segunda para apoios ao investimento" neste tipo de projetos.
A agricultura biológica é um modo de produção que visa produzir alimentos com recurso a práticas sustentáveis e de respeito pelo ambiente e sem recurso a pesticidas ou adubos químicos, e não utiliza organismos geneticamente modificados.
Dinheiro Digital com Lusa

Acordo ajuda novos projetos na agricultura



Os kiwis são exemplo de uma cultura que pode ser apoiada com este projeto

14 Junho 2016 às 19:12
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Facilitar a produção de novas culturas e a elaboração de projetos para jovens agricultores é o principal objetivo do protocolo de cooperação assinado, esta terça-feira, pela cooperativa de produtores de leite e de vinho de Famalicão, Caixa de Crédito Agrícola e Câmara Municipal.

Segundo Manuel Loureiro, presidente da Fagricoop - Cooperativa de Produtores de Leite de Famalicão, há uma nova vaga de jovens agricultores a surgir pelo que esta parceria permitirá ajudá-los a entrar na atividade.

Manuel Loureiro refere que há pessoas de outras áreas que por motivos vários querem agora dedicar se ao setor agrícola.

Por outro lado, o responsável explica que a redução da produção de leite em 3% fez com que os agricultores ficassem com terrenos a mais. "Podem dedicar se à produção de novas culturas como os mirtilos, os caracóis, os kiwis, entre outros", explicou.

"Muitas vezes faltam recursos a quem quer dedicar-se à produção agrícola, falta uma ajuda, e é isso que vamos fazer", referiu.

O facto da Fagricoop ser entidade gestora operacional da bolsa nacional de terrenos é também um fator a ter em conta. "Pois, a falta de terrenos para a agricultura é por vezes um problema", diz.

A bolsa de terrenos congrega os espaços disponíveis para a agricultura.



Agricultura, alimentação e floresta juntam mais de 1000 investigadores


18.06.2016 às 0h072
 
O iBET, em Oeiras, é uma das três instituições de investigação que integram o novo consórcio português Agro-Tech, que vai trabalhar na produção de vacinas e métodos de diagnóstico para as áreas da sanidade vegetal, segurança alimentar e saúde animal

JOSÉ CARLOS CARVALHO

Criar uma estação experimental de referência europeia em Oeiras é um dos principais objetivos estratégicos do novo Consórcio Agro-Tech, que integra três instituições de investigação onde trabalham mais de 1000 cientistas

Chama-se Consórcio Agro-Tech, foi lançado hoje, sexta-feira, em Oeiras, e integra mais de 1000 cientistas que vão trabalhar na produção de vacinas e métodos de diagnóstico para as áreas da sanidade vegetal, segurança alimentar e saúde animal, bem como no apoio à formação especializada de técnicos e investigadores.

O consórcio integra os institutos de Tecnologia Química e Biológica (ITQB, da Universidade Nova de Lisboa), de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), localizados em Oeiras. O seu objetivo é facilitar a investigação e o desenvolvimento experimental nas áreas da agricultura e floresta, saúde animal e sanidade vegetal, tecnologia e inovação para a bioeconomia.

No lançamento do Agro-Tech, no INIAV, participaram os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, e o reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, tendo sido apresentados sete novos projetos de investigação das três instituições que integram o consórcio, dois novos programas de doutoramento — um deles internacional — e um mestrado, nas áreas da sanidade vegetal, biociências moleculares e biotecnologia para a sustentabilidade.

Os dois ministros sublinharam a importância do consórcio para o aumento da competitividade nacional e da capacidade exportadora das empresas portuguesas, e salientaram o facto de se tratar do primeiro ecossistema de investigação e inovação dedicado inteiramente aos setores agroalimentar, veterinário e florestal em Portugal.

A criação do Agro-Tech surge na sequência da aprovação de uma resolução do Conselho de Ministros de 24 de março, que estabelece que o objetivo último do novo consórcio é "estimular a modernização e dinamização da Estação Agronómica de Oeiras como estação experimental de biotecnologia agrícola e alimentar e produção animal de referência europeia".


sexta-feira, 17 de junho de 2016

GPP: Cultivar n 4

Cultivar N.º 4 - Cadernos de Análise e Prospetiva GPP publicou nova edição com o tema "Tecnologia":
http://www.gpp.pt/pbl/Period/Cultivar_4_digital.pdf

Viticultores do Douro queixam-se de ano difícil que trouxe despesas «brutais»



 09 Junho 2016, quinta-feira  Viticultura

Os viticultores do Douro queixam-se de um ano muito difícil na vinha, com ataques de doenças como o míldio e a podridão negra, que obrigam a muitos tratamentos, a despesas «brutais» e podem originar perdas na produção.
douro
O ano de 2016 começou com um inverno e uma primavera com muita chuva. Primeiro foram os estragos com a derrocada de muros e patamares de vinhas durienses e mais recentemente, devido à elevada humidade, a pressão das doenças, principalmente do míldio.
«Este é um ano para esquecer. Já tive que fazer sete tratamentos no total. Por semana estou a gastar à volta de 1.100 euros em produtos e mais 30 euros de combustível por dia com os dois tratores», afirmou o viticultor Manuel Vilela.
Com vinha em Cheires, concelho de Alijó, o produtor disse que esta região está a ser muito afetada pelos ataques das doenças. Ao míldio junta-se em alguns locais a podridão negra e começam também a surgir casos de oídio.
«Estamos a tentar salvar as varas e as videiras, porque produção aqui vai haver muito pouca nesta vindima», frisou.
As condições climáticas obrigam a uma atenção redobrada na vinha. «Tenho trabalhado 12 horas por dia e nem temos tido feriados ou fins de semana. Andamos exaustos», lamentou Manuel Vilela.
Em Gouvães do Douro, Sabrosa, as queixas são idênticas. Nos seus 12 hectares de vinha, António Pereira já vai com o terceiro tratamento e contabiliza «grandes despesas» nesta luta contra as doenças.
Abraão Santos contabiliza quatro tratamentos na sua vinha de quatro hectares em Alvações do Corgo, Santa Marta de Penaguião, e «o ano ainda vai a meio».
«Há anos inteiros que nem quatro se fazem. Assim a gastarmos em fitofármacos e a vendermos a pipa a 150 euros não dá. Tem sido uma despesa brutal», frisou.
Nas suas contas, em produtos e mão-de-obra os gastos são de «cerca de 130 euros por hectare».
«Este tem sido um ano muito complicado devido às condições climáticas que se têm feito sentir», afirmou Rosa Amador, diretora geral da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).
Apesar da Região Demarcada do Douro (RDD) ser um território muito heterogéneo, tem-se verificado uma pressão de míldio nas três sub-regiões: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.
O míldio da videira é um fungo que pode infetar todos os órgãos verdes da planta - folhas, cachos e pâmpanos. A podridão negra é uma doença que provoca manchas escuras e causa estragos nas folhas, pâmpanos e cachos.
Por sua vez, o ataque do oídio provoca a paragem do crescimento da pele dos bagos, que acabam por fendilhar, deixando as grainhas a descoberto.
A ADVID e a Estação de Avisos do Douro, do Ministério da Agricultura, emitem circulares logo que se verifica um episódio relevante para a atividade vitivinícola, procurando reagir «tão cedo quanto possível» de forma a proteger a vinha e o vinho duriense.
Por sua vez, Rosa Amador referiu que, de uma maneira geral e de acordo com os dados fornecidos pelos associados desta organização, «não deverá haver uma quebra de produção para quem tem a doença controlada».
As previsões sobre as expectativas de vindima para 2016 vão ser divulgadas pela ADVID durante o mês de julho.
Fonte: Lusa 

Encontro do Clube de Produtores Continente foca-se no futuro do consumo


Jun 08, 2016

Quem será o consumidor de produtos frescos em 2030? Que preferências e necessidades terá? Que tecnologias terá à sua disposição? De que forma é que a produção e a grande distribuição podem acompanhar esta evolução? Foram algumas das questões discutidas durante o 18.º encontro do Clube de Produtores Continente, que decorreu a 7 de Junho, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, levou os presentes numa viagem até 2030. Entre as tendências a que a responsável julga que «temos de estar atentos» encontram-se as hortas verticais, instaladas dentro de armazéns, de modo a evitar pragas e a controlar a escassez de recursos; a transformação da cozinha num labortário; e a utilização de insectos como fonte de proteína.

Em 2030, o consumidor vai estar mais online, vai ter uma maior preocupação com a sustentabilidade, mas também vai ser mais envelhecido, pelo menos na Europa. «O densenvolvimento da produção terá de ter em conta o consumidor que procura alimentos mais saudáveis», afiançou Ondina Afonso.

No âmbito dos avanços tecnológicos necessários para corresponder a um consumidor com um perfil diferente, o Clube de Produtores Continente terá um conselho científico composto por docentes e investigadores de várias instituições nacionais.

Anthony Pralle, director executivo do Boston Consulting Group, marcou presença no encontro e lembrou que os «produtos frescos são uma oportunidade para os operadores retalhistas se diferenciarem». Apesar de reconhecer que, por várias razões, «os frescos não são fáceis», Anthony Pralle, chamou a atenção para «epidemia da obesidade, que implica a alteração dos hábitos alimentares» e o «crescente interesse em comprar produtos locais».

Durante o encontro foram ainda anunciados os vencedores dos Prémios Clube de Produtores Continente.

Clube de Produtores Continente volta a premiar a produção nacional


Jun 08, 2016Destaque Home, Notícias0Like

Mel numa embalagem mais cómoda, sementes para uma horta doméstica, queijo sem lactose, projectos para aproximar o produto do consumidor e para substituir o sal pela salicórnia e a excelência na produção dos enchidos. Foram estes os distinguidos pelos Prémios Clube de Produtores Continente.

No âmbito do prémio inovação, a empresa FVP Foods, produtora de queijo sem lactose, ao natural, com ervas finas e framboesas, foi a vencedora. As sementes da Life in a bag e os pacotes de mel da Bee Iellow arrecadaram a menção honrosa.

As ideias férteis de João Moreira e Marta Barradas foram as vencedoras. João propôs a produção de salicórnia na empresa Aromáticas Vivas e a sua comercialização nas lojas da Sonae. Marta sugeriu aproximar a produção do consumidor, fomentando o consumo de produtos nacionais, especialmente carne. Os dois jovens estudantes serão premiados com um estágio de nove meses, repartido entre uma empresa e a Sonae.

A Minho Fumeiro, empresa que se dedica à produção de enchidos, arrecadou o prémio excelência.

No dia 7 de Junho, o auditório do Centro Nacional de Exposições, onde decorre a Feira Nacional de Agricultura, encheu-se de produtores, investigadores e membros da Sonae MC, no âmbito do 18.º Encontro do Clube de Produtores Continente. A cerimónia contou com a presença de Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

A Primavera mais chuvosa dos últimos 15 anos



16 Junho 2016 às 13:18

A primavera deste ano foi a mais chuvosa dos últimos 15 anos e a 14.ª com o valor mais alto de precipitação desde 1931.

A primavera 2016 (março, abril, maio) foi também classificada como fria, de acordo com o documento disponibilizado na página do IPMA na Internet.

Apesar de a primavera só terminar na próxima semana, dado que o verão começa no dia 20 de junho, para o IPMA e em termos climatológicos são analisados os meses de março, abril e maio. O mês de junho é considerado e analisado pelo instituto como mês de verão.

O Boletim Climatológico do IPMA indica que o "valor médio da quantidade de precipitação no trimestre março-maio (346,4 milímetros) foi superior à média correspondendo a 164% do valor normal".

Segundo o documento, os valores totais de precipitação na primavera foram superiores ao normal em todo o território, tendo o menor valor ocorrido em Sagres, no Algarve (com 128,4 milímetros) e o maior em Cabril, no distrito de Montalegre (787,5 milímetros).

Os dados do IPMA indicam que os valores médios da temperatura máxima e mínima do ar foram também inferiores aos valores normais.

"Os valores médios mensais da temperatura média do ar variaram entre 6,7 graus Celsius nas Penhas Douradas [distrito da Guarda] e 16,1 em Faro e Castro Marim [Algarve]", assinala o IPMA.

O instituto indica que o mês de março foi muito frio, com o valor da temperatura média a ser o mais baixo dos últimos 31 anos e o 13.º mais baixo desde 1931.

O mês de abril, é referido no boletim, foi extremamente chuvoso, com o valor médio da quantidade de precipitação a ser o terceiro mais alto desde 2000.

Quanto a maio, é referido no documento que foi um mês extremamente chuvoso, sendo o valor médio da temperatura média do ar próximo do valor normal.

"O valor médio da quantidade de precipitação [em maio] foi o quinto mais alto desde 1931 e o mais alto dos últimos 22 anos", refere o instituto.

No Boletim do IPMA é também destacado que no final de março ocorreu uma situação de seca meteorológica na região sul, nomeadamente com o Baixo Alentejo e o sotavento algarvio em seca moderada.

No final de abril, diminuiu a área de seca, terminando esta situação no fim de maio.

O IPMA destacou também a ocorrência de um tornado em Vila Chã, Vila do Conde, distrito do Porto, no dia 10 de abril.


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Pata Negra de ovelha

OPINIÃO

ANTÓNIO LOPES DIAS 11/06/2016 - 07:30

É importante que os decisores políticos saiam dos seus gabinetes e calcem as botas para ir acompanhar como se trabalha hoje na moderna agricultura nacional.


A propósito da apresentação recente de um estudo promovido pela ANIPLA, que dirijo, ouvi contar uma história sobre uma visita realizada por uma comitiva a uma das edições passadas da Feira Nacional da Agricultura durante a qual, uma deputada, ao ver uma ovelha negra, exclamou; "Agora já entendi a razão de ser do Pata Negra!".

Se a situação não foi exactamente assim na forma, o que fica é que deve ter sido algo muito próximo na substância. E a substância a que me refiro nada tem que ver com simples ignorância, porque essa resolve-se. O problema grave que está subjacente a este episódio reside no enorme afastamento que existe hoje entre as populações urbanas e a realidade agrícola do país. Afastamento esse que é directamente proporcional à distância que existe entre a realidade agrícola actual no nosso país e a realidade de há 20 anos atrás.

Muitas das discussões que hoje em dia são tidas sobre temas ligados ao sector agrícola, resultam de análises feitas no conforto dos gabinetes, com ar condicionado e garrafas de água sempre à mão. Pena não o serem no conforto dos mais modernos tractores que têm cabines com idênticas condições, com a simples diferença de que estão em contacto directo com a terra.

O estudo que a ANIPLA realizou, em conjunto com 27 (!) entidades representantes dos agricultores que desenvolvem a sua actividade em 5 fileiras-chave do nosso país (vinho, tomate de indústria, azeite, milho e pera) a propósito do risco eminente de retirada de 112 substâncias activas e respectivos produtos fitofarmacêuticos, permitiu concluir que se os gabinetes dos nossos representantes políticos se mantiverem apenas na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, mais de 810 milhões de Euros de rendimento agrícola nacional podem estar em risco! Este preocupante valor absoluto esconde a perda de quase 50% no rendimento da fileira do vinho, mais de 50% no azeite e de 80% no tomate de indústria!

Sabendo que o impacto económico será certamente muito maior já que se teria de apurar ainda impactos a outros níveis: a montante e a jusante das fileiras, bem como a nível social, ao nível do desemprego, fixação de comunidades e desenvolvimento dos meios não urbanos e, a nível ambiental, consequência do abandono de terras agrícolas, as quais se tornarão baldios ou floresta, certamente desordenada e pouco rentável, altamente sujeita a incêndios.

Num momento em que tanto ruído se tem criado em torno do glifosato (substância que não foi alvo deste estudo de impacto por não estar listada como sujeita a risco de exclusão pela UE!), numa campanha evidente de desinformação – por ignorância, quero acreditar – que gera desnecessário alarme social, é mais importante do que nunca que os decisores políticos do nosso país saiam dos seus gabinetes e calcem as botas para ir acompanhar, sem câmaras a recolher imagens, como se trabalha hoje na moderna agricultura nacional.

Se o fizerem ficarão a saber, com conhecimento real, que nunca como hoje foi tão seguro consumir produtos agrícolas produzidos na Europa. Se o fizerem ficarão mais capazes para decidir.

Se optarem por continuar a alimentar discussões apenas com base em visões políticas e braços de ferro para demarcar terreno, poderão estar a contribuir para o aumento das importações de produtos agrícolas produzidos noutras paragens sem o rigor fitossanitário que a Europa nos garante. Uma situação indesejável num momento em que decorre mais uma edição da Feira Nacional da Agricultura, onde, com atenção, se pode aprender o que envolve de facto a produção de um bom Pata Negra.

Director Executivo da ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas

terça-feira, 14 de junho de 2016

Armazenamento de água em Maio subiu em nove bacias hidrográficas

02-06-2016 
 

 
A quantidade de água armazenada em Maio em Portugal continental subiu em nove bacias hidrográficas e desceu em outras três, relativamente ao mês anterior, de acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos.

Segundo o boletim de armazenamento de albufeiras do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), no último dia de Maio, comparativamente a igual período do mês anterior, das 60 albufeiras monitorizadas, 30 apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e três tinham disponibilidades inferiores a 40 por cento.

Os níveis mais elevados de armazenamento de água em Maio de 2016 ocorreram nas bacias do Lima (95%), do Tejo (94,2%), Mondego (93,9%), Ave (91,7%), Cávado (89,9%), Douro (86,9%), Guadiana (83,1%), Barlavento (81,7%), Mira (75,%), Arade 61,8%) e Sado (49,7%).

O SNIRH indica que os armazenamentos de Maio de 2016, por bacia hidrográfica, apresentaram-se superiores às médias dos valores do mesmo mês nos períodos de 1990/91 a 2014/15, excepto para as bacias do Sado, Guadiana e Mira. A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, segundo o SNIRH.

Fonte: diáriodigital

Bruxelas propõe "luz verde" temporária a glifosato na UE até novo parecer

 01-06-2016 
 

 
A Comissão Europeia decidiu propor a renovação temporária da licença para a utilização do glifosato na União Europeia, até ser conhecido o parecer científico da agência europeia de produtos químicos (ECHA), tendo agendado uma votação para segunda-feira.

O comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, explicou que, durante a reunião do colégio de comissários, fez um ponto da situação sobre o processo com vista à renovação da licença para o uso em território europeu de glifosato, substância utilizada sobretudo como herbicida e pesticida, mas que segundo alguns pareceres científicos é potencialmente cancerígena.

As negociações entre a Comissão, o Parlamento Europeu e os Estados-membros arrancaram no Outono de 2015, mas ainda não conheceram um desfecho, dado não se ter verificado até ao momento uma maioria qualificada entre os 28 Estados-membros representados no comité de peritos, responsável por adoptar uma posição.

Andriukaitis indicou que, «apesar de uma maioria dos Estados-membros estar a favor da renovação (da licença), não foi atingida uma maioria qualificada» e a 01 de Julho expira a autorização para a utilização da substância, pelo que todos os países terão de retirar do mercado todos os produtos contendo glifosato se até essa data não for prolongada a autorização.

De acordo com o comissário, tanto a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) como o instituto federal alemão de análise de risco concluíram que é «improvável» que o glifosato seja cancerígeno, mas, segundo as regras da União Europeia (UE), a última palavra pertence à ECHA, agência à qual a Comissão solicitou então uma análise científica.

Até haver um parecer da ECHA, a Comissão propõe que o comité de peritos se reúna novamente na próxima segunda-feira e aprove temporariamente (entre 12 e 18 meses) a substância, sublinhando que se a licença for renovada os Estados-membros têm sempre o direito de autorizar os produtos finais (herbicidas e pesticidas) nos respetivos mercados, podendo impor restrições, enquanto se não houver acordo quanto à renovação da licença todos os produtos que contenham glifosato terão de ser retirados.

O executivo comunitário aponta ainda que está já a preparar uma segunda decisão sobre esta matéria, designadamente ao nível das condições para o uso de glifosato, que conterá «recomendações claras», como banir o componente taloamina dos produtos à base de glifosato, algo que já foi decidido em Portugal, e minimizar a sua utilização em parques públicos.

Em Portugal, uma petição a favor da proibição do herbicida já reuniu 15 mil assinaturas. A Quercus, uma das entidades que é contra a utilização do glifosato, lançou uma campanha a incentivar as autarquias a deixar este produto, tendo obtido a adesão de seis municípios, incluindo Porto e Braga, e 14 freguesias.

Depois dos alertas, o Ministério da Agricultura anunciou que iria retirar do mercado a taloamina e todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham aquela substância, por constituírem um risco grave para a saúde humana, animal e para o ambiente.

Todavia, no mês passado o ministro da Agricultura indicou em Bruxelas que Portugal deveria abster-se na votação em sede do comité de peritos, pois os «dados científicos são contraditórios».

Dados divulgados pela imprensa, em Abril, referiam que, pelo menos, 89 câmaras municipais usam o pesticida para tratamento de vias públicas e que, em 2014, foram vendidas em Portugal cerca de 1.600 toneladas do produto.

Fonte: Lusa

Acordo entre UE/EUA não reduz padrões europeus

01-06-2016 
 

 
O ministro dos Negócios Estrangeiros português garantiu que o acordo de comércio entre União Europeia e Estados Unidos, em negociação, não vai reduzir os padrões europeus em segurança alimentar, saúde, ambiente, legislação laboral ou proteção dos serviços públicos.

A Comissão Europeia, mandatada pelos Estados-membros para negociar com os Estados Unidos da América (EUA) o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês), «não pode aceitar, no decurso do processo negocial, nada que signifique uma redução dos padrões europeus em segurança alimentar, saúde pública, legislação laboral, protecção do ambiente, proteção dos serviços públicos e do audiovisual europeu, bem como em matéria de aplicação sistemática, quando necessário, do chamado princípio da precaução», disse Augusto Santos Silva, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Europeus.

O debate sobre o TTIP dominou grande parte da audição, com PSD e CDS a salientarem os benefícios para a economia portuguesa, mas também a questionarem sobre a protecção de sectores específicos que podem ser prejudicados, como a fileira do tomate, e Bloco de Esquerda e PCP a contestarem o acordo, alertando para possíveis despedimentos.

Santos Silva afirmou que há ainda «uma grande distância» das posições das duas partes negociais, com os EUA a demonstrarem uma «abertura insuficiente» às propostas europeias, e disse que o objectivo europeu «não é ter um acordo "light"», mas um «resultado ambicioso».

«Estamos todos num ponto crítico, em que a negociação pode ou não acelerar no sentido de uma conclusão em tempo útil», ou seja, ainda este ano, antes da mudança de administração norte-americana, disse.

Sobre a perspectiva portuguesa, o governante referiu que «Portugal tem um interesse geopolítico específico no fortalecimento da parceria», além de que os estudos estimam ganhos do Produto Interno Bruto (PIB) português.

O deputado socialista Vitalino Canas manifestou o apoio do PS ao acordo, destacando os benefícios para os têxteis e calçado portugueses, mas realçou que «não se pode obter a todo o custo».

Pelo PSD, Miguel Morgado disse apoiar «um acordo que seja bom para Portugal, para a Europa e para a economia atlântica» e manifestou também concordância com a proposta da Comissão Europeia sobre o mecanismo de resolução de litígios, um dos temas mais polémicos, que o ministro disse ser uma proposta «muito mais substantiva e avançada».

O deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares referiu estudos que apontam que Portugal é o segundo país mais beneficiado com o acordo, a seguir à Estónia, mas mostrou-se preocupado com a fileira do tomate, que poderá ser prejudicada.

Santos Silva explicou que o concentrado de tomate está na lista dos produtos que poderão ter «cláusulas de excepção» e defendeu que, «ao mesmo tempo», são necessárias «medidas de política económica que procurem proteger setores perdedores».

A deputada do Bloco de Esquerda Isabel Santos afirmou que a principal divergência com o Governo é a posição de que «falta legitimidade democrática» à Comissão Europeia, porque «os povos não fazem a mínima ideia» do que está em causa no acordo. Santos Silva disse que as «divergências são menores do que a intervenção» da deputada poderia transparecer.

Pelo PCP, Paula Santos defendeu que o acordo não deve ser assinado, mas, caso a parceria avance, a deputada quis saber se o Governo admite levar a sua ratificação ao parlamento português. Santos Silva afirmou que a Constituição da República não obriga a isso, mas lembrou que está por decidir se os parlamentos dos Estados-membros se devem pronunciar sobre o acordo UE/Canadá, o executivo aguardará a solução jurídica para este caso e aplicá-la-á também ao TTIP.

O ministro garantiu ainda que «os serviços públicos não estão compreendidos no acordo» «Não é possível vir dizer no futuro que é concorrência desleal existir um hospital público ou a escola pública X ter uma estrutura fora do mercado. Pura e simplesmente, estão dentro da soberania nacional», disse o ministro.

O ministro reiterou a sua disponibilidade para participar no esclarecimento público sobre este acordo, tal como o primeiro-ministro, António Costa, já garantira este mês no parlamento.

Fonte: Dinheirodigital; Lusa

segunda-feira, 13 de junho de 2016

PDR 2020: já foram contratados mais de 3100 projetos


por Ana Rita Costa- 9 Junho, 2016

33% das candidaturas apresentadas ao PDR 2020 já foram analisadas e destas cerca de 4300 candidaturas foram aprovadas e 3100 projetos estão já contratados ou em contratação, num total de 600 milhões de euros de investimento e mais de 270 milhões de euros de apoio. Os números são do ministério da Agricultura, que contratualiza hoje (9 de junho) o projeto de Apoio ao Pequeno Investimento Agrícola número 1000.

Integrado em medidas de apoio aos pequenos agricultores, este projeto representa um investimento total de 25 mil euros na plantação de amendoeiras numa área de 3,27 hectares. O valor será aplicado na aquisição de equipamentos agrícolas e na captação de água.

Para além deste, será também assinada a contratualização do projeto número 600 com um Jovem Agricultor. Em causa está um investimento total de 180 mil euros, que será aplicado na implementação de uma exploração de produção de bovinos de carne cruzados em regime extensivo, projeto que, segundo o ministério da Agricultura, "inclui a compra de animais, equipamentos e infraestruturas, bem como a produção de forragens para alimentação do efetivo animal.

Desde que entrou em funções, "o Governo imprimiu um novo ritmo ao Programa de Desenvolvimento Rural, desbloqueando a análise e a contratualização de projetos, libertando dessa forma apoios vitais para o investimento na economia, na agricultura e no desenvolvimento rural", sublinhou recentemente o Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.

Dos projetos já contratados, 1000 dizem respeito a projetos de pequenos investimentos agrícolas, 600 são de jovens agricultores com projeto de instalação, 400 são projetos de investimento na exploração agrícola de agricultores menos jovens e 150 são projetos de investimento na agroindústria.

Alqueva transfere 60 milhões de m3 de água


por Ana Rita Costa- 9 Junho, 2016

A notícia é da EDIA: o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva vai transferir para a Albufeira da Barragem do Roxo, concelho de Aljustrel, cerca de 15 milhões de m3 de água através da central mini-hídrica aí instalada.

Numa altura em que estão em desenvolvimento estudos e projetos para o alargamento da área de influência de Alqueva, acrescentando aos atuais 120 000 hectares de regadio novas áreas num total de 47 000 hectares, Alqueva está a assegurar a distribuição de cerca de 60 milhões de metros cúbicos de água para reforço de várias albufeiras: no Roxo iniciou-se esta semana a adução de 15 milhões de metros cúbicos para os perímetros de rega do Roxo e abastecimento público aos concelhos de Beja e de Aljustrel; Odivelas já está a receber 21 milhões de m3 para garantir os regadios da Infraestrutura 12 e Odivelas; no Vale do Gaio há um fornecimento em curso de 10 milhões de m3, essencial para o regadio naquele perímetro de rega; na Vigia a adução foi iniciada o ano passado com 2 milhões de m3 para as culturas locais e abastecimento público ao concelho de Redondo; no Monte Novo foram transferidos 5 milhões de m3 desde dezembro passado, permitindo melhorar a qualidade da água que abastece os concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão. Também em Campilhas foram feitas transferências no final da campanha, para reforço do perímetro de rega.

De acordo com a EDIA, "Alqueva assume-se assim como a reserva estratégica de água que, em caso de necessidade, permitirá enfrentar os períodos de seca que no Alentejo deixam as albufeiras à beira do colapso, e possibilitando que o setor agrícola encontre na garantia de fornecimento contínuo de água o fator diferenciador que serve de base às suas opções de investimento."

Para além disso, segundo a entidade, Alqueva encontra-se à cota 149 para uma máxima de 152 metros, equivalente a 80% da sua capacidade total, "garantindo-se assim água para mais quatro anos de seca, se for esse o caso."

Governo prepara novo plano para o regadio


por Ana Rita Costa- 7 Junho, 2016Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
rega

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou este domingo que o Governo está a preparar o lançamento de um novo plano de regadio para a agricultura nacional, projeto que estará integrado no  Plano Juncker, programa de financiamento que conta com cerca de 315 mil milhões de euros para distribuir pelos países da UE.

O anúncio do projeto foi feito no discurso de encerramento do Congresso do Partido Socialista, que decorreu este fim-de-semana, e de acordo com António Costa,  deverá abranger uma área de cerca de 90 mil hectares, replicando o projeto de Alqueva.

Segundo o Expresso, o Ministério da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural (MAFDR) já concluiu a candidatura para conseguir financiamento, mas está ainda em "negociações" para receber cerca de 220 milhões de euros para a expansão do projeto de regadio de Alqueva, em mais 45 mil hectares, e cerca de 250 milhões para requalificar "a rede de regadios espalhada pelo território nacional", num total de 476 milhões de euros.

A ser aprovado, este será "o primeiro grande projeto de infraestruturas e inovação português a garantir o apoio do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, mais conhecido por Plano Juncker", revela o Expresso.

O projeto do Governo pretende não só aumentar a área de regadio do país, mas também apostar na reabilitação e modernização dos perímetros de rega degradados.

Praga dos citrinos afeta algumas regiões do país


por Ana Rita Costa- 7 Junho, 2016

A praga dos citrinos psila africana, causada por um inseto que deforma as folhas e debilita as plantas, está a chegar à região centro do país depois de ter sido detetada em pomares de pequenos produtores em janeiro de 2015. De acordo com o Jornal de Notícias, até agora ainda não existem registos de que a praga tenha afetado a produção de agricultores profissionais.

Segundo a publicação, esta praga afeta sobretudo limoeiros, laranjeiras, tangerineiras e toranjeiras e já chegou a 17 concelhos e 96 freguesias do país.

É importante lembrar que o consumo de citrinos afetados "não tem qualquer risco para a saúde humana", segundo a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que tem procurado divulgar algumas informações para esclarecer a população.

Brasileiros produzem azeite para competir com produção internacional


por Ana Rita Costa- 7 Junho, 2016

Um antigo executivo da indústria química brasileiro, Fernando Rotondo, decidiu apostar na produção de azeite e em 2008 comprou uma propriedade onde decidiu plantar 92 hectares de oliveiras. De acordo com a publicação Globo Rural, em 2015 o azeite já começou a chegar às lojas brasileiras e está a disputar lugar com os produtos importados.

Na sua primeira produção, o empresário conseguiu recolher uma produção de 22 toneladas de azeitona e no ano passado investiu cerca de 750 000 euros em tecnologia com capacidade para processar 200 quilos de azeitona por hora.

Hoje está, segundo a publicação brasileira, em algumas das maiores lojas de produtos premium, com azeites monovarietais das espécies arbequina e arbosana, que competem lado a lado com azeites de alguns dos maiores produtores mundiais. Contudo, tem sentido algumas dificuldades, num país que não tem tradição de produção de azeite.

De acordo com o empresário, não existe no país mão-de-obra especializada, e na sua propriedade a colheita é toda manual. "Mantenho apenas cinco pessoas na equipa durante o ano inteiro, mas chego a 35 contratados durante a colheita, entre fevereiro e março."

Nas vindimas, Lisboa vai mostrar a todos a sua nova vinha


LILIANA BORGES 09/06/2016 - 20:04

O novo parque vinícola da cidade foi palco da apresentação do Encontro Vinhos de Lisboa, que acontece no final do mês de Junho e se prolonga até dia 10 de Julho.

 Trabalhos para a criação do "primeiro parque vinícola de Lisboa" começam este Verão
 Vasco d'Avillez lança livro vínico "Celebrar"

A partir de Setembro, por altura da tradicional época das vindimas, o "primeiro parque vinícola" de Lisboa irá abrir as portas à população. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo vereador da Câmara Municipal de Lisboa, José Sá Fernandes, durante a apresentação do Encontro de Vinhos de Lisboa, no espaço do futuro parque vinícola. Actualmente, o projecto desenvolvido numa parceria entre a Câmara de Lisboa e a Casa Santos Lima encontra-se ainda em fase de conclusão. O início das obras aconteceu no verão de 2014 e as primeiras plantações em Março do ano passado.

Foi debaixo de um sol forte e no centro da vinha que Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, elogiou a iniciativa do parque vinícola, cujo sucesso atribui à "paixão e energia" de José Sá Fernandes pelo projecto. "A produção de vinhos [na região] de Lisboa era desconhecido de muitos", reconhece Medina. Com a "Vinha de Lisboa", Medina acredita que vai passar a existir "uma ligação entre a produção [que abrange toda a zona da Estremadura] e o principal poder de Lisboa, a divulgação". 

"Hoje Lisboa é um local fantástico. É uma montra extraordinária, para todos os produtos", sublinha o autarca, e "este é o principal contributo que pode dar". Para Medina, a Câmara de Lisboa contribui com "a valorização de uma marca própria, com um sentido de identidade própria e um canal de distribuição de grande dimensão e com um potencial quase ilimitado", acredita.

Medina acredita que a aposta na atracção vinícola da cidade contribui para uma projecção de Portugal através da capital. "É essencial que o turismo não se concentre em meia dúzia de sítios na cidade de Lisboa, mas sim que seja disseminado em cada vez mais zonas, dentro da cidade, região e país", defendeu o presidente da câmara.

"Não há ninguém que venha exclusivamente a Portugal ver Lisboa. Lisboa não existe enquanto produto turístico único e exclusivo." Alguém que chegue à cidade, deve encontrar na capital, defende o autarca, "um conjunto de outras realidades que devem estar articuladas porque é isso que vai valorizar o nosso produto turístico como marca global".

"O vinho está na nossa cultura", sublinha Vasco D'Avillez, presidente da direcção da Comissão Vitivinícola da região de Lisboa, em conversa com o PÚBLICO. D'Avillez afirma que as perspectivas de crescimento da produção de vinhos na zona de Lisboa, que se entende até Leiria, são boas, uma vez que, segundo o mesmo, a exportação "tem estado a crescer a 25% ao ano, todos os anos". No total, o volume de exportações ronda cerca de 32 milhões de garrafas certificadas.

Em relação ao número de garrafas que podem vir a sair do parque vinícola lisboeta, Vasco D'Avillez faz as contas para cerca de 25 mil garrafas, de oito castas diferentes. Isto se, alerta, "a população não vier fazer vindimas" por sua conta. Um número que, tanto mais que não seja, afirma Sá Fernandes, permite colocar o vinho da cidade nas recepções e cerimónias oficiais.

Para já, ainda não existe uma data definida, mas Sá Fernandes disse ao PÚBLICO acreditar que em 2017 se consiga fazer a primeira vindima. Antes disso chegarão as visitas guiadas ao espaço, destinadas quer a escolas, quer à população em geral, que  funcionarão através de marcação.

O Encontro de Vinhos de Lisboa acontecerá entre 30 de Junho e 10 de Julho. Até 2 de Julho, as provas e vendas de vinho acontecem no Mercado da Ribeira. Daí até dia 10 de Julho, a feira move-se para a Rua Augusta, também no centro da cidade de Lisboa.

Funcionário de autarquia morre em acidente de trator

Vila Nova de Paiva
 
Sandra Ferreira
09 Junho 2016 às 23:00
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Um homem de 32 anos, engenheiro informático na Câmara de Vila Nova de Paiva, morreu ao início desta noite de quinta-feira, vítima de um acidente de trator.

O acidente ocorreu em Vila Nova de Paiva, à entrada da vila, na estrada nacional 323, junto à rotunda do hotel Mira Paiva.

Segundo o comandante dos bombeiros de Vila Nova de Paiva, Pedro Rochinha, o trator transportava depósitos de água.

A GNR está a investigar o acidente, mas segundo o JN conseguiu apurar, no trator seguiam três pessoas. Renato Andrade, que faleceu, seguia no atrelado que transportava os depósitos de água, que terão caído juntamente com a vítima. Um rapaz, com cerca de vinte anos, também ia sentado no atrelado, tendo sido transportado para o hospital de Viseu com ferimentos ligeiros. O condutor do trator, familiar da vítima mortal, saiu ileso do acidente.

Quando os bombeiros chegaram ao local, Renato Andrade "estava deitado na estrada, em paragem cardiorrespiratória, acabando por falecer apesar de terem sido feitas manobras de reanimação ", explicou o comandante dos bombeiros de Vila Nova de Paiva.

A vítima, genro do proprietário do hotel Mira Paiva, deixa um filho de um ano de idade."A vila está em choque porque era uma pessoa muito conhecida e muito querida", afirmou Pedro Rochinha.

No local estiveram nove elementos com três viaturas dos Bombeiros locais e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação.



Passos critica "desinvestimento político" na agricultura

LUSA | 11 Junho 2016, 15:44
Passos critica "desinvestimento político" na agricultura

O líder do PSD disse este sábado, durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, ser "visível um certo desinvestimento político" no sector, exortando o Governo a "rever o que tem sido a sua orientação".
Pedro Passos Coelho afirmou que "não basta ter um ministro conhecedor da área", como acontece com Capoulas Santos, e que é preciso que a agricultura tenha "importância política", havendo "consequentemente um alinhamento dos meios que são colocados à disposição do sector para que ele possa crescer".
 
Para o antigo primeiro-ministro, o "desinvestimento" é visível com a "pouca abertura para novos avisos serem publicados e novos concursos serem lançados", para que volte a ser colocado investimento na agricultura.
 
Acompanhado na visita pelo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Machado, Pedro Passos Coelho destacou o dinamismo do sector nos últimos anos e o seu contributo para as exportações.
 
"Foi muito importante o contributo dado por todo o sector agrícola e agro-industrial para as exportações portuguesas", que bateram "recordes todos os anos", afirmou, destacando ainda a inovação, a alteração tecnológica e o envolvimento de novos agricultores, com "formação avançada", que "trouxeram a agricultura para o primeiro plano da mutação económica" que o país precisa fazer.
 
Lembrando que durante muitos anos a agricultura foi considerada "parente pobre das disciplinas económicas", Passos Coelho realçou que nos últimos anos, "sobretudo por mérito dos agricultores e suas associações", passou para "o primeiro mundo dos sectores económicos".
 
Questionado sobre se tenciona ir ver um dos jogos de Portugal no Europeu, que se iniciou sexta-feira, o líder do PSD disse ter "várias coisas marcadas" nas próximas semanas, nomeadamente uma deslocação ao Brasil, que o impedem de ir a França, desejando que a selecção vá "o mais longe possível" para que ainda possa assistir a um dos jogos "numa fase mais avançada" do campeonato.
 
Passos Coelho desejou que Portugal "faça um bom jogo de cada vez que jogar", destacando os "bons valores", tanto em termos colectivos como individuais, da equipa portuguesa, que apresenta "uma boa mistura de gerações que permitirá ambicionar um bom resultado".

Feira da Agricultura bate recorde de visitantes e reforça imagem de setor dinâmico

Actualizado há 12 horas e 47 minutos
Lusa
 
A Feira Nacional da Agricultura, que ontem terminou em Santarém, ultrapassou os 185.000 visitantes, tendo a edição deste ano reforçado a imagem de um setor "com dinamismo e que evoluiu muito nos últimos anos", afirmou a organização.

Numa conferência de imprensa de balanço da 53.ª Feira Nacional da Agricultura/63.ª Feira do Ribatejo, o administrador executivo do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), Luís Mira, sublinhou o "orgulho" pelo grau de satisfação manifestado tanto por visitantes como por expositores em mais de 4.000 inquéritos realizados ao longo dos nove dias do certame e pela afirmação de um setor que tem sabido incorporar as novas tecnologias e afirmar-se internacionalmente.

Com a presença de 750 expositores diretos, o certame "afirmou-se, uma vez mais, como a grande montra do sector agrícola em Portugal", declarou, sublinhando a "grande qualidade" da exposição, fruto do investimento e "maior cuidado" nos 'stands' por parte das empresas.

Para Luís Mira, a feira deste ano mostrou que a grande afluência ao certame (com mais 10.000 visitantes que em 2015) acontece porque as pessoas vêm de todo o país "para ver a maquinaria, os animais, tomar contacto com produtos novos, provar o que de melhor se produz" em Portugal e não por causa dos grandes concertos, área em que o CNEMA tem vindo a desinvestir.

"Na sexta-feira e no sábado tivemos 40.000 pessoas (em cada um dos dias), sem grandes confusões, porque a afluência ocorreu ao longo de todo o dia", declarou, sublinhando que a FNA é suportada pelas entradas, pelos expositores e pelos patrocinadores, não recebendo qualquer apoio financeiro governamental ou municipal.

Luís Mira destacou a importância crescente dos seminários que decorrem durante a Feira Nacional da Agricultura, que este ano chegaram a perto de meia centena de ações pelas quais passaram mais de 6.000 pessoas, contando pela primeira vez com a presença do Comissário Europeu para a Agricultura.

O administrador do CNEMA referiu ainda o facto de o certame continuar a marcar a "agenda política", tendo recebido as visitas do Presidente da República, do Primeiro-Ministro, do ministro da Agricultura e dos líderes dos principais partidos.

Luís Mira lamentou que o certame tenha sido perturbado por uma rutura de um cano que deixou o recinto sem água praticamente durante todo o dia de segunda-feira (dia de entrada livre, com grande afluência de visitantes), sublinhando a "ajuda inestimável" de equipas dos municípios de Santarém e de Coruche, das empresas Águas de Santarém e Águas do Ribatejo e de várias corporações de bombeiros da região.

O responsável afirmou que são notórias as melhorias introduzidas tanto nas condições para os visitantes e os expositores como no bem-estar das centenas de animais expostos na feira, que se tem afirmado como "guardiã das raças autóctones".

"Há muitas queixas sobre o preço das entradas (7 euros), mas anualmente são realizados grandes investimentos" num certame que é promovido por uma "entidade privada que não pode perder dinheiro", disse, realçando que quem visita a feira beneficia de excelentes condições (incluindo estacionamento gratuito) e de toda a segurança, nomeadamente para quem assiste às largadas de touros.

Luís Mira afirmou que o CNEMA vai continuar a apostar na inovação, dando o exemplo da comunicação com os visitantes que podem descarregar em 'smartphones' toda a informação sobre a feira, incluindo notificações sobre o início das atividades programadas, e da programação para os mais jovens.

"Seguimos a evolução dos gostos e das exigências, mas mantendo sempre a tradição do Ribatejo. Isso para nós é inegociável", afirmou, referindo o "muito investimento" feito para "manter o código genético" da Feira de Santarém.

Apontou ainda a melhoria na recolha e separação de resíduos, sublinhando a colaboração da Resitejo na recolha de cerca de 50 toneladas de resíduos para reciclagem.

Enologia

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PAC em Português - 30 Anos de Política Agrícola Comum em Portugal, perspectivando o pós 2020

Mais de 100 Agricultores, com a  CNA, em Bruxelas, para a mesa-redonda:                      


Esta iniciativa realiza-se a "Convite" de Eurodeputados Portugueses,
na sala A3 G2 do Parlamento Europeu,
entre as 16:00 h e as 19:00 h.        -      15 de Junho - 2016

CNA promove no próximo dia 15 de Junho, 2016, em Bruxelas, mais uma edição da mesa-redonda "A PAC em Português", agora sob o tema: "30 Anos de Política Agrícola Comum em Portugal perspectivando o pós 2020". 

No ano em que a Delegação Permanente da CNA, em Bruxelas, completa 20 anos, esta iniciativa vai realizar-se no Parlamento Europeu, a convite dos Eurodeputados portugueses José Inácio Faria (MPT), Marisa Matias (BE), Miguel Viegas (PCP), Ricardo Serrão Santos (PS), e Sofia Ribeiro (PSD).

Também a convite dos mesmos Eurodeputados, esta edição da "PAC em Português" vai contar, pela primeira vez, com a presença de mais de uma centena de Agricultores Portugueses, que vão até Bruxelas para participar nesta iniciativa.

CNA convida o vosso prestigiado Órgão de Comunicação Social a estar presente nesta mesa-redonda.                                                                                                  

13 de Junho de 2016


A Direcção da CNA